ALIMENTAÇÃO ANIMAL A VISÃO DOS PATROCINADORES
O que são as Rações Valouro, qual a importância do mercado português para a empresa e o seu posicionamento? A Rações Valouro, S.A. é uma empresa privada, de estrutura familiar que se dedica, há mais de quarenta anos, ao fabrico e comercialização de alimentos compostos para animais. Este projeto teve origem na abolição do condicionamento industrial, verificado a seguir ao 25 de Abril de 1974. Criadas as condições de mercado, a Família Santos avança para a construção da sua primeira fábrica na freguesia da Marteleira, concelho da Lourinhã, numa localização altaneira ao – Sítio do Vale de Ouro – devendo-se a este topónimo a designação de Valouro, que mais tarde será adotada para a denominação do próprio Grupo económico a que pertence. A 13 de Maio de 1978 tem início a laboração da fábrica da Marteleira com a produção de 5.000 t/mês. Nos cinco anos seguintes, estabelece dois entrepostos comerciais – Mealhada e Nine (Vila Nova de Famalicão). Em 1983 coloca em funcionamento uma segunda linha de produção na unidade da Marteleira, face à procura existente, passando a produzir 12.000 t/mês. Apesar da grave recessão económica que o País viveu no início dos anos 1980, a Valouro atravessou essa década crescendo no mercado, estruturando o sector avícola conjuntamente com a sua associada a Persuínos, S.A., hoje denominada Avibom Avícola, S.A. e impôs-se como líder na produção de alimentos para aves. A integração num Grupo dinâmico, coeso e com objectivos bem definidos potenciou a sua evolução, pelo que conjugados estes fatores e a necessidade de melhorar as acessibilidades, nomeadamente ferroviárias, determinaram em finais de 1988 a inauguração de uma nova unidade fabril no Ramalhal. No ano seguinte atinge um volume de vendas de 280 mil toneladas. O contínuo crescimento determinou, em 1993, a entrada em funcionamento de uma segunda linha de fabrico, o qual triplicou a capacidade instalada. Perante as crescentes exigências do mercado e as políticas da Empresa, os anos noventa foram pautados pela concretização de projetos marcantes, nomeadamente: • Rentabilizar as acessibilidades através do caminho-de-ferro, criando estruturas que permitiram o abastecimento dos Entrepostos, inclusivé Évora, entretanto criado, bem como os maiores Clientes e Distribuidores a partir das infraestruturas no Ramalhal. A Rações Valouro é detentora de (50) cinquenta vagons granuleiros, para 12 |
ALIMEN TAÇÃO AN IMAL
PLATINA
o acondicionamento e transporte de matérias-primas e produto acabado. Este aspeto permitiu-lhe, na prática, ganhar competitividade face à concorrência. • Avançar com a aquisição, no País vizinho, da empresa Promotora, S.A. – uma fábrica de rações sita em Montijo, Mérida – introduzindo-se a Empresa no mercado espanhol. • Assegurar a segurança alimentar das rações produzidas em todas as suas unidades, de modo a obter o exato perfil nutritivo, com a implementação de uma fábrica de pré-misturas, onde a formulação /conceção é da responsabilidade dos seus técnicos. • Complementar a actividade principal com a montagem e exploração de uma unidade de extração de óleo cru de soja, assim como, a produção de biocombustíveis, este último projeto encontra-se suspenso. • Apostar na produção agrícola, maioritariamente milho e outros cereais, com a aquisição de herdades localizadas no Alentejo, com uma área que permitiu a instalação de mais de mil hectares de pivots. • Estabelecer uma unidade de secagem e armazenagem com dimensão suficiente para contratualizar, diretamente, com agricultores e cooperativas locais, garantindo-lhes o escoamento dos cereais de campanha e obterem um rápido pagamento das produções, premiando aqueles que obtiveram melhor qualidade. • Instalar, no concelho de Alvalade do Sado, uma fábrica dedicada exclusivamente ao fabrico de alimentos granulados para frangos de carne, destinados ao autoconsumo e ao abastecimento de explorações avícolas em Espanha. Nesta unidade só se consome milho proveniente da produção nacional. A Rações Valouro tem como princípio fundamental o compromisso permanente de assegurar a mais elevada qualidade dos seus produtos e serviços, indo ao encontro dos requisitos e expectativas dos clientes. Esta política de gestão tem pautado a sua actuação através do permanente investimento, recorrendo a recursos próprios, diversificando as atividades, capitalizando a Empresa e consequentemente o Grupo Valouro, de forma a defender o futuro de todos os seus Colaboradores e Clientes, assim como, de todos quantos apostam na marca alimentar Valouro.
Em 2018, a facturação da Rações Valouro ultrapassou os 150 milhões de euros. Actualmente, a previsão para o ano de 2019, é de se ultrapassar os 180 milhões euros de vendas líquidas. Como olham para a IACA e o seu papel na Fileira da Alimentação Animal? Como um movimento associativo, desde a fundação do Grémio – GNIACA, há cinquenta anos até à atualidade, tem sido esteio relevante no apoio aos industriais de alimentos para animais, nomeadamente junto das Entidades Oficiais – Nacionais e Comunitárias – na medida que tem sempre procurado com ponderação que sejam tomadas medidas razoáveis. Para além disso a IACA, desenvolve um trabalho notável para o prestígio da Indústria junto dos Organismos e da opinião pública e recentemente, concretizada através da monitorização e controle realizado pelo QUALIACA, que trouxe uma mais-valia. A compilação da Legislação aplicável ao Sector (Comunitária e/ou Nacional), a Informação Semanal e a Estatística são instrumentos de grande apoio para os Associados. Consideramos, igualmente, relevante as reuniões técnicas que promove, assim como, as acções de formação em parceria com distintas entidades, das quais destacamos as realizadas com a DGAV, sobre diferentes temáticas, mas de relevância para a nossa actividade. São sempre interessantes os aspectos relacionados com as tecnologias fabris, próprias. Gostaríamos que o QUALIACA abrangesse maior quantidade de matérias-primas e que os Associados aderentes tivessem conhecimento dos resultados num intervalo temporal inferior ao actual, para que esta informação seja útil. Aprovaríamos se a IACA em colaboração com as suas congéneres europeias, as federações U.E. como FEFAC, FEFANA, entre outros, desenvolvessem uma plataforma, baseada na recolha de dados científicos que ajudassem a Indústria a tomar decisões devidamente suportadas, quanto à eficácia de determinadas substâncias que existem no mercado e qual o seu verdadeiro impacto na produtividade (tanto na nutrição animal e como no desempenho animal). Apreciaríamos, igualmente, se existisse um – Gabinete de Comunicação –assessorado por profissionais com o duplo objetivo: Por um lado, comunicar de forma clara e acessível, a todos os consumidores finais, a seriedade do trabalho desenvolvido pelos Industriais da Alimentação Animal;