ALE em Revista

Page 1

ALE em revista Publicação trimestral da AleSat Combustíveis S.A. Ano II • Número 4 • Dezembro de 2014

entrevista

Perspectivas do setor de petróleo e gás segurança

Postos se protegem contra assaltos

MUITO ALÉM DA GASOLINA Revendedores, como o Jean Félix de Garopaba (SC), apostam em produtos e serviços agregados para turbinar margens de lucro


2

ALE em revista


NESTA EDIÇÃO

Entrevista

10

Com acompanhamento profissional, suplementos são aliados da boa forma Economista Adriano Pires traça panorama do mercado de petróleo e gás

12

16

Na Mídia

5

família ALE

6

na rede

8

para você

9

Perfil do Cliente Maison Wandorthe de Fontes Rego

14

Mão de obra Quando é hora de pensar na sucessão

21

passatempo Cerveja boa se faz em casa

22

sustentável Apostando no etanol

25

mercado Cresce o segmento de asfalto

26

segurança Proteja seu patrimônio

28

Crônica Leonardo Gontijo

34

ALE em revista

bem-estar

NEGÓCIOS

Gasolina aditivada e lubrificantes maximizam margens de lucros

30

PÉ NA ESTRADA

Desfrute os encantos do Pantanal 3


seu ESPAÇO

Eugênio Sávio

CARO LEITOR

Queremos ouvir você! O retorno dos leitores sobre as edições da ALE em Revista são muito importantes. Veja alguns depoimentos:

“Encontrar novas formas para conquistar o cliente tornouse uma meta a ser perseguida dia a dia”

“Gosto muito do conteúdo, em especial as noticias de mercado, que trazem informações importantíssimas. O perfil do cliente também é muito bom, pois mostra a trajetória de revendedores, muitas vezes admiráveis e encorajadoras.” Rafael Possebon - Posto Nosso Rancho, em Jaú (SP)

“A matéria que mais chamou minha atenção foi sobre programas de incentivo para estreitar relacionamento com a equipe. Gostaria de ler mais sobre programas para fidelização de clientes.” Jane Marlen - Auto Posto Boa Vista, em São Mateus (ES)

Escreva para revista@ale.com.br e participe também!

Negócios

em expansão Em nossa última edição do ano, damos destaque a um assunto de extrema importância para toda a Família ALE: o aumento da rentabilidade dos postos. No concorrido mercado em que estamos inseridos, no qual preço e localização são determinantes, o revendedor já percebeu que apenas a gasolina não garante a sustentabilidade do negócio. Diante dessa realidade, encontrar novas formas para conquistar o cliente tornou-se uma meta a ser perseguida dia a dia. Nesse sentido, conhecer a concorrência e os hábitos e preferências do consumidor são fundamentais para alicerçar a gestão dos pontos de venda. No entanto, é inspirador conhecer as experiências bem sucedi-

4

das de revendedores que enxergam o negócio para além da gasolina, conforme abordamos em nossa matéria de capa. Aproveitamos para abordar também nesta edição uma questão que interfere diretamente em nosso mercado. Nas páginas 10 e 11, entrevistamos o economista Adriano Pires, que faz uma análise do atual cenário do setor de petróleo e gás no Brasil, apontando as possibilidades de crescimento do setor.

expediente Coordenação: Anne Franck e Luciana Moreira Conselho editorial: César Nolli, Cláudio Sayão, Christina Barker, Giseli Lauer, Josefa Sousa, Karen Rodrigues, Paulo Lisboa, Roberta Mendes e Wallace Costa Produção Editorial: Interface Comunicação Empresarial Redação: Marcos dos Anjos, Clara Guimarães, Luciana Sampaio, Raíssa Fernandes Edição: Marcos dos Anjos e Délio Campos Projeto Gráfico: Setor de Marketing e Comunicação Diagramação: Fernanda Braga Imagem de capa: Lindaura Pereira Tiragem: 10 mil exemplares Impressão: Tamóios Editora Gráfica Ltda Envie sugestões ou críticas para: revista@ale.com.br

Boa leitura e um excelente 2015 a todos. Marcelo Alecrim Presidente

ALE em revista


NA MÍDIA

A companhia foi tema de várias reportagens veiculadas na mídia nos últimos meses, como por exemplo a presença em diversos rankings nacionais, que atestam a força da ALE em relação a gestão e carreira. Iniciativas como o concurso de fotografia e a plataforma colaborativa também tiveram espaço nos veículos de comunicação. A ALE foi destaque em rankings nacionais relacionados a temas como oportunidades de carreira, recursos humanos e práticas de gestão, realizados por veículos como Você S/A, Época 360° e Gestão RH.

Época Negócios 360º / São Paulo

O 5º Concurso de Fotografia da ALE teve repercussão até em Portugal, com matéria publicada no site Fotografia-DG. No Brasil, o assunto foi veiculado em Minas Gerais, São Paulo e Alagoas, com alcance regional e nacional.

Você SA / São Paulo

Fotografia DG / Portugal

Fotografe Melhor / São Paulo Tribuna do Norte / Rio Grande do Norte

Diário do Comércio / Minas Gerais

Gestão RH / São Paulo Hoje em Dia / Minas Gerais

A promoção “Coletividade + Inovação”, lançada para promover o envio de novas ideias para os postos ALE, foi noticiada em veículos impressos e virtuais, como o “Jornal de Hoje”, de Natal (RN), Minas Marca, de Belo Horizonte (MG), Portal da Propaganda, de São Paulo (SP), e Promoview, do Paraná.

ALE em revista

Promoview/ Paraná

Jornal de Hoje/ Rio Grande do Norte

Diário do Comércio / Minas Gerais

Portal da Propaganda / São Paulo

Minas Marca/ Minas Gerais

Tribuna Hoje / Alagoas

5


família ALE

Uma imersão na conveniência

Arquivo ALE

Representantes da ALE vão a Las Vegas conferir as novidades da NACS Show NACS Show é também momento de integração na Família ALE

Las Vegas / EUA

Um grupo de 90 pessoas, entre revendedores ALE e membros da alta gestão da companhia, arrumou as malas e voou rumo à NACS Show, em Las Vegas (EUA). O evento, que aconteceu em outubro, é reconhecido como uma das maiores feiras do mundo voltadas para os setores de conveniência e combustíveis e apresenta novas tendências de mercado. De acordo com o diretor de Marketing e Varejo da ALE, Renato Rocha, a participação na NACS Show é pautada por três pilares: conhecimento, relaciona-

6

mento e entretenimento. “É também uma oportunidade de criar proximidade entre os revendedores da Rede e a alta gestão da empresa. Valorizamos muito esse relacionamento; por isso, levamos sempre um grupo mais restrito, para que haja integração e troca de experiências entre todos os participantes. Assim, todos podem sentir como se estivessem viajando em família”, comenta. Para o proprietário dos postos Pium e Cavalcanti & Rocha em Natal (RN), Junior Rocha, vale muito a pena o

revendedor ter a experiência de participar do evento. “Mesmo sendo um mercado bem à frente do nosso, na feira conhecemos novas tendências que poderemos aplicar em nossos negócios em um futuro próximo. Uma das palestras que me chamou muito a atenção foi sobre valorização do colaborador. Sem ele, nosso negócio não teria sucesso. Daí a importância de sempre nos preocuparmos em satisfazê-lo. Outros pontos importantes da viagem são a integração do grupo e a vivência com os membros da gestão da ALE”, afirma. ALE em revista


Mega Posto, inaugurado em Fortaleza, também tem loja Entreposto

O ritmo da expansão da rede ALE está acelerado, com 199 novos postos inaugurados em 2014. O acréscimo eleva para 2.031 o total de revendas em todo o Brasil. As lojas de conveniência Entreposto também estão se multiplicando país afora. Até agora, já são 47 novas unidades. Com isso, em toda a rede, são contabilizadas 273 lojas.

Nova base Dentro do Plano de Crescimento de Logística e Distribuição, a ALE vai

Fortaleza / CE

começar a operar na nova base em Porto Nacional, no estado de Tocantins. O empreendimento deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2015. A nova base tem capacidade de armazenamento de 3.050 m3/mês de gasolina C, diesel S500, diesel S10 e

etanol hidratado, podendo chegar a movimentar 9.600 m3/mês, devido ao grande giro dos produtos no estado. A base funcionará de segunda-feira a sábado e incluirá, ainda, check list dos caminhões da filial e do terminal, como acontece nas demais unidades. Uaumais

Tudo isso é resultado do esforço conjunto das equipes comercial e de conveniência, que hoje contam com colaboradores exclusivos para atender aos proprietários de lojas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba. Esse trabalho estende-se também às capitais e regiões metropolitanas de São Paulo, Espírito Santo e Ceará.

Esdras

Não para de crescer!

Nova base em Tocantins irá otimizar a logística na região

Porto Nacional / TO

ALE em revista

7


Na rede

Pacote Office gratuito para celular A Microsoft anunciou, em novembro, uma série de novidades nos aplicativos dos editores de conteúdo do pacote Office, os famosos Word, Excel e PowerPoint. Para os usuários da plataforma iOS (iPhone e iPad), os apps passam a ser gratuitos para edição de conteúdo e armazenamento na nuvem. Antes do anúncio, existiam duas versões diferentes do Office para iPhone e iPad. A partir de agora, a empresa unifica a experiência do usuário em todos os aparelhos capazes de rodar o iOS 7 ou mais recente. Além disso, outra novidade foi a criação de uma versão dos apps para tablets Android, que ainda está em fase de testes. A gigante de tecnologia também está trabalhando para a adaptação de seus produtos para as telas sensíveis ao toque do Windows 10.

Em busca de novas ideias Com foco no diálogo e na troca de ideias com os consumidores, a ALE realizou a promoção “Coletividade + Inovação”, finalizada em novembro. Por meio de uma plataforma colaborativa virtual, foram recebidas sugestões para tornar os postos da rede ainda mais modernos e eficientes nas categorias Atendimento, Serviços e Produtos e Sustentabilidade. Vídeos e fotos podiam ser enviados juntamente das ideias para melhor explicá-las. Uma comissão julgadora formada por representantes da companhia foi responsável por escolher a melhor ideia em cada categoria inscrita e os vencedores serão premiados com cinco anos de combustível grátis. Além disso, a ALE vai premiar o usuário que mais interagiu na rede por meio de um game composto por um sistema de pontos. O vencedor foi avaliado

por meio de critérios como compartilhamento nas redes sociais, curtidas, comentários, colaborações, envio de fotos, vídeos e quantidade de ideias cadastradas. O premiado receberá um vale-combustível no valor de R$ 1.400. O resultado da promoção já está disponível no site. Resultados Foram recebidas mais de 1.300 ideias por meio da promoção. A ação também rendeu 23 matérias na imprensa. Na internet, o site atingiu a marca de 24.416 acessos e a página do facebook alcançou 3.343 curtidas. Além disso, mais de 5 mil pessoas visitaram os posts sobre a promoção no blog da ALE. Saiba mais www.alecoletividadeinovacao.com.br

Mais produtividade Com a correria do dia a dia, é essencial otimizar o tempo e gerenciar de forma eficaz as tarefas, arquivos e documentos. Para isso, o uso de aplicativos podem transformar o seu cotidiano. Conheça alguns:

Para baixar Os usuários de produtos Apple já podem baixar os aplicativos gratuitos na App Store. Já os donos de aparelhos que rodam o Android terão que esperar a nova versão ser liberada, o que deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2015.

8

Todoist

Evernote

Permite que o usuário organize suas atividades, criando vários projetos e depois adicionando tarefas a cada um deles. É possível visualizar a lista de atividades em vários formatos.

Além de funcionar como bloco de notas, ele cataloga e armazena as informações, pode guardar textos, artigos e outros tipos de conteúdo, de forma que a busca posterior seja facilitada.

ALE em revista


Para você

Para o cotidiano Zeiss VR One Valor: R$ 250 A empresa especializada na produção de lentes, Carl Zeiss, lançou o VR One, um dispositivo de realidade virtual para ser usado com um smartphone. O aparelho se parece com um par de óculos que exibe conteúdo de realidade virtual a partir das imagens que estão no celular. O visor funciona com dispositivos com telas entre 4,7 e 5,2 polegadas e o smartphone é encaixado lateralmente. Até o momento, o VR One é disponibilizado para o iPhone 6 e o Samsung Galaxy S5.

Na telona

Para ler O Poder do Hábito - Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios Autor: Charles Duhigg Editora Objetiva, 408 páginas, R$ 35 Neste livro, o repórter investigativo do New York Times, Charles Duhigg, argumenta que a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar bem os filhos, se tornar uma pessoa mais produtiva, criar empresas revolucionárias e ter sucesso é entender como os hábitos funcionam. De acordo com o autor, transformá-los pode gerar bilhões e significar a diferença entre fracasso e sucesso, vida e mor-

te. Duhigg apresenta também algumas pesquisas de psicólogos, sociólogos e publicitários sobre como os hábitos funcionam e, mais importante, como podem ser transformados. Ele sustenta que, embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo, têm um enorme impacto na saúde, na produtividade, na estabilidade financeira e na felicidade.

Para ver em casa

Blackhat

12 anos de escravidão

Direção: Michael Mann Gênero: Ação

Direção: Steve McQueen Gênero: Drama e história

Consagrado em especial por seus filmes “O Último dos Moicanos” (1992) e “Inimigos Públicos” (2009), o diretor Michael Mann estreia o seu novo filme: “Blackhat”, estrelado por Chris Hemsworth e Viola Davis. Previsto para chegar aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2015, o filme é produzido pela Legendary Pictures e promete ter como destaque a fotografia digital. A trama, que Mann escreveu com Morgan David Foehl, lida com segurança cibernética e envolve um hacker dos Balcãs que opera em um país asiático e está sendo perseguido por forças aliadas dos EUA e da China.

A trama é baseada na história verídica de um homem que luta por sobrevivência e liberdade. Passado nos Estados Unidos, no ano de 1841, o filme conta a história do negro Solomon Northup, que nasce livre no estado de Nova Iorque, mas é sequestrado em Washington D.C., e vendido como escravo, para trabalhar em plantações por 12 anos antes de sua libertação. Na época, a abolição da escravatura ainda não havia sido decretada em todos os estados do país e esse tipo de sequestro acontecia com frequência. Diante da crueldade e de gentilezas inesperadas, Solomon luta não só para manter-se vivo, mas também para manter sua dignidade.

ALE em revista

9


ENTREVISTA

Competitividade

e novas rotas de crescimento

O economista Adriano Pires, diretor fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), analisa o setor de petróleo e gás no Brasil

A

previsão para o setor de petróleo e gás a partir de 2015 é positiva. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) adianta que os investimentos em projetos devem crescer 46% até 2017, no comparativo com o biênio 2011/2013. Em valores, serão R$ 381 bilhões que fortalecerão ainda mais a atividade, considerada um dos pilares da economia do país. Estudo da PricewaterhouseCoopers (PwC) aponta que a indústria brasileira de petróleo e gás está passando por um período de grande transformação que deve colocar o Brasil na oitava posição do ranking mundial de reservas de petróleo até 2020. Mas as perspectivas positivas não respondem a todas as questões e anseios dos revendedores de combustíveis. Entre eles, o reajuste dos combustíveis na bomba, diversificação da matriz energética nacional com a inclusão efetiva do gás natural e, ainda, desafios para a atividade. Quem fala sobre esses e outros temas é o economista e mestre em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII (França), professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e di-

10

“Os empresários devem se espelhar em mercados mais estabelecidos, como o americano e o europeu, e absorver as experiências positivas” Adriano Pires

retor fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Ex-assessor do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nas áreas de importação, exportação e abastecimento, ele acumula grande conhecimento sobre o setor de petróleo e gás. O número de postos de combustíveis deve continuar crescendo nos próximos anos? Quais os principais desafios desse segmento?

O mercado cresceu muito nos últimos anos e, a meu ver, atingiu um certo grau de maturidade. As revendas nacionais precisam agora criar novas rotas de crescimento. Nesse sentido, os empresários devem se espelhar em mercados mais estabelecidos, como o americano e o europeu, e absorver as experiências positivas. Como o senhor analisa a qualidade dos postos revendedores no Brasil? O que falta para que eles atinjam um nível de excelência? Nos últimos anos, houve uma melhoria na qualidade dos postos revendedores. Esse fenômeno se deu, em parte, pela saída do mercado daqueles estabelecimentos que adulteravam combustíveis e sonegavam impostos. Esse cenário obriga os postos a apresentarem novas ideias e soluções, o que contribui para o alcance de um maior nível de excelência. O gás natural veicular (GNV) seria uma oportunidade de negócios para as revendas de combustíveis? Acho que sim. Longe de ser uma grande solução, há espaço para ganhar receitas com a venda de GNV, que tem apresentado um grande crescimento no mundo, principalmente no mercado americano. E, certamente, o Brasil não ALE em revista


Arquivo pessoal

pode, nem deve fugir dessa tendência. O gás natural hoje é considerado o combustível de transição para uma economia mais limpa. Como o senhor analisa o cenário econômico do setor de energia para os próximos anos no Brasil? Se tivermos políticas públicas adequadas para o setor, o cenário é bom. O Brasil possui uma grande diversidade energética e uma excelente dispersão regional. O maior desafio para o governo é transformar as vantagens competitivas das diferentes fontes de energia —elétrica, solar, eólica, biomassa e nuclear— em contribuição efetiva para o aumento do nível de competitividade da economia brasileira, com menor impacto sobre os custos do setor produtivo. Qual sua avaliação sobre a crescente mistura de percentuais de biodiesel e etanol nos combustíveis? Acho que o atual aumento da mistura do biodiesel no diesel e do etanol na gasolina teve um cunho político, na medida que o governo abandonou os biocombustíveis depois do anúncio do pré-sal. Se passarmos a ter uma política séria com previsibilidade para os biocombustíveis, temos que analisar o aumento das misturas com cuidado, desde o efeito nos motores até as questões de logística.

“O mercado cresceu muito nos últimos anos e, a meu ver, atingiu um certo grau de maturidade” Adriano Pires

ALE em revista

11


Banco de Imagens

BEM-ESTAR

Suplementos

alimentares Substâncias ajudam atletas, mas uso indiscriminado pode causar problemas de saúde

O

revendedor Rodrigo Torres, do Posto Sucesso (Grupo Zumach), em Vila Velha (ES), é também atleta. Há dez anos ele pratica atividade física de grande impacto e, há três, o ritmo foi intensificado. Para complementar os treinos, ele é adepto dos suplementos alimentares. “Gosto muito desses produtos, porque as atividades que pratico são de grande intensidade. Meu objetivo é ter mais saúde”, enfatiza. O gosto pelo tema fez com que ele abrisse uma loja especializada nesse tipo de produto. Apesar do sucesso dos suplementos —muito populares atualmente— e da promessa de um corpo perfeito, todo cuidado é pouco. Os nomes dos produtos são famosos nas academias, assim como os resultados de aumen-

12

to da massa muscular, aumento de energia e perda de peso, entre outros. No entanto, os efeitos podem incluir também problemas nos rins ou fígado e desequilíbrio da glicose, em casos de alterações nas fórmulas ou consumo excessivo. “Ao contrário do que se pensa, suplementos para atletas são desenvolvidos para reparar o esgotamento de reservas energéticas ou de proteína muscular após treinamentos ou competições de grande impacto”, explica o médico do esporte e nutrólogo, Carlos Alberto Werutsky. Mas há quem opte por consumir esses produtos livremente, inclusive para substituir refeições, o que não é indicado. “A receita médica não é obrigatória, mas o profissional de saúde que faz a indicação deve conhecer os ingredientes da formulação e as doses adequadas caso a caso”, alerta. Assim, o uso de suplementos é dispensável quando o treinamento é adequado e respeita os limites de competência física do atleta, associado a uma alimentação suficiente em calorias e macronutrientes, além do repouso mínimo de sete horas por noite. ALE em revista


Para Rodrigo Torres, cabe aos estabelecimentos que comercializam os suplementos adotar uma postura mais responsável em relação aos clientes. “A loja que trabalha corretamente procura saber da saúde do cliente antes de concluir a venda. Há produtos que não podem ser consumidos abertamente e o vendedor tem de ter informações para saber o que pode ou não oferecer”, alerta. Segundo o empresário, os suplementos mais populares são o Whey Protein e os termogênicos. Mas há produtos que são indicados especificamente

De olho na qualidade Neste ano, os suplementos proteicos entraram na mira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em função de um grande número de denúncias de consumidores sobre os efeitos dos produtos. Foram relatados casos de pessoas que pagaram laboratórios particulares para avaliar as composições em 2013.

De todos os tipos O Whey Protein, suplemento proteico que ajuda na formação de músculos, é bastante falado nas conversas de academia. Mas você conhece os outros tipos de suplementos que são utilizados? Veja alguns: >> Suplementos hipercalóricos: com alto valor energético, possuem carboidratos e aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo organismo.

para mulheres, para determinadas faixas etárias ou até mesmo para as pessoas que já se submeteram à cirurgia de redução do estômago. Por isso, vale se informar antes de fazer o investimento!

>> Suplementos termogênicos: atuam na aceleração do metabolismo e contribuem para a perda de peso e de percentual de gordura no corpo. >> Suplementos antioxidantes: ajudam na eliminação dos radicais livres produzidos em excesso por quem pratica esportes com alta intensidade. >> Suplementos polivitamínicos e minerais: complementam as vitaminas e os minerais do dia a dia.

Suplementos ajudam Rodrigo Torres na rotina de exercícios Wagner Breciane

Responsabilidade

Das 30 marcas nacionais comercializadas, 23 lotes tiveram distribuição e comercialização proibidas pela Anvisa devido a erros na composição química do produto. O equívoco foi analisado como um risco à saúde do usuário, principalmente em casos de excesso de proteínas ou de carboidratos. Foram detectadas, também, falhas nos rótulos, como a presença de soja em dois lotes, sem que isso fosse informado ao consumidor.

ALE em revista

13


PERFIL DO CLIENTE

Parceria de longa data Posto Pauferrense, do revendedor Maison Wandorthe de Fontes Rego, tem investimento em qualidade recompensado

Apesar da falta de experiência no ramo, o revendedor recebeu todas as orientações necessárias para iniciar a atividade. “A ALE nos apoiou desde o começo e de lá para cá mantemos uma

parceria sadia, que queremos continuar renovando.” Todo esse tino para os negócios, somado a um bom desempenho nas metas do Clube ALE, levou o estabelecimento a ser premiado com o título de Melhor Posto do Mês em abril. Como reconhecimento, o ponto de venda passou por uma verdadeira transformação pelas mãos da equipe do Esquadrão Clube ALE, em agosto. Como parte da premiação, o posto foi beneficiado com pintura e texturas novas, troca de placas e modernização do banheiro, que passou a contar com

torneiras automáticas, pia de granito e novas cerâmicas. Segundo Maison, o fluxo de pessoas na loja Entreposto também aumentou depois da consultoria dada pela equipe do Esquadrão. “Recebemos instruções valiosas por parte da equipe da ALE, em especial para a loja de conveniência. No local, nós melhoramos toda a comunicação visual e reorganizamos a exposição dos produtos de forma mais estratégica”, explica. Em termos de atendimento, o posto Pauferrense também se aprimorou. Maison conta que os treinamentos trazidos pelo Ônibus Escola contribuíram

Maison comemora revolução do Esquadrão no posto Pauferrense

14

ALE em revista

Véscio Lima

H

á 12 anos, o economista Maison Wandorthe de Fontes Rego decidiu se aventurar no segmento de combustíveis. A iniciativa contou com duas grandes parcerias: a família e a ALE. Foi em Pau dos Ferros (RN) que ele, ao lado do pai e irmãos, inaugurou o Posto Pauferrense. “Fizemos um estudo de mercado e percebemos que a região comportava mais um posto”, lembra.


Véscio Lima

para que o posto adquirisse um padrão de atendimento muito superior ao usual na concorrência.

Cada vez melhor O posto Pauferrense também conquistou o título de Melhor Posto do primeiro semestre de 2014. Como premiação, Maison ganhou uma viagem com tudo pago a Las Vegas, nos Estados Unidos, onde participou da feira NACS para ficar por dentro das novas tendências em conveniência. “Como revendedor, é importante que eu me mantenha atualizado. No evento, tive a oportunidade de conferir as novidades e tendências do mercado. Algumas delas já possuímos, como o sistema de automação das bombas de gasolina. Já outras, passei a aplicar na loja de conveniência do posto, como é o caso da venda de sanduíches naturais e produtos sem glúten e lactose, que são alimentos com grande procura hoje em dia”, comemora.

Aos 31 anos, o jovem empreendedor formado em economia diz que a faculdade o auxiliou muito no gerenciamento dos negócios. Mas foi ao lado de seu pai que ele adquiriu sua maior experiência para lidar com o cliente. “A maior escola é o dia a dia e o contato direto com o consumidor ”, afirma.

Loja Entreposto também passou por reformulação

Conheça o Esquadrão Clube ALE Em 2014, o Esquadrão Clube ALE aprimorou 12 postos que foram classificados como os melhores do mês. O projeto é uma iniciativa da companhia para incentivar os revendedores a aperfeiçoarem cada vez mais os serviços prestados aos clientes. A cada mês, o Clube ALE elege o melhor posto da rede no país. Os critérios para a escolha são: alcançar as metas de vendas em combustíveis e lubrificantes, ter seguro patrimonial e de vida, ter pontualidade no pagamento, entregar como garantia Alienação e ter nota 100 no programa Ligados na Qualidade. Os postos ganhado-

ALE em revista

res recebem a visita do Esquadrão Clube ALE, que realiza um diagnóstico minucioso para detectar as necessidades da revenda. As adequações, restaurações e reformas são feitas com base no diagnóstico elaborado pela equipe do Esquadrão. Em seguida, o revendedor recebe uma consultoria da equipe de marketing para que o ponto de venda continue se destacando. Além do Melhor Posto do Mês, no final do ano é eleito o Melhor Posto do Ano, que recebe um milhão de REALES. Desses, 500 mil vão para o posto e a outra metade é dividida entre a equipe cadastrada no portal do programa.

15


Lucas Moço

NEGÓCIOS

No posto Palhocinha , em Garopaba (SC), as vendas de lubrificantes já chegaram a ultrapassar em 300% a meta da equipe, diz o proprietário Jean Félix

16

ALE em revista


Foco total

em resultados Serviços agregados e produtos diferenciados são apostas dos revendedores para maximizar lucros

O

mercado de distribuição de combustíveis tem passado por uma série de transformações no Brasil nos últimos anos. De estabelecimentos dedicados quase exclusivamente à venda de gasolina, os postos passaram a investir na diversificação do mix de produtos e serviços oferecidos aos clientes. Seguindo a tendência do mercado norte-americano, onde os postos se tornaram verdadeiros centros de consumo, os empresários brasileiros estão cada vez mais conscientes do fato de que, com suas baixas margens de lucro, a gasolina comum não é mais o centro do negócio. Diante desse cenário, a busca por novas formas de maximização da receita tem sido uma prioridade entre os revendedores da rede ALE. Para o gerente de produtos e projetos especiais da companhia, Reginaldo Almeida, o fortalecimento de negócios agregados é o caminho para o alcance desse objetivo. “Os postos precisam atacar em todas as frentes. Quando o cliente para na bomba, essa é uma oportunidade para que seja oferecida a ele uma série de produtos e serviços”, afirma. Para ele, uma oferta qualificada da gasolina aditivada, a

ALE em revista

ALE Plus, a existência de loja Entreposto e a prestação de serviços auxiliares, como troca de óleo e lavagem de veículos, são importantes para a sustentabilidade do negócio.

Fechando no azul com a ALE Plus O aumento da venda de produtos diferenciados, como a gasolina aditivada ALE Plus, é um dos caminhos para aumentar a rentabilidade dos postos. Isso porque ela otimiza o desempenho do veículo, uma vez que o combustível contém aditivos que preservam as características de fábrica dos motores. “A gasolina aditivada impede a formação de depósitos de resíduos nas válvulas de admissão do motor. Com isso, são reduzidos o consumo e a emissão de poluentes na atmosfera. Por isso, sua utilização continuada melhora o desempenho do veículo”, explica o chefe do laboratório de motores e veículos do Instituto Mauá de Tecnologia, Renato Romio. Para Reginaldo Almeida, o esforço para aumento da venda da ALE Plus requer que a equipe dos pontos de venda esteja alinhada com os argumentos que encantam os clientes. “O preço um pouco mais elevado costuma ser o motivo principal pelo qual os

17


NEGÓCIOS

clientes deixam a aditivada de lado. Mas considerando um motorista que abasteça 50 litros por semana do produto, o preço por tanque ficará cerca de cinco reais mais caro”, compara. Segundo ele, essa diferença de preço é compensada por fatores como a melhoria de desempenho, redução do consumo de combustível e menor emissão de poluentes. Além disso, o aumento intenso da frota de automóveis novos no Brasil é um fato que pode facilitar a venda do produto. Na avaliação de Almeida, os proprietários de carros zero têm normalmente um grande zelo pelo bem que acabaram de adquirir e, por isso,

“A gasolina aditivada impede a formação de depósitos de resíduos nas válvulas de admissão do motor. Com isso, são reduzidos o consumo e a emissão de poluentes na atmosfera. Por isso, sua utilização continuada melhora o desempenho do veículo” Renato Romio

18

estariam mais dispostos a investir em um combustível que deixará o motor com as características de fábrica por um período maior de tempo. Outro ponto para o qual ele chama atenção é que a gasolina aditivada precisa ocupar um lugar de destaque no posto. Por ser um produto diferenciado, ela contribui também para a formação de uma imagem de qualidade na cabeça do consumidor.

Estratégias Proprietário do Posto Novo e do Jovita, localizados em Fortaleza, Francinei Costa Souza conta que as vendas da ALE Plus nos dois pontos de venda chegam a 150 mil litros por mês, sendo que os frentistas têm uma meta mensal de 4 mil litros. O alcance dos bons resultados, que superam a gasolina comum, foi possível graças ao comissionamento da equipe e à realização de reuniões para treinamento dos funcionários. “Estamos numa região movimentada e temos lojas Entreposto nos dois postos. Isso ajuda a aumentar o movimento. Para aproveitar todo o potencial da clientela, também temos como praxe pedir para abrir o capô dos carros para oferecer outros produtos e serviços”, afirma o revendedor.

A vez dos lubrificantes De olho em maiores margens de lucro, os revendedores estão apostando também no aumento das vendas do lubrificante Havoline, conforme conta o gerente de lubrificantes da ALE, César Nolli. Para ele, o posto deve aproveitar o tráfego gerado pela gasolina e fazer a oferta do produto. “Sempre digo que o frentista tem de perguntar se o motorista quer que o capô seja aberto para verificação da situação do carro. Mas o ideal é que isso seja feito antes do abastecimento, para que o cliente não tenha a impressão que está perdendo tempo. Essa é uma ALE em revista


Lucas Medrado

Nolli também chama a atenção para a necessidade de os revendedores saberem exatamente qual a participação da receita gerada pelos lubrificantes no faturamento total do posto. Além disso, a criação de metas de vendas e de programas de incentivos para os frentistas contribuem para o alcance de melhores resultados. Uma exposição privilegiada com o preço do produto no posto, aliada a promoções mensais, também pode turbinar as vendas. “É interessante também que o revendedor trabalhe com o menor número possível de fornecedores. Dessa forma, pode concentrar volume em um só fornecedor e, assim, obter, condições especiais que influenciarão no preço final ao consumidor”, afirma. ALE em revista

Juntos, os postos Novo e Jovita, de Fortaleza (CE), chegam a vender 150 mil litros de ALE Plus por mês Atendimento personalizado mantém clientela fiel ao posto Palhocinha Lucas Moço

boa hora para oferecer o lubrificante ou outros produtos e serviços diferenciados”, aconselha.

19


NEGÓCIOS NEGÓCIOS

Entrevista Apostando na conveniência O desafio de gerar mais receita para os postos requer que a revenda invista em formas de ofertar produtos e serviços diferenciados aos clientes. Um dos caminhos para isso é a instalação de uma loja Entreposto, que gera renda de forma independente e ainda ajuda a aumentar o movimento do posto. No bate-papo abaixo, Renato Rocha, diretor de Marketing e Varejo da ALE, indica os caminhos para uma boa gestão do negócio. De que forma as lojas Entreposto contribuem para o aumento da rentabilidade dos postos? As lojas de conveniência são um atrativo para o complexo de serviços ofertados no posto. Sabemos que apenas 10% dos consumidores que abastecem vão até a loja, o que demonstra que esse canal é independente e pode agregar fluxo também para o combustível. É importante ressaltar também que as lojas possuem categorias de produtos que possibilitam excelentes margens de lucro, como o food service e a bomboniere. Dentro da loja, é possível agregar con-

20

Lá, a venda de lubrificantes tem o suporte do software Inforlub, que faz o gerenciamento completo do histórico de trocas de óleo dos veículos, permitindo um atendimento personalizado aos clientes. O entrosamento da equipe e o treinamento de frentistas novatos também é apontado por Félix como fundamentais para o alcance das metas. “Os frentistas são treinados a fazer um atendimento completo, desde limpeza do

para-brisas até verificação do óleo”, explica. Para isso, ele conta que o Clube ALE é um importante aliado para manter os frentistas motivados, pois, por meio do programa, eles acumulam pontos e podem resgatar prêmios. O mix de opções aos clientes do posto é complementado por serviços de lavagem, ALE Express, loja Entreposto e um cuidado extremo com a limpeza e organização do estabelecimento.

Gualter Naves

Situado na cidade catarinense de Garopaba, o posto Palhocinha encontrou nos lubrificantes uma forma de aumentar a receita durante o período de baixa temporada turística na região. No estabelecimento, as vendas do produto já chegaram a ultrapassar em 300% a meta estabelecida para a equipe. O proprietário Jean Félix da Silva sempre aproveita as promoções para comprar o produto e distribuir os brindes recebidos para os clientes.

Conveniência e serviços abrem caminhos para maiores lucros, afirma Renato Rocha

forto, praticidade e serviços diferenciados que atraiam o cliente e tirem o foco dos preços do combustível. Aproximadamente, em quanto tempo o revendedor tem o retorno do investimento feito na montagem de uma loja Entreposto? O investimento para a implementação da marca Entreposto é diferenciado do mercado. Prezamos pela padronização da identidade visual do mobiliário, pastilhas, rodateto e adesivação, mas somos flexíveis quanto a equipamentos e mix de produtos. Considerando a boa gestão da loja, pode-se dizer que o retorno do investimento vem de 12 a 18 meses.

Quais são os principais passos para uma gestão da conveniência orientada para resultados? O setor do varejo é dinâmico e os consumidores são exigentes. As lojas de conveniência, como qualquer outro negócio, precisam de uma gestão no detalhe, acompanhamento diário e gerenciamento de categorias. É importante também investir no relacionamento com as indústrias para obter condições diferenciadas, um contador experiente, funcionários treinados e exclusivos da loja. Tudo isso sem se esquecer do ponto de venda, que precisa ser agradável e com um mix de produtos sob medida.

ALE em revista


MÃO DE OBRA

Sucessão planejada

Consultoria é um meio de garantir a transição de forma bem feita

O planejamento da sucessão começou quando Igor estava prestes a concluir o curso de administração de empresas. Com a ajuda do consultor, o filho percorreu diversos setores até ocupar o cargo de diretor financeiro, em 2013.

Consultoria A consultoria é a ajuda externa para melhorar os processos de outras áreas da empresa, com ferramentas de correção e controle. “Essa é uma tendência que está se firmando no segmento de revenda de combustíveis, devido à necessidade de profissionalizar as empresas e aumentar a competitividade”, destaca o presidente da empresa de consultoria Inovai, Astênio Araujo. A regra tem sido a mesma para projetos de sucessão empresarial, que deve ser planejada. “No caso do Grupo JM, a ideia foi do pai, que teve participação ativa em todos os estágios para passar ALE em revista

Demis Roussos

A

dvogado e pós-graduado em Administração de Negócios, o presidente do Conselho Administrativo do grupo JM, José Maria Jacome Bezerra, não tem o menor receio de contar que criou todas as condições necessárias para que o filho Igor Ribeiro Jacome assumisse a presidência da empresa a partir de janeiro de 2014. O Grupo JM vai completar 35 anos em 2015 e, atualmente, a empresa tem 16 postos, dos quais seis com bandeira ALE, e 130 empregados. “Hoje, os jovens querem respostas mais rápidas e, por isso, eu contratei uma consultoria para nos auxiliar nesse processo há três anos. O meu desejo é garantir a continuidade dos negócios da família”, destaca o empresário.

José Maria Jacome guia o filho Igor no mundo dos negócios

ao filho a sua experiência de homem de negócios”, explica Astênio. Mas a parte técnica de preparação do gestor foi conduzida pelo consultor. Além do diploma universitário, Igor Jacome fez diversos cursos e ainda teve horas de conversa sobre conhecimentos administrativos, aplicação das teorias na prática dos negócios e análises de desempenho a cada etapa concluída. Em dez meses de trabalho como presidente executivo do Grupo JM, Igor Ja-

come já autorizou a compra de quatro novas revendas de combustível. “Tenho um contato muito próximo com o meu pai e com os negócios da família. Sempre frequentei a empresa e participava de reuniões e encontros com ele. Mesmo que eu não abrisse a boca, estava ali aprendendo. Depois ele me explicava por que tinha feito isso ou aquilo”, lembra. Para consolidar o processo de sucessão, todas as mudanças foram colocadas no papel, com atribuições muito bem definidas para todos.

Reflexão e mudanças para alcançar objetivos As primeiras escolas de coaching chegaram ao Brasil em 1999, mas, nos últimos três anos, o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) registrou aumento de 400% na formação de novos profissionais habilitados para atuar nessa área.

A metodologia é uma opção para empresas ou profissionais que estejam dispostos a refletir sobre suas condutas e decisões, para adotar mudanças de comportamento e, assim, atingir resultados rápidos e sustentáveis, ou mesmo melhoria da performance, em menor prazo.

21


Banco de Imagens

Passatempo

O mundo dos

artesãos da cerveja Cada vez mais pessoas estão produzindo a própria cerveja em casa. Cheia de dicas, internet é fundamental para quem está começando 22

ALE em revista


T

omar uma cervejinha com os amigos sempre foi o passatempo predileto de muita gente no Brasil, tanto que o país é um dos maiores mercados consumidores da bebida no mundo. Nos últimos anos, porém, cada vez mais pessoas estão se interessando pelo universo da produção artesanal das cervejas. A tarefa pode parecer complicada e cara, mas quem quer aderir ao hobby pode começar com um kit básico. Os mais simples geralmente são compostos por caldeirões, termômetro, colher, pá e balança, mas, em sites e lojas especializadas, é possível encontrar equipamentos e insumos para todos os bolsos.

Nicolas está preparando agora uma nova série de vídeos que ensinará aos usuários a trabalhar com especiarias, como o carvalho e hidromel, uma bebida alcoólica obtida por meio da fermentação do mel. “Há inúmeros estilos diferentes de cervejas artesanais e o legal é ir experimentando novos ingredientes e sabores. As possibilidades de harmonização com pratos e até sobremesas também são muito grandes”, afirma. O chocolate meio amargo, por exemplo, é uma de suas combinações preferidas. Nesses casos, a Colorado Demoiselle, produzida em Ribeirão Preto com café em sua formulação, é uma das opções para a combinação.

Como a bebida não fica pronta no mesmo dia, já que o processo de fermentação e maturação da cerveja dura em média 30 dias, a paciência é fundamental. “Conheço pessoas que desistem de fabricar a bebida porque são afobadas demais. Durante o processo, você dá um passo e espera, dá outro e espera e assim por diante”, conta o analista de sistemas Nicolas Bittencourt, criador do blog Goronah, que é destinado a divulgar a cultura cervejeira.

Além dessa, Nicolas também indica as cervejas fabricadas a partir de frutas como a jabuticaba, pequi e cacau, que são tipicamente brasileiras. Na lista de suas preferências, também estão as do estilo India Pale Ale (IPA), que são mais amargas, encorpadas e com um aroma de lúpulo bem marcante e fresco. Como já tem um paladar mais “treinado”, Nicolas também não dispensa a belga Lambic, que tem um sabor mais cítrico. Ao contrário das convencionais Ale e Lager, ela tem uma fermentação instantânea, feita por meio do contato da cerveja com leveduras selvagens e bactérias. Atualmente, Nicolas se dedica também a ministrar cursos para produção de cervejas.

Carioca e apreciador dos mais variados tipos de cerveja, Nicolas criou o Goronah em 2008, inicialmente apenas para divulgar o assunto entre seu grupo de amigos. Com o tempo e com a popularização do hobby no Brasil, o blog se tornou um dos principais endereços sobre cervejas artesanais na internet. “O conteúdo é bem didático e orienta os interessados a dar os primeiros passos nesse mundo. Reforço bastante também que a cerveja, assim como outras bebidas, merece uma degustação mais apurada”, diz. No blog, é possível encontrar vídeos explicativos do processo de produção, receitas, orientações sobre equipamentos e insumos, notícias, entre outros assuntos. ALE em revista

“Conheço pessoas que desistem de fabricar a bebida porque são afobadas demais. Durante o processo, você dá um passo e espera, dá outro e espera e assim por diante” Nicolas Bittencourt

Falando a língua dos cervejeiros Lager: cervejas fermentadas em baixas temperaturas, como as Pilsen, Bock e Schwarzbier.

Chiller: espécie de serpentina em que circula água fria para resfriar a cerveja antes da inoculação do fermento.

Ale: são fermentadas em altas temperaturas, como as Pale Ales, India Pale Ales (IPA), Porters, Trappistas e Strong Ale belgas.

Brassagem: cozimento dos grãos para extração do açúcar que dará sabor e se transformará em álcool durante a fermentação.

23


Passatempo

Em Nova Lima, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte que vive um boom cervejeiro, o engenheiro Giuliano Zannini iniciou-se no hobby por curiosidade. Seu interesse foi despertado por amigos que estavam começando a produzir cerveja em casa. A partir daí, ele passou a ler sobre o assunto na internet e a pesquisar lojas que vendessem os equipamentos e ingredientes. Pouco tempo depois, Zannini comprou um kit com capacidade de 20 litros, que é básico para quem está começando e vem geralmente com dois caldeirões, chiller e baldes de fermentação.

Saiba mais >> Websérie sobre cerveja No canal Eisenbahn, no YouTube, você encontra os oito episódios da série que ensina as etapas do processo de produção. >> goronah.blog.br Reúne notícias, receitas, vídeos explicativos e muitas dicas para os iniciantes. >> henrikboden.blogspot.com.br Blog do cervejeiro caseiro Daniel Bode. Clique em “Resumão: Processos de produção”, nos arquivos de dezembro. O post traz detalhes valiosos sobre as etapas de produção. >> hominilupulo.com.br O portal é editado pelo jornalista e cervejeiro caseiro Bernardo Graça Couto. Traz informações sobre o universo da bebida, com dicas de harmonizações, vídeos, receitas, ingredientes etc.

24

“O processo não é nada complicado, mas exige paciência. Fazer a cerveja propriamente é rápido, mas sua maturação demora quase um mês”, conta.

Arquivo pessoal

Cada vez mais adeptos

Persistente, Zannini nunca fica completamente satisfeito com as cervejas que faz e quer sempre continuar experimentando ingredientes para chegar a sabores cada vez mais especiais. “Explorar as infinitas possibilidades da bebida é algo que me desafia. E é muito prazeroso chegar ao resultado final e ter uma cerveja totalmente diferenciada e 100% natural”, diz o engenheiro, que é filho do revendedor Jorge Santo André, do posto Sant’ André, em Nova Lima. Já o publicitário João Sales passou a se informar mais sobre o assunto nos últimos anos, junto com o crescimento das microcervejarias brasileiras e com o aumento da importação das cervejas europeias e americanas. “Em parceria com minha namorada, que é minha companheira de copo e panela, decidimos estudar e investir em equipamentos e insumos”, conta. Para ele, cuidado, atenção e esforço são ingredientes fundamentais para uma cerveja de qualidade. Segundo João, o processo é simples, mas envolve questões minuciosas, como controle de temperatura, filtragem, precisão de medidas e muita higiene. “Já erramos em algumas receitas e nos surpreendemos com o resultado de outras. Nesse sentido, a prática também tem sido uma grande aliada. A cada brassagem, você supera uma dificuldade e se depara com novos desafios”, diz. Como apreciador do lúpulo, João tem preferência pelas Pale Ales e IPAs da escola americana, mas também não dispensa as Porters, de origem inglesa, e as belgas Trappistas e Strong Ales.

“Em parceria com minha namorada, que é minha companheira de copo e panela, decidimos estudar e investir em equipamentos e insumos” João Sales

ALE em revista


SUSTENTÁVEL

Alternativa para

poluir menos O

etanol é uma substância orgânica muito presente na vida de todas as pessoas por suas duas grandes aplicações. Como combustível para os meios de transporte e como insumo industrial necessário desde o processo de produção de bebidas alcoólicas até a fabricação de perfumes, materiais de limpeza, tintas, solventes e muitos outros produtos. Nas últimas décadas, ele foi ganhando o status de uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, que poluem mais. De acordo com a IEA, sigla em inglês para Agência Internacional de Energia, o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tem o potencial de reduzir em mais de 80% a emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Apesar de o Brasil, ser considerado líder mundial em biocombustíveis, o consumo do produto no país ainda esbarra em entraves políticos e econômicos. No entanto, experiências positivas nas vendas do etanol podem dar ao setor varejista uma pista de como alcançar melhores resultados nessa área. Na rede Giza, por exemplo, composta por sete postos ALE localizados na zona Leste de São Paulo (SP), as vendas do combustível respondem por cerca de 55% do faturamento da empresa. De acordo com o sócio-proALE em revista

Higor Bastos

Os benefícios do etanol para o meio ambiente são o principal argumento para incentivar sua venda prietário, Nelson Luiz Petter, o bom resultado deve-se ao preço competitivo praticado, que é resultado de um conjunto de fatores. Com todos os pontos de venda na mesma região, a empresa tem um ganho logístico que acaba barateando os custos de frete. Além disso, as compras de etanol em escala para sete postos permitem uma maior margem de negociação, que também impacta no preço final, assim como a alíquota diferenciada de ICMS de 12% sobre o produto no estado. Em Minas Gerais, por exemplo, a taxa cobrada é de 19%, embora haja um Projeto de Lei em tramitação no legislativo estadual para redução para 14%. “Precisamos caminhar no sentindo de termos um combustível mais limpo no Brasil, porque as energias fósseis são nocivas ao meio ambiente e vão acabar um dia”, comenta o revendedor.

Setor sucroalcoleiro quer mais espaço Diante da necessidade de se ampliar a divulgação sobre os benefícios do etanol, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) lançou, em setembro, uma nova fase da campanha “Etanol, o combustível completão”, que ressalta a importância do produto para a economia e o meio ambiente. Em sua primeira versão, em 2012, a ação

Em São Paulo, vendas de etanol disparam nos postos da rede Giza, do proprietário Nelson Petter

resultou em um aumento de 10% no consumo do etanol em São Paulo, de acordo com a entidade. Conforme explica o consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, a meta da campanha é relembrar a população das vantagens do etanol de uma forma alegre, descontraída e simpática. Para ele, o combustível vai ao encontro da necessidade cada vez mais urgente de se buscar fontes alternativas de energia. Além disso, defende que a produção do etanol é benéfica para o desenvolvimento rural e tem um impacto positivo no PIB agrícola.

25


A vez do

Banco de Imagens

MERCADO

asfalto

Fábrica da ALE deve registrar crescimento de 40% em produtos asfálticos neste ano

A

lém da distribuição de combustíveis, a ALE também atua no segmento de asfalto. Desde 2008, quando adquiriu a Repsol, companhia espanhola que atuava no setor, a empresa decidiu dar continuidade ao negócio a partir da fábrica localizada em Ponta Grossa (PR), com reinício da operação em 2010. Com isso, a ALE já alcança a faixa de 2,8% do mercado brasileiro no comércio de asfalto, com meta de dobrar esse percentual nos próximos anos, consolidando-se como importante distribuidora brasileira também nesse mercado. A fábrica de asfalto corresponde a 4% do faturamento da ALE, mas o objetivo da companhia é aumentar esse percentual nos próximos anos. Segundo Júlio Paulon, diretor comercial Sul da compa-

Você sabia? O cimento asfáltico de petróleo é usado para pavimentação, misturado com areia, brita e água para formar a massa asfáltica que é aplicada nas ruas.

26

nhia, geralmente, as empresas que compram asfalto também adquirem diesel, o que favorece as negociações. “É o mercado que vai mostrar até onde podemos chegar a partir de 2015, mas a projeção é atingir 10% de crescimento”, adianta. Para isso, a ALE vai focar em construtoras, concessionárias de rodovias e, ainda, empresas especializadas em pavimentação para oferecer o cimento asfáltico de petróleo (veja box) e, principalmente, os produtos modificados à base de asfalto, produzidos em Ponta Grossa. “O cimento asfáltico é uma commodity que é adquirida da Petrobras e revendida, mas os produtos modificados à base de asfalto são diferenciados e é nesse segmento que queremos crescer ainda mais”, afirma Paulon.

Investimentos em melhorias Para ampliar a participação da ALE no setor de asfaltos em todo o Brasil, a companhia está reforçando sua equipe na região Sul do país, aproveitando a localização da fábrica. Há projetos também para a Zona da Mata mineira e para o Rio de Janeiro. O diretor comercial Norte, Luciano Leão, informa que a empresa investiu muito na equipe de vendas de produtos modificados de asfalto. “Como somos novos no

segmento, temos de ter diferenciais”. Paralelamente, estão sendo melhoradas as condições de armazenagem e de produção da fábrica, para aumentar o mix de produtos ofertados. Para Luciano Leão, com uma estrutura logística bem organizada, os resultados serão ainda melhores que os atuais. “Esse negócio é logística pura. Para 2015 vamos mesclar contratos com novas transportadoras com a frota própria. Esse é um trabalho específico para um ramo bem diferente da distribuição de combustíveis”, explica.

Números promissores O gerente executivo de Operações e Logística da ALE, Sérgio Araújo, ressalta o caráter empreendedor da compaALE em revista


ALE responde por quase 3% do mercado nacional de asfalto

Fábrica de asfalto da ALE >> Localização: Ponta Grossa (PR), a 115 km de Curitiba >> Área ocupada: 8.100 m2 >> O que produz: emulsões asfálticas de rupturas rápida (RR), média (RM) e lenta (RL), cimento asfáltico de petróleo (CAP), asfalto diluído de petróleo, asfaltos modificados com polímeros e com borrachas de pneus usados, emulsões asfálticas modificadas.

nhia, que decidiu inaugurar uma nova unidade negócios que tem crescido paralelamente à distribuição de combustíveis com a operação da planta de Ponta Grossa. “É um mercado muito promissor, com aumento progressivo do consumo”, destaca. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Asfalto

(Abeda), a demanda pelo produto passou de R$ 1,157 mil toneladas em 2003 para 2,7 mil toneladas dez anos depois. Em setembro deste ano, a planta da ALE registrou produção recorde com crescimento 100% superior aos números de 2013. “O faturamento desse negócio ainda não atingiu o que planejamos, mas o recorde de produção é um

Relembre a história A ALE adquiriu as atividades de distribuição de combustíveis e asfalto da Repsol, companhia energética de origem espanhola, em dezembro de 2008. Com o negócio, a companhia

ALE em revista

brasileira aumentou os número de postos da rede e sua abrangência em território nacional, com a entrada da marca no Rio Grande do Sul, por exemplo.

indicativo de que estamos no caminho certo”, argumenta SérgioAraújo. Em relação às vendas, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 40% no comparativo com o mesmo período de 2013. A projeção para 2014 é vender 18,5% a mais que o montante do exercício anterior, em função do aumento da demanda tradicional dos anos eleitorais. Para ganhar espaço no mercado nacional, a ALE tem investido também no desenvolvimento de novos produtos, como as emulsões que têm como base o óleo de xisto. E está em fase de projeto a implantação de nova fábrica em Guarulhos (SP), com início de obras previsto para 2015.

27


SEGURANÇA

Prevenir é

importante Banco de Imagens

Revendedores investem em segurança para evitar assaltos em postos Tecnologia é aliada na segurança dos postos

E

m todo o Brasil, postos de gasolina continuam sendo alvos constantes de assaltos. Não há dados oficiais sobre o número de ocorrências nesse tipo de estabelecimento, mas o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minas-

28

petro), Carlos Guimarães Júnior, estima que, apenas em Minas Gerais, a marca ultrapasse os 100 assaltos por mês. O dirigente da entidade chama a atenção para o fato de que grande parte dos crimes não são notificados, dificultando a formação de es-

tatísticas que retratem o tamanho real do problema enfrentado pelo segmento. “Nossa orientação é que os donos de postos sempre solicitem o comparecimento da polícia e a realização de um Boletim de Ocorrência. Esse documento ajuda na prevenção e na correta alocação de policiais e viaturas”, afirma. ALE em revista


Arquivo pessoal

Revendedores se protegem contra assaltos

“É fundamental orientar os funcionários que nenhum integrante da equipe tem acesso aos valores depositados nos cofres do posto”

Localizado em Florianópolis (SC), o Auto Posto Novo Campeche reforçou sua proteção com portas de metal no escritório, alarme e ampliação do monitoramento por câmeras. Além disso, foi contratado um vigia para o período da madrugada. O posto também tem comunicação direta com a polícia, por rádio. Para evitar assaltos, a gerente Patricia Hermes cita uma série de outros cuidados. Os gerentes, por exemplo, variam o horário de trabalho constantemente e costumam trocar de carro esporadicamente. “Na Grande Florianópolis, o número de assaltos a postos tem crescido bastante, e isso nos levou a ter atenção redobrada. Contamos também com a ajuda dos funcionários, que ficam sempre atentos a qualquer movimento suspeito”, comenta. Desde sua inauguração, há um ano, o Auto Posto Família Reis, localizado em Itabira (MG), também tem investido em segurança. Como a maioria dos clientes paga em espécie, o proprietário Ricardo Pires Lage resol-

Carlos Guimarães Júnior

veu contratar um carro forte que fica estacionado no estabelecimento para guardar o dinheiro das vendas. A segurança é complementada por um sistema de câmeras e de alarme. “Estamos numa área nobre e o número de ocorrências não é tão grande, mas a violência tem crescido por causa da falta de policiamento e da impunidade”, comenta.

Sete passos para sua proteção >> Invista na instalação de câmeras de vigilância.

>> Oriente seus funcionários a nunca reagir em caso de assaltos.

>> Não mantenha quantias superiores a R$ 100 em poder dos frentistas.

>> Chame a polícia se perceber algum suspeito na região. Em caso de assalto, não deixe de fazer Boletim de Ocorrência.

>> Evite ir ao banco. Opte por realizar todos os pagamentos por meio da Internet.

ALE em revista

>> Considere a possibilidade de instalar uma guarita blindada e com cofre

dentro. Dessa forma, os caixas trabalham protegidos e têm tempo para depositar o dinheiro no cofre a cada recebimento. >> Para o envio de grandes quantias para depósito no banco, o carro forte é a opção mais segura. Fonte: Minaspetro

29


PÉ NA ESTRADA

Pantanal Matogrossense Banco de Imagens

espera por você!

Pantanal é o grande destino brasileiro de ecoturismo e turismo de aventura

30

ALE em revista


Conhecida por suas belezas naturais, região também se destaca pela prática da pesca e roteiros de aventura

R

eserva ambiental, bioma ou simplesmente Pantanal, como é mais conhecido, é um destino turístico que tem pouco mais de 150 km2, ou 1,76% do território nacional. Lá, do nascer ao pôr do sol, tudo tem a sua beleza e um significado especial para quem gosta de natureza, pescaria e aventura. Localizado nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o local é um bom exemplo da palavra abundância, pela diversidade da vegetação e também da fauna da Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica e Chaco (nome dado ao Pantanal localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Tudo isso no mesmo lugar e em harmonia. Em números, a região abriga 263 espécies de peixes, 41 de anfíbios, 113 de répteis, 463 de aves e 132 de mamíferos. E plantas são quase 2.000 tipos, que já foram identificadas e classificadas. Gostou? Então, por que não conhecer de perto? Segundo o proprietário da agência Paralello Tour, Daniel Rodrigues Rosa, o Pantanal pode ser visitado tanto na época da cheia, entre os meses de outubro a março, quanto na seca, entre abril e setembro. “Com as chuvas, a maior parte do território fica inundada e a vegetação é mais verde e florida. Essa é a temporada ideal para quem quer fazer o turismo de observação. Na seca, abre-se a temporada de pesca esportiva e os animais reaparecem para um verdadeiro safári a céu aberto”, explica.

O caminho é esse Para visitar o Pantanal o visitante pode chegar de avião por Cuiabá (MT) ou por Campo Grande (MS). Ao desembarcar, é possível contratar transporte aéreo ou terrestre para ir até a famosa Poconé, onde começa a rodovia MT-060, conhecida como Transpantaneira. ALE em revista

A estrada construída na década de 1970 liga Poconé a Porto Jofre, na beira do rio Cuiabá e oferece aos turistas um safári natural em 142 km2, além de centenas de pousadas, opções de lazer, cavalgadas, trilhas ecológicas, safári noturno e trilha de barcos. “Existem opções de passeios para pessoas de todas as idades e períodos diversos, de acordo com o interesse do viajante”, explica Daniel Rosa. Para o passeio ficar completo, ele sugere incluir no roteiro as cidades de Cáceres, Barão de Melgaço e Santo Antônio. Nascido e criado em Poconé, o proprietário do Posto Rondon, João Batista Nunes Rondon Filho, acompanha o vai e vem de turistas que começam a viagem ao Pantanal, já que seu empreendimento é localizado na entrada da cidade. “Vi a necessidade dos fazendeiros em abastecer, mas estamos preparados para atender a todos os públicos”, destaca. Alguns funcionários falam inglês, para ajudar os turistas estrangeiros com informações sobre pousadas. Como todo bom pantaneiro, ele é pescador. “Eu pesco desde pequeno, ia com meu pai. Hoje tenho barco, mas a quantidade de peixes está diminuindo”, lamenta. Mesmo assim, João não perde o gosto pelo programa. Na beira do rio tem o seu momento de descanso, sempre acompanhado por amigos, cerveja e conversas, para voltar renovado para o trabalho.

Histórias de um pescador Tem quem goste tanto de pescaria que não se cansa de repetir as viagens ao Pantanal. Paulista radicado em Minas Gerais, o médico acupunturista Carlos Eduardo de Andrade Mitidiero visita o Pantanal desde 1965. Já esteve em Cáceres e, mais recentemente, visitou a região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. “O Pantanal é um lugar onde podemos pescar ouvindo o canto de diversos pássaros e, ao mesmo tempo, observar jacarés, onças e capivaras, além de tra-

31

31


PÉ NA ESTRADA

var batalhas fantásticas com os peixes e, às vezes, com os mosquitos, ao entardecer”, declara.

Arquivo pessoal

A cada viagem, o médico traz na bagagem uma história diferente para contar. “Nas últimas idas, o meu grupo de pescadores optou pelas chalanas (barcos-hotéis, que sobem o rio Paraguai todas as noites com paradas em pontos estratégicos para pescar o dia todo). Em cada local, há diferentes espécies

e, com elas, causos que serão repetidos em casa”, comenta. Para o médico, programar uma viagem do gênero não é difícil. Há empresas especializadas com anúncios na internet ou mesmo em revistas sobre pesca e turismo. “Quanto à gastronomia, no geral o menu é bem parecido com o dos lares brasileiros. Mas há iguarias como a carne de jacaré e de outros animais, além de peixes preparados de várias formas”, relata. Uma regra do pescador é registrar tudo em fotos. Ao final de cada atividade, ele devolve os peixes para o rio. “Prefiro a pesca esportiva ou o ‘pesque e solte’. O peixão deste ano será muito maior na próxima pescaria. Se destruirmos os reprodutores destruiremos todas as espécies e perderemos o hobby”, avalia Carlos Eduardo.

Norte do Pantanal Quem gosta de turismo de aventura também está bem atendido. O geógrafo e condutor de turismo de aventura matogrossense, Daniel Bretas, afirma que esse tipo de programa está começando a se firmar, principalmente pela existência de destinos incríveis como a Gruta Dolina da Água Milagrosa, em Cáceres, no norte do Pantanal. “É um afloramento de água no meio de uma formação rochosa onde se pratica mergulho”, explica.

“No Pantanal, travamos batalhas fantásticas com os peixes e, às vezes, com os mosquitos, ao entardecer” Carlos Eduardo Mitidiero, médico

32

Segundo o revendedor Moacir da Silva Barbosa Neto, proprietário do Posto Sarita de Cáceres, aberto pelo avô há 40 anos, o Pantanal começa em Cáceres. “O pessoal que vem para cá nos conhece e usa o posto para abastecer ou para comprar cerveja e encontrar outros pescadores. Temos aqui um grande festival de pesca que acontece no mês de maio que até já foi para o Guinness Book como o maior do mundo”, instiga. Fora a pescaria, há atrações como cachoeiras e as piscinas naturais para mergulho. ALE em revista


Banco de Imagens

Experimente o estilo de vida Na hora de se hospedar, os visitantes podem escolher entre as cidades de Aquidauana, Anastácio, Miranda, Corumbá, Ladário e Porto Murtinho. De acordo com o Sistema de Informações e Estatística da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul (Fundtur), essas localidades contam com 1.680 leitos. Entre as atrações, a Rota Pantanal oferece fazendas que também trabalham com o turismo, identificadas como pousadas pantaneiras, onde é possível experimentar o modo de vida do homem pantaneiro (farm-tour), praticar o ecoturismo (caminhadas, observação de aves, fauna e flora), turismo de aventura (cavalgada), pesca esportiva e realizar visitas técnicas, em função de projetos de aprimoraALE em revista

mento genético bovino, equino, implementação de novas tecnologias na agricultura e de preservação do ecossistema Pantanal. Localizadas nas sub-regiões do Pantanal, para chegar até as pousadas pantaneiras, os visitantes na maioria das vezes passam pelos centros urbanos das cidades de Aquidauana, Anastácio, Miranda, Corumbá e Ladário, onde estão importantes registros da história do Brasil. Cidades tranquilas, de vida simples, retratam na arquitetura e nos costumes lembranças como a participação na Guerra com o Paraguai, com bases e fortes Militares. É possível também ver a história do século 19 nas áreas portuárias, legado do importante comércio internacional pelo rio Paraguai, e na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que interliga São Paulo a Bolívia.

Turismo ecológico atrai milhares de visitantes todos os anos ao Pantanal

Curiosidade Nos municípios de Aquidauana e Miranda está concentrada a etnia Terena, grupo indígena do Brasil cuja produção em cerâmica é referência como artesanato produzido no Estado juntamente com a cerâmica produzida por outros índios, os kadiwéu.

33

33


CRônica

Escassez de água:

da teoria para a realidade

ARQUIVO pessoal

O

Leonardo Gontijo Diretor de gestão estratégica da Verde Ghaia Auditoria Ambiental e mestre em Administração, na linha de pesquisa sobre responsabilidade social. Professor da Fundação Dom Cabral e do Centro Universitário Una. Responsável pela elaboração de estudos de viabilidade econômica e implementação da norma ISO 14001, atua há mais de oito anos na Verde Ghaia, onde já assumiu diversas funções.

34

fato de o nosso planeta ter dois terços da superfície recoberta pela água dos oceanos talvez dê a impressão de que a água na Terra seja uma coisa infindável. Mas é importante que se tenha claro que esse volume não corresponde ao total disponível para consumo da humanidade.

administração dos recursos hídricos em nível de bacias hidrográficas, desenvolvendo tecnologias avançadas de monitoramento e gestão, ampliando a participação da comunidade nessa gestão e no compartilhamento dos processos tecnológicos que irão melhorar a infraestrutura do banco de dados e dar maior sustentabilidade às ações.

De toda água existente na Terra, 97% encontra-se nos oceanos, sendo, portanto, salgada. Dos 3% de água doce restante, 2% estão nas geleiras e apenas 1% é água doce presente na atmosfera, lençóis subterrâneos, lagos e rios. É desse 1% que mais de 7 bilhões de seres humanos devem obter a água de que precisam para sobreviver. Sem falar na parte já poluída e imprópria para o consumo.

Além disso, ações de educação e conscientização da população, de empresas e mesmo de governos são indispensáveis para se evitar o desperdício e a poluição das águas. É possível também realizar a despoluição de rios e mananciais, revitalizando esses importantes recursos hídricos e tornando-os novamente saudáveis e próprios para o uso.

A escassez dos recursos hídricos pode ainda levar ao aumento de fontes de contaminação, devido à dificuldade de acesso à água de qualidade. Isso também acarreta a contaminação de alimentos e a indisponibilidade dos mesmos, numa reação em cadeia que comprometeria a saúde humana.

Por fim, as empresas também podem reutilizar a água utilizada no seu processo produtivo e adotar tecnologias que minimizem o desperdício e otimizem o uso racional dos recursos.

Com a acentuada crise de escassez de água, que, neste ano, atinge São Paulo, o município mais populoso do Brasil, aguça-se o debate em torno de soluções para o melhor gerenciamento dos recursos hídricos. É preciso tomar uma série de ações. A primeira delas é promover uma melhor

Como analisado, os recursos hídricos são fundamentais para o alcance e manutenção do equilíbrio ecológico na terra. A água é, portanto, essencial para a existência digna da vida humana, animal e vegetal, além de ser insumo importantíssimo que viabiliza o desenvolvimento socioeconômico pelos seus usos múltiplos. Com certeza, as empresas podem induzir e auxiliar no processo de reversão deste quadro de escassez. ALE em revista


NO CLUBE ALE, TEM SEMPRE UM PRÊMIO QUE É A SUA CARA. É mais vantagem pra você? É ALE.

ALE em revista

O Clube ALE é um programa exclusivo e gratuito para os revendedores e equipe dos postos. Nele, você acumula pontos ao atingir metas e interagir com a ALE pelo site www.clubeale.com.br. Acesse e troque seus pontos por viagens, presentes para sua família e materiais promocionais para seu posto.

35



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.