Eventos Virtuais

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O VALOR ESTRATÉGICO DOS EVENTOS VIRTUAIS Por Jenise Fryatt | Rosa Garriga Mora | Ruud Janssen Richard John | Samuel J. Smith

O papel dos eventos virtuais é envolvente. Vistos previamente por profissionais de outros setores como uma experiência única, os eventos virtuais agora procuram seu lugar no portfólio de eventos estratégicos. Algumas organizações estão gerindo centenas de eventos virtuais por ano, mas esses eventos virtuais ainda estão em sua infância; é uma criança do novo milênio. E a maior parte das empresas ainda está tentando entender exatamente o que é um “evento virtual”. Os profissionais do setor concordam com a definição de evento virtual, mas os detalhes de cada evento são variáveis. Existem oito principais formatos de eventos virtuais, cada um com seis ou mais fornecedores principais. O planejamento, execução e benefícios são tão únicos para cada formato que mudar um fornecedor requer uma curva de aprendizado para todos os stakeholders. As tecnologias continuam crescendo e conseguem até capturar conteúdo e coletar dados de participantes de uma forma que os eventos presenciais não conseguem. Dados mostram que os custos de viagens continuam influenciando a escolha de eventos virtuais. Em diversas entrevistas para esse relatório, profissionais disseram que seus clientes internos tinham o budget necessário para realizar o evento, mas os participantes não tinham o budget de viagens para ir ao mesmo. Programas de eventos virtuais permitiram que esses grupos continuassem a se encontrar. Os eventos virtuais não serão apenas tapa-buracos emergenciais por muito tempo. Algumas empresas estão começando a 1 incluir os encontros virtuais ao seu core business.


PRINCIPAIS DESCOBERTAS 6. Visão geral dos eventos virtuais 1. Falta uma definição padrão de eventos virtuais para profissionais de eventos. Mais de 75% dos entrevistados acreditam que sua empresa não tem um padrão ou política para eventos virtuais. 2. Existem várias tecnologias para a execução de eventos virtuais. O mercado de tecnologia para eventos virtuais oferece oito tipos de soluções, cada uma proporcionando uma experiência virtual diferente – o que significa que existem múltiplas respostas para como deve funcionar uma conferência virtual. 3. Dentre esses, eventos online e vídeo conferência são os mais populares. Mais de 90% dos organizadores de eventos preferem os sistemas de eventos online e vídeoconferência e 70% diz que recomendaria eventos online como uma plataforma para eventos virtuais. 4. Empresas realizam eventos virtuais mais curtos que outros, pelo número limitado de oportunidades de networking. Organizadores estão convencidos de que eventos virtuais não são propícios para o networking. Programas virtuais estratégicos 5. Não existe um modelo único para eventos virtuais. As empresas têm diferentes abordagens no que diz respeito às estratégias para eventos virtuais. Algumas oferecem mundos 2D, outras encontros online ou combos de vídeo conferência. O escopo depende das necessidades, recursos, maturidade do processo e ca-

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pacidade de cada equipe da empresa. Departamentos de eventos ajudam na adoção de tecnologias. Em algumas empresas, o departamento de eventos envolve processos de planejamento (montagem objetiva, treinamento de palestrantes, mensuração) e consultoria com tecnologia para incentivar a adoção das mesmas e um formato de sucesso. Profissionais de eventos recomendam eventos virtuais. Três quintos (61%) dos entrevistados recomendam eventos virtuais ao invés de encontros presenciais, principalmente quando o budget de viagens interfere. Uma empresa adotou uma política de reuniões virtuais; encontros presenciais são analisados caso a caso. O sucesso dos eventos virtuais depende de apoio interno e integração. Organizadores sabem o que lhes ajudou a adotar os eventos virtuais: o apoio de líderes, uma equipe de apoio interno e a integração com outros processos. As principais barreiras incluem o envolvimento do participante e desafios organizacionais e de tecnologia. Os desafios com tecnologia e a percepção da mesma coloca equipes na defensiva. Muitos organizadores de eventos dizem que o sucesso depende de parcerias entre seus departamentos de eventos, viagens, treinamento e desenvolvimento e TI. Terceirização estratégica

10. Empresas estão terceirizando estrategicamente, mas não sabem por quê. Alguma empre-

sas terceirizam o local da vídeoconferência, mas falta política para definir “eventos virtuais”. 11. O TI lidera as decisões de compra. O departamento de tecnologia da informação (TI) fornece tecnologia para eventos virtuais e administra o procurement. Em alguns casos, novidades virtuais (first-wavevirtual) entram pelo TI para evitar que os early adopters (os primeiros a adotarem novas tecnologias) comecem a consumir a tecnologia na base da tentativa e erro. 12. Redução de custos foi o primeiro incentivo para a adoção de eventos virtuais. Dada a atual economia, a redução de custos foi uma grande incentivadora dos eventos virtuais. Em alguns casos as empresas tem budget para eventos, mas não budget para viagens. 13. Eventos virtuais oferecem mais do que apenas redução de custos. Além da economia, que é importante, as empresas usam os eventos virtuais para reduzir o tempo fora do escritório, atenuar a demanda por executivos e como alternativa para reuniões de última hora. Na área de marketing as empresas usam os eventos virtuais para prospectar vendas. Pessoas 14. Eventos virtuais criam um novo vocabulário para os organizadores de eventos. O vocabulário dos eventos virtuais é cheio de palavras: semi-live (meio ao vivo), bandwidth (“largura” da banda), player, synchronous, asynchronous, switcher e streaming. Organizadores não precisam ser especialistas, só pre-

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cisam se sentir a vontade com a tecnologia e sua linguagem. 15. Organizadores de eventos virtuais são mais focados em conteúdo que seus pares. Conteúdo para eventos virtuais é bem diferente do que para eventos cara a cara. Os organizadores tendem a se envolver mais no primeiro, incluindo palestrantes virtuais, apresentações, registro e adaptação de conteúdo, moderação e curadoria. 16. Organizadores de eventos virtuais precisam de habilidades de organização e relacionamento com clientes e nenhum medo de tecnologia. Os entrevistados concordam que organizadores precisam estar confortáveis com a tecnologia, mas ninguém considera necessário serem especialistas. 17. Existem poucos recursos para desenvolver um plano de eventos virtuais. No mesmo momento que as empre-sas contratam equipe e intensi-ficam suas estratégias de eventos virtuais, elas têm problemas em encontrar pessoal qualificado. A maior parte dos organizadores aprendeu o que sabe participando de eventos, conversando com outros organizadores e tendo treinamento com fornecedores de tecnologia. Mensuração A riqueza de dados em plataforma virtual é subutilizada. Enquanto plataformas virtuais fornecem dados detalhados dos participantes, a maior parte das organizações usa apenas as capacidades básicas de mensuração e geração de relatórios.

19. Eventos virtuais podem segmentar seu público até chegar a cada indivíduo. Organizadores de eventos sofisticados segmentam seus dados até o nível individual, se comparado com organizadores de eventos presenciais, que procuram dados que agreguem os participantes. Algumas empresas usam a segmentação individual para desenvolver leads e para treinamento. 20. Métricas de desempenho ajudam os organizadores de eventos virtuais a alcançarem sucesso. Da mesma forma que esportes usam métricas para avaliar o desempenho de atletas, medições (inscritos versus presentes, participantes recorrentes versus novos, tempo de conexão versus conteúdo disponível) ajudam os organizadores mais sofisticados a calcular o desempenho de seu evento e identificar oportunidades para melhora.

PROPÓSITO A adoção de tecnologia acelera quando há processos, padrões e recursos disponíveis para simplificar seu uso. O mesmo acontece com eventos virtuais. Empresas vêm testando eventos virtuais há muitos anos, e irão continuar a fazê-lo no futuro próximo. Essa pesquisa investiga como as empresas dimensionam a pirâmide de eventos virtuais e demonstra estratégias e melhores práticas para integrar os eventos virtuais dentro da estratégia de eventos. Finalmente, demonstrar:

essa

pesquisa

1. Como as empresas identificam,

irá

2.

3. 4.

5.

categorizam e avaliam formatos de eventos virtuais. Como as empresas integram eventos virtuais em seu portfólio de eventos. Estratégias comuns em eventos virtuais. Escolhas conflitantes que empresas fazem entre eventos virtuais e eventos presenciais; e Mensurações estratégicas para avaliação do desempenho de eventos virtuais.

METODOLOGIA Essa pesquisa foi conduzida por uma equipe de pesquisadores na Europa e América do Norte, entre julho e novembro de 2011.  Pesquisa inicial Uma pesquisa quantitativa, online, feita com membros MPI (150 respondentes). Entrevistas qualitativas com 26 organizadores de eventos, fornecedores de tecnologia e consultores. Estudo de casos examinando o centro de eventos virtuais na IBM contra os eventos presenciais e o programa de eventos virtuais da IKEA.  Pesquisa secundária Uma análise do programa estratégico de gestão de eventos (PEGE) e de pesquisas e estudos sobre eventos virtuais. Pesquisadores usaram tecnologia virtual para ter a colaboração de nove fusos horários diferentes. Eles usaram Skype, Basecamp e Dropbox para se comunicar, compartilhar documentos e administrar projetos. Eles utilizaram um sistema online de pesquisa, gravaram as entrevistas em mp3 e ar-

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mazenam em um diretório compartilhado.

INTEGRAR NO PROCESSO ESTRATÉGICO

DEFINIR, CATALOGAR AVALIAR

Enquanto algumas iniciativas de eventos virtuais começam como respostas às demandas de redução de custos da liderança, os incentivos aos negócios evoluem conforme empresas encontram valores adicionais em estratégia de eventos virtuais.

E

A maior parte dos profissionais de eventos está adotando eventos virtuais para reuniões internas (marketing, comunicação, recursos humanos e treinamento e desenvolvimento), mas eventos virtuais para clientes externos variam de setor para setor e são mais comuns nas áreas mais high-tech do que, por exemplo, em serviços financeiros. Falta de definição única Assim como no caso dos encontros presenciais, os eventos virtuais existem em uma variedade de estilos e formatos, ficando difícil estabelecer uma definição única. Três quartos (75%) dos profissionais de eventos disseram que suas empresas não têm uma descrição formal para “evento virtual”. Muitos definem o termo como algo parecido com o seguinte, apresentado por um entrevistado da pesquisa: “Um evento ou encontro virtual é a reunião de indivíduos para alcançar um objetivo comum, que inclua participantes em localidades múltiplas, conectados por alguma forma de tecnologia (telefone, vídeo, computador).” Formatos de tecnologia Mais de 80% dos organizadores consideram vídeoconferência, encontros online, webcasts e webinars como eventos virtuais. Qualquer coisa de áudio conferências até colaborações online e mundos virtuais 3D pode ser definido como virtual. Essa inclusão ampla de tecnologia virtual contribui como um dos desafios na adoção dos usuários.

Abordagens virtuais Mais da metade (55%) dos organizadores de eventos usam um processo para administrar seu portfólio de eventos virtuais – desses apenas 11% integraram esse portfólio ao programa de gestão estratégica de eventos. Menos de 30% acredita que suas empresas têm uma definição clara de “evento virtual”, ou uma política clara de eventos virtuais. Por outro lado, os profissionais de eventos estão mais propensos a dizer que suas organizações têm relações estratégicas de terceirização, mensuração efetiva e localizador de dados virtuais. Eventos virtuais Enquanto isso, 61% dos profissionais recomendariam eventos virtuais ao invés de eventos presenciais em casos específicos, apesar de concordarem que nem todos os eventos são compatíveis com os formatos virtuais. (Alguns organizadores não veem valor em eventos virtuais). Organizadores de eventos que não veem esse valor dizem que os melhores candidatos são os encontros internos: update de informações, encontro de equipe. Encontros presenciais com clientes, eventos onde o networking é importante e eventos onde problemas delicados são discutidos não são apropriados como eventos virtuais, segundo entrevistados.

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Por que virtual? Reduzir custos foi uma das principais razões para executivos pedirem por eventos virtuais e não presenciais. Alguns organizadores dizem que seus superiores recomendaram eventos virtuais para tomar o lugar de outros que poderiam ser cancelados em função de budgets de viagem decrescentes. Uma empresa recomenda webcasts à áudio conferências, pois webcasts são significativamente mais baratos. Corporações globais consideram eventos virtuais uma necessidade para manter os negócios em movi-mento. Eles citam três razões para o virtual: reduzir a demanda de viagens de executivos, reuniões de última hora e o compartilhamento de informações em múltiplos mercados e fusos horários.

Principais razões para eventos virtuais 1. Redução de custos; 2. Redução de escritório;

tempo

fora

do

3. Falta de budget de participantes; 4. Manter uma reunião que teria sido cancelada por questões de budget; 5. Conveniência; 6. Compartilhamento de informações por diversos mercados; 7. Operações globais; 8. Continuidade de negócios; 9. Reduzir a demanda de viagem de executivos; 10. Apoiar reuniões de última hora. Habilidades virtuais

Formatos virtuais Conference calls, reuniões online, webinars, webcasts e vídeo conferência são as formas virtuais mais frequentemente recomendadas. Eventos híbridos, feiras virtuais e mundos 3D virtuais são recomendados com menor frequência.

algo disponível imediatamente, e normalmente não é ideal. No momento, para terem educação em eventos virtuais, organizadores devem escolher dentre as seguintes opções. Realizar pesquisas; Encontrar organizadores de eventos virtuais experientes com quem possam aprender; Receber treinamento fornecedores de tecnologia.

de

“A maior oportunidade em eventos virtuais é o uso do organizador correto – para desenvolver o conteúdo, a agenda, o fluxo, a interatividade e incluir nas métricas.” -Debi Scholar, CMM, CMP, CTE, CTT, GLP, SSGB, presidente do Scholar Consulting Group

Habilidades de organização de eventos não são suficientes para a criação de um evento virtual de sucesso. Organizadores precisam também de habilidades parecidas com as de marketeiros digitais. Mas treinar essas habilidades não é

Virtual ou presencial É aqui que os profissionais de eventos caem na questão virtual versus presencial. Razão do evento Relacionamento Questões delicadas Incentivos Comemorações Encontros com clientes Team Building Atualizações/novidades da empresa Atualizações de produtos Reuniões internas Atualizações nos campos de vendas ou filiais Reuniões de projeto Reuniões diárias Reuniões de equipe Reuniões de recrutamento

Presencial Virtual Observações X A maior parte das plataformas tem capacidades limitadas de relacionamento. X Essas questões são discutidas melhor pessoalmente. X X X Força de resposta depende do setor. X Exercícios de simulação devem ser feitos pessoalmente. X Apresentações podem ser feitas pela TV corporativa, como webcasts ou outros formatos. X X X X X X X 5


Conhecimentos/habilidades necessárias para o virtual Planejamento de eventos Marketing online Código HTML Interface digital-usuário Conforto com tecnologia Serviço ao cliente (explicar tecnologia aos usuários) Organização (multitarefas em diversos eventos virtuais) Flexibilidade (necessidades de última hora) Pensar rápido, com inovação e paixão.

TERCEIRIZAÇÃO ESTRATÉGICA E PROPRIEDADE ORGANIZACIONAL Quase metade (47%) dos respondentes disse que suas organizações tem relacionamento estratégico com fornecedores para eventos virtuais, apesar da falta de definição ou política dos mesmos. Geralmente, o TI negocia esses termos e cria soluções corporativas para tecnologia de vídeo e web conferência. Essas negociações são independentes e resultam em plataformas tecnológicas padrão, mas é preciso haver uma abordagem colaborativa entre os stakeholders. Alguns organizadores reportam que três ou mais departamentos se envolveram para ter certeza que a tecnologia satisfaz tanto necessidades técnicas como a experiência do usuário. Conduzindo a adoção para reuniões internas Alguns profissionais dizem que seus departamentos deveriam conduzir os negócios para eventos virtuais e a adoção dos usuários internos, já que estão trabalhando com cliente interno. A adoção bem sucedida da tecnologia de eventos virtuais para reuniões internas é um esforço colaborativo entre os departamentos de eventos, treinamento e desenvolvimento e TI.

Acesso ao conhecimento Colaboração com TI (tecnologia da informação) Contratar um consultor para desenvolvimento de sistema. Contratar especialistas em eventos virtuais em tempo integral Contratar uma empresa especializada para serviços de streaming.

Conduzindo a adoção em eventos externos

Quantidade de participantes nos chats;

O marketing conduz os negócios, o budget, seleciona a tecnologia e lidera a execução da maior parte dos eventos externos. O TI avalia a segurança e audita a infraestrutura. Eventos virtuais conduzidos pelo marketing têm maiores taxas de aceitação.

Quantidade de perguntas;

Mesurando eventos virtuais Não é uma prioridade, ainda. Profissionais de eventos disseram que apesar das plataformas de eventos virtuais oferecerem muitas maneiras de coletar dados de participantes, essas ferramentas não são usadas regularmente. Apenas 45% dos entrevistados dizem que suas organizações mantêm controle dos dados de eventos virtuais. Ainda menos, 37%, dizem medir a efetividade de seus eventos virtuais. Aqueles que mantêm controle listam alguns ou todos os itens abaixo como dados que coletam.

Quantidade de respostas; Quantidade de respostas únicas. Muitas ferramentas, pouco uso Ainda assim, eventos virtuais oferecem dados que seriam difíceis de coletar presencialmente. As empresas que fazem análises mais sofisticadas olham para as seguintes medidas adicionais. Público alvo versus participantes reais Relação de conversão (inscritos versus participantes) Reincidentes participantes

versus

Quantidade de minutos em cada sessão Tempo em sessões versus tempo total de conteúdo

Satisfação (através de pesquisas);

Participantes ao vivo

Economia versus o mesmo evento presencialmente;

Participantes sob demanda

Quantidade de inscritos; Quantidade de participantes; Quantidade de sessões de chat; Quantidade de comentários em sessões de chat;

novos

Planos para mensuração Usar ferramentas virtuais de eventos para colher informações ajuda as empresas a melhorar a eficácia de suas estratégias em eventos virtuais. Mas especialistas recomendam considerar as metas de mensuração na fase de planejamento do evento, e não depois.

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Colaboração Organizacional “Eu sei muito mais sobre uma pessoa participando de um evento virtual não interno do que em um evento presencial – construção de banco de dados, dados demográficos, informações. Esse é um dos poderes da web.” - Ben Chodor, fundador da Stream57 e diretor global de streaming e eventos virtuais da Stream57/ Intercall.

OLHANDO À FRENTE Chaves para o sucesso Entrevistados citaram os seguintes pontos para o sucesso da estratégia de eventos virtuais. 1. Apoio da liderança. Esse apoio inclui usar eventos virtuais, endossar a estratégia e determinar padrões organizacionais. 2. Equipe interna de suporte. Essas equipes ajudam a administrar o processo dos eventos virtuais da solicitação inicial até a mensuração de desempenho. Também agem como consultores, ajudando clientes a escolher entre encontros presenciais ou virtuais, e, se necessário, entre as plataformas virtuais. 3. Case de negócios. Conquistas anteriores são importantes. Projetos piloto ou bases experimentais de clientes podem ajudar organizadores de eventos virtuais a ganhar um apoio organizacional pulverizado. 4. Estratégia de eventos virtuais. Alguns organizadores colaboram com os departamentos de TI e treinamento e desenvolvimento na criação e execução das estratégias de eventos virtuais.

Departamento Eventos

Tecnologia da Informação

Treinamento e Desenvolvimento

Compras Comunicação Interna Marketing Recursos Humanos

Funções • É dono do case de negócios • Influencia adoção de uso interna • Administra o processo de eventos virtuais (define objetivos, execução, mensuração e relatos) • Aconselha clientes internos quanto a formatos para alcançar objetivos • Fornece expertise tecnológico interno • Terceiriza tecnologia digital em cooperação com compras • Audita e administra a infraestrutura de tecnologia • Aconselha como criar um bom conteúdo digital • Fornece design instrutivo e suporte para e-learning • Pode compartilhar o uso da plataforma e dos recursos digitais • Trabalha em conjunto com TI para terceirização • Cria conteúdo • Cria conteúdo • Cria conteúdo

“Treinamento e desenvolvimento, TI e eventos olham para ferramentas virtuais como uma unidade. Somos todos stakeholders pois as mesas ferramentas podem ser usadas para aprendizado como para eventos virtuais. Quando fazemos um RFP (Request for proposal), todos os grupos estão envolvidos.” - Teddy Schimidt, gerente sênior de eventos virtuais na PwC Meetings & Events Services Group

5. Feedback de clientes. Reação de participantes, clientes internos e outros stakeholders ajudam as equipes de eventos a adaptar seus processos e serviços para atrair grupos maiores de clientes. 6. Conteúdo vigoroso. Um entrevistado disse: “Se conteúdo é o principal, em eventos virtuais ele é duas vezes o principal.” Participantes não têm um tempo de concentração longo para conteúdos ruins. A maioria dos adultos consegue se concentrar em uma coisa por aproximadamente 20 minutos (apesar de conseguirem recuperar o foco); eventos virtuais precisam ser desenhados de acordo.

Pedras no caminho Organizadores de eventos citam os seguintes desafios para o sucesso de portfólios virtuais. 1. Adoção dos usuários. Empresas enfrentam a adoção lenta dos usuários das seguintes maneiras a) oferecendo mini sessões de treinamento para os formatos virtuais, b) fornecendo suporte help desk e c) publicando os benefícios de seus programas virtuais aos participantes através de canais internos. 2. Limitações tecnológicas. Empresas com vários escritórios, lojas ou representantes de vendas precisam considerar a capacidade

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da banda larga (band width) da internet e as limitações dos computadores em localidades remotas. 3. Má experiência tecnológica. Para converter céticos, os organizadores recomendam começar pequeno e construir um padrão de sucesso através de pequenas vitórias. 4. Promover encontros virtuais internamente. Coloque a estratégia de eventos virtuais sob a jurisdição do departamento de eventos para ajudar na adoção. Organizadores de eventos sugerem sessões de almoço, comunicados internos, websites e apresentações para promover o programa dentro da empresa.

dados. Algumas empresas têm mensurações sofisticadas, mas muitas ainda estão no básico. 6. Novas qualificações (ou revisões de velhas qualificações) podem ser adquiridas – vindas de associações do mercado e universidades – porém receber treinamento de fornecedores antes disso é um modelo de negócios errôneo. 7. Existe a oportunidade de uma nova posição: Organizador de eventos virtuais. 8. Profissionais de eventos precisam abraçar novas habilidades, incluindo aquelas que os ajudam com o treinamento de clientes internos e externos.

Conclusões 1. Eventos virtuais ainda são novos para muitas empresas. Criar uma aptidão organizacional para eventos virtuais ainda parece uma realidade distante. 2. Encontros virtuais estão substituindo algumas reuniões presenciais, internas, apesar do clima econômico. É improvável que reuniões presenciais com clientes sejam substituídas. 3. O mercado de tecnologia virtual é jovem e mudanças acontecem rapidamente. Isso, em conjunto com a falta de padrões, cria uma barreira para a implementação de processos estratégicos. Fornecedores podem agir baseado nisso. 4. O departamento de eventos pode ajudar suas organizações a utilizar mais efetivamente invéstimentos em tecnologia existente, como web e vídeo conferência. 5. O sistema de mensuração para eventos virtuais ainda é imaturo, apesar da grande quantidade de

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Maxadvantage é uma aliança estratégica entre Matriz Travel e American Express Business Travel que influencia a experiência coletiva e a capacidade de líderes em conduzir retorno a investimentos em eventos, oferecendo um centro de excelência para organização de eventos. Oferece um SMM (strategic meeting management – gestão de eventos estratégicos) de simples compreensão, com serviços de ponta a ponta, incluindo terceirização especializada, serviços de inscrição e organização de eventos, desenhada para reduzir riscos e otimizar despesas. Acesse http://corp.americanexpress.com/gcs/travel/maxvantagemeetings.

TNOC – The New Objective Collective traz ideias para a nossa vida, usando comunicação digital ao vivo. TNOC foi fundada em março de 2009 na Holanda para oferecer gestão inovativa de comunidades e serviços de Professional Conference Organizer (PCO – Organizadores profissionais de conferências) para eventos ao vivo, híbridos e virtuais. Os colaboradores da Collective utilizam técnicas modernas para fornecer serviços focados em objetivos. Os projetos são gerenciados em espaços online de colaboração, permitindo que equipes espalhadas geograficamente e sua cadeia de fornecedores, cada qual com um nicho de especialidade, colaborem. Sempre que possível, a Collective usa métodos de código aberto (open source) e parcerias inovadoras para deliberar e fornecer experiências ao vivo e digital para corporações, associações e comunidades open source. Interactive Meeting Technology, LLC é uma consultoria em tecnologia para eventos que cria experiências interativas que tornam participantes ativos. Ela ajuda seus clientes a desenvolver estratégias para suas iniciativas digitais e a trazer suas visões à vida. A empresa faz trabalhos web, mobile, social, de sinalização digital e eventos híbridos. O Meeting Support Institute é uma associação para empresas e indivíduos com produtos e serviços voltados a conteúdo para eventos, oferecendo uma gama de ferramentas de arte a tecnologia, áudio visual a facilitadores, conhecimento a ciência. Seu objetivo é ajudar profissionais de eventos a planejar o conteúdo de seus encontros. O instituto educa e informa sobre ferramentas disponíveis no mercado através de sua base, apresentações, jantares e conferências. Aqui fornecedores se conhecem e conhecem também os clientes. A University of Derby Corporate é a divisão de treinamento e desenvolvimento corporativo da Universidade de Derby. A escola trabalha com uma variedade de empresas para fornecer programas de aprendizado baseados na atividade e qualificações acreditadas para melhorar habilidades chave, como serviço, inovação, liderança e resolução de problemas.

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Os Autores Jenise Fryatt Fryatt tem experiência em jornalismo e comunicações e mais de 20 anos em eventos como a co-proprietária da empresa americana de audiovisual Icon Presentations. Uma blogueira ávida do setor, consultora em mídias sociais e ex-gestora de comunidades para a Engage365.org, Fryatt também tem vasta experiência em liderar discussões virtuais, criar e distribuir conteúdo online e estudar as experiências de participação em eventos virtuais. Ruud W. Janssen, CMM O nômade digital Ruud Janssen, CMM, é um especialista em colaboração e novas mídias, além de palestrante e instrutor. Com um passado sólido em organização profissional de eventos e marketing de hospitalidade, tem curiosidade e apetite por slow food e mídias rápidas. Vivendo na Basiléia, Suíça, ele é o fundador da TNOC.ch, um coletivo não convencional de marketing, especializado na elaboração de experiências ao vivo, híbridas e virtuais para membros internacionais de organizações. Ele também é fundador e curador do TEDx e co-fundador do Event Camp Europe. Richard John Graduado em desenvolvimento da força de trabalho pela Universidade de Derby, John trás perspectiva acadêmica ao projeto. A universidade faz um simulador de eventos virtuais, o eAPL (Accreditation of Prior Learning – Reconhecimento de estudos anteriores) e um corpo de pesquisa disponível à equipe. John é diretor de curso para o Chartered Institute of Marketing e um professor convidado em programas de gestão de eventos em universidades no Reino Unido e Alemanha. Seus artigos sobre comunicação presencial apareceram em mais de 50 revistas, e ele é colunista regular de várias revistas MICE. Rosa Garriga Mora Rosa é consultora em ROI para eventos e trabalha como gestora de marketing e mídias no Evento ROI Institute. Ela é mestre em gestão de eventos internacionais pela Universidade de Stenden, na Holanda e pela London Metropolitan University. Ela é certified meeting architect e editora do livro The Tweeting Meeting (O evento tuitador). Atualmente vive em Barcelona, Espanha, onde também trabalha em projetos relacionados a meeting design. Samuel J. Smith Smith é um líder de ideias, palestrante e inovador ganhador de prêmios em inovação e tecnologia para eventos. Em 2011, a revista BizBash o nomeou como uma das pessoas mais inovadoras no setor de eventos. Em 2010, Smith co-fundou a Event Camp Twin Cities, um laboratório de inovação para eventos que reescreveu as regras de engajamento dos participantes em eventos híbridos. Smith é jurado da premiação anual EIBTM Worldwide Event Technologi Watch Awards, em Barcelona, Espanha.

Staff MPI Marj Atkinson, gerente de pesquisas. Jessie States, editora, setor de eventos. Jason Judy, designer gráfico.

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Sobre a MPI Foundation A MPI Foundation está comprometida a trazer visão e prosperidade para a comunidade global de eventos investindo em iniciativas orientadas por resultados que moldam o futuro e trazem sucesso para a comunidade de eventos. Para mais informações, vitie www.mpifoundation.org. Sobre a MPI A entidade funciona desde o final da década de 1970 e, atualmente, está em operação em 65 países e tem mais de 20 mil associados. Procura agregar representantes de toda a cadeia produtiva envolvida na preparação de um evento e, principalmente, ser um polo disseminador de conhecimento e boas práticas no mercado. “Todos têm a ganhar com a chegada da MPI no país. Empresas, agências especializadas, profissionais de marketing, gestores de viagens e de eventos, entre outros, vão poder saber em primeira mão quais são as tendências do setor e como tornar um evento ainda mais produtivo.”, diz Ricardo Ferreira, um dos membros fundadores da MPI no Brasil e sócio da Alatur, uma das maiores agências de viagens corporativas do país. Recursos e oportunidades valiosas para todos os mercados Desenvolvimento profissional para melhorar sua carreira Oportunidades comerciais no mercado de compradores e fornecedores Inclusão de novos profissionais A MPI possibilita crescimento profissional por meio de recursos estratégicos e metodologias específicas a partir de grandes conferências educativas em âmbito regional, nacional e internacional. MPI no Brasil Nos últimos anos, a MPI recebeu membros brasileiros de forma esporádica. A partir de 2006, inicia-se a participação mais efetiva, com a presença de um membro – Ricardo Ferreira – na conferência global, número que passou a três em 2007. Nesse mesmo ano ocorreram iniciativas mais organizadas para a constituição do capítulo brasileiro: em 29 de março houve uma apresentação sobre a entidade e uma palestra de Jack Phillips, autor do livro Providing the value of meetings and events – how and why to measure ROI. Oito novos membros se inscreveram e, com Ferreira, constituíram o grupo de voluntários para trabalhar em prol da entidade. Realizaram-se reuniões bimensais que resultaram num plano de ações para a divulgação da entidade no mercado brasileiro: tradução do livro sobre ROI, realização de pesquisa sobre o uso estratégico de eventos nas empresas brasileiras e proposta para um evento em março de 2008. Alinhado à missão e à visão da MPI, o Brazil Chapter objetiva tornar bem sucedidos os profissionais brasileiros, por intermédio da construção de conexões entre pessoas e conhecimentos/ideias, relacionamentos e mercados, numa via de dupla mão com o organismo internacional. MPI Brazil Chapter é entidade legalmente constituída no Brasil, criada em novembro de 2007, com sede em São Paulo.

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