Eventos Híbridos

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EVENTOS HÍBRIDOS Por Jenise Fryatt | Rosa Garriga Mora | Ruud Janssen Richard John | Samuel J. Smith

TRADUÇÃO:

Profissionais de eventos empregam tecnologias de eventos híbridos para compartilhar conteúdo, ideias e experiências com participantes através de diversas localidades geográficas e fusos horários, mas muitos ainda se opõem às falhas tecnológicas e o pontecial fim dos eventos presenciais. Enquanto as preocupações tecnológicas são críveis, a pesquisa MPI mostra que ansiedades em volta da degeneração de eventos presenciais são infundadas. Dados sugerem que o número de participantes aumenta ou se mantêm quando outras audiências se juntam, já que a maior parte dos participantes prefere ir pessoalmente aos eventos. Eventos híbridos ainda é uma mídia emergente, e a maioria dos profissionais em eventos ainda não tem experiência no modelo, e aqueles que têm experiência em híbrido são mais propensos a exceder seus objetivos. Enquanto organizadores de eventos continuam experimentando com eventos híbridos, eles encontram novas oportunidades – novos tipos de hospitalidade e logística, bem como novos serviços de gestão de conteúdo. 1


PRINCIPAIS CONCLUSÕES

Eventos híbridos Eventos híbridos serão uma parte importante do futuro do setor. 70% dos respondentes sentem que eventos híbridos serão uma parte importante do futuro dos eventos, embora análises revelem que profissionais ainda estão se tornando familiares com esse meio. O movimento de eventos híbridos não ganhou massa crítica. 50% dos entrevistados nunca organizaram um evento híbrido, e outros 25% nunca foram a um evento híbrido ou ajudaram a organizar um. Tecnologia não é o único fator de sucesso de um evento híbrido. Enquanto muitos profissionais citam a tecnologia como uma barreira para o sucesso de um evento híbrido, outros também apontam para pessoas, processos e formatos. “Meu conselho é que a tecnologia seja a última coisa a ser decidida” – Lynn Randall, sócia diretora na Randall Insights LLC. Profissionais de eventos que organizam eventos híbridos precisam reconhecer suas audiências diversas, com necessidades diferentes. Participantes no espaço principal, outros assistindo em locais e online, experimentam o mesmo conteúdo de formas diferentes. A maioria dos profissionais de eventos ainda está tentando entender esse conceito. Começar com o fim em mente aumenta significantemente o sucesso de um evento híbrido. Empresas que pró-ativamente inserem antecipadamente elementos híbridos geram resultados mais fortes do que aquelas que inserem componentes híbridos mais tarde durante o processo. Essas empresas veem os elementos híbridos como uma forma de superar desafios existentes em eventos presenciais. Responsabilidade social corpora-

tiva (CSR) e sustentabilidade não são consideradas como fatores importantes em eventos híbridos. Profissionais de eventos raramente usam CSR, ações “verdes” ou sustentáveis como justificativa para aumentar o uso de eventos híbridos. Profissionais de eventos acreditam que eventos híbridos são caros. Eles frequentemente levantam a questão do preço, que conflita com o potencial de redução de custos. Existem poucas indicações de que profissionais de eventos estejam pesando os custos totais de produção contra despesas. Eventos híbridos requerem novas maneiras de apresentar conteúdo e envolvimento. A maior parte dos profissionais de eventos desconhece os avanços feitos por experts em e-learning (aprendizado online) para aumentar a efetividade do aprendizado virtual. Audiência remota normalmente é posicionada negativamente comparada à presencial. A maioria dos que participa remotamente o faz por algum motivo negativo (tempo, custo). Apenas 15% dizem ser uma escolha positiva. Isso sugere que essa forma de participação tem conotações negativas, que audiência remota é uma experiência menor e que promover encontros remotos falha em refletir as necessidades dos participantes para quem elas poderiam ser uma boa solução. Formatos de eventos híbridos Existem quatro formatos principais de eventos híbridos. Enquanto 62% dos entrevistados indicam que seus eventos híbridos são simples transmissões para participantes remotos, ainda existem três tipos de eventos híbridos – aqueles que a) conectam escritórios remotos ao

evento principal, b) incluem palestrantes remotos e c) conectam múltiplos locais ao estúdio de transmissão. Não existe um modelo único para eventos híbridos. Avanços tecnológicos permitiram aos profissionais serem criativos em como configuram a audiência. SAP, Cisco, TED e outros combinaram participação remota e experiências presenciais de várias maneiras diferentes. Eventos híbridos criam um legado pós-evento. 50% dos entrevistados dizem gravar o conteúdo da conferência para acesso sob demanda. Empresas reconhecem o valor de compartilhar conteúdo com pessoas que não podem ir ao evento. “Eu acho que um grande evento híbrido deixa um ‘legado’. Isso significa que a informação compartilhada e trocara no evento é facilmente acessada após.” – Um executivo sênior de Convention Bureau. Organizadores de eventos não estão indo de encontro às necessidades dos participantes. A maioria dos participantes preferiria que a experiência de um evento híbrido fosse similar a um talk show ou outro formato televisivo, mas os organizadores de eventos produzem palestras em formatos tradicionais. Seleção do fornecedor de tecnologia Tecnologia confiável é uma preocupação para organizadores de eventos híbridos; participantes estão mais preocupados com conteúdo atraente. Organizadores de eventos experimentam frustração com as limitações tecnológicas dos eventos híbridos. E tecnologia é um complemento para os participantes, que dizem que conteúdo e envolvimento são o mais importante. Tecnologia é o item híbrido mais caro. Os custos vêm em forma de plataforma virtual,

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transmissão ao vivo, produção audiovisual e serviços de internet.

trazer proficiência transmissões.

Profissionais de eventos encontram desafios na falta de padrão dos preços para eventos híbridos. Eles enfatizam o quão desafiador é, especialmente na primeira vez, escolher fornecedores que aparentemente fornecem serviços que não são comparáveis. Preços diferentes torna mais difícil entender a proposta dos fornecedores. “Existem muitos fornecedores hoje em dia e muitos preços. A pesquisa para achar um fornecedor demora muito e algumas dessas empresas não conseguem justificar porque estão cobrando preços tão altos se comparados com seus concorrentes.” – Kimberly Patterson, CTA, presidente da Destinations Elements LLC. A maior parte dos locais de eventos não está equipada para acomodar eventos híbridos. Os organizadores de eventos destacam a importância de usar um espaço que tenha experiência em eventos híbridos. Muitos locais têm potencial, mas falta know-how para abordar as questões essenciais relativas à conectividade e capacidade. Eventos híbridos criam desafios no processo de compra. Profissionais de eventos geralmente terceirizam tecnologia e fazem demandas de conectividade cedo, antes de saber as necessidades exatas, o que significa que, às vezes, o contrato com o espaço e provedores de serviços não suporta suas necessidades.

Profissionais reconhecem que novas habilidades são necessárias para realizar eventos híbridos. Eles normalmente citam conforto com tecnologia em eventos e compreensão das necessidades das audiências remotas como áreas obrigatórias de conhecimento. Uma boa liderança é ainda mais importante. Já que organizar um evento híbrido é quase o equivalente a organizar dois eventos, profissionais do setor precisam se esforçar mais para coordenar equipe e parceiros, da produção até gerentes dos espaços. A curva de aprendizado para eventos híbridos pode ser íngreme. Algumas empresas levam anos para perceberem os benefícios do híbrido, apesar de verem as vantagens imediatas. Profissionais de eventos recebem a maior parte de sua educação em eventos híbridos dos fornecedores, embora um aprendizado entre pares possa encurtar a curva consideravelmente.

Montando uma equipe de evento híbrido Profissionais de eventos devem ser familiares com tecnologia relevante e experiência com eventos híbridos. Eventos híbridos é terreno novo para profissionais de eventos, mas já existem pessoas e empresas com expertise. Alguns estão buscando referências em outros setores, como televisão, para

às

suas

Preparando conteúdo Nem todo conteúdo apresentado em eventos ao vivo é apropriado para audiências remotas. Profissionais de eventos com experiência em criar eventos híbridos dizem estar adaptando o conteúdo do evento presencial às necessidades da audiência remota, oferecendo, por exemplo, sessões mais curtas. Organizadores híbridos normalmente procuram reduzir os custos de produção transmitindo apenas as sessões mais populares. Outros limitam o que será oferecido à audiência remota como uma forma de encorajar mais pessoas a participarem do evento. Participantes remotos preferem conteúdos mais curtos. Dados de respostas à pesquisa e especialis-

tas em e-learning sugerem que sessões transmitidas não deveriam ser mais longas que 20 minutos. Os eventos híbridos mais eficazes se parecem com shows de TV. Profissionais enfatizam o uso de entrevistas de rua, talk shows e formato de jornal como meios mais cativantes de passar conteúdo do que um palestrante atrás do pódio. Esses formatos dão aos profissionais de eventos novas ferramentas para desenhar e passar conteúdo. Muitos profissionais reconhecem a necessidade de estar envolvido na criação de conteúdo atraente, mas continuam a passar a responsabilidade ao “pessoal de conteúdo”. Profissionais de eventos reconhecem a necessidade de estarem mais envolvidos no desenvolvimento e entrega de conteúdo. No entanto, quando perguntados sobre decisões de conteúdo, muitos delegam para pessoas que podem não entender como as informações precisam ser apresentadas em um ambiente híbrido. Audiências ao vivo e remotas têm necessidades diferentes. Enquanto encontros híbridos ainda estão no estágio de desenvolvimento, está claro que todos os stakeholders precisam ser lembrados que audiências remotas têm necessidades diferentes, que precisam ser abordadas regularmente. Como participantes remotos podem perder alguns aspectos emocionais e experimentais do evento, profissionais precisam procurar por novas técnicas de garantir envolvimento. Desenvolvendo uma experiência cativante para o usuário Conteúdo atraente é mais essencial do que os profissionais de eventos pensam. Participantes valorizam mais um conteúdo atra-

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ente do que os profissionais de eventos. Como distrações são infinitas para participantes virtuais, o conteúdo precisa ser relevante e entregue de forma cativante. “Conteúdo é o que faz as pessoas entrarem pela porta, engajamento é o que as prende lá e faz com que voltem para mais.” – Emilie Barta, organizadora de eventos híbridos/ MC virtual. Criar um sentimento de pertencimento é importante para participantes remotos. Profissionais de eventos e especialistas em elearning enfatizam os benefícios de reconhecer a audiência virtual, respondendo suas perguntas e até fornecendo conteúdo exclusivo. Alguns eventos híbridos de sucesso também estão usando mestres de cerimônias virtuais e facilitadores. Preparando e treinando palestrantes É mais importante treinar palestrantes para eventos híbridos do que para eventos presenciais. Como o tempo de atenção dos participantes remotos é mais curto, por isso, palestrantes devem ser mais cativantes. Precisam reconhecer os participantes remotos e olhar para a câmera. A perda de conexão física exige que palestrantes desenvolvam novas habilidades para engajar. “A câmera é sua amiga. Você deve cuidar disso e lembrar que existem pessoas interessadas em seu evento do outro lado.” – Tony Lorenz, fundador da bXb Online. Canibalização do presencial A canibalização é um mito. Considerando tempo e budget, participantes ainda preferem encontros presenciais. Mas empresas continuam assustadas. Aproximadamente 37% dos profissionais de eventos enfrentam ceticismo dos stakeholders que pensam que o híbrido vai devorar eventos presenciais, o que mostra a necessidade de mais educação e

benchmarking. Mensuração Profissionais de eventos estão mensurando eventos híbridos da mesma forma que eventos tradicionais. As métricas incluem inputs (número de espectadores, interação com redes sociais) e satisfação dos participantes, ambas mais fáceis de coletar online do que presencialmente. No entanto, ferramentas digitais permitem a coleta de dados mais profundos que, se usados eficazmente, pode facilitar métricas mais voltadas a resultados. “As pessoas ficam presas em análises de cliques e views. Bom, ótimo. Se seu maior objetivo para o evento era aumentar a lucratividade, cliques e views não vão te ajudar a fazer isso.” – Dannette Veale, engajamento digital e estratégias tecnológicas na Cisco. É difícil entender os dados comportamentais fornecidos por fornecedores de plataformas. Tudo que acontece em um evento virtual é registrado, mas é assustador conduzir uma análise complexa nesses dados crus. Departamentos de marketing ligam os participantes a seu sistema CRM para análise de vendas. Empresas combinam dados de seus participantes virtuais e presenciais para reportar contribuição para a lucratividade. Algumas empresas usam eventos híbridos para obedecer a requisitos legais, tributários e financeiros. Alguns profissionais veem o híbrido como a solução para requisitos legais que abordam acesso e transparência financeira. Esses são benefícios poderosos que fornecedores não estão promovendo eficazmente. Principais impulsionadores incluem alcance, envolvimento e adaptação. 82% dos profissionais de eventos com experiência

em híbrido dizem que seu principal objetivo é expandir o alcance da audiência e o envolvimento e 58% procura “expandir educação, retransmitir um evento ou adaptar o conteúdo”. Existem disparidades entre objetivos e custos perceptíveis. 93% dos profissionais alcançam ou ultrapassam seus objetivos ao organizar eventos híbridos. Ainda assim, os stakeholders percebem o elemento híbrido como caro. Monetização e modelos de receita Profissionais de eventos estão tentando encontrar o melhor modelo de receitas para eventos híbridos. Tradicionalmente, os profissionais cobram menos pela participação híbrida, pois acreditam que participantes online estão perdendo um elemento vital. Pesquisas indicam que organizadores de eventos estão tentando determinar a proposição de valor certa para seus eventos híbridos. Eles estão tentando diferentes fórmulas, de oferecer todo o conteúdo de graça a cobrar por uso sob demanda ou por inscrição no evento. Profissionais de eventos precisam de mais informações sobre oportunidades de patrocínio para eventos híbridos. Eles não estão cientes da alameda adicional de patrocinadores que eventos híbridos criam. Apenas 18% acreditam que a porção virtual oferece novas oportunidades de patrocínio, e somente 30% sente que patrocinadores existentes irão abraçar a nova plataforma. Muitos outros responderam “Não se aplica”.

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METODOLOGIA Um time de pesquisadores na Europa e América do Norte conduziu uma pesquisa de janeiro a maio de 2012 usando tecnologia virtual através de nove fusos horários, durante eventos presenciais e híbridos, através de tecnologias incluindo Skype, Central Desktop, Google Docs e Dropbox. A pesquisa inicial usou uma ferramenta web customizada e foi enviada aos membros MPI e para uma base de dados do apoiador da pesquisa, Sonic Foundry. Essa base totalizava 55 mil contatos e gerou 1.794 respostas de um mix de compradores, fornecedores, educadores, especialistas em tecnologia e estudantes. A maior parte das respostas (90%) vieram da América do Norte. Os pesquisadores também realizaram e gravaram entrevistas pessoais uma a uma com 37 profissionais de eventos, fornecedores de tecnologia e consultores. Algumas dessas entrevistas fizeram parte da pesquisa primaria, e outras clarearam as respostas à pesquisa.

DEFINIÇÕES Assíncrono: Uma troca de informações que não ocorre em tempo real. Participantes podem interagir a qualquer momento. Audience Response System (ARS): Sistema de resposta da audiência. Uma ferramenta que cria interatividade entre apresentadores e suas audiências. Sistemas para plateias presenciais combina equipamentos wireless com software de apresentação, e sistemas para plateias remotas podem usar telefones ou votação pela web. Catalogo: Para fornecedores de streaming, catálogos listam sessões/ palestras capturadas que os participantes podem ver sob demanda. Central Desktop: Desktop central. Um site habilitado para software de colaboração social e compartilhamento de arquivos. Google Docs: Um aplicativo gratuito

baseado na web no qual documentos e planilhas podem ser criados, editados e armazenados online. Pod: Um grupo de participantes de eventos híbridos que se reúne e participa remotamente. Skype: Um software que permite usuários fazerem ligações de voz ou chats de vídeo pela internet. Streaming: A transmissão de dados (vídeo, áudio, slides) através de uma rede de computadores como uma corrente continua. Síncrono: Uma troca de informações que acontece em tempo real.

OS RESULTADOS Finalmente, todos os eventos irão se adaptar às plataformas híbridas, de acordo com a maioria dos profissionais de eventos. Daqueles que organizam eventos híbridos, 66% diz que menos de um quarto de seus eventos são híbridos. Apenas 2,5% dizem que a maioria (75%) de seus eventos é híbrido. Aqueles que abraçam a tecnologia optam por eventos básicos, como webinars com elementos ao vivo. Os 10% de respondentes que descre-

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vem seus eventos como “outros” podem ter dificuldades em entender a definição de um evento híbrido. A confusão sobre elementos chave apresenta obstáculos adicionais para profissionais, stakeholders e participantes. Quais são seus objetivos para produzir eventos híbridos? Profissionais de eventos estão cientes das oportunidades que eventos híbridos proporcionam. A grande maioria dos respondentes cita audiência crescente e comprometimento como seus objetivos principais. Educação expandida, retransmissões e conteúdo sob demanda são altos entre os objetivos secundários. 40% procuram expandir a vida do evento presencial. Outros 24% dizem que seu objetivo é “gerar mais receita”.

Respondentes mencionaram outros impulsionadores chave – barreiras de viagens, captura de conteúdo, economia, “demanda do cliente”, todos que poderiam, por sua vez, ser impulsionados por fatores como acessibilidade, cortes do budget ou sustentabilidade. Alguns profissionais veem o híbrido como uma solução para obter benefícios tributários e satisfazer requerimentos legislativos e abordar transpa-

rência. Apenas um profissional de eventos fez referência aos “estilos de aprendizagem”, o que pode ser visto como indicativa da discrepância entre organização e conteúdo do evento. Agências e organizações sem fins lucrativos responderam mais frequentemente que seus objetivos são gerar receita adicional ou se igualar aos concorrentes. Profissionais com grande proporção de eventos híbridos em seus portfólios tendem a identificarem “estender a vida de um evento presencial” como objetivo chave. No total, 93% dos profissionais afirmam que eles “alcançam a maior parte ou todos ou superam seus objetivos quando organizando eventos híbridos.”.

Que barreiras eles encontram quando implementam eventos híbridos? Profissionais têm problemas para vender o case de eventos híbridos a seus líderes. Isso pode indicar uma necessidade por mais educação e assistência de fornecedores de tecnologia para eventos híbridos e associações do setor. Apesar dos impulsionadores econômi-

cos e a afirmação de que alcançam seus objetivos, profissionais de eventos ainda veem eventos híbridos como caros. Uma tendência de procurar o departamento de TI por informação pode exacerbar isso. Outras preocupações incluem menos suporte de patrocinadores, percepção dos consumidores, aprendizado ineficiente e palestrantes relutantes (sessões webcast). Apenas 18% dos profissionais acreditam que plataformas virtuais oferecem novas oportunidades de patrocínio, e 30% sentem que patrocinadores existentes vão abraçá-las – mas muitos pensam que isso não se aplica. Ainda assim, quase todas as empresas “virando híbridas” têm a oportunidade de explorar novas oportunidades de patrocínio.

Quanto você cobra pela participação em seu evento híbrido? Mais da metade (58%) dos profissionais cobram por seus eventos híbridos. Os que cobram, dividem-se mais ou menos igualmente em termos de preço 6


na comparação com eventos presenciais.

Formas de transmissão que participantes gostam versus aquelas que os profissionais utilizam. Tanto profissionais quanto participantes identificaram “talk show” como o formato mais eficiente e desejado. Os profissionais de eventos veem as palestras virtuais como o menos efetivo, mesmo sendo o segundo formato mais popular. Essa desconexão pode ser devido ao grau de familiaridade (por experiência em eventos ou um ambiente de aprendizado anterior) ou porque essa abordagem é vista como uma das formas de eventos híbridos mais simples, econômicas e confiáveis tecnologicamente. Profissionais de eventos também podem se ver presos às preocupações dos stakeholders e as necessidades dos participantes. Qual dessas técnicas é a mais eficiente para assegurar o envolvimento da plateia híbrida? A adoção de eventos híbridos requer que o papel do organizador de eventos evolua para incluir a familiaridade tanto com tecnologia digital quanto criação de conteúdo; apenas fornecer logística não é mais o suficiente. E deixar que o TI controle a agenda tecnológica não é a solução. Seu papel deve ser garantir compatibilidade e oferecer o suporte necessário. Na verdade, organizadores de eventos

táveis quando identificam a equipe de suporte mais necessária para produzir eventos híbridos de sucesso.

parecem depender demais de profissionais de TI, pois tem medo que a tecnologia seja, de certa maneira, altamente complexa. Na realidade, os últimos anos viram avanços tecnológicos gigantes e reduções substanciais de preço, juntamente com uma superabundância de fornecedores hábeis e sistemas confiáveis e fáceis de usar. Tanto essa pesquisa quanto a pesquisa da MPI em eventos virtuais (www.mpiweb.org/virtual) mostram que profissionais recebem treinamento e conhecimento de fornecedores, e não fontes independentes. A falta de conhecimento pode levar profissionais de eventos a favorecerem fornecedores de tecnologia como as figuras mais importantes em seus eventos híbridos. Entrevistas sugerem que, como produtores de eventos têm mais familiaridade com produções de grande porte, eles ficam mais confor-

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Como você mede a eficácia de seu evento híbrido? Profissionais entendem tanto a importância do ROI e a capacidade de oportunidades de acesso web-based para assegurar métricas valiosas. No entanto, ainda existe confiança nos questionários tradicionais que são enviesados para permitir aos organizadores medir o sucesso de sua logística, mais do que o sucesso dos objetivos do evento.

De que tipo de eventos híbridos você participou virtualmente? Apenas uma minoria de profissionais de eventos já participou de eventos híbridos complexos (o contrário de webinars,/webcasts). No entanto, um grande número reconhece que a necessidade de um mestre de cerimônias virtual versus um apresentador “tradicional” é promissora.

Porque você participou de um evento virtual ao invés de presencial? Para participantes, os motivos principais para a participação remota são normalmente transmitidos em termos negativos, como custos, falta de tempo, falta de autorização e os rigores da viagem. Menos de um em cinco optou como sua preferência.

Profissionais de eventos dizem que a necessidade de um bom conteúdo, interação e assistência de um mestre de cerimônias hábil são coisas sumarias. Mas quando retornam ao dia a dia, eles muitas vezes falham em vender isso para clientes ou stakeholders.

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APOIADO POR: Mediasite Events é um líder de mercado para conferências webcasting, eventos híbridos e soluções de gestão de vídeo. Alimentado pela plataforma de webcasting patenteada Mediasite, nossos técnicos especialistas fornecem experiência de webcasting de alta qualidade para empresas que procuram complementar seus eventos transmitindo-o para espectadores em qualquer computador, tablet ou equipamento mobile. A Mediasite Events capacita profissionais de eventos para alcançarem novas plateias, construir arquivos instantâneos de apresentações em vídeo e explorar novas receitas online. Visite www.events.sonicfoundry.com para saber mais. TNOC|The New Objective Collective traz ideias para a nossa vida, usando comunicação digital ao vivo. TNOC foi fundada em março de 2009 na Holanda para oferecer gestão inovativa de comunidades e serviços de Professional Conference Organizer (PCO – Organizadores Profissionais de Conferências) para eventos ao vivo, híbridos e virtuais. Os colaboradores da Collective utilizam técnicas modernas para fornecer serviços focados em objetivos. Os projetos são gerenciados em espaços online de colaboração, permitindo que equipes espalhadas geograficamente e sua cadeia de fornecedores, cada qual com um nicho de especialidade, colaborem. Sempre que possível, a Collective usa métodos de código aberto (open source) e parcerias inovadoras para deliberar e fornecer experiências ao vivo e digital para corporações, associações e comunidades open source. Interactive Meeting Technology, LLC é uma consultoria em tecnologia para eventos que cria experiências digitais interativas que transformam a plateia em participantes ativos. Ela ajuda seus clientes a desenvolverem estratégias em volta de suas iniciativas digitais. Então, traz sua visão à vida. A empresa trabalha com eventos web, mobile, social, digitais e híbridos. The Meeting Support Institute é uma associação para empresas e indivíduos com produtos ou serviços do lado do conteúdo dos eventos, oferecendo uma vasta gama de ferramentas de arte à tecnologia, áudio visual à facilitação, conhecimento à ciência. Seu objetivo é ajudar profissionais a desenharem o conteúdo dos eventos. O instituto informa e educa sobre ferramentas disponíveis no mercado através de sua base de conhecimento, apresentações, jantares e conferências. Aqui, fornecedores e clientes se conhecem. The University of Derby Corporate é a divisão de treinamento e desenvolvimento corporativo da Univerity of Derby. A escola trabalha com uma grande variedade de empresas para entregar programas de estudos baseados em trabalho e qualificações aprovadas que melhoram capacidades chave, como serviço, inovação, liderança e resolução de problemas.

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OS AUTORES Jenise Fryatt Fryatt tem experiência em jornalismo e comunicações e mais de 20 anos em eventos como a coproprietária da empresa americana de audiovisual Icon Presentations. Uma blogueira ávida do setor, consultora em mídias sociais e ex-gestora de comunidades para a Engage365.org, Fryatt também tem vasta experiência em liderar discussões virtuais, criar e distribuir conteúdo online e estudar as experiências de participação em eventos virtuais.

Ruud W. Janssen, CMM O nômade digital Ruud Janssen, CMM, é um especialista em colaboração e novas mídias, além de palestrante e instrutor. Com um passado sólido em organização profissional de eventos e marketing de hospitalidade, tem curiosidade e apetite por slow food e mídias rápidas. Vivendo na Basiléia, Suíça, ele é o fundador da TNOC.ch, um coletivo não convencional de marketing, especializado na elaboração de experiências ao vivo, híbridas e virtuais para membros internacionais de organizações. Ele também é fundador e curador do TEDx e co-fundador do Event Camp Europe.

Richard John Graduado em desenvolvimento da força de trabalho pela Universidade de Derby, John trás perspectiva acadêmica ao projeto. A universidade faz um simulador de eventos virtuais, o eAPL (Accreditation of Prior Learning – Reconhecimento de estudos anteriores) e um corpo de pesquisa disponível à equipe. John é diretor de curso para o Chartered Institute of Marketing e um professor convidado em programas de gestão de eventos em universidades no Reino Unido e Alemanha. Seus artigos sobre comunicação presencial apareceram em mais de 50 revistas, e ele é colunista regular de várias revistas MICE. Rosa Garriga Mora Rosa é consultora em ROI para eventos e trabalha como gestora de marketing e mídias no Evento ROI Institute. Ela é mestre em gestão de eventos internacionais pela Universidade de Stenden, na Holanda e pela London Metropolitan University. Ela é certified meeting architect e editora do livro The Tweeting Meeting (O evento tuitador). Atualmente vive em Barcelona, Espanha, onde também trabalha em projetos relacionados a meeting design.

Samuel J. Smith Smith é um líder de ideias, palestrante e inovador ganhador de prêmios em inovação e tecnologia para eventos. Em 2011, a revista BizBash o nomeou como uma das pessoas mais inovadoras no setor de eventos. Em 2010, Smith co-fundou a Event Camp Twin Cities, um laboratório de inovação para eventos que reescreveu as regras de engajamento dos participantes em eventos híbridos. Smith é jurado da premiação anual EIBTM Worldwide Event Technologi Watch Awards, em Barcelona, Espanha.

STAFF MPI Marj Atkinson, gerente de pesquisas. Jessie States, editora, setor de eventos. Jason Judy, designer gráfico. 10


Meeting Professionals International

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Sobre a MPI Foundation A MPI Foundation está comprometida a trazer visão e prosperidade para a comunidade global de eventos investindo em iniciativas orientadas por resultados que moldam o futuro e trazem sucesso para a comunidade de eventos. Para mais informações, visite www.mpifoundation.org.

Sobre a MPI A entidade funciona desde o final da década de 1970 e, atualmente, está em operação em 65 países e tem mais de 20 mil associados. Procura agregar representantes de toda a cadeia produtiva envolvida na preparação de um evento e, principalmente, ser um polo disseminador de conhecimento e boas práticas no mercado. “Todos têm a ganhar com a chegada da MPI no país. Empresas, agências especializadas, profissionais de marketing, gestores de viagens e de eventos, entre outros, vão poder saber em primeira mão quais são as tendências do setor e como tornar um evento ainda mais produtivo.”, diz Ricardo Ferreira, um dos membros fundadores da MPI no Brasil e sócio da Alatur, uma das maiores agências de viagens corporativas do país. Recursos e oportunidades valiosas para todos os mercados Desenvolvimento profissional para melhorar sua carreira Oportunidades comerciais no mercado de compradores e fornecedores Inclusão de novos profissionais A MPI possibilita crescimento profissional por meio de recursos estratégicos e metodologias específicas a partir de grandes conferências educativas em âmbito regional, nacional e internacional.

MPI no Brasil Nos últimos anos, a MPI recebeu membros brasileiros de forma esporádica. A partir de 2006, inicia-se a participação mais efetiva, com a presença de um membro – Ricardo Ferreira – na conferência global, número que passou a três em 2007. Nesse mesmo ano ocorreram iniciativas mais organizadas para a constituição do capítulo brasileiro: em 29 de março houve uma 1


apresentação sobre a entidade e uma palestra de Jack Phillips, autor do livro Providing the value of meetings and events – how and why to measure ROI. Oito novos membros se inscreveram e, com Ferreira, constituíram o grupo de voluntários para trabalhar em prol da entidade. Realizaram-se reuniões bimensais que resultaram num plano de ações para a divulgação da entidade no mercado brasileiro: tradução do livro sobre ROI, realização de pesquisa sobre o uso estratégico de eventos nas empresas brasileiras e proposta para um evento em março de 2008. Alinhado à missão e à visão da MPI, o Brazil Chapter objetiva tornar bem sucedidos os profissionais brasileiros, por intermédio da construção de conexões entre pessoas e conhecimentos/ideias, relacionamentos e mercados, numa via de mão dupla com o organismo internacional. MPI Brazil Chapter é entidade legalmente constituída no Brasil, criada em novembro de 2007, com sede em São Paulo.

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