Jornal da Aamol
n° 01 • Ed 01 | Agosto de 2012
Argamassa a partir de resíduos de rochas Fábrica do produto inédito visa ampliar o reaproveitamento dos resíduos do beneficiamento das rochas ornamentais e pode se tornar referência mundial de solução para o setor Retirar do meio ambiente os resíduos do beneficiamento do mármore e granito é um desafio para as empresas do setor de rochas ornamentais de todo o mundo. Grande parte já destinados a aterros licenciados, esses resíduos agora também devem ser aproveitados em escala inédita (comercial e industrial) num novo produto a ser lançado em breve no mercado da construção civil: uma argamassa. A novidade é capitaneada pela Associação Ambiental Monte Líbano (Aamol), que reúne 75 das principais empresas do principal polo processador de rochas ornamentais da América Latina, que é Cachoeiro de Itapemirim (ES), não apenas com o objetivo de destinar adequadamente os resíduos de rochas, como também de reaproveitá-los em novos processos produtivos.
civil”, explica o presidente da Aamol, o empresário Adriano de Moraes Sandrini.
econômica do novo negócio”, explica o diretor-presidente do ICG, Michel Rabbi.
“Existem outras experiências parecidas no Brasil, mas nenhuma usa o tipo de resíduo específico do benefiamento realizado no Estado, conforme estamos nos preparando para realizar. Estão sendo feitos os estudos, mas já existem claros indicativos de que é posível fabricar um produto de qualidade e que deve ter boa inserção no mercado da construção
A primeira fase do projeto já começou e vai durar sete meses - uma parceria com o Instituto Capixaba de Gestão (ICG). “Estamos realizando pesquisas para chegar às formulações mais adequadas para argamassa colante e de revestimento. Uma equipe multidisciplinar, com pesquisadores e gerentes de projetos, vai realizar os testes e verificar até mesmo a viabilidade
O projeto completo deve durar 21 meses, num investimento de cerca de R$ 4 milhões, e também é inovador no aspecto da gestão ambiental, explica o assessor jurídico da Aamol, André Araujo. “O modelo poderá ser replicado até fora do Brasil, pois não existem experiências como essa”, destaca o especialista em Direito Ambiental.
O uso do tipo de resíduo específico do beneficiamento realizado no Estado será em grande escala