2_edicao-jornal 2019

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Índice:

Atividades JI e EB Arraiolos …………2 Sabugueiro …………3 Exposição na BE ……………………….5 Conto do mês ...………….……..….....8/9 Filme do mês …….……...….…..11/16/17 Semana da Leitura em Voz Alta……..13 Exercício de evacua cão da sede..….19 Ciência & Arte em 9 Etapas………......20 Semana da leitura .…………......21/22/23 Intercâmbio Escolar com Badajoz…..24 Parlamento dos Jovens ……………....28 Número: 36| Mês: março | ano: 2019| Jornal Trimestral | Agrupamento de escolas de Arraiolos

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EDITORIAL

comum ouvirmos referências à necessidade e à importância de, desde muito cedo, os alunos/crianças se envolverem em atividades de promoção do livro e da leitura. Este envolvimento, segundo diferentes autores, é concebido como resultante da interação de processos motivacionais e da mobilização de estratégias cognitivas diferenciadas. De acordo com esta perspetiva, os leitores mais envolvidos ficam também mais motivados e utilizam mais estratégias, enquanto que os menos envolvidos se mostram menos motivados e usam menos estratégias para acederem à compreensão daquilo que leem. Percecionado desta forma, o envolvimento com a leitura poderá ser considerado como multidimensional envolvendo assim aspetos comportamentais, cognitivos, emocionais e por vezes também sociais. À medida que as crianças/alunos vão progredindo na escolaridade a sua relação com a leitura vai sofrendo alterações. As suas motivações para a leitura tendem a diminuir. Os alunos mais novos atribuem importância às atividades de leitura, porque gostam de ver os seus progressos reconhecidos pelos outros. Para a maior parte deles ter público é essencial. Todos temos noção de que as crianças quando entram para a escola sentem uma vontade muito grande em aprender e revelam muita curiosidade em relação às atividades escolares em geral e, para a leitura, em particular. Por outro lado, a diversificação de áreas de interesse, à medida que os anos passam, contactam com novas atividades e matérias o que pode levar a um decréscimo em alguns aspetos das suas motivações. As práticas de abordagem à leitura e à escrita, podem ser determinantes na motivação, fator que poderá justificar o decréscimo que se verifica ao longo dos três ciclos de escolaridade, nos indicadores motivacionais dos alunos. Nos alunos mais velhos, a necessidade de confirmação das suas competências, ou reconhecimento do esforço por parte dos outros é menor, daí o reconhecimento social já não ser um motivo que os conduza à leitura. Ainda no que diz respeito ao contexto psicológico, focamo-nos no interesse e motivação intrínseca do leitor face ao texto. Primeiro temos que atender à intenção da leitura, uma vez que esta tem de ter algum significado para o leitor. Este transporta consigo gostos, vivências, experiências e interesses que o moldam e que se manifestam nas escolhas que faz. Quanto maior for o interesse e a motivação, maiores serão as probabilidades de o leitor extrair sentido do que lê. Um leitor motivado estará mais atento e mais envolvido na tarefa de retirar sentido do que o leitor que demonstra pouco interesse por um determinado texto, mesmo possuindo as capacidades necessárias para aceder à compreensão. Para que o leitor considere uma atividade de leitura motivadora, esta tem que ser significativa, tem que ir ao encontro dos seus interesses e das suas competências. Esta é a grande tarefa do Professor Bibliotecário como mediador de leitura e/ou do professor. Estes podem “ganhar” os alunos no campo afetivo e no reconhecimento do seu trabalho de forma a que estes entrem no mundo da leitura. De acordo com a Escala de Motivação para a Leitura (Monteiro & Mata, 2000) quando os alunos se encontram extrinsecamente motivados (dimensão reconhecimento social), estamos perante alunos intrinsecamente motivados (dimensão prazer). “Muitos dos nossos comportamentos intrinsecamente motivados começaram por resultar de motivações extrínsecas. Assim, quando pretendemos fazer emergir, incrementar ou mudar comportamentos, não podemos esquecer a motivação extrínseca e as fontes de reforço que lhe estão associadas (…) À semelhança de muitos outros comportamentos humanos, a iniciação à leitura faz-se pela via dos afetos (motivação extrínseca) mas a integração de leitura no repertório comportamental de cada um exige que a atividade tenha significado e seja valorizada pelo próprio (motivação intrínseca)” (Martins e Viana, 2009:23). Quanto às razões sociais, uma vez que a escola tende a permitir a igualdade no acesso, consideramos que esta importância vai decaindo significativamente ao longo da escolaridade. A equipa do jornal escolar Redação e montagem: Agrupamento de Escolas de Arraiolos: Catarina Lóios e Paula Gaspar

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