Jornal O CATARINO . Abril 2020

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AESC *OPINIÃO *CRÓNICAS * CURIOSIDADES *ATIVIDADES*NOTÍCIAS*BIBLIOTECAS* DESPORTO

*ROBERTO IVENS JOSÉ MARTINS

ARMANDO GUERREIRO

D.PEDRO V * GONÇALVES ZARCO

AMÉLIA REY COLAÇO

AGRUPAMENTO ESCOLAS SANTA CATARINA

ABRIL.2020


AESC VOZ ao

DIRETOR

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Farsa

Não faltam temas para redigir crónicas e preencher colunas de opinião, o que acaba por tornar difícil a escolha. É como nos restaurantes onde nos apresentam uma ementa com 30 pratos, em que deambulamos, em conflito atração, quando seria mais simples se no cardápio apenas constassem 3 ou 4 pratos. Na verdade, o tema do momento é a pandemia viral mas muitos outros haveria merecedores da minha preferência, contudo, opinarei neste âmbito embora, não tendo formação habilitada para me pronunciar sobre questões técnicas, a abordagem não será de conteúdo. Tão pouco me atreverei sobre a adequação das medidas em curso por parte das nossas autoridades, até porque, bem ou mal, as mesmas mudam de dia para dia. Assim, sobre esta matéria apenas irei especular e atrever-me a sugerir que pouca coisa neste mundo é fruto do acaso e, sendo a economia tão volátil, sendo os mercados bolsistas tão dependentes de fenómenos globais, sendo tão fácil espalhar um vírus e fazê-lo proliferar e, sabendo-se como tudo isto é tão manipulável e terreno tão fértil para levar a enriquecimentos ou a ruínas com a mesma velocidade com que o COVID-19 se espalha, não carece de um grande exercício especulativo, imaginar-se que os grandes interesses que movem as cúpulas que nos regem não sejam totalmente alheios e inocentes, face a estes fenómenos. Talvez daqui a umas décadas, Hollywood retrate esta primeira vintena do século, em que o colapso do Lehman Brothers e o Corona Vírus fizeram parar a humanidade. Nessa altura, os nossos netos poderão perceber aquilo que, por ora, nos está a escapar a todos. Hernâni Pinho Diretor


AESC

EDITORIAL

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Uma mão cheia de tudo

No contexto atual de tanta turbulência biológica, social e fundamentalmente emocional, do meu ponto de vista, pois o medo é o verdadeiro vírus existencial e uma fonte inesgotável de pavor para o qual nenhuma cápsula existe que dele nos proteja, acabar esta edição do nosso Jornal de Abril teve contornos um pouco surreais em linha com os momentos que estamos a viver. Felizmente esta edição já vinha sendo lavrada atempadamente o que permitiu não faltarem as habituais rubricas. Assim continuamos a ter relatos de VIP’s que nos visitam, bem como expectáveis e atentas crónicas de professores, imagens do Simulacro na ARC, notícias sobre o Escxel, o REDSP, o GOE e a EEPE, pertinentes artigos de opinião de alunas, excelentes poemas de alunas da Amélia e da Zarco, relato de atividades que se foram concretizando em diferentes níveis de ensino e diferentes escolas do Agrupamento, atividades fantásticas nas nossas bibliotecas e das nossas bibliotecárias, visitas de estudo, exposições, curiosidades... Talvez nem tudo esteja bem cosido e o prato não esteja um primor de sabor e requinte na apresentação, mas está a ser exibido no timing exigido e esperamos que contribua para dar alguma realidade à irrealidade destes tempos que esperamos sejam o mais provisórios possível. E permitam-me dar toda a razão a Charlie Chaplin quando afirmava: a vida é maravilhosa se não se tem medo dela. Fiquem bem. Cuidem-se.

Amandio Fontoura

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AESC NOTÍCIAS

ESCXEL

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Texto elaborado pelo professor António Caselas Prof. Dr. David Justino

No dia 14 de fevereiro teve lugar na Batalha o XXXI Seminário ESCXEL com o tema ‘Inovação e Desenvolvimento no Ensino Profissional’. O evento integrou quatro conferências plenárias sobre a realidade, os desafios e instrumentos atuais do Ensino Profissional e as relações que estabelece com as escolas, empresas e a sociedade civil. A explicitação da planificação, implementação, avaliação e revisão do ensino ministrado em função das exigências do Quadro EQAVET esteve a cargo da Diretora do Departamento de Qualificação de Jovens ANQET. A clarificação da realidade presente e futura da relação das escolas com as empresas e a sociedade da Era Digital e as novas redes de laboração que a tecnologia digital irá impor esteve a cargo do Diretor-Geral da COTEC Portugal, Associação Empresarial para a Inovação. A ideia de integração em rede das escolas, empresas e sociedade no âmbito da Quarta Revolução ‘Industrial’ esteve na base desta comunicação que mereceu bastante interesse por parte dos presentes. Os diagnósticos, projetos, propostas de inovação e relações com projetos e iniciativas europeias foram apresentados por representantes de algumas escolas como sejam o Agrupamento de Escolas da Batalha, a Escola Técnica Profissional da Moita e IPL que apresentou um estudo complexo acerca da realidade e das necessidades futuras da região de Leiria no que respeita às qualificações dos alunos. O Professor David Justino encarregou-se de situar a realidade do Ensino Profissional num quadro em que a sua valorização possa ter lugar e não como mera alternativa de recurso face às realizações e desempenhos dos jovens que aparentemente o procuram como via secundária em relação à via regular de ensino.


AESC ATIVIDADE

Presépios de outros

Países de Alunos que frequentam a nossa Escola

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Iniciativa produzida e orientada pela Assistente Operacional Paula Mota,

contando com a presença do Presidente da Junta Dr. Rui Teixeira


AESC

EEPE Escola Embaixadora do Parlamento Europeu

Exposição de temáticas Natalícias

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Iniciativa produzida e realizada pelos

Embaixadores da EEPE-

ARC


AESC

Geo

grafia

Exposição de Natal

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Iniciativa produzida e realizada pelos

Professores do Grupo de

GEOGRAFIA

Os alunos de todos os anos de escolaridade, enfeitaram uma Ă rvore de Natal GeogrĂĄficađ&#x;Ž„. As estrelas transformaram-se em rosas-dos-ventos, as bolas de natal em globos terrestres e Portugal e outros paĂ­ses mostravam orgulhosos o seu brilho.


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Informação disponibilizada pela

5º D

Professora Helena Alexandra Carreiro

Exposição de Natal

aula da

a notícia escrita em articulação com a disciplina de português, na

Professora Lisete Oliveira

Nos passado mês de novembro as aulas de ciências naturais tiveram a presença de animadores do

Jardim Zoológico de Lisboa que trouxeram á escola um pedacinho do Zoo. Esta atividade envolveu todas as turmas de 5º ano dando aos alunos a possibilidade de conhecer um pouco melhor a história do zoo e a sua transformação ao longo do tempo, manusear vestígios de animais como um crânio de tigre e o seu revestimento ( a sua pele), uma muda de píton, haste de veado, carapaça de tartaruga entre outros. Foi uma atividade animada e educativa na qual os alunos experienciaram a ciência "ao vivo"


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Indeterminado

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Autoria Helena Campos 12º B

Poesia

Eu apenas comecei a andar e acabei no mar. Olho para a costa a partir daqui. Há areia infinita e vento grosso. Estou a olhar… para um deserto? Queria ter o mar, então o engoli, Mas agora estou ainda mais sedenta do que antes. Conheço realmente o oceano? Ou um deserto azul? Eu não sei, não sei. Estou a sentir as ondas neste momento? Eu não sei, não sei. Estou a ser perseguida pelo vento da areia? Eu não sei, não sei. É este o mar ou o deserto? É a esperança ou o desespero? Isto é real ou falso? Mesmo que eu esteja nervosa, mesmo que eu esteja num deserto, Estou num “lindo” deserto… Onde há esperança, sempre há dificuldades. Chego à miragem e torna-se realidade. O deserto assustador tornou-se o oceano. Eu não quero chorar, Eu não quero descansar, Eu não quero morrer… Isto é sempre um deserto. Oceano, deserto, o mundo. Tudo é o mesmo, mas com nomes diferentes. Eu vejo o oceano, vejo o deserto, vejo o mundo Tudo é a mesma coisa, mas com nomes diferentes. Essa é a vida. Onde há esperança, sempre há desespero. Eu desejo chover o dia todo, Porque eu gostaria que alguém chorasse por mim. Eu desejo chover o dia todo, Porque então as pessoas não olhariam pra mim, Porque o guarda-chuva cobriria o rosto triste, Porque na chuva as pessoas estão ocupadas, A cuidar de si mesmas.


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Autoria Helena Campos 12º B

Poesia Vou respirar um pouco mais devagar, Pois a minha vida geralmente é muito rápida. Agora tudo volta ao seu lugar. A minha sombra é reflectida no céu. Estou de pé na escuridão, De cabeça para baixo. Tudo é lento. Que chova para sempre. Quando chove em cima de mim, Fico com a sensação de que tenho um amigo, Que bate nas minhas janelas E me pergunta se estou bem. E eu respondo, que ainda da vida sou refém. Eu não vivo, porque não posso morrer. Estou acorrentada a algo. Não faças perguntas, Mas… continua a derramar pra sempre Não estou sozinha quando estás a derramar. Por favor… fica ao meu lado. Faz me companhia neste deserto isolado. Não sei que estação seria nos céus nesta noite, Mas gostaria de montar o vento e voar pra casa. No entanto, eu temo as mansões de cristal e jade. São muito altas e frias pra mim. Vejo a dança das estrelas, o que me faz querer dançar Danço com a minha sombra, neste esplendido luar, incrível! Não parece o mundo humano. Ouço a chuva de primavera durante a noite toda, no pequeno prédio. Esperar o tempo é um tédio. Somente se as montanhas caírem, o longo rio morrerá. Somente se houver trovões no inverno, a neve no verão cairá. Sinto-me triste e solitária, o coração sofre uma grande dor. Reflito apenas no infinito do céu e da Terra, numa tristeza sublime As lágrimas caem sem cor.


AESC

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Poesia

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Autoria Maria Leonor (8º A)

As Palavras

O Tempo Oiço o tic tac do relógio, O tempo passa a voar, Quero mais tempo para viver, Não há maneira de o fazer parar? Tenho de aprender a dar tempo ao tempo, Para o tempo ter tempo de se transformar, Num tempo que eu possa utilizar, Parada a ver o tempo passar. Olhei de novo para o relógio do tic tac Peguei nos ponteiros e empurrei, Ouvi um clique, voltei o tempo atrás, Este poema apaguei, e de novo o comecei. Ass.: Caneta Sem Tinta

Queres escrever, Mas não sabes como começar Não há nada a fazer. Se não és poeta não vais perceber, Que para escrever, É preciso imaginação, É preciso teres a caneta e o papel na mão, E as palavras no coração. Tais palavras são de linho, seda e algodão Palavras frágeis como o cristal, Mortíferas como um punhal, Apaixonadas como o amor, Mas tão grosseiras como a dor. Tão sozinhas como a solidão Mas com uma reviravolta, São capazes de formar uma multidão. Ass.: Caneta Sem Tinta


AESC Notícias

GOE

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Informação disponibilizada pelo

Grupo de (re)Orientação Educativa

Segue-se a monitorização do trabalho desenvolvido pela equipa GOE. Os resultados referem-se ao 2ºperíodo até à data de 13 de Março.

O Grupo de (re)Orientação Educativa


AESC Visita de Estudo ao

Iscte 12ยบ ano Sociologia

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Atividade realizada de acordo com uma parceria entre a ARC e o ISCTE para os nossos alunos de Sociologia


AESC Atividades 2º Período

na

Be/Cre

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Informação disponibilizada pela Professora Cristina Gala

De 13 a 21 de janeiro teve lugar a Semana de leitura na Biblioteca da EBSARC. Todas as turmas da Escola participaram lendo e / ou dramatizando excertos de autores portugueses e estrangeiros. Houve quem apresentasse textos de sua autoria. Durante os meses de janeiro e fevereiro, todas as turmas do 9º ano participaram na atividade Mulheres Notáveis de Portugal, promovida pela biblioteca em colaboração com as disciplinas de Ciências Naturais, Físico-Química, História, Português, Educação Visual e TIC/Cidadania Desenvolvimento, a qual tinha por objetivo a produção de cartazes para uma exposição no Dia Internacional da Mulher. Depois de escolhida uma figura feminina numa determinada área, os alunos nas aulas de Ciências Naturais (turmas A e B), de Físico-Química (C a D) e de História (E e F) realizaram um trabalho de pesquisa a fim de recolherem informação que lhes permitisse elaborarem um texto com 50 a 70 palavras na aula de Português. Na disciplina de Educação Visual, depois de uma sensibilização sobre as regras a observar na produção de um cartaz, os alunos fizeram uma seleção de fotografias para trabalharem na aula de TIC/ Cidadania e Desenvolvimento e poderem concluir o cartaz seguindo as diretrizes de um guião distribuído na aula de apresentação da atividade. As diferentes etapas foram avaliadas pelos professores e pela professora bibliotecária, tendo os melhores cartazes sido expostos no átrio da escola sede.

KAHOOT de INGLÊS A Biblioteca da EBSARC em colaboração com a disciplina de Inglês realizou várias sessões de Kahoot subordinadas aos temas Christmas traditions, British English vs. American English, com turmas do 7º e do 8º ano das docentes Cláudia Frech e Conceição Gomes. Os alunos, em turnos de doze a quinze, deslocaram-se à Biblioteca e utilizando tablets acederam à aplicação a fim de resolverem os diferentes quizzes. Os alunos revelaram grande entusiasmo na realização desta atividade.


AESC Atividades na

Be/Cre 2º Período

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Informação disponibilizada pela Professora Cristina Gala ENCONTRO COM O AUTOR JOÃO PINTO COELHO No passado dia vinte de janeiro, no âmbito Da rubrica “Encontros com Autores”, João Pinto Coelho, vencedor do prémio LeYa em 2017 com o livro Os Loucos da Rua Mazur, foi o escritor convidado. Licenciado em Arquitetura pela Universidade Técnica de Lisboa, exerce atualmente a profissão docente na Escola Secundária Aquilino Ribeiro que, tal como a nossa, pertence ao Concelho de Oeiras. Em 2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugarem Auschwitz, na Polónia, trabalhando de perto com diversos investigadoressobre o Holocausto. Nessa altura concebeu e implementou o Projeto Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens portuguesese polacos. O tema do Holocausto está presente no seu primeiro romance, Perguntem a Sarah Gross, publicado em 2012. Os alunos do 10º ano, das turmas A, B e E/EE, acompanhados dos professores estiveram presentes no encontro em que o autor, a uma semana da data em que se assinala o dia do Holocausto (27 de janeiro), falou sobre o dia a dia no campo de concentração de Auschwitz, comparando-o a uma fábrica, salientando a importância de não se esquecer o que ali aconteceu para que a história não se repita.


AESC Atividades na

Be/Cre

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Informação disponibilizada pela Professora Cristina Gala

2º Período

No âmbito do tema “Fevereiro: Mês da I Internet Segura”, este ano, todos os alunos das turmas do 8º ano realizaram uma atividade promovida pela BE/CRE e a PES. Numa primeira fase, as turmas assistiram ao filme Pesquisa Obsessiva, em três aulas de diferentes disciplinas, sendo depois foram convidadas, individualmente, a virem à Biblioteca acompanhados do respetivo professor para participarem numa sessão divida em duas partes, orientada e moderada pela coordenadora da PES e pela professora bibliotecária. Na primeira parte, os alunos da turma eram constituídos em seis grupos, recebendo cada um três cartões com sentimentos/emoções que tinha de definir e relacionar com o filme e as personagens. Depois de cada grupo apresentar as conclusões, na segunda parte eram colocadas várias questões relacionadas com o filme que os alunos debatiam, apresentando alternativas/soluções.

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA Nos dias 8 e 9 de janeiro, teve lugar na Biblioteca da EBSARC a Fase Escola do Concurso Nacional de Leitura. Foram apurados para a Fase Municipal as alunas Ana Raquel Barros, Camila Barreto e Maria Inês Barros, toda da turma F do 9.º ano , as alunas Beatriz Barros e Matilde Oliveira, da turma B do 10.º ano e o aluno Guilherme Almeida, da turma D também do décimo. Na Fase Municipal que decorreu no passado dia 27 de janeiro na Biblioteca Municipal de Oeiras, a aluna Beatriz Barros foi apurada para representar a nossa escola na Fase Intermunicipal que se realiza no próximo dia 15 de Abril em Loures.


AESC Atividades na

Be/Cre 2º Período

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Informação disponibilizada pela Professora Cristina Gala


AESC Atividades na

Be/Cre 2º Período

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Bispo Auxiliar de Lisboa

D. Américo Aguiar

Visita pastoral à Esc. Sec. Amélia Rey Colaço e à Quinta Pedagógica Sob o tema “Fazer da Igreja uma rede de relações fraternas”, os seus objetivos principais são criar laços, estabelecer contactos, detetar problemas, procurar soluções, em encontros pessoais com as gentes e realidades das diversas paróquias, com oportunidades de diálogo e proximidade “não muito habituais” a este nível.


AESC Bispo Auxiliar de Lisboa

D. Américo Aguiar

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Francês Exposição DIA dos NAMORADOS

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Iniciativa produzida e realizada pelos professores do Grupo de Francês


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BE-G. Zarco

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Informação disponibilizada pela Professora Ana Gregório

Atividades

A propósito das atividades dinamizadas na Biblioteca da Escola João Gonçalves Zarco, no âmbito da Semana da Leitura, na disciplina de Português, os alunos elaboraram

O Livro Eu gosto de ler livros E tenho, às vezes, vontade Estou a ler um grande livro Maria Santos 5ºB Que adoro, é verdade! O conteúdo é interessante Pelo menos, para mim E o livro é divertido Vou lê-lo até ao fim!

poemas sobre “o Livro” e/ou sobre um livro que tivessem lido. Aqui fica uma amostra do trabalho dos nossos poetas que foram lidos na B.E.:

O Viajante (Cavaleiro da Dinamarca)

Eu gosto do autor E do livro que ele fez Fico à espera de mais livros Talvez no próximo mês!

Vou contar-vos uma história De um nobre cavaleiro Que saiu da sua casa Para conhecer o mundo inteiro.

Um livro

A volta ao mundo não deu Mas viajou bastante Conheceu muitas pessoas Tornou-se um viajante.

Um livro é um amigo Que enche o coração Ensina e diverte Dá asas à imaginação

Deixou mulher e filhos Com dor no coração Mas algo lhe dizia Que ia voltar à nação.

Porque um livro para mim É cultura e fantasia É o amigo certo Que enche a vida de magia Ele é nosso amigo Eu gosto de viajar Mas com o livro é outra coisa É bom para sonhar!

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Regressou numa noite santa E muito fria de inverno Todos o receberam Num abraço quente e terno. Issac Dzeric 5ºB

Daniela Antunes Silva 5ºB


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Atividades de

SEGURANÇA EXERCÍCIO SIMULACRO

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Realizou-se na Escola Amélia Rey Colaço um SIMULACRO no dia 21 de Fevereiro com a colaboração da Corporação de Bombeiros Dafundo. A iniciativa insere-se no estipulado pela Direção-Geral da Educação no âmbito das estratégias de segurança escolar.


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Atividades de

SEGURANÇA EXERCÍCIO SIMULACRO

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Atividades de

SEGURANÇA EXERCÍCIO SIMULACRO

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AESC Atividades de

REDSP

Informação disponibilizada pela Professora Carolina Tomé

REFERENCIAL da EDUCAÇÃO para a SEGURANÇA DEFESA e PAZ – G.Zarco

No âmbito do RESDP, realizaram-se, no mês de março, Sessões sobre “A Função de um Agente”, com a PSP. Os agentes vieram à sala de aula, com o objetivo de proporcionar aos alunos um contacto direto com uma força de segurança, saberem para que serve, quais são as funções de um agente e o que faz no seu dia-a-dia. Estas Sessões foram realizadas em todas as turmas do 5º ano de escolaridade, conforme previsto, e o tema será explorado na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. Relativamente ao 1º Ciclo, estava planeada uma visita de estudo à GNR, para as turmas do 3º ano de escolaridade de todas as escolas do agrupamento, a qual foi cancelada, por motivos de prevenção do corona vírus. Carolina Tomé Coordenadora do RESDP – Pré-Escolar, 1º ciclo, 2º ciclo


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Atividades do 2º Período

BIBLIOTECANDO

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Informação disponibilizada pela Professora Carolina Tomé

– BIBLIOTECA DA ZARCO

Neste ano letivo, a Biblioteca da Zarco já dinamizou um conjunto de atividades que proporcionaram o conhecimento do espaço da biblioteca, o seu funcionamento, os recursos que tem e as atividades que os alunos podem desenvolver. Sendo a Biblioteca um Centro de Recursos, realizaram-se diversificadas atividades que promovem a leitura e as literacias, o gosto de ler, de consultar livros, de procurar informação e conhecimento, não só nos livros mas também através de pesquisas na internet, ou dando apoio à realização de trabalhos que os alunos fazem para as diferentes disciplinas. Uma vez que existe um número reduzido de computadores nesta Biblioteca, solicitámos o seu apetrechamento informático, junto do Diretor do Agrupamento e da Câmara Municipal de Oeiras. Neste âmbito, foi também elaborado e apresentado à Rede de Bibliotecas Escolares do Ministério da Educação, o projeto “Biblioteca Digital”, no sentido de responder às necessidades dos alunos, no que diz respeito ao desenvolvimento de competências de literacias digitais. Atividades realizadas para 1º e 2º ciclos: - Apresentação da BE/CRE aos novos alunos da escola - Formação de Utilizadores – conhecer e saber utilizar a BE/CRE - Encontro com a Escritora Margarida Fonseca e a ilustradora Madalena Matoso - parceria com a Câmara Municipal de Oeiras e os Booktailors - 30 Minutos de Leitura – para alunos, professores e funcionários - Semana da Leitura – encontro inter-turmas de diferentes anos de escolaridade


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BIBLIOTECANDO –

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Informação disponibilizada pela Professora Carolina Tomé

BIBLIOTECA DA ZARCO (…)

- Feira do Livro – Grupo Leya

- Encontro com o Contador de Histórias Rodolfo Castro - Teatro na Biblioteca – Companhia de Teatro Educa, ”Ulisses” (Plano Nacional de Leitura) - Exposições – Jardins de Infância – “Ser Diferente” - 1º ciclo – “ A Biblioteca”, “ Durante a semana da leitura, do que eu mais gostei foi…” - 2º ciclo – Português – “Os Pequenos Grandes Escritores da Zarco” - Educação Musical e Educação Visual – “ Instrumentos do Mundo” - Ciências da Natureza – “Dia da Alimentação” e “Novos Seres, Novas Espécies” - São Valentim – Clube de Francês e Inglês


AESC Atividades

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do 2º Período

BIBLIOTECANDO – BIBLIOTECA DA ZARCO

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Informação disponibilizada pela Professora Carolina Tomé

(…) Para além destas atividades, a Biblioteca da Zarco tem em curso as seguintes acções de melhoria do seu funcionamento: - Aquisição de novos títulos – livros, DVD, jogos – fundo documental - Desbaste do fundo documental – livros desatualizados - Informatização das avaliações das atividades, feitas por alunos e professores - Catalogação de livros – com o Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares, da Câmara Municipal de Oeiras Consideramos que a Biblioteca é o coração da escola, um espaço multifuncional de aprendizagem e de desenvolvimento de competências, onde os alunos podem realizar trabalho de forma autónoma, com o acompanhamento da equipa de professores que prestam serviço na BE/CRE, e como um recurso de extensão da sala de aula e de apoio às várias disciplinas do currículo. Ou simplesmente um local onde apetece ir e estar, para conviver, fazer trabalhos de casa, ler livremente, ver filmes, fazer jogos ou navegar na internet. Para isso, contamos com a colaboração dos próprios alunos, dos professores, dos funcionários, da direcção do agrupamento e da BE/CRE da escola-sede. Um especial agradecimento a todos e, em particular, à equipa de professores que presta serviço na Biblioteca.

BEM HAJAM! Carolina Tomé – Professora Bibliotecária da Zarco


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AESC Atividades do 2.º Período

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

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Informação disponibilizada pela Professora Alexandra Filipa Nunes

Os professores de Educação Especial da EBSARC dinamizaram uma atividade de comemoração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência com o objetivo de aumentar a compreensão dos assuntos relativos à deficiência e promover a defesa dos direitos, da dignidade e do bem estar de todas as pessoas. Apresentaram duas curtas-metragens sobre o autismo e a deficiência motora, com um pequeno debate no final do seu visionamento, e organizaram a elaboração de um painel com o tema “Mais iguais do que diferentes” que foi exposto no corredor do piso 2 da EBSARC. Esta atividade contou com a participação de todos os alunos das turmas 7ºB, 7ºC, 7ºG, 8ºG, 9ºC e 9ºE e procurou aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela plena inclusão das pessoas com deficiência em todos os aspeto educativos e sociais.

Projeto Ler e CÃOpreender

Os alunos da EB1 Armando Guerreiro que fazem parte do Projeto Ler e CÃOpreender, de Terapia Assistida por Animais, foram os protagonistas de uma reportagem realizada pela RTP1. As filmagens foram passadas no programa A Nossa Tarde, apresentado pela Tânia Ribas de Oliveira, no dia 9 de janeiro de 2020. Quem quiser assistir à reportagem poderá aceder ao link abaixo, sendo que deverá andar até aos 25 minutos e cerca dos 35 segundos, que é quando começa a reportagem.

link https://www.rtp.pt/play/p6597/e449307/a-nossatarde/796063


AESC Atividades do 2.º Período

Sala dos Saberes

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Informação disponibilizada pela Professora Alexandra Filipa Nunes

Os alunos da Sala dos Saberes III, a Unidade de Ensino Estruturado da EBSARC, têm à sua responsabilidade a manutenção de um talhão na Horta Urbana e Pedagógica de Linda-a-Velha, no qual têm couves, alfaces, cebolas, alho francês, favas, chá príncipe e morangos. Todas as semanas arrancam as ervas daninhas, procedem à rega e ainda têm o prazer de comer o que vão produzindo.


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Atividades da

Eco-Escolas

Informação disponibilizada pela Professora Isabel Timóteo

Na Escola Básica João Gonçalves Zarco, no dia 21 de fevereiro

os alunos das turmas A, C, E e G do 5ºano assistiram ao Roadshow de sensibilização ambiental "O herói és tu! Missão ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável)”, promovido pelo SIMAS de Oeiras e Amadora, encontrando-se alguns alunos a desenvolver trabalhos para concorrer ao desafio proposto.

Na biblioteca da Escola Básica João Gonçalves encontra-se a exposição “Novos Seres – Novas Espécies, Imagina e Cria” composta por trabalhos realizados pelos alunos do 5º ano das turmas A, B, C e G e dinamizada pelos professores da disciplina de Ciências Naturais, onde se procurou promover a criatividade e a operacionalização dos conteúdos sobre a Diversidade Animal. Na maioria dos trabalhos, a família dos alunos participou na sua execução.

O Eco-Escolas agradece a todos os professores envolvidos: Ana Gregório, Paulo Silva, Susana Marques, Carolina Tomé e Fernanda Vieira.


AESC Atividades do 2.º Período

DIA da MULHER

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Informação disponibilizada pela Professora Graça Almeida

O papel da mulher ao longo dos tempos – no mundo Ocidental No dia 9 de março no âmbito da disciplina de História de 10º ano do curso de Línguas e Humanidades, em articulação com a Biblioteca Escolar, foi desenvolvida uma atividade em homenagem ao dia internacional da mulher. Durante a primeira parte da atividade os alunos apresentaram e fizeram dramatizações alusivas à evolução dos diferentes papéis da mulher ao longo dos tempos: desde a época clássica até à época moderna. Na segunda parte da atividade foi introduzido o tema “Igualdade de Género: estereótipos, preconceitos e desigualdades”, inicialmente abordado por duas oradoras, representantes da Associação FEM, que relataram e partilharam connosco episódios e situações alusivas ao papel da mulher na época contemporânea. Partindo de vários testemunhos fizeram também referência a situações de discriminação, violência e estereótipos, que, infelizmente, ainda hoje persistem. Seguiu-se um debate tendo como enfoque questões relacionadas com o tema já referido, mas também com outras questões, nomeadamente, alusivas ao respeito/não respeito pelos Direitos Humanos e dos valores democráticos na atualidade. Este momento de debate, de partilha e discussão ativa e construtiva entre todos os presentes foi vital para a sensibilização de cada um de nós, enquanto cidadãos, para a importância de continuarmos a falar sobre a defesa, respeito, preservação dos valores democráticos e dos direitos humanos em pleno século XXI. Porque, tal como foi referido por alguns dos alunos presentes “não podemos achar que os Direitos até hoje conquistados, são desde logo, um dado adquirido – se não lutarmos por eles, podemos perder aquilo por quem muita gente já lutou e conquistou”; “para não cairmos em muitos erros do passado, e para manter viva a esperança num Mundo e num futuro mais justo e melhor”; “falar sobre Direitos Humanos continua a ser importante, porque a luta pela sua preservação deve ser de todos e deve ser permanente!”; “porque nos faz lembrar do privilégio que temos ao sermos livres de pensar, agir e podermos ter vida pessoal ”. (alunos da turma do 10º D)

Desenhos elaborados pelos alunos Ana Ramalhete e Júlia Rodrigues do 10º E


AESC

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Visita de Estudo ao

CASTELO de S. JORGE No âmbito da disciplina de História Nos dias 20 de fevereiro e 5 de março as turmas do 10º ano do curso de Línguas e Humanidades, no âmbito da disciplina de História, dirigiram-se ao Castelo de S. Jorge numa visita de estudo orientada subordinada ao tema: Um Castelo, uma Alcáçova, uma Cidade: à Descoberta da Cerca Velha de Lisboa”. Assim, embarcámos numa viagem ao período da Idade Média cujo porto de chegada foi o Castelo de S. Jorge. Aqui chegados, passámos aos momentos do descobrir, do sentir do explorar, do imaginar, … a história da Lisboa medieval. Esta visita permitiu-nos refletir sobre questões chave da nossa identidade e das múltiplas mudanças operadas desde essa época até à atualidade – a nível social, cultural, arquitetónico e até de mentalidade. Porque Visitar in loco momentos que marcaram a História no nosso povo é o melhor meio, não só de conhecermos um pouco mais sobre o que fomos no passado, do que somos na atualidade e daquilo que poderemos vir a ser no futuro. O momento foi enriquecido com o convívio saudável estabelecido entre todos os intervenientes e com o disfrutar da paisagem magnífica sobre a nossa bonita capital. (turmas do 10º D, E, F e FF)

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Informação disponibilizada pela Professora Graça Almeida


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Informação disponibilizada pelas professoras Antónia Vaz e Ana Paula Soares Atividades da E. D.Pedro V

Articulando com a biblioteca

Promoção da leitura «HOJE SINTO-ME…»

do agrupamento, a turma do 3º A da EB1 D. Pedro V explorou o

O NOSSO LIVRO

ol Quando o

livro “HOJE SINTO-ME…” de Madalena Moniz. A nossa professora mostrou-nos livro “Hoje sinto-me…”.

Achámos que não seria divertido, pois ao folheá-lo verificámos que só tinha imagens. Ao explorá-lo vimos que as ilustrações e os adjetivos usados para cada letra nos provocavam riso. Como complemento da leitura, realizámos uma atividade em que cada aluno tinha de escolher uma letra do alfabeto, descobrir um sinónimo do adjetivo que aparecia no livro e ilustrar uma página. Assim fizemos o nosso livro de turma.

DIA MUNDIAL dos

AFETOS

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AESC Atividades da E. D. Pedro V

Articulação

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Informação disponibilizada pela professora Andreia Brito

educativa Os alunos do 2º A, da escola D. Pedro V, têm desenvolvido, ao longo do ano, o gosto pela leitura e escrita. Como forma de celebrar o dia 14 de fevereiro, cada aluno leu o livro “O sapo apaixonado”, fez um resumo da história e uma bonita ilustração.

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A prática de desporto é uma mais valia e os alunos do 2.º A adoram os momentos de jogos coletivos, ginástica, dança e corrida. Todos muito cumpridores, adoram mostrar as suas capacidades e habilidades motoras.


AESC Atividades da E. D. Pedro V

CARNAVAL

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Informação disponibilizada pela professora Andreia Brito

Na escola D. Pedro V, o Carnaval foi vivido de forma bastante entusiasta, por todos os alunos, professores e auxiliares. A turma do 2.º A ainda teve oportunidade de dar asas à sua imaginação e desenhar com tinta e pincel uma figura bem criativa alusiva a esta data festiva.


AESC Atividades da E. D. Pedro V

Os AFETOS

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Informação disponibilizada pela professora Bárbara Dores e Ana Lopes

Semana dos Afetos! No dia 14 de fevereiro, teve lugar uma troca de afetos entre todo o corpo docente e não docente da EB1 D. Pedro V. Origamis de coração, com um chocolate dentro, “adoçaram” o lanche da manhã de todos. Foi um momento de alegria, de partilha, de saber dar e receber! Uma surpresa calorosamente recebida por todos! A Professora Bárbara Dores

“As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias e só os sábios conseguem vê-las.” Na semana de 11 a 14 de fevereiro, o 1º A da EB1 D. Pedro V trabalhou os afetos e conversou muito sobre sentimentos. Utilizaram as canetas de colorir para pintarem um vitral em forma de coração e votaram o vitral mais bonito da turma. Também cortaram corações de cartolina que decoraram com guache e uma palhinha, utilizando a técnica da pintura soprada. Na matemática construíram um pictograma da cor preferida dos alunos e, como era o dia dos afetos, utilizaram os corações como símbolo do gráfico. Professora Ana Lopes .


AESC Atividades da E. D.Pedro V

DIA MUNDIAL dos

AFETOS

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Informação disponibilizada pela professora Bárbara Dores

Semana dos Afetos! Na semana de 11 a 14 de fevereiro, a turma B do 4ºano da EB1 D. Pedro V decorou com corações e palavras de afeto a sua sala de aula. Cada aluno decorou e escreveu em corações de cartolina e o resultado final foi uma sala cheia de amor para dar! Também transformámos a nossa árvore das estações do ano, numa árvore repleta de corações com inscrições de afetos! A Professora Bárbara Dores.


AESC Atividades da E. D.Pedro V

Poemas e

Palhaços!

ABRIL2 0

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Informação disponibilizada pela professora Bárbara Dores

Poemas da autoria dos alunos!

Na semana que antecedeu a interrupção letiva do Carnaval, na turma B do 4ºano da EB1 D. Pedro V, cada aluno deu asas à sua imaginação e idealizou um palhaço, deu-lhe um nome e produziu um poema da sua autoria para o seu palhaço. O resultado final foi muito engraçado, pois surgiram poemas com rimas muito originais e desenhos bem criativos! A Professora Bárbara Dores


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Informação disponibilizada pela professora Ana Torres

GRUPOS-EQUIPA

Rugby Vários/Misto

Basquetebol Juv. Masc.

CORTA-MATO

No passado dia 17 de janeiro decorreu, no Complexo Desportivo do Jamor, o Corta-Mato Concelhio. O nosso Agrupamento fez-se representar com 55 alunos das duas escolas, EB João Gonçalves Zarco e EBSARC. Em ambiente de festa e com grande empenho por parte de todos os intervenientes, os alunos Artur Catatau, Pedro Baptista, Rodrigo Tavares, Martim Correia, Clara Figueiredo, Felipe Santos, Francisco Mendes e Ricardo Gonçalves(Infantis A) e o nosso aluno-atleta do Desporto Adaptado, Alexandre Gomes, obtiveram excelentes classificações, ficando apurados para representar o Agrupamento no Corta-Mato de Apuramento para o Nacional, realizado na Base Aérea de Sintra, no dia 4 de fevereiro, onde a equipa dos Infantis A alcançou o 3º lugar e o nosso aluno-atleta do Desporto Adaptado, Alexandre Gomes, conquistou um espetacular 2º lugar.

Parabéns campeões!


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Informação disponibilizada pela professora Ana Torres

MEGAS

A grandiosa edição deste ano dos Megas Fase-Escola, realizada no Jamor, no dia 12 de fevereiro, contou com a participação de alunos de todas as turmas, das escolas Amélia Rey Colaço e João Gonçalves Zarco, que realizaram as provas de Corrida de Velocidade 40m, Salto em Comprimento, Corrida do km e Lançamento do Peso. Participaram 242 alunos com o objetivo de se apurarem para a Fase Regional. Apesar de só os primeiros classificados passarem a essa fase, todos estão de parabéns pelo seu esforço e excelente comportamento! Na Fase Regional, realizada no dia 4 março, no Estádio do Real Massamá, participaram 33 alunos, com excelentes prestações nas várias provas em que participaram. Eis alguns dos medalhados, onde se inclui o nosso menino do Desporto Adaptado. Excelentes provas de todos, mas principalmente dos alunos Artur Catatau, Infantil A, que ficou em segundo nos 40m e no Salto em Comprimento e Maria Junqueiro, Juvenil, que venceu no Salto em Comprimento. Os dois alunos vão representar o nosso Agrupamento no Campeonato Nacional. que este ano se realiza em Vagos. Parabéns!

O Torneio Interno de Tag Rugby 5X5 realizou-se no dia 29 de janeiro, na Escola Básica João Gonçalves Zarco. Este ano, o número de participantes ultrapassou todas as expectativas, mais de 120 alunos estiveram no relvado a jogar. Participaram várias equipas mistas, como é obrigatório nesta modalidade. Esta atividade foi uma aprendizagem para muitos, mas teve o objetivo de apurar equipas para o Regional de Tag Rugby. Um agradecimento especial aos árbitros e colaboradores, Afonso Santos, Gustavo Santos Guilherme Sela, Lucas Almeida, Rafael Pantaleão, Letícia Camacho, João Cabral, Marly Pascoal e Inês Cabral, sem .estes alunos esta festa do Rugby não seria possível.


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Informação disponibilizada pela professora Ana Torres

BASQUETEBOL 3X3

Na última semana do 1ºperíodo realizou-se nas nossas escolas, Amélia Rey Colaço e João Gonçalves Zarco, a Fase Escola do Basquetebol 3x3. O Agrupamento pode-se orgulhar de ter uma das melhores Fases-Escola do Concelho, em termos de participação dos alunos. Com 292 alunos a jogar e a arbitrar e 72 equipas inscritas, esta edição foi um sucesso! Excelente prestação de todas as equipas. Ficam aqui os vencedores da Fase Escola que irão participar na Fase Local. INFANTIS A E INFANTIS B Femininos e Masculinos EBZARCO

INFANTIS B, INICIADOS, JUVENIS E JUNIORES Femininos e Masculinos EBSARC

O staff


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Informação disponibilizada pela professora Ana Torres

Nos dias 27 e 28 de fevereiro, na Escola João Gonçalves Zarco e na EBSARC, decorreram os torneios Interturmas de Voleibol, tendo participado cerca de 80 equipas, do 6º ao 12º ano. Com 468 alunos a participar e uma excelente organização, esta é uma atividade que começa a dar cartas e a ganhar nome no Agrupamento. Eis os campeões:

CLASSIFICAÇÃO TORNEIO INTERTURMAS VOLEIBOL EBZARCO CAMPEÃS FEMININAS

CAMPEÕES MASCULINOS

6ºE

6ºE

CLASSIFICAÇÃO TORNEIO INTERTURMAS VOLEIBOL EBSARC 7º ANO DUPLA CAMPEÃ

7ºD

CAMPEÃS FEMININAS

CAMPEÕES MASCULINOS

8ºG 9ºC 10ºD 11ºD 12ºB/BB

8ºG 9ºC 10º D 11º B 12º C


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AESC CURIOSIDADES DE

GEOGRAFIA GASTRONOMIA PORTUGUESA Restaurantes com 2 estrelas Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira.

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Informação disponibilizada pela

Professora Cecília Almeida

Estrelas Michelin em Portugal Todos os anos, vários restaurantes são agraciados com as estrelas Michelin, uma das classificações mais importantes do mundo da gastronomia. O máximo que um restaurante pode atingir são três estrelas, significado de uma cozinha de luxo e irrepreensível. Todos os anos, os restaurantes são avaliados para ver se cumprem os critérios para receber a ansiada distinção, podendo ganhar ou perder na classificação. Alma, Lisboa.

Belcanto, Lisboa.

Il Gallo d’Oro, Funchal

Ocean, Alporchinhos..

The Yatman, Vila Nova de Gaia.

Vila Joia, Albufeira

E ainda há 20 restaurantes com 1 estrela Michelin!


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Artigo de

Opinião

Os Jovens aos olhos dos Velhos

Eu sou uma jovem, por isso, tenho de falar na perspetiva dos jovens sobre aquilo que os idosos transmitem o que pensam e dizem sobre nós, jovens. Se um jovem diz que está cansado, alguém mais velho automaticamente reclama que “não tem de estar cansado” porque ainda é muito novo. Mas porque é que não posso reclamar eu de estar cansada? Se sinto que as minhas costas doem por conta da mochila pesada; se me dói a cabeça por estar a ler há muito; se me dói a mão agora por estar a escrever. Então, só em velha é que vou estar cansada? Pois, não me parece. Quando eu decido dar a minha opinião a alguém mais velho, ouço de imediato o comentário de que ainda sou muito nova para saber alguma coisa. Aqui posso até concordar que a experiência de alguém mais velho será quase sempre maior que a minha, mas isso não implica que eu não saiba, por exemplo, o que é o tempo. Não posso achar que amanhã irá chover? Pois, eu posso. Os velhos gostam muito de dizer, também, que os jovens não são como antigamente. Pois claro que não! Não estamos no mesmo tempo, não temos as mesmas condições, nem a mesma política, nós moldamo-nos à nossa geração. Acabo, então, por tentar espalhar a minha mensagem de tentarem começar a aceitar o jovem adulto com uma outra perspetiva e conhecer antes de julgar. Soraia Pereira- 12ºC


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Artigo de

Opinião

As elites e os influencers

A sociedade pode ser agrupada em diferentes grupos consoante o seu tipo de relacionamento ou função social. Desta forma, naturalmente que há grupos que sobressaem- ou pelo seu prestígio ou pelo seu poder- sendo considerados elites e até grupos de referência. Esses grupos de referência fazem crescer nos grupos considerados “inferiores” o desejo de ascensão social para ser, então, possível obterem o sentimento de pertença e de identidade coletiva. Por exemplo, no mundo atual quem se tem destacado, maioritariamente, são os chamados

influencers

(conseguindo exercer essa influência através do Instagram, Facebook ou qualquer outra rede social), sendo o seu público-alvo, sobretudo, os mais jovens. Estas personalidades detêm uma forte influência sendo, para muitos, os seus ídolos e, deste modo, a sua opinião é vista como algo inquestionável seja relativo a um género de sapatos ou a uma lei recentemente aprovada. Um forte exemplo desta capacidade é facilmente demonstrada aquando a aprovação do artigo 13 onde grande parte dos influencers se posicionaram contra levando, desta forma, a que grande parte do seu público-alvo se posicionasse igualmente contra. Naturalmente que, ao longo do tempo, os influencers vão-se alterando e, portanto, uns vão perdendo poder e prestígio para outros ganharem. Considero a existência de elites importante para o decorrer da vida dos indivíduos em conjuntos pois, através destes, é possível que ocorra a mudança social.

Ana Tavares 12º C


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CRÓNICA

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A CULTURA DOS OUTROS

A propósito do romance Os Maias temos abordado em aula o modo como em Oitocentos a elite lisboeta era tacanha e ignorante, absorvendo de forma caricata costumes importados de uma Europa mais desenvolvida e refutando o que de genuíno existia no país. Este retrato descrito por Eça permite fazer algumas pontes com a nossa actualidade multicultural, as quais me levam a promover no espaço da escola a valorização das diferentes culturas. Estas tanto são regionais como provêm de variados países de onde muitos alunos são originários. Um exemplo mais simples dessa diversidade é a pronúncia típica de um alentejano, de um angolano ou de um lisboeta. Nenhuma deve ser considerada padrão, todas correspondem à mesma língua e devem ser respeitadas e promovidas. São a identidade de uma região nacional ou internacional de que cada falante deve ter orgulho. O mesmo sucede com o diferente vocabulário que enriquece qualquer ouvinte. Um aluno em contacto com determinadas regiões do Norte reconhece o tratamento por vós que encontramos em personagens de Camilo. A expressão “safra” empregue por Padre António Vieira é mais facilmente compreendida por quem conhece a realidade agrícola. O mesmo prosador refere o termo “açougue” que qualquer brasileiro conhece e que foi substituído em Portugal por talho ou matadouro. Num âmbito mais alargado, sente-se nas aulas o privilégio dos que conhecem diferentes culturas. Um conhecimento que resulta da migração ou de viagens em que os alunos tiveram contacto mais próximo com gastronomia, arquitectura, hábitos, identidade. Os migrantes trazem muitas vezes um conhecimento do mundo rural distante do nosso espaço urbano. Noutras ocasiões, transportam até nós um saber de experiência feito sobre regimes prepotentes ou miséria absoluta. Realidades que a maioria apenas constata na literatura.

A expressão “ter mundo”, que muito aprecio, significa uma certa mundividência que nos leva a conhecer melhor a humanidade na sua diversidade e nos seus problemas comuns; que nos leva a apreciar certos aspectos da nossa cultura e a criticar outros; e, sobretudo, nos permite desenvolver o respeito pela diferença na pessoa do outro.

Assim, a escola é o espaço primordial para “fazermos mundo”, ou seja, para partilhar experiências e conhecimento, os quais são chaves na interpretação da literatura e de tudo o que nos rodeia..


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49 Jorge Marrão

CRÓNICA

Sobreviverei: crença ou verdade mal temperada de que aqui nunca se morre, nunca se sofre! O quotidiano banal das nossas vidas é interrompido pela contemplação da arte nas suas mais diversas manifestações: exposições, museus, concertos, teatro, cinema, leituras, etc., que certamente nos enriquecem individual e colectivamente. Imagine-se a suspensão do pão da alma como o pão do corpo?

Outras vezes nesse tempo banal soa um apito, mas não o interrompe, com notícias de longe, de lugares fascinantes e gentes remotas, onde se morre. Entre nós a morte é um tabu, um interdito. E se não se morresse? Ora, a essa questão respondeu magistralmente Saramago com a publicação do romance As Intermitências da Morte, 2005. A lição a colher é que se não se morresse seria ainda mais horrível do que morrer realmente, realidade histórica e biológica simples. Na verdade, se não se morresse o fenómeno que ocorreria seria a suspensão da vida e isso seria horrível, se não se morresse talvez não nos apaixonássemos e essa parece ser, pelo menos na tese do romance, uma das manifestações da condição humana, como o individualismo, o altruísmo; ser nómada ou sedentário, o confronto entre o material e o espiritual; a arte e a barbárie, a manifestação nefasta dos vários poderes que a suspensão da morte causa. Já na segunda parte do romance a Morte escreve uma carta para ser difundida universalmente, anunciando o restabelecimento da morte, anunciando «a rescisão deste contrato temporário a que chamamos vida». Saramago vai mais longe e acaba por personificar a Morte numa entidade que se apaixona pela música e tudo mudou. A Morte apaixona-se pelo belo, pela vida, e os três últimos capítulos sugerem quão essencial é ser-se amado. A metáfora do Violoncelista (a música) a paixão da Morte, conduz-nos na esperança de ainda nos questionarmos: sobreviverei, ou talvez seja apenas uma crença numa verdade mal temperada de que aqui nunca se morre. Esta inquietação tem uma resposta da Morte, porque, segundo Saramago, é menos complicada do que a vida. Outra leitura sugere que querer tornar a vida absoluta e a morte precária seria um absurdo. Há outra alegoria, aliás muito actual, na obra de Saramago Ensaio sobre a

Cegueira, 1995, que se traduz na cegueira de todos, menos da mulher de um oftalmologista (que ironia!) e daí resulta uma cidade em quarentena «a cidade estava toda infectada”. Juntam-se cadáveres, lixo, detritos, todo o tipo de sujidade e imundice espalhara-se pela cidade. Os cegos passaram a seguir os seus instintos animais, e sobreviviam como refugiados, instalando-se em lojas ou casas desconhecidas. Depois, as autoridades juntam-nos num sanatório e a verdade humana passa a dar lugar à verdade duplamente animalesca, porque nas dificuldades é que se conhecem os homens. (...)


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50 Jorge Marrão

Sobreviverei: crença ou verdade mal temperada de que aqui nunca se morre, nunca se sofre! (...) O romance, entre outras linhas de leitura, alerta-nos para

o erro que é o discurso brando sobre o MAL, seja de que natureza for, a crueldade do mal, mesmo fora do nosso alcance visual está presente entre a humanidade, não precisamos de provas, de evidências. Decerto que quando assim é já será tarde, como se pode observar num diálogo entre a mulher que vê e o seu marido, o médico: «Lutar foi sempre, mais ou menos, uma forma de cegueira, Isto é diferente, Farás o que melhor te parecer, mas não te esqueças daquilo que nós somos aqui, cegos, simplesmente cegos, cegos sem retóricas nem comiserações, o mundo caridoso e pitoresco dos ceguinhos acabou, agora é o reino duro, cruel e implacável dos cegos, Se tu pudesses ver o que eu sou obrigada a ver, quererias estar cego, Acredito, mas não preciso, cego já estou, Perdoa-me, meu querido, se tu soubesses, Sei, sei, levei a minha vida a olhar para dentro dos olhos das pessoas, é o único lugar do corpo onde talvez ainda exista uma alma, e se eles se perderam.», Pois é: o olhar é reflexo da alma, a poesia é a voz do espírito e assim por diante… Outra vertente da alegoria é mais corrosiva dado que se representa o poder a lidar com problemas delicados como a epidemia de cegueira, a Covid-19… Há quem discuta se as democracias lidam bem com as catástrofes. Em ocasiões críticas reclamam-se poderes omnipotentes e recorre-se à suspensão de direitos, mas isso não pode significar necessariamente a suspensão da democracia nem convocar a ditadura intermitentemente. O verdadeiro significado deve ser entendido como a contribuição do indivíduo para o colectivo, uma atitude cidadã comprometida. Infelizmente é muitas vezes só nas fases mais críticas dos países, das sociedades que a ideia de comunidade ressuscita. Convenhamos que é a ressurreição, em si, que vale a pena em tempos tão moldados pelo egocentrismo. Mas, só por isso, dispensavam-se bem as catástrofes. Tanto um romance como outro continuam a relembrar verdades inconvenientes: a soberba perante

a precariedade, a fragilidade perante a adversidade, a liberdade da imaginação, os limites da ciência, a impotência e a perturbação dos poderes face a desafios novos. «Estamos preparados» é a frase quando o problema está longe, depois a natureza encarrega-se de demonstrar que ninguém está preparado. Jorge Marrão


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51 António Caselas

Será Maquiavel apenas ‘maquiavélico’?

Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um escritor e pensador político de relevo e secretário da Segunda Chancelaria na Florença renascentista. O seu pensamento ficou ligado a qualidades éticas negativas do exercício do poder político por parte do governante, como sejam, a implacabilidade e a perversidade e questões políticas como a centralidade e o nacionalismo. Porém, poderemos a partir dos seus textos fazer uma leitura mais soberanista e ‘democrática’ da constituição e legitimação do poder político consentâneo com os interesses comunitários e as aspirações do povo? A resposta é afirmativa. A partir de textos fundamentais do pensador, Il Principe (O Príncipe), Discorsi sopra la prima Deca di Tito Livio (Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio) e Istorie Fiorentine (História de Florença) tentaremos seguir essa linha interpretativa. As referências (Princ., Disc. e Ist. Fior., respetivamente) corresponderão à edição italiana das Obras Completas: Niccolò Machiavelli, Tutte le Opere, Sansoni Editore, Firenze, 1971. Três filósofos relevantes poderão ser também uma ajuda para o conhecimento da interpretação ‘clássica’ do pensamento do autor e para a perspetivação da linha interpretativa aqui considerada: Leo Strauss, Antonio Negri e Roberto Esposito. Será possível convocar o pensador florentino para uma visão menos centralizada do poder, mais agonística (em que o conflito e o contraditório poderiam favorecer a eficácia legislativa), mais constitucional, democrática e republicana? Esse constitui o desafio de uma leitura menos tradicionalista de Maquiavel. A afirmação da liberdade e das virtudes cívicas seriam mais concordantes com a contemporaneidade do que a idealização de um poder quase ilimitado do governante que tende a concentrar o poder através de estratagemas de manipulação. Embora a dimensão perversa da psicopolítica não seja estranha aos mecanismos e dispositivos usados para obter e conservar o poder, trata-se sobretudo de valorizar uma disputa mais justa que relacione a ‘virtù’ e a ‘fortuna’. Aqueles que se preocupam com a constituição originária do poder político devem aspirar a um maior equilíbrio entre os governados e os governantes e não deixar que um qualquer artifício de dominação contamine essa relação. A inscrição das leis que regem a comunidade numa realidade em que a liberdade da ação cívica e política se revela e reproduz permitiria enfrentar o futuro com maior segurança. Perceber que as leis são benéficas e não arbitrariamente impostas pela vontade daqueles que querem deter o poder. A identificação do Príncipe ou da sua figura política com o povo ou com a ‘multidão’ permitiria dar corpo a essa nova visão. Constituir a comunidade a partir da contradição e do conflito e não da submissão a um soberano manipulador e arbitrário seria o objetivo político supremo por detrás da evolução de uma condição natural (mais primitiva e arcaica) para uma condição política evoluída. O filósofo Roberto Esposito num texto recente explicita isso mesmo: ‘A sociedade, na sua configuração normal, tem a forma de uma dissensão [discórdia] – não entre indivíduos singulares, como no estado de natureza hobbesiano, mas entre agregados de homens movidos por desejos distintos e contrastantes.’ R. Esposito, Pensiero vivente. Origine e attualità della filosofia italiana, Einaudi, 2010, pag. 57-58. A memória da antiga liberdade leva os povos a repudiar a opressão, não tendo os dominadores outra opção senão destruir ou conviver de perto com os cidadãos do país que querem governar (Princ., V, pag. 263). A governação de uma cidade pela imposição da força está, assim reservada para os povos que se ‘habituaram’ a obedecer a um soberano, o que não sucede com uma República. Num regime em que se privilegia a via de acesso ao poder sem a mera imposição da força é requerida a qualidade da astúcia afortunada (astuzia fortunata). O governante acede ao poder tendo em conta os desejos (umori) do povo: não querer ser dominado pelos Grandes (Grandi). É desta forma que evita as dificuldades daqueles que privilegiam o seu desejo de opressão em desfavor dos desejos do povo; estes enfrentarão sempre mais problemas em manter o poder. A astúcia intervém na consideração do desejo de liberdade manifestada pelo povo e no uso dos meios ardilosos para procurar corresponder a esse propósito ou, pelo menos, para parecer concordar com ele (Princ., IX, pag. 271). O desejo de liberdade ou de não ser oprimido a que o povo aspira é eticamente melhor do que a finalidade assinalada para o desejo de oprimir. Deve o governante esperar do povo mais desapego e sinceridade do que dos ambiciosos ou carentes de ambição que o rodeiam e se apresentam como seus próximos. (…)


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CRÓNICA (…)

Será Maquiavel apenas ‘maquiavélico’? (cont.)

Maquiavel parece limitar o desejo do povo à finalidade de não ser oprimido; em todo o caso, a obtenção dos ‘favores’ do povo por oposição aos dos ‘grandes’ é preferível para aqueles que esperam governar de forma mais estável, ou seja, menos sujeitos à adversidade (Princ. IX, pag. 272). A adversidade enfraquece a confiança no governante e no seu poder, por isso, a astúcia requer que se procure os favores dos que esperam que o Estado e o seu ‘representante’ lhes proporcionem a segurança da vivência na cidade. O esvaziamento da ambição do povo no que concerne à governação não o coloca de fora da dinâmica política. Os seus favores concorrem para a estabilidade da posição do ‘príncipe’, e a sua inimizade acentua as ameaças ao seu poder. A dinâmica agonística da vida na ‘città’ produz um terreno favorável para a ‘disputa’ e afirmação das diferenças que devem ser dirimidas sem a violência destruidora própria de um combate entre inimigos. A estabilidade política e as condições favoráveis ao comando podem exigir os favores do povo, mas em certas circunstâncias defende Maquiavel a intervenção do terror e do exemplo da ‘virtù’ dos ‘grandes’. A violência ligada à fundação (constituição originária ou ‘constituinte’) da comunidade política é um dos instrumentos para criar e manter a sua estabilidade. Essa violência, como se sabe, está intrinsecamente ligada à natureza das leis, por isso, constitui um elemento essencial da ação política. Roma e Florença lidaram de forma distinta com a oposição entre o povo e os ‘nobres’: se no primeiro caso, houve lugar à disputa e partilha do poder, no segundo, houve combate e separação radical entre as duas partes, com a exclusão do povo (Ist. Fior., III, 1, pag. 690). O ‘príncipe’ deve precaver-se contra a ameaça daqueles que o consideram um inimigo político concreto sejam eles parte do povo ou parte dos que foram despojados do poder (Disc., III, 4, pag. 199). Maquiavel serve-se do exemplo de Roma para enaltecer as virtudes da discórdia e da disputa entre dois ‘desejos’, os da ‘plebe’ e dos ‘nobili’ (Disc., I, 4, pag. 82). A liberdade nasce do confronto e não da sua negação. As leis são criadas nesse ambiente agonístico. A própria violência política é evitável num contexto político de desunião e confronto de ‘umori’. Previne-se o exílio e o sangue que nascem do combate e não da disputa que deve suceder nas repúblicas. Para Maquiavel, as boas leis e a consideração do bem comum nascem dos tumultos (‘tumulti’). A história ensina-nos que a servidão é mais danosa para os povos e cidades do que a liberdade (Disc., II, 2, pag. 148). E a liberdade implica a disputa e a sua expressão pública. Dela se pode esperar igualmente uma condição propícia à prosperidade. A grandeza dos povos e das cidades provém do respeito pelo bem comum e não pelo bem particular - que é a finalidade primeira do regime tirânico: ‘Non il bene particulare, ma il bene comune è quello che fa grandi le città.’ (Disc., II, 2, 148). O interesse (desejo) particular é, por isso, incompatível com o bem comum na governação de regimes distintos da república e, em particular, na tirania. Na Antiguidade isso foi claramente demonstrado através dos exemplos de Roma e Atenas. Quem preza a sua pátria deve amar a liberdade e não ser condescendente com os interesses (desejos) do tirano. A ordenação política da república decorre dos princípios da sua fundação e dos exemplos da virtude dos que governaram e que contrariam a insolência e a ambição (Disc., III, 1, pag. 195-196). A defesa da educação política através do exemplo e a sua consideração em termos de paridade em relação às leis é polémica e porventura inaplicável no tempo presente. Vivemos um tempo em que a fraqueza do carácter e a corrupção económica e financeira marca sistematicamente a governação e os agentes políticos. Valendo-se da interpretação da herança histórica da Antiguidade e mesmo de França, Maquiavel aceita como sensata a reivindicação dos princípios através do exemplo. Neste quadro deve recusar-se explicitamente a intervenção externa e o domínio que quebre a autonomia e autodeterminação dos povos (Disc., III, 1, pag. 197). Grandeza, glória e virtude política e militar tornaram o antigo Império Romano inigualável; do mesmo modo, o modo de participação do povo romano na vida da comunidade e a sua intervenção pela disputa não devem ser menosprezáveis. A renovação institucional possui nos Discorsi um ‘topos’ privilegiado; a comunidade deve renovar-se nem que para isso se tenha que recorrer a instrumentos drásticos. Mas a tentação de interpretar o pensamento de Maquiavel de modo demasiado contemporâneo deve ser evitada. A renovação e a causa da liberdade não permitem atribuir ao povo uma missão revolucionária já que o interesse que lhe é destinado é sobretudo o de esquivar-se à opressão. Os interesses particulares ou de fação concorrem com outros fatores para a ruína do regime político que se quer mais justo, coeso e próspero. Por isso, a missão da comunidade politicamente organizada é orientar-se pela ‘virtù’ e prossecução do bem comum.


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Colaboradores:

ALEXANDRA F.NUNES AMANDIO FONTOURA ANA FERRÃO ANA FILIPA TAVARES ANA GREGÓRIO ANA LOPES ANA PAULA SOARES ANA TORRES ANDREIA BRITO ANTÓNIA VAZ ANTÓNIO CASELAS BÁRBARA DORES CAROLINA TOMÉ CECÍLIA ALMEIDA CRISTINA GALA FRANCISCO FIGUEIRA GRAÇA ALMEIDA

© Abril 2020, AESC

HELENA CAMPOS HELENA CARREIRO HERNÂNI PINHO ISABEL TIMÓTEO JORGE MARRÃO LISETE OLIVEIRA MARIA LEONOR PAULA MOTA SORAIA PEREIRA

Paginação:

AMANDIO FONTOURA

Design do CABEÇALHO: JOÃO VERSTEEG Revisão do texto:

Edição:

LUÍSA NUNES

AMANDIO FONTOURA


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