@psidanielamattos
Foto: Divanildo Silva
RECEBI UM DIAGNÓSTICO DIFÍCIL E AGORA? Veja como o acompanhamento psicológico pode fazer diferença no sucesso do tratamento e na estruturação da rede de apoio
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A verdade é que ninguém gosta de receber uma notícia ruim, principalmente quando ela envolve um problema de saúde grave. Isso pode desencadear uma série de sentimentos que atrapalham o processo de aceitação e enfrentamento dos tratamentos necessários. Nesses cenários mais extremos, o sofrimento psicológico requer uma atenção especial, para que o paciente em situação crônica encontre o equilíbrio entre a saúde física e mental para alcançar a cura. Daniela Mattos é Psicóloga especialista em Análise Comportamental Clínica e recebe diariamente em seu consultório muitos casos desse tipo:
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Na maioria das vezes, os pacientes tem dificuldade em lidar com o problema e mergulham em sentimentos como medo, angústia, desmotivação, tristeza, raiva, impotência e desesperança, o que só contribui para a piora do quadro.” Ela acrescenta que “é preciso passar pelo desafio da melhor forma possível e quem vai ajudar nessa caminhada é o profissional da área da saúde mental. Ele faz toda a diferença e chega a ser uma peça chave para mudar a forma de encarar a doença e a própria vulnerabilidade da vida humana.
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CRP 03-19500
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A psicóloga conta que a ideia de estar debilitado de alguma forma, tende a ser muito aversiva e é comum o paciente não saber lidar com essa avalanche de sentimentos e ter dificuldade em aceitar o diagnóstico:
A POSTURA MAIS INDICADA É ACOLHER OS SENTIMENTOS E APRENDER A SE ADAPTAR À NOVA REALIDADE, ADERINDO AO TRATAMENTO PSICOLÓGICO E SE COMPROMETENDO COM A CURA. Segundo a especialista, isso vale para quem faz o tratamento em casa ou para as doenças que exigem internação. Nesses quadros a supervisão do psicólogo também é voltada para o acolhimento da família: “A rede de apoio é fundamental pois reações mais positivas e adaptativas de quem acompanha de perto o paciente, tem o poder de influenciar diretamente o tratamento seja ele curto ou longo, como no caso das doenças crônicas que acompanham o paciente ao longo da vida”, diz Daniela. Essa união entre paciente, família e psicólogo possibilita uma ressignificação do diagnóstico: “O acompanhamento psicológico pode ajudar na remissão dos sintomas e influenciar um estilo de vida mais adequado, que corresponda às necessidades do paciente, mesmo que com limitações”, finaliza a profissional.
“A rede de apoio é fundamental pois reações mais positivas e adaptativas de quem acompanha de perto o paciente tem o poder de influenciar diretamente o tratamento seja ele curto ou longo, como no caso das doenças crônicas que acompanham o paciente ao longo da vida”, diz Daniela.


































