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Aceleradora Cyklo Agritech inicia processo de seleção de startups
@cykloagritech_oficial
ACELERADORA CYKLO AGRITECH INICIA PROCESSO DE SELEÇÃO DE STARTUPS PARA 2022
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O VALOR DO INVESTIMENTO TOTAL É DE R$ 2,5 MILHÕES POR ANO QUE SERÃO DISTRIBUÍDOS PARA 10 AGTECHS
Empreender no Brasil não é tarefa fácil. Mesmo quando existe uma ideia ou solução de negócio promissores. Para uma empresa dar certo, nem sempre a sorte é suficiente. É preciso ter capital, expertise, rede de contatos e muitas oportunidades para fazer o novo negócio decolar.
Para garantir a trajetória saudável desses novos modelos de empresas, mais conhecidos como startups, aceleradoras foram criadas para entregar tudo que é necessário para o sucesso. Uma delas - a primeira e a maior do setor de agronegócios - é a Cyklo Agritech, que abriu o processo seletivo de 2022 para todos aqueles que forneçam soluções para diversos problemas, como aluguel de equipamentos e de fazendas, venda de equipamentos usados, diagnóstico inteligente da terra, combate ao bicudo, avaliação e monitoramento das pulverizações. Há ainda, outros campos de interesse, como logística e movimentação de grãos, drones, crédito rural e finanças. O investimento total de R$ 2,5 milhões para este ano. Quem for selecionado, vai receber infraestrutura, acesso a um programa de mentoria, conexão com centros acadêmicos e testagem de projetos em propriedades rurais da região do MATOPIBA, que é formada pelos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A Cyklo disponibiliza ainda um centro de inovação em Luís Eduardo Magalhães com 722 metros quadrados, onde já foram aceleradas mais de 20 agtechs, como são chamadas as startups desse setor. Recentemente, a aceleradora firmou parceria importante om a Bossanova Investimentos, focada em startups em estágio pré-seed.

A CYKLO AGRITECH
A Cyklo Agritech foi criada em 21 de Setembro de 2019, com a proposta de implantar na região do Matopiba uma escola de empreendedorismo capaz de desenvolver integralmente startups. A empresa funciona como uma aceleradora, uma espécie de atalho para que essas startups sejam financiadas e desenvolvidas de forma rápida, planejada e segura. O aporte financeiro vem da iniciativa privada, através de investidores que dão o capital em troca de participação, mais conhecido como equity.
E em um país em constante crescimento, isso significa muito. Por estas bandas, a pandemia da Covid – 19 não freou o desenvolvimento de novos modelos de negócios, o que colocou o Brasil em 20 º lugar no ranking internacional de Startups.
De acordo com a Associação Brasileira de Startups, de 2015 até 2019, o número de empresas nesse formato saltou de uma média de 4.100 para 12.700, representando um aumento de 207%. Hoje, o país tem 14.065 startups distribuídas em 78 comunidades e 710 cidades brasileiras. No setor do Agronegócio são cerca de 1.800 Startups segundo o RADAR AGTECH.

Foto: Divanildo Silva
REGIÃO DO MATOPIBA
No caso da Região do Matopiba, estas Startups têm como objetivo solucionar problemas encontrados no caminho de quem trilha o agronegócio, como explica o CEO da Cyklo, Pompeo Scola: “A gente investe 250 mil em cada startup. Desse valor, existe uma parcela que é de ajuda de custo mesmo pra essas startups se manterem, porque nem sempre elas são da região, mas são oriundas de outras cidades e estados. As pessoas envolvidas precisam de estadia, alimentação, porque 100% da aceleração é presencial.” Pompeo acrescenta ainda que por serem projetos voltados para o agronegócio é preciso ter um contato forte com o ecossistema local, com as sementeiras, distribuidores, corretores de sementes, produtores rurais, transportadoras. Isso vale para um software, um serviço ou biotecnologia.
Segundo o CEO, “geralmente as startups selecionadas estão num estágio bem inicial, quando ainda são pesquisas acadêmicas ou unidades que funcionam em pequenas estruturas improvisadas, como dentro de casa, por exemplo. Essas empresas, por estarem em formação, não têm ainda faturamento, as vezes não tem nem o produto. Elas têm o principal, que é a ideia.”
ACELERAÇÃO INVESTIMENTO
A Cyklo Agriteh desenvolve a startup através da mesma metodologia aplicada por grandes instituições e órgãos de fomento relacionados ao desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação. São ao todo 3 etapas batizadas de TPM. A primeira - T de tecnologia – é quando a startup chega e a aceleradora verifica se existe algum componente tecnológico na solução do problema proposto. São feitos testes, protocolos e pesquisas para ver se do ponto de vista científico, a ideia é viável.
A segunda - P de produto – busca mostrar na prática, como a ideia funciona, se o plano original é válido ou precisa ser adaptado, o foco desta etapa é estudar a jornada da solução no dia-adia do cliente e validar os processos. Já a terceira e última - M de mercado – determina através de um planejamento estratégico, como a startup vai alcançar o consumidor final, sob a ótica da comunicação e mercadológica. Esse é também o momento de precificar o produto ou serviço. É a parte comercial propriamente dita. Um trabalho, que segundo Pompeo Scola, não é fácil: “É um trabalho árduo pegar essas startups do zero, com apenas um projeto de pesquisa ou pequena equipe, e transformar tudo isso em uma empresa ao longo de 9 meses. Mas têm dado muito certo. Das 20 startups aceleradas até agora, 15 tiveram sucesso e se transformaram em empresas. Então já investimos aí algo como 5 milhões de reais nesses primeiros 2 anos”, conta ele.
O investimento da Cyklo para este ano é apenas uma fatia de um fundo que vai até 2025 e soma quase R$ 10 milhões. Os valores vão beneficiar 40 startups, com 25 cotas de R$ 400 mil. No fundo 1 da Cyklo (que operou 2020/2021), segundo Pompeo Scola “quem investiu uma cota típica de R$ 250 mil poderá resgatar, após a liquidação da participação, algo entre R$ 750 mil e R$ 980 mil, quase 4 vezes mais.” O fundo 2 (que opera de 2022 à 2025) também projeta pagar um múltiplo de quatro vezes o valor investido. Como o fundo 2 vai operar durante quatro anos, o valor da cota é maior que a do fundo 1. Serão 25 cotistas que investirão R$ 400 mil ao longo de quatro anos para desenvolver 40 Startups (10 por ano). Cada um dos 25 cotistas do fundo 2 aplicará R$ 10 mil em cada uma das 40 startups (R$ 250 mil em cada uma delas).
CONHEÇA ALGUNS NOMES RESPONSÁVEIS POR INJETAR CAPITAL NA ACELERAÇÃO DE STARTUPS

@mauricio.quintaes
MAURICIO QUINTAES
Mauricio Quintaes é formado em Direito pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, mas nunca exerceu de fato a profissão. Com a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, resolveu trabalhar numa multinacional de petróleo na qual ficou por 3 anos até sair para uma empresa de Softwares. A paixão por tecnologia veio através do pai, que trabalhava no setor desde a década de 70. Aliás, foi através da influência paterna que Mauricio descobriu também o incrível mundo da aceleração de startups, ramo no qual está há 7 anos.
Ele conta que começou inicialmente como investidor passivo, que é quando investe capital e abre as portas do mercado para as novas empresas e depois mergulhou como investidor ativo, participando de decisões financeiras, comerciais e de estruturação dessas novas instituições. Hoje, faz parte de 13 empresas como conselheiro: “Além de fazer parte do conselho, acabo de certa forma sendo também mentor de algumas delas, tocando operações, por exemplo.” O advogado acrescenta que investir na Cyklo Agritech “é uma oportunidade de explorar setores diferentes, como o do agronegócio, com uma aceleradora mais estruturada, com processos mais conscientes, para que essas ideias saiam do papel e não morram no meio do caminho por falta de oportunidade, capital ou abertura de portas.”
@jother_arcanjo
JOTHER LOPES ARCANJO
Jother Lopes Arcanjo nasceu Minas Gerais e é formado em Administração de empresa com ênfase em Marketing, e MBA em Gestão empresarial. Ele morou em Mato Grosso e Rondônia, antes de chegar de vez em Luís Eduardo Magalhães nos anos 2000, para abrir a primeira unidade da Mimoaço. Oito anos depois, abriu a segunda unidade da empresa na região Oeste da Bahia, no Distrito de Roda Velha. Em seguida foi a vez do distrito de Rosário receber a filial. Hoje, a Mimoaço tem cinco unidades atuando fortemente no comércio de produtos siderúrgicos em ferro e aço. Na Bahia, as filiais fazem parte do Grupo França, com lojas também em Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

Jother conta que resolveu investir em startups voltadas para o agro pelo importante papel da aceleradora na descoberta, apoio e alavancagens de novos empreendimentos no mercado: “É um mercado que está em crescimento e precisando de tecnologia e inovação, principalmente para produzir mais com menos recursos e em menos tempo. A aceleradora tem esse papel de colocar as novas empresas no mercado com seus produtos e serviços voltados para inovação e tecnologia”, diz ele.
O administrador complementa que “é incrível ver os planos chegarem sendo apenas ideias, papeis, projetos ou pensamentos fundamentados e com a aceleração se transformarem em empresas com faturamento, com suporte técnico, estrutural, consultoria e gestão com os melhores mentores do mercado.”

@grupolavroterra
LUIZ HILDEBRANDO
Luiz Hildebrando passou 18 anos trabalhando em grandes multinacionais, tais como Syngenta, Adama e Basf, em diferentes áreas (técnica, comercial e marketing). Ele liderou equipes no Cerrado (região do Matopiba) e atuou ainda nos estados de Mato Grosso e Goiás.
Atualmente, Luiz é o Head Comercial e Marketing do Grupo Lavroterra, empresa que atua há mais de 24 anos no Oeste da Bahia, com atividades voltadas para a distribuição de defensivos, sementes e nutrição. Hoje o Grupo cresceu ainda mais e passou a atuar também com outras três verticais: Lavroterra Insumos, Connecta Agro - Agtech e Triângulo - produção agrícola.
Luiz acredita que o mercado de distribuição passa por uma consolidação e necessita se diferenciar, aprimorar, evoluir, e por isso é importante estar atento para novos modelos de acesso ao mercado, que ofereçam novas linguagens, novas necessidades, otimização de recursos e processo sucessório em toda cadeia do Agronegócio: “Investir em aceleração não significa apenas estar dentro de oportunidades de ganhos financeiros com startups. Nós entendemos que este investimento permitirá trazer para o nosso negócio inovações, diferenciação, novos mercados, novos modelos de acesso e fidelização de clientes e transferência de tecnologia para o nosso grupo”, explica ele.