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Uma mulher de atitude

pioneiro para melhorar as condições de trabalho dos funcionários da empresa como: doenças ocupacionais, maníacos depressivos, readaptação ocupacional, entre outros.

Retornou à Santos e trabalhou no Terceiro Setor, em uma comunidade terapêutica, onde pôde perceber injustiças, distorções no trato com adolescentes dependentes químicos.

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Na cidade do Guarujá/SP, após ser aprovada em concurso público, passou a trabalhar com adolescentes dependentes químicos, acolhendo-os e criando vínculos através do diálogo e da educação de rua, além de oficinas com os jovens. Todo este trabalho resultou no primeiro diagnóstico da Baixada Santista que tratava a questão de meninos em situação de trabalho infantil de rua.

Fez dois cursos de Bacharelado, Serviço Social e Direito, e quatro especializações nas áreas afins. Atualmente é gestora de Políticas Públicas da área da Assistência Social, na Prefeitura de Guarujá, no estado de São Paulo, além de professora universitária.

O negro tem que fazer a sua parte, pode fazer, temos que lutar pelos nossos direitos: sempre ser persistente, demonstrar que somos inteligentes tanto quanto aqueles que têm a cor clara, que isso não nos diminui em nada, que somos seres humanos iguais. Maria José

D

e família humilde, com nove irmãos, de origem nordestina, do interior da Bahia. Sempre passou por dificuldades na sua infância. A família se mudou para São Paulo na intenção de conseguir trabalho e melhorar as condições de vida.

Trabalhou em casa de família como empregada doméstica, em supermercado e escritório de contabilidade. Como a família era muito numerosa, o serviço que aparecia tinha que aceitar. Parou de estudar para poder se dedicar ao trabalho e, consequentemente, poder ajudar na manutenção da família.

No ano de 1988 começou a trabalhar na Companhia Santista de Transporte Coletivo (CSTC) como cobradora de ônibus durante 11 meses. Por ser organizada, simpática e prestativa, foi convidada a fazer um concurso interno. Com a aprovação, passou a trabalhar no escritório como conferente.

Voltou a estudar em 1990 e terminou o Colegial, atual Ensino Médio. Na antiga CSTC, ainda exerceu cargos de confiança como: Supervisora e Coordenadora no setor de Administração. Com a reformulação da CSTC, passou a compor o quadro de funcionários da Companhia Municipal de Transporte (CMT), em Cubatão.

Incentivada pelos amigos, resolveu fazer o curso de Administração de Empresas. Como seu objetivo era ter uma ocupação que tivesse mais autonomia e flexibilidade de horários e de não querer ser subordinada a ninguém, desistiu do curso de Administração de Empresas. Novamente incentivada pelos amigos, prestou vestibular para o curso de Direito, na cidade de Mogi das Cruzes, concluindo o curso no ano de 2003. Em 2006, na cidade de Cubatão, abriu o escritório de advocacia, passando a trabalhar com seu esposo, advogado e seu sócio.