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A inquietação de pesquisadora

Como na Companhia Municipal de Transporte (CMT), autarquia da Prefeitura Municipal de Cubatão, não havia departamento jurídico, pediu transferência para a Secretaria de Assuntos Jurídicos da cidade para que pudesse realizar seu estágio universitário, aplicando na prática, tudo o que aprendeu na faculdade. Passando a conviver com profissionais da área como: advogados, procuradores, entre outros. Retornou à CMT, exercendo a função de Assessora Jurídica da Companhia, e acabou de concluir sua pós-graduação na área de Direito.

O trabalho de pesquisa é um caminho árduo, poucas pessoas se dispõem a fazer trabalho de campo, mas é o trabalho de campo que mais vai te dar a realização no sentido de trabalhar questões reais, com as falas das pessoas. A documentação pesquisada é uma complementaridade, mas a vivência, a história de vida e a memória é o que dá sentido ao trabalho. Maria de Lourdes

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Nasceu na cidade de Lins, no interior de São Paulo. Teve uma infância pobre, com uma família de quatro irmãos. Era uma família muito unida. Concluiu o primário em escola pública, parou de estudar e decidiu trabalhar como empregada doméstica, contra vontade do seu pai. Seu primeiro emprego durou apenas uma semana, não aguentou e voltou a estudar.

Terminou o ginásio e fez o Curso Normal, hoje Ensino Médio, também em escola pública, pois sempre teve um sonho de ser professora. Para pagar o curso de Letras, trabalhou na própria universidade como ajudante de cozinha, na secretaria e na biblioteca, espaço onde pode se apaixonar pelos livros.

No terceiro ano da faculdade começou a dar aula, se formou e resolveu fazer PósGraduação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 1970, mas por exigência da própria Pontifícia, teve que fazer algumas especializações na área, para poder começar a fazer a Pós – Graduação.

Passou em diversos Concursos Públicos. Ministrava aulas para o ensino médio e fundamental. Porém, seu sonho era ser professora Universitária. Passou a dar aula no curso de Letras da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), da cidade de Assis, conseguindo então fazer o Mestrado. Determinada em fazer o melhor, fez PósDoutorado em Nova Iorque, nos Estados Unidos em 1995.

Voltou para o Brasil e trabalhou, durante sete meses, como professora de Pós Graduação na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Alagoas. Lecionou durante 10 anos na Faculdade Dom Domênico e durante um período na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), ambas na cidade do Guarujá/SP. Em 2008 terminou seu Mestrado em Educação. Fundadora do Núcleo de Estudos Indígena e Afro-Brasileiro (NEIAB) da UNAERP. Atualmente coordena o Curso Pré-Vestibular para Negros e Carentes da entidade Educação e Cidadania para Afrodescendentes e Carentes (EDUCAFRO), projeto integrante das atividades do NEIAB.