"Gente em Ação" n.º 76 - dezembro 2017

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Editorial | Notícias Grandes e importantes desafios nos aguardam Prof. Jorge Gouveia Diretor do AEVVR A Escola vive, permanentemente, numa malha de desafios que impõem aos seus profissionais uma sólida preparação técnica, um espírito de missão e tomadas de posição eticamente sustentadas e inatacáveis. O assumido descongelamento das carreiras e a contagem integral do tempo de serviço, pela qual se aguarda a necessária confirmação, constituem justas reivindicações que, não tenhamos dúvidas, acabarão por se concretizar mas que uma vez mais colocarão a classe docente debaixo do olhar de comentaristas e “opinadores” que se servirão destas decisões da mais elementar justiça, para apontar aqueles que consideram ser os “defeitos” da classe docente, arrastando a todos os profissionais da educação para um caminho de maledicência que nunca se cansam de trilhar. Porém, e parafraseando as palavras o papa Francisco ao afirmar que “bisbilhotar” e “falar mal dos outros” é como fazer “terrorismo”, compete-nos enquanto docentes unir esforços, refletir sobre as nossas práticas e trabalhar, seria e empenhadamente, na construção de uma escola que desejamos de qualidade, reforçando um trabalho cada vez mais colaborativo e garan-

tir nas escolas um ambiente propiciador de boas práticas e eficaz aprendizagem. A verdade é que o sucesso da escola e da qualidade do trabalho docente resulta, especialmente, da confiança que transmitimos aos alunos e às famílias e do qual resultará o aumento do grau de satisfação alcançado com a nossa profissão, satisfação essa que é talvez o mais importante fator de sucesso para os nossos alunos. Perda de competências na leitura nos alunos do 4º ano De acordo com os recentemente divulgados resultados dos testes PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study), o nosso país baixou para o 30.º lugar entre 50 países, tendo os alunos portugueses do 4.º ano piorado as suas competências de leitura. Longe das polémicas, omnipresentes nos caminhos da politiquice barata, a leitura e a compreensão a ela associada constituem a ferramenta transversal ao conhecimento nas várias áreas do saber e, por isso, este aspeto fulcral do processo educativo tem que merecer da parte da Escola e da família uma atenção especial nas suas prioridades educativas. Da Escola, seguramente, mas

nunca esquecendo que o gosto pela leitura começa em casa e logo no berço. Os pais devem começar por ler histórias às crianças, partilhar com elas algumas leituras. À escola compete e está-lhe atribuída a obrigação de promover o gosto pela leitura, estimulando os leitores, ajudando os pais a trabalhar esta componente com os filhos. Formar leitores requer um trabalho paciente, perseverante, desafiador. O grande desafio da escola é convencer da importância da leitura, considerando que por falta de hábitos da leitura, cada vez mais, os alunos apresentam sérios problemas na organização do pensamento, na elaboração das suas ideias. Formar leitores é formar seres críticos e conscientes do seu papel social e do seu lugar no mundo. Esta será no nosso entender o maior dos desafios da educação para a cidadania. Neste Natal ofereça um livro a uma criança. Da nossa parte queremos agradecer a todas a entidades e indivíduos que contribuem para nos ajudar a fazer melhor na nossa profissão e desejar a todos um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!

Visita de estudo à Foz do Enxarrique Alunos do 5.º A No dia 8 de novembro de 2017, pelas catorze horas, a turma do 5ºA, foi com a nossa Diretora de Turma, Prof. Luísa Filipe, a Prof. Anabela Santos e a Prof. Anabela Afonso, fazer uma visita de estudo à estação arqueológica da Foz do Enxarrique. Quando chegámos, a nossa Diretora de Turma fez-nos perguntas sobre o tema que abordámos há pouco tempo em História e Geografia de Portugal: os povos Recoletores que foram os primeiros a habitar a Península Ibérica. Respondemos às perguntas que eram feitas e fomos ver um painel onde surgem homens primitivos a desenvolver as suas atividades – a caça, a pesca, a recoleção de frutos silvestres e plantas comestíveis. Outro painel bastante interessante foi ver ilustrado num gráfico a quan-

tidade e variedade de animais que eles caçavam como, por exemplo, os veados em maior quantidade, os auroques, os cavalos, os coelhos e outros roedores. E em menos quantidade, apareciam os peixes. Vimos também imagens de como

neste acampamento ao ar livre, à beira do Tejo, estes homens fabricavam os seus primeiros utensílios que eram feitos de pedra talhada à mão – os bifaces, raspadores, pontas de seta - assim como os seus primeiros abrigos, cabanas feitas

E-mail: jornalescolar@aevvr.pt

de troncos de árvore, ramos e peles dos animais. Este sítio arqueológico é um dos mais importantes da Península Ibérica, pois guarda restos de fauna daqueles tempos antigos e em particular de um animal que entrou em extinção, o elefante europeu, que comprovadamente habitou esta zona. Por último, vimos uma reconstituição da época com imagens de uma paisagem das Portas de Ródão muito antigas, com os animais que existiam nesse tempo e os homens primitivos. Gostámos imenso de conhecer mais sobre o património da nossa terra e saber que temos em Vila Velha de Ródão vestígios importantes dos primeiros povos da Península – os Povos Recoletores.

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