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Portucale Ventures avança para a compra de ativos imobiliários em Espanha A Portucale Ventures-Imobiliária, holding de investimentos em ativos imobiliários, está a intensificar a sua aposta no mercado espanhol, onde este ano já adquiriu quatro imóveis, concentrando-se para já na comunidade autónoma da Andaluzia. Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
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Portucale Ventures, empresa de investimentos imobiliários liderada pela família Barreira e pela família Lopes, firmou, este ano, quatro contratos de aquisição de imóveis em Espanha, e tem já acordo para duas novas aquisições, projetando, assim, continuar a investir neste mercado. Segundo Ricardo Lopes (na foto), o administrador da Portucale Ventures, a empresa tem vindo a adquirir alguns imóveis, especialmente na comunidade autónoma da Andaluzia, como estratégia complementar da expansão geográfica de uma das suas participadas, a Empirepuzzle Investment Club, da qual é também presidente e CEO. A Empirepuzzle, uma startup que conta com três anos de existência no mercado português, detém um modelo de investimento diferenciado, onde congrega um clube privado de inves16 act ualidad€
novembro de 2021
tidores (mais de 300 membros), com entrada só por convite, e uma plataforma digital, onde disponibiliza e partilha os investimentos imobiliários. Assim, após a compra de cada ativo em Espanha– que “é sempre efetuada com recurso a capitais próprios”–, a Portucale Ventures coloca uma parte dos mesmos na plataforma da Empirepuzzle, possibilitando a partilha do investimento com os membros do clube que queiram investir– estes são, genericamente, investidores particulares, não institucionais. “Na nossa ótica, o investimento (em ativos imobiliários) irá cada vez mais ser suportado na partilha e estará muito assente na digitalização de processos”, refere Ricardo Lopes. “A nova realidade passa por criar modelos de partilha segmentados, do ponto de vista financeiro, e dando voz ativa aos participantes na escolha direta do investimento”, conclui.
Neste âmbito, o especialista antecipa que este tipo de investimentos se irão fazer mais “projeto a projeto e menos por cabazes de produtos”, estando o “investidor mais consciente e alerta”. Este exigirá, por isso, “transparência da performance e rentabilidade de cada projeto per si”, e não tanto partilhando resultados de um conjunto de ativos, onde “os prejuízos de uns podem ser escondidos pelos benefícios obtidos por outros” ativos. O próximo passo da Portucale Ventures será a constituição e abertura de casas do clube Empirepuzzle nas regiões de Espanha, “tendo já iniciado contactos com parceiros locais para a Andaluzia e comunidade de Valência”, permitindo o crescimento do número de membros do clube, projetos a partilhar e uma gestão localizada, refere o mesmo responsável. “Rentabilidades médias anuais em torno de 12%”
Os projetos adquiridos e partilhados ficam em carteira entre 12 e 24 meses, até à sua alienação, gerando “rentabilidades médias anuais em torno dos 12%”, sublinha Ricardo Lopes. A Portucale Ventures, criada em 2007, tem vindo a investir sobretudo em ativos imobiliários, estando, todavia, também desperta para investir em empresas de base tecnológica (como foi o caso da Empirepuzzle), e tendo ainda outras participações em empresas complemen-