Financeiro 47 - Agosto 2007

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Divulgação

Qualidade no desenvolvimento de software

Qualidade e produtividade! Cada dia mais, o equilíbrio perfeito desses dois relevantes aspectos tem sido almejado por organizações dos mais diversos segmentos de negócio, devido às arrojadas exigências do mercado. Por um lado, clientes que apresentam expectativas cada vez mais sofisticadas, demandando produtos de alto valor agregado a custos baixos e com entrega em prazos curtos. Por outro lado, fornecedores que buscam estratégias milagrosas para garantir um lugar de destaque nesse mercado altamente competitivo. Muito se ouve e se lê sobre qualidade. Fornecedores querem garantir qualidade de processo, qualidade de serviços. Consumidores, por sua vez, exigem qualidade nos produtos adquiridos. É fato que “qualidade” é um dos conceitos mais comentados no setor produtivo. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que define normas brasileiras sobre o assunto, qualidade pode ser entendida como a totalidade das características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer às necessidades explícitas e implícitas. Em linguagem simples e direta, a qualidade de um produto está diretamente ligada ao grau de atendimento aos

TERESA MARIA DE MEDEIROS MACIEL, ASSESSORA EXECUTIVA DE QUALIDADE NO CESAR E NA PITANG S/A

Os meios de obter altos graus de qualidade em seus produtos têm representado uma fonte de estresse dos produtores seus requisitos. Se o entendimento do termo “qualidade” pode ser facilmente assimilado, os meios de se obter altos graus de qualidade em seus produtos, no entanto, têm representado uma fonte de estresse dos produtores. Um ponto fundamental no cenário atual das empresas de tecnologia da informação é que, para se vencer no mercado, a presença da qualidade no produto não é o bastante. A velocidade da entrega, o custo operacional e o atendimento a prazos são fatores extremamente críticos para qualquer fornecedor. Particularmente, no setor de software, esse cenário tem demandado nas organizações um forte e crescente interesse em tecnologias, modelos, metodologias e outras abordagens propostas, no intuito de obterem retornos de investimentos muitas vezes milagrosos. Qualidade no processo garante a qualidade no

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produto? Apesar do crescente investimento em documentação e melhoria de processos, esta não é uma pergunta trivial. A resposta talvez esteja no fato de que muitas são as variáveis que interferem na qualidade do produto, incluindo as expectativas de prazo e custo que se relacionam a este. Um processo adequado deve promover a qualidade, no sentido de prevenir alguns problemas que possam surgir, mas representa apenas uma das variáveis ao lado de outros fortes parceiros, como a infra-estrutura tecnológica e, especialmente, a qualificação do capital humano envolvido. Nesse contexto, atividades relacionadas à garantia da qualidade ou ao controle da qualidade, como muitos autores categorizam, podem e devem ser adotadas conjuntamente. O contexto da garantia da qualidade está relacionado, em geral, a atividades de prevenção de problemas e defeitos, incluindo a definição de processos, padrões, treinamento e outras estratégias para reduzir riscos ao longo do desenvolvimento do produto. As atividades de controle da qualidade, por outro lado, preocupam-se em detectar defeitos ou falhas em produtos antes de estes serem entregues ao cliente final, incluindo atividades de teste, inspeção e outras verifica-

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