Financeiro
ano 2 nº 21 fev/2005
ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Negócios via Internet Com assinatura virtual, documentos on-line ganham certificação digital e segurança
Entrevista
Crédito
A política econômica na visão de Paulo Skaf, presidente da Fiesp
Perspectivas do crescimento das operações para 2005
editorial
Que País é Esse Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento Rua Libero Badaró, 425 - 28º andar São Paulo - SP Tel: (11) 3107-7177 Fax: (11) 3106-6082 Funcionamento: de segunda à sexta-feira das 8:30 às 18 horas www.acrefi.org.br DIRETORIA Presidente Érico Sodré Quirino Ferreira Vice-Presidentes Fernando Guerreiro de Lemos, Gilberto Caldart, José Arthur Lemos de Assunção, Marco Ambrógio Crespi Bonomi, Paulo Eduardo D’Ávila Isola, Paulo Henrique Pentagna Guimarães,Ricardo Malcon, Ronaldo Amaral de Carvalho Pinto, Tiago Canguçu de Almeida Secretário José Dante Zanaga Neto Tesoureiros Jorge Kimura e Sérgio Marra Pereira Capella Diretores Adalberto Savioli, Daniel Capelo Pinheiro, Enílson Espínola de Souza, Genival Francisco Silva, Jerônimo Varalla Neto, Ricardo Annes Guimarães, Rubens Bution, Sérgio Antônio Cipovicci Diretores Conselheiros Aristeu Zanuncio, Edson Monteiro, Eduardo Garcia Ruiz, Guilherme Almeida de Oliveira, Hélio Lima Magalhães, Ivan Svitek, José Américo Machado, Leonel Dias de Andrade Neto, Paulo Sérgio Monteiro Castro Aguiar, Rubens Sardenberg Diretores Regionais Carlos Alberto Samogim, Félix Archanjo Bordin, Leonardo Marcondes Dadalto, Sérgio Faria Lemos da Fonseca Júnior, Aquiles Leonardo Diniz, Evanir Coutinho Ussier, Odílio Figueiredo Neto, Renato Malcon Presidente Honorário João Uchôa Borges Diretor Superintendente Antônio Augusto de Almeida Leite (Pancho)
Financeiro Publicação mensal da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. Jornalista Responsável: Eliana Nigro MTB 15.005 Coordenação Editorial: Tamer Comunicação Empresarial Projeto Gráfico, Editoração e Produção Gráfica: EDF (www.edf.com.br) Pré-impressão e Impressão: Graphbox Tiragem: 5.000 exemplares
Todos os meses paramos para ver o espetáculo da reunião do Comitê de Política Monetária - Copom. Trata-se de um fenômeno interessante. Os dias que antecedem esse encontro são dias de angústia e os que se seguem, de profunda análise. Nos períodos pré e pós Copom, não me canso de atender jornalistas ávidos, à procura das lideranças setoriais em busca de uma palavra, de um alento ou de um esclarecimento sobre o por quê da decisão do Comitê. A verdade é que paramos todos na expectativa das altas e baixas percentuais, como se isso decidisse efetivamente nosso futuro ou o do país. E nesse suspense, esperamos antes de tomar qualquer decisão empresarial. Anunciada a taxa básica, inicia-se a vigília paranóica, na espera da ata oficial: o que se esconde atrás das declarações oficiais. E mal nos recuperamos dessas emoções, outra reunião do Copom é marcada e tudo recomeça. Mas será que não estamos dando importância demais para esta questão? Nesse início de ano, estive viajando pelo interior de São Paulo e do Paraná e para minha surpresa, por lá, ninguém dá a menor importância para o Copom. Durante a viagem que fiz de carro, vi plantações de cana, de soja, gente produzindo e investindo. Para tirar minhas dúvidas, comprei os jornais das cidades pelas quais passei, logo após a elevação da taxa de juros. E, surpresa: nenhum jornal deu destaque a este assunto. Estranho? Não, nem tanto. Quem sabe no mundo real da economia, ou ao menos no do agronegócio, ninguém está preocupado com a alta ou baixa da taxa de juros. Eles estão sim, de olho no preço de seus produtos. Estão focados na produção, nas novas técnicas de plantio, na redução dos custos de escoamento da safra etc... Admiro estes homens do agronegócio que, indepen-
Nesta edição 4 Tecnologia da Informação Certificação de RG virtual em expansão
6 Entrevista
Paulo Skaf, presidente da FIESP
As opiniões emitidas nos artigos assinados não refletem necessariamente as posições da ACREFI e são de exclusiva responsabilidade dos autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo da publicação depende de autorização por escrito.
dentes do paternalismo governamental, encontraram caminhos para financiar a produção. Este é um exemplo do Brasil real onde não se discute juros, mas sim produtividade. Falemos então do Brasil real. Apesar dos pessimistas, estamos muito melhor do que estivemos no passado. O setor de bens e capital, as carteiras de crédito, as exportações e os empréstimos junto ao BNDES, sobretudo na área de infraestrutura, estão aumentando e tiveram um desempenho ímpar. Isso não quer dizer que o Brasil não tenha desafios pela frente. A economia americana dá sinais de fraqueza, no fronte interno a questão fiscal permanece um problema a ser resolvido, o país carece de reformas microeconômicas para dar mais sustentação ao processo de crescimento. Sem falar no peso da dívida pública e a baixa capacidade de gerar poupança do setor privado. O país caminha em rota de crescimento, mas não devemos fazê-lo de forma desordenada e irresponsável. O alerta é esse: não podemos ficar presos às decisões do Copom ou às análises negativas dos economistas. Temos que ousar e não ter medo de progredir. Deixem o Copom de lado e vamos trabalhar discutindo questões importantes como o desenvolvimento de mecanismos de geração de poupança, a atração de bens de capitais, os marcos regulatórios, as reformas estruturais que visem o corte de gastos. Enfim, vamos acreditar num Brasil real
9 Legislação 10 Sistema Financeiro
Menor crescimento do crédito em 2005
13 Análise Setorial
Prof. Dr. Alberto Borges Matias, diretor da ABM Consulting
14 Artigo
Márcio Cruz, diretor-presidente da CreditOne S.A.
16 Banco de Dados
certificação digital
Expansão de RG virtual garante segurança a transações via internet
Com assinatura digital, certificada pela Serasa, e-mails, documentos fiscais, controle de câmbio e apólices de seguros ganham autenticidade e total privacidade
Em palestra na Acrefi, Luiz Ricardo Alves, diretor de Mercados e Relações Institucionais da Serasa, apresentou os benefícios da certifi cação digital
Sua velha carteira de identidade tem a sua assinatura, aquela que as lojas conferem quando você emite um cheque ou usa um cartão de crédito e débito. Mas, se você vai vender o seu apartamento, sua assinatura não pode apenas ser conferida, assim, num piscar de olhos. Você vai ter que enviar a escritura a um cartório para reconhecer firma, selá-la e um profissional habilitado vai cer-
tificar o comprador que aquela assinatura ali é sua mesmo, correta, legal, o que fará o negócio ter validade jurídica. Ou seja, você, como a maioria dos brasileiros, tem um RG, que é uma identidade pública. E também tem uma assinatura, um jeito que é só seu de fazê-la, que ninguém pode imitar. É o modo que você escreve, o tamanho e inclinação da sua letra, o peso que imprime no papel e tantas outras variáveis só suas, quase uma impressão digital, aquela pessoal, intransferível, única, que não se pode falsificar. Pois é, no mundo atual, tecnológico e cada vez mais informatizado, os calhamaços de papéis, selos, carimbos e assinaturas com firma reconhecida estão com os dias contados, mas o princípio de ter um RG e uma assinatura só sua continua o mesmo, só que, agora, virtual,
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rápido, prático e seguro. Em vez de assinar um papel ou passar o polegar na tinta e imprimir sua digital num documento, você e sua empresa precisaram apenas de uma certifi cação digital, uma identidade virtual. A Serasa, autoridade certificadora e registradora, é quem “emite” sua carteira de identidade virtual. Ela tem um RG, ou seja, uma chave pública, que é divulgada pela internet. E tem também um código que é só seu e que é a única ferramenta capaz de habilitar esse RG. Para isso, você solicita sua assinatura digital no endereço eletrônico www.serasa.com.br. Depois, reúne seus documentos ou os de sua empresa e vai a uma agência da Serasa e grava sua chave pública e sua chave privada. Isso lhe dará direito a um cartão eletrônico, com a sua certificação digital. E você poderá usá-la para assinar seus e-mails, documentos de toda sorte, inclusive fisFINANCEIRO
cais, contratos de câmbio, apólices de seguros etc. Tudo isso com total privacidade das informações que eles contêm, integridade absoluta, autenticidade e não-repúdio, ou seja, a assinatura digital que ali está não tem como ser negada, nem mesmo diante da lei. Segurança garantida Digamos que você receba um contrato de prestação de serviços de um fornecedor. Ele vem pela internet. Você lê, aceita os termos ali dispostos e inclui sua chave pública e sua chave privada, ou seja, sua assinatura digital. Pronto. Depois, basta enviar de volta e está tudo sacramentado diante da lei (Medida Provisória 2.200, de 24/08/2001). Mesmo que algum hacker ou terceiro de má-fé tente renomear o arquivo que você assinou, colar noutra página do Word ou usar artifícios, nada será efetivamente incluído no documento – só o que você assinou, com dia, mês e hora da assinatura. Se sua certifi cação estiver vencida (vale por um ano), aparecerá para o seu fornecedor em vermelho, indicando que não está válida. Se estiver dentro do prazo, aparecerá em verde. Isso signifi ca que, quando você usou sua certifi cação digital, ela foi checada on line e automaticamente pela Serasa. Essa, garante que você é você mesmo e que aquela é a sua assinatura fi el. Cartórios e bancos Hoje, inclusive, os próprios cartórios já trabalham com a certifi cação digital da Serasa, bem como as instituições financeiras ao se comunicar com o Banco Central. Os juízes do Tribunal de Justiça de São Paulo, o site da Receita Federal, a área de contratos de câmbio do Citibank e outros bancos, todos já aderiram ao processo. Somam-se a eles outros exemplos, como os dos tribunais regionais do Trabalho de Porto Alegre e de Cuiabá, o pessoal que emite cartas de fiança bancária do Banco Potencial de Minas Gerais, as factorings que emitem aditivos de contratos por via eletrônica, a ACREFI
Para solicitar assinatura digital, basta acessar o site www.serasa.com.br
Evento “Certificação Digital” reuniu 50 profissionais na Acrefi
área de emissão de apólices da Indiana Seguros, prontuários médicos de grandes hospitais, o Ministério Público e a Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro, a Anvisa, Furnas, a Aneel e o Instituto de Resseguros do Brasil, entre outros. Dados confidenciais A certificação digital pode ser usada, também, para assinar imagens e proteger dados confidenciais – é por isso mesmo que muitos bancos nacionais passarão a exigir ainda neste semestre a certificação digital nas transações de seus clientes corporate. Além disso, com ela se reduzem custos e fluxos de papeis, diminuem-se prazos de emissão e rece-
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bimento de aditamentos contratuais (apenas um dia para as factorings, por exemplo) e aumenta-se a segurança no acesso de redes. Há ainda a vantagem de proteger e identificar sites, validar contratos de câmbio e apólices de seguros e permitir o acesso ao Receita 222 (informações fiscais sobre sua empresa). A expansão já é tão grande, que o Fisco está criando a procuração eletrônica com certificação digital (Essas informações são fruto da palestra “Certificação Digital”, realizada pela Acrefi em 27 de janeiro de 2005 e ministrada por Luiz Ricardo Alves, diretor de Mercados e Relações Institucionais da Serasa, com presença de 50 representantes de instituições de crédito, financiamento e investimento de todo o país.)
entrevista
Presente e futuro da política econômica, segundo Skaf Em entrevista exclusiva, Paulo Skaf, presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, avalia a economia brasileira. Entre os temas, o empresário fala sobre Mercosul, exportação, câmbio, crédito ao consumidor, investimentos externos, parcerias comerciais e política de juros.
As negociações no âmbito do Mercosul passaram por um período difícil no último ano, mas nos parece que as maiores dificuldades não estão nas negociações, e sim na implementação daquilo que já foi negociado. Incluem-se nisto os dispositivos e objetivos previstos nos tratados do Bloco. Vale lembrar, também, que as trocas intrabloco voltaram a crescer no último ano e que as empresas brasileiras passaram a ocupar uma fatia considerável do mercado argentino. Assim, ao mesmo tempo em que temos números importantes nas trocas comerciais, precisamos tratar de equacionar as diferenças com nossos parceiros. Em termos de blocos econômicos, qual seria o melhor posicionamento estratégico para o País?
Somos favoráveis à maior efetivação das regras e acordos já negociados do Mercosul, para que tenhamos um bloco econômico. Dentro desta perspectiva, acreditamos que a integração regional do Mercosul e de seus países associados seja a melhor forma de inserção no sistema internacional de comércio, ou seja, é fundamental nos fortalecermos regionalmente para nos inserirmos no ambiente competitivo mundial. Seguindo esta lógica, somos favoráveis ao aumento do comércio com
países em desenvolvimento, mas não podemos esquecer dos nossos maiores parceiros comerciais, que são os Estados Unidos, Europa e Japão. Com estes, devemos buscar uma aproximação privilegiada, em razão do volume de trocas comerciais. Luciano Zafalon
Como o senhor avalia o andamento das negociações em relação ao Mercosul? Existe saída? Qual?
Como o Brasil pode se tornar mais competitivo no comércio exterior tendo em vista a pequena participação de 1% do total movimentado no mundo? Quais os principais problemas, gargalos e soluções?
“Não podemos esquecer dos nossos maiores parceiros comerciais: Estados Unidos, Europa e Japão”
Parece-nos que a questão dos gargalos logísticos e de infra-estrutura como um todo seja um tema que deva ser levado muito a sério pelos empresários brasileiros. Recentemente, a imprensa publicou matéria em que se divulgou que o País perde R$ 1,2 bilhão em razão dos atrasos para embarque nos portos brasileiros. Ora, sabemos que estes atrasos devem-se a problemas relacionados à burocracia, à infraestrutura e à necessidade de modernização dos portos. Já estabelecemos contatos com as autoridades competentes para buscar formas conjuntas de solucionar estes problemas. Também devem ser considerados os problemas enfrentados pelos exportadores quanto ao valor e à volatilidade do câmbio. O dólar, no nível atual, em torno de R$ 2,70, é muito desestimulante para a exportação. Temos notícias de empresas que estão pagando para honrar compromissos de exportação assumi-
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ACREFI
seus mercados compradores e estabelecido relacionamento comercial mais próximo com novos parceiros, como a África do Sul, a Índia, a China e o Oriente Médio. O resultado deste empenho é um incremento nas trocas comerciais, que se reflete diretamente na balança comercial brasileira. Acreditamos que este seja um caminho acertado, mas, como dissemos anteriormente, não devemos esquecer de nossos mercados tradicionais, como Estados Unidos, Europa e Japão. Nosso país vem aumentando as exportações mais rapidamente do que o crescimento do comércio. Somente nos últimos dois anos, crescemos 60%. O Brasil detinha 0,86% do mercado em 1999. Em 2004, 1,11%. Este é um feito significativo, mas precisamos crescer ainda mais. Para termos uma economia forte, necessitamos exportar muito. Para isto, é necessária uma política forte de abertura e manutenção de mercados e uma taxa de câmbio que estimule as vendas no mercado externo. Como o senhor percebe a importância do crédito ao consumidor no processo de retomada do crescimento?
O crédito é o combustível da economia em geral e do empresário em particular. É imprescindível ao setor de bens de consumo duráveis, como o dos eletroeletrônicos e dos automóveis. O Brasil tem um péssimo indicador “Crédito /PIB”. É algo em torno de 27%, quando já foi de 80% nos anos 70. O Chile tem 70%. Temos, também, o maior spread do mundo, equivalente a quase 40% nas operações prefixadas. Fizemos um estudo na Fiesp demonstrando que o setor privado (empresas e famílias) gasta R$ 118 bilhões por ano em juros, dos quais R$ 73 bilhões referem-se a spread bancário. Se o spread brasileiro fosse igual ao valor médio dos latinoamericanos (Chile, Argentina, México, Colômbia e Venezuela), gastaríamos apenas 16 bilhões com este item. Isto significaria economia de R$ 57 bilhões, o equivalente a 3,5% do PIB. Ou seja, o excesso de spread bancário retira 3,5% do PIB do consumo e investimento das famílias e empresas. Isto poderia estar gerando mais bem-estar social, mais consumo e mais investimento.
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“Já sugerimos ao governo a possibilidade de dilatar o prazo de fechamento do câmbio”
Em 2004, houve crescimento do crédito, durante o período do ano em que o Banco Central sinalizou a redução da Selic. Porém, em setembro, tudo foi logo estancado com novos aumentos dos juros e os bancos voltaram a segurar o crédito. Luciano Zafalon
dos com o dólar acima de R$ 3,00, como as do pólo calçadista de Franca. Se a taxa de câmbio permanecer neste patamar, muitos deixarão de exportar por falta de rentabilidade. Acreditamos que o nível razoável de câmbio seja entre R$ 3,00 e R$ 3,10 por dólar, taxa que permite a exportação com rentabilidade. Entretanto, a evolução da questão cambial dependerá de vários fatores ainda não claros: taxa de juros nos EUA, taxa de juros no Brasil e aquecimento da demanda global, dentre outros. Já sugerimos ao governo a possibilidade de dilatar o prazo de fechamento do câmbio, atualmente de 20 dias, depois que o banco recebe as divisas para convertê-las em reais. Esta é uma regulamentação da época de escassez de dólares, que não faz mais sentido. A empresa que não precisa dos recursos imediatamente não pode retê-los em dólares e esperar para convertê-los quando a cotação estiver mais alta. É preciso rever esta regulamentação e permitir às empresas vender os dólares quando for mais conveniente para elas. Além do nível do dólar, outro aspecto importante é a variabilidade. A Fiesp fez estudo comparativo entre moedas de vários países e vimos que o real é a que mais varia em relação ao dólar americano. A maior diferença entre o valor máximo e mínimo das moedas ao longo do ano é de 11%. No caso do real, é de 22%. Ou seja, nossa moeda flutua o dobro das dos outros países que também usam o câmbio flexível. Isto é péssimo para exportadores e importadores e igualmente ruim para todos os empresários, pois, com a globalização, sempre existem máquinas e insumos importados, concorrentes estrangeiros e outros fatores. Assim, a decisão de investir, mesmo para atender ao mercado interno, depende de uma projeção da taxa de câmbio. Quanto mais variável esta for, mais incerto será o retorno do investimento. Esta incerteza acaba inibindo o investimento. O governo precisa cuidar para que o câmbio seja mais estável, de forma a não prejudicar tanto os investimentos e o comércio exterior. Por outro lado, o Brasil tem feito importante esforço de diversificação de
O senhor crê que o país pode atrair investimentos externos para o setor de infra-estrutura, sendo capaz de eliminar as restrições que se colocam nos diversos segmentos da economia? Como fazer isto sem uma defi nição clara dos marcos regulatórios?
O Brasil vem atraindo investimentos externos em vários setores. Durante os anos 90, registraram-se valores crescentes de entradas de investimentos diretos estrangeiros. Tivemos o auge em 2000, quando ingressaram no País US$ 30 bilhões. Com o fim das privatizações, esses valores caíram muito, mas voltando a existir oportunidades, acreditamos na retomada do crescimento com a entrada de investimentos estrangeiros. A recente aprovação das PPPs é um importante regulamento para a atração de mais investimentos. Acredito que teremos novos parceiros estrangeiros. As empresas têm procurado se financiar através do mercado de capitais atraindo novos investidores para este mercado. O senhor avalia ser esta uma tendência? As empresas brasileiras estão preparadas para esta nova fase da economia?
Após vários anos em que empresas fechavam o capital, tivemos em 2004 a abertura de companhias importantes. O mercado de capitais é interessante, pois significa a divisão dos riscos e ganhos. No entanto, também é mais complexo e exigente.
entrevista Os lançamentos de ações em 2004 mostram que temos boas empresas, que souberam crescer e se preparar para a abertura de capital. Por outro lado, o mercado de capitais pode ser a solução para empresas maiores, mas para as médias e pequenas o instrumento adequado ainda é o bom e velho crédito. E, neste ponto, como vimos anteriormente, estamos muito mal. A China tem sido colocada como a principal futura parceira comercial do Brasil. A relação por enquanto, no nosso entender, está totalmente desequilibrada, pois enquanto exportamos basicamente commodities, estamos comprando produtos com alto valor agregado. A China poderá ser, de fato, nossa principal parceira ou será melhor focar na economia dos EUA? Há alternativas?
O governo brasileiro errou ao reconhecer a China como economia de mercado, pois ela não é. Ainda tem muita intervenção do governo chinês na economia, de forma que os preços não são determinados pelo mercado. Com o reconhecimento oficial, fica mais difícil a defesa comercial nos processos de dumping. Antes, bastava comparar o preço praticado pela China com outros produtores no mercado mundial. Agora, com o reconhecimento da China como economia de mercado, temos de comparar os preços que pratica com o existente em seu mercado doméstico, que, como já dissemos, tem muita intervenção. Trabalharemos para proteger a produção nacional. A argentina, que também reconheceu a China como economia de mercado, imediatamente regulamentou a salvaguarda específica para produtos chineses. Precisamos fazer o mesmo. Quanto ao fato de a China ser parceiro preferencial, temos de lembrar que o mercado não é só o número de pessoas. É preciso verificar também a renda. Deste ponto de vista, os EUA são o maior mercado do mundo. A Europa também é importante. Qual o novo papel da FIESP? O que muda na sua gestão?
Mais do que nunca, a Fiesp está trabalhando pelo fortalecimento da indústria, pelo crescimento sustentado da economia brasileira, pela remoção
dos empecilhos à produção e pela geração de empregos e renda. Nesse sentido, uma das questões sobre as quais estamos nos debruçando com muito empenho é a relativa aos impostos. A despeito do que alega o governo, o fato é que a carga tributária no País vem crescendo e onerando as empresas. O presidente Lula e o ministro Palocci têm o compromisso de não aumentar a carga tributário. Sabemos que a arrecadação aumentou bem mais do que o PIB em 2004. Estamos esperando o fechamento detalhado dos números para discutir o tema com o governo e sugerir quais serão os cortes de impostos, para que esses recursos voltem a ser destinados ao setor privado, à produção e ao crescimento da economia. A verdadeira saída para a questão tributária é a reforma fiscal. De janeiro a novembro de 2004, a arrecadação federal cresceu 9,9% e os gastos do governo aumentaram 11,7%. Ou seja, as despesas aumentaram mais do que a receita. Precisamos definir o tamanho do Estado e o que queremos que ele faça, para sabermos quanto ele custará e como financiar estes gastos. Temos o Conselho Superior de Economia (COSEC), do Instituto Roberto Simonsen, organismo de estudos avançados do Sistema Fiesp. Este Conselho é presidido pelo deputado Delfim Netto, que designou Everaldo Maciel, ex-secretário da Receita Federal, como coordenador do projeto de Reforma Fiscal que apresentaremos ao governo. No final de 2004, recebemos a visita do ministro do comércio da Finlândia, que, nos anos 90, foi o artífice do ajuste fiscal de seu país. Ele nos contou que reduziu os gastos em 8% do PIB. Isto acarretou queda dos juros, aumento do investimento privado e crescimento econômico. Precisamos fazer o nosso ajuste fiscal. Na sua avaliação, como foi o desempenho dos dois primeiros anos do Governo Lula? Quais os principais acerto e erros? O que esperar para os próximos dois anos?
Tivemos um primeiro ano de aprendizado, de superação do ceti-
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“A verdadeira saída para a questão tributária é a reforma fiscal”
cismo que permeava o governo do PT e do desafio representado pelo baixo crescimento (0,5%). O segundo ano, 2004, foi de desempenho bastante positivo: o crescimento do PIB deve passar dos 5%, o maior desde 1994. O PIB da indústria deverá crescer mais de 6%. A produção física do setor aumentou 8%. Não se pode negar este sucesso, mas também podemos lembrar que China, Rússia, Argentina, Malásia, Índia e Tailândia cresceram mais. Quais as razões deste desempenho da economia brasileira? Crescimento da economia mundial (4,8%, ante 2,6% de 2003); câmbio estimulante à exportação no fi nal de 2003 e início de 2004 (período em que foram fechadas as exportações que estamos embarcando agora); taxa de juros decrescentes (de janeiro a setembro). Estes fatores todos não estarão presentes em 2005, de forma que não podemos esperar desempenho similar. Se o governo persistir com esta política de juros altos, aumento dos gastos públicos e câmbio valorizado, não iremos muito longe nos próximos anos. Podemos ter dois anos de baixo crescimento e pequena taxa de geração de empregos. É preciso coragem para inovar na política econômica e cortar mais gastos para reduzir os juros. Com juros mais baixos, o câmbio tenderá a desvalorizar, estimulando a exportação. Além disso, teremos um aumento do investimento privado, o que acarretará crescimento econômico e geração de mais empregos. Tudo o que o País tanto precisa FINANCEIRO
legislação
Relevante decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e as ações revisionais de contratos bancários POR CÁSSIO M. C. PENTEADO JR., COORDENADOR DA COMISSÃO JURÍDICA DA ACREFI Destacamos recente e importantíssima decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, tomada pela 11ª Câmara Cível, sendo relator, o Desembargador Bayard Barcellos (AC 70009483603), referindo-se às ações revisionais de contratos bancários. Nesse sentido, o julgamento que dá pela improcedência de Recurso de Apelação de financiado, considera inviável a limitação dos encargos contratuais e a não incidência da comissão de permanência, alegadas pelo recorrente, reconhecendo que essas questões já se acham decididas, e inclusive sumuladas, pelo Superior Tribunal de Justiça.
O acórdão, que se acha à disposição dos associados da ACREFI, é – ademais – muito expressivo, particularmente quando nota a existência de “uma verdadeira indústria de revisão de contratos”, cuja ação – diz o Relator – demonstra não ser “possível manter uma sadia relação comercial e mesmo de consumo se as partes não estão empenhadas em agir estritamente dentro da boa-fé, o que inclui a sincera vontade de respeitar a palavra empenhada”. Adverte, ainda, o Desembargador Bayard Barcellos, que a “insistência em entendimento de sentido contrário, especialmente na
Compliance por Andréa Regina de A. R. Bueno, Compliance Aymoré Financiamentos
operacionais mas ações
Um assunto que se tem discutido é a definição de funções da
mais profundas de co-
área chamada Compliance.
Justiça Estadual, fomentou a referida “indústria da revisional”, com graves prejuízos aos jurisdicionados, iludidos na perspectiva de reduzir drasticamente suas dívidas”. Espera-se que essa decisão da Corte de Justiça gaúcha constitua precedente a ser seguido, restringindo e desencorajando o ajuizamento de ações dessa espécie, as quais, contraditando a jurisprudência firme do Superior Tribunal de Justiça, apenas serviam como instrumento de procrastinação, com prejuízos evidentes às instituições financeiras e, mormente, aos próprios demandantes
“Os problemas éticos não são criados pelas pessoas, mas surgem diante delas. É fundamental que nossas atitudes e comportamentos reflitam nossa integridade pessoal e profissional”
Para quem não está familiarizado, Compliance originou-se,
municação e treinamento,
nos Estados Unidos, da necessidade de verificar a conformidade
levando a todos os fun-
da legislação praticada nas instituições e monitoração de ati-
cionários o exercício cons-
vidades. Esse profissionais, conhecidos como Compliance Offi-
tante da ética e valores.
cers (Oficiais de Conformidade) criavam procedimentos de con-
Estes, agregados às leis e regulamentos permitem que, de uma
troles internos, treinavam pessoas e monitoravam as operações
maneira confortável e confiável, a organização tenha uma conduta
quanto a aderência às legislações e práticas internas.
de fazer o negócio certo da maneira correta, trazendo benefícios não somente aos negócios mas à comunidade que a cerca.
Na década de 80, a atividade de Compliance se expande
Sistema de controles internos, governança corporativa, consul-
para todas as atividades financeiras. Surge, então, no mercado
toria, comunicação, políticas e procedimentos, monitoração, análise
financeiro, a figura do profissional de Compliance. A finalidade desse profissional é proteger o investidor, a Insti-
de produtos, e treinamento, são agora funções dessa área que é
tuição Financeira e os funcionários da Instituição Financeira, cons-
cada vez mais estratégica nas instituições financeiras, servindo de
cientizando as áreas sobre sua responsabilidade individual para que
interface entre os órgãos reguladores, fomentando a pró atividade,
a reputação da Organização seja mantida.
sendo independente e preservando a confidencialidade a todos seus clientes internos e externos, adicionando, sem dúvida, cada vez mais
Várias estruturas e funções foram e têm sido desenhadas para
valor ao negócio.
a área de Compliance. Temos consciência que não bastam práticas
ACREFI
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sistema financeiro Tendências Consultoria Integrada
Política monetária deve desacelerar crescimento do crédito em 2005 Sinalizações do Banco Central apontam para um custo médio de captação dos bancos próximo a 17,3% ao ano. Índice acima da média de 2004, que ficou em 16,6%.
E
m 2005, esperamos que o crédito continue mostrando grande vigor, embora com um ritmo de crescimento mais discreto do que o observado no ano passado em virtude da necessidade do Banco Central em manter a política monetária mais restritiva para a maior parte desse ano. No entanto, o spread bancário deverá continuar amortecendo a maior parte dos aumentos dos custos de captação dos bancos advindos do processo de alta da Selic. Por esta razão, esperamos que a margem bruta dos bancos registre um recuo mais sensível no primeiro trimestre do ano quando o valor dos juros futuros já deverão estar indicando a expectativa de queda da Selic. Ou seja, os juros futuros já deverão estar indicando os preços de olho na expectativa de queda da Selic. Com isso, a redução do spread deverá ser apenas marginal. Como conseqüência deste cenário, esperamos certa estabilidade nas taxas de juros praticados pelos bancos ao longo do primeiro trimestre, comparados com o do trimestre anterior. No entanto, a partir do segundo trimestre eles deverão restabelecer a trajetória das pequenas reduções nos juros.
trimestre. Como resultado, o custo médio de captação dos bancos para o ano deverá ficar próximo a 17,3%, taxa acima da média de 2004 que foi de 16,6% ao ano (ver projeções setoriais, quadro 4). Já os juros ao tomador final deverão observar movimento semelhante ao do ano passado. Eles continuarão a registrar uma baixa sensibilidade em relação aos custos de captação em razão dos elevados spreads bancários observados do país. Neste sentido, o processo de elevação da taxa Selic deverá servir mais para interromper o processo de queda dos juros na ponta final, do que propriamente para elevá-los. À luz da série de estudos realizados recentemente sobre spread bancário no Brasil, pode-se destacar a
consolidação da estabilidade macroeconômica como principal fator que deve continuar a contribuir para um lento recuo do spread, além do fato do patamar atual estar num nível muito elevado. A estabilidade afeta o spread via redução do risco esperado de inadimplência e através do incentivo de competição entre os bancos. Para o ano como um todo, esperamos que a taxa de aplicação dos bancos fique próxima de 54%, um ponto abaixo da média de 2004. Em relação ao spread médio das linhas préfixadas, a taxa média projetada para 2005 é de 36,5% ao ano, dois pontos percentuais abaixo de 2004. Apesar desse cenário de juros mais elevados, a expectativa para o crédito no ano é novamente de uma
Figura 1: Spread bancário - linhas pré-fixadas - pessoa física e jurídica - em % ao ano 42 41 40 39 38
Níveis Selic Considerando as sinalizações emitidas pelo Banco Central, de que os níveis mais elevados da Selic deverão se manter por vários meses, esperamos que o custo de captação dos bancos fique em torno de 18% ao ano durante os dois primeiros trimestres de 2005, caindo para 17,2% no terceiro trimestre e 16,2% no quarto
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2ºT 04
3ºT 04
**4ºT 04
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Fonte: Banco Central. **Dados preliminares. - (P) Projeção: Tendências.
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FINANCEIRO
forte expansão. No caso do crédito livre voltado às pessoas físicas, esperamos uma expansão do saldo em final de período de 8,5% para este ano, destacando-se que a projeção refere-se ao saldo em termos reais, ou seja, deflacionado pelo IPCA. Menor crescimento Embora o crescimento projetado para 2005 seja bem inferior ao resultado de 2004, que segundo dados preliminares foi de 19,5%, é preciso observar que o critério de projeção diz respeito ao estoque em final de período. Sendo assim, o crescimento projetado de 8,5% pode ser considerado bastante significativo, levando-se em conta que a base de comparação é dezembro de 2004, quando o crédito voltado às pessoas físicas, tinha então atingido níveis recordes desde 2000 quando o Banco Central começou a divulgação. Por outro lado, talvez a projeção de 8,5% para o saldo de crédito possa até parecer excessivamente elevada frente ao cenário de política monetária mais restritiva que se tem para o ano e a própria projeção de redução apenas marginal dos juros na ponta final e que, ainda assim, está concentrada no segundo semestre.
Há, porém, dois fatores que justificam essa expectativa de grande vigor no crédito, a despeito da manutenção de juros elevados. Do lado da demanda, o processo de recuperação da renda real e principalmente do emprego, deverá continuar em 2005, dada a possibilidade de acesso ao crédito por parte de um grande numero de pessoas que até então estavam à margem do processo. A projeção da Tendência para o emprego é de crescimento de 2,7% em 2005, após um resultado já expressivo em 2004, da ordem de 3%. Já a renda real deverá registrar uma expansão também em torno de 3% pelo segundo ano consecutivo. Adicionalmente, uma maior confiança em relação ao futuro também deverá estimular uma maior demanda de crédito por parte das pessoas físicas. De fato, a paulatina redução da taxa de desemprego aliada à redução da inflação reduz de modo significativo o risco percebido da tomada de crédito. Segundo a pesquisa da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) , realizada desde 1999, o Índice de Confiança do Consumidor atingiu no último trimestre de 2004, níveis recordes, sendo pouco provável
Figura 2: Saldo de crédito livre - pessoa física - em R$ bilhões* 140 130 120 110 100 90 80 1ºT 04
2ºT 04
3ºT 04 **4ºT 04
1ºT 05 (P)
2ºT 05 (P)
3ºT 05 (P)
* Dados deflacionados (a preços de dezembro de 2004) e dessazonalizados. Fonte: Banco Central. **Dados preliminares. (P) Projeção: Tendências. ACREFI
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4ºT 05 (P)
que tal nível de confiança seja seriamente abalado ao longo de 2005. Do lado da oferta, as razões para se esperar um crescimento robusto do crédito são ainda mais fortes se temos em vista os movimentos estratégicos das instituições financeiras que ambicionam uma posição competitiva no mercado de crédito. Isto é visto acertadamente, como sendo altamente promissor para os próximos anos. Pode-se observar uma série de ações dos bancos que têm como objetivo a exploração mais agressiva do mercado de crédito, como por exemplo: I) a abertura de linhas de crédito pessoal pré-aprovadas aos clientes nos terminais automáticos ou pelo sistema de internet banking II) as associações com as redes de varejo, que tem como objetivo alavancar o segmento de financiamento para aquisição de bens duráveis; III) o aumento de pontos de vendas das financeiras, voltadas às classes de menor renda. Limitações É preciso ressaltar, porém, que apesar desse maior apetite dos bancos para conceder novos empréstimos, o cenário de aperto monetário impõe uma limitação para esse crescimento do crédito ao longo de 2005. Neste sentido, vale o alerta já comentado em edições anteriores: na eventualidade do mercado de crédito continuar mostrando um crescimento muito acima dos níveis aqui projetados, aumenta a probabilidade de o Banco Central tornar a política monetária mais apertada do que o esperado. Isto poderia ser feito seja forçando uma acomodação do crédito, seja promovendo altas adicionais na Selic ou mantendo-a elevada por um prazo mais longo. Por esta razão e a fim de explicitar o grau de sensibilidade das projeções apresentadas no final do texto, em relação ao cenário macro vale alertar para o fato de que consideramos que há um risco maior de promovermos revisões para cima de modo mais significativo nas taxas de juros, do que nas projeções de saldo de crédito e novas concessões.
sistema financeiro até o dia 22 de dezembro, os resultados em relação ao crédito voltado à pessoa física continuam mostrando um forte crescimento a despeito do aperto monetário promovido pelo Banco Central. Segundo o resultado preliminar, o saldo de crédito referente ao mês de dezembro deve crescer em torno de 2% em relação a novembro, considerando o ajuste sazonal, variação essa, muito próxima das verificadas nos meses anteriores.
Figura 3: Saldo de crédito livre - pessoa física - em R$ bilhões* 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 jan 01
jul 01
jan 02
jul 02
jan 03
jul 03
jan 04
jul 04
* Dados deflacionados (a preços de dezembro de 2004) e dessazonalizados. Fonte: Banco Central.
Paralelamente, cabe observar também que a projeção de crescimento de 8,5% do crédito para pessoas físicas pressupõe uma sensível desaceleração do saldo de crédito, fato que até o momento ainda não se observou. Ao contrário, considerando dados preliminares de dezembro, o crédito para pessoas físicas mostrou até certa aceleração no último trimestre do ano, crescendo a uma taxa anual de 29%, ritmo este que parece inconsistente com os objetivos da política monetária como um todo. Linhas de crédito Quanto às expectativas em relação às linhas de créditos, esperamos ainda que continue ocorrendo uma migração de linhas mais curtas e caras como cheque especial e cartão de crédito para linhas mais longas e baratas como crédito pessoal e financiamento de veículos (quadros 2 e 3). Em relação ao crédito pessoal, a projeção apresentada de 13,5% de crescimento do saldo pressupõe que o Judiciário dará respaldo legal a pratica de crédito em consignação na folha de pagamento, respaldo esse que tem puxado esta modalidade. Além disso, esta linha possui maior
projeção pelo fato de concentrar boa parte do crédito concedido pelas financeiras, que estão atravessando um período de forte expansão, como já comentamos. Em relação ao financiamento de automóveis, além da projeção de crescimento de 6% coincidir com a projeção para o crescimento das vendas de veículos novos para o mercado interno, deve-se observar que esta linha é utilizada não apenas para financiamento de novos e usados , mas também como forma de “autofinanciamento”, através do qual o cliente consegue obter crédito novo para outros fins , ao alienar seu automóvel junto ao banco. Finalmente, em termos de novas concessões, a previsão para o total de crédito livre voltado às pessoas físicas é de crescimento de 4,2% em 2005. O principal motivo da grande diferença em relação à projeção do saldo deve-se ao fato de que as linhas de crédito de longo prazo – como crédito pessoal e veículos – deverão continuar crescendo à taxas muito superiores às das linhas com prazos menores , como cheque especial e cartão de crédito. Até o momento, não há sinais de arrefecimento do crédito Com base em dados coletados
12
Crédito consignado A mesma indicação de ritmo forte é obtida pelos dados de novas concessões. Em novembro, houve uma nova expansão, desta vez de 0,4%, após crescer quase 3,8% em setembro e 1,4% em outubro. Assim como ocorreu nos últimos meses, o setor do crédito continua sendo puxado pelo segmento do crédito pessoal, particularmente, no que diz respeito ao de consignação. De janeiro a novembro de 2004, enquanto o crédito livre total voltado às pessoas físicas cresceu 25% em termos nominais, o crédito consignado cresceu 86%, um ritmo mais de três vezes superior à média. Embora o crédito esteja apresentando uma evolução acima da expectativa, ainda esperamos um arrefecimento nos próximos meses em decorrência do processo de aperto monetário promovido pelo BC. Não devemos esquecer, no entanto, que o efeito dessa política tende a aparecer com uma certa defasagem
(Adriano Pitoli - pitoli@tendencias.com.br) Tendências Consultoria Integrada Sócios: Mailson da Nóbrega, Gustavo Loyola, Nathan Blanche, Denise de Pasqual, Edward Amadeo, Ernesto M. Guedes Filho, Gesner Oliveira, José Márcio Camargo e Roberto Padovani Comunicação: Alcides Ferreira Vendas: Vilma Garcia (vilma@tendencias.com.br) Equipe Setorial Coordenação: Denise de Pasqual Analistas: Adriano Pitoli, Amaryllis Romano, Fabiana Fantoni e Sérgio Conti. Banco de Dados: Fabiana Fantoni Suporte: André Silva, Camila Saito e Elton Bicudo Edição: Benedito Sverberi FINANCEIRO
análise setorial
Perspectivas para 2005 apontam para aquecimento gradativo do crédito PROF. DR. ALBERTO BORGES MATIAS, DIRETOR DA ABM CONSULTING
O
ano de 2004 fechou com um volume total de crédito em torno de R$ 484 bilhões. Esse número é 17,6 % maior que em 2003. Apesar dessa expansão, ainda é cedo para dizer que a situação está realmente melhorando. A relação Crédito / PIB do mês de dezembro ficou em 26,3%, apenas 0,5 ponto percentual acima do fechamento de 2003. Não existe ainda um equilíbrio entre oferta e demanda de crédito no país. Portanto, as comemorações devem ser deixadas de lado por enquanto. No ano que passou, tem destaque o crescimento dos recursos livres. O volume dos recursos livres totais aumentou 21,2% em relação a 2003. A parcela desse montante destinado às pessoas físicas aumentou 28,9%, impulsionada principalmente pelo crédito pessoal, com crescimento de 42,6% e pela aquisição de bens, que cresceu cerca de 29%. Em relação às taxas de juros cobradas em 2004, houve uma queda de 3,6 p.p da taxa geral para operações com recursos livres. Entre as taxas destinadas às pessoas físicas, tem destaque a queda de 9,5 p.p da taxa de juros para crédito pessoal. Para 2005, as expectativas são de melhora dessa situaACREFI
ção que o mercado Melhoras acontecerão, de crédito se encontra. Ainda assim, mas para que as essa melhora não mudanças sejam será drástica, mas realmente efetivas, gradativa. A situação eco- governo e instituições nômica do país financeiras deverão está melhor hoje. O PIB brasileiro falar a mesma língua deverá apresentar alta de cerca de 5% em 2004, os índices de desemprego vêm caindo, a renda aumentando, a industria está crescendo, tanto para atender ao mercado interno quanto ao mercado externo. Todos esses fatores podem fazer o mercado de crédito aquecer ao longo de 2005. Em contrapartida, as altas taxas de juros (segundo as previsões do Boletim Focus, a Taxa Selic começará a cair apenas no segundo semestre) poderão, mais uma vez, ser um obstáculo para o crescimento desse mercado. Entre as modalidades que mais crescerão no ano de 2005, ganha destaque o crédito pessoal. O crédito consignado também vem ganhando importância ao longo dos últimos meses. Instituições estão se associando para atender a esse mercado emergente. As modalidades de crédito destinadas mais especificamente às industrias também terão um ano promissor. Já entre os recursos direcionados, deverão se destacar o crédito habitacional, impulsionado por medidas do governo federal, e o BNDES, que após receber críticas ao longo de 2004 deverá aumentar seu papel no fomento das empresas e no desenvolvimento da economia do país como um todo. Melhoras acontecerão, mas para que as mudanças sejam realmente efetivas, governo e instituições financeiras deverão falar a mesma língua. O crédito deverá ter uma maior importância nas aplicações dessas instituições, ao passo que as políticas econômicas deverão fornecer fomento a esse tipo de aplicação
13
artigo
Novo paradigma para um mercado de cobrança em crescimento “O ano de 2004 foi da retomada do crédito”, segundo uma agência internacional de avaliação de riscos de crédito.
MÁRCIO CRUZ*
“As estimativas apontam para a duplicação do volume do crédito direto ao consumidor”
Sendo quase direta a relação entre financiamento concedido e inadimplência, os próximos anos prometem um crescimento vertiginoso para o Mercado de Cobrança e as estimativas apontam para a duplicação do volume do crédito direto ao consumidor no Brasil, que cresceu 28% ano passado e passará dos atuais R$ 100 bilhões para R$ 200 bilhões em 2007. Vale lembrar que a “perpetuidade” do mercado de Recuperação de Crédito é garantida pelos ciclos naturais da economia. Ocorre também o que chamo de “efeito cremalheira”, ou seja: se a economia está em fase ruim, as carteiras não crescem, mas a inadimplência aumenta (aumento percentual da relação volume x inadimplência). Mas se a economia está em boa fase mesmo com as carteiras crescendo, a inadimplência também aumenta. E isso vai acontecer mesmo se reduzirmos essa taxa – que possui um patamar mínimo difícil de ser rompido – e aumentarmos o volume a ser cobrado. Mas a crescente importância da atividade de Cobrança não se consolidará apenas pelo aumento nos volumes de títulos e valores
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a serem cobrados. Com margens pressionadas e previsão de redução de spread, as instituições financeiras estão acirrando a competição pelo mercado de Crédito ao Consumidor, buscando operar em alta escala. Por outro lado, a necessidade de se garantir margens – e a perda de créditos é bastante representativa na lógica de lucros das instituições credoras – faz com que a “operação de recuperação de ativos” tenha uma maior importância nos resultados dessas organizações. Assim, haverá menor complacência em se transferir valores para créditos em liquidação. E maior pressão para se recuperar os montantes já lançados nesta rubrica. Estes movimentos valorizarão as Empresas de Cobrança com maior capacidade de investimentos e de gestão, que buscam desenvolver tecnologia e inteligência próprias. Estas terão uma grande vantagem comparativa, ou seja, um grande diferencial num mercado mais exigente, sofisticado e profissionalizado. Atualmente, o mercado de recuperação é atendido por três perfis empresariais. As “cobradoras” que são empresas pouco profissionaliFINANCEIRO
(criar retranca)
NOVA PARCERIA zadas, em algum grau atuando na informalidade, cujo conhecimento ou expertise concentra-se no proprietário e seus familiares. Num segundo bloco estão as Empresas de Cobrança, ainda um reduzido número de empresas que atuam de forma profissionalizada, investindo em tecnologia, com alta eficácia e com atuação absolutamente ética. Possuem especialização e foco, atuando como prolongamento das empresas credoras, de forma personalizada e customizada, contribuindo com informação e conhecimento para o resultado global do ciclo de crédito da contratante. É o que na CreditOne denominamos de parceria de valor agregado. Finalmente, num terceiro bloco, estão as empresas de Contact Center. Elas atuam geralmente nas fases iniciais da inadimplência “alugando PA´s a custos fixos, ainda que de forma massificada como uma linha de produção e “conceito de fábrica”, sem atividade estrutural e sistêmica de back office, onde os quesitos mais importantes são aqueles ligados exclusivamente à produtividade. Nossa visão delinea que a retomada do crédito traz em seu bojo a exigência de um novo mercado de cobrança, que chamamos Gestão de Recuperação de Créditos, e que a consolidação deste mercado exigirá não apenas visão, como também investimentos, princípios gerenciais e éticos das empresas prestadoras de serviços. E, sobretudo, uma nova postura dos credores-contratantes. Exigirá também, maior rigor na contratação das Empresas de Cobrança, não aceitando situações de informalidade empresarial. Entre essas situações podemos citar o não cumprimento de exigências trabalhistas, fiscais e previdenciárias, a falta de profissionalismo, uma infra-estrutura inadequada etc., assim como, eventuais simpatias e interesses pessoais ACREFI
“A consolidação deste mercado exigirá não apenas visão, como também investimentos, princípios gerenciais e éticos”
de funcionários das contratantes com as contratadas. E, especialmente deverão estar, “contribuindo para o desenvolvimento e sustentabilidade do parceiro estratégico” – feliz expressão essa, usada, recentemente, por um diretor de Credito e Cobrança de um grande banco no país. Nosso entendimento e afirmação é de que uma empresa moderna, com planos de forte crescimento e comprometida com sua perpetuidade, deve-se relacionar de forma honesta, responsável, produtiva com seus empregados, clientes, fornecedores e com a comunidade, praticando sempre o conceito de transparência e Responsabilidade Social
* DIRETOR-PRESIDENTE DA CREDITONE S.A. marcio@creditone.com.br www.creditone.com.br
15
Istvan Kasznar agora faz parte da equipe da Acrefi Istvan Karoly Kasznar passa a ser a partir deste mês, o economista-chefe da Acrefi. Economista, com mestrado na Fundação Getúlio Vargas, PhD em Bussiness Administration pela Califórnia Coast University (EUA). Possui ampla experiência nas áreas empresarial, diretiva, bancária, agrícola, de ensino, pesquisa e consultoria corporativa e institucional, para empresas públicas e privadas, tanto no Brasil como no exterior. É também coordenador do Programa de Estudos dos Estados e Municípios. Foi economista do Citybank entre 1985 e 1986, Superintendente de Economia e Planejamento dos Sindicatos e da Associação dos Bancos e Diretor Técnico da Institutional Business. Autor de inúmeros livros sendo o ultimo, Project Finance-Engenharia Financeira, COP Editora, 2004, que tratam sobre esses assuntos, tem também em seu currículo vários artigos publicados em diversas revistas de economia e administração. Colaborador da Revista de Administração Pública e Conjuntura Econômica, é autor de inúmeros trabalhos apresentados em congressos científicos. A ACREFI está certa que a chegada de Istvan Karoly Kasznar vai agregar muito aos trabalhos da nossa associação
banco de dados por ABM Consulting TAXAS MÉDIAS GERAL DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % a.a.
Var. p.p.
jan/04
45,4
-0,4
15,6
-0,2
29,8
-0,2
fev/04
45,1
-0,3
15,7
0,1
29,4
-0,4
mar/04
45,3
0,2
15,8
0,1
29,5
0,1
abr/04
44,7
-0,6
15,7
-0,1
29,0
-0,5
mai/04
44,2
-0,5
17,0
1,3
27,2
-1,8
jun/04
44,0
-0,2
17,0
0,0
27,0
-0,2
jul/04
43,9
-0,1
16,7
-0,3
27,2
0,2
ago/04
43,9
0,0
16,4
-0,3
27,5
0,3 0,2
set/04
45,1
1,2
17,4
1,0
27,7
out/04
45,6
0,5
17,5
0,1
28,1
0,4
nov/04
45,7
0,1
17,9
0,4
27,8
-0,3
dez/04
45,0
-0,7
17,7
-0,2
27,3
-0,5
Variação dez-dez
-0,8
1,9
-2,7
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
PESSOA FÍSICA DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % a.a.
Var. p.p.
jan/04
65,4
-1,2
15,4
-0,4
50
-0,8
fev/04
64,2
-1,2
15,6
0,2
48,6
-1,4
mar/04
64,0
-0,2
15,4
-0,2
48,6
0,0
abr/04
63,3
-0,7
15,4
0,0
47,9
-0,7
mai/04
62,4
-0,9
17,2
1,8
45,2
-2,7
jun/04
62,4
0,0
17,4
0,2
45,0
-0,2
jul/04
62,0
-0,4
16,7
-0,7
45,3
0,3
ago/04
63,1
1,1
17,4
0,7
45,7
0,4
set/04
63,2
0,1
17,5
0,1
45,7
0,0
out/04
63,2
0,0
17,3
-0,2
45,9
0,2
nov/04
63,4
0,2
17,8
0,5
45,6
-0,3
dez/04
61,5
-1,9
17,6
-0,2
43,9
-1,7
Variação dez-dez
-5,1
1,8
-6,9
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
PESSOA JURÍDICA DATA
Aplicações % a.a.
Var. p.p.
Captações % a.a.
Var. p.p.
Spread % a.a.
Var. p.p. -0,1
jan/04
30,1
-0,1
15,8
0
14,3
fev/04
30,2
0,1
15,8
0,0
14,4
0,1
mar/04
30,4
0,2
16,0
0,2
14,4
0,0
abr/04
29,9
-0,5
15,9
-0,1
14,0
-0,4
mai/04
30,0
0,1
16,9
1,0
13,1
-0,9
jun/04
29,7
-0,3
16,7
-0,2
13,0
-0,1
jul/04
29,7
0,0
16,6
-0,1
13,1
0,1
ago/04
28,8
-0,9
15,7
-0,9
13,1
0,0
set/04
30,4
1,6
17,3
1,6
13,1
0,0
out/04
31,1
0,7
17,6
0,3
13,5
0,4
nov/04
30,9
-0,2
18,0
0,4
12,9
-0,6
dez/04
31,0
0,1
17,8
-0,2
13,2
0,3
Variação dez-dez
0,8
2,0
-1,2
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
16
FINANCEIRO
VOLUME DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões) MÊS/ANO
jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
AQUISIÇÃO DE BENS
CRÉDITO PESSOAL
VARIAÇÃO EM %
Veículos
Variação
Outros
Variação
OUTRAS OPERAÇÕES
VARIAÇÃO EM %
TOTAL
VARIAÇÃO EM %
30.844 32.002 33.191 34.481 35.740 36.715 37.677 38.712 39.888 41.353 42.439 43.488
1,15% 3,75% 3,72% 3,89% 3,65% 2,73% 2,62% 2,75% 3,04% 3,67% 2,62% 2,47%
30.619 31.287 32.041 32.550 33.106 33.591 34.126 34.740 35.383 35.573 36.754 38.291
2,11% 2,18% 2,41% 1,59% 1,71% 1,47% 1,59% 1,80% 1,85% 0,54% 3,32% 4,18%
5.360 5.357 5.329 5.388 5.537 5.599 5.750 5.925 6.179 6.639 6.840 7.262
0,30% -0,06% -0,51% 1,10% 2,76% 1,13% 2,68% 3,05% 4,29% 7,45% 3,02% 6,16%
5.477 5.153 5.186 5.302 5.417 5.385 5.331 5.400 5.495 5.559 5.625 5.533
-0,39% -5,92% 0,64% 2,23% 2,17% -0,59% -1,01% 1,31% 1,76% 1,17% 1,18% -1,64%
89.692 91.593 93.838 95.967 98.249 99.986 101.362 104.057 106.539 108.478 112.358 113.563
1,81% 2,12% 2,45% 2,27% 2,38% 1,77% 1,38% 2,66% 2,39% 1,82% 3,58% 1,07%
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões) CRÉDITO PESSOAL SALDO TOTAL
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS
TAXAS DE JUROS 1/
MÊS/ANO R$ milhões
% Variação % Variação a.m. p.p a.a. p.p
jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
4,98 4,85 4,85 4,79 4,66 4,62 4,61 4,71 4,72 4,71 4,71 4,56
30.844 32.002 33.191 34.481 35.740 36.715 37.677 38.715 39.888 41.353 42.439 43.488
-0,06 -0,12 0,00 -0,06 -0,13 -0,04 -0,01 0,11 0,01 -0,01 0,00 -0,15
79,10 76,60 76,50 75,30 72,70 71,90 71,70 73,80 73,90 73,80 73,80 70,80
-1,20 -2,50 -0,10 -1,20 -2,60 -0,80 -0,20 2,10 0,10 -0,10 0,00 -3,00
SALDO TOTAL R$ milhões 30.619 31.287 32.041 32.550 33.106 33.591 34.126 34.828 35.383 35.573 36.754 38.291
AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS
TAXAS DE JUROS 1/ % Variação a.m. p.p 2,60 2,58 2,54 2,53 2,55 2,61 2,60 2,61 2,58 2,57 2,57 2,57
-0,05 -0,03 -0,04 -0,01 0,02 0,06 -0,01 0,01 -0,04 -0,01 0,00 0,00
SALDO TOTAL
% Variação a.a. p.p 36,10 35,70 35,10 35,00 35,30 36,30 36,10 36,30 35,70 35,60 35,60 35,60
-0,80 -0,40 -0,60 -0,10 0,30 1,00 -0,20 0,20 -0,60 -0,10 0,00 0,00
R$ milhões 5.360 5.357 5.329 5.388 5.537 5.599 5.750 5.921 6.179 6.639 6.840 7.262
TAXAS DE JUROS 1/ % Variação a.m. p.p 4,33 4,28 4,15 4,11 3,99 3,96 3,91 3,93 4,03 4,07 4,13 4,36
-0,44 -0,08 -0,21 -0,06 -0,19 -0,04 -0,08 0,02 0,10 0,04 0,06 0,23
% a.a.
Variação p.p
66,30 65,40 62,90 62,20 59,90 59,40 58,50 58,80 60,60 61,40 62,50 66,90
-5,20 -0,90 -2,50 -0,70 -2,30 -0,50 -0,90 0,30 1,80 0,80 1,10 4,40
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting - Saldo em fim de período - 1/ Taxas médias ponderadas pelo volume diário das novas concessões. * Valores sujeitos a modificações em virtude de atualização das informações fornecidas pelo SFN
COMÉRCIO VAREJISTA VOLUME DE VENDAS
VOLUME DE VENDAS
Data
Hipermercados e Veículos,Motos, Índice Var. % Var. % Var. % Geral Supermercados Partes e Peças
140
dez/03 jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04
139,05 98,97 94,73 103,38 104,19 109,37 104,56 109,69 106,50 103,74 111,32 109,80
130
Variação dez-dez
6,44%
34,8% -28,8% -4,3% 9,1% 0,8% 5,0% -4,4% 4,9% -2,9% -2,6% 7,3% -1,4%
126,85 99,50 97,32 102,50 106,90 104,27 100,57 107,70 104,86 103,82 112,27 107,62 6,99%
26,1% -21,6% -2,2% 5,3% 4,3% -2,5% -3,5% 7,1% -2,6% -1,0% 8,1% -4,1%
115,91 106,86 100,24 121,79 108,23 113,91 116,80 118,40 121,95 121,56 120,31 125,38
7,9% -7,8% -6,2% 21,5% -11,1% 5,2% 2,5% 1,4% 3,0% -0,3% -1,0% 4,2%
120 110 100 90 80
jan 04
fev 04
Índice Geral
16,72%
Fonte: IBGE/ABM Consulting
ACREFI
dez 03
17
mar abr 04 04
mai 04
jun 04
Hipermercados e Supermercados
jul 04
ago 04
set 04
out 04
nov 04
Veículos, Motos Partes e Peças
banco de dados por ABM Consulting INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS CRÉDITO PESSOAL (R$ mil)
Mês/Ano
Saldo sem atraso
Com atraso de 15 a 30 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso de 31 a 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso maior que 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Saldo total CarteiraBrasil
Variação em %
jan/04
26.041.547
826.576
2,68%
990.196
3,21%
2.368.191
7,68%
30.844.349
1,15%
fev/04
27.032.554
809.097
2,53%
1.077.141
3,37%
2.443.504
7,64%
32.001.921
3,75%
mar/04
28.273.392
924.733
2,79%
1.091.225
3,29%
2.261.870
6,81%
33.191.270
3,72%
abr/04
29.600.772
950.333
2,76%
1.088.846
3,16%
2.192.235
6,36%
34.481.073
3,89%
mai/04
30.842.592
874.484
2,45%
1.136.548
3,18%
2.269.154
6,35%
35.739.766
3,65%
jun/04
31.874.938
998.004
2,72%
1.040.267
2,83%
2.250.929
6,13%
36.715.137
2,73%
jul/04
32.846.771
979.871
2,60%
1.014.235
2,69%
2.337.093
6,20%
37.676.568
2,62%
ago/04
33.605.016
1.269.799
3,28%
1.048.360
2,71%
2.333.029
6,03%
38.712.343
2,75% 3,04%
set/04
34.395.189
1.603.160
4,02%
1.123.560
2,82%
2.358.439
5,91%
39.888.408
out/04
36.330.048
1.071.229
2,59%
1.150.369
2,78%
2.444.849
5,91%
41.353.350
3,67%
nov/04
36.429.717
1.854.350
4,37%
1.347.591
3,18%
2.478.395
5,84%
42.438.810
2,62%
dez/04
38.273.388
882.914
2,03%
1.232.000
2,83%
2.493.036
5,73%
43.488.083
2,47%
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
INADIMPLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO Dezembro/2004 (em R$ mil) Atraso de mais de 90 dias 2.493.036
19,2%
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO Dezembro/2004 (em R$ mil)
Atraso de 15 a 30 dias 882.914
Atraso de mais de 90 dias 785.471
29,5%
Atraso de 15 a 30 dias 1.007.938
37,9%
54,1% 26,7% 32,5% Atraso de 31 a 90 dias 1.232.000
Atraso de 31 a 90 dias 865.438
AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)
Mês/Ano
jan/04
Saldo
Com atraso
sem atraso
de 15 a 30 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso de 31 a 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso maior que 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Saldo total CarteiraBrasil
Variação em %
27.492.275
1.127.391
3,68%
1.073.654
3,51%
979.223
3,20%
30.619.128
2,11%
fev/04
27.911.471
1.165.222
3,72%
1.212.205
3,87%
994.851
3,18%
31.286.995
2,18%
mar/04
28.619.263
1.261.847
3,94%
1.159.900
3,62%
996.492
3,11%
32.040.685
2,41%
abr/04
29.160.974
1.207.718
3,71%
1.195.775
3,67%
981.899
3,02%
32.549.853
1,59%
mai/04
29.719.227
1.271.432
3,84%
1.138.068
3,44%
973.258
2,94%
33.105.519
1,71%
jun/04
30.333.668
1.205.501
3,59%
1.106.926
3,30%
941.782
2,80%
33.591.319
1,47%
jul/04
30.927.564
1.199.259
3,51%
1.039.556
3,05%
960.569
2,81%
34.125.996
1,59%
ago/04
31.647.980
1.197.763
3,45%
1.007.462
2,90%
883.791
2,54%
34.740.423
1,80%
set/04
32.105.124
1.266.622
3,58%
1.136.700
3,21%
871.118
2,46%
35.382.584
1,85%
out/04
32.340.462
1.217.895
3,42%
1.089.188
3,06%
922.225
2,59%
35.572.761
0,54%
nov/04
33.650.225
1.177.013
3,20%
1.100.391
2,99%
823.190
2,24%
36.753.547
3,32%
dez/04
35.629.439
1.007.938
2,63%
865.438
2,26%
785.471
2,05%
38.291.025
4,18%
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
18
FINANCEIRO
INADIMPLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo sem atraso
Com atraso de 15 a 30 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso de 31 a 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso maior que 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Saldo total CarteiraBrasil
Variação em %
jan/04
4.387.349
210.631
3,93%
198.670
3,71%
517.630
9,66%
5.359.944
0,30%
fev/04
4.371.062
213.621
3,99%
249.885
4,66%
512.932
9,58%
5.356.708
-0,06%
mar/04
4.317.315
227.992
4,28%
277.173
5,20%
497.702
9,34%
5.329.472
-0,51%
abr/04
4.357.391
231.610
4,30%
269.650
5,00%
520.305
9,66%
5.388.292
1,10%
mai/04
4.485.011
224.733
4,06%
256.197
4,63%
561.445
10,14%
5.536.836
2,76%
jun/04
4.561.384
226.935
4,05%
249.029
4,45%
552.488
9,87%
5.599.317
1,13%
jul/04
4.707.381
232.066
4,04%
237.290
4,13%
563.322
9,80%
5.749.605
2,68%
ago/04
4.877.281
235.179
3,97%
234.775
3,96%
568.248
9,59%
5.924.969
3,05%
set/04
5.036.740
263.115
4,26%
261.585
4,23%
608.388
9,85%
6.179.110
4,29%
out/04
5.472.671
263.448
3,97%
272.977
4,11%
621.100
9,35%
6.639.404
7,45%
nov/04
5.650.757
266.926
3,90%
287.900
4,21%
625.283
9,14%
6.840.214
3,02%
dez/04
6.131.621
248.237
3,42%
248.764
3,43%
623.223
8,58%
7.261.680
6,16%
Fonte: Banco Central do Brasil/ ABM Consulting
INADIMPLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO Dezembro/2004 (em R$ mil) Atraso de mais de 90 dias 623.223
INADIMPLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO Novembro/2004 (em R$ mil) Atraso de mais de 90 dias 698.163
Atraso de 15 a 30 dias 248.237
22,2% 55,6%
Atraso de 15 a 30 dias 174.026
14,4% 57,7%
27,9%
22,2% Atraso de 31 a 90 dias 248.764
Atraso de 31 a 90 dias 337.212
OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil)
Mê s/Ano
Saldo sem atraso
Com atraso de 15 a 30 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso de 31 a 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Com atraso maior que 90 dias
% sobre Saldo da Carteira
Saldo total CarteiraBrasil
Variação em %
jan/04
3.363.776
228.751
4,18%
375.918
6,86%
898.238
16,40%
5.477.099
-0,39%
fev/04
3.173.699
222.375
4,32%
354.337
6,88%
869.481
16,87%
5.153.101
-5,92%
mar/04
3.199.687
244.510
4,71%
352.912
6,80%
854.372
16,47%
5.186.212
0,64%
abr/04
3.330.309
226.567
4,27%
358.827
6,77%
835.530
15,76%
5.301.959
2,23%
mai/04
3.446.978
211.053
3,90%
340.596
6,29%
845.248
15,60%
5.417.094
2,17%
jun/04
3.429.475
228.923
4,25%
334.332
6,21%
824.206
15,31%
5.385.064
-0,59%
jul/04
3.403.043
204.489
3,84%
314.235
5,89%
818.283
15,35%
5.330.634
-1,01%
ago/04
3.427.678
220.111
4,08%
319.305
5,91%
821.802
15,22%
5.400.460
1,31% 1,76%
set/04
3.411.009
230.730
4,20%
384.060
6,99%
809.917
14,74%
5.495.355
out/04
3.453.875
218.566
3,93%
383.012
6,89%
783.905
14,10%
5.559.467
1,17%
nov/04
3.586.571
186.260
3,31%
348.687
6,20%
778.224
13,83%
5.625.320
1,18%
dez/04
3.632.490
174.026
3,15%
337.212
6,09%
698.163
12,62%
5.532.851
-1,64%
Fonte: Banco Central do Brasil/ABM Consulting
ACREFI
19
banco de dados por ABM Consulting PREVISÕES ECONÔMICAS Ano de 2004
PIB Total % a.a.
PIB Agropecuário % a.a.
PIB Indústria % a.a.
PIB Serviço % a.a.
3,63 5,06 5,11 5,11
4,25 5,07 5,08 5,03
4,48 6,24 6,26 6,29
2,69 3,65 3,68 3,68
Previsão 02/01/2004 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 21/01
Final de 2005
Produção Industrial % a.a. 4,19 7,44 7,95 8,03
Selic Taxa anual
IGP-DI % a.a.
IPCA % a.a.
Taxa de Câmbio R$ / US$
Saldo Comercial US$ bilhões
13,01 15,72 15,97 16,16
5,49 6,48 6,41 6,35
5,07 5,78 5,72 5,74
3,42 2,97 2,93 2,91
18,63 26,72 26,35 26,46
Previsão 02/01/2004 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 21/01/2005 Fonte: BC-Focus/ABM Consulting
ATIVIDADE ECONÔMICA DATA
Taxa da Utilização da Capacidade Instalada
Var. p.p.
DATA
Índice de Produção Física Média Móvel Trimestral
Var. %
dez/03
78,63
-1,02
dez/03
104,35
0,5%
jan/04
79,41
-1,59
jan/04
104,10
-0,2%
fev/04
79,56
0,79
fev/04
103,47
-0,6%
mar/04
81,94
0,15
mar/04
103,98
0,5% 0,7%
abr/04
81,17
2,38
abr/04
104,68
mai/04
82,52
-0,78
mai/04
106,48
1,7%
jun/04
83,10
1,35
jun/04
107,57
1,0% 1,2%
jul/04
83,50
0,58
jul/04
108,81
ago/04
83,90
0,40
ago/04
109,60
0,7%
set/04
83,70
-0,20
set/04
110,15
0,5%
out/04
84,00
0,30
out/04
110,46
0,3%
nov/04
83,60
-0,40
nov/04
110,27
-0,2%
Variação nov-nov
3,38
Variação nov-nov
6,24%
Fonte: CNI/ABM Consulting
Fonte: IBGE/ABM Consulting
PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (%) Capacidade (%)
Produção - Índice
85
112
84
110
83
108
82 106 81 104
80
102
79
100
78 dez 03
jan 04
fev 04
mar 04
Taxa da Utilização da Capacidadde Instalada
abr 04
mai 04
jun 04
jul 04
ago 04
set 04
out 04
nov 04
Índice de Produção Física Média Móvel Trimestral
20
FINANCEIRO
DESEMPREGO TAXA DE DESEMPREGO (%) DATA
Brasil
Var. p.p.
SP
jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
11,70 12,00 12,80 13,10 12,20 11,70 11,20 11,40 10,90 10,50 10,60 9,60
0,80 0,30 0,80 0,30 -0,90 -0,50 -0,50 0,20 -0,50 -0,40 0,10 -1,00
12,90 13,60 14,60 14,50 13,60 13,30 12,50 12,60 11,70 11,20 11,20 9,80
TAXA DE DESEMPREGO Taxa (%)
Var. p.p.
15,0 14,5 14,0 13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0
1,10 0,70 1,00 -0,10 -0,90 -0,30 -0,80 0,10 -0,90 -0,50 0,00 -1,40
Variação (p.p.) 1,00 0,50 0,00 -0,50 -1,00 -1,50 -2,00
jan 04
fev 04
mar 04
abr 04
Brasil
Fonte: IBGE/ABM Consulting
mai 04
jun 04
SP
jul 04
ago 04
set 04
out 04
nov 04
dez 04
Var. p.p. Brasil
Fonte: IBGE/ABM Consulting
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IMPORTADOS - AUTOMÓVEIS (em unidades) Data
Vendas
1000cc
% no Total
1000cc a 2000cc
% no total
>2000cc
% no total
dez/03 jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
109.302 96.249 102.384 113.769 99.968 97.420 103.260 107.215 109.270 113.456 106.228 116.998 129.653
74.768 61.491 60.581 72.183 56.345 56.151 57.800 58.216 59.743 61.404 60.318 65.451 72.331
68,4% 63,9% 59,2% 63,4% 56,4% 57,6% 56,0% 54,3% 54,7% 54,1% 56,8% 55,9% 55,8%
34.186 34.414 41.489 41.139 43.221 40.830 44.923 48.607 49.074 51.607 45.548 51.019 56.812
31,3% 35,8% 40,5% 36,2% 43,2% 41,9% 43,5% 45,3% 44,9% 45,5% 42,9% 43,6% 43,9%
348 344 314 447 402 439 537 392 453 445 362 528 510
0,3% 0,4% 0,3% 0,4% 0,4% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,5% 0,3%
Fonte: Anfavea/ABM Consulting
VENDAS POR CATEGORIA - AUTOMÓVEIS
80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000
dez 03
jan 04
1000 cc
ACREFI
fev 04
mar 04
abr 04
mai 04
jun 04
1000 cc à 2000 cc
21
jul 04
ago 04
set 04
out 04
nov 04
dez 04
banco de dados por ABM Consulting INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA - AUTOMÓVEIS DE PASSAGEIROS, MISTOS, VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES E PESADOS PRODUÇÃO
PRODUÇÃO
(em unidades) (em unidades)
Data
Produção
dez/03 jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
154.055 156.057 154.934 190.956 169.991 179.224 187.124 187.777 199.843 203.062 190.302 201.893 188.970
Média Trim. Var. Mensal Var. Mensal (%)
163.445 159.508 155.015 167.316 171.960 180.057 178.780 184.708 191.581 196.894 197.736 198.419 193.722
-14.357 2.002 -1.123 36.022 -20.965 9.233 7.900 653 12.066 3.219 -12.760 11.591 -12.923
Var. 12 meses (dez/03-dez/04)
-8,5% 1,3% -0,7% 23,2% -11,0% 5,4% 4,4% 0,3% 6,4% 1,6% -6,3% 6,1% -6,4%
210.000 200.000 190.000 180.000 170.000 160.000 150.000
dez 03
jan 04
fev 04
mar 04
abr 04
mai 04
jul 04
ago 04
set 04
out 04
nov 04
dez 04
out 04
nov 04
dez 04
out 04
nov 04
dez 04
Média trimestral
Produção
22,7%
jun 04
Fonte: Anfavea/ABM Consulting
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS
(em unidades) (em unidades)
Data
Vendas
Média Trim.
Variação
Variação(%)
dez/03 jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
128.406 114.140 123.259 135.747 119.966 119.403 123.793 129.300 132.739 139.182 130.473 140.793 155.432
129.633 124.528 121.935 124.382 126.324 125.039 121.054 124.165 128.611 133.740 134.131 136.816 142.233
-2.631 -14.266 9.119 12.488 -15.781 -563 4.390 5.507 3.439 6.443 -8.709 10.320 14.639
-2,0% -11,1% 8,0% 10,1% -11,6% -0,5% 3,7% 4,4% 2,7% 4,9% -6,3% 7,9% 10,4%
Var. 12 meses (dez/03-dez/04)
160.000 150.000 140.000 130.000 120.000 110.000
dez 03
jan 04
fev 04
mar 04
abr 04
mai 04
Vendas
21,0%
jun 04
jul 04
ago 04
set 04
Média trimestral
Fonte: Anfavea/ABM Consulting
EXPORTAÇÃO TOTAL
EXPORTAÇÃO TOTAL
(em unidades) (em unidades)
Data
dez/03 jan/04 fev/04 mar/04 abr/04 mai/04 jun/04 jul/04 ago/04 set/04 out/04 nov/04 dez/04
Exportações Média Trim.
40.871 38.109 33.364 52.717 43.132 49.282 61.452 61.562 68.434 57.406 62.856 60.579 59.049
45.695 40.931 37.448 41.397 43.071 48.377 51.289 57.432 63.816 62.467 62.899 60.280 60.828
Var. 12 meses (dez/03-dez/04)
Variação
Variação(%)
-2.942 -2.762 -4.745 19.353 -9.585 6.150 12.170 110 6.872 -11.028 5.450 -2.277 -1.530
-6,7% -6,8% -12,5% 58,0% -18,2% 14,3% 24,7% 0,2% 11,2% -16,1% 9,5% -3,6% -2,5%
70.000 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000
dez 03
jan 04
fev 04
mar 04
Exportações
44,5%
abr 04
mai 04
jun 04
jul 04
ago 04
set 04
Média trimestral
Fonte: Anfavea/ABM Consulting
22
FINANCEIRO
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