ANO 20 – NÚMERO 4
Q
OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2023
EDITORIAL
uis a generosidade e confiança dos meus pares que estivesse à frente dos destinos da nossa instituição por dois anos consecutivos. Retorno a esta solenidade para agradecer essa honra e distinção. Somos todos iguais em direitos e deveres, saberes e práticas em nossa Academia, mas acredito que a excelência individual também precisa ser reconhecida – não por privilégio, mas por mérito. Permitam, portanto, que minhas primeiras palavras sejam endereçadas aos confrades da diretoria, que muito contribuíram para o êxito da nossa gestão. Sou igualmente grato a todos os confrades que constituem a nossa Academia. Sem a efetiva e profícua participação dessa “comunidade de estudiosos” dedicada à descoberta, preservação e comunicação do conhecimento junto à presidência, a Academia não teria como levar a bom termo suas atividades, já bastante prejudicadas pelas dificuldades imposta à nossa medicina atual. Agradeço, de coração, esse apoio da mesma maneira que o faço à diretoria e à nossa querida secretária, Hilda Hintz. Não posso deixar de expressar gratidão também às demais entidades coirmãs. À Associação Médica do Paraná, tanto pela parceria intelectual, demonstrada pela participação assídua de nossos membros em suas atividades, quanto pela colaboração, manifestada pela cessão de suas salas para nosso uso exclusivo. A essa parceria acrescento a gentileza e a fidalguia de seus dirigentes para com a Academia. Contamos, ainda, com o inestimável apoio institucional da cooperativa médica UNIMED no patrocínio do nosso boletim. Foram nove edições durante a gestão, que mostraram nossas principais atividades e ações, totalizando 20 reuniões de diretoria, 18 picadinhos culturais, cinco solenidades de posse de novos acadêmicos, eventos comemorativos ao aniversário da nossa entidade e de final de ano, três assembleias extraordinárias e a reforma do estatuto, entre muitas outras. Mas como e por que a Academia Paranaense de Medicina, uma instituição que conta hoje com apenas 60 Acadêmicos Titulares, 31 Acadêmicos Eméritos, 36 Acadêmicos Honorários e 02 Acadêmicos Correspondentes
Estran geiros, ombreia-se a entidades tão importantes como as que acabei de citar? Respondo por todos nós: “Porque pensamos naqueles que não têm acesso ao tipo de educação que tivemos, muito menos às inovações tecnológicas que fazem parte do nosso cotidiano. Porque fazemos parte daqueles que detêm um conhecimento que serve não só para prevenir, cuidar e tratar doenças, mas também para lutar contra a pobreza e a injustiça. Porque compreendemos que nossa população mais humilde conhece e entende sua própria realidade melhor do que nós. Porque, como ensinava William Osler, a medicina é a mais humana das profissões e, mesmo que seu progresso possa ser às vezes lento e errático, somos os únicos profissionais com potencial para libertar a humanidade do seu sofrimento físico e mental. Porque sabemos que a saúde é direito de todos e dever de Estado. E porque juntos somos mais fortes. São essas as razões que justificam a nossa existência e nossa presença nessa cerimônia, apesar da diversidade que existe na maneira que cada um de nós pratica a sua profissão. Nesta confraternização, pela última vez como presidente da Academia Paranaense de Medicina, saúdo meus confrades unidos a representantes de outras instituições médicas, colegas de todas as idades e especialidades, familiares e amigos. Obrigado a todos vocês! Obrigado pela amizade, pelo encorajamento, pela confiança. Obrigado pelo amor à nossa instituição, pelo respeito à sua história e pelo otimismo no seu futuro. E, principalmente, obrigado por terem me permitido representar os mais respeitados médicos do nosso Estado por tanto tempo. À minha família, meu especial agradecimento pelo apoio inestimável, que garante a força necessária para sempre continuar. Ao confrade Henrique de Lacerda Suplicy e à diretoria, o desejo sincero de boa sorte e de um brilhante e profícuo trabalho!
Jurandir Marcondes Ribas Filho
Presidente da Academia Paranaense de Medicina (cadeira 25)