Revista Congresso Internacional Abit 2025

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Expediente

Esta revista é uma publicação da Área de Comunicação da Abit

REDAÇÃO:

Roberto Lima

Taleessa Silva

Eleni Kronka

DIAGRAMAÇÃO:

Leandro Mira

FOTOS: Lucas Galli

Baixo crescimento e fragilidade fiscal limitam produtividade brasileira, aponta Bráulio Borges

Especialista aponta transformações para alcançar a competitividade

Confiança, liderança e bem-estar pautam o debate sobre o futuro do capital humano na indústria

Inclusão digital e sustentabilidade são destaque em pesquisa do IEMI

Congresso Internacional Abit destaca políticas públicas e crédito para fortalecer a indústria nacional

Políticas públicas e competitividade no mercado exterior marcam o encerramento do primeiro dia do Congresso Internacional Abit

Sessão Especial apresenta dashboard inédito com indicadores de sustentabilidade da indústria têxtil e de confecção

Sustentabilidade: o retorno é maior do que o risco

Site da Liga de Descarbonização marca nova fase do movimento

Cadeias de suprimento mais rápidas, planejadas e competitivas: especialistas debatem o futuro da indústria têxtil

Projetos sustentáveis dinamizam trajetória de marcas e empresas 38

Investimentos estratégicos e inovação tecnológica são caminhos para o aumento da produtividade no setor têxtil

Futuro do trabalho: eu sou o quanto me adapto

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29 DE OUTUBRO DIA 01

Congresso Internacional Abit 2025: abertura oficial

“Produtividade como catalisador do crescimento e prosperidade” é tema da 10ª edição do Congresso Internacional Abit 2025, que acontece na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nos dias 29 e 30 de outubro. O evento reúne mais de 400 congressistas de diversas regiões do Brasil, com palestrantes nacionais e internacionais.

Na solenidade de abertura, Ricardo Steinbruch, presidente da Abit, abordou a necessidade do investimento em máquinas, tecnologia, inovação, pessoas e sustentabilidade. “A redução da informalidade e ambiente saudável de negócios também integram o conjunto de fatores para o crescimento sustentado”, disse. O setor têxtil e de confecção sempre respondeu com resiliência e continuará com papel relevante no desenvolvimento do Brasil. “Produtividade não

é conceito, é ferramenta para construir o futuro próximo”. Confira a íntegra do discurso

Rafael Cervone, presidente do Ciesp e presidente emérito da Abit, reforçou a importância do Brasil em alavancar a competitividade. “O mundo discute quem vai tomar conta das novas tecnologias, mas não podemos deixar de considerar o fator humano, maior patrimônio que temos nas empresas. A retenção de talentos é algo muito relevante”, complementou.

Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e presidente emérito da Abit, reforçou que a indústria de transformação brasileira já teve mais de 25% do PIB e hoje está em 11%. “Esse índice descresceu em todo mundo ocidental”, pontuou. Ricardo Alban presidente da CNI, acrescentou o empenho em apoiar a cadeia produtiva. “Quere-

mos estar juntos, colaborando. Queremos caminhar juntos no mesmo propósito”.

“Não é possível pensar em desenvolvimento sem política indústria”. A declaração é de José Luis Pinho Leite Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES. Ele destacou o papel da Nova Indústria Brasil (Nib), ação do governo federal, na agenda de inovação. “Queremos uma indústria mais forte e mais competitiva”.

O deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos_PE), presidente da Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção também prestigiou a cerimônia. “Estamos sempre reunidos com a Abit para verificar a tramitação de pautas no Congresso Nacional para defender esse setor que gera empregos e oportunidades na vida das pessoas. Temos a obrigação de proteger a nossa indústria”, afirmou.

José Luis Pinho Leite Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES
Rafael Cervone, presidente do Ciesp e presidente emérito da Abit
Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp e presidente emérito da Abit
Deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos_PE)

BAIXO CRESCIMENTO E FRAGILIDADE FISCAL

limitam produtividade brasileira, aponta Bráulio Borges

A primeira palestra da 10ª edição do Congresso Internacional Abit, no dia 29 de outubro, apresentada por Bráulio Borges, economista-sênior da LCA 4 intelligence, pesquisador-associado do FGV IBRE e membro consultivo do Instituto Clima e Sociedade (iCS), iniciou com uma análise aprofundada sobre o cenário macroeconômico brasileiro e seus impactos sobre a produtividade,

Em sua exposição, intitulada “Cenário Macroeconômico e produtividade no Brasil”, Borges destacou o crescimento econômico modesto, projetado em torno de 2% ao ano, como um dos principais pontos de atenção para o país. Segundo ele, “a principal fragilidade do Brasil ainda é a questão fiscal”, elemento que limita o potencial de expansão e afeta diretamente o ambiente de negócios.

O economista explicou que a aceleração da produtividade é fundamental para contornar as tendências demográficas globais, que indicam envelhecimento populacional e redução do chamado bônus demográfico, período em que há mais pessoas em idade de trabalhar do que dependentes. “A demografia é claramente um vento contrário para o desenvolvimento mundial”, observou Borges, citando Paul Krugman ao dizer que “a produtividade não é tudo, mas é

quase tudo”. No cenário brasileiro, o movimento de transição demográfica, ainda que moderado, tende a se intensificar na próxima década.

O economista defendeu a necessidade de um pacote de reformas estruturais, como melhorias no ambiente de negócios, maior participação feminina no mercado de trabalho e aumento do fluxo migratório como caminhos para elevar o potencial de crescimento. Ele também ressaltou que, mesmo diante das restrições fiscais, é possível aumentar o PIB potencial realocando recursos públicos e reduzindo desperdícios, sem elevar a carga tributária. Nesse contexto, a Reforma Tributária do Consumo foi apontada como um avanço fundamental, pois grande parte do ganho de PIB tende a vir do aumento da produtividade e do aumento de redução de custo de investimento. “Por mais que seja uma medida horizontal, que irá beneficiar a todos, na prática a indústria é quem mais vai se beneficiar, por ser hoje a que mais sofre com o sistema tributário atual”, disse Borges.

A palestra contou com mediação de Fernando Pimentel, presidente emérito e diretor superintendente da Abit, e foi seguida de uma sessão de perguntas e respostas com o público.

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INOVAÇÃO

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SERVIÇOS TECNOLÓGICOS

Ensaios laboratoriais têxteis

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Tecnologia no centro do debate sobre o Têxtil e a Confecção

O primeiro painel do Congresso Internacional Abit 2025 reuniu especialistas a propósito do tema “Inovações Tecnológicas na Indústria Têxtil e de Confecção”. Matheus Diogo Fagundes, CEO da Audaces, Oscar González, CEO da Improve Latinoamérica, e Tony Prinville, cofundador da Heuritech, trouxeram para a discussão os impactos que as novas tecnologias têm gerado nos resultados das empresas. Os executivos também destacaram a necessidade de investimentos crescentes nesta área como condição não só para consolidação e conquista de mercados, mas até mesmo para a sobrevivência dos negócios.

Tony Pinville parte do princípio de que a sustentabilidade é um dos maiores desa-

fios para empresas e marcas de moda. “A atividade do setor é constantemente associada a excedentes de produção”, lembra o executivo da Heuretech. “É muito alta a taxa de produtos que ficam em estoques, gerando um montante inestimável de capital parado”. Prinville observa que empresas apostam na criação e na produção e, com a mesma intensidade, devem recorrer à Inteligência Artificial para obter dados essenciais para gerenciar coleções.

Oscar González, por sua vez, salienta a complexidade que envolve o têxtil e a confecção, com as múltiplas etapas e a diversidade de colaboradores envolvidos. “Neste contexto, a digitalização é essencial”, assegura, assinalando que a IA hoje otimiza o tempo

de produção das empresas que a adotam, “tornando-se essencial para a sobrevivência futura do negócio”.

Já Matheus Fagundes, da Audaces, usa a metáfora da Fórmula 1, esporte no qual rapidez e eficiência estão atrelados na busca do resultado. “A produtividade ali é contabilizada por segundos; no nosso setor, por centavos”. Fagundes frisa que os dados coletados em cada etapa do processo geram informação, desde a criação da peça ao produto no ponto de venda. “A automação da venda também deve oferecer ao consumidor uma experiência diferenciada”, ressalta. “A empresa também se beneficiará com a experiência mais fluida de compra dos clientes da marca”, finaliza.

Tony Pinville
Oscar González Matheus Fagundes

Estudo atualiza visão do futuro 2030 do setor T&C

Marcelo Ramos, gerente de Desenvolvimento Estratégico e Sustentável do SENAI CETIQT apresentou os resultados do estudo “A Visão de Futuro 2030 do Setor Têxtil e de Confecção Atualizada: Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável” durante sessão especial no Congresso Internacional Abit 2025.

O material, realizado pela Abit em parceria com SENAI CETIQT, vem sendo elaborado há quase duas décadas e agora chega na fase final da atualização. Marcelo Ramos relembra que a versão do estudo de 2017, abordava a quarta revolução industrial como vetor de transformação, e trazia fibras, design, confecção e novos canais como ênfases estratégicas. Agora, a nova leitura traz estratégias para o desenvolvimento sustentável. “O foco está

na sustentabilidade. Não como tema, mas como estratégia”, enfatiza.

A versão atualizada, segundo Ramos, faz referência a novas fibras destacando a bioeconomia e materiais sustentáveis, além do papel transversal do design como elo de conexão e o papel das fábricas inteligentes para uma reprogramação do chão de fábrica.

“Agora trazemos a sustentabilidade e a descarbonização como eixo central, inteligência artificial e digitalização como motores de transformação e o pós-consumo e a economia circular como eixo estratégico para passagem da linearidade para a regeneração inteligente”, salienta.

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CONFIANÇA, LIDERANÇA E BEM-ESTAR

pautam o debate sobre o futuro do capital humano na indústria

O Painel 2 do 10º Congresso Internacional Abit, realizado em 29 de outubro, em São Paulo, colocou o capital humano no centro da agenda da produtividade. Sob o tema “Capital Humano: O Coração da Produtividade”, o debate reuniu Daniela Diniz (Great Place to Work® Brasil), Irina Catta Preta (Suzano) e Alexandre Ferreira (Vicunha Têxtil), com mediação de Rafael Cervone, presidente do CIESP e presidente emérito da Abit.

Abrindo as apresentações, Daniela Diniz focou na cultura de confiança, papel da liderança e impactos mensuráveis na performance, trazendo dados do Great Place to Work e apresentando alguns desafios contemporâneos das empresas, como: alto turnover, desengajamento frente à IA e busca por flexibilidade. Ela reforçou que a crise da confiança é um fator que afeta tanto a socie-

dade quanto as empresas, citando a frase de Michael C. Bush, CEO do Great Place to Work: “Confiança não é uma soft skills, é um acelerador”. Daniela ressaltou ainda o “efeito GPTW”, no qual liderança molda experiência, experiência molda cultura e cultura impulsiona a performance do funcionário. “As pessoas não pedem demissão das empresas, mas de seus líderes. A excelência começa pela liderança”, acrescentou.

Na sequência, Irina Catta Preta, da Suzano, trouxe o case sobre colheita florestal com o Projeto Spider, implantado no Vale do Paraíba. A iniciativa introduziu uma mecanização, permitindo operações mais seguras, eficientes e sustentáveis. Com isso, a produtividade cresceu sem afetar a mão de obra dos trabalhadores manuais, que foram mantidos e capacitados para operar

as novas máquinas, ganhando melhores salários e qualidade de vida. “Temos que nos desafiar a fazer de forma diferente, preservando a vida e a segurança das pessoas e também buscando mais produtividade”, disse Irina.

Por fim, Alexandre Ferreira trouxe experiências da Vicunha Têxtil e algumas reflexões sobre os desafios de tangibilizar o capital humano nas empresas. Com base em pesquisas internacionais e nacionais, ele destacou os altos índices de desengajamento profissional, especialmente entre os colaboradores que executam a estraté

Daniela Diniz
Alexandre Ferreira

Inclusão digital e sustentabilidade são destaque em pesquisa do IEMI

A segunda sessão especial do primeiro dia do Congresso Internacional Abit 2025 contou com a participação de Marcelo Villin Prado, diretor do IEMI - Inteligência de Mercado, que apresentou cenários da inclusão digital, produtividade e sustentabilidade na indústria do vestuário no Brasil.

Segundo ele, os dados foram levantados em pesquisa realizada com 280 empresas, sendo que 54% delas estão localizadas na região sudeste e 38% no sul do Brasil. A média de história delas é de 21 anos. A maioria é de pequenas e atuam majoritariamente em moda feminina, masculina, infantil e jeanswear.

O estudo revela que 70% das indústrias consultadas utilizam tecnologias digitais na gestão da produção. Os processos mecanizados na produção já representam 47% e os

manuais, 21% e a redução na perda de tecidos já é percebida.

O levantamento também mostra que a relação com grandes clientes do varejo ocorre, mas poderia ser maior, e que 76% delas estão preparadas para atender redes internacionais,

Prado também informou que 46% das empresas disseram ter programa de sustentabilidade na produção e comercialização de roupas e que o menor consumo de água e energia está entre os principais alvos dessas iniciativas.

“Observamos que existe inclusão digital acelerada, programa de sustentabilidade em pauta e integração entre confecções e grandes clientes em processo de desenvolvimento”, resume Marcelo Prado.

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Congresso Internacional Abit destaca

POLÍTICAS PÚBLICAS E CRÉDITO PARA FORTALECER A INDÚSTRIA NACIONAL

Mais uma vez, o Congresso Internacional Abit reúne vozes relevantes do governo que representaram, no primeiro dia do evento, órgãos financiadores da indústria e que, mais recentemente, passaram a estar mais próximos e atentos às atividades do Têxtil e da Confecção. Do painel focado em “Políticas Públicas e Produtividade Nacional”, sob a mediação do Diretor Superintendente da entidade, Fernando Pimentel, participaram José Luis Pinho Leite Gordon (BNDES), Uallace Moreira (MDIC), José Henrique Pereira (Finep) e José Ronaldo Souza Jr. (Leme Consultores).

Fernando Pimentel, ativo integrante de debates da Agenda da Indústria Têxtil e de Confecção junto aos canais governamentais, assinala que a pauta do painel incluiu temas estruturantes e recorrentes, como a qualidade regulatória, a simplificação tributária, crédito de longo prazo, inovação tecnológica, digitalização das empresas e fortalecimento das cadeias produtivas locais. “O debate é essencial para entender como políticas públicas bem estruturadas podem ampliar a competitividade nacional”.

“A indústria, como um todo, é tão estratégica quanto o agronegócio”, afirma o secretário Uallace Moreira, do MIDIC. Ele destaca a importância do plano de Indústria 2024, que prevê 300 bilhões de reais em crédito para o setor. O secretário também reforça que “a política industrial precisa ser de Estado, não de governo”. Ele salienta que “o setor privado precisa de linhas de crédito específicas para inovação”, apontando que a indústria tem um papel fundamental nesse processo. Uallace Moreira ainda lembra que “a NIB (Nova Indústria Brasileira) vem para mostrar a importância de uma política industrial estruturante”, sublinhando que “a indústria é estratégica para a transformação que estamos buscando”.

Já O diretor do BNDES, José Luís Gordon, destacou que o fortalecimento da indústria nacional exige continuidade e planejamento de longo prazo. “É algo perene, não se faz em um ano. É preciso dar espaço para que esta política funcione ao longo dos anos”, afirmou. Segundo ele, a indústria está no centro da agenda econômica do governo, com diversos instrumentos sendo articulados para impulsionar o setor. Gordon ex-

plicou que o “Plano Brasil Mais Produtivo” prevê R$ 600 bilhões destinados à indústria, em uma ação conjunta entre vários bancos, “um esforço que conflui para o mesmo objetivo”. Ele ressaltou ainda que os beneficiamentos tradicionais seguirão as diretrizes de conteúdo local, valorizando a produção nacional. De acordo com o diretor, a matriz de máquinas brasileiras precisa de renovação, e o BNDES disponibilizará R$ 12 bilhões em crédito para modernizar o parque industrial e preparar o país para a Indústria 4.0.

O representante da Finep, José Henrique Pereira, por sua vez, destacou que a instituição dispõe de recursos capazes de apoiar projetos voltados à exportação e ao aumento da produtividade. Segundo ele, “a Finep pode apoiar por crédito e por subvenção econômica”, sendo esta última realizada por meio de chamadas públicas. Pereira explicou ainda que empresas de grande porte podem ser atendidas diretamente pela agência, enquanto as de menor porte acessam o apoio por meio de agentes estaduais. “Em 2024 e 2025, estamos apoiando muitas empresas em diferentes setores”, afirmou. O dirigente ressaltou que a Finep atua como “um elo de ligação entre as empresas e as linhas de crédito para inovação”, reforçando o papel da instituição no fomento ao desenvolvimento tecnológico nacional.

José Luis Pinho Leite Gordon
José Ronaldo Souza Jr.
Uallace Moreira
José Henrique Pereira

POLÍTICAS PÚBLICAS E COMPETITIVIDADE NO MERCADO EXTERIOR

marcam o encerramento do primeiro dia do Congresso Internacional Abit

Encerrando o primeiro dia do 10º Congresso Internacional Abit, o Painel 4 – “Políticas Públicas, Competitividade e Mercado Internacional” reuniu representantes de instituições-chave da economia e da indústria brasileira para discutir caminhos que promovam a produtividade e ampliem a inserção internacional do setor têxtil e de confecção.

Mediado por Lilian Kaddissi, superintendente de Marketing e Negócios da Abit, o painel contou com a participação de Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp; Clara Santos, analista de negócios internacionais da ApexBrasil; Fábio Krieger, gerente nacional de Competitividade do Sebrae; e Roberto Pedreira, gerente de Monitoramento e Avaliação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Abrindo o debate, Igor Rocha destacou os avanços e os desafios da Reforma Tributária, classificada como um passo fundamental para o aumento da competitividade brasileira. O economista ressal-

tou que, embora a reforma seja um avanço, ainda há um longo caminho pela frente para destravar o potencial produtivo do Brasil. “Temos que parar de normalizar algumas distorções que temos na nossa economia e que trazem um custo muito grande para nossa indústria, para esse setor que reconhecemos como setor fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país”, acrescentou.

Representando a ApexBrasil, Clara Santos apresentou as ações de fomento à competitividade e internacionalização das empresas do setor da indústria têxtil e de confecção, destacando os projetos setoriais em parceria com a Abit, que impulsionam as exportações e os investimentos. “Dentro desses projetos setoriais, a Apex apoiou mais de 141 bilhões de exportações em 2024, o que equivale a 40% das exportações brasileiras”, acrescentou Clara, elencando algumas ações como qualificação, promoção comercial e posicionamento internacional das marcas nacionais.

Em seguida, Fábio Krieger, apresentou as frentes de atuação do Sebrae na promoção da competitividade, citando o NIB como um forte ponto positivo, tendo em vista que o Brasil estava há mais de uma década sem uma política industrial. “No momento em que temos uma política industrial estratégica com prazo, com resultados a serem mensurados, o Sebrae entra como um agente para ajudar a materializar essas estratégias em algo prático e concreto para as pequenas empresas”, acrescentou. Fábio ainda pontuou a importância de construir pontes entre micro e pequenas empresas e grandes indústrias, destacando o setor da moda como uma das cadeias prioritárias da instituição, por sua relevância na geração de emprego, renda e inovação no país.

Fechando o painel, Roberto Pedreira, da ABDI, apresentou as diretrizes da agência na execução e monitoramento de políticas industriais com base em três pilares estratégicos. “A ABDI tem atuação estratégica na articulação e promoção de programas, políticas e projetos que buscam estimular as empresas a se inserirem na economia digital, se utilizarem de práticas da indústria 4.0 e também desenvolverem ações de sustentabilidade ambiental”, elencou Roberto. Ele ainda destacou que todos esses canais são direcionados ao desenvolvimento industrial que hoje se estabelece por meio de uma política pública, trazendo as diretrizes e os caminhos para esse crescimento.

Clara Santos
Fábio Krieger
Roberto Pedreira
Igor Rocha

CONEXÕES QUE FORTALECEM

Mais do que um espaço de debates e trocas de conhecimento, o Congresso Internacional Abit 2025 foi também um local de encontros, reencontros e novas parcerias. Entre painéis e palestras, o evento reuniu empresários, profissionais do setor têxtil e de confecção, representantes do governo e da academia em uma imersão nos temas que moldam o futuro da indústria da moda brasileira.

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