Revista Abigraf 290

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PÓS-IMPRESSÃO

Müller Martini aposta na proatividade Em tempo de demanda retraída, tradicional fornecedor de equipamentos de pós-impressão para o segmento editorial fortalece área de serviços, oferecendo inspeção detalhada dos sistemas.

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m soft ware vem ajudando a Müller Martini a ajudar seus clientes. Lançado pela empresa em 2012, o Inspect possibilita uma ava liação profunda dos equipamentos, indicando não só quais componentes têm de ser trocados, como os processos que merecem ser aprimorados e o custo para tais ajustes. Com isso, a empresa se mantém ao lado dos clientes num momento em que toda a indústria gráfica busca extrair o máximo dos recursos que possui. De acordo com Carlos Alberto Pace, gerente geral, hoje a empresa gira em torno da área de serviços. “Estamos trabalhando com contratos de manutenção preditiva e a reação do mercado tem sido muito positiva. ” Munido do número de série do equipamento e da contagem de produção, o software de inspeção gera uma lista de pontos de checagem que possibilitam a ava liação do desempenho do sistema em vários aspectos, incluindo produtividade, confiabilidade, segurança e qualidade. O programa pode mostrar, inclusive, quais quesitos podem ser aprimorados de acordo com as prioridades da gráfica e o investimento para tal. Além de atender a demanda das empresas que não podem se dar ao luxo de ficar com máquinas paradas, essa estratégia segue os passos das consolidações. “Tratamos as rea locações como projetos, aproveitando o acesso a pontos que não seriam possíveis se o equipamento estivesse em produção para realizar uma revisão que estenda a vida útil do maquinário”, comenta Carlos Pace. REVISTA ABIGR AF

julho /agosto 2017

MANUTENÇÃO AMPLIADA

O viés da assistência técnica foi intensificado no início de 2015, após a compra, pela matriz, de todos os direitos e patentes da linha de grampeadeiras e lombada quadrada da Heidelberg. A subsidiária brasileira já vinha readequando seu estoque de peças e ampliando o investimento em treinamento de seus técnicos, movimento fortalecido pela aquisição.

A ideia de um equipamento em condições plenas em tempo integral serve também de alicerce para o conceito de acabamento 4.0 abraçado pela Müller Martini na Drupa do ano passado. Fazendo alusão à indústria 4.0, a estratégia tem quatro pilares: automação extrema, integração total (fluxo de trabalho sem interrupções e sem intervenção humana, da pré-impressão ao produto acabado), variabi lidade (produção sob demanda) e hibridismo (capacidade de trabalhar com produtos oriundos de diferentes processos de impressão). “Levaremos esse conceito para a ExpoPrint 2018, para a qual estamos considerando a possibilidade de trazer a encadernadora Vareo”, comenta o gerente geral. A empresa deve explorar igualmente as possibilidades abertas pela parceria formalizada no início de 2017 com a Hunkeler para as linhas de acabamento para impressão digital. Na opinião do executivo, a disseminação da tecnologia digital continuará forte em 2018, tendência que deve ganhar corpo no Brasil com o arrefecimento da crise.

MÜLLER MARTINI www.mullermartini.com


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