Revista Abigraf 290

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REVISTA

ISSN 0103•572X

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L I I • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 7 • Nº 2 9 0

EDIÇÕES SOFISTICADAS DE QUADRINHOS ATRAEM CADA VEZ MAIS LEITORES

PRINTAKI, UMA JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS GRÁFICAS

BERNARDO GURBANOV RECEITA PARA LIVRARIAS É GESTÃO E CAPACITAÇÃO



Criado em 2005 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 22 bibliotecas em todo o Estado desde então. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços para serem equipados com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Chegamos à marca de mais de 20 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamental para a escolha dos espaços que recebem as novas bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.


ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Denise Monteiro, Eduardo Franco, Fábio Gabriel, Felipe Salles Ferreira, Igor Archipovas, Ismael Guarnelli, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Tânia Galluzzi e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Av. São Gabriel, 201, 3º andar, conj. 305 01435-001 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897) e Ricardo Viveiros Colaboradores: Dieter Brandt e Hamilton Terni Costa Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Otávio Augusto Torres Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e acabamento: BMF Gráfica Capa: laminação, reserva de verniz e hot stamping com relevo (fitas MP do Brasil): GreenPacking Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

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Azulblue, acrílico sobre tela, 150 × 150 cm, 2008

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Ivald Granato, essencial

Primeiro artista brasileiro a fazer performances, integrando várias formas e linguagens, Ivald Granato produziu uma obra livre, criativa, bem-humorada e crítica.

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Rodadas de Negócio movimentam a Escolar Realizadas pela primeira vez na feira de produtos para papelaria, modelo resulta em mais de R$ 2,3 milhões de negócios imediatos e R$ 14,6 milhões estimados para os próximos 12 meses.

Com apresentação gráfica esmerada, já está circulando o 21-º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica, diretório contendo informações de mais de 1.800 gráficas e 494 fornecedores de todo o País.

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Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

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FUNDADA EM 1965

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ISSN 0103•5 72X

ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XLII • JU LHO/AGOST

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Mercado de HQs cresce e se sofistica Para atender a um público mais exigente, as histórias em quadrinhos vêm se diversificando e ganhando edições luxuosas. Editores indicam que esse movimento só vai se ampliar.

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Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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Chegou o 21º Anuário

EDIÇÕES SOFIST ICADAS DE QUADRINHOS ATRAEM CADA VEZ MAIS LEITORES

PRINTAKI, UMA JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS PEQUENAS E MÉDIA S GRÁFICAS

BERNARDO GURBA RECEITA PARA LIVRARNOV É GESTÃO E CAPAC IAS ITAÇÃO

Capa: Untitle, óleo sobre tela, 90 × 100 cm, 1992 Autor: Ivald Granato


Um país sem livrarias não tem remédio A afirmação é de Bernardo Gurbanov, presidente da ANL. Em entrevista à Revista Abigraf ele fala do reposicionamento da entidade e da necessidade de capacitação do livreiro.

Serigrafia Sign leva 36 mil ao Expo Center Norte O público da feira foi 70% maior ao registrado no ano passado. Além dos lançamentos, uma grade recheada de eventos paralelos e a boa divulgação foram fatores decisivos para o sucesso alcançado.

Printaki, o novo canal de vendas do pequeno gráfico

Plataforma web-to-print foi desenvolvida pela Abigraf-SP em parceria com um desenvolvedor de soluções de e-commerce e não tem custo de adesão.

A catequese da tecnologia Há mais de 30 anos, Sérgio Rossi Filho dedica-se a espalhar conhecimento técnico na seara da impressão offset. Conheça a trajetória desse missionário da tecnologia.

Amante da luz É com ela que Andre Arruda constrói retratos e cenários fortes, em preto e branco ou em cores vibrantes, apresentando sua visão do Rio de Janeiro e do mundo.

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Editorial/Levi Ceregato.......................... 6 Economia/Índice de confiança............. 40 Rotativa ............................................... 8 Fornecedor/Durst ............................... 42 Aniversário/Tyvek 50 anos .................. 22 Gestão/Hamilton Terni Costa ............... 44

Arvato agora é BMF

Fornecedor/WRH................................ 26 21-º Anuário da Indústria Gráfica .......... 52

Depois de alguns meses de negociação, executivos assumem os ativos da Arvato e criam a BMF Gráfica e Editora com perspectivas positivas para o primeiro ano de operação.

Fornecedor/Müller Martini .................. 30 Sistema ............................................. 66 Memória/Álvaro de Moya .................... 32 Há 30 anos ........................................ 69 Fornecedor/Just in Time ..................... 34 Mensagem/Sidney Anversa................. 70 julho /agosto 2017

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EDITORIAL

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Mudanças e reformas

e as s conviver com as reformas mo Va . luo nc Co res que, donos e senho reformular Há momentos na vida em porém será preciso também as, nç da mu s. mo ere qu os dele o que nossas metas e nossos absolutos do tempo, fazem favor objetivos existenciais. Contudo, quer estejamos a outra Priorizando a qualidade de ou contra o tempo, vez por s. vida e o bem-estar pessoal. ele pode conspirar contra nó Vamos conviver com Valorizando-nos, e mais, Quando menos esperamos, rmas e as fo re as sendo solidários com os somos alertados de que é m ré po s, ça an ud m nossos semelhantes. chegada a hora de mudanças m bé m será preciso ta A hora é de otimismo, e reformas e embarcamos . reformular nossas olhar para frente, ser nessa ideia mágica do novo forte. Pois tudo que aí está Mudamos de endereço, de metas e nossos objetivos s um dia vai mudar, será amigos, de hábitos, mudamo enciais. Priorizando ist ex reformado e reformulado. até de comportamento. da e vi de e ad id al qu a Tudo a seu tempo. Nada Pegamos no exato tempo l. oa ss pe ar st o bem-e na vida é definitivo. previsto o trem da história. O tempo dirá. Vamos em busca da de , de tecnolog ia, da modernida tenberg, à tipografia, r lceregato@abig raf.org.b novidades. Ao tempo de Gu l. ita dig ssão ao linotipo, à offset, à impre inâmica da vida E continuamos a mudar. A d às inovações. nos impulsiona em direção o Mas, e as reformas? No plan otamos como macroeconômico e social, ad al as reformas. prioridade no momento atu os tudo sobre Falamos, ouvimos e discutim País. Nesse pacote as reformas estruturais do política, fiscal, estão incluídas as reformas al e trabalhista, tributária, sindic o que mais vier pela frente. ho. Precisamos Subitamente, tudo ficou vel tes apenas as mudar!!! Já não são suficien também as reformas. mudanças, são necessárias fica suas marcas, cada Bra sileira da Indústria Grá O tempo continua a deixar Presidente da Associação Indústrias Gráfica s das to ge dica Sin rea e do e e al) ag , ion se altera (Abigraf Nac digraf-SP) vez mais fortes. A natureza no Estado de São Paulo (Sin . no ma hu ser do o nt me rta po com o de acordo com

L evi C eregato

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Aquisições da Henkel complementam portfólio de produtos A bem-sucedida conclusão das

Chega ao país o CorelDraw 2017 No mês de agosto foi divulgado

de programas profissionais para design, esta edição inclui uma ferramenta dotada de Inteligência Ar ti fi cial, que permite dividir com o cliente a tarefa de desenhar e criar ilustrações. O CorelDraw 2017 está sendo comercializado no nosso país nas modalidades de li cen ciamento vitalício (para versões em licenças, caixa e ESD-download) ou assinatura anual, na qual o usuário pode fazer upgrades gratuitos durante a duração do contrato. Com interface e manuais

o lançamento nacional do software Corel Draw 2017, já disponível nas mais de 800 revendas que formam a rede de comercialização da Corel Corporation no Brasil. A expectativa da empresa com o novo software é de um crescimento de 20% sobre as vendas iniciais da última versão lançada. O software, que conta atualmente com 100 milhões de usuários no mundo, passou por uma pequena revolução. Pela primeira vez no mercado

Plataforma Info do FSC disponível em português

em português do Brasil e outros 13 idiomas, a versão completa está sendo pré-lançada no País por R$ 2.199,00. Quem tem versões ante rio res da suí te — de qualquer versão, desde a primeira lançada há quase 30 anos — pode usufruir de descontos para atualização. O upgrade sai por R$ 899 e só não vale para as versões acadêmica, OEM e de revenda proibida, ou NFR. A assinatura também está disponível por R$ 899/ano. www.corelbrasil.com.br

Uma base de dados de todos empreendimentos certificados no mundo, a plataforma Info do FSC, está sendo disponibilizada em português. Com ela, além de verificar a veracidade, é possível checar a validade e o escopo da certificação, os relatórios de auditoria e as informações de contato. A busca pode ser feita, entre outras formas, pelo nome da empresa, número de licença, localidade ou, ainda, pela categoria de produtos, como celulose, papel, cortiça, borracha, madeira sólida, lâminas e laminados. Atualmente, a base pode ser acessada em sete idiomas: inglês, espanhol, italiano, chinês, japonês, alemão e agora também em português (BR). http://info.fsc.org/?lang=POR

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aquisições do negócio global da Darex Packaging Technologies e do Sonderhoff Group fortalece e expande a posição da Henkel no segmento de Adhesive Technologies (Tecnologias de Adesivos). Sediada em Cambridge, Massachusetts (EUA), a Darex fornece vedantes e revestimentos de alto desempenho para a indústria de embalagens metálicas em todo o mundo e atende diversos clientes globais de alimentos, bebidas e latas de aerossol. A aquisição, no montante de 1.05 bilhão de dólares (cerca de 919 milhões de euros), isentos de cash e dívidas, foi anunciada no início de março. O alemão Sonderhoff Group, estabelecido em Colônia, possui ampla experiência no desenvolvimento e produção de equipamentos de dosagem personalizados e é líder no setor de soluções em vedantes de espuma. Sua aquisição foi divulgada em maio e ambas as partes concordaram em não divulgar os detalhes financeiros da transação. No ano fiscal de 2016, a Darex registrou 309 milhões de dólares em vendas (cerca de 280 milhões de euros), enquanto o Sonderhoff Group atingiu aproximadamente 60 milhões de euros. No mesmo exercício, a unidade de negócio de Adhesive Technologies da Henkel faturou cerca de 9 bilhões de euros, o que a posiciona como líder em soluções de adesivos, vedantes e revestimentos funcionais. www.henkel.com

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H.B. Fuller faz acordo para compra da Adecol

As livrarias independentes, além de não estar mortas, voltaram com força. Em 2009, havia 1.401 livrarias independentes nos Estados Unidos. Este ano, elas já somam 2.321. Nova York, onde caros aluguéis comerciais afugentam o varejo como não acontecia desde o crash de 2008, ganhou pelo menos cinco livrarias no último ano, como a aconchegante Books Are Magic, no Brooklyn. Lúcia Guimarães “Aliás, Literatura”, O Estado de S.Paulo, 2/7/2017.

(E/D) Jim Owens, presidente e CEO da H.B. Fuller; Ana Júlia Kiss, diretora industrial da Adecol; Alexandre Kiss Segundo, diretor comercial da Adecol e Steve Kenny, vice presidente de mercados emergentes

Foi anunciada no dia 17 de julho, em Saint Paul, Minnesota (EUA), pela H.B. Fuller Company, a assinatura de acordo para a aquisição da Adecol Indústria Química Ltda., fabricante de adesivos industriais no Brasil. Em trabalho conjunto com seus clientes, a Adecol desenvolve soluções adesivas inovadoras e de qualidade em hot melt, reativas e à base de polímeros para empresas dos mercados de embalagens, conversão e montagem. Sediada em Guarulhos (SP), a Adecol gerou cerca de US$ 40 milhões em receitas no ano fiscal de 2016. A H.B. Fuller pagou oito vezes o ebitda de 2016 pelo negócio e espera concluir a transação, no máximo, até o final de setembro. www.hbfuller.com/latin-america

Roraima confirma adesão ao Recopi Nacional Com a confirmação da adesão do Estado de Roraima às disposições do Convênio ICMS nº 48/2013, que disciplina o credenciamento do contribuinte que realiza operações com papel destinado à impressão de livro, jornal ou periódico, o Recopi Nacional – Sistema de Registro e Controle das Operações com o Papel Imune Nacional deu mais um passo no combate

aos crimes de evasão fiscal. A adesão de Roraima era a última que faltava para que todas as 27 Unidades Federativas fossem signatárias do Convênio. Resta agora regulamentar o sistema em oito estados: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Paraí ba, Rio Grande do Sul, Tocantins e, naturalmente, Roraima, que acaba de aderir ao convênio.

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Mudanças nas diretorias da Suzano

ENFOQUE

Buscando orientar e priorizar esforços com base em seus três pilares estratégicos — competitividade estrutural, negócios adjacentes e redesenho da indústria —, a Suzano Papel e Celulose anunciou mudanças na sua estrutura organizacional. Com essas mudanças, os negócios de papel e celulose passam a contar com diretorias executivas independentes. Entre elas, foi criada a diretoria executiva de Bens de Consumo, assumida em 15 de agosto por Fabio Prado, economista formado pela Universidade de São Paulo (USP), com espe cialização em Administração pela Harvard Business School. Acumulando uma experiência de quase 30 anos na Unilever e após ter sido o responsável por estabelecer os negócios da JBS no México, o executivo assume a liderança na operação de tissue da companhia. OUTRAS DIRETORIAS – Na Suzano desde 2000, Leonardo Grimaldi, que exercia a função de diretor de operações comerciais da área de Papel e comandou a implantação do programa Suzano Mais, ficou à frente da diretoria executiva de Papel. Anteriormente responsável pelos negócios de papel e celulose, Carlos Aníbal passou a ser o diretor- executivo de Celulose, tendo por foco uma atenção exclusiva a esse mercado. E, como parte dessas mudanças, a diretoria executiva de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação transformou-se, em 10 de julho, na diretoria executiva de Gente e Gestão, sob a responsabilidade de Julia Fernandes. Nesta nova estruturação, cada diretoria vai gerenciar a respectiva cadeia de atuação com uma Unidade de Negócio própria. Assim, estarão organizadas em grandes áreas, representadas por equipes comerciais, industriais, de logística, assistência técnica e produtividade, mantendo as sinergias consolidadas ao longo dos últimos anos. www.suzano.com.br

Quadrinhos no Jabuti

Artecola Química anuncia nova gerente Especialista em adesivos e detentora de sólida carreira em gestão comercial e de vendas, Walkíria do Vale foi contratada pela Artecola Química para a gerência de Papel e Embalagem, tendo como incumbência ampliar ainda mais o relacionamento com o setor no qual a empresa atua há mais de 20 anos. A nova gestora responderá diretamente à gerência e à direção do Negócio Indústria, liderado por Evandro Kunst. Walkíria tem mais de 25 anos de experiência na área comercial-técnica em empresas do setor químico como Clariant e Hexion. Com formação em Química, possui especialização nas áreas comercial e de gestão. A Artecola atua no segmento de Papel e Embalagem desde a década de 80, oferecendo tecnologias à base de água e completa linha de hot melt, como metalocenos, APAO, PSA e poliamidas. www.empresasartecola.com.br

EFI contrata novo gerente para linha inkjet O executivo Marcel Casarino,

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a partir de julho, é o novo gerente de Vendas da EFI para a linha inkjet na América Latina. Com mais de 20 anos de trajetória no mercado de impressão digital, Casarino passa a integrar a equipe da EFI voltada ao relacionamento e atendimento ao cliente, para expandir a atuação da empresa no mercado. Reconhecido pela competência nos segmentos de comunicação visual e embalagens, o executivo terá sob sua gestão na América do Sul os equipamentos Vutek, para grandes e supergrandes formatos; Jetrion, para rótulos e etiquetas; a linha Reggiani, no segmento de impressão em tecidos; e Nozomi, para impressão em papelão ondulado. www.efi.com REVISTA ABIGR AF

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Manroland do Brasil tem novo presidente D

epois de cinco anos no comando das operações da Manroland do Brasil Serviços, Bruno Garcia deixa o cargo de diretor-presidente da empresa para assumir novos desafios dentro do grupo Langley, para o qual atua desde 1999. Em seu lugar, no dia 1º de setembro, Paulo Sérgio Raimundo, que desempenhava a função de gerente de Serviços, assume a presidência na filial brasileira da importante fabricante alemã de máquinas de impressão plana. www.manrolandsheetfed.com/pt-BR

Em sua 59ª edição, o Prêmio Jabuti, o mais tradicional concurso literário brasileiro, passa a contemplar a categoria HQ s, atendendo a uma petição pública criada por um grupo de quadrinistas. Perguntamos para dois editores do gênero o que isso representa. “Acreditamos que é o reconhecimento de que as histórias em quadrinhos são, sim, uma outra forma de literatura. Entre as diversas publicações lançadas pela Panini, por exemplo, é possível encontrar thrillers políticos, fábulas, aventuras de época, terror, ficção científica, suspense. Então, para nós, nada mais natural do que os quadrinhos também figurarem entre as publicações literárias tradicionais. A única diferença é que os quadrinhos contam com a narrativa de uma forma ilustrada que se assemelha ao cinema.” José Eduardo Severo Martins, diretor-presidente da Panini Brasil “É um reconhecimento mais do que merecido. Nós que publicamos quadrinhos nunca deixamos de encarar essas obras como uma forma de expressão literária. O Jabuti é bem-vindo ao século XXI.” Paulo Roberto Silva Junior, coordenador editorial da Devir


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08/08/2017

20 a 24 de Março, 2018 - São Paulo - SP - Brasil Expo Center Norte - Pavilhões Azul e Branco


ENTREVISTA Texto e fotos: Tânia Galluzzi

Bernardo Gurbanov

A saúde das livrarias passa pela capacitação

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ma frase de Bernardo Gurbanov, presidente da Associação Nacional das Livrarias (ANL) estampa o site da entidade. “Um país sem remédios não tem saúde. Um país sem livra rias não tem remédio.” E para que o segmento cresça com saúde, ele defende a profissiona lização do livreiro por meio da capacitação. Proprietário da Letraviva Editora, é membro do Colegiado do Livro, Leitura e Literatura do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC), órgão do Ministério da Cultura. Nesta entrevista, Bernardo, que compôs a diretoria da Câmara Brasileira do Livro (CBL) entre 1992 e 2014, discute o mercado editorial e principalmente o papel do livreiro como gestor do negócio e de conteúdo.

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Segundo dados do IBGE de 2015, entre 1999 e 2014 a proporção de cidades com livrarias no Brasil diminuiu. Em 1999, 35,5% dos municípios tinham ao menos uma livraria, contra 27,4% em 2014. Essa tendência se manteve? Quantas livrarias há hoje no País? Consideramos um número aproximado de três mil livrarias no Brasil, soma que tem oscilado seguindo o ritmo da economia. A particularidade que se acrescenta na última década é a venda de livros online. Temos livrarias com loja física e vir tual e livrarias só com venda pela internet, além de sites que vendem todo o tipo de produto, incluindo livros. Estamos trabalhando para que a nossa próxima pesquisa, que deve sair em 2018, tenha critérios mais amplos.


Como o senhor vê os dois modelos de negócio vigentes no mercado editorial hoje, as livrarias independentes e as grandes cadeias? Primeiro é preciso definir o que são livrarias independentes. São aquelas que não pertencem a um grupo econômico. As livrarias independentes são a maioria, e boa parte delas empresas fami liares. Há uma tendência de visua lizar esses modelos como opostos. Na minha opinião são elementos de um mesmo sistema. A tendência de hiperconcentração não consegue cobrir todas as necessidades do público leitor, sobretudo com relação ao atendimento especia lizado. É necessário existir um interlocutor capacitado para assessorar e descobrir as necessidades do cliente.

A aprovação da Lei do Preço Fixo1 poderia ajudar as li vra rias independentes e o mercado como um todo? A lei que está tramitando no congresso, voltou a ter como relator o deputado Lindberg Farias e ele acaba de dar seu parecer favorável. Ela foi inspirada na lei francesa de 1981, criada diante das ameaças que o setor sentia de grandes super fícies como supermercados e magazines. Contudo, na França existe uma política de Estado com relação às livrarias, que são consideradas um bem cultural. A Lei do Preço Fixo funcionou bem não só na França como em outros países europeus, preservando tanto as pequenas livrarias quanto a bibliodiversidade, que é a fragmentação positiva da oferta. Além disso, na França, as livrarias que começaram a sofrer pressão do ramo imobi liá rio passaram a ter subsídios para que pudessem manter seus espaços físicos.

O livreiro como gestor de conteúdo continua então a ser o diferencial da livraria independente? Esse é o papel que nós da associação reivindicamos. Não por coincidência o tema da nossa próxima convenção é O livreiro: do leitor ao gestor. O livreiro deve se capacitar conti nua- A lei não estava isolada e sim apoiada em outras mente, tanto em termos de conhecimento e ferramentas. acompanhamento das novas produções cultu- Sim. E numa cultura, não só de preservação dos meios culturais, rais, científicas e literámas de cumpr imenrias quanto com relação to das leis. Na Amérià gestão do próprio neca Latina vivemos uma gócio. E quando me refiHÁ A TENDÊNCIA DE situação completamenro a negócio estou falanGLAMORIZAR A PROFISSÃO te oposta. As leis chedo de uma atividade que [DE LIVREIRO]. PORÉM, gam sempre tarde, para basicamente se sustenTEORIAS E DISCURSOS NÃO tentar regular situações ta da chamada compra PAGAM DUPLICATAS. já estabelecidas, e são e venda mercantil, que ameaçadas pela cultura necessariamente envolda transgressão. Se a Lei ve o lucro. Insisto nisso do Preço Fixo for aproporque, como trabalhamos com um produto cultural, há a tendência vada, será que o setor vai cumprir? Tenho dúde glamorizar a profissão. Porém, teorias e dis- vidas. Mas isso não quer dizer que não lutecursos não pagam duplicatas. Esse é o equilíbrio mos para obter um grau mínimo de regulação de mercado. Não somos contra a concorrência. que temos de buscar sempre. Mas toda a competição tem regras e limites. O que se busca é coibir a concorrência desleal. E a participação das grandes cadeias? Essas empresas conseguiram crescer baseadas em um modelo que se encaixa perfeitamente Qual a expectativa da ANL com relação à aprona multiplicação dos shoppings centers. Essas vação da Lei do Preço Fixo? livrarias oferecem a lista de best sellers e con- Estamos tentando marcar uma audiência com seguem, aproveitando os espaços que detêm, o deputado Lindberg Farias. Mas o ponto prinagregar valor à ex pe riência de compra, algo cipal nem passa pelo relator, está na Receimuito mais difícil para uma pequena livraria. ta Federal, que não vê com bons olhos o estaO critério de administração é o tíquete médio, belecimento de preços fixos por um período que pode aumentar quando se instala um café, uma área de lazer ou espaços infantis. É um 1 Projeto de Lei nº 49 de 2015, que institui a polítiambiente favorável que contribui para ampliar ca nacional de fixação do preço do livro, estabelecena ex periência do leitor. do regras para a comercia li zação e difusão do livro.

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precisa se capacitar permanentemente, mas sabemos que as opções são poucas. Temos cursos isolados, mas não há sequer a regulamentação da profissão de livreiro. Dentro dessa capacitação, a leitura, por mais óbvio que possa parecer, é fundamental. Para que eu possa recomendar ou ter um grau de interlocução válido com o cliente, eu preciso ler e ter lido muitas obras. determinado. Precisamos estar próximos de outras entidades, com um entendimento de que essa lei vai beneficiar o mercado como um todo, incluindo o consumidor.

E isso está se perdendo? Sim. Mas não só entre os livreiros. Você vai hoje num banco e o gerente não resolve nada que não esteja pautado previamente no sistema. Em muitas profissões, por vários fatores, o contato com o público está sendo robotizado. Na nossa concepção não pode haver um livreiro que não lê, assim como não pode existir um professor que não lê. Teremos uma mesa na convenção especificamente sobre a formação do livreiro-leitor. Trataremos de um conceito que estamos introduzindo, o livreiro- docente e o livreiro-leitor.

Abordando agora a atuação da ANL: sua gestão começou em 2016 com a promessa de um reposicionamento da entidade. O que mudou? Conseguimos rea lizar ações concretas que têm a ver com o posicionamento da entidade no setor como um todo e perante o poder público. Quando organizamos a convenção do ano passado já partimos com um critério que deixava pra trás a tendência de vitimização muito comum entre os livreiros, abordando questões es- O que é o livreiro-docente? tratégicas. Na convenção formulamos o Manual É o passo seguinte ao livreiro-leitor. É o livreiro de Boas Práticas do Setor Editorial e Livreiro2 . capaz de exercer a docência, de interagir com o Ele é fundamental porque toca pontos nevrálgi- cliente, transmitindo e recebendo informações. cos da dinâmica do funNa convenção do ano cionamento do sistema, passado o tema foi a lidesde a bibliodiversidade vraria do futuro. O que até a concorrência, atenNÃO PODE HAVER UM LIVREIRO seria essa livraria? dendo todos os setores QUE NÃO LÊ, ASSIM COMO Nossa conclusão é que envolvidos na produção e NÃO PODE EXISTIR UM a livraria do futuro é comercialização do livro. PROFESSOR QUE NÃO LÊ. aquela que conseguir dar as melhores respostas Como o senhor já comenao seu público. Isso utitou, o tema da 27ª- Conlizando inúmeros mecavenção Na cio nal de Livrarias, que acontece nos dias 29 e 30 de agosto, nismos, principalmente os baseados nas novas no Rio de Janeiro, é O livreiro, de leitor a gestor. tecnologias. Elas colocam à prova a nossa capacidade de adaptação e a livraria do futuro será Por que a escolha desse tema? Neste ano focalizamos tanto a questão da for- a que se sair melhor nessa tarefa sem perder de mação do profissional quanto o seu desem- vista que a nossa atividade passa obrigatoriapenho na administração da livraria. Ambas mente pela compra e venda mercantil. Depois as questões estão interligadas. O profissional de duas horas de conversa com um cliente, se a venda não for concretizada pode ser que o livreiro-leitor fique satisfeito, mas não o gestor. 2 Objetiva proporcionar um melhor entendimenNão por acaso um dos nossos principais proto por parte das editoras, distribuidoras, livra rias e demais atores envolvidos no processo de criajetos é a capacitação. Temos um projeto junto à ção e comercia li zação do livro em qualquer formaFundação Escola de Sociologia e Política de São to e plataforma, desde o autor até o leitor. Além da Paulo para um curso de pós-graduação com reANL , tem a chancela da Associação Estadual de Livrarias, AEL; Associação Brasileira de Editoras Uniconhecimento do MEC para a formação de liversitá rias, ABEU; Câmara Brasileira do Livro, CBL; vreiros. É possível que anunciemos mais detaFundação Na cional do Livro Infantil e Juvenil, lhes desse curso durante a convenção. FNLIJ; e Liga Brasileira de Editoras, Libre.

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Ivald Granato O inventor da reinvenção

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o Brasil dos anos 1960 — seja pelo golpe militar que amordaçou a cultura ou, ainda, pela força crescente da sociedade de consumo —, o cenário era fértil para uma arte comprometida com a comunicação de massa. Uma figuração pop que, a bem da verdade, já havia surgido na década anterior. Wesley Duke Lee, Antônio Dias, Carlos Vergara, Roberto Magalhães e outros, foram os pioneiros de um movimento artístico brasileiro diversificado. Um trabalho de criação sem limites, que transcendia o desenho, a pintura, a escultura e, de maneira efervescente, buscava novas plataformas ou a integração de todas elas para revelar sua inquietação, sua força criativa. Nessa mesma época, Ivald Granato, desde sempre um artista polêmico, já produzia desenhos e pinturas revolucioná rias quanto ao

figurativo e a técnica. Questionava tudo, embora criasse com sensibilidade, beleza e descontração. Um trabalho cujo princípio estava na força gestual, passando por temas autobiográficos e usando formas, traços e cores como um grito libertário. Mais tarde, seria o primeiro brasileiro a fazer performances, integrando várias formas e linguagens, colocando a arte como parte do dia a dia da sociedade. Uma ação quase indistinta da própria vida. Cabe lembrar o artista norte- americano Allan Kaprow que, entre as décadas de 1950 e 1960, foi o precursor das performances, dos happenings, das instalações que surgiram e nunca mais desapareceram. Fica claro que a proposta não era apenas mais um modismo, e sim uma visão que veio para ficar. Kaprow, que legitimou esse novo caminho, esteve no Brasil em duas Bienais Internacionais de Arte de São Paulo, a

Foto: Massao Goto Filho

ARTE

Há o artista que cria. Há o artista que copia. E há o artista que tira da emoção algo inédito, que usa o tempo a favor e faz da vida uma arte capaz de mostrar, com humor e beleza, a essência das coisas. Ricardo Viveiros (ABCA-AICA)

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1 (página ao lado) Man, ecoline sobre tela, 90 × 130 cm, 1969 2 (página ao lado) Figuras, acrílico sobre tela, 200 × 300 cm 3 Um Campo de Batalha, acrílico, verniz sobre tela, 150 × 200 cm, 2002

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13ª (1975) e a 30ª (2012). Outro nome que cabe ser lembrado, é o do artista alemão Joseph Beuys que, também nos anos 1960, tornou-se referencial no que diz respeito à transformação da sociedade como uma obra artística coletiva. Beuys utilizou várias formas de expressão para mostrar que nós somos os agentes das transformações. Foi ele quem, em 1965, cobriu o rosto com mel e folhas de ouro, e com um coelho morto nos braços caminhou por uma exposição de pinturas questionando a arte versus a tragédia ecológica.

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O INVENTOR

4 O Quadro em Frente ao Dólar, óleo sobre tela, 150 × 200 cm, 1983 5 Dennis, acrílico sobre tela, 100 × 90 cm, 1970 6 Flictz, acrílico sobre papel, 30 × 40 cm

REVISTA ISSN 010 3•572

A GRÁFIC A • ANO X LII • JULH O/AG

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OSTO 201 7 • Nº 2 9 0

F 290 JUL/AG O 2017

ARTE & IN DÚSTRI

EDIÇÕES SOFIS DE QUADRINH TICADAS OS ATRAEM CADA VEZ MAIS LEITO RES

PRINTAKI, UMA OPORTUNIDADE JANELA DE S PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS GRÁFICAS

BERNARDO GURBANO RECEITA PARA V LIVRARIAS É GESTÃO E CAPACITAÇ ÃO

Capa

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Untitle, óleo sobre tela, 90 × 100 cm, 1992 REVISTA ABIGR AF

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Ivald Granato, nascido em Campos dos Goytacazes (Estado do Rio de Janeiro), em 1949, foi desenhista, pintor, escultor, escritor e artista multimídia. Estudou pintura com Robert Newman na segunda metade dos anos 1960. Na sequência, por breve período, frequentou a Escola Nacional de Belas Artes, no RJ. Foi premiado, por mais de uma vez, pelos seus desenhos. Participou, e foi destaque, em várias bienais no Brasil, Cuba e México. Recebeu prêmios e homenagens também no exterior. Participou de dezenas de exposições individuais e coletivas, no Brasil e em vários países do mundo. Tem obras em acervos públicos e privados, nacionais e internacionais. Morreu em 2016, em São Paulo (SP). Embora seu trabalho como desenhista e pintor seja de muito boa qualidade, Granato despontou no cenário artístico brasileiro com performances e outras, à época, inovadoras manifestações. Ao unir de maneira harmônica e sur preendente recursos de imagens, fixas ou em movimento, a elementos sensoriais, abriu um universo novo para comunicar sua opinião sobre a vida. Foi, ao lado de Hélio Oiticica, Lygia Pape e Lygia Clark, pioneiro em instalações e representações mesclando cinema, teatro, circo, música e artes plásticas. Com coragem e determinação, enfrentando preconceitos, foi às ruas das metrópoles mostrar sua arte a quem ela se destinava: o povo.

Em 1980, passa a fazer parte da “Banda Performática”, liderada pelo não menos audacioso e criativo José Roberto Aguillar. Nas apresentações públicas, cantavam, dançavam, fa ziam malabarismos e pintavam, inspirados nos sentimentos de momento e impulsionados pelas reações do público. Granato explica Granato: “Conheço as técnicas e as finalidades básicas da pintura. Posso fazer telas ex pressionistas, fauvistas, impressionistas ou em qualquer tendência mais recente. Por isso, transformei minha pintura em um ato irônico sobre isto que conheço. Pintar, para mim, não é aplicar uma técnica conhecida, mas exercitar o ato de criar.” O REINVENTOR

Ivald Granato foi um dos mais significativos pintores contemporâneos deste país, dono de uma arte livre, criativa, bem-humorada, crítica e, ao mesmo tempo, encantadora. O artista foi um eterno caminhante, um desbravador em busca de novos horizontes e, sempre, interessado em abrir nossos olhos para o ainda não visto, não sentido, não percebido. Um provocador de sonhos? Talvez. Mas, com certeza, um apresentador lúdico da rea lidade, um questionador de dogmas, um iconoclasta que incluiu a si mesmo, embora admirasse e alimentasse sua imensa capacidade de mudar o mundo. Foi, certamente por isso, que o papel, as telas e os panos, o bronze e os demais suportes não lhe bastaram. Era preciso buscar as possibilidades táteis, as sonoridades, as imagens vivas para alcançar ainda maiores e melhores formas de expressão. Ser real no sonho — um constante desafio. Há vá rios livros com o trabalho de Ivald Granato, alguns de autoria dele mesmo. Mas, sem dúvida, um se destaca entre todos os demais: “Gesture and Art”, de Jacob Klintowitz, o respeitado crítico de arte que tão bem soube captar e entender esse artista tão especial que nos ofereceu o delírio do movimento.



EVENTO

Feira atrai 36 mil pessoas, que foram ao Expo Center Norte, em São Paulo, buscando inovações nos segmentos de comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital, impressão têxtil, materiais promocionais e brindes. Texto e fotos: Tânia Galluzzi

Serigrafia Sign

supera expectativas

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om um público 70% maior do que no ano passado, quando 21 mil pessoas estiveram no evento, a 27ª edição da Serigrafia Sign FutureTextil surpreendeu organizadores e expositores. Ocupando uma área de 25 mil m², a feira, rea lizada de 12 a 15 de julho, levou mais de 600 marcas para o Expo Center Norte e uma ampla agenda de atividades. “Promovemos uma campanha intensa ao longo do ano procurando conectar os vários setores com as necessidades dos visitantes. Dessa integração nasceram iniciativas

como o Decor Express, onde as pessoas tiveram a chance de ver na prática a aplicação da personalização no universo da decoração”, comentou Li liane Bortoluci, diretora do evento. A executiva integra a equipe que, dentro da Informa Exhibitions, assumiu a feira há um ano, dinamizando a divulgação e a comunicação do evento com o mercado e ampliando a conexão com outros agentes. Um dos frutos foi a Sala de Crédito, ambiente em que expositores e visitantes puderam se relacionar com as instituições financeiras parceiras em busca de linhas de crédito alternativas. A iniciativa foi promovida em conjunto com a Fiesp, a Abigraf e o Sindigraf- SP. A ideia do Decor Express agradou empresas como a Antalis. “Não tínhamos planejado participar da feira, mas o Decor vai exatamente ao encontro da estratégia da Antalis de mostrar a aplicação de seus produtos no segmento de comunicação visual. A receptividade está sendo muito boa”, comentou Neliane Miguel, responsável pela área de marketing da Antalis. Mais de 10 itens da linha Coa la, composta por mídias digitais para impressão em grandes formatos nas tecnologias solvente, látex e UV, compuseram o espaço de decoração. Em seu estande, a Antalis enfatizou o lançamento de novos itens da linha: cinco tecidos, entre canvas, flag e sublimação, e uma lona, a Coa la Flat Ban. Sem trama, a Flat Ban proporciona efeito diferenciado, além de não encanoar. NEGÓCIOS

Pela primeira vez foi rea lizada uma rodada de negócios na Serigrafia Sign. Uma hora e meia de reuniões entre dez empresas expositoras e 41 compradores de todo o Brasil rendeu uma previsão de negócios de R$ 9,3 milhões para os próximos 12 meses. Para Solivan Carlos Szupka, responsável pelo marketing da Ampla, o movimento na feira esteve muito acima do registrado na edição anterior. “Os corredores estão sempre cheios. No primeiro dia, eram 23h30 e ainda tinha gente aqui no estande.” O executivo relatou que

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muitas propostas foram tiradas, mas até sexta não havia a concretização de negócios. Ele atribui o interesse à própria dinâmica da tecnologia digital. “Estamos vindo de dois, três anos de recessão e queda na demanda. Mas os equipamentos de impressão digital têm uma vida útil mais curta. Acho que não tem como as empresas segurarem muito mais os projetos de atua lização.” A Ampla estava lançando a impressora digital de grande formato Cromax, posicionada como equipamento de entrada para quem deseja investir no segmento de sinalização. Utilizando tinta ecossolvente, a máquina tem largura de impressão de 1,62 m, com resolução de até 1.400 dpi, alimentação rolo a rolo e velocidade de 22 m²/h. Ernande Ramos, diretor de vendas para a América Latina da EFI, também acredita que a necessidade de atua li zação pode impul sionar as vendas neste momento. No primeiro semestre deste ano a empresa comercializou sete impressoras de grande formato, contra apenas uma ao longo de 2016. Dessas, metade eram máquinas com cinco metros de largura, como a EFI Quantum 5 exposta na feira no estande da Serilon. Com gotas de 7 pl, cura UV LED e vários opcionais, a máquina é capaz de produzir em resolução de até 1.200 dpi, imprimindo textos nítidos em banners, gráficos, displays retroiluminados e adesivos. Com sua linha dividida em dois estandes, a Serilon comemorou os resultados. “Com as mesas de negociações sempre lotadas, fechamos 25 equipamentos e captamos cerca de R$ 2 milhões em vendas, e a expectativa é que atinjamos até o encerramento os R$ 3 milhões, com a venda de mais 15 máquinas. Além disso, o que não foi fechado aqui gerou lead para que possamos trabalhar nos próximos seis meses pós-feira”, afirmou José Carlos de Almeida, gerente de equipamentos. “Esta edição da Serigrafia Sign foi interessante, pois observamos um aumento significativo na quantidade de pessoas. Inclusive tivemos a vinda de clientes de regiões diferentes do País e alguns que não víamos há muito tempo na feira. Isso mostra que eles estão retornando, querendo saber mais sobre produtos e com interesse de compra. Fechamos muitos negócios e as expectativas são positivas, com muita coisa para trabalhar no pós-feira”, declarou Luciara Lopes de Souza, gerente de canais da Epson. Edissa Furlan, gerente de marketing da HP, mostrou-se igualmente satisfeita. “A tecnologia

látex já está consolidada e muitos clientes estão comprando máquinas adicionais.” A HP apresentou soluções de impressão e recorte HP Látex 300 que reforçam os modelos de entrada. As impressoras HP Látex 315 de 1,37 m e HP Látex 335 de 1,62 m incluem agora um dispositivo duplo para impressão e corte de maneira simultânea em um único fluxo de trabalho com 50% de economia no tempo. Gastón Giudice, diretor de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Caldera, ressaltou a qualidade do público. “Estamos recebendo pessoas em busca de soluções.” Especia lizada no desenvolvimento de soft wares para impressão em grandes formatos, a empresa levou para a Sign a nova versão do soft ware RIP para impressão jato de tinta Caldera RIP V11.1. Em seus módulos, o RIP traz gestão da cor aprimorada, mais possibilidades de automação, melhor média na economia de tinta, bem como ferramentas de acabamento mais completas.

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COMEMORAÇÃO

DuPont celebra 50 anos do Tyvek Utilizado em vários segmentos, a DuPont investe na ampliação do uso do substrato pela indústria de impressão no Brasil.

Bruno Pimentel Bezerra, gerente de negócios de soluções de proteção da DuPont

Christian Marx, diretor de negócios globais Tyvek

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HOTSITE TYVEK www.tyvek.dupont.com.br REVISTA ABIGR AF

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o dia 26 de junho a DuPont reuniu cerca de 60 pessoas, entre clientes, parceiros, jornalistas especiali zados e executivos da companhia em um restaurante em São Paulo para comemorar os 50 anos do Tyvek, não-tecido de múltiplas aplicações. Participaram do encontro Bruno Pimentel Bezerra, gerente de negócios de soluções de proteção da DuPont, e Christian Marx, diretor de negócios globais Tyvek. Em suas breves palavras, Christian lembrou que a proteção de capas de livros foi a primeira aplicação comercial do Tyvek, um dos produtos de maior sucesso dentro do portfólio da DuPont. Elaborado com fibras de polieti leno de alta densidade, o Tyvek é utilizado em vários segmentos, da construção civil, no isolamento de prédios e casas, à indústria de segurança, com a produção de vestimentas de proteção. No mundo, o material é também largamente empregado pela indústria de impressão na produção de etiquetas, banners, livros, pulseiras de identificação e peças promocionais. “Em outros países temos uma forte presença no segmento gráfico e nos últimos anos entramos com mais força nesse setor aqui no Brasil. Agora queremos ir além da sinalização, buscando outras

áreas como moda e roupas esportivas.” Contribui para isso a disseminação da impressão digital, na qual a performance do Tyvek se destaca, segundo o executivo. Leve e durável, o Tyvek é respirável, difícil de rasgar, 100% reciclável, além de resistente a água, abrasão, envelhecimento e penetração bacteria na. O substrato pode ser dobrado, fle xionado, colado, laminado, costurado e grampeado. O INÍCIO

A história do Tyvek começou em 1955, quando o pesquisador da DuPont Jim White descobriu por acaso uma nova fonte de fibra. Um programa para desenvolver novos materiais foi criado e um ano depois a empresa enviou uma proposta de patente para um forte fio linear de polieti leno. Levaria ainda mais alguns anos para que as equipes de pesquisa aperfeiçoassem o complexo processo de manufatura, baseado na tecnologia de fiação rápida criada pelo cientista Herbert Blades. Em 1965, uma nova estrutura de folhas foi registrada sob a marca Tyvek, e em abril de 1967 a empresa iniciou sua produção comercial. Hoje o substrato é produzido nas fábricas da DuPont na Virginia (Estados Unidos) e em Luxemburgo, na Europa.


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FEIRA

Expositores aprovam o novo espaço da Escolar Vendas imediatas e futuras surpreendem expositores da 31ª edição da feira Escolar Office Brasil, realizada pela primeira vez no Expo Center Norte. O evento reuniu 150 expositores e mais de 200 marcas. Texto: Tânia Galluzzi

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m uma feira de negócios não há como fugir do diapa são da economia. Isso pode explicar a reação dos expositores aos resultados da Escolar Office Brasil – Feira Inter nacional de Produtos para Papelarias, Escolas e Escritórios, rea lizada de 23 a 26 de julho. Com uma audiência igual à do ano passado, 13 mil visitantes, o clima foi positivo. Somente as Rodadas de Negócio, modelo implantado neste ano na Escolar, resultaram em mais de R$ 2,3 milhões de negócios imediatos e R$ 14,6 milhões estimados para os próximos 12 meses, saldo que foi tomado como um sinal de retomada da confiança no setor. Promovidas num ambiente reservado e exclusivo fora dos estandes, as 259 reuniões colocaram frente a frente 39 empresas expositoras e 18 compradores especialmente convidados. Eles vieram de nove estados — São Paulo, Goiânia, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Santa Catarina — e do Distrito Federal, selecionados a partir da ava liação do seu volume de compras, nicho de atuação, perfil de clientes, necessidade de

Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras

ampliação do mix e sinergia com produtos e serviços oferecidos pela feira. Entre esses convidados, estiveram presentes empresas como Leroy Merlin e Livraria Cultura. Em complemento a essa ação, a Escolar patrocinou a vinda de caravanas com 330 pequenos e mé dios lojistas, em parceria com entidades do varejo (sindicatos, associações comerciais, câmaras de dirigentes lojistas), de nove cidades de três estados: Ribeirão Preto, Franca, Taubaté, São José dos Campos, Piracicaba, Mococa e Bauru (SP), Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES). Para Valeska de Oliveira, gerente de Negócios da Francal Feiras, a Escolar cumpriu seu papel de impulsionar os negócios do setor, promover networking e a transferência de conhecimento. “O consenso é que a economia está reagindo, que os compradores estão mais otimistas e que a feira está no caminho certo para continuar levando as novidades das grandes marcas para o amplo varejo de papelarias.”


CASA NOVA

Entre os expositores estava a Confetti, fabricante de cadernos em atividade desde 1982. “Gostei da mudança de local, a feira está mais aconchegante e estamos recebendo muita gente de outros estados”, afirmou Silvia Rettmann, diretora de criação. Otimista, Silvia afirmou ter ido à feira preparada para vender como se estivéssemos no melhor dos mundos. “Estamos prontos para crescer”, completou a executiva. Fernanda Farias, diretora de comunicações da Ótima Gráfica, também se mostrou satisfeita com o movimento em seu estande. “Voltamos este ano para a Escolar e está valendo a pena. Fizemos um forte trabalho de divulgação junto aos clientes e estamos abrindo novas oportunidades.” Na mesma linha, Marici Foroni, diretora de marketing da Foroni, elogiou a escolha do Expo Center Norte. “Nesta edição da Escolar, agora em uma excelente casa nova, tivemos a oportunidade de fortalecer e estreitar ainda mais o relacionamento com nossos clientes e parceiros. A boa exposição de todos os itens e novidades da coleção 2018 em um único lugar auxilia na captação e efetivação de novos negócios.” Para Sidnei Bergamaschi, diretor de marketing da Tilibra, a feira atendeu às expectativas, com movimento maior do que na edição anterior. “Nosso foco na feira é no relacionamento com os clientes e prospecções. As vendas acontecem após a feira, quando tiramos os pedidos para o Volta às Aulas do ano que vem.” A Escolar 2017 recebeu ainda um grande número de professores, diretores de escolas, pedagogos e profissionais da educação, atraídos pela rea li zação da quarta edição do Seminário de Educação Escolar Office Brasil. Desenvolvido numa parceria da Francal Feiras com a Abigraf-SP, o seminário trouxe assuntos atuais sob o tema A Nova Organização na Escola.

Para a edição de 2018, Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, promete que a elogiada mudança de local será ainda mais representativa. “A feira continua no Expo Center Norte, só que no Pavilhão Vermelho. A vantagem é que se trata de um pavilhão único, sem divisórias, o que vai ampliar ainda mais o acesso dos visitantes a todos os estandes.” A data de rea lização da próxima edição, entre 5 e 8 de agosto, também é destacada como um ponto positivo por Abdala. “Foi uma solicitação do mercado que a feira voltasse a acontecer fora do período das férias escolares de julho e mais próxima do Volta às Aulas do fim de ano. A abertura no domingo será mantida, porque é comprovadamente melhor e mais prática para os visitantes lojistas”. Para o presidente da promotora, o clima favorável e as melhores condições para fazer negócios, na comparação com os anos anteriores, refletirão na edição de 2018. “Neste ano tivemos o retorno de marcas importantes que haviam deixado de expor. Para o próximo, já estamos recebendo manifestações de outras empresas que desejam voltar para a Escolar.”

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LANÇAMENTO

WRH Global apresenta sistema de inserção para malas diretas One2Out é capaz de processar dois trabalhos simultaneamente, gerando produtos individualizados.

WRH Global está trazendo para o

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Brasil uma nova versão de seu sistema de acabamento e inserção para malas-diretas Ferag EasySert. Tratase do One2Out, linha de acabamento que faz a preparação prévia e o processamento de dois trabalhos diferentes si multaneamente a uma velocidade de até 40 mil coleções por hora. Uma linha é capaz de colecionar até 41 brochuras publicitárias, inserindo-as numa capa e fazendo o endereçamento postal. Tudo isso de forma individua li zada, de acordo com o banco de dados do cliente. O sistema pode inserir não só fôlderes, mas também outros artigos promocionais como CDs e sachês. O foco para o One2Out são as médias e grandes gráficas voltadas para o segmento promocional, de acordo com Richard Cabezas, diretor para a América Latina da WRH Global do Brasil. Criada em 2009, a WRH Global do Brasil representa os produtos e soluções do grupo WRH, composto pela Ferag, Denipro, WRH Marketing, além de outros parceiros comerciais selecionados para atender a demanda do mercado local. Com sede REVISTA ABIGR AF

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em Hinwil, a 20 minutos a sudeste de Zurique, na Suíça, a WRH Walter Reist Holding Company emprega aproximadamente mil pessoas em todo o mundo. O grupo dedica-se ao desenvolvimento de sistemas para o manuseio de materiais em geral para a indústria gráfica e de embalagens, assim como para os setores de alimentos, logística e far macêutica. EQUIPAMENTOS PARA JORNAIS

O Brasil, ao lado do México e da Colômbia, faz parte dos países com a maior penetração das soluções da WRH na América Latina, segundo Richard Cabezas. Por aqui,

o principal destino de seus equipamentos tem sido o segmento de jornais, com linhas instaladas nas gráficas da Folha, Estadão, O Globo e no grupo RBS. Neste último, a solução da WRH viabiliza a produção de 350 mil jornais por hora na planta fabril em Porto Alegre (RS). “Havia o interesse de empresas do Nordeste e do Sul pelo EasySert, porém os projetos foram postergados.” Lançado há oito anos, o sistema conta com mais de 100 instalações ao redor do mundo.

WRH GLOBAL http://www.wrh-global.com.br/pt/


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COMÉRCIO ELETRÔNICO

Abigraf-SP lança plataforma de web-to-print O objetivo da entidade com o Printaki é viabilizar a entrada das pequenas e médias gráficas no comércio eletrônico. Texto: Tânia Galluzzi

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Abigraf Regional São Paulo aproveitou o Congresso Inter nacional de Tecnologia Gráfica, rea lizado no dia 24 de agosto, para lançar o Printaki, plataforma de e- commerce e web-to-print voltada para as pequenas e médias gráficas associadas à entidade. “Muitas gráficas querem estar na internet, mas não têm condições de bancar o investimento. No Printaki a adesão e a assinatura serão gratuitas. Com isso pretendemos fomentar o setor, proporcionando a abertura de novos negócios”, afirmou Sidney Anversa Victor, presidente da Abigraf-SP. Para participar, a gráfica tem de ser associada da entidade e rea lizar um pré- cadastro no site do Printaki. Depois da ava liação, o empresário passará por um programa de treinamento

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e capacitação, envolvendo não só a operação da própria plataforma como o entendimento de o que é e- commerce e como tirar proveito desse canal direto com o consumidor. O treinamento se dará em duas fases, de acordo com Rogério Camilo, coordenador de relações com o mercado da Abigraf-SP. Na primeira, o gráfico aprenderá sobre o funcionamento da ferramenta em si, quais produtos podem ser vendidos e como cadastrá-los. Essa etapa ficará a cargo da Print One, responsável pelo desenvolvimento do portal e especia lizada na criação de ambientes web-to-print. A segunda, ministrada pelo Sebrae e considerada a mais importante, abordará o e- commerce do ponto de vista da gestão e do marketing, introduzindo o empresário no ambiente de negócios digitais. “Mais de 90%


das empresas que compõem o público-alvo do Printaki nunca atuaram na internet. É preciso ensinar os primeiros passos”, comenta Rogério. COMO PARTICIPAR

Martilio Bueno, diretor da Print One, reforça a importância dessa capacitação. “Muita gente acredita que basta ter uma loja vir tual para ter retorno. Não é assim. A plataforma é responsável por 15, 20% do sucesso da operação. O restante virá do marketing, da estratégia que a gráfica adotará para atrair visitantes. Por isso é fundamental que o empresário saiba onde estão as oportunidades, conheça o perfil do usuário digital e principalmente como tratá-lo.” O treinamento acontecerá no formato EAD (Ensino à Distância) e presencial, programa que deverá ser concluído em 15 dias, segundo estimativa da Abigraf. Cumprida a fase de capacitação, na implementação da ferramenta a gráfica cadastrará seus produtos, basicamente itens dos segmentos comercial e de sinalização como cartões de visita, flyers, catálogos, crachás, convites, cardápios e banners, tornando-se um membro ativo do Printaki e disponibilizando seus serviços ao consumidor final. No site, o comprador selecionará o produto que deseja imprimir, com a opção de enviar sua arte ou usar um modelo pronto. Em seguida, informará o seu CEP ou do local onde deseja receber o impresso. A partir desses dados, o Printaki listará as opções mais próximas ao CEP de entrega, exibindo o nome da gráfica, logo, rating de pontuação, custo de impressão e prazo de entrega, deixando a critério do usuário a escolha da gráfica. Concluído o pedido, a gráfica recebe uma ordem de serviço e o trabalho segue para a produção como qualquer outro. Assim como acontece em outras plataformas de ecommerce, finalizada toda a transação, o usuário poderá dar uma nota para a gráfica, estimulando o aprimoramento do serviço. E a adaptação a esse modelo demandará uma mudança cultural, na opinião do diretor da Print One. “Para o consumidor vir tual a questão prazo é primordial. E não é porque não existe contato direto que se trata de um cliente menos exigente também com relação à qualidade. Pelo contrário: basta um problema para que o usuário dê uma nota baixa para a gráfica. ”

Há cinco anos criando ferramentas webto-print, Martilio comenta que, em média, após 15 meses da implantação de uma ferramenta de comércio eletrônico, o canal se torna responsável por cerca de 30% do faturamento da gráfica. E já há clientes da Print One trabalhando exclusivamente com e- commerce. A Abigraf- SP estima que em três anos o Printaki terá 400 gráficas- membros. Para a manutenção e in fraestrutu ra do portal será cobrada uma taxa de 15% sobre o valor da venda, percentual deduzido no momento do pagamento. A entidade será responsável pela divulgação do portal, incluindo, de acordo com Igor Archipovas, gerente de marketing da Abigraf, ações promocionais junto a entidades de classe e ao próprio Sebrae.

PRINTAKI www.printaki.com.br julho /agosto 2017

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PÓS-IMPRESSÃO

Müller Martini aposta na proatividade Em tempo de demanda retraída, tradicional fornecedor de equipamentos de pós-impressão para o segmento editorial fortalece área de serviços, oferecendo inspeção detalhada dos sistemas.

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m soft ware vem ajudando a Müller Martini a ajudar seus clientes. Lançado pela empresa em 2012, o Inspect possibilita uma ava liação profunda dos equipamentos, indicando não só quais componentes têm de ser trocados, como os processos que merecem ser aprimorados e o custo para tais ajustes. Com isso, a empresa se mantém ao lado dos clientes num momento em que toda a indústria gráfica busca extrair o máximo dos recursos que possui. De acordo com Carlos Alberto Pace, gerente geral, hoje a empresa gira em torno da área de serviços. “Estamos trabalhando com contratos de manutenção preditiva e a reação do mercado tem sido muito positiva. ” Munido do número de série do equipamento e da contagem de produção, o software de inspeção gera uma lista de pontos de checagem que possibilitam a ava liação do desempenho do sistema em vários aspectos, incluindo produtividade, confiabilidade, segurança e qualidade. O programa pode mostrar, inclusive, quais quesitos podem ser aprimorados de acordo com as prioridades da gráfica e o investimento para tal. Além de atender a demanda das empresas que não podem se dar ao luxo de ficar com máquinas paradas, essa estratégia segue os passos das consolidações. “Tratamos as rea locações como projetos, aproveitando o acesso a pontos que não seriam possíveis se o equipamento estivesse em produção para realizar uma revisão que estenda a vida útil do maquinário”, comenta Carlos Pace. REVISTA ABIGR AF

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MANUTENÇÃO AMPLIADA

O viés da assistência técnica foi intensificado no início de 2015, após a compra, pela matriz, de todos os direitos e patentes da linha de grampeadeiras e lombada quadrada da Heidelberg. A subsidiária brasileira já vinha readequando seu estoque de peças e ampliando o investimento em treinamento de seus técnicos, movimento fortalecido pela aquisição.

A ideia de um equipamento em condições plenas em tempo integral serve também de alicerce para o conceito de acabamento 4.0 abraçado pela Müller Martini na Drupa do ano passado. Fazendo alusão à indústria 4.0, a estratégia tem quatro pilares: automação extrema, integração total (fluxo de trabalho sem interrupções e sem intervenção humana, da pré-impressão ao produto acabado), variabi lidade (produção sob demanda) e hibridismo (capacidade de trabalhar com produtos oriundos de diferentes processos de impressão). “Levaremos esse conceito para a ExpoPrint 2018, para a qual estamos considerando a possibilidade de trazer a encadernadora Vareo”, comenta o gerente geral. A empresa deve explorar igualmente as possibilidades abertas pela parceria formalizada no início de 2017 com a Hunkeler para as linhas de acabamento para impressão digital. Na opinião do executivo, a disseminação da tecnologia digital continuará forte em 2018, tendência que deve ganhar corpo no Brasil com o arrefecimento da crise.

MÜLLER MARTINI www.mullermartini.com



MEMÓRIA Por Ricardo Viveiros

Álvaro de Moya:

o astro foi brilhar no céu

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na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), imaginando a feliz relação com o mestre de tanto conhecimento e boas histórias. Álvaro de Moya foi um empreendedor cultural. Respeitado, admirado, premiado e consagrado como um es pe cia lista na arte dos quadrinhos. Ilustrou livros importantes, fez con ferências por todo o Brasil e em vá rios paí ses (Argentina, EUA , Itália e França). Chefiou delegações brasileiras aos congressos internacionais de comics; foi membro do Conselho do Inter national Museum of Car toon Art, de Boca Raton (EUA), e do Conselho do Salão Inter nacional de Humor de Piracicaba (SP-Brasil). Foi correspondente de revistas internacionais no Brasil e colaborador de enciclopédias editadas na Espanha, EUA , França e Itália. Organizou eventos e idealizou gibitecas, públicas e privadas. Traduziu a edição brasileira do bestseller “Para ler o Pato Donald”, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart. Publicou 12 livros; o último, lançado após sua morte, sobre o desenhista norte-americano Will Eisner, seu amigo. Álvaro de Moya por muitos anos escreveu uma coluna sobre quadrinhos na Revista Abigraf para a Clemente e Gramani, cuja editora também lançou um de seus livros mais conhecidos: “Vapt Vupt” (2003). Agora, mora no céu e diverte os anjos.

Foto: Álvaro Motta

Brasil perdeu uma pessoa especial, um dos maiores estudiosos de histórias em quadrinhos do País. O jornalista, ilustrador, roteirista, produtor/diretor de televisão e cinema, cenógrafo, professor universitário, tradutor e escritor Álvaro de Moya morreu em São Paulo, capital, no dia 14 de agosto, vítima de acidente vascular cerebral (AVC). Viúvo, Moya deixou dois filhos: Silvia e Sérgio. Moya era um homem de boa vontade, pessoa ética, inteligente, talentosa, leal, generosa e produtiva. Excepcional amigo de seus amigos. Tinha o coração e a mente sempre comprometidos com o respeito ao próximo, à natureza e à vida. Uma pessoa doce, terna, meiga e apaixonada. Seu traço criativo e de irônico bom humor lhe abriu espaço para ilustrar e criar charges em O Tempo, Jornal da Tarde, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Fui muito amigo de Moya. A rigor, continuo sendo, porque ele segue vivo, presente na memória. Tivemos longas e divertidas conversas. Os temas eram televisão, cinema, música e, claro, histórias em quadrinhos. Moya começou sua carreira como jornalista, ilustrando (desenhava bem) e, mais tarde, escrevendo. Em 1951, organizou, com o artista português Jayme Cortez, a 1ª Exposição Inter nacional de Histórias em Quadrinhos, em São Paulo. Algo inédito no Brasil e no mundo. Em uma época em que os quadrinhos eram subcultura, Moya rompeu o preconceito e gerou respeito para o gênero. Moya criou os letreiros para a inauguração da primeira emissora de televisão do Brasil, a Tupi (1950). E se envolveu com o meio por muitos anos, criando programas que marcaram época. Trabalhou nas emissoras Tupi, Paulista, Excelsior e Bandeirantes. Na Excelsior, foi diretor à época em que ela era líder de audiência no País. Jô Soa res conta que Moya deu- lhe a primeira chance na televisão. Nos Estados Unidos, onde conviveu com grandes diretores, artistas e músicos em Holly wood, trabalhou na CBS -TV. Dessa ex periência, Moya lembrava incríveis histórias no convívio que teve com personalidades da sétima arte: Marilyn Monroe, Dizzy Gillespie, Alfred Hitchcock e outras. O dia a dia nos estúdios cinematográficos era tema fascinante, seus olhos brilhavam e o seu doce sorriso encerrava cada fato relatado. Por anos invejei seus alunos


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ACABAMENTO

Jint, a nova cara da Just in Time Especializada na área da pós-impressão, a empresa oferece amplo portfólio de recursos para conquistar o cliente gráfico.

L

evante a mão quem nunca esteve próximo de perder um trabalho por problemas na pós-impressão. Muito mais comum do que o esperado, essa situação pode ser provocada por inúmeros fatores, pegando o gráfico na fase final do processo, quando geralmente os prazos já estão esgotados. Surfando nessa deficiência, a Just in Time Acabamentos Gráficos vem conquistando a confiança do mercado ao posicionar-se como um centro de soluções de pós-impressão, diferenciando-se pelo fato de oferecer mais de dez recursos, desde capa dura, laminação e verniz localizado até a colocação de rebites e ilhoses. Instalada em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, a empresa vê na centralização das várias etapas de enobrecimento um redutor de custos e um ampliativo da qualidade final do produto. “A gráfica é beneficiada por não precisar levar o trabalho de um lugar para o outro, além de contar com um processo monitorado, com menos perdas e maior controle de qualidade”, comenta Milton Francisco da Silva, sócio-diretor. Com a Just in Time, que em julho passou a ser conhecida apenas por Jint, o empresário trilhou o caminho inverso de boa parte dos seus pares. Em 1996, depois de atuar no segmento de for mu lários contínuos e gráfica rápida, criou a Fit Graphics para atender os mercados promocional e editorial. Em 2004 apostou em uma nova unidade, a Fit Digital, interessado sobretudo em suprir as necessidades de outras gráficas. Com a disseminação da tecnologia

Evelyn Bueno, gerente comercial, e Milton Francisco da Silva, sócio-diretor da Jint

e a queda na demanda pela terceirização da impressão digital, iniciou há quatro anos a migração para o acabamento, começando por um dos principais gargalos nessa área, a capa dura. A Fit Digital virou Just In Time e, impulsionado pelo retorno dos clientes, Milton partiu para outras linhas, ao mesmo tempo em que se desvencilhava do maquinário da Fit Graphics. Em 2015 adquiriu equipamentos da extinta Aquarius e neste ano uma máquina da UVPack, sendo que em dezembro do ano passado vendeu sua última impressora. “Percebemos que o segmento gráfico estava carente de fornecedores com uma atuação profissional e qualificada nesse ramo e decidimos investir”, afirma Evelyn Bueno, gerente comercial, na empresa desde o seu início. UMA NOVA IDENTIDADE

Para marcar a consolidação do novo perfil, o nome foi simplificado e a identidade visual redesenhada. A abordagem comercial foi igualmente dinamizada com a adoção da venda consultiva. “Queremos trazer o cliente para dentro da Jint e ao mesmo tempo conhecer o seu dia a dia para que possamos apresentar soluções mais racionais”, comenta Milton. Com clientes de pequeno, médio e grande portes, a Jint atua principalmente na região metropolitana de São Paulo. Numa área construída de 1.500 m², onde trabalham 20 colaboradores diretos, a empresa lamina hoje 500 mil m² ao mês e produz 400 mil capas duras no mesmo período. Mas tem capacidade instalada para dobrar essa produção. Diante da instabilidade econômica, a expectativa é de crescer perto de 10% em 2017. Para o próximo ano está em estudo a descentralização dos serviços, com a instalação de uma unidade no interior do Estado. “A proximidade do cliente é essencial para mantermos nossos preços competitivos”, argumenta o empresário. A cidade e o tipo de acabamento serão definidos a partir de análises de demanda. JINT www.justintimeacabamentos.com.br

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EXECUTIVOS COMPRAM OS ATIVOS DA ARVATO E CRIAM UMA NOVA EMPRESA COM BOAS EXPECTATIVAS PARA O PRIMEIRO ANO DE OPERAÇÃO.

ANO 26 Nº 110 AGOSTO/2017 Texto: Tânia Galluzzi

BMF, a novidade no mercado gráfico

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Fotos: Alexandre Ondir

Encarando novos desafios. Os diretores da BMF: (E/D) José Luiz Martins, Administração; Nilson Cezar Binatti, Comercial e José Roberto Frare, Produção.

E 36

m junho deste ano Nilson Cezar Binatti, José Luiz Martins e José Roberto Frare iniciaram mais um capítulo em suas carreiras profissionais concretizando um negócio ousado ante a conjuntura atual: compraram os ativos da Arvato, pertencente à alemã Bertelsmann, e criaram a BMF Gráfica e Editora. Isso significa assumir o controle do parque gráfico localizado em Osasco, na Grande São Paulo, no qual chegaram a trabalhar, em 2016, 300 fun cio ná rios. Aplicando ferramentas de reengenharia, o trio concentrou-se nas operações- chave, terceirizou processos administrativos, avançando na redução de custos e ganhando agilidade. Hoje a BMF opera em dois turnos com 47 funcionários, mas a meta é dobrar esse número até o final do ano.

As negociações começaram no final de 2016, quando a Bertelsmann anunciou a intenção de encerrar as atividades da gráfica, criada em 2005, na qual Nilson, José Luiz e José Roberto eram respectivamente os responsáveis pelas áreas comercial, administrativa e industrial. “O mercado gráfico já não fazia parte do core business do grupo, inclusive com o fechamento de outras unidades”, afirmou Nilson. A primeira proposta, no formato MBO (Management Buyout),


transação na qual a equipe administrativa adquire os ativos e as operações do negócio, incorrendo na manutenção da pessoa jurídica, não vingou. Partiu-se então para a conclusão da Arvato e a constituição de uma nova empresa, aproveitando as instalações e parte dos colaboradores. A unidade de Hortolândia, interior de São Paulo, responsável pelas atividades de supply chain — armazenagem, manuseio, montagem de kits e distribuição de materiais —, continua a pertencer à Arvato Bertelsmann. Assim foi criada em abril a BMF, cujas operações iniciaram-se oficialmente em 26 de junho. Enquanto as negociações caminhavam, o trio conversava com clientes e fornecedores para sentir a receptividade à nova empresa. “A maior parte dos clientes e os parceiros nos apoiaram, confirmando a viabilidade do negócio”, comenta José Luiz. Desde o início estava decidido que a BMF atuaria nos mesmos segmentos operados pela Arvato: editorial, incluindo didáticos e paradidáticos, promocional e itens para o mercado fonográfico. Com uma estrutura enxuta, a BMF carrega da Arvato a disciplina administrativa. “Herdamos e vamos manter os controles, principalmente na área financeira, e as

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boas práticas administrativas. ” Nessa toada e contando com o apoio da Arvato Ber telsmann, que trabalhou para que o negócio fosse viabilizado, a BMF vem conseguindo manter a capacidade produtiva, assim como as certificações anteriormente conquistadas. O plano para os próximos 12 meses é consolidar a nova marca, mantendo a qualidade e a confiabilidade às quais os clientes estavam acostumados, operando com maior flexibilidade e agilidade.

O início A Arvato chegou no Brasil em 2005 como um departamento da Sonopress Rimo, empresa do ramo fonográfico que tinha parte de sua estrutura societária pertencente à Arvato Entertainment Europe GmbH e outra parte a um grupo de investidores locais. Atendendo exclusivamente a Sonopress, produzia basicamente capas, encartes e embalagens especiais para CDs e DVDs. Pouco mais de um ano depois, abriu-se para o mercado, passando a imprimir também material promocional e manuais. Em 2011, a empresa deixou o prédio de dois andares no bairro da Barra Funda, na capital paulista, e partiu para um terreno de 10.000 m², dos quais 4.500 m² de área construída, em Osasco. Em 2013, a Arvato Bertelsmann iniciou um novo processo de reestruturação, separando-se definitivamente da Sonopress e concentrando a atividade gráfica no desenvolvimento de soluções para o mercado editorial e educacional, além da produção de material promocional e manuais.

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ISSN 0103•572X

REVISTA

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*44/ t 9

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REVISTA

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L I I • M A I O / J U N H O 2 0 1 7 • Nº 2 8 9

ISSN 01

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 6 • Nº 2 8 4

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • J U L H O / A G O S T O 2 0 1 5 • Nº 2 7 8

ARTE & INDÚSTRIA GRÁFICA • ANO XL • MAIO/JUNHO 201

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A t " / 0 9 9 9 7 t S E T / O U T 2 0 1 0 t Nº 2 4 9

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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

SONDAGEM DA INDÚSTRIA GRÁFICA BRASILEIRA

Cautela e

expectativa

Voltando ao mesmo nível de três anos atrás, quando do início da série histórica, o pequeno recuo verificado no índice de confiança no período abril/junho mostra que o empresário gráfico está ainda cauteloso e à espera do reaquecimento da economia.

O

Índice de Confiança (IC) do Empresário da Indústria Gráfica Brasileira atingiu, no segundo trimestre de 2017, a marca de 48,3 pontos, em uma escala de 0 a 100, indicando uma moderação do nível de confiança após alguns trimestres de maior otimismo. A crise política que eclodiu no dia 17 de maio muito provavelmente contaminou o humor dos empresários. Não se deve, portanto, tomar este resultado como sinalização para os próximos trimestres. O IC recuou 3,3 pontos em relação ao trimestre anterior, com queda de 2,8 pontos no Índice de Situação Atual (43,0 pontos), enquanto o Índice de Expectativas recuou 3,6 pontos, atingindo a marca de 53,6 pontos, no campo ainda otimista (acima de 50 pontos). Apesar da volatilidade das séries, continua sendo mantida uma tendência de recuperação. No recorte por porte de empresa (Tabela 1), observa-se maior pessimismo do microempresá rio, grupo mais numeroso, porém com menor participação na produção da IG. Embora seja um sinal de alerta, o patamar atual de confiança da microempresa está 7,1 pontos acima do piso do segundo trimestre de 2016. Além disso, a confiança deste grupo sempre oscila mais que a dos demais. Com referência às outras empresas — pequeno, médio e grande porte —, a confiança do empresário está na margem, acima da neutralidade, indicando algum otimismo. Essas empresas, por terem maior capacidade de alavancagem, conseguem enfrentar melhor os períodos de restrição de crédito. CENÁRIO POLÍTICO

No que concerne às vendas futuras em razão do comportamento das encomendas, 53% dos empresários mostram-se confiantes, com 33% deles declarando a manutenção no mesmo

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patamar do ano anterior, enquanto outros 20%, com números superiores aos registrados em 2016, estão muito otimistas. Em contraposição, o volume de encomendas diminuiu para 47% dos consultados (Tabela 2), o que acabou contribuindo para a queda no Índice de Situação Atual. TABELA 1: ÍNDICE DE CONFIANÇA POR PORTE DE EMPRESA (0–100) IC ATUAL

IC EXPECTATIVA

IC

Micro

39,0

51,4

45,2

Pequena

45,5

54,8

50,2

Média

47,1

56,1

51,6

Grande

47,1

55,9

51,5

IC

43,0

53,6

48,3

PORTE

TABELA 2: EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR, COMO ESTÁ O COMPORTAMENTO DAS ENCOMENDAS PARA A SUA EMPRESA? Aumentou bastante

2%

Aumentou um pouco

18%

Manteve

33%

Diminuiu

37%

Diminuiu bastante

10%

TABELA 3: NA SUA OPINIÃO, QUAL DAS FRASES ABAIXO MAIS REPRESENTA O CENÁRIO ATUAL? Não é o momento de reclamar, vamos trabalhar

38%

Vai demorar a melhorar

29%

Há uma luz no fim do túnel

10%

O pior já passou

8%

Não estamos à beira de um precipício, mas estamos perto

7%

Enquanto uns choram outros vendem lenços

4%

Ainda não batemos no fundo do poço

3%


TABELA 4: SUA EMPRESA JÁ SENTIU POSITIVAMENTE O EFEITO DAS RECENTES MUDANÇAS DE GOVERNO? Não

85%

Sim

15%

ÍNDICE DE CONFIANÇA (0–100) 60 55 50

TABELA 5: SE SIM, QUAIS? Aumento da demanda interna

45%

Redução de pagamentos de clientes em atraso

33%

Menor pressão de custos de produção

25%

Redução das taxas de juros bancárias

20%

Melhora no acesso ao crédito/ capital de giro

10%

Encomenda de máquinas e equipamentos

7%

Aumento nas exportações

5%

Outros

5%

45 40 35 30

2T14 3T14 4T14 1T15 2T15 3T15 4T15 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 ■ Situação atual

■ Expectativas

■ IC (média)

■ Média histórica

Elaboração: Decon/Abigraf

TABELA 6: AS REFORMAS PODERÃO AUMENTAR SUA DISPOSIÇÃO PARA CONTRATAR MÃO DE OBRA? Muito pouco

47%

Nada

27%

Bastante

17%

Ainda pretendo demitir

10%

Questionados sobre qual frase melhor representa o momento atual (Tabela 3), a maioria dos empresários optou por posturas construtivas. Destacam-se frases que indicam a confiança de que o pior já passou e que o empresário vê oportunidades para crescimento. Os sinais de melhora do ambiente econômico, como a queda da inflação e o corte da taxa de juros pelo Banco Central, ainda não foram sentidos pelo empresário (Tabela 4). Apenas 15% afirmaram ter sentido efeitos positivos. No mesmo trimestre do ano anterior esse efeito foi registrado por 19% dos empresários. Para aqueles que responderam positivamente, a principal consequência foi sentida no aumento da demanda interna. Comparada ao ano passado, essa porcentagem aumentou consideravelmente para 45%, ante 12% (Tabela 5). Também foi percebida a redução de pagamentos de clientes em atraso (33%), queda do custo de produção (25%) e acesso ao crédito/ redução de juros bancários (30%).

Consultados sobre a reforma trabalhista, 77% dos empresários julgam conhecer seu conteúdo e 75% estão de acordo com a reforma. Vale mencionar que para muitos especialistas a reforma contribuirá para reduzir a informalidade no mercado de trabalho e reduzir a insegurança jurídica, podendo estimular ganhos de produtividade. O impacto na geração de emprego é incerto. Para o empresário gráfico, a reforma trabalhista não terá influência sobre o quadro de funcionários. Para 47%, a disposição em contratar é muito pequena (Tabela 6). Por conta das incertezas no quadro econômico, 27% afirmaram que seu quadro de funcionários não terá alteração. Assinale-se que, pelos números divulgados pelo Caged, as demissões na IG vêm perdendo força. Finalizando, o recuo do IC indica uma acomodação na confiança do empresário, com provável contaminação pela crise política. Acreditamos que o indicador irá se recuperar ao longo do ano, conforme o impacto da redução da taxa de juros pelo BC se materia lize na economia. A con fiança do empresário gráfico retornou ao patamar do início da série histórica, no segundo trimestre de 2014. Embora os índices sejam semelhantes, o cenário é totalmente diferente. Nos dias atuais o quadro é mais construtivo, enquanto em 2014 se anunciava o início de uma longa crise.

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FORNECEDOR

Durst completa 80 anos A companhia comemora oito décadas de atividade consolidada no segmento de impressão industrial para mercados como sinalização, impressão digital em tecidos, vidro e cerâmica.

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mpresa de origem austríaca, a Durst nos seus oitenta anos está pronta para se reinventar. “É hora de ir além da impressão. Apesar de termos um bom port fólio de produtos, queremos estendê- lo com itens que causarão impacto no mercado”, afirmou Christoph Gamper, diretor executivo da Durst Phototechnick AG.

Ricardo Pi, diretor geral da Durst Brasil

O EFEITO BRASIL

Christoph Gamper, diretor executivo da Durst Phototechnick AG

Entre essas inovações está a parceria recémfirmada com o fotógrafo norte-americano Steven Sebring para o desenvolvimento do projeto Durst Sebring Revolution (DSR), que engloba a criação de uma câmera para conteúdo visual D, cuja prévia foi apresentada na última edição da Photokina, feira especia lizada no segmento fotográfico que aconteceu em setembro do ano passado, em Colônia, na Alemanha. “O sistema DSR é uma tecnologia disruptiva não só em termos de fotografia, mas na forma como o conteúdo é criado e distribuído hoje”, disse Christoph Gamper. “Oferecer conteúdo visual de alta qualidade em poucos minutos para várias aplicações e plataformas permitirá conceitos e ex periências totalmente novas, especialmente no setor de varejo.” Na seara da impressão em grandes formatos a aposta recai sobre soluções ambientalmente amigáveis. “Não vamos abandonar a tinta UV, mas a tecnologia base d’água abre novas aplicações em áreas onde as questões ambientais são importantes. A adesão vai depender de como os mercados vão se desenvolver. Se as normas ambientais exigirem, a migração acontecerá mais rapidamente”, comentou o diretor executivo.

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Para a subsidiá ria brasileira o ano começou muito bem de acordo com Ricardo Pi, diretor geral da Durst Brasil. Nos primeiros meses foram vendidas 12 máquinas, porém logo após o escândalo envolvendo o presidente Michel Temer em meados de maio e a consequente alta do dólar e do euro, 60% desses pedidos foram cancelados. “O panorama é mais favorável do que em 2016. A demanda por insumos cresceu 20% e o interesse por equipamentos também é maior. A questão é que estamos totalmente vinculados ao cenário político”, afirmou Ricardo Pi. Mirando 2018, a Durst Brasil já está se preparando para a ExpoPrint Latin America, feira que acontecerá no fim de março, em São Paulo. Será a primeira vez que a Durst participará com equipamentos para a produção de rótulos e etiquetas. Trata-se das impressoras digitais inkjet UV da linha Tau, cuja venda a Durst Brasil assumiu há seis meses. De lá para cá a empresa conseguiu fechar três máquinas, duas para o mesmo cliente, que adquiriu a segunda impressora pouco tempo depois da instalação da primeira. “Percebemos que há uma demanda reprimida e vamos continuar investindo nesse segmento”, disse o diretor. Na ExpoPrint a Durst estará no espaço dedicado ao setor de rótulos e etiquetas. Porém, o executivo não descarta a possibilidade de levar também equipamentos UV de grandes formatos.

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GESTÃO

E

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m nosso artigo na última edição da Revista Abigraf, ressaltamos as mensagens do livro A Revanche do Analógico, bastante atual e pertinente no que se refere a novas reações positivas de muitas pessoas, jovens inclusos, diante do material impresso: livros, revistas e outros, principalmente em face do sucesso da comunicação digital. O sucesso do digital permite ver melhor agora as vantagens comparativas do impresso. Uma constatação que devemos saber explorar. Nessa linha, em também recente artigo, nosso amigo e renomado consultor Dr. Joe Webb (dos Estados Unidos), ressalta que a impressão é uma comunicação jovem, e não velha. Ou seja, de que nada adianta ficar dizendo das glórias do passado, quando a comunicação impressa era imperativa, mas sim ressaltar as vantagens que ela tem dentro do composto de comunicação das marcas hoje em dia. Por que isso? Porque muitos, se não a maioria dos decisores de marketing dessas marcas, são jovens e foram formados dentro da cultura do digital. E tanto quanto relatamos do livro da revanche do analógico, muitos deles agora se sur preendem com o que podem fazer com materiais impressos em suas estratégias de comunicação. Para eles é uma agradável surpresa e, nesse aspecto, encaram a utilização de material impresso como algo novo, inovador. Esses profissionais já não compram materiais impressos da mesma forma que se comprava antes. Eles compram baseados não só na melhoria de retorno da sua comunicação e das ex periências positivas proporcionadas aos seus clientes, mas, principalmente dentro de um composto onde a comunicação e as experiências digitais têm grande importância. A impressão para muitos deles, como disse, é algo novo; ou até pode ser fami liar, mas usada dentro de um novo contexto, o que também dá a sensação do novo, como ressalta Webb em seu artigo. Por isso mesmo, a forma REVISTA ABIGR AF

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Foto: Ingram Image

Hamilton Terni Costa

Novos modos de encarar e vender impressão. Vamos nessa?


Davis sustenta que para perenizar conteúde venda para esses profissionais não pode ser a mesma que a usada costumeiramente. É uma dos de alta qualidade, as empresas e as pessoas venda de soluções, de desenvolvimento de negó- devem compilar, editar e imprimi-los. Sim, imcios, olhando com o foco do cliente, suas metas primi-los. O que, na rea lidade, temos visto na e objetivos. Como muitas vezes já ressaltamos. prática. A Apple, por exemplo, recém-editou e Para isso é preciso entender a novidade que vende no seu site um livro muito bem impresa impressão representa, em suas aplicações so contando os 20 anos do design dos produtos complementares ou suplementares ao mundo Apple. É o “Design by Apple in California”. São digital. E na maior parte dos casos os vende- 450 fotogra fias de Andrew Zuckerman com dores gráficos não estão preparados para tal. uma história visual da empresa. Um show. Pode Procuram ressaltar seus aspectos técnicos, de ser visto no https://www.apple.com/shop/ qualidade, da perfeição da reprodução, ao in- product/ MLXF 2 LL /A/designed- by-applevés de entender as efetivas necessidades de co- in-california-102-x-128-inches. municação dos clientes. Nesse tipo de venda já Baseado nessas coisas, Davis propõe então não vale falar só disso, mas acima de tudo do que os impressores incrementem seu conhecique pode ser feito conjuntamente com o clien- mento de mídias digitais para elevar suas forte para atingir seus reças na mídia impressultados. Não adianta, sa por sua qualidade, muitas vezes, expliimpacto e longevidacar as minúcias técnide. Algo como ajudar MUITOS DECISORES DE cas do impresso, mas o cliente de um lado MARKETING AGORA SE onde ele pode ser efepara gerar mais venda SURPREENDEM COM O QUE tivo na junção com oude outro. Mais do que PODEM FAZER COM MATERIAIS tras mídias. Tem que tentar criar versões diIMPRESSOS EM SUAS olhar para a frente e gitais de materiais imESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO. não para trás. A ex pepressos, focar na idenPARA ELES É UMA AGRADÁVEL riência passada, nesse tificação de conteúdos SURPRESA E, NESSE ASPECTO, caso, conta menos que digitais de alto valor a perspectiva futura. de autores, empresas, ENCARAM A UTILIZAÇÃO DE Essa particularias so cia ções e migráMATERIAL IMPRESSO COMO dade é interessante e los para materiais imALGO NOVO, INOVADOR. me faz lembrar das copressos de alto valor. locações de um outro Uma saída interessannorte-americano chate que bate com a visão mado Drew Davis (www.akadrewdavis.com), exposta antes, no sentido de ressalvar o que se autor de um livro intitulado Brandscaping (Con- pode valorizar a partir de uma nova perspectiva tent Marketing Institute, Cleveland, Ohio, USA, dos clientes em relação aos seus conteúdos, va2014) e que fez sucesso em diferentes eventos lorizando-os ainda mais com material impresso. com uma palestra na qual dizia que o futuro Na verdade, não há mais como desassociar a do digital era a impressão (The future of digital impressão do mundo digital. Não temos hoje na is print). O conceito que ele transmitia — e ain- consultoria um só projeto de desenvolvimento da o faz — é que a impressão segue evoluindo de negócios para gráficas que não possua em si junto com o digital e não morrendo por cau- a incorporação de serviços e/ou contato direto sa dele. A disseminação do conteúdo eletrôni- com o digital. Abraçar essa condição é uma ponco é rápida, barata e de longa duração, já que a te para o futuro, ainda que traga incertezas e ininternet não esquece nada. No entanto, ainda cômodos a muitos gráficos. Andreas Weber, da que a informação ou esse conteúdo possa ser Value Communication, da Alemanha, e keynote achado via sistemas de busca, ele tem que ser speaker no Congresso Inter nacional de Tecnoloprocurado pois a informação dura muito pou- gia Gráfica da ABTG, por exemplo, pontua que co tempo, segundos até, e desaparece no turbi- empresas gráficas inovadoras precisam translhão de novas imagens e informações. O Snap- formar seus negócios de produção em um negóchat é um exemplo disso. Uma mídia social cio sustentável e orientado ao futuro como foronde o que você posta dura poucos minutos. necedores de soluções de marketing de conteúdo É o momento e nada mais. para atingir as necessidades dos seus clientes.

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Há, claro, um outro lado. Há não muito tempo, após rea lizar uma palestra em Bogotá, fui convidado para visitar uma das maiores gráficas da Colômbia. O diretor geral me recebeu e disse sem pestanejar: podem falar o que quiserem, mas fui, sou e morrerei impressor. Ponto. Fiquei olhando e retruquei que não via nada de errado nisso, considerando que era uma decisão estratégica dele. E não significa que vá morrer de fome, ao contrário. Como alto investidor em tecnologia, ele que tratasse de aprimorar o lado mais cognitivo da impressão: embalagens sofisticadas, alto apelo visual nos diferentes materiais, embelezamento, novas vertentes em rótulos com impressão digital e flexografia e por aí vai. Esses também são diferenciais em relação a eventuais produtos substituídos pelo A INTERFACE COM O DIGITAL digital, embalagens PERMITE A INCORPORAÇÃO e rótulos à parte. DE MAIS SERVIÇOS DE VALOR Na última Drupa AGREGADO E EXIGE UMA esses elementos foNOVA POSTURA COMERCIAL ram um show à parPARA O DESENVOLVIMENTO te nos equipamentos E APROVEITAMENTO de aplicações de verDE OPORTUNIDADES nizes especiais, lamiQUE ULTRAPASSAM nações, cortes a laser, EM MUITO A IMPRESSÃO. substratos especiais e tudo o mais. Gráficas de ponta sempre buscaram soluções tecnológicas que pudessem mostrar a técnica mais apurada que ressaltasse o material impresso. Ainda mais hoje em dia com todo o crescimento da impressão das coisas, termo que cunhamos há algum tempo para descrever que hoje se pode imprimir em tudo, imprimir o mundo. Veja o exemplo das inkjets portáteis para impressões avulsas em qualquer objeto ou, mais impressionante, as impressoras da Roboprint (www.roboprint.co.kr), da Coreia do Sul, que, penduradas em equipamentos especiais, literalmente imprimem muros e fachadas inteiras de prédios. Vale uma olhada. Nada disso, no entanto, afasta um rea lidade cada vez mais nítida e presente. A de que a interface com o digital permite a incorporação Hamilton Terni Costa de mais serviços de valor agregado e exigem (hterni@anconsulting.com.br), uma nova postura comercial para o desenvolé diretor geral da AN Consulting vimento e aproveitamento de oportunidades (www.anconsulting.com.br) que ultrapassam em muito a impressão. Haja e diretor para a América vista o que fez a Arizona, exemplo mais do que Latina da NPES. REVISTA ABIGR AF

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conhecido de todos, com seu crescimento em soluções de pré-mídia aos clientes. Como faz também a LSC Communications (https://www. lsccom.com), uma das três empresas resultantes da divisão da RRDonnelley e que agregou ao seu redor diferentes serviços e tecnologias para ampliar a oferta aos clientes. Faz parte desse grupo a Premedia Solution que entrega serviços multicanais e multimarketing. A verdadeira corrida desses grandes grupos mundiais de impressão é a criação de plataformas de multiatendimento aos clientes, levando, como disse recentemente Joel Quadracci, CEO da Quad Graphics, o arquivo digital desses clientes a diferentes mídias, combinadas ou não. De um lado, plataformas tecnológicas digitais, onde se juntam diferentes tecnologias como databases, gestão de conteúdos, fluxos de informação, geração automática de arquivos, web-to-print, comunicações cross media, incluíndo mobiles e cloud computing. De outro lado, plataformas otimizadas de produção com produção enxuta, equipamentos flexíveis de produção mesclando os de tiragens longas, médias e curtas, essas em equipamentos digitais automatizados em bobinas e folhas. No caminho de uma indústria 4.0. Sem grandes devaneios, e de volta ao nosso mundo, não é só ter a última tecnologia que leva uma gráfica a oferecer serviços diferenciados com ou através da tecnologia digital. Acima de tudo é a determinação de fazê-lo, de sair do lugar comum, de não se conformar em ficar no modelo tradicional cotação-preço-descontopedido. Até porque o grau de comoditização do produto gráfico tradicional é gritante e o grau de substituição por produtos eletrônicos persiste. Até mesmo a carteira de habilitação de motorista já se cogita em ser digitalizada. Ter, portanto, um outro olhar para o produto gráfico. Uma mídia bebê e não anciã, como disse Webb, se assim a tratarmos junto ao cliente que não está mais tão acostumado com ela, como antes. Precisamos pensar com a cabeça do cliente e não com a nossa de reprodutores de originais. Há todo um mundo de soluções a serem desenvolvidas nesse raciocí nio. Uma nova abordagem de negócio com papel ou outros substratos + digital + novas formas de vendas que levam a inovações e a uma maior perenidade do negócio, mais do que a própria perenidade da impressão. Vamos nessa?


P

Brainstorm

INDIS

L E V Á ENS

CHEGOU O ANUÁRIO 2017! Informações essenciais para o dia a dia dos profissionais ligados ao universo gráfico O GRANDE DIRETÓRIO DA INDÚSTRIA GRÁFICA NACIONAL Exclusivo banco de dados. Informações completas sobre 1.809 gráficas e 494 fornecedores de todo o Brasil

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Quadrinhos em ~ versao de gala O amadurecimento do público-leitor, fiel e exigente, catapultou as histórias em quadrinhos para um novo patamar. Nessa trajetória ganharam em sofisticação e diversidade, com edições luxuosas cobiçadas por consumidores dispostos a pagar caro para ter seus heróis na estante.

Foto: Tânia Galluzzi

Texto: Tânia Galluzzi

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V

olte para os anos de 1980. Onde você iria buscar his tórias em quadrinhos? Numa banca de jornal. Ponto. E hoje? A banca continua uma boa opção, claro, mas também e sobretudo em uma livraria, ainda mais se você estiver na casa dos 40 anos. Nem precisa ser um aficionado, basta gostar de HQs e estar disposto a gastar valores bem superiores ao preço médio do livro no Brasil, que gira em torno de R$ 35. E o que você procura? Edições com acabamento sofisticado dos personagens que acompanharam a sua adolescência, ou mesmo temas atuais, ficção científica e suspense em versões ilustradas. A história em quadrinhos evoluiu significativamente nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, tanto em conteúdo, cada vez mais

abrangente, quanto no formato. A capa dura reina, assim como o papel revestido, isso quando não vem adornada com hot stamping e otras cositas más. Ratificando essa ascensão, o Prêmio Jabuti, o mais tradicional concurso literário brasileiro, passa a incluir, neste ano, a categoria HQs, atendendo a uma petição pública criada por um grupo de quadrinistas. “A mobilização do pessoal foi muito importante, mas já havia uma compreensão dentro da Câmara Brasileira do Livro e do Jabuti a respeito da inclusão dessa categoria. Recentemente, li um artigo na New Yorker que defendia, com todo vigor e argumentos muito claros e racionais, que HQ é sim uma categoria literária”, afirmou Luiz Armando Bagolin, curador do prêmio, no dia do anúncio da inclusão, como registrou o portal PublishNews.


Foto: Tânia Galluzzi

Uma das editoras que mais investiu no gênero foi a Panini. Seu leque de opções vai desde personagens que representam grandes franquias do cinema até autores independentes, sem falar na Turma da Mônica e a Turma da Mônica Jovem, que traz a turminha do bairro do Limoeiro em estilo mangá, o título de maior tiragem da Panini hoje. “Normalmente, os títulos mais procurados são aqueles relacionados a filmes de grande sucesso, a animês que estão em evidência, e títulos que ganharam fama ao serem bem ava liados pela crítica especia li zada. Ou fenômenos como a Turma da Mônica Jovem, que é um sucesso desde sua estreia”, afirma José Eduardo Severo Martins, diretor-presidente da Panini Brasil. De acordo com o executivo, a maioria dos leitores da Panini são homens entre 18 e 40 anos, seguidos pelos adolescentes. “Mas estamos vendo um crescimento da participação das mulheres, reflexo da variedade das publicações oferecidas aos leitores. ” As edições com capa dura representam boa parte do que traz os resultados mais significativos nas livrarias. E a demanda só aumenta, segundo José Eduardo. “Nossa linha para livrarias está em franco crescimento. E não temos intenção de parar. Pode apostar nisso.”

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Foto: Tânia Galluzzi

Jorge Rodrigues, sócio da Comix: “A loja recebe entre 115 e 120 lançamentos por mês, do infantil à graphic novel, e 40% são edições em capa dura”.

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CRESCENTE SOFISTICAÇÃO

Na Devir e na Mythos o quadro não é diferente. O acervo da Devir conta com 400 títulos, com previsão de lançamento de quatro títulos por mês em 2018. “Pelo menos 50% dos nossos projetos preveem um acabamento diferenciado”, diz Paulo Roberto Silva Junior, coordenador editorial da Devir Brasil. A Mythos lança entre três e quatro títulos com capa dura por mês, com tiragens que va riam entre 1.000 e 4.000 exemplares, segundo Hélcio de Carvalho, um dos fundadores da Mythos em 1996. Em contato direto com o consumidor, Jorge Rodrigues, sócio da Comix, uma das poucas livrarias especia lizadas em quadrinhos em São Paulo, acompanhou de perto a trajetória das HQs rumo à sofisticação. “O mercado só não está melhor por conta da crise. Recebemos

entre 115 e 120 lançamentos por mês, do infantil à graphic novel, e 40% são edições em capa dura. Até os mangás evoluíram. Quando não em capa dura, chegam com capa cartonada e orelha, impressos em papel offset. ” Os preços podem passar dos R$ 150,00. Quem deseja ter a coleção das quatro edições de luxo da cultuada série Watchmen, escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, vai gastar a bagatela de R$ 600. “A Disney, por exemplo, reeditou recentemente o Manual do Escoteiro Mirim em capa dura, com tiragem de 30.000 exemplares, e já partiu para a reimpressão”, conta Jorge. É unânime a influência decisiva dos filmes baseados em super-heróis no sucesso das HQs. E não há sinais de recuo a médio prazo por parte dos grandes estúdios, com lançamentos já programados pelo menos até 2025. “É certo que teremos todo esse tempo para difundirmos ainda mais os quadrinhos e conquistarmos novos leitores”, comenta José Eduardo. “Mas precisamos estar sempre antenados às necessidades do público e à oferta de produtos que despertem o interesse dos colecionadores, além de inovarmos nas publicações que vamos oferecer. ” Quer mais? No início de agosto, a Netflix anunciou a primeira compra desde sua fundação: a editora de quadrinhos Millarworld, criada pelo cartunista Mark Millar, responsável pelas HQs Guerra Civil, na Marvel, e Kick-Ass, em sua própria companhia. O objetivo é levar o universo de Millar para o streaming.



DIRETÓRIO

Maturidade absoluta

Com circulação ininterrupta há 21 anos, está sendo distribuído ao mercado o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2017, com o exclusivo banco de dados oficial do setor.

ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA 4th Brazilian Printing Industry Yearbook

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concebeu, desenvolveu e lançou a publicação em novembro de 1996 durante a cerimônia de entrega do VI Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini. Fiel às suas origens, ao lado da confiabi lidade e seriedade do seu conteúdo, o Anuário a cada ano impressiona pela clareza das informações e pela sua qualidade gráfica e belíssima apresentação. É acondicionado em embalagem enobrecida com os mais requintados recursos gráficos como hot stamping holográfico com relevo, além de laminação metalizada, verniz UV e impressão Fine Metal em cinco cores na capa. Juntamente com alguns dados estatísticos e da reprodução das 21 capas, o leitor terá a oportunidade de conhecer na próxima página alguns depoimentos espontâ neos recebidos de empre sá rios gráficos de vários estados, que atestam o grau de reconhecimento e importância que o mercado atribui à qualidade do serviço prestado pela publicação.

RADIOGRAFIA DO 21º ANUÁRIO

1.809 gráficas 512 50

ORIGEM

cidades de todo o Brasil

processos gráficos, entre pré-impressão, impressão e acabamento

494

fornecedores

678

itens de equipamentos, matérias-primas, insumos, produtos, sistemas e serviços

PRÉ-IMPRESSÃO

2001

2017

237 120 57 122 180 66 446

83 138 631 244 53 13 783

IMPRESSÃO

2001

2017

Tipografia Letterpress Offset plana Offset rotativa fria Offset rotativa quente Impressão digital Flexografia Serigrafia

880 19 1.711 228 50 213 114 179

426 20 1.594 146 37 684 185 220

ACABAMENTO

2001

2017

686 220 118 322 418 129 286 244 537 191 325 147 23 10 637 188 173 81

565 427 63 708 665 702 409 186 434 157 367 237 10 121 390 97 141 97

Fotocomposição Computer-to-film (CtF) Computer-to-plate (CtP) Plotter Prova de prelo Prova fotomecânica Prova digital

Relevo Hot stamping Verniz calandra Verniz UV Plastificação Laminação Capa dura Capa flexível Brochura Costura Lombada quadrada Hot melt PVA PUR Lombada canoa Encadernação mecânica Envelopagem Shrink

13º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica

11º ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA 11 th BRAZILIAN PRINTING INDUSTRY YEARBOOK

14ºANUÁRIO

BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA

0

33 0

2 70

120

0

90

24

200

ANOS

#3"4*-

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0

2006/2007

*"

2010

60

300

30

MANG-Z

210

O lançamento de um anuá rio para o setor, sonho antigo da categoria, fazia parte do plano de trabalho de Mário César Martins de Camargo, empossado na presidência da Abigraf Regional São Paulo em agosto de 1995. Incumbida por ele, a Clemente e Gramani Editora (hoje, Gramani Editora)

páginas

Número de empresas atuantes em cada tipo de processo, que constaram nos anuários de 2001 e 2017

180

320

DADOS COMPARATIVOS MOSTRAM A EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS GRÁFICOS

0 15

J

á virou tradição. Todo ano, nessa época, há uma grande expectativa pela chegada da nova edição do Anuário. E ele sempre corresponde a todo esse interesse, apresentando dados e informações importantes para as empresas e profissionais do setor, com total credibilidade conquistada ao longo de duas décadas de circulação. A edição 2017 da publicação traz o perfil completo de mais de 1.800 gráficas, estabelecidas em 512 cidades de 21 estados e no Distrito Federal, com um verdadeiro raio-X de cada uma. Para completar a sua prestação de serviço, o Anuário inclui o Guia de Fornecedores, com uma cadeia de suprimentos composta pelos dados de 494 empresas, que oferecem 678 diferentes produtos, matérias- primas, insumos, equipamentos, componentes ou serviços utilizados pela indústria gráfica. O Anuário é também de extrema utilidade para os usuários dos serviços gráficos. Na abertura das quatro regiões do País em que está dividido o banco de dados, o interessado encontra uma grande tabela, de fácil consulta, na qual ele localiza, através do serviço desejado, as gráficas especia lizadas naquilo que procura. Selecionadas as gráficas, ele é conduzido para as páginas do banco de dados e terá à sua disposição não só o endereçamento completo, mas também as certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos disponíveis e tipo de trabalho de cada gráfica.

12º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2007/2008 12th Brazilian Printing Industry Yearbook 2007/2008

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2009

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PARTICIPARAM DA PRODUÇÃO DO 21-º ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA CAPA E EMBALAGEM • Brainstorm: projeto gráfico e arte final • Bronz’Art: clichês para hot stamping e relevo seco • ColorG: marcador • Congraf: desenvolvimento de facas e impressão da embalagem • GreenPacking: enobrecimento (hot stamping e relevo seco) • Leograf: impressão 5 cores Fine Metal da capa • Lamiprint: laminação em PET metalizado • MP Brasil: fitas de hot stamping • Prolam: filmes para laminação • Papirus: cartão Vitasolid 350 g/m²

DEPOIMENTOS Transcrevemos em seguida algumas manifestações de reconhecimento recebidas de várias partes do País sobre o Anuário. “Excelente ferramenta de consulta.” Raphael Manzoni Comunicare (Curitiba, PR) “Muito bom o trabalho que o Anuário vem fazendo durante todo esse tempo.” Eguiberto Gomes de Sousa EGS Artes Gráficas e Editora (Fortaleza, CE) “Excelente, fácil procura, boa visualização.” Charles José Postalli Dimpel (Lages, SC) “A cada ano que passa o anuário está mais bonito e com um conteúdo muito rico e bem atualizado!” Roque Noschang Gráfica Triângullo (Terra de Areia, RS) “Utilizo bastante, parabéns pelo trabalho.” Kátia Isabel Schneider Scherer Grafdil (Dois Irmãos, RS) “Constamos em todas edições, desde o primeiro ano, no Anuário. Boa ferramenta de pesquisa e divulgação.” Marcelo Luís Nascimento Faria Gráfica Faria (Itabirito, MG)

ACABAMENTO • Abril: lombada PUR • CTS: shrink

“Muito bom.” Valter Marteleti Gráfica Marteleti (Colatina, ES) “Parabéns, sempre muito útil ao nosso trabalho.” Renato de Oliveira Compulaser (São Paulo, SP) “Um excelente trabalho de consulta e atualizações tecnológicas.” Luiz Carlos Manso Alves Imprensa Oficial (Niterói, RJ) “Material de excelente qualidade e de essencial consulta para a área gráfica.” Vicente César de Araújo La-Gatta Fumarc (Contagem, MG)

“Parabéns pela dedicação aos gráficos do país! Inovação, informação e parcerias!!” Sandreli de Paula Bacos Bench Mark (Manaus, AM)

“Nestes 20 anos tive o prazer de receber o anuário, excelente trabalho que merece aprazos da indústria gráfica.” Ernani de Paula Braga, fundador do Sinigraf Pouso Alegre-MG Indústria Gráfica Cambuí (Cambuí, MG)

“Excelente trabalho.” João Batista Coelho Gráfica Primos (Guarapari, ES)

“Excelente fonte de informação.” Márcia Carestiato Sancho Carestiato Editores (Nova Friburgo, RJ)

16º ANUARIO BRASILEIRO DA INDUSTRIA GRAFICA

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PÁGINAS DO MIOLO • Elyon, Leograf, Lis Gráfica e MaisType: impressão • International Paper: papel Chambril Book 90g/m²

ANUÁRIO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA 2011

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“O Anuário é norte para muitas pesquisas e realização de compras.” Roberto Drumond Gráfica Drumond (Barra Mansa, RJ) “Parabéns, sempre muito útil ao nosso trabalho.” Renato de Oliveira Compulaser (São Paulo, SP) “Excepcional fonte de informações das empresas do setor, bem como sua qualificação e benefício para toda a cadeia produtiva da indústria gráfica brasileira.” Vicente de Paula Aleixo Dias Primacor Gráfica (Belo Horizonte, MG) “O Anuário da Abigraf contribui para o nosso mercado gráfico há mais de 20 anos, auxiliando a estruturar e difundir as empresas deste segmento.” Felipe Salles Ferreira Ma¯cron Indústria Gráfica (São Bernardo do Campo, SP) ✆ GRAMANI EDITORA Tel. (11) 3159.3010 editoracg@gmail.com


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HISTÓRIA VIVA

É difícil achar hoje alguém que, não tendo construído carreira como professor, tenha ensinado mais pessoas do que Sérgio Rossi na seara da impressão offset. Seja em parceria com a indústria de papel ou como consultor da ABTG, ele percorreu o Brasil disseminando conhecimento e ajudando as empresas a controlar melhor seus processos produtivos. Tânia Galluzzi

Sérgio Rossi

Missionário da tecnologia julgar por sua formação, Sérgio poderia muito bem estar agora comandando uma equipe de pesquisa em fissão nuclear. Formado em Engenharia Quí mica, com mestrado em Tecnologia Nuclear pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/USP), por pouco 1

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não seguiu carreira acadêmica. A falta de campo de atuação na área na década de 1970 o desencantou, facilitando a tarefa de seu tio, José Campagna, proprietário da Repro Estúdio Gráfico, a incentivá-lo a entrar para o setor gráfico. E o engano de um office boy inseriu o processo offset em sua vida para sempre. “A Abril estava procurando alguém para a área de controle de qualidade. Com minha formação, achei que me sairia bem no controle de matérias-primas, e mandei meu currículo. Na hora de distribuir os currículos, o office boy levou o meu para a impressão offset e acabei sendo contratado como assistente da gerência porque precisavam de alguém sem os vícios da área.” O ano era 1979, e Sérgio Rossi já estava casado com Vera Lúcia, sua companheira até hoje, e tinha o primogênito, Renato, nos braços. O segundo filho, Ricardo, viria dois anos depois. Para entender onde havia se metido, Sérgio passou a devorar todos os manuais de máquinas ao seu alcance. Acostumado com a linguagem técnica e habituado a estudar, encantou-se


2

pela aplicabilidade das tecnologias de impressão. “Foram anos muitos felizes. Sair do mundo acadêmico e ver a tecnologia gerando produtos e perceber que eu podia melhorar a rotina profissional das pessoas era muito bom. Abracei o controle de processos de forma selvagem. ” Na busca por informação encontrou o Senai, que anos mais tarde acabou credenciando- o para ministrar cursos na própria Abril. Em 1984 a Abril enviou Sérgio e o falecido Jan Ament para o Rochester Institute of Technology (RIT). O objetivo era uma imersão de quatro meses nas inovações gráficas visando municiar a unidade fabril que a Abril pretendia abrir em Itapetininga, interior de São Paulo. De volta ao Brasil, como a fábrica não saia do papel, Sérgio começou a desenvolver cursos internos para multiplicar o que havia aprendido nos Estados Unidos sobre papel, tinta, chapa e todas as etapas da impressão offset. “Foi um sucesso. Os cursos passaram a contar pontos para promoções. Todos queriam participar.” NASCE UM CONSULTOR

Em 1989 o cenário tecnológico estava em ebulição e os holofotes direcionados à pré-impressão com a chegada dos escâneres e dos Macintoshes. José Campagna entra em cena, levando Sérgio para a Repro com a missão de implantar e treinar as equipes na operação do Chromacon, o primeiro soft ware de edição digital de imagens, desenvolvido pelo engenheiro alemão Rudolf Hell, considerado o Thomas Edison da indústria gráfica. Sérgio passou nove anos na Repro como diretor-técnico, até ser procurado pela Suzano para fazer a ponte entre a indústria de papel e

3 92 12 GLOSSÁRIO ILUSTRADO DE TERMOS TÉCNICOS EM COMUNICAÇÃO GRÁFICA

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SÉRGIO ROSSI FILHO 2009

1 (página ao lado) Curso de impressão offset, em Bauru (SP). 22.03.1991 2 Aula prática de impressão plana no Rochester Institute of Technology (RIT), 1984 3 Graphos – Glossário de Termos Técnicos em Comunicação Gráfica, em versão digital, ilustrado, edição 2009 4 Com exemplar do Manual para Solução de Problemas em Impressão Offset, no início de dezembro de 1999 5 Ao lado de Joaquim Bastos Neto, durante o Fórum Produtividade, promovido pela Revista Abigraf. 24.03.1999

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6 O americano Milles Southworth (sentado), diretor da Escola de Tecnologia Gráfica do RIT, exibe exemplar do seu livro Separação de Cores em Desktop, traduzido para o português por Manuel Manteigas de Oliveira. Ao lado de Sérgio, revisor técnico da obra, aparecem (E/D): Fernando Santos, Alexandre e seu pai, José Campagna, da Repro Editora, que publicou o livro. Evento na Escola Senai Theobaldo De Nigris, 18.09.1996 7 Sérgio proferindo palestra. S/d 8 Com Victor Ades, da J.J. Carol, e Mário Carramillo Neto (último à direita), por ocasião da produção da escala de cores TrueColor. 2003 9 Sérgio, presidindo o Instituto de Soluções e Estudos Gráficos (Iseg), assina documentos, ladeado por (E/D) Raul Carlos Timmers, consultor, e Carlos Evandro Alves da Silva, presidente da Abigraf-RS. Fiepag 2003

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as gráficas. “A Suzano tinha problemas de relacionamento com a Abril. Ela não conseguia entender as necessidades da Abril e vice-versa, e eles me chamaram para fazer o meio de campo. Resolvi abrir uma empresa de consultoria atendendo a Repro e a Suzano.” Com seu seminário O que o impressor deve saber sobre papel, Sérgio correu o País, conhecendo

gráficas de todos os portes e necessidades. Outras fabricantes de papel se interessaram, delineando a rotina de cursos e consultorias de Sérgio Rossi nos últimos 20 anos. Ainda na década de 1990 Sérgio acabou se aproximando da ABTG e da Abigraf por meio do Senai e de sua amizade com Fernando Pini. A Theobaldo De Nigris ainda tinha como diretor Walter Vicioni quando surgiu a ideia de um curso superior de tecnologia gráfica. Ao lado de Mário Carramillo Neto e Peter Rohl, Sérgio Rossi ajudou a delinear o curso, integrando também o corpo docente. Com duração de dois anos e apoio da Fundação Vanzolini, da Escola Politécnica da USP, o curso formou uma única turma. Na gestão de Luiz Carlos Burti como presidente da ABTG, entre 1992 e 1994, o especia lista em offset foi gerente técnico da entidade, mas mesmo antes já participava ativamente das iniciativas da associação, como o desenvolvimento de uma escala de cores brasileira, a TrueColor. Além dos cursos e da consultoria, Sérgio publicou três livros: Graphos, Glossário de Termos Técnicos em Comunicação Gráfica, em 2001, o Manual para Solução de Problemas em Impressão Offset, no ano seguinte, e Acabamento, Encadernação e Enobrecimento de Produtos Impressos, em parceria com Américo Lunardelli, em 2002. Morando no litoral paulista desde 2009, continua a prestar consultoria e a bater na tecla do controle de processo. “O gráfico ainda não se preocupa com isso. Mas esse não é um problema exclusivo do setor gráfico. Permeia toda a indústria nacional. Será preciso uma nova geração para que essa rea lidade se altere.”




a d a n e t n mais a s a d a t n a l p s a t s e r o l f s i a m

VocĂŞ sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtĂŞm 100% da FHOXORVH D SDUWLU GH ĂŚRUHVWDV SODQWDGDV"* $ ÂĄUHD GH ĂŚRUHVWDV SODQWDGDV QR %UDVLO HTXLYDOH a 2.2 milhĂľes de campos de futebol.* NĂŁo existe nada tĂŁo divertido quanto papel para estimular a criatividade. Leia sua revista favorita tranquilamente, pois o papel utilizado nela ĂŠ feito de madeira natural e renovĂĄvel.

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*IbĂĄ - IndĂşstria Brasileira de Ă rvores 2016/2017


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F OTOG R A F I A

Andre Arruda As curvas do Rio

Q

uan do crian ça, Andre Arruda costumava acompanhar a avó com uma missão: traduzir o mundo. Cega, dona Nathercia via o que estava ao redor através dos olhos do menino. Talvez daí tenha vindo o apego de Andre pelas imagens, a sensibilidade para os efeitos da luz sobre corpos e objetos, o cuidado com os detalhes. As reminiscências continuam latentes, entremeadas em retratos e cenários fortes e envolventes como a paisagem do Rio de Janeiro, sua cidade natal. Ainda pequeno Andre chegou a brincar com a câmera do pai, fotógrafo amador, mas antes da fotografia outra linguagem o seduziu, a música. O garoto queria o peso do metal, chegava a estudar baixo oito horas por dia e, levando o instrumento a sério, foi parar num estúdio de gravação. Mas o cantor que ele devia acompanhar estava a anos-luz de seus ídolos do rock. “Detestei a ex periência e visto que a música perdia um baixista medíocre fui para o jornalismo”, brinca Andre. A extinta Faculdade da Cidade foi seu destino em 1986 e ali, numa aula de fotografia, viu pela primeira vez o trabalho do mestre Car tier-Bresson. O encontro foi decisivo. Conseguiu do pai uma câmera usada e não mais livrou-se delas. Aos 24 anos batalhou uma vaga no Jornal do Brasil, reduto de feras do fotojornalismo como Evandro Teixeira e Rogério Reis, na época editor de fotografia. Cobrindo os encantos e as mazelas da capital fluminense encontrou os Clóvis1, homens vestidos de pier rô, arlequim e palhaço que mantêm viva uma antiga tradição do Carnaval do Rio. “O Carnaval de rua perdeu toda a sua espontaneidade, virou um negócio depois da gestão do Eduardo Paes. E os Clóvis conseguiram se manter, porém restritos a pontos da periferia. Eles são movidos pela paixão pela festa.” Essa autenticidade sensibilizou Andre e sua 1 Corruptela para clowns.

tradução está no ensaio Clóvis, que acaba de ganhar o Prêmio Brasil Fotografia 2017 na categoria Revelação. Doze imagens mostram homens em fantasias muito coloridas, que fazem parte de um movimento hoje quase marginal. NOVOS VOOS

Depois de seis anos de JB, Andre ficou mais um ano e meio no O Globo até partir para carreira solo em 2000. Encontrou espaço no mercado editorial, fotografou, e ainda fotografa, para as principais revistas do País. “Fiz muita Vip e Playboy. A paisagem do corpo feminino é linda.” Acompanhando o protagonismo da mulher, em

Andre Arruda é um devoto. À luz, ao corpo feminino, à paisagem carioca, à fotografia de gente, à música. E é esse sentimento que impulsiona sua carreira de sucesso na fotografia. Tânia Galluzzi

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1 (página de abertura) Clóvis 12 2 (página anterior)Fortia Femina – Claudia Rozenfeld 3 Sebastião Salgado/Canivete Suíço 4 Abaixo do Céu, Acima da Terra – Rio de Janeiro

Nova York viu pela TV no início dos anos 2000 um concurso de body bulding (fisiculturismo) e ficou com a ideia de fotografar as adeptas dessa prática. O projeto Fortia Femina começou em 2003 e agora está concluído, reunindo imagens de 18 atletas de body bulding, e pronto para se transformar em livro. Antes desse, saiu no final de 2016 o 100 Coisas que Cem Pessoas Não Vivem Sem, trazendo celebridades e pessoas anônimas com objetos que fazem parte de sua rotina diária. “Queria fazer um livro de retratos, mas precisava de um diferencial. Decidi unir a ideia com a atração que temos pela catalogação.” Um dos retratos mais trabalhosos foi o do pianista Arnaldo Cohen, que elegeu um Steinway de cauda, do qual só existem quatro no Rio. “Um deles está no Teatro Municipal e precisei fotografá-lo de cima.” O mesmo aconteceu com o fusquinha 4

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ANDRE ARRUDA www.andrearruda.com REVISTA ABIGR AF

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rosa das irmãs Bianca e Branca Feres, atletas do nado sincronizado. “Normalmente os homens escolhem coisas ligadas ao trabalho, enquanto as mulheres são mais livres.” Andre segue fazendo editorial e publicidade e em paralelo os trabalhos pessoais. Afora o Fortia Femina, caminha o Abaixo do Céu, Acima da Terra, centrado na dança das nuvens. Mas clicar pessoas é o que mais o atrai, sejam famosos ou não. Ele confessa que admiração demais atrapalha, como aconteceu no encontro com um de seus ídolos, Rob Halford, vocalista da banda de heavy metal Judas Priest. “Eles vieram tocar no Brasil em 1994 e fui cobrir pelo Jornal do Brasil. Quando ele chegou eu travei. As fotos ficaram horríveis. Mas a entrevista até que ficou legal.” É possível que hoje o riscado fosse outro. Será?


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Bauru, SP e Sorocaba recebem a Semana de Artes Gráficas SAG reúne mais de 300 profissionais, de 159 empresas da capital e do interior do Estado de São Paulo.

“No fundo, o problema está na educação” O eterno ministro da Fazenda Delfim Netto esteve na Abigraf para tentar mostrar para onde o Brasil caminha.

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om índice de aprovação superior a 90%, foi realizada nos meses de maio e junho a Semana de Artes Gráficas (SAG). O evento percorreu três cidades. De 8 a 12 de maio esteve em Bauru, no Senai João Martins Coube; de 29 de maio a 2 de junho em São Paulo, na Escola Senai Theobaldo De Nigris, e de 26 a 30 de junho em Sorocaba, no Senai Gaspar Ricardo Júnior. Gratuitos, os cursos objetivam difundir os avanços tecnológicos e de gestão e discutir novas tendências do setor. “Se em condições normais a reciclagem já é essencial, diante da crise que vivemos a capacitação e o entendimento das novas ferramentas administrativas podem determinar a sobrevivência ou não de uma empresa”, afirmou Levi Ceregato, presidente do Sindigraf-SP, entidade patrocinadora do evento. O treinamento acontece sempre à noite, e neste ano contou com cinco palestras: Gestão da Gráfica Familiar, Impressão das Coisas – Novas Oportunidades com a Impressão Digital, Vendas com Resultado no Mercado Gráfico, Lean Printing – Melhorando o Resultado Financeiro com Ferramentas de Gestão Inovadoras e Gestão para Retomada do Crescimento da Empresa Gráfica. Os temas foram apresentados pelos especialistas e consultores

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da ABTG Flávio Botana, Ricardo Minoru, Marcos Biaggio, Marcelo Ferreira e José Pires de Araújo Junior. Em Bauru, 73 profissionais, de 23 empresas, participaram da SAG, que contou com o apoio da Abigraf Seccional Bauru. Na capital paulista o público foi de 188 pessoas, de 114 empresas da Grande São Paulo, e em Sorocaba as palestras atraíram 56 participantes, de 22 gráficas. “Seguimos com a meta de espalhar informações relevantes, capazes de impactar positivamente o dia a dia do gráfico paulista. Nossa expectativa para 2018 é ampliar o número de cidades envolvidas. Mas para isso dependemos de uma retomada da economia”, comentou Sidney Anversa Victor, presidente da Abigraf Regional São Paulo. Essa é a 12ª edição da SAG sob a chancela do Sindigraf-SP e da Abigraf-SP. Até meados dos anos 2000, o evento acontecia de forma pontual, quando as entidades se uniram à ABTG, encarregada da realização dos cursos, conferindo regularidade à SAG, além de definir o escopo do projeto: levar conhecimento técnico, tecnológico e de gestão ao interior do Estado. A primeira SAG nos moldes atuais aconteceu em Ribeirão Preto, em abril de 2006.

o dia 13 de julho foi preciso providenciar cadeiras extras para acomodar o público interessado em ouvir Antônio Delfim Netto falar sobre conjuntura econômica no auditório da Abigraf, em São Paulo. Ministro da Fazenda, da Agricultura e depois do Planejamento em diferentes gestões entre os anos de 1967 e 1985, o economista, hoje com 89 anos, abordou desde os quesitos capazes de influenciar positiva e negativamente o desenvolvimento econômico — apenas um codinome para aumento da produtividade, segundo ele —, até o peso da carga tributária. De acordo com Delfim Netto, as origens da crise atual estão em boa parte nas medidas adotadas pela ex-presidente Dilma Roussef para impulsionar a economia a partir de 2013, a começar pela redução da tarifa da energia elétrica. “O crescimento econômico segue alguns processos e não há truque político capaz de subvertê-los. A ex-presidente não errou sozinha, na opinião do economista. “Ela atingiu o ponto máximo de sua popularidade quando estava cometendo seus maiores erros. Quem parasse para pensar veria que a intervenção da Dilma no mercado elétrico iria produzir um absurdo, mas as pessoas aplaudiram o fato de a energia baixar 20%. No fundo, o problema está na educação e na falta da capacidade das pessoas de medir consequências.” Para voltarmos a crescer é imprescindível o fortalecimento da indústria, pontuou Delfim Netto. “O que é o Brasil hoje? O que fizemos nos últimos 40 anos quando abandonamos o controle do processo de crescimento? Somos uma colônia da China. O Brasil é um grande fornecedor de matérias-primas e alimentos, exatamente como quando começamos o processo de desenvolvimento. Não há a menor hipótese de um país com 200 milhões de habitantes ter um desenvolvimento robusto e sustentável sem uma indústria forte e competitiva. Temos de devolver para a indústria condições isonômicas para que possa crescer. ” Respondendo a algumas questões, o ex-ministro declarou considerar a reforma trabalhista que está sendo proposta bastante razoável. “Argumentam que estão sendo tirados direitos individuais, mas não conseguem dizer que direitos são esses. Todos os direitos estão na Constituição e sem que ela seja alterada não há como fazer isso. O que está sendo proposto vai apenas flexibilizar um pouco o mercado de trabalho.”


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GRUPOS EMPRESARIAIS Ações concentradas

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abricantes e representantes de cadernos e agendas, localizados em diversos estados, compõem o Grupo Empresarial de Cadernos (GE- Cade) da Abigraf-SP. Dentre as várias ações empreendidas nos últimos anos, com suporte dos profissionais da Abigraf-SP, duas delas canalizaram grandes esforços e compromisso por parte dos seus integrantes. Primeiramente, merecem destaque as iniciativas voltadas à divulgação e apoio à adoção do Cartão Material Escolar como ferramenta de transferência de recursos do governo ao estudante das redes de escolas municipais e estaduais. Com o CME, os produtos pré- definidos pelas redes de ensino são adquiridos na rede de varejo vinculada ao programa. Esse conceito de fornecimento de material escolar pelos agentes públicos, fortalecendo a participação de todos os produtores e os canais de distribuição do produto, tem sido apresentado, apoiado e valorado ao legislativo municipal bem como ao estadual. Desenvolvem essa atividade, além de integrantes do GE- Cade e da Abigraf-SP, a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Materiais Escolares (Abfiae), a Associação Brasileira dos Distribuidores de Papelaria (Adispa) e o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo (Simpa), entre outros. Algumas prefeituras do Estado de São Paulo já adotaram o

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CME, atingindo os objetivos traçados com a geração de empregos e fortalecimento da cadeia produtiva. Como exemplo, podemos citar a Prefeitura de São Sebastião, a Prefeitura de Capivari e a utilização já há alguns anos em Brasília e Distrito Federal, além do Estado do Maranhão,

Ainda relacionado à adequação da carga tributária, destacamos o contínuo esforço de esclarecimento junto à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo sobre a operação da cadeia produtiva e de distribuição de cadernos. Cadernos e agendas, entre outros produtos fabricados em papel e também utilizados no processo educacional, são tributados pela substituição tributária do ICMS. A antecipação do recolhimento do ICMS da cadeia de comercialização pelo fabricante acarreta aos mesmos um forte impacto na sua gestão

Beatriz Bignardi, diretora setorial do GE-Cade

através do programa Mais Bolsa Família Escola, abrangendo 217 cidades e uma rede com mais de 1.400 varejistas, beneficiando mais de 1.200.000 alunos nesta última edição. O outro importante tema, objeto de nossos esforços e atenção, tem sido o da redução do alto volume de impostos incidentes sobre cadernos, ferramenta es sen cial no processo de ensino. O GE- Cade, através da Abigraf-SP e do Sindigraf-SP, apoia o PL6705-09, que isenta de IPI e leva a zero as alíquotas do PIS e da Cofins para um grupo de materiais escolares, entre eles os cadernos.

Ricardo Carrijo, vice-diretor do GE-Cade

financeira. Há um hiato de meses entre a data de vencimento do ICMS-ST e a do vencimento das duplicatas decorrentes das vendas. Três aspectos desta operação são fundamentais para a sua compreensão: a expressiva sazonalidade da operação, a enorme gama de itens sob a denominação caderno, e longos prazos de recebimento comercial

que a indústria é pres sio na da a rea li zar dian te dos reflexos da sazonalidade. O GE-Cade, com o suporte da Abigraf-SP e da Fiesp, vem demandando à Sefaz-SP os seguintes pleitos: um período adequado da realização da pesquisa de preços no varejo e comparativo de preços com os da indústria, a adequação da composição da cesta de produtos e prazos de pagamento coerentes com a política de recebimento comercial dessa operação. Cabe destacar que em 31 de dezembro de 2015 a Confaz redefiniu a lista de produtos de papelaria a serem tributados pelo ICMS-ST. Alguns outros produtos como borrachas, apontadores, réguas, lápis preto, lápis de cor, giz de cera e aquarelas tiveram a isenção dessa tributação. Permaneceram as canetas e outros produtos em papel, entre eles o caderno e as agendas escolares. Nessa oportunidade, foram realizados esforços para a exclusão da incidência do ICMS-ST sobre cadernos, porém ainda não obtivemos a aprovação do pleito. No atual momento de dificuldades que o País enfrenta, é especialmente desafiante obter-se um alinhamento entre as regras tributárias e o modelo produtivo e comercial da indústria. Todavia, continuaremos a buscá-lo. Beatriz Bignardi e Ricardo Carrijo, respectivamente diretora setorial e vice-diretor do Grupo Empresarial de Cadernos


Os 20 anos da Conlatingraf Às vésperas de completar 20 anos, com sede permanente em Montevidéu, Uruguai, a Confederação Latino- Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) congregava onze países- membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A entidade foi fundada em novembro de 1967, em Mar del Plata, Argentina, e realizou nessas duas décadas dez congressos latino-americanos, 34 assembleias gerais ordinárias e sete reuniões setoriais. Durante todo esse período, a Conlatingraf manteve mandatos bienais, propiciando uma

Sidney Fernandes, presidente da Conlatingraf de 1985 a 1987

mudança rotativa da presidência entre os países a cada dois anos. O Brasil, que teve Theo bal do De Nigris como primeiro presidente da entidade, na gestão 1969/1970, voltou a ocupar a presidência com Sidney Fernandes, na gestão 1985/1987. O mandato de Sidney se encerraria em novembro, durante a realização da 35ª Assembleia Geral em Bariloche, na Argentina, dois dias antes do 11º Congresso, palco da comemoração dos 20 anos da confederação.

Livros e cadernos escolares

Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 112, de julho/agosto de 1987

1ª Feira Escolar

Órgão do Ministério da Educação (MEC), a Fundação de Assistência ao Estudante (FAE) iniciou seu programa editorial em 1956, em complementação à Campanha Nacional de Material de Ensino (CNME), através da publicação de obras escolares. Tendo como meta, para o período 1987/88, comprar 45 milhões de livros da iniciativa privada para distribuição gratuita, a FAE adotou com o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) um processo de escolha e indicação de livros didáticos através da consulta de títulos junto ao professorado. No período anterior, 1986/87, o volume tinha sido maior e dados oficiais apontaram que 41 editoras haviam produzido 55 milhões de livros para o Programa. Editores questionavam algumas exigências do governo. “Para a FAE, o importante é que o livro dure três anos, que seja atual, que tenha boa qualidade de acabamento e impressão e que custe barato. Só que isto é impossível”, frisou Ricardo Feltre, diretor-geral da Editora Moderna. Manuel Neto, diretor-superintendente da Editora do Brasil, reforçou: “O órgão negocia os preços de uma forma rígida, o que representa para as editoras apenas o custo gráfico, as despesas administrativas e o pagamento do direito autoral. Para nós, sobra uma pequena margem de lucro”. Por sua vez, Rui Mendes Gonçalves, diretor-superintendente da Editora Saraiva, resumiu: “70% do volume do mercado livreiro é adquirido pelo governo e o restante pelo mercado normal. A discrepância está no valor correspondente, ou seja, os 30% da produção destinados ao comércio representam 60% do valor total. Em última palavra, não vale a pena comercializar com o governo”. CADERNOS – “Várias empresas participam do Plano de Distribuição do Caderno Escolar, semelhante ao da distribuição de livros. Para 1987/88 está prevista a compra de 55 milhões de cadernos pelo órgão, que se juntarão aos módulos de distribuição gratuita do Programa”, explicou José Aidar Filho, diretor da Propasa S/A e coordenador do Grupo Setorial de Cadernos da Abigraf. “A própria FAE mantém uma gráfica no Rio de Janeiro, que existe há 20 anos e produz de 32 a 35 milhões de cadernos/ano. Ocorre que o que ela produz não é suficiente para cobrir suas metas e então recorre à iniciativa privada para suprir a diferença”, concluiu Aidar.

Sucesso considerado surpreen den te marcou a realização da 1ª Feira Nacional de Produtos Escolares (Escolar 87), de 10 a 13 de agosto, no Pavilhão da Bienal do Parque do Ibi ra pue ra, em São Paulo. O evento, organizado pela Francal Feiras e Empreen di men tos, com o patrocínio e apoio da Abigraf, recebeu mais de 12.600 visitantes qualificados nos 60 estandes instalados em uma área de 4.200 m². Caio Coube, diretor de marketing da Tilibra, ressaltou que o público presente estava vivamente interessado nos produtos expostos, examinando, conversando, comparando lançamentos e também fazendo encomendas. O gerente de produtos da Cia. Melhoramentos, Massaru Yata, afirmou que “a feira foi muito boa porque ampliou contatos e até já fechamos alguns negócios importantes”.

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