Revista Abigraf 319

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Telines Basilio, especialista em coleta seletiva, exalta importância dos catadores e das cooperativas nas questões ambientais e sociais

O Prêmio Fernando Pini distribuiu 70 troféus a 36 gráficas, entre 314 peças finalistas, destacando-se a paulistana P+E, a mais premiada

A indústria de impressão de rótulos é cada vez mais impulsionada por atratividade, soluções sustentáveis e tecnologias inovadoras de produção

REVISTA ISSN 0103•572X ARTE & INDÚSTRIA GRÁFICA • ANO XLIX • JAN/MAR 2024 • Nº 319

SEUS CLIENTES PRECISAM

IMPRESSIONAR?

Enquanto o mundo corporativo bombardeia os clientes com ações virtuais para tentar se comunicar, algumas empresas se destacam de forma estratégica, e mais do que isso, conseguem impressionar. É preciso que a mensagem destaque, seja memorizada, útil e guardada de forma tangível.

COMO?

Sugira aos clientes e empresas, que utilizem papéis com texturas e cores imponentes em projetos gráficos, catálogos, embalagens, convites, rótulos e displays. Desenvolvemos o SIGNAPLUS para atender essa necessidade.

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BRASILEIRO
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CLASSIC GOCCI NAPPA LINNO
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Um ano consagrado pela união. E que venha 2024!

Apresento aqui um relato sobre as principais ações e resultados alcançados nos primeiros e intensos sete meses, em 2023, da minha gestão à frente da Abigraf Nacional.

Eu poderia aproveitar este espaço para fazer uma retrospectiva de 2023. Afinal, é a primeira edição da Revista Abigraf e, como é de praxe, é comum aproveitar o momento para relembrar as ações e momentos que compartilhamos ao longo do ano passado. De fato, tivemos agenda movimentada em 2023, principalmente devido a nossos esforços em aproximar associados, parceiros e gráficos de todo o Brasil, criando um espaço democrático e participativo, tal qual sempre foi nossa proposta desde que assumimos a presidência em junho último.

levantados em 2023, e trazidos por amigos gráficos de norte a sul do País, pautarão novas ações para 2024. Isto é, teremos um novo ano com agenda cheia, e muita vontade de trabalhar e acertar.

O DIÁLOGO E A INTEGRAÇÃO SÃO

Porém, prefiro, como expliquei, sair um pouco do convencional e, neste editorial, focar em resultados. Sim, porque eles foram muitos! Sei que ainda há desafios a serem superados e muito a ser feito, mas, desde o início do mandato, dedicamo-nos a percorrer diversas cidades do País, conversar com executivos e promover momentos para que o mercado gráfico de todo o Brasil pudesse se reunir e trocar experiências.

Desde nossas reuniões internas na Abigraf, premiações (como o Prêmio Theobaldo De Nigris, Fernando Pini, entre tantos outros) e eventos (como o Congraf 2023), foi notório o crescimento da participação de gráficos fora do eixo Sul-Rio-São Paulo, todos interessados em interagir mais com as propostas da associação e criar um ambiente colaborativo.

Também foram oportunidades incríveis para ouvir demandas, entender peculiaridades regionais e debater possíveis soluções para a indústria gráfica nacional. Aliás, muitos dos temas

Acredito, por fim, que o diálogo e a integração que advêm do associativismo são as melhores vias para superarmos os desafios e obstáculos dos empresários de nosso setor. Pois, somente unidos, teremos força maior para pleitear melhorias junto aos poderes públicos e entidades governamentais, bem como seguir promovendo eventos e encontros que gerem resultados práticos.

Muito foi feito graças ao apoio de todos vocês (colaboradores da Abigraf Nacional e suas regionais, empresários e profissionais do setor). E muito ainda será realizado neste ano, que só começou.

Ninguém ficará para trás, porque, juntos somos mais fortes! E 2024 é uma nova oportunidade para provarmos a verdade por trás desse slogan.

julião@graficapontual.com.br

EDITORIAL
MELHORES VIAS PARA SUPERARMOS OS DESAFIOS E OBSTÁCULOS.
AS

REVISTA ABIGRAF

ISSN 0103-572X

Publicação trimestral

Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 529 (Paraíso)

04103-000 São Paulo SP

Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550

E-mail: abigraf@abigraf.org.br

Home page: www.abigraf.org.br

Presidente da Abigraf Nacional: Julião Flaves Gaúna

Presidente da Abigraf Regional SP: João Scortecci

Gerente Geral: Wagner J. Silva

Conselho Editorial: Bruno Mortara, Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Rogério Camilo, Tânia Galluzzi e Wagner Silva

Elaboração: Gramani Editora Eireli

Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3887.1515

E-mail: editoracg@gmail.com

Editor: Plinio Gramani Filho

Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26897)

Colaboradores: Antônio Dalama, Bruno Arruda

Mortara, Chiara Bezzi, Hamilton Terni Costa, João Scortecci e Roberto Nogueira Ferreira

Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli

Editoração Eletrônica e Fechamento de Arquivos: Studio52

Papel fornecido pela Blendpaper: Capa – SignaPlus Opalina Nappa 180 g/m²; Miolo – Markatto Opalina 120 g/m²; Encarte Solto – Markatto Opalina Telado 180 g/m²

BLENDPAPER

Enobrecimento da Capa: GreenPacking, aplicação de hot stamping com fitas da MP do Brasil Impressão e acabamento: Lis Gráfica e Editora

Acesse:

www.abigraf.org.br/revista-abigraf

Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

ENRIQUE RODRÍGUEZ

O artista da capa

Transformar papel em obra de arte. Esse é o propósito de Enrique Rodríguez, artista plástico chileno, com formação em arquitetura e desenho industrial e fundador da Universidade do Papel. O espaço, sediado em São Paulo, é um laboratório de criação, pesquisa e desenvolvimento de projetos executados exclusivamente em papel e todos os materiais derivados da celulose. Por meio da execução de conceitos artísticos para empresas, principalmente dos setores de papel e celulose, área hospitalar e arquitetura corporativa, desde 2003 vem reafirmando a utilização do papel e seus derivados como parte da construção de um mundo mais sustentável. O trabalho preciso, artesanal, manufaturado de forma individual com os derivados da celulose e papel agrega humanização ao ato de presentear, homenagear e ambientar espaços através do uso de matérias-primas que trazem amor, afeição e delicadeza a nosso cotidiano. Troféus personalizados, totens de mesa ou interativos, cenografias, ambientações de salas e eventos, presentes corporativos, obras de arte etc. fazem parte dos múltiplos itens que oferece o portfólio da Universidade do Papel, sob o comando artístico de Enrique Rodriguez. Suas obras estão espalhadas pelos cinco continentes, em diversas coleções particulares e de importantes empresas, principalmente nas áreas relacionadas com a produção de papel, celulose e seus derivados, assim como em grandes projetos hospitalares e de hotelaria.

Enrique Rodriguez criou a Universidade do Papel com o propósito de ser um braço social do seu trabalho artístico, fomentando diversas ações educativas que utilizam o papel como meio de expressão e geração de renda. Atividades gratuitas, abertas a todo tipo de público foram realizadas a partir de 2015 nas mais importantes capitais do Brasil, assim como em diversas cidades do Chile, Colômbia e Peru. Mais de 100.000 pessoas (dados atualizados até 2023) já foram atingidas por estas ações.

www.enriquerodriguezpapel.net

@universidadededopapel @arquiteturadopapel

A corrida pela inovação

Antonio Dalama aborda o impacto das inovações tecnológicas na indústria gráfica, destacando a transição para a impressão digital, sua evolução ao longo dos anos e a importância da adaptação às novas soluções.

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

Prêmio Fernando Pini 2023

A 31ª edição do mais importante concurso do setor ressaltou a excelência de 34 gráficas de nove Estados brasileiros, tendo P+E e Ipsis como as mais premiadas. A cerimônia, realizada em São Paulo, reuniu 850 pessoas.

Série Brasil, técnica Arquitetura do Papel, 53 × 53 × 3 cm, São Paulo, 2023, foto: @joao_colagem
EM 1965
FUNDADA
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Vidas recicladas

Telines Basilio, fundador de uma das maiores cooperativas de coleta seletiva do Brasil, fala da importância dos catadores e das cooperativas na cadeia da reciclagem e as iniciativas para qualificação profissional e inclusão social.

Congraf reúne 300 congressistas

O 18º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, realizado no auditório do CIEE em São Paulo, discutiu temas como produtividade, gestão, novas tecnologias, sustentabilidade e Inteligência Artificial.

Enfim, uma Drupa de verdade

Vale a pena ir à Drupa? Com essa pergunta, Hamilton Costa abre seu artigo sobre a importância da feira como evento presencial, explorando a experiência única da exposição e sua relevância para o setor gráfico.

Tendências na impressão de rótulos

Artigo destaca a evolução da indústria de rótulos, com foco na comunicação entre marca e consumidor, além de abordar a busca por soluções sustentáveis e a introdução de tecnologias inovadoras na produção.

O mestre da cor

Livro e exposição Walter Firmo: no Verbo do Silêncio a Síntese do Grito celebram a trajetória do consagrado fotógrafo brasileiro e a sua habilidade em enaltecer e destacar a cultura negra e seus personagens.

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A quantas anda a normalização

Bruno Mortara traz um panorama dos trabalhos do TC130 da ISO a partir da recente reunião em Tóquio. Destaque para as modificações sugeridas para a ISO 12647-2 e a nova ISO 3664, sobre iluminação.

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO

14 28 48 Editorial/Julião Flaves Gaúna 3 Rotativa/Noticiário Geral 6 Regional Minas Gerais 10 Afeigraf/Antônio Dalama ................................ 12 Entrevista/Telines Basílio 14 31º Prêmio Fernando Pini 18 18º Congraf 28 Podcast/Ondas Impressas 32 Conexão Brasília/Roberto N.Ferreira 33 Gestão/Hamilton Terni Costa 34 Internacional-Drupa/Chiara Bezzi 38 Reunião ISO TC130/Bruno Mortara 44 Fotografia/Walter Firmo ................................. 48 Memória/Vasco Faustino Menezes 51 Memória/João Damasceno Affonso 52 Raízes/Revista Klaxon 53 Mensagem/João Scortecci 54
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5 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Müller Martini adquire o Grupo Hunkeler

No mês de dezembro de 2023, a Müller Martini Holding AG anunciou a aquisição de todas as ações do Grupo Hunkeler, em Zofingen/Wikon, na Suíça, em transação efetuada com a família Hunkeler e o Crédit Mutuel Equity. As duas partes não divulgaram o valor da operação.

A Hunkeler e a Müller Martini são próximas há muitos anos. A longa e bem-sucedida história começou durante a 2ª Guerra Mundial, quando Hans Müller trabalhou na Hunkeler como engenheiro mecânico, antes de abrir seu próprio negócio em 1946 ao criar a Hans Müller/Grapha, relação que perdurou ao longo do tempo. A proximidade das duas empresas na região de Zofingen e a boa parceria já existente no negócio de máquinas e equipamentos de pós-impressão criaram as condições ideais para que as famílias proprietárias concluíssem essa transação estratégica da aquisição da Hunkeler pela Müller Martini.

Ao unir forças, as empresas perceberam grandes oportunidades agrupando suas atividades, com a atuação conjunta de vendas e serviços, como afirma Bruno Müller: “Ao combinar os principais componentes das duas empresas, como pessoal, experiência e tecnologia, seremos capazes de servir ainda melhor nossa clientela global com soluções inovadoras no futuro”. Confiança confirmada nas palavras de Stefan e Michel Hunkeler: “A oportunidade de fusão é muito benéfica, tanto para os parceiros como para os nossos clientes comuns, pois resultará em vantagens consideráveis numa empresa combinada, que representa também um forte compromisso com a região de Zofingen”. www.mullermartini.com

Abigraf participa do projeto Livros para Todos

Contribuindo para a valorização do papel e da comunicação impressa, a Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abigraf, em parceria com o Projeto Livros para Todos, cujo objetivo é voltado ao desenvolvimento social, cultural e educacional do Brasil, está recolhendo livros usados, como trabalho social de democratização do acesso a esse bem cultural.

Ao longo deste ano, serão realizadas ações para promover o debate sobre a importância do livro, campanhas em espaços públicos para doação e troca de livros novos e usados, campanhas de formação de leitores, contação de histórias e formação e ampliação do acervo de bibliotecas públicas e comunitárias.

Podem ser doados livros usados, em bom estado, dos gêneros

poesia, conto, crônica, infantil, infantojuvenil, romance, ensaio, filosofia, autoajuda, científico, técnico e religioso. Não são aceitos livros didáticos, apostilas, coleções ou enciclopédias. São aceitos também, material escolar, para ser incluído nas campanhas sociais, e caixas de papelão novas ou em bom estado, para transporte e armazenamento dos materiais.

As doações podem ser enviadas para dois locais: a sede da Abigraf, situada na Rua do Paraíso, 529 (Paraíso), CEP 04103 - 000, São Paulo/ SP, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas; ou, a sede do Projeto Livros para Todos, na Rua Deputado Lacerda Franco, 96 (Pinheiros), CEP 05418 - 000, São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

www.abigraf.org.br

Antilhas apresenta nova identidade visual

M arcando uma nova fase em seus quase 35 anos de história, a Antilhas divulgou no dia 15 de dezembro a sua nova identidade visual. Com o conceito “Mais moderna, mais inovadora, sem esquecer de nossos valores”, a empresa reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação.

A evolução da empresa é evidenciada através da ampliação do seu centro de distribuição em Cajamar, SP, e a expansão do seu parque gráfico para as cidades de Camaçari, BA, e Salto, SP, solidificando a posição da Antilhas como uma empresa de abrangência nacional.

Por quase uma década, a companhia se organizou em torno de quatro unidades de negócios, que

agora se agrupam em três plataformas de negócios: Antilhas Embalagens Varejo, Antilhas Soluções Logísticas e as unidades Cartucharia e Flexíveis unidas para formar a Antilhas Embalagens Indústria. “Somos uma empresa que continua crescendo, sem perder nossos valores fundamentais. Buscamos transmitir nosso propósito de forma tangível em cada embalagem que fabricamos. A junção das operações de Cartucharia e Flexíveis busca capturar sinergias internas e principalmente aumentar a nossa relevância como fornecedor de soluções de embalagens para os segmentos de indústrias em que atuamos”, ressalta Bruno Baptista, diretor geral. www.antilhas.com.br

ROTATIVA
(E/D): Stefen Hunkeler, presidente da diretoria, e Michel Hunkeler, delegado da diretoria, da Hunkeler AG; Bruno Müller, CEO, e Rudolf Müller, proprietário e membro da diretoria, da Müller Martini AG; Daniel Erni, CEO da Hunkeler AG e Franz Hunkeler, patrono da Hunkeler
6 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

Bobst entre as melhores empresas em sustentabilidade

Com a recente conquista da medalha de prata na classificação EcoVadis Sustainability 2023, a Bobst se coloca entre as 20% melhores empresas do planeta em termos de sustentabilidade. Fundada em 2007, a Ecovadis a maior e mais confiável entidade mundial para classificação de sustentabilidade corporativa avalia mais de 120 mil empresas em todo o mundo, incluindo multinacionais como Nestlé, LVMH e Johnson & Johnson. Para determinar a classificação, as empresas são avaliadas em quatro categorias: Trabalho e Direitos Humanos, Meio Ambiente, Ética e Compras Sustentáveis.

Após sua avaliação inicial, em 2021, quando atingiu 34 pontos, a Bobst estabeleceu seu programa de sustentabilidade em três eixos principais: Operações,

Equipamentos, Uso e Ciclo de Vida dos Produtos. Esse programa proporcionou avanços contínuos e, em 2022, a empresa alcançou 49 pontos e obteve uma medalha de bronze. No ano passado, a Bobst recebeu sua terceira classificação, chegando a 63 pontos, e conquistou a medalha de prata, colocando-se entre as 20% melhores empresas em termos de sustentabilidade. A empresa teve um desempenho global extremamente bom em políticas trabalhistas e direitos humanos, com ações concretas em vigor por exemplo, saúde e segurança, representantes dos funcionários, certificações ISO, pegada de carbono etc. , bem como com sua reputação entre os parceiros de negócios e o público em geral. www.bobst.com

Avery Dennison lança nova solução autoadesiva

S olução autoadesiva inovadora de polipropileno foi lançada pela Avery Dennison para aplicação em embalagens de bebidas, alimentos, produtos de beleza e logística. A nova linha faz parte do Sustainable Advantage, portfólio da companhia que oferece produtos com menos uso de recursos naturais, impulsionando a circularidade de materiais. Trata-se da Fasson r PP Branco NTC 10% PCR , uma inovação de polipropileno, composta em 10% pela resina reciclada pós-consumo (PCR). Com essa solução, para

cada um milhão de metros quadrados do novo rótulo, a empresa deixa de consumir cerca de 4,5 toneladas de plástico virgem. No processo de desenvolvimento do produto e procurando responder à urgente necessidade de soluções mais sustentáveis para a rotulagem em polipropileno, a Avery Dennison contou com a parceria da Vitopel do Brasil, fornecedora de filmes extrusados, e da Wise, recicladora que forneceu o material PCR (reciclado pós-consumo). www.averydennison.com

DuPont comemora os 50 anos da marca Cyrel

Ao longo de 2024, a DuPont celebra o cinquentenário da icônica marca Cyrel, que introduziu a primeira chapa de fotopolímero para impressão flexográfica em 1974.

Esses 50 anos foram marcados por momentos importantes. Em 1990, a DuPont transformou o processo de pré-impressão de flexografia com a gravadora de chapas digital Cyrel Digital Imager (CDI), lançamento que proporcionou à pré-impressão migrar, globalmente, de um processo analógico para um processo digital

computer-to-plate. Dez anos depois, em 2000, a DuPont tornou-se a primeira fabricante de chapas flexográficas a lançar um processamento térmico, o sistema Cyrel Fast, que possibilitou processar as chapas flexográficas sem o uso de solventes químicos.

Na última década, período intenso de inovação, a DuPont introduziu várias tecnologias disruptivas. Uma delas, a chapa Cyrel Easy, lançada em 2015, a primeira com ponto plano diretamente na chapa, simplificando o processo de

pré-impressão. Na sequência foi a vez das chapas Easy-R, família mais avançada de formulações para chapas, advinda da plataforma Cyrel Easy, facilitando o manuseio das chapas na sala de gravação. Em 2018, vieram as retículas Cyrel Easy Brite, desenvolvidas para otimizar a transferência da tinta em aplicações de grande volume de transferência. Para a área de papelão ondulado, em 2019, chegaram as chapas Cyrel DLC, produzidas especificamente para a impressão de corrugados reciclados.

Para completar, recentemente foi lançada a série de chapas Cyrel Lightning, para processamento com solvente e térmico, otimizado pela exposição UV - Led, tecnologia que conquistou o Prêmio 2022 de Inovação da Flexographic Technical Association, FTA . www.dupont.com

ROTATIVA 8 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

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Fespa Digital Print 2024 promete quebrar recordes

OPavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo, será ocupado na sua totalidade, de 11 a 14 de março, pela realização da Fespa Digital Print 2024. No início de dezembro, os organizadores anunciaram que, três meses antes da feira, 90% da área já estava reservada, graças a muitas marcas novas que passam a fazer parte dos expositores e a empresas que ampliaram as áreas dos seus estandes. Os resultados também são animadores no número de visitantes pré-cadastrados, apontando uma alta de 10% na relação com o mesmo período do ano anterior, o que indica que será superado o número de 21 mil visitantes únicos que estiveram presentes na feira em 2023.

Feira que reúne soluções de todas as áreas da tecnologia de impressão digital, o evento mostrará equipamentos, insumos, soft wares e tudo que faz parte do ciclo da impressão digital. O visitante terá a oportunidade de participar de congressos e de uma série de atividades técnicas gratuitas preparadas especialmente para quem busca crescer e aprimorar seu conhecimento. Entre as atrações, estão: Ilha da Sublimação, organizada por Felipe Soares, diretor da Print Center; 3D Fab Lab, organizada por Rodrigo Dinardi, diretor do Universo da Criatividade; e Cambea Super Fast, organizado pelo time da Alltak. www.apseventos.com.br

Congresso de Embalagens Flexíveis em junho

Durante jantar no dia 7 de dezembro, em São Paulo, foi feito o lançamento do Coninflex 2024 – 1º Congresso Internacional de Embalagens Flexíveis. O evento vai ocorrer de 25 a 28 de junho na capital paulista, no renovado Distrito Anhembi, Pavilhão 5, com infraestrutura totalmente modernizada e revitalizada para ser o melhor complexo de eventos das Américas.

No congresso, estarão contemplados tanto os processos de flexografia, como os de rotogravura e impressão digital, de extrusão, coextrusão, filmes técnicos, laminação, acabamentos e corte e solda, assim como economia circular, sustentabilidade de filmes e estruturas laminadas e de alta barreira, reciclabilidade

e as novidades mundiais dos pilares de ESG . Na oportunidade, serão também apresentadas as mais recentes inovações tecnológicas mundiais em máquinas e equipamentos, de insumos, materiais e acessórios da cadeia produtiva de embalagens flexíveis.

O Coninflex 2024 acontecerá simultaneamente e dentro da Flexo & Labels Expo, realizada e organizada pela Inmotion Soluções em Eventos, que se uniu ao Instituto de Impressão (IMP) para preparar e realizar o inédito congresso, com a curadoria do especialista em impressão e pré-impressão de embalagens flexíveis Eudes Scarpeta, fundador e diretor do IMP. www.coninflex.com

REGIONAIS EM AÇÃO

Abigraf Regional Minas Gerais

Primeiras palavras

O ano de 2024 iniciou-se com um cenário econômico incerto. Situação que demanda por parte dos empresários e empresas revisarem suas finanças e se organizarem. Apesar de tudo, ainda podemos olhar para trás e constatar que 2023 foi um ano bom em vários aspectos. Mesmo com a recessão econômica, não deixamos de investir em qualidade de impressão em nossos produtos e no bom atendimento aos clientes. O setor gráfico mineiro teve um ano histórico, com muitas palestras, consultorias e cursos desenvolvidos para o segmento através da Abigraf Regional Minas Gerais e do Sigemg, com a expectativa de termos atingido um bom nível de satisfação junto aos nossos associados.

Ressaltamos o importante trabalho das nossas entidades para o gráfico associado através dos convênios firmados para 2024, como: planos odontológico e de saúde, seguro de automóvel, telemedicina, cartão Card+, consultoria trabalhista, tributária e meio ambiente com o renomado escritório de advocacia Rodrigues & Miranda, dentre outros convênios celebrados. Todas as empresas associadas e em dia com as contribuições associativas poderão usufruir destes e de outros benefícios alcançados para o setor.

Se existe uma palavra capaz de definir o que representou o ano de 2023 para nós, da indústria gráfica mineira, é: DESAFIO. Enfrentamos momentos de grandes expectativas de crescimento econômico que não foram correspondidas pelos últimos acontecimentos no mundo, como a pandemia e as guerras.

Para 2024, além de muitos desafios, o cenário inspira cautela: muitos investimentos foram suspensos temporariamente e grandes empresas estão analisando a possibilidade de retardar a implantação de novos projetos.

Ao final de cada ano, um ciclo termina e um ano novo apresenta-se cheio de oportunidades. Apesar dos pesares, o momento é de paciência, na expectativa de que o mercado se estabilize. A Abigraf- MG e o Sigemg estarão sempre atentos aos reflexos desse momento para o setor ao longo do ano. Vamos trabalhar juntos no sentido de fazermos com que este ano seja ainda melhor, pois, assim, nossos sonhos se realizarão ou estaremos mais próximos disso. Renovemos as nossas forças, para tornarmos realidade os nossos projetos.

Lembramos que o associativismo se faz forte com a ajuda de cada um de nós e, por isso, esperamos continuar contando com a participação de nossos associados em 2024. Caminhando juntos, o nosso sucesso será cada vez maior!

Resiliência , essa é a palavra correta para 2024. Estamos em um ano bissexto e, certamente, com ele, algo de bom está por vir. vicente@primacorgrafica.com.br

VICENTE DE PAULA ALEIXO DIAS
ROTATIVA 10 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Minas Gerais (Abigraf-MG) e do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Minas Gerais (Sigemg) Gestão 2023/2025

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AFEIGRAF

TA indústria gráfica e o impacto das inovações tecnológicas

oda indústria se move no compasso das inovações tecnológicas, o que varia é a velocidade da mudança. Nas artes gráficas não poderia ser diferente e a introdução da tecnologia digital, seja na edição, seja na reprodução de conteúdo, representa uma forte transformação para os fabricantes de máquinas impressoras mecânicas, rotativas ou planas.

Ainda que pareça um acontecimento recente, a impressão digital está na indústria das artes gráficas há mais de 30 anos. Nesse período, ocorreram avanços importantes que fazem dessa tecnologia uma escolha para o presente e para o futuro. E, embora o futuro do setor seja imprevisível, as últimas inovações tecnológicas e tendências de mercado indicam a direção dessa mudança.

Na realidade, as máquinas continuam a fazer o que sempre vêm fazendo há décadas, porém de uma forma mais simples e com economia de tempo. Pensando na forma de impressão tradicional, os sistemas eletrônicos possibilitam transferir o arquivo da pré-impressão diretamente para a máquina. No sistema digital, a tecnologia permite-nos extensa escolha de possibilidades, fato que favorece a transição do setor para tiragens cada vez menores e para produtos personalizados.

A importância da indústria gráfica se mantém perene, porque o produto de seu trabalho permeia diferentes áreas e os mais diversos setores. De fato, se pensarmos em sua abrangência e alcance em relação a todos os atos econômicos que a sociedade pratica, é notório que sua participação seja encarada como um amplo sistema industrial, notadamente do ponto de vista da cadeia de valor em que ela se inclui.

Em outras palavras, sua inserção no mercado se dá por vários caminhos. Pela distribuição das impressoras industriais e compactas nos mais diferentes mercados em todo o mundo, pelo seu impacto para os fabricantes de insumos, para a indústria

papeleira, e por sua utilização pelos consumidores finais, como empresas de logística, escritórios e escritores, bem como artistas, desenhistas, cartunistas, quadrinistas, fotógrafos e um sem-número de outras profissões.

Apesar do enorme campo de atuação de nossa indústria, isso não significa que sempre temos pela frente um céu de brigadeiro, pois mudanças e imprevistos sempre estão sujeitos a acontecer. A pandemia da Covid 19, por exemplo, foi um evento causador de turbulência para o setor ao impactar diversas indústrias, principalmente pela elevação do custo das matérias-primas empregadas em sua linha de produção.

A evolução da tecnologia é, também, outro fator imponderável, pois as indústrias tradicionais que não se adequaram aos novos tempos acabaram cedendo espaço para novos atores, os fabricantes das modernas máquinas digitais; é normal que seja assim, pois as novas tecnologias intensificaram seu ritmo de inovação e hoje impactam diretamente o setor produtivo de um modo geral. Aqui, e em todo o mundo.

Posto esse cenário e diante das exigências de consumo que estão estabelecidas, o fabricante de máquinas gráficas deve estar atento para um futuro que alie desempenho e sustentabilidade, pois a impressão ecológica e a diversidade tornaram-se aliadas perfeitas. Perceber essa simbiose é fundamental para compreender o rumo que o setor irá tomar nos próximos anos. Na verdade, é preciso implementar mudanças para competir e se manter atualizado sobre as novas tendências. Neste caso, não faz diferença se a impressora é fabricada por japoneses, holandeses, alemães, americanos, italianos ou espanhóis.

Entretanto, independente da origem da fabricação das máquinas gráficas, ou da tendência que esse mercado vai seguir, deve-se ressaltar a importância do setor para o desenvolvimento do País, não apenas pelos múltiplos benefícios tangíveis, na forma

de produtos gerados, como pela sua participação na criação de empregos nos mais diferentes níveis da cadeia produtiva. Fator importante, principalmente se atentarmos para as dificuldades econômicas que amplas camadas da população brasileira se deparam em seu cotidiano e que são devidas, em sua essência, aos elevados patamares de desemprego e ao injusto sistema de distribuição de renda em vigor.

Certamente, ações para mudar essa realidade devem passar por ajustes na condução da economia, que levem em conta um modelo de taxação de impostos mais equitativo, em que os mais pobres paguem menos impostos, sobretudo sobre aqueles artigos de primeira necessidade, e os empreendedores que fazem parte da cadeia produtiva ganhem algum tipo de alívio em suas atividades.

Uma das providências para que esse cenário se modifique está sendo tomada com a proposta da reforma tributária recém-aprovada e que está em processo de regulamentação. O que se espera dela é que reduza a carga de impostos sobre a indústria e equilibre a tributação entre os vários setores da economia.

Se isso de fato acontecer já estará de bom tamanho, porém, há risco de aumento da carga tributária sobre o setor de serviços, um dos principais clientes da indústria gráfica, o que poderá refletir sobre a demanda de produtos gráficos. Outro ponto em discussão é a criação de um imposto seletivo sobre produtos considerados nocivos à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas, taxação que afetará diretamente a indústria de embalagens. Enfim, o desafio é apurar o índice de expectativa e esperar para ver. Porém, sempre com o olhar voltado para as perspectivas de futuro.

ANTONIO DALAMA
12 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
LORENZO

ENTREVISTA

Telines Basilio Carioca, o brabo da reciclagem A

história de Telines Basilio dá um livro. Carioca, gentílico que virou apelido, nasceu na Baixada Fluminense em 1964. Mas também é cidadão paulistano, título que recebeu oficialmente em 2023, depois de 36 anos em São Paulo. Sonhando com a cidade das oportunidades, trouxe na bagagem, como ele mesmo diz, o vício do álcool e outras drogas, condição que o fez viver como morador em situação de rua. Um colega o ensinou a “garimpar”, revirando o lixo em busca de algo que pudesse ser vendido. Na difícil rotina de carroceiro viu aflorar um líder que Carioca nem sabia existir dentro dele. Doze anos depois, em 2002, a prefeitura fez uma revisão do Plano Diretor Executivo da cidade e acenou com a possibilidade de apoiar grupos de catadores que estivessem organizados em cooperativas de reciclagem. Carioca e outros 45 catadores fizeram o curso de iniciação ao cooperativismo e receberam ajuda para fazer parte do programa. Desses, 22 permaneceram e constituíram, em agosto de 2003, a Coopercaps, uma das primeiras cooperativas da

14 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

capital paulista. Superando vários obstáculos, hoje a Coopercaps é uma das maiores cooperativas de coleta seletiva do Brasil, dignificando o trabalho de mais de 350 pessoas.

Nesta entrevista, Carioca fala da importância dos catadores e das cooperativas, da educação como único caminho para a conscientização sobre as questões ambientais e sobre os projetos sociais para este ano.

Qual o atual cenário da reciclagem de lixo no Brasil?

Ela caminha a passo de tartaruga. Continuamos reciclando apenas 3% do resíduo domiciliar. Aqui em São Paulo não é diferente, com uma taxa de 5%. Porém, esse índice pode ser maior. A questão é a falta de dados oficiais. Sabemos que no Brasil existe mais de um milhão de catadores e catadoras. A grande maioria, por volta de 90%, é formada por catadores individuais, que trabalham com suas carrocinhas nas ruas ou dentro dos lixões. Se conseguíssemos dimensionar esse trabalho, acredito que a taxa de reciclagem subiria para 10%.

Falta de consciência e educação. A gente não vai conseguir mudar isso a curto prazo. Tem de ser feito um trabalho de médio e longo prazos, com a entrada da gestão de resíduos na grade curricular desde a pré-escola. Aí sim, daqui a 15, 20 anos nós teremos pessoas com muito mais consciência ambiental. A criança tem força, leva o que aprendeu na escola para dentro de casa e se torna um multiplicador, mudando a cabeça da família.

Voltando aos catadores. Apesar de a atividade ser reconhecida como uma profissão, continua estigmatizada. Você vê alguma mudança nesse cenário?

TEM DE SER FEITO UM TRABALHO DE MÉDIO

E LONGO PRAZOS, COM A ENTRADA DA GESTÃO DE RESÍDUOS NA GRADE CURRICULAR DESDE A PRÉ-ESCOLA. AÍ SIM, DAQUI A 15, 20 ANOS NÓS TEREMOS PESSOAS COM MUITO MAIS CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Esses 3% que você mencionou referem-se à parcela do resíduo doméstico que pode ser reciclada, porque boa parte dele é lixo orgânico, certo?

A gravimetria do lixo no País hoje é basicamente 30% de embalagens pós-consumo, 50% de lixo orgânico e 15% de rejeito, aquilo que não tem nenhum tipo de reaproveitamento. Desses 30% de embalagens pós-consumo, a média nacional de reciclagem é de 3%.

Dados da Agência Europeia do Ambiente mostram que em países como Alemanha, Áustria e Bélgica o índice de reciclagem ultrapassa os 50%. Por que esse número é tão baixo por aqui?

Sabemos que mais de 90% de tudo o que é reciclado no País passa ou passou pela mão dos catadores. É uma categoria pouco valorizada e invisível aos olhos da sociedade. E quando as pessoas olham para os catadores, geralmente os veem como pobres coitados, não entendem a importância deles na gestão de resíduo da sua cidade. Precisamos buscar meios para que esses profissionais sejam qualificados e valorizados. É preciso também criar mecanismos, como linhas de crédito, para que as cooperativas possam se modernizar. Muitas estão sucateadas, sem estruturas básicas como sanitários, refeitório e vestiário.

Como funciona o trabalho da Coopercaps?

A Coopercaps participa do programa socioambiental da cidade de São Paulo, somos habilitados pela prefeitura e recebemos resíduos recolhidos pela coleta seletiva na capital e em outros municípios. Além disso, temos uma frota de seis caminhões, com os quais realizamos coletas também em grandes geradores, como condomínios residenciais, comerciais e indústrias, e ainda há empresas que optam por trazer o material aqui.

15 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Hoje, a Coopercaps conta com mais de 350 catadores, cuja função é recepcionar o resíduo, fazer a classificação e destiná-lo de forma adequada para as indústrias recicladoras. No modelo do cooperativismo não há dono ou patrão. Tirando as despesas, toda a renda com a venda desses materiais é rateada de forma igualitária para todos os associados.

Que volume vocês processam por dia? E qual é o material mais reciclado?

Onde estou agora, aqui no bairro de Jurubatuba, na sexta unidade da Coopercaps, processamos 15 toneladas de recicláveis por dia. A família do papel é o maior volume; 52% de tudo que reciclamos é papel. Mas o maior faturamento da cooperativa vem dos plásticos. O plástico representa 20% de todo o volume e 60% do faturamento. A matéria-prima de maior valor agregado na cadeia da reciclagem é o metal e justamente por isso chega pouco até aqui, correspondendo a 3% do nosso volume. Das 15 toneladas que recebemos diariamente, 20% é rejeito, destinado aos aterros sanitários. Ele é basicamente composto por embalagens contaminadas, por embalagens que são recicláveis, mas que não têm reciclabilidade, roupas, sapatos e tênis velhos.

do bolo que você compra na padaria. É um PET laminado, bem fino, e as recicladoras precisariam de um volume muito grande para que o processamento fosse vantajoso.

Para buscar soluções para esse tipo de resíduo nós criamos uma central de projetos junto com os fabricantes.

A COOPERCAPS CONTA COM MAIS DE 350 CATADORES, CUJA FUNÇÃO É RECEPCIONAR O RESÍDUO, FAZER A CLASSIFICAÇÃO E DESTINÁ-LO DE FORMA ADEQUADA PARA AS INDÚSTRIAS RECICLADORAS. NO COOPERATIVISMO NÃO HÁ DONO OU PATRÃO.

O que são essas embalagens que não têm reciclabilidade?

São embalagens cujo custo do processo de reciclagem não é economicamente viável. Por exemplo, a tampa transparente da embalagem

Com esse trabalho, já conseguimos dar a destinação correta para as embalagens de salgadinho, para o isopor, para cápsulas de café e sandálias de borracha.

No ano passado vocês fecharam parceria com a Avery Dennison, criando o AD Coopera, pensado justamente para atacar um dos principais desafios dos catadores, que é a qualificação profissional. Além dessa iniciativa, quais são as novidades da Coopercaps para 2024?

Começamos este ano com força total. Por meio do AD Coopera, projeto voltado para alfabetização de catadores e catadoras, as aulas começam em março. Temos também parceria com algumas universidades, como a Estácio e a Unisa, Universidade de Santo Amaro, e disponibilizaremos outros cursos ao longo do ano. Através de uma outra parceria, vamos montar uma biblioteca aqui, com uma doação inicial de 850 livros. E, a partir de março, teremos o curso de inclusão digital para cooperados e familiares. As perspectivas são boas, para que a gente possa cada vez mais levantar a bandeira: nós não reciclamos apenas aquilo que as pessoas chamam de lixo, a gente recicla vidas.

16 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

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A excelência no universo da impressão

O Prêmio Fernando Pini 2023  ressalta  o trabalho de 36 gráficas, de quatro Estados, com a distribuição de 70 troféus. Pela quarta edição consecutiva, a P+E foi a gráfica mais premiada, saltando para a segunda colocação no ranking geral.

noite de sexta-feira, 24 de novembro de 2023, foi dedicada à excelência gráfica, à exposição de produtos muito bem-produzidos e acabados, ao congraçamento e à reverência ao trabalho de gráficas de vários cantos do País.

NÚMEROS DO 31º PRÊMIO

70 TROFÉUS

São Paulo 51 (72,85%)

Outros Estados 19 (27,15%)

Nesse dia, o Espaço Villa Lobos, em São Paulo, recebeu 850 pessoas para a festa de entrega do 31 º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. Das 133 empresas que inscreveram 880 peças no concurso, 85 gráficas passaram pela primeira fase de julgamento e concorriam ao conta-fios dourado com 314 produtos.

36 EMPRESAS PREMIADAS DE 4 ESTADOS

São Paulo 22 (61%)

Outros Estados 14 (39%)

Pela quarta edição consecutiva, a gráfica paulistana P+E Digital foi a mais premiada. Ela conquistou 15 prêmios, incluindo dois Grand Prix: Melhor Impressão Digital, com o Photobook Castanheiro, criado por Guto Ambar para o Haras Castanheiro, e Melhor Acabamento Cartotécnico, com o Press Kit Bauducco, desenhado pela Agência Pros para a Bauducco. O press kit levou a melhor também na categoria Kits Promocionais.

A Ipsis (SP), veterana na lista de vencedores, foi a segunda mais premiada, com oito troféus, dois deles Grand Prix: Melhor Acabamento Editorial, com o livro Arezzo 50 Anos, produzido para a Arezzo, igualmente escolhido como o melhor na categoria Livros Institucionais; e Melhor Impressão Offset Plana, com o livro Singular – Jairo Goldflus, impresso para o fotógrafo Jairo Goldflus, vencedor na categoria Livros Culturais e de Arte.

31º PRÊMIO BRASILEIRO DE EXCELÊNCIA GRÁFICA FERNANDO PINI
18 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
Julião Flaves Gaúna, presidente da Abigraf Nacional

O Grand Prix de Melhor Impressão Offset Rotativa Heatset ficou com a Log & Print (SP), que conquistou o prêmio com a revista Bordo Azul Edição 111, da Azul Linhas Aéreas. A Digital PrintZ (SP), vencedora em cinco categorias, foi a terceira mais bem colocada em 2023, seguida pela Midiograf (PR), com quatro troféus.

O Prêmio Fernando Pini é uma realização da Abigraf Nacional, com coordenação técnica da Faculdade Senai/Campus Theobaldo De Nigris e apoio operacional da APS Eventos Corporativos. No ano passado, o certame contou com a participação de gráficas de nove Estados, muitas das quais com presença garantida em função do acordo da Abigraf Nacional com as regionais que promovem concursos locais.

POR ESTADO EM

Os convidados tiveram a oportunidade de conhecer e examinar os 314 trabalhos finalistas

EMPRESAS PREMIADAS EM 2023

15 PRÊMIOS

◆ P+E (SP)

8 PRÊMIOS

◆ Ipsis (SP)

5 PRÊMIOS

◆ DigitalPrintz (SP)

◆ Leograf/ Braspor (SP)

4 PRÊMIOS

◆ Midiograf (PR)

3 PRÊMIOS

◆ Belton (PR)

2 PRÊMIOS

◆ Tilibra/Acco (SP)

1 PRÊMIO

◆ 43 Gráfica (SC)

◆ ANS (RS)

◆ Ativaonline (SP)

◆ Centhury (RS)

◆ Corgraf (PR)

◆ D’Arthy (SP)

TROFÉUS CONQUISTADOS POR ESTADO

◆ Degrafica (RS)

◆ Efeito Visual (SP)

◆ Elbert (SC)

◆ Escala 7 (SP)

◆ FTD (SP)

◆ Gráfica Reúna (RS)

◆ Impresul (RS)

◆ Jandaia/ Bignardi (SP)

◆ Log & Print (SP)

◆ Lupagraf (RS)

◆ Nova Soluções Gráficas (SP)

◆ O Estado de SP (SP)

◆ Ótima (PR)

◆ Plural (SP)

◆ Posigraf (PR)

◆ Primi (SP)

◆ Quality (SP)

◆ Rami (SP)

◆ Rocha (SC)

◆ Salinas (SP)

◆ Tiliform/Acco (SP)

◆ Vektra (SP)

Na 31ª edição entraram automaticamente como finalistas as peças vencedoras dos prêmios das regionais São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como os ganhadores do 8 º Prêmio Brasileiro de Excelência em Etiquetas e Rótulos Autoadesivos Umberto Giannobile, promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas e Rótulos Adesivos, Abiea.

Dirigentes e colaboradores da P+E, grande vencedora da noite, festejaram muito os 15 troféus conquistados

ESTADO EMPRESAS PRÊMIOS SP 22 51 PR 5 10 RS 6 6 SC 3 3 Total 36 70 INSCRIÇÕES
ESTADO EMPRESAS PRODUTOS CE 1 16 DF 1 3 ES 1 6 GO 1 2 MG 2 3 PR 27 186 RJ 1 2 RS 17 155 SC 17 98 SP 65 409 Total 133 880
2023
19 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Ranking Geral do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini 1991–2023

Empresa 91-11 12 13 14 15 16 17 18 19 22 23 Total Agdirect/Alphagraphics 2 2 Artpress 2 2 Athalaia 1 1 2 Catuaí 1 1 2 Comunicação Impressa 2 2 Divisa 2 2 Edições Loyola 2 2 Elbert 1 1 2 GH 1 1 2 Hellograf 1 1 2 Idealgraf 2 2 Imagem Brasil 2 2 Imagem MKT 2 2 Imprensa Oficial 2 2 Indimagem 2 2 M.W. Barroso 2 2 Matiz 2 2 Miolo 1 1 2 Neoband 2 2 Nova Fátima 1 1 2 O Globo 2 2 Papéis Amália 1 1 2 Prakolar 2 2 Premier Spell 1 1 2 Printbag 1 1 2 Provisual 1 1 2 Ready Rótulos 1 1 2 Real Steel 2 2 Rocha 1 1 2 Salinas 1 1 2 São Francisco 1 1 2 Sarapuí 2 2 Tiliform/Acco 1 1 2 Tyrex 2 2 Ultrapress/Alpha 2 2 32 Ápice 1 1 Arte & Design 1 1 Bhordo 1 1 Box Print 1 1 Brazicolor 1 1 Caeté 1 1 Centhury 1 1 Claudino 1 1 CMP Metalgraphica Paulista 1 1 Cometa 1 1 Contgraf 1 1 Contiplan 1 1 Converplast 1 1 Coppola 1 1 Corset 1 1 D’Arthy 1 1 Demográfica 1 1 Digital Impressão 1 1 Ediouro 1 1 Editare/Flint Print 1 1 Embalagens Mara 1 1 Emibra 1 1 Fatimense 1 1 Gráfica e Copiadora Nacional 1 1 Grafimax 1 1 Grafon's Cards 1 1 Grif Rótulos 1 1 Hesch Editora 1 1 Ideograf 1 1 Impressos Portão 1 1 Indemetal 1 1 Infoglobo 1 1 Intelcav 1 1 Kroma 1 1 Leitura e Arte 1 1 Lis 1 1 Mácron 1 1 Mércur 1 1 Minister 1 1 Natal 1 1 NB Nova Brasileira 1 1 Nitoli 1 1 Nova Digital 1 1 Nova Soluções Gráficas 1 1 Novelprint 1 1 OGG 1 1 Orsa/International Paper 1 1 Panorama 1 1 Prosign 1 1 PSP Digital 1 1 Qualidade 1 1 Quality 1 1 Ricargraf 1 1 Santa Edwiges 1 1 Suprimax 1 1 Tuicial 1 1 UBEA 1 1 Unibrac 1 1 Viacode 1 1 Vitagraf 1 1 Vox 1 1 WGD 1 1 Empresa 91-11 12 13 14 15 16 17 18 19 22 23 Total 1 Pancrom 84 4 88 2 P+E 6 2 4 3 10 8 6 15 8 10 15 87 3 Facform 51 4 7 6 5 5 7 1 86 4 Ipsis 22 5 3 4 3 3 7 4 5 7 8 71 5 Log & Print/Globo Cochrane 36 4 3 3 3 4 1 54 6 Burti 47 47 7 Plural 18 2 1 5 3 2 4 5 2 3 1 46 8 Stilgraf 21 1 1 4 1 3 2 3 36 9 Brasilgrafica 32 2 1 35 10 Ótima 9 2 1 2 4 5 3 4 2 1 33 11 Corgraf 4 1 3 1 1 2 3 6 5 1 27 12 Escala 7 12 2 2 1 3 2 1 2 1 26 13 Rami 12 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 23 14 Posigraf 8 2 2 2 1 2 1 1 1 1 21 15 Geo-Gráfica 10 1 1 1 1 1 3 2 20 16 Antilhas 10 1 2 1 1 2 1 18 Belton 1 3 5 6 3 18 17 Leograf/Braspor 1 2 2 2 2 1 1 5 16 MaisType 7 1 1 3 1 2 1 16 18 O Estado de S. Paulo 8 1 1 1 1 1 1 1 15 19 Inapel 11 2 1 14 Primi 1 1 2 1 1 2 1 2 2 1 14 20 Abril 13 13 Degráfica 6 2 2 1 1 1 13 Grafiset 5 2 1 1 1 3 13 21 43 Gráfica 7 1 1 1 1 1 12 22 ABNote/Interprint/Valid 11 11 Impresul 6 1 1 1 1 1 11 Laborprint 9 2 11 23 Grafdil 1 2 3 1 1 2 10 Sky 10 10 Tilibra/Acco 4 1 2 1 2 10 24 Malires 2 1 2 1 3 9 Oceano 9 9 Santa Inês 8 1 9 25 Congraf 6 1 1 8 Digital Printz 3 5 8 MMR Comunicação 1 1 1 1 2 1 1 8 Rona 3 2 2 1 8 26 Formato 6 1 7 Ibratec 7 7 Lupagraf 1 2 1 2 1 7 Midiograf 2 1 4 7 Peeqflex/Empax 7 7 Sociedade Vicente Pallotti 2 1 1 1 2 7 Vifran 7 7 27 GSA 1 3 1 1 6 Ipê 5 1 6 Multipla BR 1 1 1 3 6 Plasc 3 1 2 6 Rosset 5 1 6 UVPack 3 3 6 28 Casa da Moeda 3 1 1 5 Corprint 4 1 5 Efeito Visual 4 1 5 Eskenazi 1 1 1 1 1 5 Folha de S.Paulo 3 1 1 5 Forma Certa 1 2 2 5 FTD 1 1 1 1 1 5 Gonçalves 5 5 Gráfica Reúna 2 1 1 1 5 Magistral 5 5 Ogra 4 1 5 Vektra 2 1 1 1 5 29 Águia 4 4 Aro 1 3 4 Automação 3 1 4 Compulaser 1 2 1 4 Dom Bosco 4 4 Flink Print 1 2 1 4 Grafitusa 1 1 1 1 4 Maredi 4 4 Margraf 4 4 Maxigráfica 3 1 4 Paper Express 4 4 Print Press 4 4 Santa Marta 4 4 Shellmar 4 4 Sutto 1 1 1 1 4 30 ANS 1 1 1 3 Ativaonline 1 1 1 3 Bartira 2 1 3 Cartonagem Hega 2 1 3 Delta Publicidade 1 1 1 3 Escola Senai 3 3 Grupo Artes 3 3 Jandaia/Bignardi 1 1 1 3 Kingraf 3 3 Lisegraff 1 2 3 Litocomp 1 1 1 3 Pigma 1 2 3 Printpack 3 3 Prodesmaq 3 3 Qualygraf 1 1 1 3 Rede Editora 1 2 3 Tamóios/Koloro 2 1 3 31 A Notícia 2 2 20 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

Vencedores do Prêmio Fernando Pini 2023

LIVROS

Livros de Texto

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Senhor dos Anéis – Alan Lee

Cliente: HarperCollins Brasil Holdings

Livros Culturais e de Arte

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Singular – Jairo Goldflus

Cliente: Jairo Goldflus

Livros Institucionais

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Arezzo 50 Anos

Cliente: Arezzo Indústria e Comércio

Livros Infantojuvenis

ANS Impressões Gráficas

Produto: Enigma

Cliente: Jambô Editora

Livros Ilustrados e Livros Técnicos

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Reino do Amanhã

– Edição Absoluta

Cliente: Panini Brasil

Livros Didáticos FTD Educação

Produto: Brick by Brick, volume 4

Cliente: FTD

Guias, Manuais e Anuários

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Guia Past Future – Naoki Hayashi

Cliente: Santos Publicações

Photobook Digital

P+E Galeria Digital

Produto: Photobook Old Stock Car

Cliente: Guto Ambar

Publicações não contempladas nas categorias anteriores

Digital PrintZ Serviços Gráficos

Produto: Book Havaianas 60 Anos

Cliente: Alpargatas

REVISTAS

Revistas periódicas de caráter variado sem recursos gráficos especiais

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Elle Brasil, volume 9, setembro 2022

Cliente: Papaki Editora

Revistas periódicas de caráter variado com recursos gráficos especiais

Elbert Indústria Gráfica

Produto: Sua Casa, com sobrecapa, edição 69

Cliente: Supernova

Revistas Infantojuvenis ou de Desenhos

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Radius

Cliente: La Musetta

Revistas Institucionais

Leograf Gráfica e Editora

Produto: Heidelberg – Projeto Ecológico

Cliente: Heidelberg Druckmaschinen

JORNAIS

Jornais Diários Impressos em Coldset

O Estado de S. Paulo

Produto: O Estado de S. Paulo, edição 47.385

Cliente: O Estado de S. Paulo

Jornais de circulação não diária D’Arthy Editora e Gráfica

Produto: Oficina Brasil, edição 388

Cliente: Germinal

Rótulos Convencionais sem efeitos especiais

Gráfica Rami

Produto: Rótulos Copo Transformers Griletto

Cliente: Matrixplast

PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO
22 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

Faça a sua história com a Lis!

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Por amar o que fazemos há mais de 40 anos é que cuidamos do seu livro com muita dedicação e responsabilidade. Por isso, oferecemos atendimento personalizado desde a entrada dos arquivos até a entrega do produto finalizado. Temos profissionais qualificados e treinados para avaliar sua publicação e acompanhar todas as fases de produção para que, no final, tenhamos

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Rua Felício Antônio Alves, 370 Bonsucesso, Guarulhos SP

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Fone: 11 3382.0777

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BRAINSTORM
BRAINSTORM
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Rótulos Convencionais com efeitos especiais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Rótulos para Identificação

Cliente: Moka Cafés Especiais

Rótulos em autoadesivo sem efeitos especiais

Degráfica Impressos

Produto: Cova de Toro Vinho Fino Tinto Seco

Cliente: Agropecuária Zara Mercio

Rótulos em autoadesivo com efeitos especiais

Gráfica Reúna

Produto: Union Autograph Pure Malt Whisky, edição 5

Cliente: Union Distillery

Etiquetas

Braspor Gráfica e Editora

Produto: Gargaleira Jameson

Cliente: Innerworkings

ACONDICIONAMENTO

Embalagens semirrígidas sem efeitos gráficos

43 Gráfica e Editora

Produto: Display Romântica

Cliente: Nestlé

Embalagens semirrígidas com efeitos gráficos

Leograf Gráfica e Editora

Produto: Bic – Libere Seu Lado Criativo

Cliente: Bic Amazônia

Embalagens semirrígidas com efeitos gráficos especiais

Ótima Ind. Com. Imp. Exp.

Produto: Caixa A Joia do Espumante Brasileiro

Cliente: Casa Valduga

Embalagens de micro-ondulados com e sem efeitos especiais

Cartonagem Salinas

Produto: No Barril Kit Cubo Pentágono

Cliente: No Barril Distribuidora

Embalagens sazonais

P+E Galeria Digital

Produto: Caixa Budweiser Copa do Mundo

Cliente: Modo Integrado / Ambev

Sacolas

P+E Galeria Digital

Produto: Sacolas Farm

Cliente: Grupo Soma

Embalagens flexíveis impressas em flexografia

Tiliform Indústria Gráfica

Produto: Stand-Up Pouch Euromass – Euronutry

Cliente: Euronutry

PROMOCIONAL

Pôsteres e cartazes

Braspor Gráfica e Editora

Produto: Cartazete Premium Becks

Cliente: Sit Trad

Catálogos promocionais e de arte sem efeitos gráficos especiais

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Catálogo Puramania

Cliente: PL Confecções

Catálogos promocionais e de arte com efeitos gráficos especiais

Digital PrintZ Serviços Gráficos

Produto: Book Torre

Cliente: Cyrela

Relatórios de empresas

Digital PrintZ Serviços Gráficos

Produto: Relatório Socioambiental Granado

Cliente: Granado

Folhetos publicitários

Gráfica Rocha

Produto: Fôlder Casa Veneza

Cliente: MM Indústria de Moldes

Kits promocionais

P+E Galeria Digital

Produto: Press Kit Bauducco

Cliente: Agência Pros / Bauducco

Displays, móbiles e materiais de ponto de venda de mesa

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica

Produto: Display Essencial Natura

Cliente: Natura

24 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
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Displays e materiais de ponto de venda de chão

Escala 7 Editora Gráfica

Produto: Display Portal Bic

Cliente: Bic

Calendários de Mesa e de Parede

Centhury Artes Gráficas Editora

Produto: Calendário Mesa

Cliente: Luze Design

COMERCIAL

Cartões de mensagem

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Certificado Vivá

Cliente: Corpal

Convites em geral

P+E Galeria Digital

Produto: Convite Agfa

Cliente: Agfa

Cartões de visita

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Kit Presente Scheibel

Cliente: Instituto Scheibel

Papelarias, certificados e diplomas

P+E Galeria Digital

Produto: Papelaria Fellow

Cliente: Clínica Dr. Otávio Macedo

Impressos de segurança

Primi Tecnologia

Produto: Identidade Funcional CFDD

Cliente: Conselho Regional dos Despachantes

Documentalistas – BA

Cadernos escolares em conformidade com a Norma ABNT NBR 15733

Bignardi Ind. e Com. de Artefatos de Papéis

Produto: Caderno Espiral Animais Fantásticos

Cliente: Bignardi

Cadernos em geral

Tilibra/Acco Brands Brasil

Produto: Caderno Argolado Cartonado

Stranger Things

Cliente: Mercado Interno

Agendas

Tilibra/Acco Brands Brasil

Produto: Agenda Argolada Planner Magic

Cliente: Mercado Interno

Cardápios

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Cardápio Galpão da Costela

Cliente: Galpão da Costela

Impressão Digital Industrial

P+E Galeria Digital

Produto: Troféu Produtores de Laranjas e Criadores de Gado

Cliente: Diprod

PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET

Revistas em geral

Plural Indústria Gráfica

Produto: Revista Piauí, edição 192

Cliente: Editora Alvinegra

Catálogos e folhetos promocionais

Leograf Gráfica e Editora

Produto: Catálogo Tupperware Vitrine

Cliente: Tupperware

PRODUTOS PRÓPRIOS

Kits promocionais próprios

P+E Galeria Digital

Produto: Press Kit P+E

Cliente: P+E Digital

Calendários próprios

Impresul Gráfica e Editora

Produto: Calendário Impresul

Lugares Fantásticos

Cliente: Impresul

Impressos promocionais próprios

Vektra Soluções Gráficas

Produto: Catálogo Premium Vektra 2023

Cliente: Vektra

Sacolas próprias

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Sacola Impressionar

Cliente: Lupagraf

Cartões de visitas e papelarias próprios

Digital PrintZ Serviços Gráficos

Produto: Cartão de Visitas Digital PrintZ

Cliente: Digital PrintZ

26 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

IMPRESSÃO SERIGRÁFICA

Impressão em serigrafia

Efeito Visual Serigrafia

Produto: Mostruário de Enobrecimentos Serigráficos

Cliente: Efeito Visual

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

OU COMPLEXIDADE TÉCNICA DO PROCESSO

Inovação tecnológica

P+E Galeria Digital

Produto: The Autism Journey

Cliente: Produceria / África Brasil / Vivo

Complexidade técnica do processo

P+E Galeria Digital

Produto: Empreendimentos Patriani

Cliente: Patriani

SINALIZAÇÃO

Impressão digital em grandes formatos

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Papel de Parede Indiana

Cliente: Nix

Impressão digital em pequenos e médios formatos

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Cartaz Cyber

Cliente: Orlando

PRODUTOS DE BAIXAS TIRAGENS

Editorial

P+E Galeria Digital

Produto: Livro Jampa

Cliente: Guto Ambar

Identificação e Acondicionamento Digital PrintZ Serviços Gráficos

Produto: Embalagem Farm Rio do Brasil

Cliente: Farm Rio

Promocional e Comercial

P+E Galeria Digital

Produto: Catálogo Cyrela

Cliente: Amap/Cyrela

DESIGN GRÁFICO

Design Gráfico

P+E Galeria Digital

Produto: Book The Congregation

Cliente: Monkey Land

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade Ambiental Gráfica e Editora Posigraf

Produto: Carbono Neutro – Descarbonização do Processo de Impressão

IMPRESSOS DIVERSOS

Impressos diversos Nova Soluções Gráficas

Produto: Caixa Armário 3 Corações

Copa do Mundo

Cliente: Café 3 Corações

NORMAS TÉCNICAS

Conformidade com a Norma ISO 126477:2016 – Provas digitais Quality Comércio Importação e Exportação de Serviços Gráficos

Produto: Test Form

Cliente: Quality

ATRIBUTOS TÉCNICOS DO PROCESSO

Melhor Impressão Digital

P+E Galeria Digital

Produto: Photobook Castanheiro

Cliente: Guto Ambar / Haras Castanheiro

Melhor Impressão Offset Plana

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Singular – Jairo Goldflus

Cliente: Jairo Goldflus

Melhor Impressão Offset Rotativa Heatset

Log & Print Gráfica

Produto: Bordo Azul, edição 111

Cliente: Azul Linhas Aéreas

Melhor Acabamento Editorial

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Arezzo 50 Anos

Cliente: Arezzo Indústria e Comércio

Melhor Acabamento Cartotécnico

P+E Galeria Digital

Produto: Press Kit Bauducco

Cliente: Agência Pros / Bauducco

27 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

18 º CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA

O amanhã, é hoje

Oauditório do CIEE , em São Paulo, recebeu mais de 300 congressistas, nos dias 23 e 24 de novembro, durante a realização do 18 º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf). Sob o tema “O amanhã é hoje”, foram debatidos assuntos como economia, produtividade, gestão, tendências e tecnologia.

Na abertura, o presidente da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna, ressaltou: “Temos aqui reunidas lideranças de empresas gráficas de todo o País, para debater desafios e tendências, e, claro, olhar para o futuro. Como diz o tema desta edição do Congraf, ‘O amanhã, é hoje!’, ele já chegou e demanda de nós união e praticidade, e que tenhamos ferramentas eficazes de gestão e tecnologia para conseguirmos um crescimento sólido”.

Em seguida, o anfitrião do evento e presidente da Abigraf Regional São Paulo, João Scortecci, afirmou que “eventos como o Congraf são importantes para reunir aqueles que, diariamente, trabalham para construir a força do nosso setor. Agora, juntos, podemos debater e conhecer mais sobre o que nos aguarda em um futuro próximo para encontrar as melhores soluções para nossas empresas e nos prepararmos para o que está por vir”.

PALESTRAS

Ministrada por Roberto Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos (XP), a palestra inicial abordou “Panorama e visões da economia brasileira”. Na sequência, o diretor executivo da World Creativity Day, Luiz Serafim, dissertou sobre “Passo a passo: inovação e transformação digital na sua empresa”.

Coube a Marcos Machado, sócio-diretor da TopBrands, proferir o tema “Construção e valorização da marca como diferencial competitivo”. Encerrando o primeiro dia, com o tema “Gerenciamento e mudanças para superação e excelência”, Max Gehringer arrancou aplausos dos presentes.

O segundo dia foi iniciado com o conteúdo do Print Promotion World Summits, parte do Drupa World Tour, realizado pela VDMA (associação gráfica alemã), com patrocínio da Heidelberg, IST, Kama, KBA , Kurz, Müller Martini e Windmöller & Holscher. Foram apresentados os temas: “Drupa 2024: o futuro da impressão é agora”, “Drupa 2024: o destaque da indústria global de impressão e embalagem” e “Impulsionadores de inovação e sustentabilidade”.

Encerrando a manhã do segundo dia, foram abertos os painéis de debates “Por que a sustentabilidade é importante”, “A próxima fronteira digital” e “Tecnologias e soluções setoriais de vanguarda”, com a participação dos executivos membros do Print Promotion World Summits e mediação de Fabio Arruda Mortara, presidente da Two Sides Brasil, Hamilton Terni Costa, empresário e consultor, e Elcio de Sousa, diretor da Escola Senai.

À tarde, a palestra “Inteligência artificial: aplicações práticas na indústria gráfica” foi conduzida por Kenneth Corrêa, diretor de estratégia da 80 20 Marketing, e Rodrigo de Abreu, CEO da Alphagraphics do Brasil. Para encerrar o evento, foi realizado o painel de debates “Perspectivas de mercado para o setor gráfico”, com a participação de Alexandre Keese, diretor da APS Feiras, Bruno Cialone, consultor, e mediação de Julião Flaves Gaúna.

O 18 º Congraf teve o patrocínio ouro da Blendpaper, Bobst, Chambril, Drupa, Eco3, Emme, ExpoPrint Latin America, Fespa Brasil 2024, Sindigraf-SP e Suzano; patrocínio prata da Heidelberg e patrocínio bronze da SunChemical.

18º CONGRAF
Durante o congresso foi feita uma apresentação da Print Promotion World Summits, divulgando a Drupa 2024
28 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
João Scortecci, presidente da Abigraf Regional São Paulo

Em 2009 iniciamos uma migração do mercado de formulário contínuo para o mercado de embalagens

Em 2022 montamos uma planta dedicada à produção de bandejas, copos e potes de papel.

Optamos pela Sabbry para a realização desse projeto . Nos aproveitamos do conhecimento deles para desenvolvimento de novos mercados, novos produtos, customizações e novas soluções para a nossa empresa

Desde 1987 no mercado, a Scribo foi a maior empresa de Formulário do estado do Espírito Santo, e com sucessivos investimentos pretendemos ser a melhor Indústria Gráfica para os nossos clientes

A primeira opção para atender as diferentes necessidades.

Essas são nossas máquinas Sabbry isntaladas para Scribo

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Folhadeira com porta bobina simples CROSSHEET 1400 ARC 20 Formadora de caixas FASTBOX 600 Formadora de copos FASTCUP 212
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Ondas Impressas chega ao seu quinto ano

A quarta temporada do podcast sobre o universo da impressão se encerra falando de reciclagem.

E 2024 começa com novidade no formato.

No início de dezembro o podcast Ondas Impressas lançou seu octogésimo programa, somando todos os produzidos desde fevereiro de 2020. O 16 º episódio da quarta temporada jogou luz sobre uma categoria fundamental para a indústria de impressão e a sociedade como um todo: os catadores. Em parceria com a Avery Dennison, o canal detalha o AD Coopera, projeto que une a fabricante de insumos para etiquetas e rótulos autoadesivos à Coopercaps, uma das maiores cooperativas de catadores do Brasil. Participam da conversa Telines Basilio, presidente da Coopercaps, e Mariana Bortulluci, especialista em sustentabilidade na Avery Dennison.

O programa anterior, que saiu em 22 de novembro, apresentou o cenário atual das histórias em quadrinhos no Brasil por meio da análise do Relatório Quadrinhopédia, do Mercado Editorial Brasileiro de Quadrinhos. Tânia Galluzzi e Hamilton Costa, âncoras do Ondas, entrevistam Lucio Luiz, pesquisador e quadrinista, e Jota Silvestre, jornalista especializado em cultura pop. Eles abordam o crescimento no número de títulos, o papel da Panini, as mudanças no formato das publicações e a qualidade gráfica das HQs nacionais.

O 14º episódio de 2023 trouxe ao mercado as novidades da VinilSul e sua recém-organizada VS Labels, divisão voltada às soluções de impressão industrial para o segmento de rótulos e etiquetas. Marcelo Fontes, gerente regional da VS Labels, fala do propósito da nova área e dos equipamentos por ela ofertados.

No início de outubro, a discussão se voltou para a pesquisa Two Sides Trend Tracker, revelando a percepção dos con-

sumidores sobre a indústria de papel e impressão. Quem comenta o estudo é Fabio Arruda Mortara, presidente de Two Sides Brasil e América Latina, explorando mitos e verdades sobre o papel, embalagens e produtos de higiene, ressaltando a necessidade da comunicação efetiva sobre a sustentabilidade do papel.

Por fim, o 12 º programa da quarta temporada, lançado em setembro, discute o impacto da Inteligência Artificial generativa (Gen AI) na indústria da impressão. Tânia Galluzzi e Hamilton Costa entrevistam Felipe Salles Ferreira, diretor comercial da Ma¯cron, explorando como a IA não generativa já está presente na empresa e suas aplicações na prospecção de clientes, e o potencial transformador da Gen AI na indústria gráfica.

A quinta temporada manterá o debate sobre os assuntos mais relevantes para o setor gráfico, começando pela maior feira do universo da impressão, a Drupa 2024,

que abrirá as portas no final de maio, em Düsseldorf, na Alemanha. Além do formato podcast, os programas passarão a ser disponibilizados também como videocast, unindo áudio e vídeo no canal do Ondas no Youtube.

Os episódios continuarão disponíveis nas principais plataformas de streaming de áudio: Spotify, Amazon Music, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer, Overcast e Stitcher. E também no site: www.ondasimpressas.com.br.

PODCAST
32 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

Reforma Tributária: riscos eventuais para a produção gráfica

Nestes próximos dois anos , 2024 e 2025, o Congresso Nacional e os demais Poderes (Executivo e Judiciário), assim como toda a sociedade, estarão focados na apresentação, debate e deliberação das Leis Complementares que darão vida aos dispositivos inseridos na EC (Emenda Constitucional) 132, de 20.12.2023, que trata de alterações no Sistema Tributário Nacional.

E a indústria gráfica . . . como fica? Há risco de os novos tributos (CBS e IBS) passarem a incidir sobre a produção gráfica sem levar em conta suas especificidades e a clássica diferenciação entre serviços finais e serviços que se agregam, como “matéria-prima”, a bens de uma dada cadeia produtiva. O IBS – Imposto sobre Bens e Serviços substituirá integralmente os atuais ICMS e ISS, a partir de 2033, quando, conforme está na EC 132, ambos serão extintos.

A indústria gráfica conviveu (e de certo modo ainda convive) com o “interminável” conflito tributário “ICMS versus ISS”, gerador de controvérsias judiciais e ônus tributário para a indústria, em decorrência da disputa pela competência tributária entre Estados e municípios.

Esse conceito precisa ser preservado nas futuras Leis Complementares a serem aprovadas até o final de 2025. Eis aí a principal “lição de casa” da Abigraf e suas Regionais, e das próprias empresas, para 2024 e 2025.

Hoje, a incidência do ISS nos serviços gráficos destinados ao consumidor final (sem entrar em méritos objetivos), por força de lei, vai do mínimo de 2% ao máximo de 5% sobre o valor do serviço prestado.

Com o fim do ISS e do ICMS (a partir de 2033) e a instituição do IBS – Imposto sobre Bens e Serviços, de competência estadual, se, de um lado, aparentemente desaparece a disputa conflituosa entre os Estados e os municípios, de outro, fica pendente uma resposta para a inquietante questão: qual será o tamanho da alíquota do IBS que incidirá sobre os serviços gráficos em geral, inclusive aos destinados ao consumidor final? Como tudo será definido em Lei Complementar, resta atuar para fazer com que o disposto na LC 116 de 2003 (e LC 157 de 2016) seja absorvido pela Lei Complementar relativamente aos tributos IBS e CBS.

Inúmeras ações/reuniões/pleitos dos dirigentes da Abigraf Nacional resultaram primeiramente na edição da LC 116, de 3 de julho de 2003, que discriminou em seu item 13.05 os serviços gráficos em geral, sujeitos ao ISS, com nova redação dada posteriormente pela LC 157, de 29/12/2016, nos seguintes termos:

Item 13.05 – Composição gráfica, inclusive confecção de impressos gráficos, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia, exceto se destinados a posterior operação de comercialização ou industrialização, ainda que incorporados, de qualquer forma, a outra mercadoria que deva ser objeto de posterior circulação, tais como bulas, rótulos, etiquetas, caixas, cartuchos, embalagens e manuais técnicos e de instrução, quando ficarão sujeitos ao ICMS.

Caso contrário, a indústria gráfica, em seu todo, se verá diante de uma significativa elevação da carga tributária, o que não é bom nem para os demandantes dos produtos e serviços gráficos, nem para o governo federal e para a sociedade como um todo, em função da subsequente pressão nos índices inflacionários.

A indústria gráfica atuará na direção e no sentido da correta adequação tributária como mencionado. Espera-se, em decorrência, que os técnicos governamentais e os parlamentares também atentem para essa questão, pois a Reforma Tributária não nasceu para distorcer ainda mais o atual sistema.

CONEXÃO BRASÍLIA Foto:
Marini
Joanna
br.freepik.com 33 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Finalmente uma Drupa presencial de novo. Vale a pena ir a Meca?

Aúltima Drupa presencial foi em 2016 e a seguinte seria em 2019. No entanto, no segundo para o terceiro dia da feira, por pressão dos expositores, por entenderem que três anos de diferença entre uma e outra era pouco tempo e muito custo, ela foi alterada para 2020. Mas, quem poderia imaginar que teríamos uma pandemia que paralisaria o mundo e cancelaria os eventos presenciais e, por consequência, a Drupa de 2020? Fico imaginando o lamento dos que forçaram a mudança . . ..

Enfim, o mundo mudou e a Drupa virou online em 2021. Muitos viram e os números são bem razoáveis que os fabricantes e fornecedores de tecnologias se reinventaram para mostrar seus avanços e novidades, mas, sem dúvida, a experiência virtual, que até foi positiva, não conseguiu competir, em sua totalidade, com a experiência real, presencial e imersiva.

Em termos de Drupa, não há mesmo como comparar. Para quem já foi, a experiência de viver o ambiente é totalmente diferente. Ainda que outras feiras gráficas tenham sido grandes (e já nem existem mais), como a Print, de Chicago, a Ipex, de Birmingham, as feiras italianas e mesmo as atuais feiras chinesas ou indianas, nenhuma nunca pôde se comparar à Drupa. Para o gráfico, visitá-la é, perdão pela

comparação, como ir a Meca para os muçulmanos. Tem que ir pelo menos uma vez na vida.

Seus mais de 15 pavilhões, um frenesi de agitação nos imensos pátios internos, os diferentes pontos de palestras e de encontros, expositores de todos os continentes, o movimento contínuo de pessoas do mundo inteiro, a vivência de uma cidade acolhedora que abraça a feira e a estende aos seus bares e restaurantes, na Altstadt (cidade velha) de Düsseldorf, e a possibilidade de ver todos os tipos de equipamentos e tecnologias em ação. No chão da feira. Funcionando a olhos vistos e em demonstrações contínuas. Coisa única.

Pelo menos, era assim. Confesso que na Drupa de 2016 esse abraço da cidade já não foi tão grande. A feira já não foi o total centro de atenção, ainda que importante para o turismo da cidade. Claro que falo com saudosismo, depois de estar em oito Drupas e também poder ver sua transformação ao longo do tempo. A transformação, na verdade, do próprio setor. Da sua importância como meio de comunicação e de sua incrível penetração em todos os setores econômicos. E de sua relativização nos últimos tempos. Especialmente a partir da Drupa de 2008.

Isso tudo me leva a perguntar como será efetivamente a Drupa 2024, depois da pandemia

GESTÃO
34 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
HAMILTON COSTA

e da evolução digital acelerada que vivemos. Como será mostrada a cara da indústria gráfica e sua relação com o mundo de hoje em plena transformação?

Em primeiro lugar, qual será o título desta Drupa? Não digo em relação à chamada oficial da feira que muda a cada edição e que procura ser atrativa. A de 2020, que não aconteceu, era: Abrace o futuro. Uma forma de dizer que o futuro estaria sendo mostrado na feira. A deste ano é: Nós criamos o futuro. Um mote interessante que remete à frente, aos segmentos e tecnologias que têm maiores oportunidades de crescimento nos próximos anos e nos quais podemos gerar inovações: embalagens e rótulos, impressão funcional e industrial, impressão 3D e diferentes aplicações em mercados tradicionais como o editorial e o promocional.

Quando falo do título da feira, não me refiro a essa chamada oficial. Me refiro à denominação, à alcunha, não oficial, que sempre se procura estabelecer no começo da feira, sobre a sua principal característica: a Drupa do JDF, a da impressão digital, a Drupa do inkjet nos asteróides e outras denominações. Na verdade, representando uma certa guerra comercial passada aos meios de comunicação setorial por formadores de opinião envolvidos com tecnologias de ponta mostradas na feira. Mas que procuram refletir o que de mais relevante a feira do ano tem para mostrar.

A deste ano, me adianto, deverá ser a Drupa da IA , que envolve a integração de equipamentos, a integração digital com os clientes, a Internet das coisas, (ioT), a fusão real do físico com o digital. Embora na feira de 2016, “fígital” (físico mais digital) já tenha sido um termo bastante usado. Como perspectiva. E, agora, mais ainda, na prática. Adicionalmente, a questão da sustentabilidade que já vinha ganhando espaço, será ainda mais realçada. Aposto que chamaremos esta Drupa de IA sustentável. A conferir.

Falando em transformação do setor, tendo a Drupa como sua representação, há diferentes contatações a serem feitas. Primeiro, não creio que teremos o mesmo número de visitantes de feiras anteriores. Na última Drupa, por exemplo, foram pouco mais de 260.000, de 183 países diferentes, com 68% deles vindos da Europa, especialmente da Alemanha, claro; 19% vindos da Ásia e 9% das Américas. O crescimento gráfico na Europa está estabilizado e as economias da região estão enfrentando sérios desafios com as guerras, especialmente Rússia-Ucrânia,

rearmamento dos exércitos, inflação ainda em alta e crescimento pouco significativo.

É possível que aumente proporcionalmente a presença de asiáticos, embora a China não esteja também em seu melhor momento. Em relação às Américas, a atratividade da feira aos norte-americanos costuma ser menor e o número não deverá crescer. Na América do Sul, o encarecimento das viagens via câmbio é um certo impeditivo e o número de empresas gráficas não cresceu nesse período, ao contrário.

Há também o aspecto de que temos hoje importantes feiras segmentadas, especialmente no segmento de maior crescimento da indústria gráfica, o de rótulos e embalagens. Convertedores especializados dão mais significado a essas feiras específicas do que à Drupa.

Ainda assim a quantidade de visitantes será significativa, não tenho dúvida. Por toda a atratividade que tratamos antes. A soma das vantagens cria uma sinergia única. Embora menor que nos anos anteriores, pelo próprio ajuste do tamanho do setor e suas especializações.

Como já disse, a Drupa sempre mostrou a cara do setor gráfico. E essa não creio que vá decepcionar. Mas será algo diferente. Vamos ver se consigo explicar o que sinto do mercado.

Um evento mais focado no resultado dos clientes gráficos, com menos opulência, mais objetiva ao trazer soluções que possam resolver equações complicadas das demandas de hoje.

35 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Quais são elas? Agilidade na criação e produção de materiais que respondam rapidamente às mudanças constantes exigidas por consumidores que buscam autenticidade das marcas, preocupação ambiental, sustentabilidade.

Mais que isso: a questão da personalização. E isso não significa só ter produtos com o nome de alguém, mas que sejam feitos de acordo com a cara dos cada vez mais diferentes grupos de consumo, das “tribos”, das exigências e necessidades próprias. Que implicam em produções com lotes menores, ou que comecem maiores e vão se personalizando à medida que cheguem mais perto dos consumidores. Flexibilização de produção, flexibilização de acabamentos.

Dessa forma, a busca de novidades será cada vez mais intensa nos nossos mercados, procurando surpreender, criar experiência para os clientes e clientes dos clientes. Para isso, na Drupa, empenhe-se em conhecer programas e sistemas impulsionados pela Inteligência Artificial, incluindo a generativa, que podem criar produtos novos e testá-los sem produzi-los, mas que depois precisam ser produzidos quase que online. Exageros à parte, claro.

A realidade é que a velocidade de mudança da gráfica tradicional para os novos modelos de produção e de atendimento ao cliente é maior do que muitos imaginam. Muitas gráficas estão sentindo isso na pele. E não apenas as menores, mas sim, empresas gráficas há muito estabelecidas que, de repente, sentem a pressão da concorrência e da mudança de postura dos próprios clientes.

Nesse aspecto, a exposição de máquinas ainda mais automatizadas será o ápice da feira. Como as que já estão em operação em várias partes, mas que continuam evoluindo em sua integração digital. Sejam analógicas, como as offsets ou flexos, sejam, de forma ainda mais especial, as digitais. O desenvolvimento

tecnológico dos equipamentos analógicos nos últimos anos é fantástico. Maior velocidade, acertos automáticos, produções autônomas, qualidade de impressão, integração com acabamentos em linha, e por aí vai.

Por outro lado, o maior símbolo do crescimento da impressão digital foi a HP ter assumido, desde a última Drupa, o maior pavilhão da feira, historicamente ocupado pela Heidelberg. Um pavilhão único, exclusivo, com toda a evolução industrial de seus equipamentos e sistemas. Uma visita, com tempo, obrigatória para os visitantes. A impressão digital vem, há tempos, não só ocupando espaços da produção tradicional, mas abrindo novos horizontes, novos nichos e segmentos de mercado. Basta ver o crescimento na área têxtil e a impressão industrial de eletrônicos, cerâmicas, madeiras etc.

Qual é o grande diferencial do material impresso para o material digital? Seus aspectos cognitivos: visual, tato, olfato. Com isso, e mais a questão da automação, a área de acabamento ganhou uma importância enorme. Uma área que hoje faz a diferença para muitas empresas gráficas. E que se refletirá na feira, com certeza. Corte e vincos a laser, ainda mais versáteis, equipamentos digitais com relevo, foil, vernizes e tudo que possa chamar a atenção e valorizar o impresso. De antigo patinho feio da produção, para uma posição de destaque hoje.

Sistemas, programas de gestão, plataformas de operação online, integração de operações nas nuvens com conexão a clientes, sistemas de venda centralizados em sites de web to print integrados, gestão da produção com base na padronização dos processos. E muito, muito mais será mostrado com base na tecnologia digital. É inevitável. Já é realidade hoje e será ainda mais amanhã.

Enfim, a Drupa do ano é sempre a cara da gráfica no seu tempo. Nesses novos tempos, ainda que partes do setor tenham diminuído, a impressão não teve reduzida sua importância. Mas, as mudanças exigem uma adaptação das empresas a essas novas demandas e tecnologias em um mundo mais digitalizado.

A Drupa serve mesmo para isso. Expor essas questões claramente. Se não for para rezar como quando os muçulmanos vão à Meca, pelo menos para mostrar a crença em um negócio que transcende os tempos atuais. Com algumas limitações naturais, por um lado, mas com diferentes e interessantes soluções por outro. Nos vemos lá?

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36 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

A impressora offset plana de grande formato, ROLAND 900 Evolution, proporciona economias de custo e de energia, qualidade de impressão superior e tempos de acerto ainda mais curtos para todas as demandas relacionadas à impressão de embalagens.

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A autora deste artigo, Chiara Bezzi, é editorachefe da Rassegna Grafica, revista italiana B2B para as indústrias de artes gráficas. Ela gerencia o conteúdo da revista e do portal relacionado PrintPUB.net. e é gerente de conteúdo editorial da editora Innovative Press.

Indústria de impressão de rótulos, um mercado em constante evolução

Osegmento de impressão de rótulos sempre foi um mercado dinâmico. Os proprietários de marcas procuram rótulos cada vez mais atraentes no sentido de se diferenciar e transmitir mensagens que despertem a atenção dos consumidores. As tendências atuais estão levando os fornecedores e convertedores a soluções inovadoras voltadas para a sustentabilidade. Nos últimos anos, os convertedores de etiquetas sentiram a necessidade de automação em vários estágios do ciclo de vida do produto.

O rótulo impresso é o cartão de visita de um produto, etapa principal da comunicação entre a marca e o consumidor. Na gôndola, o rótulo contribui para a percepção do comprador sobre o produto. Olhando o rótulo, o cliente pode ser atraído pelo design gráfico, pelas cores ou pelos efeitos visuais, e certamente isso terá um impacto na sua decisão de compra.

Mas, como os papéis e o impacto visual influenciam na percepção sobre um produto? Que elementos de um rótulo podem expressar e resumir visualmente a sua essência? Sabemos que, pelo mesmo preço e marca, o rótulo mais atraente desperta expectativas favoráveis na hora de definir a escolha do produto. Para explorar o papel desta ferramenta comunicativa na compra de vinho, a UPM Raflatac, líder em rotulagem sustentável, encomendou uma pesquisa de neuromarketing à empresa de pesquisa e consultoria SenseCatch, em parceria com a Argea, o maior grupo vitivinícola italiano, a Kurz, fabricante mundial de tecnologia de hot stamping e cold stamping, e a Krämer Druck, um dos principais impressores da Alemanha no setor de rótulos de vinhos.

O estudo foi realizado na Alemanha, um mercado atrativo para os exportadores de vinho. Um grupo de consumidores alemães viu 32 garrafas de vinho na prateleira, com o mesmo design, mas diferentes entre si em termos de tipo de papel e acabamento. Toda a jornada dos clientes foi acompanhada, desde a observação nas prateleiras e escolha do vinho até a degustação do produto. Após a escolha, os participantes puderam observar, tocar e avaliar as garrafas, uma de cada vez. Ao longo de todo o processo de tomada de decisão, desde a escolha da garrafa na prateleira até o momento da degustação, a experiência dos pesquisados foi analisada através da metodologia de neuromarketing.

No primeiro “momento da verdade” em frente à prateleira, os resultados mostraram que, durante a escolha, nos primeiros cinco segundos de observação, as garrafas que atraíram mais a atenção dos consumidores foram aquelas caracterizadas pelo contraste visual, cor ou justaposição de materiais, assim como aquelas com enobrecimento metálico brilhante sobre papel de fundo escuro. Por outro lado, os rótulos mais observados foram os caracterizados

INTERNACIONAL
CHIARA
38 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

por papéis de cor clara com enobrecimentos em ouro ou bronze. Em seguida, a atenção dos consumidores se concentrou nos frascos rotulados com papéis rústicos e texturizados, com textura visível e enobrecimento em relevo com efeito brilhante.

Durante o segundo “momento da verdade”, que é quando o consumidor interage fisicamente com as garrafas, os rótulos com papéis texturizados e enobrecimento da mesma cor, dando um realce maior nos efeitos visuais do enobrecimento, foram considerados mais atrativos e instigantes. O estudo constatou que eles estimularam a “imaginação tátil” que antecipa a experiência de interação.

A espessura do papel gofrado e o relevo tornaram o lettering mais visível e valorizaram o desenho, mudando a percepção de um rótulo vazio e pouco atraente no caso do enobrecimento na mesma cor do papel, desprovido de relevo para um rótulo que, em vez disso, tornou-se sofisticado e intrigante, aumentando as expectativas sobre o produto. Neste caso, os consumidores imaginaram um vinho de maior qualidade, um produto premium.

Por fim, os resultados mostraram que a combinação do papel e do enobrecimento influenciam as expectativas e tem um efeito positivo na percepção da qualidade e do sabor do vinho. O mesmo vinho, servido na garrafa com o rótulo que agradou mais, obteve uma aprovação maior do que quando foi servido na garrafa com o rótulo que agradou menos.

O efeito também ocorreu em nível do subconsciente; o envolvimento emocional medido através de parâmetros psicofisiológicos foi superior (+13%) na degustação do vinho servido na garrafa com o rótulo preferido. Além de influenciar a agradabilidade do vinho, o rótulo também influenciou no sabor percebido.

TENDÊNCIAS DE MERCADO NA IMPRESSÃO DE ETIQUETAS

De acordo com a Mordor Intelligence, espera-se que o mercado de rótulos impressos cresça em um CAGR (Compound Annual Growth Rate, em português, Taxa de Crescimento Anual Composta) de 4,2% durante o período de 2023 a 2027. Diferentes fatores estão impulsionando o crescimento nesse período, como uma demanda crescente por marcas mais atrativas

por parte dos clientes de rótulos impressos e uma demanda crescente por produtos de consumo. O crescimento do comércio eletrônico é outro fator significativo que deverá alimentar a necessidade de rótulos impressos durante o referido período. Os desafios que o setor enfrenta são evidentes: uma redução na jornada média de trabalho e nos ciclos de vida dos produtos fabricados em massa e um aumento no conteúdo obrigatório do texto do rótulo. Nos últimos anos a impressão digital entrou nesse setor, tecnologia que ampliou as possibilidades de fornecer novas aplicações no design do rótulo, atendendo a uma demanda e exigências crescentes do mercado.

Os fornecedores de tecnologia de impressão estão desenvolvendo soluções inovadoras e apresentarão novas impressoras híbridas na Drupa 2024. Os convertedores de rótulos vêm sentindo a necessidade de automação em vários estágios do ciclo de vida do produto. Devido à menor mão-de-obra disponível para o setor industrial, a intervenção humana torna-se o gargalo da cadeia produtiva. A automação e a interconectividade deixam de ser um tema de redução de custos para se tornarem uma necessidade para a sobrevivência industrial. Na área de fluxo de trabalho, a tendência será para um ecossistema baseado em nuvem. Hoje em dia, a automação e a digitalização nos processos de impressão são essenciais. Automação significa integração dos sistemas nos processos de produção da gráfica, permitindo atendimento remoto, monitoramento da máquina em tempo real e geração de relatórios de

39 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

dados de produção. Entre as vantagens da automação estão a redução de desperdício, configuração rápida, gerenciamento automatizado de cores e redução de intervenções manuais. Outros passos possíveis no avanço da tecnologia acontecerão através da aplicação de inteligência artificial e conhecimento da máquina. Por exemplo, as ferramentas e programas de IA tornam o procedimento de design autônomo; ao mesmo tempo, essas ferramentas podem ajudar permitindo a identificação de produtos defeituosos para que possam ser facilmente removidos do produto final.

FATOR DE SUSTENTABILIDADE

O maior desafio para os proprietários de marcas nos dias de hoje é enfrentar o cenário de mudanças em relação à sustentabilidade das embalagens e, em particular, abraçar a complexidade das regulamentações emergentes quando estão operando com diferentes países e regiões. As atualizações recentes do Packaging & Packaging Waste Regulation in Europe (regulamentação relativa aos resíduos de embalagens na Europa) trouxeram novos desafios que terão obrigatoriamente de ser encarados nos próximos anos. A introdução de requisitos de design para reciclagem chamará a atenção

para a compatibilidade de rótulos e recipientes, em termos de material, tintas, adesivos e cobertura de tamanho.

Seguindo as exigências dos clientes, os fabricantes de etiquetas autoadesivas estão buscando novas soluções mais ecológicas, mas ao mesmo tempo também mais econômicas e eficientes. Para atingir esses objetivos, o principal caminho é reduzir o volume de material utilizado. O revestimento liner, que serve como suporte de proteção, desempenha um papel crucial na produção, conversão e aplicação de produtos autoadesivos. Mas, depois de cumprirem o seu papel neste processo, os revestimentos usados ainda têm um papel a desempenhar como matéria-prima valiosa para novos processos e produtos. Atualmente, muitos projetos baseados na reciclagem de revestimentos descartáveis vêm sendo desenvolvidos, a fim de coletar a proporção do revestimento descartável gasto para reutilização ou reciclagem. A reciclagem do liner removível é ecologicamente correta: contribui para a redução da “pegada” da empresa etiquetadora.

Durante a última edição do Finat – Fórum Europeu de Etiquetas, descobriu-se que o desperdício de rótulos e etiquetas tem sido um desafio para a indústria de etiquetagem há décadas. Todos os anos, milhões de toneladas de resíduos desses impressos são enviadas para aterros sanitários e incineradores. Programas de reciclagem como o Celab podem reduzir o desperdício. Mas a melhor solução para a nossa indústria e para o planeta é, em última análise, eliminar completamente os revestimentos. Particularmente no setor alimentar, os designers e os impressores enfrentam outro desafio relativamente aos limites do espaço finito dos rótulos e etiquetas. Com certeza, a legislação internacional em matéria de saúde e segurança exigirá mais espaço nos rótulos. Isso incentivará o uso de rótulos de folhetos multicamadas e rótulos de filme transparente em substratos de recipientes transparentes, dando aos produtos a aparência “sem rótulo” e possibilitando a impressão no verso. A impressão de rótulos reflete o importante papel da tecnologia digital na vida cotidiana.

De 28 de maio a 7 de junho, em Düsseldorf, os expositores da Drupa apresentarão novos sistemas de impressão e acabamento para a produção de rótulos. Os visitantes descobrirão soluções sustentáveis e inovadoras para o futuro dessa indústria.

40 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

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O representante do Brasil e coordenador do WG13 do TC130, Bruno Mortara, fez parte dos especialistas de várias partes do mundo que participaram da reunião da ISO TC130 no Japão e faz aqui um relato dos temas debatidos.

Reunião em Tóquio do TC130 da ISO

Durante a reunião foram apresentadas amostras de impressão da nova ISO 12647-2.

Ocomitê ISO TC130, órgão de padronização internacional para o setor de impressão, se reúne duas vezes ao ano, de forma presencial, para decidir quais normas técnicas de Tecnologia Gráfica serão criadas, modificadas ou canceladas. Especialistas em terminologia, pré-impressão, impressão, pós-impressão, neutralidade climática, materiais e certificação, de 21 países, reuniram-se em Tóquio, Japão, de 30 de outubro a 3 de novembro de 2023, com uma reunião plenária no final, para aprovação pelos delegados nacionais das principais resoluções do TC130. A próxima reunião será em Berlim, na Alemanha, de 22 a 26 de abril de 2024.

O TC130 possui vários grupos de trabalho, denominados Working Groups, ou simplesmente WG. Como as reuniões dos grupos às vezes são contemporâneas, escolhi as mais relevantes para o Brasil, à luz dos trabalhos de tradução e adoção de normas ISO que vêm sendo realizados no ABNT/CB-27. Descrevo, em seguida, os trabalhos de cada grupo e as normas em execução.

WG 2 – PRÉ-IMPRESSÃO

Uma norma importante, mas ainda não implementada pelos fabricantes de software e hardware, é a ISO 15930-9 ou PDF/X-6. Ela se propõe a resolver os principais desafios de pré-impressão,

mas não será usada em um futuro próximo pois os aplicativos de criação ainda não estão exportando o PDF/X-6, ficando no padrão anterior, o PDF/X-4. O PDF/X-6 foi publicado em 2020. Ele se beneficia especialmente das funções modernas do PDF 2.0 (ISO 32000-2). Pela primeira vez, será possível definir vários perfis de saída em diferentes páginas de um documento. Os “Problemas de PDF” coletados pela PDF Association (Alemanha), como a definição de um processador em conformidade ou a resolução de inconsistências com relação a espaços de cores e metadados XMP, desencadearam uma revisão datada e foram todos resolvidos.

Ao perguntar aos especialistas da Adobe, presentes na reunião, sobre o suporte do PDF/X-6 no InDesign ou Illustrator, eles responderam que nenhuma solicitação do grupo de usuários foi feita, portanto, nenhuma implementação está planejada por enquanto. Isso significa que a criação de PDF/X-6 será deixada para ferramentas especiais, como o Callas pdfToolbox ou Enfocus PitStop, e provavelmente não será amplamente utilizada.

Outra norma importante do WG2 é a família ISO 20616-1 e ISO 20616-2, composta por duas partes que visam especificar os requisitos do cliente para a impressão de seus produtos (cor, registro, defeitos e códigos de barras) e o

NORMAS
BRUNO MORTARA
44 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

feed-back do sistema de impressão com a avaliação da qualidade do impresso. São denominados PQX e PRX e terão um papel fundamental na compra a recepção de produtos impressos por grandes marcas em futuro breve. Os pacotes de gestão de cores em máquina de impressão da X-Rite, Bodoni, MeasureColor e outros já utilizam o padrão.

WG 4 – MÍDIAS E MATERIAIS

O WG4 passou a ser coordenado pelo Japão, após muitos anos sob a coordenação da Alemanha. Entre as normas importantes do grupo, a norma “Métodos de avaliação de características e desempenho para chapas offset sem processo” (ISO 24487) especifica métodos de avaliação para características de chapas litográficas, desempenho de desenvolvimento na impressão, usabilidade e qualidade da imagem impressa. Ela também define especialmente as condições de medição para materiais e equipamentos e fornece diretrizes para a seleção de chapas litográficas sem processo adequadas por uma organização de impressão e requisitos para testes de avaliação comparativa.

Outra norma em execução é a de “Propriedades do papel para jato de tinta de alta velocidade”, com métricas e parâmetros relevantes que preveem a qualidade da imagem final de impressões a jato de tinta de alta velocidade. A PTS, a CTP, a Heidelberg, a Ricoh, a Schoeller, a Fujifilm, a OCE, a Shenzen Printing Association, a Crown Van Gelder, a Kodak e a Fuji Xerox atenderam ao convite, e o grupo fez uma pesquisa extensa e aberta.

Melhoria das propriedades das blanquetas para impressão offset (ISO 12636:2018) é outro projeto em andamento. Durante a discussão de uma possível revisão da norma denominada “Blanquetas para impressão offset”, foi acordado em Tóquio iniciar de fato uma revisão. A principal alteração, proposta pela Continental, é a adição de um novo método de teste para descrever o comportamento de alimentação e um esquema de relatório.

WG 13 – REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DA IMPRESSÃO

A partir da próxima reunião do TC130 a norma do WG13, ISO 19303-1 – Tecnologia gráfica –Diretrizes para escritores de esquemas – Parte 1: Impressão de embalagens entrará em edição.

JWG 14 – MÉTODOS DE MEDIÇÃO DA QUALIDADE DE IMPRESSÃO

Este grupo tem a função de desenvolver métodos e métricas para avaliar a qualidade de impressos, independentemente da tecnologia utilizada na sua impressão. Métodos que, uma vez aprovados enquanto normas, são agregados como referência externa à norma ISO 15311-1. Projetos em andamento neste grupo, que deverão posteriormente ser incorporados à ISO 15311, são:

◆ Avaliação de granulosidade: ISO/AWI TS 18621-22 ed.1, Graphic technology – Image quality evaluation methods for printed matter – Part 22: Evaluation of colour graininess.

A secretaria geral do TC130 solicitou uma avaliação dos 17 objetivos de sustentabilidade das Nações Unidas, e o Brasil, como coordenador do grupo, respondeu que todos atingem os de número 9: Indústria, inovação e infraestrutura e número 12: Consumo e produção responsáveis.

◆ Avaliação de resolução perceptual: ISO DTS 18621-31 ed.2, Graphic technology – Image quality evaluation methods for printed matter – Part 31: Evaluation of the perceived resolution of printing systems with the contrastresolution chart.

TF 3 – COMUNICAÇÕES

O grupo é de suporte à direção do TC130 e tem normas que facilitam a comunicação com a

45 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

comunidade gráfica. O site do TC130 também é mantido pelo grupo TF3 em https://committee.iso.org/home/tc130 e serve para comunicar o status das normas, artigos sobre normas e outras informações históricas.

WG 3 – CONTROLE DE PROCESSOS E METROLOGIA RELACIONADA

O escopo do Grupo de Trabalho 3 é desenvolver e revisar as normas relacionadas a controle de processos e metrologia para a produção de material impresso. Atualmente, é o grupo de maior interesse dos países participantes.

Para a norma de impressão offset (ISO 12647-2), infelizmente a votação do documento em andamento foi iniciada tarde demais, de modo que os resultados estavam disponíveis pouco antes da reunião. A votação foi de 100% de aprovação. A publicação deverá ser acordada e iniciada após a reunião de Sydney, na Austrália, em 2024. Espera-se sua publicação no final de 2024 ou início de 2025.

IMPRESSÃO DE EMBALAGENS EM ROTOGRAVURA

(ISO 12647-10)

Para este projeto, por iniciativa do Grupo Italiano de Rotogravura, foi proposta uma nova parte da família de normas ISO 124647, que descreve a padronização da impressão de gravuras de embalagens em materiais flexíveis. Ela especificará os requisitos para a troca de dados e informações necessários para a definição dos objetivos para o processo e a impressão de gravuras em cores especiais de materiais de embalagem.

◆ ISO 22067-2 – Tecnologia gráfica – Critérios e parâmetros de declaração ambiental para produtos impressos – Parte 2: Acabamento

◆ ISO 22067-3 – Tecnologia gráfica – Critérios e parâmetros de declaração ambiental para produtos impressos – Parte 3: Impressão têxtil

CONCLUSÃO

Esta foi a segunda reunião presencial após a pandemia de Covid e percebe-se que os especialistas e seus países estão se empenhando em reestabelecer a frutífera dinâmica das reuniões “ao vivo”. As principais novidades foram as modificações sugeridas e já publicadas nesta revista sobre a nova ISO 12647-2 e a nova ISO 3664, que deverão alterar os padrões de aprovação e construção das cabines de luz. Uma palavra sobre este assunto é que consoles de impressoras e cabines de luz autônomas tradicionalmente são iluminadas por lâmpadas fluorescentes. Uma vez que estas estão sendo banidas pelos países por questões ecológicas, as LED estão tomando seu lugar. As LED ainda não são uma tecnologia totalmente consolidada e os fabricantes e normalizadores estão resolvendo as questões pendentes, em especial em relação aos conteúdos UV destes iluminantes.

Uma ótima notícia foi a confirmação da norma ISO 10128, importantíssima para determinar os métodos de conversão dos dados dos arquivos dos clientes para as condições de impressões reais, de forma a se aproximar às condições de referência, como Fogra51, CRPC1, etc. Também merece destaque a norma discutida em conjunto com o TC42-Fotografia, que é a norma de iluminação, ISO 3664. Como há problemas com o modo de iluminação sem UV (UV-Cut), ainda não há consenso em relação ao documento final. Sua nova versão agrega novos métodos de avaliação de CRI (Color Rendering Index), assim como novos modos de iluminação a fim de dar conta dos novos iluminantes LED

WG11 – IMPACTO AMBIENTAL DA TECNOLOGIA GRÁFICA

Os trabalhos em desenvolvimento atraem muitos especialistas e as normas em execução em 2023 são:

Iremos observar diversas implementações das novas normas na Drupa 2024, em máquinas equipamentos e softwares, tais como PQR/ PQX , ISO 10128, ISO 1264-2 e ISO 3664 (mesmo antes das publicações finais).

A participação do Brasil novamente é de alta relevância para a indústria gráfica, uma vez que gráficos e especialistas têm acesso às informações de trabalhos em andamento na ISO e de novas publicações de normas que afetarão diretamente seu modo de trabalhar e alimentam o CB-27 com as informações para indicar ao mercado as novas normas a traduzir e adotar.

À Abigraf e ao Sindigraf-SP, transmito meus parabéns pelo constante apoio ao processo de normalização!

Superintendente do CB -27

Representante do Brasil no TC130 da ISO superintendente.cb27@abigraf.org.br

46 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

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Walter Firmo

©Walter Firmo / Acervo IMS ©Walter Firmo / Acervo IMS 48 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024 1 2

Entre a cor e o silêncio

Era 5 de dezembro de 2023 . Firmo e sua trupe estavam saindo do Museu de Arte Moderna da Bahia para comemorar. A vernissage da exposição Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito havia sido um sucesso e todos estavam animados com a repercussão da mostra, que acabava de abrir as portas em Salvador depois da ótima temporada em São Paulo, Rio, Brasília e Belo Horizonte. No trajeto para o restaurante chega a notícia. O livro com o mesmo título poético acabara de ganhar o Prêmio Jabuti 2023 na categoria Artes. “Tivemos de dobrar as garrafas de champagne”, diverte-se o fotógrafo.

Exposição e livro condensam a carreira do mestre da cor, um dos principais nomes da fotografia documental e do fotojornalismo brasileiro, hoje com 86 anos. O mérito das conquistas, Firmo credita ao organizador do livro e curador da exposição, Sergio Burgi, coordenador de

fotografia do Instituto Moreira Sales, IMS, estendendo à equipe, também liderada por Janaina Damaceno, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Uerj.

Livro e exposição cumprem com maestria uma das cláusulas do compromisso firmado entre o fotógrafo e o IMS em 2018, ao fecharem acordo para a cessão, em regime de comodato, do acervo de Firmo ao instituto. Ambos os objetos culturais reúnem 266 obras produzidas desde 1950, no início da carreira do fotógrafo, até 2021. São imagens que retratam e enaltecem a cultura negra, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas.

Estão lá imagens dos seus primeiros anos de atuação na imprensa e os icônicos retratos de músicos produzidos principalmente a partir da década de 1970 nomes como Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Paulinho da Viola, Gilberto Gil e Chico Buarque. Impresso pela Ipsis,

Livro e exposição apresentam o legado de Walter Firmo, que viajou pelo Brasil capturando sua diversidade e construindo um acervo de anônimos e figuras da cultura brasileira, com foco na representação da comunidade negra.

Por: Tânia Galluzzi

FOTOGRAFIA ©Walter Firmo / Acervo IMS 49 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF 3
Foto: Marcio Scavone

o livro Walter Firmo: no Verbo do Silêncio a Síntese do Grito foi lançado em maio de 2022, enquanto a exposição ocupava as salas do IMS em São Paulo.

Do Museu de Arte Moderna da Bahia, a mostra seguirá em julho para o centro cultural do IMS em Poços de Caldas (MG), onde ficará por quatro meses, e depois, possivelmente, para Fortaleza e Curitiba.

1 (página 48) Vendedor de sonhos na Praia de Piatã, Salvador, BA, déc. 1980.

2 (página 48) Maestro Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho), Rio de Janeiro, RJ, 1967.

3 (página anterior) Noiva na favela de Alagados, Salvador, BA, 2002.

4 Mãe Olga do Alaketu, Salvador, BA, 2002.

5 Pai e filho na Praia de Piatã, Salvador, BA, 2000.

6 Clementina de Jesus (Clementina de Jesus da Silva), Rio de Janeiro, RJ, c. 1977.

WALTER FIRMO

https://walterfirmo.com.br

Foto: Allec Gomes

Livro Walter Firmo: no Verbo do Silêncio a Síntese

Editora: IMS EDITORA

Impressão: Ipsis – Tecnologia exclusiva +Color®

Papel: Eurobulk 135 gramas

Acabamento: Capa dura com lombo redondo, miolo com 256 páginas.

Projetos para novos livros não faltam, assim como o prazer de transmitir tudo o que aprendeu e criou. Desde a década de 1990, Firmo ministra o curso Universo da Cor. “Até hoje me emociono ao ver aqueles olhos ávidos por informação. Me sinto como uma ave alimentando os seus filhotes. Isso me comove muito”, diz o fotógrafo. O ofício de sintetizar o grito num fotograma também continua a mexer com Firmo. “Aqui da minha janela eu vejo o estádio do Maracanã e o morro da Mangueira, onde fotografei Cartola e Clementina de Jesus, e onde vivem tantas pessoas, felizes à sua maneira. Essa é minha vocação: traduzir a felicidade.”

©Walter Firmo / Acervo IMS ©Walter Firmo / Acervo IMS ©Walter Firmo / Acervo IMS
50 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024 4 5 6

Um legado que permanece no coração da Margraf

Vasco Faustino de Menezes deixa saudades na indústria gráfica paulista. Seu empreendedorismo visionário, evidente desde 1978, continua a pulsar na empresa.

Aindústria gráfica perdeu um de seus ícones no dia 6 de dezembro de 2023, com o falecimento, aos 89 anos, de Vasco Faustino de Menezes, fundador da Margraf. Vascão, como era carinhosamente chamado, deixou um legado notável após décadas de contribuições para o setor.

A trajetória de Vasco iniciou-se como a de um jovem visionário oriundo do interior baiano. Aos 16 anos, deixou para trás a fazenda do pai, em Aporá, movido pelo desejo de construir uma vida na qual o sertão não ditasse os rumos. Sua chegada a São Paulo foi marcada por uma fé inabalável em seu instinto, uma disposição incansável para o trabalho e uma simplicidade que o sucesso profissional não foi capaz de corroer.

gráfica como a “maior devoradora de prazos”, um lema que se tornou emblemático.

Avesso a luxos e reaplicando os lucros na empresa, Vasco manteve a curva de crescimento da Margraf ascendente. Patriarcal, comandava a gráfica do chão de fábrica. Sua sala ficava no meio da produção e até a compra da primeira rotativa, em 1996, era ele quem abria e fechava a empresa.

Fundador da Margraf em 1978, Vasco transformou a empresa em referência no mercado editorial e promocional. Sua visão estratégica tornou-se evidente com a mudança para Tamboré, em Barueri, na década de 1980. Numa área de 17 mil m², construída com recursos próprios, a Margraf cresceu sob a liderança de Vasco.

A estratégia de comprar à vista equipamentos e manter volumes expressivos de papel no estoque impulsionou a Margraf a novos patamares. O empresário orgulhosamente exibia um estoque que chegou a acumular 70 mil toneladas de papel, entre resmas e bobinas. Esse período marcou a consolidação da

Após a implantação dos dois turnos, ficou o hábito de começar o dia passando em cada máquina para conversar com os impressores. “Sempre valorizei as equipes. A maioria dos funcionários que começaram comigo se aposentaram aqui ou continuam trabalhando conosco”, contou Vasco à Revista Abigraf em agosto de 2016.

A família sempre ocupou um lugar especial na dinâmica da Margraf. Os filhos Sônia, Vasco Júnior, Vânia e Ana Cristina estão há décadas envolvidos na operação da gráfica.

O falecimento de Vasco de Menezes deixa um vazio na indústria. Contudo, a Margraf, sob a liderança de seus filhos e com a cultura empresarial forjada por ele, permanece ativa, mantendo vivo o legado do empresário. Sua partida é sentida não apenas como uma perda para a família Menezes, mas como um adeus a um empreendedor que moldou o cenário gráfico paulista com sua visão, trabalho árduo e compromisso com a excelência.

MEMÓRIA
51 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF
VASCO FAUSTINO DE MENEZES/ 14.11.1934 – 6.12.2023

MEMÓRIA

Um homem à frente de seu tempo

Pioneiro na adoção da impressão digital no Brasil, João Damasceno Affonso deixa uma marca indelével na indústria gráfica brasileira.

Ofundador da AM Produções Gráficas faleceu no dia 16 de janeiro de 2024, aos 85 anos, depois de uma longa batalha contra o câncer. A empresa foi criada em janeiro de 1970, porém o envolvimento de Affonso com o universo da impressão começou bem antes. Nos anos de 1960 ele trabalhava no Banco Francês e Brasileiro e à noite fazia Madureza. Sentindo na pele a falta de material didático, se propôs a reunir as informações em apostilas. Um professor gostou da ideia, emprestou uma máquina de escrever e ele imprimiu a apostila em um mimeógrafo. Outros trabalhos vieram, até que Affonso produziu alguns serviços na Massao Ono Editora. Depois dessa experiência, ele retornou ao trabalho no banco, mas, por insistência de um colega, Wilson Siviero, voltou às apostilas. Em 1966, Affonso saiu do banco para atuar no curso Anglo-Latino. Com o passar do tempo, as apostilas foram substituídas pelos livros e em 1970 ele já tinha volume suficiente para montar a empresa, junto com Massao Arakawa.

O início modesto, parte na casa de Affonso e parte na residência de Massao, em São Paulo, rapidamente evoluiu para uma sala dentro da Editora Hamburg, até finalmente encontrar um endereço próprio em 1972, quando sua esposa, Clara Affonso, entrou na sociedade no lugar de Massao. Inicialmente focada em composição gráfica e arte final para execução de fotolitos, a AM se destacou pela evolução constante, incorporando tecnologias de ponta, como birô de pré-impressão, fotocomposição, CtP e impressão digital.

A decisão inovadora de João Damasceno Affonso e seu filho, João Affonso Damasceno Junior, em 1992, marcou um ponto crucial na história da empresa. Antevendo a transformação digital, a AM investiu em uma impressora Xeikon, tornando-se pioneira na impressão digital no Brasil. Essa mudança estratégica permitiu à empresa atender às exigências emergentes do mercado editorial por impressão sob demanda, uma prática até então inviável.

A contribuição de Affonso para o setor não se limitou à inovação tecnológica. Numa época em que as palavras inclusão e diversidade não faziam parte do vocabulário corporativo, a AM já acolhia funcionários de diversas origens, promovendo igualdade de oportunidades e formando profissionais que encontraram sucesso em outras empresas.

Além de sua contribuição para o setor gráfico, João Damasceno Affonso foi um pai dedicado e um avô amoroso. Seu bom humor e gentileza eram marcas registradas, tanto no trato com familiares quanto com os colaboradores da AM. A empresa é hoje comandada por João Damasceno Affonso Jr., que continua o legado de inovação com uma plataforma de automação de fluxo de trabalho amplamente utilizada na indústria gráfica e de pré-impressão. Ela oferece uma maneira centralizada de automatizar tarefas repetitivas e integrar diversos aplicativos e sistemas dentro de um fluxo de trabalho digital.

52 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024
João Damasceno Affonso / 11.10.1938 – 16.1.2024

RAÍZES

Texto: João Scortecci

Revista Klaxon,

mensário de arte moderna

Arevista Klaxon foi a primeira publicação modernista brasileira a circular depois da Semana de Arte Moderna, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, de 13 a 17 de fevereiro de 1922. Circulou de 15 de maio de 1922 a janeiro de 1923, num total de nove números mensais, os dois últimos em edição dupla. “Klaxon” nome da marca de uma famosa buzina de automóvel norte-americana que fazia um barulho infernal foi o título escolhido para a revista, propagando, assim, seu perfil de típica agressividade vanguardista. No comitê de redação, estavam Menotti del Picchia (1892–1988) e Guilherme de Almeida (1890–1969). Além deles, eram colaboradores: Sérgio Milliet, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Luís Aranha, Rubens Borba de Moraes, Anita Malfatti, Sérgio Buarque de Holanda, Tarsila do Amaral e Graça Aranha, entre outros artistas e escritores. Victor Brecheret (1894–1955) e Di Cavalcanti (1897–1976) eram os ilustradores. Entre as diversas revistas modernistas que proliferaram no Brasil dos anos 1920, Klaxon sem dúvida foi a mais audaciosa, a mais renovadora e a mais criativa. Destacou-se, ainda, pela publicidade e pela propaganda impactantes para sua época, como o “case” da marca Lacta: o verbo “comer”, no modo imperativo, foi repetido oito vezes na capa, formando um quadrado com a palavra e, dentro dele, um triângulo formado com a repetição da palavra “Lacta”.

Ousavam também no uso da tipografia, num estilo concretista que só surgiria décadas depois. No site da FBN – Fundação Biblioteca Nacional, encontrei as

seguintes informações técnicas sobre a revista Klaxon: Redação: Rua Uruguay, 14, Jardim América, São Paulo; assinatura anual por 12 mil réis, e número avulso por mil réis; era impressa no formato 19 × 27,5 cm, com 20 páginas, aproximadamente; e tinha representantes no Rio de Janeiro (Sérgio Buarque de Holanda), em Genebra, na Suíça, e em Bruxelas, na Bélgica. No editorial do número 1, há explicações sobre o nome, proposta e desafios. Segue (respeitando a ortografia da época): “A lucta começou de verdade em princípios de 1921 pelas columnas do ‘Jornal do Commercio’ e do ‘Correio Paulistano’. Primeiro resultado: Semana de Arte Moderna especie de Conselho Internacional de Versalhes. Como este, a Semana teve sua razão de ser. Como elle: nem desastre, nem triumpho. Como elle: deu fructos verdes. Houve erros proclamados em voz alta. Pregaram-se ideias inadmissíveis. É preciso reflectir. É preciso esclarecer. É preciso construir. D’ahi, KLAXON. E Klaxon não se queixará jamais de ser incomprehendido pelo Brasil. O Brasil é que deverá se esforçar para comprehender KLAXON. Klaxon sabe que a vida existe. E, aconselhado por Pascal, visa o presente. KLAXON não se preoccupará de ser novo, mas de ser actual. É essa a grande lei da novidade. KLAXON não é futurista. KLAXON é klaxista

klaxista”

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João Scortecci Editor, gráfico e livreiro.
Imagem de fundo: br.freepik.com/@efe_madrid 53 janeiro/março 2024 REVISTA ABIGRAF

Democracia e política industrial

Precisamos lutar, com coragem e esforço coletivo, pela modernização do parque industrial brasileiro.

Democracia, sempre! O termo “democracia” se origina do grego antigo e significa “governo do povo”, em que todos têm, ou deveriam ter, o direito e o dever de participar igualmente das decisões. É o que buscamos e queremos, sempre. Deixando de lado o conceito utópico de democracia como lugar ou estado ideal de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos, sabemos que, sem eleições livres, crescimento econômico, distribuição de renda, justiça social e segurança jurídica, esse regime político não existe ou morre. Exemplos não faltam.

do peso da indústria de transformação no PIB, caso do Brasil, criou um tipo perigoso de dependência, uma vez que todos, ricos e pobres, consomem produtos industriais com mais qualidade e em quantidades cada vez maiores.

É URGENTE ESTANCAR O PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO QUE AFLIGE O PAÍS.

Lendo o livro Como as Democracias Morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt tradução brasileira publicada pela Zahar Editora  , sabe-se que, na nova ordem mundial, a democracia “não termina com uma ruptura violenta nos moldes de uma revolução ou de um golpe militar; agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas, como o judiciário e a imprensa, e a erosão gradual de normas políticas de longa data”.

Recentemente, o Brasil atravessou dias difíceis, e nossa democracia, desigual e frágil, quase sucumbiu. Direita e esquerda erram também. Esquecem que o mundo pós-pandemia mudou e continua mudando e que a nova “governança global” tem priorizado investimentos pesados em política industrial, crescimento sustentável, com transição para “economia verde”, distribuição de renda e bem-estar social.

Depois dos anos 1970, o País passou por uma desindustrialização feroz e criminosa. Esqueceram que ela, a indústria, representa o processo dinâmico e virtuoso de uma economia próspera, aquela que agrega valores ao produto e toda a cadeia produtiva e cria, com responsabilidade, o maior número de empregos qualificados. A diminuição

Um país que vê sua indústria perder espaço para outros setores da economia pode, em médio prazo, enfrentar graves problemas no contexto interno e externo, com crescentes déficits em contas públicas e reduções na geração e na qualidade dos empregos. Precisamos estancar, urgentemente, o processo de desindustrialização que aflige o País, com risco de retrocesso econômico e social. Precisamos lutar pela modernização do parque industrial brasileiro. Para isso, precisamos combater, com coragem e esforço coletivo, a excessiva valorização cambial, as altas taxas de juros, a estrutura tributária ineficiente, o excesso de burocracia, a perseguição sistemática aos empresários, a insegurança jurídica e a baixa qualificação da mão de obra.

Que o “Programa Nova Indústria Brasil”, lançado pelo governo federal no início de 2024 com o objetivo de impulsionar a indústria nacional até 2033, venha a render crescimento econômico sustentável, segurança jurídica e justiça social.

Democracia, sempre!

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João Scortecci

Presidente da Associação

Brasileira da Indústria Gráfica Regional São Paulo (Abigraf-SP)

MENSAGEM
54 REVISTA ABIGRAF janeiro/março 2024

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