investimentos concentrados em seu aprimoramento. “O surgimento de novas tecno log ias de cura por radiação, tanto UV como EB dará uma contribuição tão grande quanto à que a pré-impressão e a impressão têm dado para o desenvolvimento da flexo”, opina Rui Santos. Além das grandes vantagens de imprimir sobre uma ampla gama de substratos, desde ásperos e grossos até suaves e lisos, Ana Carolina, da Avery Dennison destaca como vantagem na flexografia as tintas líquidas, que têm rápida secagem, podendo usar substratos não absorventes. Também na flexografia existe preocupa ção em desenvolver insumos ecologicamente corretos, mas este ainda é um desafio a ser superado neste ramo. “Precisamos fortalecer a cultura e obter novas leis em busca do incentivo ao uso da impressão à base de água ou que não cause tanto dano ao meio ambiente”, ressalta Ana Carolina. Mas já estão disponíveis inovações como as tintas e vernizes curáveis, 100% sólidas, isentas de VOC (Composto Orgânico Volátil), com cura instantânea e redução significativa nas propriedades de migração e cheiro. “Hoje existem tintas adequadas a cada substrato, com resistência específica para as exigên cias de aplicação, além de serem ecologicamente corretas”, diz Kátia Dalama, gerente administrativa da Rotatek Brasil. Nesse sentido, Rui Santos destaca o desenvolvimento do sistema de processamento de chapas térmicas sem a utilização de solventes, CyrelFast. O resultado, segundo ele, é a redução na emissão de gases causadores do efeito estufa e no consumo de energia. A chapa oferece ainda uma alternativa ágil, limpa e econômica na gravação de clichês. “Há uma ampla variedade de aplicações para impressão de embalagens, incluindo os segmentos de rótulos, etiquetas, embalagens flexíveis e papel”, conclui.
clichês, dupla-face e, claro, das máquinas. “As impressoras se adequaram às necessidades do mercado, como qualidade, tiragens menores, menor índice de perda, trocas rápidas, com destaque para o sistema gearless sem engrenagens, e o sistema de camisas, tanto para os rolos anilox como para os porta-clichês, além de maior estabilidade e sistemas que permitem um melhor monitoramento durante a impressão”. Para Wilson Paduan são comuns os equipamentos que ajustam registro, pressão de entintagem e impressão sozinhos, com menos de 500 ou 300 metros de material. “Novas evoluções nos sistemas de gravação contí nuos deixarão o registro mais preciso, permitindo, em última instância, até mesmo a redução do número de cores”. De fato, a modernização nas últimas três décadas foi a grande responsável pelo ganho de mercado para a flexografia. “Este incremento pode ser notado nos supermercados, com a maior presença de embalagens flexíveis, caixas de cartão, cartão corrugado e rótulos em geral”, aponta Kátia Dalama. “O perfeito sincronismo entre aspectos mecânicos e elétricos de movimento otimizam a operacionalização das máquinas, diminuindo desperdícios, tempo de acerto e memória de parâmetros de cada trabalho, levando ao aumento da qualidade na reprodução de trabalhos”. A gerente da Rotatek Brasil classifica a tecnologia de servo-acionamento e comando numérico como responsáveis pelos avanços na produção flexográfica, permitindo fazer várias operações em linha com rapidez e precisão de registro. “Com as máquinas sendo controladas por tecnologia de microprocessamento (CPU) e comunicação através do bus do sistema integrado de sincronismo a possibilidade de combinação de processos e acabamento em linha são infinitas”.
Máquinas: evolução e flexibilidade
Toque final
As mais recentes evoluções na técnica de f lexografia cont ribuíram para que o sistema passasse a ser empregado por áreas em que ele antes não oferecia qualidade. “O aprimoramento prop orc ionou a acei tação da tecnologia como uma alternativa competitiva, tanto na qualidade, quanto no custo”, diz Meire Melo. Ela cita a evolução da pré-impressão, das tintas, facas, anilox,
Em termos de acabamento, Ana Carolina enumera as novas possibilidades de aplicações, como o cold foil, o hot stamping e a serigrafia rotativa. “São recursos que permitem ao client e final obter um rótulo atraente, com excelente qualidade e custo competitivo”. A tecnologia de aut om aç ão contribui para as impressoras flexográficas modulares SETEMBRO/OUTUBRO 2010 REVISTA ABIGR AF
29