Revista Abigraf 249

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investimentos concentrados em seu aprimoramento. “O surgimento de novas tec­no­ lo­g ias de cura por ra­dia­ção, tanto UV como EB dará uma con­tri­bui­ção tão grande quanto à que a pré-​­impressão e a impressão têm dado para o desenvolvimento da flexo”, opina Rui Santos. Além das grandes vantagens de imprimir sobre uma ampla gama de substratos, desde ásperos e grossos até sua­ves e lisos, Ana Carolina, da Avery Dennison destaca como vantagem na flexografia as tintas líquidas, que têm rápida secagem, podendo usar substratos não absorventes. Também na flexografia existe preo­cu­pa­ ção em desenvolver insumos ecologicamente corretos, mas este ain­da é um desafio a ser superado neste ramo. “Precisamos fortalecer a cultura e obter novas leis em busca do incentivo ao uso da impressão à base de água ou que não cau­se tanto dano ao meio am­bien­te”, ressalta Ana Carolina. Mas já estão dis­po­ní­veis inovações como as tintas e vernizes cu­rá­veis, 100% sólidas, isentas de VOC (Composto Orgânico Volátil), com cura instantânea e redução significativa nas pro­prie­da­des de migração e chei­ro. “Hoje existem tintas adequadas a cada substrato, com resistência específica para as exi­gên­ cias de aplicação, além de serem ecologicamente corretas”, diz Kátia Dalama, gerente administrativa da Rotatek Brasil. Nesse sentido, Rui Santos destaca o desenvolvimento do sistema de processamento de chapas térmicas sem a utilização de solventes, CyrelFast. O resultado, segundo ele, é a redução na emissão de gases cau­sa­do­res do efei­to estufa e no consumo de energia. A chapa oferece ain­da uma alternativa ágil, limpa e econômica na gravação de clichês. “Há uma ampla va­rie­da­de de aplicações para impressão de embalagens, in­cluin­do os segmentos de rótulos, etiquetas, embalagens fle­xí­veis e papel”, conclui.

clichês, dupla-​­face e, claro, das máquinas. “As impressoras se adequaram às necessidades do mercado, como qualidade, tiragens menores, menor índice de perda, trocas rápidas, com destaque para o sistema gear­less sem engrenagens, e o sistema de camisas, tanto para os rolos anilox como para os porta-​­clichês, além de ­maior estabilidade e sistemas que permitem um melhor monitoramento durante a impressão”. Para Wilson Pa­duan são comuns os equipamentos que ajustam registro, pressão de entintagem e impressão sozinhos, com menos de 500 ou 300 metros de ma­te­rial. “Novas evoluções nos sistemas de gravação con­tí­ nuos dei­xa­rão o registro mais preciso, permitindo, em última instância, até mesmo a redução do número de cores”. De fato, a modernização nas últimas três décadas foi a grande responsável pelo ganho de mercado para a flexografia. “Este incremento pode ser notado nos supermercados, com a ­maior presença de embalagens fle­xí­veis, cai­xas de cartão, cartão corrugado e rótulos em geral”, aponta Kátia Dalama. “O per­fei­to sincronismo entre aspectos mecânicos e elétricos de movimento otimizam a ope­ra­cio­na­li­za­ção das máquinas, di­mi­nuin­do des­per­dí­cios, tempo de acerto e memória de parâmetros de cada trabalho, levando ao au­men­to da qualidade na reprodução de trabalhos”. A gerente da Rotatek Brasil classifica a tecnologia de servo-​­acio­na­men­to e comando numérico como res­pon­sá­veis pelos avanços na produção flexográfica, permitindo fazer vá­rias operações em linha com rapidez e precisão de registro. “Com as máquinas sendo controladas por tecnologia de microprocessamento (CPU) e comunicação através do bus do sistema integrado de sincronismo a possibilidade de combinação de processos e acabamento em linha são infinitas”.

Máquinas: evolução e flexibilidade

Toque final

As mais recentes evoluções na técnica de f lexografia con­t ri­buí­ram para que o sistema passasse a ser empregado por ­­áreas em que ele antes não oferecia qualidade. “O aprimoramento pro­p or­c io­nou a acei­ ta­ção da tecnologia como uma alternativa competitiva, tanto na qualidade, quanto no custo”, diz Mei­re Melo. Ela cita a evolução da pré-​­impressão, das tintas, facas, anilox,

Em termos de acabamento, Ana Carolina enumera as novas possibilidades de aplicações, como o cold foil, o hot stamping e a serigrafia rotativa. “São recursos que permitem ao clien­t e final obter um rótulo atraen­te, com excelente qualidade e custo competitivo”. A tecnologia de au­t o­m a­ç ão contribui para as impressoras flexográficas modulares SETEMBRO/OUTUBRO 2010  REVISTA ABIGR AF

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