Revista Abigraf 247

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O P I N I Ã O

­r Roberto Carlos Mo­rei

a

Presidente da Abigraf Maranhão

Presentes no futuro da indústria gráfica maranhense ouco mais de seis meses após sua reativação, a Abigraf Regional Maranhão continua conduzindo sua proposta de levar o desenvolvimento da indústria gráfica local para o interior do Estado. Nomeado presidente da entidade no Maranhão, assumi a responsabilidade de reorganizar esta representante da Abigraf Nacional. Em minha tarefa, percebo e reafirmo que não há dúvidas de que o apoio empresarial torna‑se imprescindível para o bom desempenho das ações que pretendemos implementar. A prova está no fato de que, logo ao reativarmos a Abigraf‑MA, 30 empresas, entre elas três jornais, associaram‑se à entidade, apoiando a iniciativa de buscar o fortalecimento do setor gráfico na região. Neste cenário, os dados apresentados no Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil, lançado em 2009 e realizado pelo Sebrae Nacional em parceria com a Abigraf Nacional, evidenciam a trajetória positiva do setor no Estado. A pesquisa aponta aumento de quase 15%, de 2005 para 2007, no número de gráficas, chegando a 176 unidades. É claro que ainda estamos distantes de estados como Bahia, Pernambuco e Ceará, que concentram o maior número de empresas da Região Nordeste. Porém, tal expansão é um resultado bastante expressivo. O aumento de postos de trabalho, mesmo em um ano de instabilidade econômica, é mais um item a ser mencionado. Em 2008, foi constatada a presença de 1.525 funcionários, contra 1.347 em 2006. As vagas correspondem a quase 6% do total da mão de obra empregada na indústria gráfica nordestina. 50 REVISTA ABIGR AF  MAIO/JUNHO 2010

Os números referentes ao faturamento de nosso parque gráfico também são animadores. Na comparação 2006‑2008 houve crescimento em torno de 39%. Além disso, as vendas mantiveram‑se elevadas. O Estado registrou aproximadamente R$ 20,7 milhões em 2008, contra R$ 14,9 milhões em 2006 — um montante de negócios que denota a captação de um volume de serviços de maior valor agregado. Em matéria de renovação do parque de máquinas, nossa região apresentou dados auspiciosos. De acordo com o estudo do Sebrae/Abigraf, o Nordeste registrou o segundo maior crescimento relativo dos investimentos realizados nos parques gráficos, com incremento de 317% de 2006 a 2008. As informações apontam para um segmento em plena expansão. Por esse motivo torna‑se essencial a presença de uma entidade de classe que possa representar os interesses do setor e, junto às empresas, buscar soluções para que esse desenvolvimento permaneça nos próximos anos. Acreditamos que este é um novo momento e, para acompanhar este movimento, estamos preparando um cadastramento das indústrias gráficas de todo o Estado. Porém, temos plena consciência de que tal ampliação das atividades maranhenses depende não somente da estrutura das empresas, mas de mão de obra qualificada. Nesse sentido, como já ocorre nas demais Abigrafs regionais, estamos organizando cursos e palestras para capacitação profissional, em especial na área de gestão. Com metas de atingir o mínimo de 100 filiados até dezembro deste ano, uma das missões da entidade que vem recebendo nosso total empenho por sua extrema importância é o combate à concorrência de empresas ilegais, que de forma desleal prejudicam a atuação daquelas que cumprem com as obrigações fiscais, bloqueando o seu crescimento produtivo. Todas estas ações da Abigraf Regional Maranhão, atreladas ao fundamental apoio das indústrias gráficas locais, irão culminar em um desenvolvimento ainda maior para o setor no Estado, deixando‑nos mais confiantes em relação aos números a serem apurados no próximo Estudo Setorial da Indústria Gráfica no Brasil. grafica@aquarela.ind.br


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