Revista Vetores & Pragas - Edição 60

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16 MARÇO Online RESPONSABILIDADE TÉCNICA 28 ABRIL Presencial MANEJO INTEGRADO DE CUPIM 25 MAIO Online MANEJO E CONTROLE DE CARRAPATO E PULGA 23 JUNHO Presencial LIMPEZA DE RESERVATÓRIOS 20 JULHO Online MANEJO E CONTROLE DE ROEDORES 24 AGOSTO Presencial FORMAÇÃO DE OPERADORES 14 SETEMBRO Presencial MANEJO INTEGRADO DE MOSQUITO 27 OUTUBRO Online PRECIFICAÇÃO E CAPACIDADE TÉCNICA PARA VENDAS 23 NOVEMBRO Presencial FORMAÇÃO DE SUPERVISOR 16 DEZEMBRO Presencial ENCONTRO DE EMPRESÁRIOS Patrocínio PatrocínioPatrocínioPatrocínio

RODRIGO NOGUEIRA ALVES CARNEIRO Biólogo

ROBERTA TAVARES ARRAES Diretora Técnica da ABCVP

Vetores&Pragas é uma publicação quadrimestral da Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas - ABCVP Av. Pastor Matrin Luther King Jr, 126 Torre 3000 - 14º andar - sala 1.504 Office Nova América - Del Castilho - RJ Tels.: (21) 5577-6433 / 3435-2477 abcvp@abcvp.com.br / www.abcvp.com.br

Editora e Jornalista Responsável RAFAELA CASCARDO - Reg. Prof. 0040661/RJ

DIRETORIA CLAUDIO MELLO Presidente da ABCVP

A Associação Brasileira de Controle de Vetores e Pragas deixa também o convite para os cursos e eventos a serem realizados nos próximos meses. Uma grande oportunidade de atualização dos profissionais do nosso setor sobre temas importantes, como o manejo integrado de mosquito, curso previsto para setembro. O calendário completo pode ser conferido na página anterior.

VALDIR VIANA Vice-presidente da ABCVP

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Aumento do lixo doméstico durante a pandemia

UIARA CAROMANO TREVISO Bióloga e Membro da Comissão Técnica da ABCVP

CLÁUDIO MAURÍCIO VIEIRA DE SOUZA Aracnologista - Laboratório de Artrópodos, Instituto de Biociências da USP e Consultor

A forma de consumo sofreu alterações que ainda permanecem, como o aumento de pedidos de refeições via delivery e de compras feitas pela internet. Esse comportamento causou grandes impactos, como a geração de mais lixo e, consequentemente, novos desafios para o controle de pragas.

Comercialização / Publicidade

* Toda a referência bibliográfica dos artigos da revista pode ser consultada através da ABCVP

Tiragem: 1000 exemplares

EXPEDIENTE 04 07 12 27 34

MÁRIO CARLOS DE FILIPI Zootecnista, especialista em Entomologia Urbana

A diretoria

Bicentenário de Fritz Muller

Todos juntos contra o Aedes

Nesta edição de Vetores & Pragas as perguntas cruciais que devem ser respondidas são: como nós, como sociedade, podemos diminuir a produção de lixo com o novo estilo de vida que se impõe neste momento “pós-pandemia”? E qual o nosso dever, como entidades responsáveis pelo controle de pragas, nesta nova realidade?

CONSELHO EDITORIAL ROBERTA TAVARES ARRAES Diretora Técnica da ABCVP

JAIR ROSA DUARTE (In Memorian)

Vetores&Pragas Online www.abcvp.com.br/revistasonline.html

A edição traz ainda uma homenagem pelo bicentenário do naturalista alemão Fritz Müller, que tanto contribuiu para o conhecimento da fauna, flora e minérios do Brasil. É um resumo imperdível de uma história inspiradora.

MARCELO CUNHA FREITAS Biólogo, especialista no controle de Vetores e Pragas e Membro da Comissão Técnica da ABCVP

ABCVP

Tels.: (21) 2577-6433 e (21) abcvp@abcvp.com.br3435-2477

Falcoaria e o controle das pragas seu precisanegóciodoInstagram

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Além disso, após a explosão no número de casos da dengue no Brasil, Vetores & Pragas traz a lembrança da importância dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti mesmo durante o período mais frio do ano. É justamente nessa época, quando caem as temperaturas, que as medidas de controle podem ser mais eficazes, já que o ciclo reprodutivo do mosquito fica mais lento e, dessa forma, as ações voltadas para o combate terão um impacto maior.

VIDA “PÓS-PANDEMIA”?

Mesmo após o arrefecimento da pandemia de covid-19 no Brasil, alguns hábitos que foram estabelecidos durante o período mais severo de isolamento social devem ser mantidos pelos brasileiros, pelo menos durante algum tempo.

SUMÁRIO

Assinatura: Telefone para (21) 2577-6433 / (21) 3435-2477 ou envie e-mail para abcvp@abcvp.com.br

CONSELHO CONSULTIVO ANA EUGÊNIA DE CARVALHO CAMPOS Bióloga - Doutora em Zoologia e Assessora da Presidência do Instituto Biólogo - SP

EVANDRO BASTOS JUNIOR Diretor Financeiro da ABCVP

© Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores. Para entrar em contato com algum deles envie um e-mail para a ABCVP. É vedada a reprodução dos artigos e reportagens, em quaisquer meios, sem autorização prévia da Associação e, mesmo quando autorizada, será obrigatória a citação da fonte.

4 ESPAÇO JAIR ROSA DUARTE

Neste ano de 2022 comemora-se o bicentenário de nascimento do naturalista Fritz Müller (18221897), que coincide com o da Independência do Brasil. Nascido na Alemanha e naturalizado brasileiro, ele é o cupinólogo pioneiro em nosso país.

A nova teoria não foi universalmente aceita, e suscitou debates acalorados, tanto no meio científico acadêmico, como entre a população leiga, especialmente envolvendo religiosos que aceitavam como “verdade” unicamente as frases literais dos livros sagrados. No meio científico, as “provas” da evolução das espécies, apresentadas originalmente no livro de Darwin, receberam o reforço especulativo de vários naturalistas, que debatiam essas ideias no campo teórico, enquanto muitos se mostravam reticentes ou mesmo contrários à evolução.

Um pequeno reforço a teoria evolutiva veio em 1862, com a descrição do mimetismo de algumas borboletas (espécies palatáveis, quando miméticas às espécies impalatáveis – ou seja, de gosto ruim, eram menos predadas por aves), pelo naturalista inglês Henry Walter Bates (1825-1892), a partir de

O naturalista foi para Santa Catarina em 1852, e se estabeleceu com a esposa e uma filha na colônia fundada em 1850 por Hermann Blumenau, atual cidade de Blumenau. Era um tempo de progresso no país, sob o reinado de D. Pedro II, filho dos primeiros imperadores, amante das ciências e das artes e respeitado por cientistas de diversas áreas, em todo o mundo.

Por Luiz Roberto Fontes

Nessa época, a Biologia não existia como um ramo autônomo da ciência e os candidatos a naturalistas se graduavam em Filosofia, que integrava as disciplinas de História Natural, ou eram formados, geralmente, em Medicina. Fritz Müller tinha as duas formações, com os títulos de doutor em Filosofia (1844) e de médico (1849), obtidos nas universidades de Berlim e de Greifswald, respectivamente.

Bicentenário de nascimento do naturalista Fritz Müller

Na segunda metade do século XIX, a Teoria Evolutiva de Charles Darwin (1809-1882), divulgada em 1859 no livro A origem das espécies, mostrou-se o mecanismo unificador para explicar a diversidade de vida no planeta: que as espécies se transformam ao longo do tempo mediante a aquisição de pequenas alterações que se tornam permanentes nas próximas gerações e com o passar do tempo também podem se transformar, e que o mecanismo condutor desse processo é a seleção natural, ou seja, em uma dada população, os mais adaptados têm maior chance de sobreviver e reproduzir, gerando descendes férteis com as mesmas características adaptativas.

“Odeio toda duplicidade que traz uma verdade nos lábios e outra no coração.”

Fritz Müller em 1865, professor do Liceu Provincial, em Desterro. Foto feita a pedido de Charles Darwin e a ele enviada.

É o que havia a relatar sobre o Príncipe dos Observadores.

“Sempre que tiver de falar, hei de falar a verdade.”

O livro de Fritz Müller, Für Darwin, foi publicado em Leipzig em 1864, no contexto dos debates contrários ou favoráveis a essa nova e ainda pouco compreendida proposição científica. Nele se apresenta um conjunto pioneiro de comprovações factuais da teoria evolutiva, obtido mediante estudos da Ecologia, Fisiologia, Morfologia, Ontogenia e Embriologia dos crustáceos de Santa Catarina.

Luiz Roberto Fontes é biólogo (entomólogo) e consultor.

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observações realizadas na Amazônia brasileira, durante excursão de exploração científica com duração de 11 anos, empreendida de 1848 a 1859.

No mesmo ano de 1864 surgiram duas obras contrárias à nova teoria, o livro do francês Pierre Flourens, exame do livro do Sr. Darwin, e o artigo científico do suíço Rudolf Albert von Kölliker, “Sobre a teoria evolutiva de Darwin”. Porém, prevaleceu o sólido conjunto de comprovações biológicas apresentadas por Fritz Müller. Seu livro logo foi traduzido para o russo (1865), o inglês (1869) e o francês (1882/83), e mais tarde para o português (1907/08, 1990 e 2009) e o espanhol (1996, 2021).

Fritz solicitou ao amigo Max que enviasse um exemplar do livro a Charles Darwin. Em 1865, teve início a troca de cartas entre os dois naturalistas, que perdurou por 17 anos (1865-1882), até a morte de Darwin. Sem jamais se conhecerem pessoalmente, eles se tornaram amigos e o relacionamento foi um deleite para ambos. Eles compartilharam muita informação científica e confidenciaram alguns assuntos pessoais.

Um defensor da liberdade de pensamento, Fritz Müller também se posicionou pelo respeito ao próximo e contra o plágio das descobertas e da produção alheia, reprisando a frase do naturalista dinamarquês Otto Friedrich Müller (1730-1784): “Aliás, o que exponho, sem jurar nas palavras de ninguém, e sem compilar as descobertas de outrem, é o que eu mesmo investiguei, achei e observei por diversas vezes e em diverso tempo.”

“Assim como o corpo respira livremente, também livremente deve pensar o espírito.”

É memorável que Fritz Müller, com uma produção científica de 270 artigos e uma tese de doutorado, seja um dos naturalistas que muito contribuiu para consolidar a Biologia como um domínio na Ciência. Nesse tema, interessa menos o número de artigos publicados, e sim a profundidade da obra realizada na fronteira do conhecimento, trazendo fatos novos e interpretações acuradas. É claro que inúmeros naturalistas da época também patrocinaram o advento dessa especialidade, e Fritz Müller se correspondeu e colaborou com muitos deles, estabelecendo uma autêntica rede de pesquisa científica, que elevou o nome do Brasil e, em particular, o de Santa Catarina, no mundo da ciência.

Em 1861, Fritz Müller atuava como professor de Ciências e Matemática no Liceu Provincial, na capital Desterro (atual Florianópolis), e recebeu do amigo e professor na Universidade de Bonn, Max Schultze, um exemplar da tradução alemã do livro de Darwin, publicada no ano anterior. Ele se empolgou com a nova teoria e, como vinha realizando estudos sobre o desenvolvimento larval dos crustáceos e outros animais marinhos, decidiu colocá-la à prova, com esse grupo zoológico. Isso o levaria a refutá-la em definitivo, diante de conclusões irreconciliáveis ou contraditórias, ou a comprová-la, o que efetivamente ocorreu, ao demonstrar de maneira abrangente que os vários grupos taxonômicos de crustáceos se separaram uns dos outros e da forma ancestral comum a todos eles, no decorrer dos tempos, adquirindo gradualmente as peculiaridades que os caracterizam atualmente.

A APRAV (Associação Paranaense dos Controladores de Pragas e Vetores) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1998, representante do setor de Controle de Vetores e Pragas Urbanas no estado do Paraná. Atualmente temos no nosso quadro associativo 23 empresas ligadas ao segmento, entre controladores de pragas e distribuidores. Nesses 24 anos de atuação, realizamos diversos cursos, eventos e ações junto aos órgãos reguladores/governo do estado, podendo destacar alguns nos últimos anos como:

• Primeiro estado do Brasil a ter o reconhecimento da nossa ativi-

Palestra realizada na APRAV, por Mauro Fernando Honjo.

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No ano de 2022 estamos realizando parcerias para a realização de treinamentos presenciais para qualificação das empresas e profissionais, sendo programados cursos a partir de junho de 2022 em diversas regiões do estado, como Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá. Os mesmos estarão sendo divulgados no site da entidade e em veículos de comunicação do segmento.

Convidamos todas as empresas e distribuidores do estado do Paraná a participarem da associação para que juntos possamos fortalecer o nosso segmento e crescermos como entidade para melhor representar e defender as demandas atuais e futuras da nossa atividade.

• Legislação estadual mais atual do segmento no país (RDC SESA/PR 374/2015)

• Participação na Semana do Legislativo, em 2019, no qual fizemos um contato com 80% dos deputados e senadores do estado do Paraná para defender as demandas do segmento que estão em trâmite no Legislativo, especificamente o Marco Regulatório e Simples Nacional

-dade como essencial no início da pandemia de covid-19, podendo exercer a prestação de serviços durante todo o período de restrição de locomoção (março/2020)

• Realização junto com as associações do Sul do país (APRAV, ACPRAG e FEPRAG/RS) do evento SULPRAG (Congresso Sul Brasileiro de Atualização Tecnológica em Controle de Pragas e Vetores), sendo o mesmo realizado a cada dois anos alternadamente entre os estados do Sul, desde o ano de 2001, considerado um dos mais importantes do segmento, alcançando um público recorde de mais de 850 pessoas na edição organizada no estado do Paraná em 2017.

Com a palavra

Mauro Fernando Honjo, presidente da APRAV

As ações educativas foram amplamente discutidas com os professores, alunos e pais. O objetivo

Metodologia

Por Lúcia Antônia Taveira; Cássia Aparecida Jorge D’Antônio; Irma de Jesus Galego Lázaro; Joana D’Arc Alves Silva de Aguiar; Maria das Dores Gonçalves Viana; Fábio Henrique Di Felippo; Flávia Denise Cardinale Mendes da Cunha; Luiz Roberto Fontes

O projeto envolveu alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio da rede estadual. Os professores de Biologia, Ciências, Artes, Matemática e os coordenadores pedagógicos foram capacitados sobre Dengue, Febre Chikungunya e Febre Zika para multiplicar as informações em sala de aula e estimular a participação dos alunos. Para isso, na Diretoria de Ensino, um professor de cada escola participou de duas palestras de esclarecimentos sobre o vetor e as doenças, e de uma reunião técnica sobre as atividades a serem desenvolvidas no primeiro semestre com os alunos. Esses professores receberam materiais didáticos (digitalizados em CD) e, depois, reproduziram as palestras e orientações aos demais professores, coordenadores e outros funcionários de suas unidades escolares. Eles também receberam Folhetos Educativos com “check-list” de criadouros (Figura 1), para serem distribuídos aos alunos.

Todos juntos contra o Aedes: concurso de cartazes

Em Ribeirão Preto ocorre a transmissão do vírus da Dengue desde 1990, com circulação dos sorotipos 1, 2, 3 e 4. Elevado número de pessoas contraiu a doença e há casos que evoluíram com complicações e óbitos. Em 2014 houve a introdução das febres Chikungunya e Zika no país, que se espalharam por quase todos os Estados, transmitidas pelo mesmo vetor que há mais de 30 anos tentamos controlar sem sucesso, o mosquito Aedes aegypti. A Organização Mundial da Saúde e muitos cientistas se dedicam continuamente à pesquisa de vacinas e novas formas de controle do mosquito. Ao mesmo tempo, autoridades municipais realizam ações contra o mosquito, visando mudanças de comportamento na população, que estimulem reduzir o número de criadouros e a prevenção da doença.

Na trilha das atividades educativas, cujo conhecimento é necessário aos profissionais de controle de pragas, por serem partícipes na ação de agentes de saúde pública e difusores de conhecimento, trazemos um projeto de grande impacto, que foi idealizado para o município de Ribeirão Preto, em São Paulo, porém estimulou outros treze municípios nas mesmas tarefas, com sucesso.

principal foi obter mudanças de comportamento dos alunos, relacionadas ao meio ambiente e incentivando a adoção de novos hábitos e valores: não jogar lixo em vias públicas, parques, estradas, rios e escolas. Eles também se tornam multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, que levam para os seus lares e comunidade.

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O projeto de cartazes capacitou os professores para atuarem como multiplicadores de informação nas salas de aula, buscando alternativas para envolver e estimular os alunos a participarem ativamente das atividades propostas e a adotarem como rotina as medidas de controle no ambiente escolar e fora dele.

Os folhetos com os “check-list” preenchidos retornaram para a sala de aula, onde os dados foram tabulados com a ajuda do professor de Matemática. Com os resultados, a classe realizou um debate sobre os criadouros predominantes e as medidas de controle.

O próximo passo efetivou a mobilização “Todos Juntos Contra o Aedes”, que gerou palestras aos alunos realizadas pelos professores. Os estudantes realizaram ações de eliminação de focos do mosquito nas escolas e passeata com entrega de folhetos educativos para a população.

Foram treinados diretamente 84 professores de 14 municípios da região, ligados à Diretoria de Ensino da Região de Ribeirão Preto. O projeto envolveu 82 escolas estaduais e 48.707 alunos da região.Osprofessores trabalharam exaustivamente e repassaram para os alunos a importância do tra-

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Após a exposição teórica e a discussão prática, os alunos foram orientados a elaborar cartazes com o apoio do professor de Educação Artística (Figura 2). Os dois melhores cartazes de cada escola (um do Ensino Fundamental e um do Ensino Médio) foram selecionados e encaminhados para a comissão julgadora, que os avaliou conforme a criatividade, a originalidade e a mensagem transmitida.

Foram avaliados 58 cartazes e seis finalistas foram premiados. As artes abaixo (Figuras 3-5) foram reproduzidas em gráfica e divulgadas como cartazes oficiais dos municípios de Ribeirão Preto, Serrana, Batatais e Cajuru.

balho coletivo dentro da escola e na comunidade em que vivem, com o objetivo de reduzir ou evitar a transmissão da doença. Os alunos puderam interagir e opinar, provocando muitas discussões e atuaram, também, através de músicas, teatro, paródias, leituras e mural informativo nas escolas.

Resultado

Os seis alunos vencedores de cada município receberam um troféu e uma medalha de honra ao mérito, entregues em uma solenidade pública

Alguns dos cartazes selecionados e divulgados como o ciais.

Luiz Roberto Fontes

Premiação dos alunos ganhadores, no Teatro Municipal de Ribeirão Preto

A cerimônia de premiação mobilizou mais de 500 alunos, professores e familiares, além de autoridades municipais. Os pais demonstraram grande satisfação com as ações, que capacitaram os filhos a realizarem ações concretas em prol da Saúde Pública. O projeto “Todos juntos contra o Aedes”, de baixo custo financeiro, possibilitou colher resultados gratificantes. ai164796662114_ANUNCIO Capsor MEIA PÁGINA.pdf 1 22/03/2022 13:30

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efetivada no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, que contou com a presença de autoridades municipais, familiares, professores, diretores de escolas e de ensino, banda de música e representantes das empresas apoiadoras do projeto (Figura 6).

Lúcia CassiaTaveiraAntôniaAparecidaJorgeD’antônio

Fábio Henrique Di JoanaC.FláviaFelippoDeniseM.daCunhaD’arcAlvesSilvaAguiar

Irma de Jesus Galego Lázaro

MariaGonçalvesdasDores

de uma forma geral e o quanto isso afeta o consumidor. Isso se aplica as outras pragas também.

Cabe ao profissional estudar com um pouco mais de profundidade os assuntos relativos a importância de se eliminar as baratas de nosso ambiente, com foco nos segmentos mais sensíveis, como alimentos e medicamentos.

Por Lucia Schuller

dos consumidores que poderiam resolver eles mesmos os problemas, mas não o fazem e passam a depender inteiramente do controlador de pragas. Mas essas condições que acabamos impondo aos nossos clientes são reais ou elas existem por que não trabalhamos direito ou não fazemos o trabalho como deve ser feito?

Entre 1956 e 1959 essa instituição teve de 20% a 30% de casos de hepatite A. Após a intervenção de controle, os casos foram fortemente reduzidos até chegar a 0% em 1962. Não podemos nos esquecer que nessa época o controle de pragas ainda era uma atividade iniciante com poucos recursos químicos e de equipamentos, porém essa correlação ficou estabelecida em seu estudo.

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É importante motivarmos o nosso cliente a adquirir o nosso serviço. Com certeza ele já teve outras experiências com alguns profissionais que só usam uma única forma de aplicação, geralmente feita nos ralos e rodapés. A razão é simples: o custo do material.

A pesquisa científica aí está para produzir material suficientemente claro que demonstre através de ensaios clínicos ou em campo a importância e a necessidade de se combater as baratas.

O controle de baratas ainda é um grande desafio, apesar de existirem inúmeros produtos para isso. As evidências estão no Google. Quase todos os dias há notícias sobre como eliminar baratas com recursos não ortodoxos, ou seja, sem pesticidas. Cada consumidor que busca soluções caseiras pode ser indicativo de que ainda há muitas falhas por parte das empresas em eliminar as baratas em ambientes domésticos ou vezesnãoqueperiênciaSabemoscomerciais.porex-própriaessaeliminaçãoéfácil,muitasdependedeações

Nós profissionais estabelecidos devemos agregar de forma constante ao nosso trabalho as informações sobre a necessidade de controle de baratas

Um importante precursor desse estudo foi Tarshis IB (1962) que relacionou a presença de baratas com os casos de hepatite A que ocorreram em um abrigo nomeado Carmelitos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e sugeriu que existiu uma correlação entre os muitos casos de hepatite A e a falta de controle de baratas.

Controle de baratas: ainda um desafio para os profissionais

Baratas e restos de comida.

Os pesquisadores Ash e Greenberg (1980) são autores de um trabalho experimental em que as baratas da espécie Periplaneta americana foram imobilizadas e alimentadas por dias com cepas de Salmonella enteritidis, microrganismo muito importante e presente em intoxicações alimentares. Eles pesquisaram as fezes dessas baratas pela presença do microrganismo. Os resultados evidenciaram que existe o trânsito entérico desses organismos nas no aparelho digestivo das baratas, mas não há multiplicação dentro do seu sistema. De qualquer forma, a mera recuperação de S. enteritidis nas fezes dos insetos já é um fator extremamente preocupante quando falamos da importância do controle do trânsito dessas baratas no ambiente onde está o alimento humano em qualquer forma.

nos ao ambiente e as pessoas que ali vivem, que podem contaminar alimentos, medicamentos... é necessário um estudo mais aprofundado que ofereça informações calcadas na ciência a serem fornecidas ao nosso cliente. A melhor estratégia nesse caso é oferecer aos nossos clientes cursos informativos que fortalecem esse compromisso.

O conhecimento técnico que redunda na obtenção de bons resultados é fundamental para as empresas de controle de pragas hoje. Seus dirigentes e colaboradores precisam se instruir no ramo cada vez mais, não somente ouvindo, mas também pesquisando, visitando os bancos digitais científicos onde pode ser encontrada uma grande variedade de informações que podem dar cada vez mais credibilidade na relação empresa x cliente.

A associação de baratas com áreas de esgoto com fezes sugere como plausível o seu papel na transmissão dessa doença e o estudo de Tarshis, mesmo não sendo experimental, oferece evidências que embasam essa teoria.

Assim, não basta dizer somente que as baratas são insetos perigosos que podem trazer sérios da-

Lucia Schuller Formada em Ciências Biológicas pela Universidade Metodista e mestre pela Faculdade de Saúde Pública

Causas

Despejo de lixo doméstico.

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Com o isolamento social, a vida doméstica passou a ser a forma quase que única de convivência familiar e, com isto, o desejo de exacerbação por melhores momentos de lazer em casa. Consequência: aumento considerável do lixo orgânico residencial. Consequência da consequência: aumento da possibilidade de infestação por pragas sinantrópicas.

Se nós pensarmos na quantidade de resíduos domésticos produzida pela população no âmbito re-

Lixo e pandemia

Ao falarmos de lixo, associamos de forma imediata a problemas de contaminação, microorganismos e pragas domésticas, urbanas ou sinantrópicas. Por ser muito atrativo, inicialmente pelo odor, o lixo orgânico é muito frequentado por baratas, moscas, ratos e formigas. Não cuidar do lixo significa possibilitar a presença destes animais indoor e outdoor, em áreas até mesmo a certa distância, pois estas pragas têm um poder de dispersão muito amplo.

sidencial, possivelmente, teremos um susto. Sabe-se que, em média, cada pessoa produz 1kg de lixo por dia. Esse número ficou ainda maior durante a pandemia do novo coronavírus, segundo a Associação de Limpeza Pública e de Resíduos Especiais.

Por Lucy Figueiredo

DESDOBRAMENTOS E IMPACTOS NA INFESTAÇÃO DE PRAGAS

AUMENTO DO LIXO DOMÉSTICO DURANTE A PANDEMIA:

As principais pragas associadas ao lixo orgânico residencial são:

Vale lembrar que todas são associadas a microrganismos patogênicos, podendo ser transmissoras de doenças. São problemas de saúde pública, estão relacionados à contaminação ambiental e alimentar. Necessita controle, pois infestam hospitais, indústrias de alimentos, restaurantes e todo tipo de ambiente.

Pragas urbanas são animais sinantrópicos. Isto quer dizer que pragas urbanas vivem às expensas do que o homem lhes oferece, como abrigo, alimento, água e acesso. Isto é o que chamamos de 4 A’s, ou seja, as premissas que facilitam a atração e consequente infestação por pragas.

varejeira ou da carne (Sarcophaga sp), maior que a doméstica; a mosca verde metálica (Chrysomyia sp), comum em feiras e peixarias mal cuidadas.

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As principais espécies sinantrópicas são a mosca doméstica (Musca domestica), prevalente; a mosca

Associadas a qualquer resto alimentar como um simples farelo ou a uma quantidade maior de alimento, aparecem sorrateiramente.  A pandemia, certamente, aumentou sua ocorrência nas residências, embora sua recorrência já venha sendo registrada com frequência. As principais espécies são as chamadas de doceiras, como a formiga fantasma (Tapinoma sp) e a formiga louca (Paratrechina sp).

Ratos e camundongos causam muito medo.  O lixo orgânico é muito grave quando associamos à infestação por estas pragas. Neste grupo temos a ratazana (Rattus norvegicus), o rato de forro (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus). A ratazana e o rato de forro ou de telhado podem invadir residências, migrando de áreas externas. Camundongo é essencialmente doméstico. A invasão a domicílios foi perceptível em momentos de pandemia.

Moscas são insetos voadores, com ampla dispersão auxiliada pelo vôo. Têm órgãos olfativos bem desenvolvidos e percebem a longa distância odores como o de putrefação do lixo orgânico ou de peixes e crustáceos manipulados em cozinhas. No caso do lixo doméstico, se for devidamente mantido com tampa e descartado a tempo certo, não chega a ser um problema para atração de moscas. Em época de pandemia, apesar do aumento do lixo doméstico, estes cuidados evitaram uma exacerbação na infestação por moscas, embora possa ter ocorrido pontualmente.

DesdobramentosMoscaseimpactos

Moscas em pedaço de carne descartado no lixo.

Moscas - com 3 espécies principais Baratas - com 3 espécies principais Formigas - com 2 espécies principais Roedores - com 3 espécies principais

FormigasRoedores

Assistência compartilhada é a meta.

Lucy Figueiredo é bióloga formada pela UFRJEspécies de barata.

Baratas

Como combater o problema

Foi muito acertado reconhecer o serviço de controle de pragas como atividade essencial, regulamentada pela Anvisa, tendo como finalidade garantir a segurança e qualidade dos ambientes, tanto nos processos industriais, empresariais, residenciais e outros. De frente, tivemos a FEPRAG atuante quanto a esta reivindicação, com o reconhecimento do Ministério da Saúde e da Presidência da República. Ao lado disto, a atividade de Sanitização ganhou espaço como fundamental no processo de saúde do ambiente.

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O isolamento social mudou a dinâmica da população e as baratas foram as pragas que mais se valeram destas premissas. Crianças em casa, farelos de alimentos, refeições mais frequentes e as baratas mostrando a sua versatilidade comportamental e aproveitando-se de tudo isto.

Dedetização em ambientes internos.

As principais espécies são a barata de esgoto (Periplaneta americana) e a barata de cozinha (Blattella germânica). Uma terceira espécie tem surgido com alguma frequência, a barata xadrez (Suppella sp).

Ah... as baratas... tão próximas do homem. E consideradas animais repulsivos. Elas são sobreviventes a catástrofes e presentes em todo tipo de ambiente. Utilizam a estrutura arquitetônica de forma “inteligente” e proliferam de forma acelerada, inicialmente, imperceptível (porque se escondem).

O Gerenciamento Ambiental de Pragas vem ganhando força e sendo melhor entendido, como uma união de forças, onde o consumidor tem seu papel bem definido na melhoria do ambiente, implementando medidas preventivas e curativas, junto ao prestador de serviço atuando com o controle químico racional e sustentável.

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Eficiência para você, satisfação para os seus clientes.

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Entre as bactérias encontradas nos corpos dos insetos estavam a Yersiniapestis, causadora da peste bubônica, a Helicobacterpylori, associada ao surgimento de gastrite, úlcera e câncer de estômago, e diversas espécies que podem provocar gastroenterite, pneumonia e infecções urinárias.

Podemos reconhecer as moscas pela cabeça, nitidamente distinta e móvel, com dois grandes olhos facetados, isto é, como se fossem divididos em várias partes (facetas). Algumas moscas possuem o aparelho bucal com capacidade para absorver líquidos enquanto ou-

Agência FAPESP – Cerca de 30% dos microrganismos encontrados em moscas varejeiras são capazes de causar doenças em seres humanos, revelou um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Penn State University, dos Estados Unidos, e da Nanyang Technological University, de Cingapura.

Preciso começar pedindo uma licença (nada poética) para incluir as moscas da carne e as moscas varejeiras no mesmo pacote. A missão natural delas é muito parecida, o que torna semelhantes os hábitos alimentares e de proliferação.

tam metamorfose completa (ovo - larva - pupa - adulto). Atualmente, estima-se que existem mais de um milhão de espécies, divididas em 188 famílias e aproximadamente 10.000 gêneros. Por volta de 3.125 espécies são conhecidas apenas por registros fósseis, sendo que o mais antigo data de 225 milhões de anos atrás.

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Por Karina Toledo, de Campinas

Vale ressaltar que embora existam diversas oportunidades de contaminação dos alimentos, também existem técnicas para evitar a maior parte dos casos como as correções estruturais e ações simples de manipulação que incluem lavar as mãos, não deixar alimentos expostos, acondicionar adequadamente na temperatura indicada e seguir todas as orientações dadas pela equipe de segurança dos alimentos.

Moscas

“Todo mundo sabe que moscas são insetos sujos, mas o índice de bactérias patogênicas foi tão alto que camos assustados. É o microbioma mais patogênico já descrito. Vamos iniciar agora alguns experimentos para descobrir se elas apenas transportam os microrganismos ou se podem, de fato, transmitir essas doenças para as pessoas ao pousar na comida, por exemplo”, contou Ana Carolina Martins Junqueira, pesquisadora do Singapore Centre on Environmental Life Sciences Engineering.

As moscas pertencem à Ordem Diptera, possuem apenas um par de asas membranosas correspondentes às asas anteriores, daí o nome da ordem (di=duas, ptera=asas), e apresen-

As moscas pousam descaradamente nos alimentos e botam seus ovos nas fatias de bacon que aguardam pacientemente para entrar no seu sanduíche sem ao menos se limparem em algum dos inúmeros dispensadores de álcool em gel que a pandemia nos ofertou. O problema é que as visitas anteriores podem ter sido nas fezes de algum animal, na lixeira que não foi lavada após o recolhimento do lixo ou mesmo no esgoto que corre a céu aberto na comunidade próxima ao restaurante onde você almoça.

Com o aumento da urbanização e de cadeias de alimentação rápida (restaurantes do tipo “self service” e “fast food”), não é incomum vermos moscas dividindo o espaço com as pessoas durante suas refeições. Além disso, falhas estruturais ou operacionais facilitam ainda mais a proliferação e abrigo destas e de outras diversas pragas.

Por Heloisa H. Kuabara

As moscas varejeiras são dípteros das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae e famosas por aparecerem nos churrascos sem serem convidadas. Por apresentarem o hábito de visitar fontes de matéria orgânica como fezes, lixo doméstico e depois o seu evento, podem transmitir doenças carregando diversos microorganismos na superfície corporal (principalmente nas asas e pernas).

Aproximadamente duas vezes maior

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Essas moscas são comuns em áreas habitadas e particularmente abundantes em abatedouros, plantas de processamento de carne e nas lixeiras. Os ovos são postos na carne fresca ou carcaças, mas também podem ser encontrados em outros materiais em decomposição quando a carne não estiver disponível.

que a mosca doméstica possui o corpo azul ou verde metálicos Preferências Lixo, estrume e carcaças de animais Lixo, estrume e carcaças de animais Ocorrência Comum em lugares quentes Primavera e verão Ciclo de vida 2 a 4 semanas 2 a 4 semanas Controlequímico Residual, espacial e larvicidas Residual, espacial e larvicidas Medidasexclusãode Limpeza e eliminação de pontos de proliferação Limpeza e eliminação de pontos de proliferação Moscas varejeiras / Moscas da carne Sarcophagidae:Calliphoridae:

Moscas de carne são numerosas em áreas urbanas, mas raramente entram em casas ou estabelecimentos de manipulação de alimentos em números significativos. Fêmeas depositam seus ovos em restos de carne e fezes, mas também podem utilizar outros materiais em decomposição.

ImagemCaracterísticas Duas a três vezes maior que a mosca doméstica, possui um o corpo acinzentado com um padrão cinza e preto quadriculado no abdômen

Inseto Mosca da carne (Sarcophagidae) Mosca varejeira (Calliphoridae)

Moscas são muito comuns em áreas rurais e urbanas. No ambiente urbano, algumas espécies adaptaram-se bem às condições criadas pelo homem, enquanto outras não apresentam tolerância ao processo de urbanização. Dentre as altamente sinantrópicas estão a mosca doméstica (Muscadomestica), as moscas-dos-filtros (Telmatoscopusalbipunctatus, Psychodaspp.), as mosquinhas das frutas (Drosophila spp.) e as moscas Chrysomya.

tras possuem o aparelho bucal do tipo sugador.

Moscas como vetores de doenças

Tuberculose:tifoide:

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. A transmissão é direta, de pessoa para pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. O doente expele ao falar, espirrar ou

Disenteria:Micose:

Febre

Doença inflamatória dos olhos, causada por bactéria. O tracoma crônico forma lesões que provocam o atrito da pálpebra com a córnea, podendo ocasionar a cegueira. Tracoma é uma conjuntivite crônica causada por Chlamydiatrachomatis e caracterizada por exacerbações progressivas e remissões. É a principal causa de cegueira evitável no mundo. Sintomas iniciais são hiperemia da conjuntiva, edema palpebral, fotofobia e lacrimejamento.

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Salmonella typhi, que pode levar ao aparecimento de alguns sintomas, como febre alta, falta de apetite, tosse seca, calafrios, aumento do baço e pintinhas vermelhas na pele. A febre tifoide está relacionada com baixos níveis socioeconômicos, principalmente com más condições de saneamento e de higiene pessoal e, por isso, a transmissão dessa doença acontece principalmente por meio do consumo de água e alimentos contaminados.

Relacionadas às larvas da Cochliomyahominivorax (mosca varejeira), Callitrogamacelaria ouespécies do gênero Lucilia, as quais se alimentam de tecidos saudáveis, ou mais raramente de tecidos necrosados da pele ou de mucosas. A miíase pode ser cutânea ou cavitária. Na forma cutânea, as larvas são vistas movimentando-se na superfície da ulceração na pele, em meio à secreção purulenta. Na forma cavitária, as larvas são encontradas em cavidades e orifícios naturais infectados.

Conjuntivite bacteriana:

região genital, levando ao aparecimento de diversos sintomas de acordo com o local de infecção.

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As moscas podem transmitir doenças porque estão em contato constante com materiais em decomposição, como fezes ou sujeira, transportando em suas pernas e asas bactérias capazes de causar doenças.

É uma doença intestinal causada por uma bactéria da família Shigella. Essa bactéria é transmitida pela água, alimentos contaminados ou pelo contato com fezes contaminadas. Esta doença tem maior incidência em países menos desenvolvidos, visto que a transmissão dessa bactéria é facilmente combatida por medidas básicas de higiene. A doença pode ser mais grave em pessoas imunodeprimidas por aumentar a desidratação.

É uma doença causada por fungos que podem acometer a pele, unhas, couro cabeludo, virilha e

Bicheira (miíase):

Pneumonia:

É importante salientar que saneamento básico adequado, bons hábitos de higiene, limpeza e práticas são fundamentais para a obtenção de resultados aceitáveis no manejo das moscas e consequente redução das doenças transmitidas por elas. Não teremos êxito se confiarmos 100% em agentes químicos.

A pneumonia é um tipo de inflamação que afeta os pulmões e que, geralmente, está relacionada a uma infecção. De modo geral, a pneumonia começa com uma simples gripe ou resfriado que não é bem tratado, fazendo com que a imunidade do paciente diminua consideravelmente. A participação de moscas nesse caso se resumem ao transporte dos agentes patogênicos.

Heloisa H. Kuabara é bióloga e especialista em entomologia urbana

Claro que essa lista pode aumentar ou diminuir conforme novas pesquisas são publicadas, mas o que se entende por maior gravidade é a capacidade das moscas de atuar como vetores mecânicos de microrganismos patogênicos.

tossir pequenas gotas de saliva que contém o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o a baixa imunidade também favorece o estabelecimento da doença.

PROBLEMA DO CONDÔMINO OU DO CONDOMÍNIO?

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Cupins não são uma doença da edificação ou da madeira. Eles são componentes do ecossistema, inclusive do ambiente urbano, e as principais espécies pragas são, em sua maioria, espécies exóticas, isto é, não são nativas no local e vêm de outras regiões geográficas, tendo sido introduzidas nas áreas urbanas. Por exemplo, as espécies mais comuns de cupim de madeira seca, Cryptotermes brevis, e de cupim subterrâneo, Coptotermes gestroi (Figura 1), são oriundas, respectivamente, das Antilhas e do sudeste da Ásia. O cupim arborícola, Nasutitermes corniger, é nativo na América do Sul, mas vem ampliando consideravelmente a sua distribuição geográfica, mediante introduções em novos locais, associadas aos reflorestamentos e territórios urbanos. Essas espécies exóticas invasoras proliferam em demasia no meio urbano e causam transtorno, não apenas às edificações, como também aos demais componentes do paisagismo das cidades.

Desde que iniciei na atividade de controle da infestação por cupins, em 1990, um problema recorrente é a discussão, em prédios residenciais, acerca da responsabilidade pelo tratamento da infestação por cupim subterrâneo. A pergunta é: esse é um problema individual do morador ou proprietário do apartamento, ou do condomínio?

Soldados do cupim subterrâneo, Coptotermes gestroi, e marcação fecal feita pelos operários. Foto do autor.

Por Luiz Roberto Fontes

Devido ao desconhecimento técnico acerca do problema, no começo é comum que os moradores de cada unidade busquem resolver a infestação com soluções caseiras (trocar madeiras, borrifar inseticida) e, mais tarde, ao se ampliarem os estragos, providenciem o tratamento de seu apartamento, com uma empresa de sua escolha. Com isso, diferentes modalidades de tratamento são implementadas e as informações dos vários prestadores de serviço nem sempre coincidem, acerca da gravidade, extensão e solução do problema. Decorridos poucos anos, o resultado mais comum e inevitável é que a infestação, em vez de reduzir, tenha se dispersado pelo edifício e o infortúnio, de início em escala individual, passa a assumir ares de tragédia coletiva.

INFESTAÇÃO POR CUPIM SUBTERRÂNEO EM EDIFÍCIO:

“O principal, se não o único, meio de controlar infestações por cupim é entender como o ‘sistema cupim-edificação’ funciona.”

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Todo edifício tem compartimentos ocultos que favorecem a instalação e o trânsito de cupins. Assim é a estrutura de contenção do solo nos subsolos (Figura 2), os quais são comumente destinados às garagens e que, invariavelmente, serão ladeados por frestas e vãos, acúmulo de resíduos da obra (entulho) e pranchas de madeira. No passado e ainda hoje usadas, cortinas de contenção com pranchas de madeira são muito apetecíveis ao cupim. Taludes e outros vãos enormes no subsolo podem estar ocultos por muros de arrimo e paredes falsas. O mesmo ocorre no térreo, com desníveis, escadarias, piscinas e jardins que, quando suspensos sobre as garagens, dispõem de instalações de isolamento e drenagem, ocultas à inspeção superficial. Conectando todos os pavimentos, as tubulações de abastecimento e escoamento hidráulico, de gás, de cabos elétricos e de telecomunicação têm o trajeto vertical embutido na alvenaria ou dentro de shafts (duto vertical que conduz essas instalações), com distribuição horizontal para suprir os pavimentos. A cobertura do edifício tem diversas instalações que também podem acumular sujidades, umidade e favorecer a instalação de colônias de cupins. Edifícios maiores terão, ainda, juntas de dilatação em paredes e pisos, adicionando mais uma via transitável aos cupins.

Há outra questão importante, que conecta o padrão edificado à presença de cupins. Ocorre que a verticalização das maiores cidades do país começou no final da década de 1950, e o padrão construtivo dos grandes edifícios variou ao longo do tempo. Cada modelo de construção tem características que podem favorecer a infestação. Assim, as lajes rebaixadas, que servem para embutir tubulações nas áreas frias (de banheiro, cozinha e área de serviço) e são comuns em edifícios construídos nas décadas de 1950 a 1970, habitualmente estão preenchidas com o entulho da obra, para nivelar o piso. Esse é um local excelente para abrigar uma colônia de cupim, que infesta simultaneamente o piso do apartamento e o teto daquele localizado logo abaixo (Figura 3). Pode-se dizer o mesmo acerca das lajes estruturadas na configuração de caixões perdidos (laje com vão interno vedado e contendo as formas de madeira), que separam os pavimentos de um edifício e compartilham a infestação entre os vizinhos de cima e de baixo (Figura 4).

Quando o assunto é infestação por cupim subterrâneo, as áreas comuns do edifício extrapolam o conceito habitual e passam a englobar, também, todas as instalações que são compartilhadas pelos vários pavimentos, ou pelo menos pelos vizinhos imediatos. Conforme esclarece o capítulo ‘Cupins’ no livro “Insetos e outros invasores de residências”, “o cupim de madeira seca interage com o alimento, enquanto o cupim subterrâneo interage largamente com o ambiente, além do alimento”. Portanto, o compromisso inerente à solução do problema passa a ser de todos, ou seja, é responsabilidade do condomínio. A solução deve ser obrigatoriamente compartilhada, envolvendo todas as questões relativas à resolução do problema, do mesmo modo que o sorteio de vagas em uma garagem sem vagas demarcadas, e o custeio de uma reforma de coluna hidráulica ou da fachada do prédio.

“É necessário entender a dinâmica deste sistema para cada caso de infestação, a fim de se estabelecer a estratégia adequada de controle, específica para cada caso.”

Subsolo de edifício em construção. Pranchas de contenção em madeira e pranchas concretadas sendo colocadas na frente. Foto do autor.

Grande ninho de Coptotermes gestroi, em remoção de vão estrutural (caixão perdido), no teto de um quarto de grande edifício residencial na cidade de São Paulo. Do livro “Cupim e cidade”, g. 20, p. 111.

Vão do forro em gesso no teto de banheiro, sob laje rebaixada: túnel do cupim Coptotermes gestroi sai da laje rebaixada (piso do apartamento superior); o pintalgado de cor marrom se compõe de pelotas fecais depositadas pelos operários, que saem do túnel para explorar o local em campo aberto. Foto do autor.

22 Uma questão importante é que o sucesso do controle não implica tratar todos os apartamentos ou todas as dependências das áreas comuns. O conjunto de operações a ser realizado depende de um bom DIAGNÓSTICO do problema, ou seja, pode ser restrito a um ou mais setores do edifício, ao seu entorno, ou mesmo abranger a totalidade do espaço edificado e seu entorno.

+55controlup.ind.br(32)3771-0677 DISPOSITIVOSCONTROLEPARADEPRAGAS Luiz Roberto Fontes é biólogo (entomólogo) e consultor.

A resposta ao problema da infestação termítica é complexa e implica conhecer a matéria dentro da diversidade urbana que é própria de cada região do país. Conhecimento para isso somente se adquire com estudo e acúmulo de experiência operacional. Conforme esclarece o livro “Cupim e Cidade”, “não basta, em absoluto, dispor de conhecimentos sobre aspectos da biologia dos cupins, de técnicas de controle, de produtos utilizados no controle, ou transportar para a realidade de campo urbana as informações obtidas em experimentos de laboratório”, e “o principal, se não o único, meio de controlar infestações por cupim é entender como o ‘sistema cupim-edificação’ funciona, uma vez que cupins subterrâneos interagem amplamente com o ecossistema urbano. É necessárioentender a dinâmica deste sistema para cada caso de infestação, a fim de se estabelecer a estratégia adequada de controle, específica para cada caso”.

Os roedores estão inseridos na ordem rodentia, com mais de 2.000 espécies. Representam 40% das espécies de mamíferos existentes, porém de todas estas, três apresentam relação sinantrópica com o homem e são classificadas como vetores e pragas urbanas. Entre elas estão a ratazana (Rattus norvegicus), rato de telhado (Rattus rattus) e camundongo (Mus muculus).

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CARACTERÍSTICAS, ESPÉCIES, REPRODUÇÃO E FORMAS DE CONTROLE

Ratazana (Rattus norvegicus):

Os roedores são animais sinantrópicos, ou seja, que se instalam em povoamentos humanos e se beneficiam de condições ecológicas criadas pelo homem durante o processo de urbanização. Sua busca se resume basicamente em alimento, abrigo e clima.

ROEDORES NOS CENTROS URBANOS:

O processo de urbanização no Brasil teve origem na revolução industrial, onde a população era predominantemente rural e tinha como fonte de subsistência a agricultura. Diante da urbanização, o território brasileiro vai perdendo as características e se adequando ao novo cenário composto por fábricas e máquinas.

Por Roberta Arraes

Dentre as três espécies, é a que tem maior tamanho, pode pesar até 500g. Possui orelhas curtas, cauda com o tamanho igual ao tamanho do corpo e possui grande habilidade em ambientes aquáticos. São onívoros, ou seja, se alimentam de qualquer tipo de comida, inclusive membros da sua própria colônia que estejam mortos ou fracos. As ratazanas podem ter 10 ninhadas em um ano e em cada gestação podem nascer de oito a 20 filhotes, que após quatro meses do seu nascimento estarão prontos para iniciar o ciclo reprodutivo.

Para Sampaio et al. (2011), a urbanização é um processo de transformação de uma população rural em população urbana decorrente da migração, levando-se em conta o crescimento vegetativo. Foi isso que aconteceu no Brasil na segunda metade do século XVIII. Devido ao êxodo rural a cidade cresce de maneira desordenada, contribuindo para o surgimento de favelas sem infraestrutura e amontoado de habitações sem saneamento básico, aumentando a exposição da população a desastres ambientais que podem colocar em risco a saúde e a sobrevivência da população. Até a atualidade os grandes centros urbanos sofrem com o crescimento desordenado e aliado a esse fator o aumento da produção de lixo e o aumento de ocorrência de pragas e vetores urbanos, entre eles destacamos os roedores de importância urbana (ratazana, rato de telhado e camundongo).

O menor indivíduo se comparado as três espécies. Pode pesar em torno de 36g. Possuem orelhas curtas, cauda do mesmo tamanho ou um pouco mais comprida que o corpo, com anéis proeminentes e relativamente escamosa. São onívoros e gostam de comer de tudo um pouco devido a neofilia (curiosidade por novos alimentos). Produz entre 5-10 ninhadas por ano e em cada gestação podem nascer de 4-8 filhotes.

• Inspeção prévia no local;

As metodologias de controle para roedores estão divididas em aplicação de rodenticida em forma de isca (blocos, grânulos, sementes e pellets) e pó de contato. É importante destacar que o mercado dispõe de formulações mais tecnológicas e mais palatáveis aos roedores, levando em conta sua capacidade perceptiva, variedade dos ambientes que frequentam e competição alimentar entre os indivíduos.

2ª Geração (dose única), podem ser ingeridos apenas uma vez, pois possuem uma DL50 bem mais baixa que os de dose múltipla.

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Rato de telhado (Rattus rattus):

1ª Geração (dose múltipla), que apresentam ação cumulativa, ou seja, necessitam ser ingeridos por um período de vários dias para que alcancem a dose letal;

Pesa em torno de 200 gramas. Possui orelhas proeminentes e cauda maior que o corpo e cabeça, possuem habilidade de escalar. São onívoros, mas possuem maior atração por alimentos vegetais. As fêmeas de rato de telhado têm de 3-5 ninhadas por ano e em cada gestação podem nascer de 1-16 filhotes.

Camundongo (Mus musculus):

• Aplicação de medidas físicas em possíveis locais de passagem de roedores, eliminamos o acesso;

• Monitoramento da área antes, durante e após a aplicação das metodologias de controle;•

• Avaliação dos resultados.

Os rodenticidas agem no mecanismo de coagulação sanguínea e causam hemorragia interna. Existem dois tipos:

Manejo Integrado de Pragas

Utilização de medidas químicas;

• Higienização da área, com remoção de todo o material inservível presente na área a ser controlada;

É importante que os rodenticidas sejam aplicados nas áreas respeitando as regras de segurança e de boas práticas nos clientes. As iscas devem estar protegidas em porta iscas fechados e devidamente identificados.

Para falarmos das formas de controle para roedores é imprescindível manter o foco no Manejo Integrado de Pragas - MIP. Para aplicar o MIP no controle de roedores é necessário seguir alguns passos:

Grandes cidades continuam apresentando um crescimento contínuo e desenfreado até hoje, e uma das consequências dessa desordem é o crescimento de vetores e pragas urbanas, que se tornam cada dia mais um grande desafio para as empresas de controle de vetores e pragas urbanas, assim como para as políticas de saneamento e saúde pública.

Roberta Arraes é engenheira agrônoma e pós-graduada em gestão de operação. Diretora técnica da ABCVP

Iscagem insuficiente ou não renovada em tempo errado da área a ser controlada;Resistência dos indivíduos ao rodenticida utilizado; Reinfestação passiva vinda de áreas próximas não tratadas.

Abaixo seguem algumas ações que durante o processo de desratização podem levar ao fracasso do controle da infestação:

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Dimensionamentohábil;

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Por Dra. Mariah Valente Baggio-Deibler

Formigas são insetos pertencentes à ordem Hymenoptera, com ciclo de desenvolvimento completo e a presença de mais de 12.000 espécies descritas. Ecologicamente, elas desempenham importantes funções como a cliclagem de nutrientes, a movimentação e a aeração do solo, a decomposição da matéria orgânica e a dispersão de sementes. Há casos de relação de mutualismo (Fig.1), em que oferecem proteção à cochonilhas e pulgões em troca do melado ou honeydew produzido por estes insetos sugadores de plantas. Além disso, a espécie Solenopsis invicta pode ser um inimigo natural de carrapatos e da fase terrestre da mosca-dos-chifres em locais infestados.

Dra. Mariah Baggio-DeiblerValente é bióloga

No Brasil, aproximadamente 10 gêneros são considerados pragas urbanas, sendo as espécies Tapinoma melanocephalum, Monomonium pharaonis, Monomoriumfloricola e o gênero Pheidole spp., os mais comuns em áreas interiores.

Numa pesquisa, foi constatado que 72% dos consumidores entrevistados associam formigas como um problema sanitário, mas 62% deles não as consideram uma ameaça à saúde pública. Desta maneira, há a necessidade de reforço da educação do público sobre a transmissão de patógenos por formigas. Conforme mencionado previamente, e comprovado em diversos estudos, as formigas, além de serem um incômodo, também são fontes de contaminação biológica em ambientes urbanos.

De acordo com a RDC n° 216 da ANVISA, contaminantes são “substâncias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade.” Então, além da contaminação física (Fig. 2) e riscos à saúde de pessoas, as formigas também podem comprometer a integridade e superfícies de preparo de alimentos via contaminação biológica.

Formigas:

fonte de contaminação de ambiente

Apesar dos benefícios proporcionados, do ponto de vista antropogênico, as formigas urbanas podem ser um incô-

Nem todas as espécies de formigas estão vinculadas à propagação de patógenos, por isso, durante uma inspeção é imprescindível a corre-

modo, causar ferimentos e até mesmo reações alérgicas através de suas ferroadas. Elas podem ser vetores mecânicos de diversos patógenos, e podem ocorrer em interior de plantas de alimentos, restaurantes, entidades de pesquisa, zoológicos, museus, residências, etc..

Formigas sobre alimento

Formiga protegendo pulgões / (Fonte: tps://elements.envato.com/insect-ant-PQFFN-ht-

ta identificação da praga para a sua inclusão no plano de manejo integrado de pragas.

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Por Monica Schüller Ribeiro

O Termo “ave de rapina” vem do Latim Rapere que significa “raptar” ou “roubar”. A falcoaria é o treinamento de aves de rapina para caçar alimento. Seus registros já apontam em 1.300 antes de Cristo. No Oriente Médio, desde o século VII, os beduínos (“pessoas do deserto”), originados da Arábia, confiavam nestas velozes aves para obter seus alimentos e assim sustentar suas famílias. A captura das aves de rapina era feita no início do outono, época em que migram da Ásia para o Sul, em busca de temperaturas mais quentes. Durante os meses seguintes de inverno, passavam por um treinamento com um único objetivo: o de caçar. Os beduínos os mantinham em cativeiros até meados do início da primavera, quando então eram soltos e podiam migrar de volta às suas origens na Ásia para uma nova fase reprodutiva.

FALCOARIA E O CONTROLE DE PRAGAS

O Falcão peregrino é caracterizado pela sua agressividade e velocidade. É considerado o pássaro mais rápido do mundo. Seu “mergulho” do céu pode alcançar uma velocidade de mais de 300 km/h, e se chocam com a presa com tamanha força a ponto de quebrar o pescoço da vítima. Seu bico possui um rebordo chamado dente tomial. Para finalizar o abate, o falcão quebra a coluna da presa, utilizando seu dente tomial e depois, a dilacera.

Aves de Rapina — Origem e Biologia

Falcão Peregrino

Monica Schuller Ribeiro segurando um gavião Harris e a certi cação de conclusão de curso de falcoaria, Wild ight Dubai, House of Sheikh Khalifa Bin Saeed Al Maktoum, Dubai, UAE, 2018.

As aves de rapina ou “Birds of Prey” são representadas por mais de 500 espécies em todo o mundo. Apresentam as mais variadas cores, tamanhos e comportamentos. São um bom exemplo de Dimorfismo Sexual Reverso, já que as fêmeas são maiores que os machos. Para facilitar o entendimento podemos dividir este grupo em 4 ordens diferentes. Os dos caçadores diurnos (ordens Falconiformes, Accipitriformes e Cariamiformes — Se-

riemas) e o dos caçadores noturnos (ordem Strigiformes — 200 espécies de corujas). No grupo dos Falconiformes, encontram-se mais de 65 espécies de Falcões, dentre elas 21 podem ser encontradas no Brasil. O outro grupo, o dos Accipitriformes, abrange cerca de 200 espécies e pode ser subdividido em 4 famílias principais. O grupo Sagittariidae (com a única espécie “ave Secretária” — Sagittarius serpentarius), Pandionidae (Pandion haliaetus — gaviões marinhos), Cathartidae (composto pelos abutres do Novo Mundo — América e Andes — 7 espécies). E finalmente o maior grupo, Accipitridae (compostos por 200 espécies, entre elas águias, gaviões, abutres do Velho Mundo — Europa, Ásia e África — Harpias e Buteos).

Falcão não é um pet e sua expectativa de vida é de 20 anos. Se a ideia é não se comprometer tanto assim com a ave, mas sim manter um contato direto com ela, trabalhos voluntários podem ser uma boa solução antes de partir para uma responsabilidade desta dimensão.

Como se tornar um falcoeiro

Adotar ou adquirir um Falcão requer muita responsabilidade. No habitat, os falcões procuram por seus próprios abrigos, alimentos e proteção. Mas quando são presos e criados pelo homem, deixam de ter a liberdade para tal e dependem 100% do seu tratador. As necessidades das aves estão acima dos compromissos e prioridades do tratador. Portanto, o máximo de respeito e consideração por elas é fundamental!

A escolha da melhor espécie

Quanto maior o falcão, maior será a presa que ele trará. Em média um falcão de 800 gramas pode trazer uma presa até três vezes mais que seu peso, em torno de 2,4kg. Um falcão de 1,2kg caça um animal de até 3,6kg. As espécies mais criadas e comercializadas na região do Oriente Médio são: Saker, Peregrino, Lanner, Gyrfalcon e Híbrido. O Gyrfalcon é o maior dos falcões e possui baixa velocidade. Entretanto, suporta temperaturas baixas de até 40 graus Celsius abaixo de zero. Aliar tamanho, resistência e agilidade é o objetivo dos criadores em geral. Os cruzamentos entre as espécies estão focadas no Gyrfalcon, devido ao seu tamanho encorpado, e no Falcão Peregrino, pela agressividade e velocidade. Outra mistura cobiçada é entre o Gyrfalcon e o Saker. Escolher a ave mais adequada para se trabalhar dependerá das características climáticas, prevalência de espécies e a cultura do país ou região.

O sistema digestivo das aves difere do dos humanos. As aves possuem o “papo”, cuja principal função é de armazenar os alimentos para uma futura digestão. Ligando o papo à moela, está o proventrículo, uma estrutura tubular cujas paredes possuem glândulas que secretam ácidos de pH 0.2-1.2, favorecendo a digestão das partes mais resistentes. A moela ou “gizzard”, também au-

Preferem caçar suas presas a partir de penhascos. Como os pombos, cujos ancestrais também remetem às regiões de penhascos, os peregrinos passaram por um bem sucedido processo de sinurbanização. Os edifícios altos de uma cidade desenvolvida simulam seu habitat, e proporcionam todas as condições necessárias para o pouso e a nidificação. Mesmo sendo considerados aves de rapina de hábitos diurnos, pode-se observar falcões peregrinos caçando pombos à noite, sob a potente iluminação da cidade.

Na década de 40, quando o DDT (Dichlorodiphenyltrichloroethane) começou a ser amplamente utilizado, uma das muito desastrosas consequências foi a quase extinção dos falcões peregrinos. Alguns anos mais tarde, como apontado por Rachel Carson, em 1962, no livro “Primavera Silenciosa”, entre 1950 – 1960 a população desta espécie sofreu um declínio em diversas partes da América do Norte e Europa. Registros mostram que antes da introdução do DDT, a população de falcões peregrinos era de 500 – 1000 pares na Noruega, cerca de 1000 pares na Finlândia, 900 a 1400 pares na Suécia. O afinamento das cascas dos ovos, causado pelo DDT, fez estes números despencarem na década de 70. Os registros apontaram para apenas 8 pares na Noruega, 9 pares na Suécia e 15 pares na Finlândia. Os falcões desapareceram dos EUA e do oeste europeu e seu refúgio foi a região do Alaska. Graças à proibição do uso deste inseticida, a população tem crescido novamente ao longo dos anos e deixou de ser considerada espécie em extinção.

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Alimentação

Nas fezes, observa-se o tamanho, o formato, a coloração, a quantidade de urina e presença de sangue ou de corpos estranhos. As doenças mais comuns e passíveis de tratamento que afetam as aves de rapina são coccidiose, aspergilose e tricomoníase. O “Bumblefoot” é uma úlcera causada por infecção bacteriana nos pés das aves, deixando-os inchados e aumentados.

Falco peregrinus pealei em Dubai-UAE, 2018

Saúde do falcão

29 sente no sistema disgestivo dos humanos, é uma estrutura composta por fortes músculos, e serve para triturar alimentos mais duros, como ossos e cartilagens.Apesardas

Gaviões e falcões se alimentam de codornas, pombos, coração e miúdos de galinha/frango, faisão e camundongos. Um dos grandes desafios

aves de rapina não digerirem penas e pelos, a cada 2 a 3 dias podem ser oferecidos filhotes de galinha. Eles irão atuar como uma “vassoura” ou filtro, limpando o papo das aves de rapina. Os materiais não digeridos serão expelidos em forma de bola ou “cast”.

Aves não costumam mostrar que estão doentes. Muitas vezes quando se percebe a doença, já é tarde demais. Portanto, checar o estado de saúde dos falcões previne o avanço de muitas doenças. Os sinais e sintomas a serem observados diariamente são diarreias, excretas descoloridos, narinas com secreção, penas eriçadas, mau cheiro, comportamento anormal, olhos fechados ou serrados, perda de peso, perda de apetite, respiração difícil, agressividade sem motivo, apatia, vômitos e excesso de consumo de água.

Já as doenças que potencialmente levam ao óbito são a tuberculose, Doença de Newcastle, Influença aviária e herpes. São graves e que requerem internação emergencial. Deficiências de vitaminas D, muitas vezes apresentam sintomas similares a Doença de Newcastle, por exemplo. Uma alimentação adequada e equilibrada, e banhos de sol frequentes levam a uma boa saúde do animal.

diários do criador é evitar que o falcão fique magro ou gordo. Portanto, uma dieta balanceada é de vital importância. Pombos são vetores de diversas doenças que podem afetar os falcões e muitas vezes levá-los ao óbito. Algumas características básicas precisam ser observadas como coloração da carne esverdeada, mau cheiro e crescimentos anormais no corpo (tumores). A presença de material necrosado amarelado com secreções na boca ou no papo, indicam a doença tricomoníase e pode infectar as aves de rapina.

ou equipamentos que causam perturbações repetitivas e estáticas. A técnica de captura e soltura em locais afastados, ou ainda, a eutanásia, são soluções paliativas. As aves retornam ao local de origem ou outros espécimes ocupam o espaço desocupado.Ocontrole

O controle

de aves utilizando a falcoaria chama-se “Bird abatement” e é uma técnica silenciosa, discreta, ecológica. O objetivo não é matar as pragas, mas sim afugentá-las dos locais de pouso e nidificação. O controle de pombos através da falcoaria na Catedral de Colônia em NRW, na Alemanha, foi iniciado em 1979, pelo falcoeiro Dom Falkner. Ele introduziu Agrippina e Arnold, um casal de

Atualmente, este artefato de nidificação já não se encontra neste local. Foi transferido para uma outra igreja nas redondezas, a Grande Igreja de São Martinho (Groß Martin). O falcoeiro Marco Wahl é o atual responsável por afugentar os pombos da Catedral de Colônia. Ele voa seus falcões a

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culas repelentes, figuras holográficas, figuras de predadores, choques de baixo ampere, sons de predadores e de armas de fogo, aparelhos ultrassônicos, materiais pegajosos (gel), produtos que exalam cheiros desagradáveis ou irritantes para as mucosas, como os apimentados e produtos de envenenamento. Em alguns países a prática do envenenamento infelizmente ainda é permitida.

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Os mais diversos artefatos têm sido utilizados para combater os pombos urbanos. Alguns mais eficazes do que outros, que eliminam definitivamente o problema de infestação ou apenas trazem resultados paliativos. A eficácia depende do local tratado, da frequência de aplicação, da idade do bando que habita o local e das interferências

externas.Alguns

exemplos são as telas protetoras, espí-

Os pombos com sua capacidade cognitiva desenvolvida, se adaptam rapidamente a produtos

falcões que habitou a Catedral por muitos anos, e que mantinha os pombos afastados das suas estruturas. Eles possuíam um ninho construído especialmente para eles, no alto da torre Norte.

Qualquerefetivo.controle

cada 4 a 5 semanas seguidas e o resultado tem se mostrado

de aves através do uso de falcoaria leva pelo menos um mês para mostrar a sua efetividade. Portanto, paciência é um dos pré requisitos. Hotéis e resorts são um alvo fácil para as pragas. Os hóspedes algumas vezes não pensam nas consequências ao oferecer uma batata frita ou pedacinho de pão ao pássaro que os está rodeando. Os hóspedes querem diversão e tranquilidade. Afinal, que mal faz dar só um pedacinho?Osfuncionários

do hotel, além de cuidar da limpeza das lixeiras e da destinação adequada dos resíduos dos restaurantes, também desempenham um papel importante na orientação dos clientes. Treiná-los a desenvolver habilidades ex-

acidentes de aeronaves com aves causam diversos acidentes, alguns menos graves, outros mais. Durante as visitas, o falcoeiro deve estar em constante comunicação com os funcionários via rádio e estar ciente da movimentação e trânsito das aeronaves, para garantir segurança de todos. Por ser

Osfalcões.voos

©copyright todos os direitos reservados para Monica Schuller Ribeiro – Gavião Red-Tail Hawk – Dubai – 2018.

divertindo com as aves, mas por favor não os alimente”, “Agradecemos por não alimentar as aves. É sempre melhor que eles não dependam dos humanos para obter alimento”.

Antes de iniciar o controle, o falcoeiro faz uma inspeção no local e verifica quais barreiras físicas previamente instaladas, como telas protetoras, espículas e gel devem ser removidas. Da mesma maneira que machucam os pombos, machucam os

bem cedo são ideais, antes que as áreas comuns do hotel fiquem repletas de hóspedes. Quanto menos perturbação externa houver, melhor e mais seguro será o procedimento.

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celentes para orientar os hóspedes a não alimentar os pombos e utilizar frases de efeito podem ajudar a evitar situações constrangedoras entre hóspedes e funcionários. “Lamentamos, mas dar alimentos aos pombos não é permitido. Não é bom para eles, nem para nós. Agradecemos a sua compreensão”, “Estamos felizes que o Sr está se

Os aeroportos são as áreas mais complexas e perigosas para se fazer a falcoaria. Anualmente,

tas mais efetivas. Uma vez que o falcoeiro assume o controle da situação, a sua simples chegada ao local já significa para os pombos que uma ave mais forte está chegando e voarão para outro local. Se o falcoeiro tiver licença para apresentações em público, fazer apresentações no pátio da escola, além de instruir e divertir, irá reforçar o afastamento das pragas.

Na maioria dos habitats, as aves de rapina estão no topo da cadeia alimentar. O predador mais importante a ser temido é o homem. Durante dé-

As condições de abrigo devem suprir o mínimo necessário, para protegê-las contra as intempéries e ataques de predadores.

www.apfalcoaria.org

Aterros sanitários são repletos de alimentos contaminados e em decomposição. São fontes de doenças tanto para os humanos quanto para aves que ali frequentam. Mas são fortes atrativos para as pragas em geral. A falcoaria é uma ferramenta efetiva se usada com alta frequência, aliada a artifícios complementares, como pistolas de ruídos, pipas no formato de falcões e materiais holográficos ou refletivos.

Se deparar com pombos bebendo água nos bebedouros onde as crianças bebem água é uma cena que causa nojo e revolta. As escolas costumam ser alvos destas pragas, pois se alimentam de restos dos lanches das crianças. E, por serem animais amistosos, convivem entre os alunos sem serem afastados. A falcoaria é uma das ferramen-

Falcão Peregrino em ação, 2022. Disponível em:

32 uma área de grande complexidade, outros artefatos para barrar aves são utilizados.

O controle de pássaros em áreas de plantação requer um trabalho exaustivo desde o amanhecer ao entardecer, durante meses. Épocas de colheitas atraem aves migratórias e oportunistas. A estratégia mais eficiente é o falcoeiro morar na propriedade ou muito próximo dela com seu ou seus falcões durante alguns meses antes e depois da época da colheita. Isto evitará que grandes bandos ocupem o espaço e fará com que procurem por um outro local. O falcoeiro precisa, contudo, reservar tempo para o descanso, alimentação e cuidados dos animais.

Campos de golfe são alvo fácil para aves migratórias. Elas voltam sempre ao mesmo local anualmente. Prever e se preparar para a época da migração e iniciar os trabalhos de voo antes delas chegarem traz vantagem ao falcoeiro. Ao chegarem, perceberão a presença dos predadores e irão à procura de outro local para nidificação.

Ambos precisam se adaptar à estas mudanças e muitas vezes entram em conflito.

A prática do uso de Falcoaria no controle de aves no Brasil ainda é muito recente (30 anos). Mas continua a se expandir e os profissionais têm se especializado cada vez mais, muitas vezes auxiliados pelas Associações e Clubes de Falcoaria formados pelo país.

Controlar pragas é uma tarefa complexa, pois lida com seres vivos e em constante mudança comportamental. Cada serviço requer uma técnica, seja ela mais ou menos invasiva, mas cada uma com suas Mudançaspeculiaridades.climáticassomadas

ao crescimento populacional invariavelmente aproximam os animais dos seres humanos e manter a fauna separada das pessoas é impossível.

A utilização de aves de rapina para controlar pragas tem se expandindo no país, e gerado opiniões controversas entre ambientalistas. Como profissionais e pesquisadores, temos a obrigação de aprender a lidar com estas questões e encontrar a melhor forma de convivência possível.

Monica Schüller Ribeiro é bióloga e administradora de Empresas, mestre em Saúde Pública pela USP.

cadas o homem tem matado estas aves direta ou indiretamente. Seja por envenenamento indireto através da utilização de pesticidas na agricultura ou por abatimento pelos caçadores. Muitas delas são protegidas por leis ambientais e o uso de pesticidas regulamentados.

Com tantas pessoas atentas e conectadas, a rede é um recurso indispensável para promover mais visibilidade para as empresas, gerar empatia, atrair clientes, e, consequentemente, vender mais.

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Entretanto não basta ter um perfil para a sua empresa. Para conquistar resultado é importante ter uma estratégia bem desenhada e executada. Não adianta apenas criar um post panfleto e sair anunciando para que seu público venha até você realizar compras atraído puramente por anúncios. Não é assim que se faz! O Instagram é uma rede social, ou seja, para ter resultados o ideal é estabelecer relacionamentos, construir uma relação

Você não pode mais adiar. O Instagram precisa estar na estratégia de marketing e vendas da sua

Segundo a Annie State of Mobile 2022, os brasileiros passam em média 5h26min por dia no smartphone. É o país que mais passa tempo no celular no mundo. Não é estranho observar que 75% dos brasileiros entram no Instagram várias vezes ao dia.

O Instagram não é uma ciência exata. Entretanto aprender boas práticas, criando posicionamento junto ao seu público, de acordo com a sua realidade e objetivo de negócio, pode fazer toda a diferença entre o sucesso e o fracasso desta iniciativa.

empresa.Nestemomento

o Instagram passa o Facebook no Brasil em número de usuários! O Instagram conta com 124.300.00 e o Facebook com 121.800.000 usuários brasileiros. O Instagram cresceu 8,1% desde outubro de 2021.

O seu negócio precisa do Instagram

Por Flavia Souto Londres

Instagram como importamte ferramenta de negócios.

Com números tão impactantes, não demorou muito para as empresas perceberem o potencial de fazer parte desse movimento. Segundo o próprio Meta for Business, 90% das pessoas no Instagram seguem uma empresa e dois em cada três pessoas entrevistadas disseram que o Instagram favorece a interação com as marcas.

A rede conecta pessoas e conecta pessoas a empresas. Ela está baseada na interação, experimentação e aperfeiçoamento das ferramentas e técnicas disponíveis.

de confiança e admiração com as pessoas que você considera interessante para o seu negócio.

4- COMPARTILHE CONTEÚDOS PODEROSOS

Produza conteúdo relevante para o seu público-alvo, abusando dos formatos que a rede social te oferece. Agora, além da foto única, temos carrosséis, stories, vídeos curtos e longos. Não adianta criar um perfil e produzir conteúdo esporadicamente. Não se esqueça que a criatividade está em todo lugar e que conteúdos divertidos geram mais engajamento.

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O uso de um perfil profissional é gratuito e tem inúmeras vantagens. Você pode ter acesso a insights sobre os seus seguidores e o desempenho das suas publicações e da sua conta. Também é possível adicionar novas opções de contato para que as pessoas falem com você mais facilmente; além de criar promoções para ajudar a alcançar mais pessoas e expandir sua comunidade.

6- INSPIRE NOVOS PÚBLICOS

O Instagram é uma plataforma altamente visual. Capriche nas imagens produzidas. O valor percebido do seu produto e a confiabilidade de sua marca são frequentemente julgados pela qualidade do seu conteúdo visual.

5- INTERAJA COM SEUS SEGUIDORES

1- CONTA PROFISSIONAL

Você decide o custo da publicidade. Decida quem importa mais para a sua empresa e alcance essas pessoas com anúncios personalizados. Selecione um orçamento adequado às suas metas de negócios e atualize-o a qualquer momento.

3- QUALIDADE DO VISUAL

As redes sociais são excelentes ferramentas para se relacionar com os clientes, gerar empatia e aumentar a confiança. É essencial responder e interagir com os seus seguidores. Eles esperam e valorizam essa postura.

Faça uma descrição cuidadosa da sua empresa. Não pode faltar o que você faz, como você faz, para quem você faz. Destaque o seu o diferencial.

2- FAÇA UMA BOA BIOGRAFIA

Não se esqueça do link. A biografia é um dos poucos espaços do Instagram onde você consegue inserir um link clicável. Você pode usar o seu Ecommerce, seu site ou até mesmo o Whatsapp de contato com cliente.

Flávia Souto Londres é formada em Publicidade e Propaganda. MBA em Marketing pela FGV MBA Negócio COPPEAD UFRJ.

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Atenção para a sua foto ou logotipo. Ela precisa ser profissional, ter visibilidade e fazer referência a estratégia de posicionamento da sua empresa.

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