Artigo Cientifico

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Desigualdade na urbanização brasileira Estruturas emergenciais e a desigualdade social no Brasil FLEXIBILIDADE E DESIGUALDADE CAROLINY CARDOSO FLOR, Anny; CUKIERMAN, Tatiana

RESUMO: Este artigo apresenta um contexto de precariedade urbana, desigualdade social e arquitetura brasileira, nos quais as ocupações periféricas foram comumente erguidas em áreas de fragilidade. Evidenciando os discursos e matérias sobre a preocupação com a população carente, sinalizamos uma segregação do espaço público desde o período da urbanização brasileira no século XX, no qual a cidade e o uso da terra eram interesses priorizados a classes mais altas, e as mais baixas eram esquecidas, aspecto que vemos até hoje.

PALAVRAS CHAVE: desigualdade; ocupação; segregação; infraestrutura;

1.INTRODUÇÃO:

A desigualdade social no Brasil é uma problemática que se faz cada vez mais presente, basta andar nas ruas para perceber nitidamente o quanto esse fator ainda existe no cotidiano do nosso pais em pleno século XXI. Percebemos que há um desequilíbrio social relacionado a má​́ distribuição de renda, alto índice de desemprego, residências sem infraestrutura, falta de oportunidade na inserção da economia de forma justa, e falta de uma política pública para resolver todos os aspectos. Para que uma sociedade possa se desenvolver de forma justa, igualitária, econômica e socialmente ideal é necessário por parte do governo os seus direitos básicos e que sejam cumpridos de forma eficaz. No entanto, no Brasil há​́ uma carência em saúde, segurança, residências, educação e bemestar social tornando-o incapaz de estabelecer tal equilíbrio entre as diversas camadas sociais: baixa, média e alta. A má​́ distribuição de renda acentua a desigualdade social. De acordo com o IBGE, 10% da população brasileira concentrava 43,3% da renda do país em 2017. Esta acumulação meritocrática só́ atinge uma minoria da população e acontece de forma viciosa e restrita, pois há​́ uma acumulação de herança que passa de geração, enquanto a maioria depende dos serviços do governo para se inserir na economia, não alcançando êxito. Neste contexto, torna-se explícito que políticas públicas devem ser feitas para que haja oportunidades iguais para todos. Logo, o Governo Federal deve aumentar os recursos direcionados a melhorias do bem-estar da sociedade com construções regulares, programas sociais e educação pública, construindo novas instituições de ensino (regular, técnico e superior). Infelizmente a desigualdade social não acabará de forma fugaz, é um processo moroso iniciado por meio da educação, ajuda, programas sociais e direitos igualitários

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