Cândido Aragonez de Faria, sergipano de Laranjeiras, foi um dos mais prolíficos artistas-litógrafos brasileiros e teve uma participação especial nas origens da cartazística cinematográfica francesa. Nascido no Brasil em 1849, faleceu em Paris no ano de 1911. Com desenvoltura foi caricaturista, desenhista e ilustrador, criando revistas ilustradas, capas, partituras, cartazes e, mais destacadamente, affiches.
Em território brasileiro lançou e participou de várias revistas: O Mosquito, Mefistófeles, A Vida Fluminense, O Fígaro, O Mequetrefe – entre outros. Na Argentina entre 1879 e 1882, ilustrou El Mosquito e Cotorra. No país desenvolveu-se na cromolitografia.
Mas é na capital francesa, para onde se transfere em 1882, que Cândido de Faria encontraria seu apogeu como ilustrador. A partir de 1902, e até 1911, cria para o Cinéma Pathé cerca de 300 affiches, grande parte impressa em seu próprio ateliê, tornando-se um dos mais representativos nomes da comunicação impressa do cinema mudo francês.