Revista Reparação Automotiva - 109

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reparacaoautomotiva.com.br

EDIÇÃO 109 Outubro de 2017

QUEM PAGA ESSA CONTA?

Independentemente de quem é a culpa, erro de fabricação ou aplicação, o problema estoura primeiro na oficina que tem o cliente esperando pelo serviço. Mercado discute a questão.

REPARAÇÃO EM FOCO

Evento realizado em Uberaba (MG) agita empresas e profissionais

OFICINA CUIABANA

Há quase 20 anos a Multi Point Auto Center é destaque

FIAT ARGO NO RECIFE

Reparadores nordestinos avaliam o novo modelo da montadora

DUPLA EMBREAGEM

Troca do fluido e a importância da manutenção preventiva

E MUITO MAIS: LANÇAMENTOS - TENDÊNCIAS - NEGÓCIOS - DICAS - HISTÓRIAS - INOVAÇÕES



SUMÁRIO

EDIÇÃO 109 OUTUBRO 2017

reparacaoautomotiva.com.br

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04 DISTRIBUIDOR

Serraf completa 25 anos

08 MERCADO

Seminários no mês movimentam profissionais

10 FÓRUM

Evento agita a cidade de Uberaba (MG)

14 GESTÃO

Inteligência Emocional também na reparação

16 PERFIL

Oficina de Cuiabá (MT) cresce no centro-oeste

18 RESPONSABILIDADE SOCIAL

400 alunos formados em manutenção no Ceará

38

18

42

44

20 INDICADORES

Entidades divulgam seus resultados

22 CARROS

Argo avaliado por reparadores do Recife (PE)

24 NEGÓCIOS

Oficina diferenciada todos os dias

28 CAPA

A questão sempre polêmica da garantia de peças

38 MOTOR

Tipos de sistema de injeção - 3ª Parte

39 ELÉTRICA

Defeitos após reparo do veículo

40 TRANSMISSÃO

Câmbio DSG de dupla embreagem

42 SUSPENSÃO

DIRETORIA Diretor Comercial Edio Ferreira Nelson REDAÇÃO Editor-Chefe Silvio Rocha (MTB 30.375) Redatores Karin Fuchs Simone Kühl ARTE Designers Jheimisson Sampaio Marcos Bravo COMERCIAL Consultores de Vendas Richard Faria richard@znews.com.br Adalberto Franco Wanderley Klinger MARKETING E CIRCULAÇÃO Coordenadora Tatiane Sara tatiane@znews.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@znews.com.br Envie releases com os lançamentos de sua empresa ou notícias que mereçam ser divulgadas: jornalismo@znews.com.br

Barulho crônico no Hyundai Tucson

Anuncie na revista Reparação Automotiva ou em nosso site. Comunique-se com o setor automotivo e aumente o poder de sua marca: comercial@znews.com.br

43 FREIOS

Reparador conta o caso de um Fiesta espanhol

44 AUTONOR

APOIO E PARCERIA

Cobertura da feira nordestina

48 MESTRES

Modelo que vem de Belém (PA)

FALE COM A GENTE Nosso Endereço Rua Acarapé, 245 04139-090 - São Paulo - SP (11) 5677-7773 Receba a Reparação Automotiva, cadastre-se e mantenha-se atualizado sobre as últimas novidades e informações do setor automotivo.

50 ARTIGO

Material de Antonio Fiola

ANUNCIARAM nesta edição

ADMINISTRATIVO Coordenadora Financeira Luciene Alves administrativo@znews.com.br Depto. Financeiro Tatiane Nunes administrativo@znews.com.br Atendimento ao Leitor contato@znews.com.br Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.

A revista Reparação Automotiva é uma publicação da iBR Editora e Marketing Digital, sua circulação é dirigida aos profissionais do segmento automotivo e visa contribuir com o desenvolvimento do setor. Impressão: RR Donnelley

MÍDIA DADOS 2017

Aplic Resolit...19 Cabovel ........15 Caoa .............13 Corteco ........07 Dana ............21 Editora..........26 Fortec ..........25 Fras-le..........31 FTE ..............33 Graxinha ......37

Hipper Freios..11 IAB ..................05 King Tony .........17 Motorcraft ...02/51 Radnaq.............09 Ranalle ............06 Raven ..............35 Reparação .......41 Urba e Brosol ..29 ZF-TRW ...........52


DISTRIBUIDOR

SERRAF

SERRAF FAZ 25 ANOS

por Simone Kühl fotos Divulgação

EMPRESA CAMINHA RUMO AO CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL E APOSTA NO POTENCIAL DO PAÍS

C

om 25 anos de vida empresarial e muitos desafios ainda pela frente, a história da Serraf, especialista em peças automotivas, é marcada por investimentos na equipe de trabalho, na qualidade e parceria com os fornecedores, na inovação e na estrutura física e digital para melhor atender a todos os clientes. Através da matriz localizada em São Paulo, na Av. José de Brito de Freitas, 132, Casa Verde, a distribuidora conta com 15 filiais para atender o estado de São Paulo e um e-commerce para o atendimento em todo o território brasileiro. Além de contar com peças para motores, seu portfólio passou a agregar há um ano peças para suspensão e freios para as linhas leve e pesada e, em breve, novos itens serão integrados. HISTÓRIA - A trajetória da Serraf no setor inicia com o seu fundador, Julio C. Baeta P. Serra Filho, que após 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

trabalhar com sua família desde os 13 anos de idade, decidiu abrir seu negócio próprio. “Os primeiros 12 meses foram bem desafiantes, mas com o apoio de amigos e parceiros a empresa começou a prosperar e, aos poucos, as prateleiras foram sendo montadas e as primeiras distribuições tiveram início”, recorda o empresário. Três anos depois da abertura da distribuidora, a primeira sede própria foi adquirida na rua Pirineus/ Barra Funda e, em 2002, com o crescimento do negócio, a empresa se mudou para uma estrutura maior na Rua Roma/Lapa. DIFERENCIAIS - De acordo com o fundador, a Serraf é uma empresa que se preocupou muito em se estruturar e construir uma marca forte nos quesitos atendimento e qualidade. “Temos nos preparado para o crescimento através de uma base sólida, que é a nossa estrutura interna, estoque, treinamento de profissionais,

história e investimentos. Nossos passos são planejados e organizados sempre rumo ao futuro”, ressalta. Hoje, a distribuidora tem um trabalho forte em ações e treinamentos com a equipe de liderança, de forma a integrar os departamentos e transformar os líderes em multiplicadores de informações. “Para mim, o maior patrimônio de um negócio são as pessoas, são elas as responsáveis pelo sucesso do negócio, por isso minha maior preocupação é investir no meu time e proporcionar uma boa qualidade de vida a todos”, emenda. Sede atual da Serraf em São Paulo (SP)


MERCADO - Com participação nos segmentos leve e pesado, a empresa tem como clientes, retíficas, reparadores, autocentres e mecânicas. “A retífica do motor necessita que atendamos 100% dos produtos para que ela consiga fechar o ciclo da montagem, por isso todos os itens de motor podem ser encontrados aqui”, destaca. A distribuidora atua por meio de unidades físicas e da loja virtual, 75% do seu faturamento é voltado à linha leve e a tendência é aumentar ainda mais. “O e-commerce da empresa foi criado há um ano e já crescemos 50% nesse primeiro semestre. Nossa previsão é chegar a 100% em dois anos”, adianta. SERRAF FÁCIL - Criado há cinco anos, o Projeto Serraf Fácil visa atender melhor e mais rápido o

consumidor através de unidades mais próximas e um formato mais dinâmico. “Para mim, a regionalização já era uma tendência há 25 anos. Eu acreditava nessa movimentação do mercado, sentia que as autopeças estavam em crescimento e era preciso ter estoque, pois os clientes iriam querer entregas rápidas e pontuais”. E ao perceber que o custo fixo de montar filiais bem estruturadas era muito alto e a tendência estava voltada à regionalização, o empresário decidiu abrir unidades menores e fazer uma melhor alimentação do estoque, com o mesmo conceito do ‘Extra Fácil’ e ‘Minuto Pão de Açúcar, para os mercados varejista e atacadista. Através desse projeto, mais cinco filiais serão abertas no estado de São Paulo.

Julio C. Baeta P. Serra Filho, fundador e diretor da Serraf

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DISTRIBUIDOR

SERRAF

INVESTIMENTOS - O empresário anuncia que nos próximos dois anos a distribuidora irá se mudar para um novo local, ampliando assim sua estrutura física. “Hoje estamos em um espaço (sede própria) de 4.000 m², em um prédio de dois andares. A nova sede será em uma estrutura maior e verticalizada para ter mais dinamismo e integração entre os departamentos, nossa ideia é dobrar de tamanho. Através dos nossos investimentos e projetos, esperamos crescer entre 10% e 15% até o final de 2017”, declara. Para isto acontecer, Julio enfatiza que acreditar no Brasil é fundamental para alcançar a longevidade do negócio. “Sem dúvida, eu acredito no País, tenho certeza que em algumas décadas ele estará entre os melhores”, complementa.

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Projeto Serraf Fácil foi criado há 5 anos para atender melhor e mais rápido o consumidor

FUTURO - Ao pensar no futuro da distribuidora, o empresário revela que ainda está longe de se aposentar, mas que seus dois filhos, Julio Neto e Juliana, já desenvolvem um trabalho de sucessão familiar

no negócio. “Acredito que um dia a transição ocorrerá de maneira natural, mas eu não me vejo parando de trabalhar no momento. Tenho certeza de que sempre farei parte do negócio”, finaliza.


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SEMINÁRIO

MERCADO por Simone Kühl | fotos Divulgação

4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SEMINÁRIO DA REPOSIÇÃO AUTOMOTIVA

Encontro discute como se comunicar com cliente na era digital. IQA também promove evento no mês para debater digitalização das fábricas

M

udanças e oportunidades no aftermarket automotivo na 4ª Revolução Industrial foram o tema central da 23ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, que aconteceu no dia 10 de outubro, em São Paulo, na Fecomercio-SP, assunto que levou centenas de participantes, entre representantes das entidades do setor, fabricantes automotivos, distribuidores, varejistas e reparadores.

INDÚSTRIA 4.0 – O painel “O mundo das disrupções e das mudanças na 4ª Revolução Industrial”, do professor, empresário e colunista da rádio CBN, Carlos Júlio, ressaltou alguns acontecimentos de “disrupturas”, como a máquina a vapor na 1ª Revolução Industrial; a eletricidade, na 2ª Revolução Industrial; a internet/digital, na 3ª, e o fato de todas as ciências começarem a se conversar na 4ª Revolução Industrial.

PERSPECTIVAS – Antonio Maciel, ex-presidente da Ford Motor Co. Brasil e da CAOA, discorreu a respeito de “O futuro do mercado automobilístico”. No mundo, cresce a demanda do setor automotivo e que há muito segmento e reparo a ser feito, especialmente no Brasil. Sobre a reposição, disse que as novas tecnologias chegaram e os reparadores precisam estar, rapidamente, preparados para atender os veículos conectados.

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Nacional, destacou a importância da inspeção veicular, norma da ABNT, que o setor está concluindo sobre garantia, e o projeto de lei para regulamentação de oficinas. “O segmento investe e se profissionaliza lançando anuário e normas. Espero no ano que vem comemorar os pleitos pendentes, bem como novos, com mais reciprocidade do poder público”.

CONSUMIDOR – Renato Meirelles, sócio e presidente do Instituto Locomotiva, focou no tema “O mercado sob a ótica da demanda”, e falou sobre o cenário de mudanças, vetores de transformação no comportamento e hábitos de consumidores e o deslocamento da comunicação. Segundo o palestrante, as empresas que se mostram parceiras no momento de dificuldade ganham confiança dos consumidores.

OMNI-CHANNEL – No painel “Mercado sob a ótica do varejo”, Richard Stad, CEO da Aramis Menswear, discorreu sobre o Omni-Channel, que integra lojas físicas, virtuais e comprador. Pessoas e dados são fundamentais no processo, bem como a informação e comunicação integrada. Foi implementado o Business Intelligence para melhorar o contato, com informatização e profissionalização.

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FÓRUM IQA

O 5º Fórum IQA da Qualidade Automotiva reuniu lideranças da indústria dia 9 de outubro, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo (SP), e discutiu a digitalização das fábricas como uma das principais mensagens. Na abertura, Ingo Pelikan, presidente do IQA, chamou a atenção para a necessidade de entender a qualidade como um todo, não como um departamento. ENTIDADES - Em painel com entidades de classe, Antonio Fiola, presidente do Sindirepa, falou sobre a necessidade de conscientização do motorista para a manutenção preventiva. A opinião foi compartilhada por Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças, que apontou a importância da união de esforços no

Em painel com entidades de classe, falou-se entre outras coisas da necessidade de conscientização do motorista para a manutenção preventiva

setor para obter avanços nessa área. Marcelo Cyrino, vice-presidente da Fenabrave, defendeu a renovação da frota e o projeto de lei em tramitação, que prevê benefícios fiscais para a

aquisição de veículos. Em seguida, Renato Giannini, presidente da AndapSicap, discutiu sobre os entraves da distribuição tributária para a comercialização de autopeças.

RADNAQ


FÓRUM

REPARAÇÃO EM FOCO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

FÓRUM AGITA UBERABA

MERCADO SE UNE PARA ADQUIRIR CONHECIMENTO Evento organizado pela revista Reparação Automotiva e jornal Balcão Automotivo sacode empresários e profissionais locais interessados em se sobressair em seus negócios e carreiras cidade de Uberaba (MG), pertencente ao triângulo mineiro e com mais de 320 mil habitantes, recebeu no dia 11 de outubro o Fórum Reparação em Foco – Tendências do Segmento Automotivo, promovido pela revista Reparação Automotiva e jornal Balcão Automotivo, que movimentou as dependências do teatro do SESI local com a presença de um público formado em sua maioria por reparadores, algo em torno de 80 profissionais. Na ocasião, segundo o organizador, professor do SENAI Uberaba e colunista da revista Reparação Automotiva, Leandro Marco, foram apresentadas as novas tecnologias dos veículos e como se preparar adequadamente para atender esta demanda, e houve também 10

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um talk show com o comando do palestrante Jeison Lima. A iniciativa teve o apoio das empresas: Freudenberg-NOK Corteco, Graxinha Cash, Hipper Freios, KYB, Paraflu, Radnaq e Raven / King Tony. Sobre a pujança do mercado local, Leandro afirma ser excelente. “Temos na região muitos reparadores, em média 270 estabelecimentos legalizados e um número informal que no caso é estimado em 70 oficinas. Temos também por aqui distribuidoras de autopeças, salvo engano são nove no total. E um número bem grande de lojas de autopeças. Este não sei te informar com detalhes. Aliás, no evento, havia balconistas e atendentes”. Com relação ao número de eventos na região, de acordo com ele, nes-

te ano de 2017 já foram realizados um total de sete eventos e até o final do ano mais dois vão acontecer. “Temos uma meta de conseguirmos no mínimo um evento por mês. Mas bom mesmo seria se fossem dois. Para tanto, contamos com o importante apoio da revista Reparação Automotiva para atingirmos esta meta”, conta. Por fim, Leandro diz que levar conhecimento ao reparador é sua principal meta. “Fazer um setor forte e próspero e ter parceiros como a revista Reparação Automotiva, sem dúvida são conquistas imensuráveis. Sou reparador desde os 14 anos, hoje tenho 45, e nos últimos três anos no SENAI alimento esta vontade de levar conhecimento a uma classe que antes tudo era muito difícil. E para tanto convido a cada fabricante a estar junto nesta batalha”.



FÓRUM

REPARAÇÃO EM FOCO

SAIBA O QUE DISSERAM OS PARTICIPANTES DO ENCONTRO “Tanto o evento quanto a presença dos expositores foram boas. Sentimos que o setor local é muito dinâmico, as oficinas têm um movimento excelente. Mas quanto a necessidade de conhecimento, na nossa percepção, precisa ser trabalhada. O SENAI Uberaba é um grande apoiador e poderia ser melhor utilizado pelas empresas do segmento (fabricantes/distribuidores, etc..)”. Silvana Figueiredo, da Só Freios Suprema, de Botucatu (SP)

“Esse evento foi de grande importância para o sindicato e toda a classe de reparadores locais e também de cidades vizinhas. A palestra foi muito interessante, principalmente na área de atendimento, ensinando como cuidar bem do cliente, como recebê-lo na oficina, como se preparar para o futuro porque ele está muito próximo, haja vista os veículos cada vez mais tecnológicos”.

José Arlênio Veneziano, presidente do Simu – Sindicato da Indústria da Mecânica de Uberaba (MG)

“O Fórum cumpriu o seu papel de disseminar conhecimentos. A realização do evento na cidade de Uberaba foi um marco importante, trazendo para o interior de Minas Gerais um acontecimento de vital importância para os gestores de oficinas mecânicas. As tendências apresentadas propiciam uma visão estratégica, que poderão fazer um planejamento de curto, médio e longo prazos em seus negócios”. Silvânio Márcio Fernandes, gerente do SENAI Uberaba (MG)

“Para mim, em particular, esse Fórum foi ótimo e aconteceu no momento certo, pois eu estava desanimado com a minha oficina. Mas saí do evento com outro pensamento. Com isso, identifiquei que o problema estava no jeito que gerenciava o meu dia a dia e não na crise ou nos funcionários. Agora que eu consegui enxergar tudo que estava errado estou providenciando as mudanças". Cid Lúcio Ferreira Perpétuo, da Máxima Tecnologia Automotiva, de Uberlândia (MG)

“O evento foi de grande importância para todos que estavam presentes. Nossa área precisa de melhoria tanto da parte do empreendedor quanto na do reparador. Precisamos evoluir intelectualmente para que melhoremos a nossa mão de obra. Vejo como de grande valia eventos como este e o SENAI é uma entidade forte que deveria unir mais as oficinas para tentar fazer uma melhoria no âmbito de qualificação dos profissionais”. Rodrigo Guimarães - Opel Auto Center, de Uberlândia (MG) “Sem dúvida, foi uma palestra que me agradou bastante, um evento diferente dos que estou acostumado a frequentar, que tratou da atualização do mercado apresentando a todos suas tendências e novidades. O que mais gostei e que também me surpreendeu positivamente foi a linguagem dos palestrantes, direta. Agora eu consigo vislumbrar um setor cheio de oportunidades para todos”. Thiago Rocha - Ubercenter Serviços Automotivos, de Uberaba (MG)

PATROCINADORES 12

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GESTÃO

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL por Simone Kühl | foto Divulgação

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL TÉCNICAS PARA DESENVOLVER ESTA CAPACIDADE Entre as habilidades que podem ser treinadas estão a autocompreensão, autodomínio, sociabilidade e entrosamento Inteligência Emocional é um conceito relacionado com a chamada inteligência social, presente na psicologia, que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de saber lidar com eles, explica Norberto Chadad, CEO da Thomas Case & Associados. Mas na prática como funciona? A inteligência emocional é a habilidade de gerenciar as próprias emoções de maneira eficaz para atenuar o nível de estresse, comunicar-se de forma adequada, ser mais compreensivo, saber ouvir os outros, ter maior envolvimento com os problemas alheios, resolver desafios e conflitos. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

SITUAÇÕES - Se você se depara com fatos, como os três que mencionaremos a seguir, é sinal de que você precisa desenvolver essa capacidade: 1) você almoçou com um colega de serviço e não entendeu o mau humor apresentado por ele durante o almoço; 2) você fica confuso com os altos e baixos emocionais do seu local de trabalho; 3) você não sabe porque a última conversa com seu gestor o deixou tão chateado. A má interpretação e o domínio equivocado dos sentimentos são problemas que praticamente atingem a maioria das pessoas, estimulando pressuposições desfavoráveis. Principalmente em época de crises, como

ocorre no momento, é importante no mundo corporativo o uso de tal ferramenta, para melhorar a nossa interpretação sobre nossas convicções e a respeito das emoções dos outros, para um trabalho coeso, empático e agradável, portanto, mais produtivo. DESENVOLVIMENTO - Algumas habilidades que podem ser treinadas para trabalhar a Inteligência Emocional são: autocompreensão, autodomínio, sociabilidade e entrosamento. Na autocompreensão, reconheça suas próprias emoções, identificando-as e entendendo o porquê fica nervoso ou alegre com alguns fatos. Descubra seus pontos fracos e os fortes e tenha autoconfiança.


No autodomínio, seja capaz de dominar os seus sentimentos e comportamentos impulsivos, controlando suas emoções de forma saudável. Dê um tempo antes de agir com uma reação emocional bombástica. Deixe para o dia seguinte uma resolução para evitar desgastes desnecessários. Nada como um dia após o outro, depois de um sono reconfortante.

Na sociabilidade, habitue-se a chamar as pessoas pelo nome. Esse simples detalhe “desarma” o outro; você cria um vínculo, o que facilitará o seu acesso às emoções alheias. Procure não se distrair quando está interagindo socialmente, fixe sua atenção na outra pessoa. Observe as pessoas mesmo quando não estiver participando de alguma cena. Estu-

de o modo como falam, riem e interagem, você descobrirá dicas importantes. Entenda as emoções das outras pessoas e se sentirá mais confortável socialmente e reconhecerá melhor um grupo ou uma organização. No entrosamento, demonstre zelo e curiosidade em conhecer as pessoas, seja interessado por elas. Manifestando interesse, você cresce perante os outros. Procure sempre explicar suas decisões, não apenas tome-as, explique-as com detalhes e clareza. Pedir desculpas é positivo, melhor você dizer, desculpe-me fiz algo que prejudicou você do que você fez algo que me afetou, traga para si o motivo do “bate-boca“. Pratique, aperfeiçoe e exerça as habilidades da “Inteligência Emocional”.


PERFIL

MULTI POINT por Simone Kühl | fotos Divulgação

MULTI POINT AUTO CENTER REFERÊNCIA DE QUALIDADE EM PEÇAS E SERVIÇOS Certificada pelo IQA e integrante da rede de oficinas Bosch Car Service, oficina de Cuiabá cresce no centro-oeste do País e visa abrir uma filial

N

o mercado desde abril de 1998, a Multi Point Auto Center, de Cuiabá (MT), atua com serviços de manutenção automotiva nas áreas de manutenção preventiva, alinhamentos e balanceamento computadorizado, regulagem de injeção eletrônica, baterias e auto elétrica, ar-condicionado, mecânica em geral e serviços especiais. Na profissão há mais de 20 anos, Marivaldo Gomes Bezerra conta que seu primeiro trabalho foi como sócio da Mecânica Pato e Bezerra. “Decidi investir nessa sociedade e acabei gostando muito dessa área e, em 1998, montei minha própria 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

oficina. No início éramos pequenos, havia apenas eu, um eletricista e um reparador, fazíamos trabalhos de mecânica geral para a linha leve e hoje tenho clientes que estão comigo há mais de 20 anos”, recorda. DESAFIOS – O reparador comenta que a falta de capacitação e estrutura foram os principais desafios. “Eu não tinha ferramentas apropriadas e pensava muito em como era difícil, mas comecei a investir em estrutura, ferramentas e conhecimento. Participo de fóruns constantemente e temos treinamento de gestão e técnica. Todo ano buscamos atingir uma meta de horas de treinamento”, ressalta.

EXPECTATIVAS – De acordo com o reparador, este ano a oficina teve um aumento de faturamento de 10% a 12%. “Pretendemos atingir 15% em relação a 2016. Também temos como projeto futuro abrir uma filial”, adianta. ESTRUTURA – Hoje a sede da oficina é própria e dispõe de amplas instalações e equipamentos Bosch de última geração para diagnóstico automotivo. Além de toda essa estrutura, conta com sete funcionários treinados e qualificados, certificação IQA e é participante da rede de oficinas Bosch Car Service.



RESPONSABILIDADE SOCIAL

EDUCAÇÃO por Simone Kühl | fotos Divulgação

ENSINO DE QUALIDADE AO ALCANCE DE TODOS

Mais de 400 alunos foram formados em Manutenção Automotiva através da parceria entre o Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos (CE) e o Governo do Estado do Ceará

C

om o objetivo de qualificar e formar profissionais para empresas de autopeças e reparação automotiva, o Sistema Sincopeças Assopeças Assomotos é parceiro do Governo do Estado do Ceará no projeto de educação profissionalizante para jovens. “O apoio nesse projeto tem sido maravilhoso desde o início, podemos contribuir para a capacitação e o ingresso de profissionais no mercado de trabalho do Ceará”, conta Ranieri Leitão, presidente do Sincopeças Brasil e do SSA. Entre os principais motivos 18 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

que levaram a entidade a tomar a decisão de participar desse projeto foi o incentivo à formação de profissionais, beneficiando o setor automotivo.

as disciplinas ofertadas, material didático, laboratórios e até a seleção dos professores, acompanhamento das turmas e encaminhamento para estágio.

TURMAS - Iniciada em 2010, a primeira turma desse projeto está formada em 2013 na Escola Estadual de Educação Profissional de Itaitinga, uma escola padrão MEC de qualidade, para receber os cursos em tempo Integral.

Em 2013, as cidades de Sobral e Crato também começaram a fazer parte deste projeto. Até o ano de 2016 já foram formados 462 novos reparadores. Em 2018 terá início a primeira turma em Fortaleza e, em 2019, estão previstas novas turmas em São Luís do Curu e Tianguá.

O SSA foi responsável por toda a concepção pedagógica do curso de Manutenção Automotiva, desde

CURSO – Com duração de três anos, a escola funciona em tempo


integral e os alunos têm o ensino médio junto com o técnico. Durante a manhã, eles aprendem manutenção automotiva e à tarde as aulas seguem a base nacional curricular comum a todas as escolas. No último semestre do curso os alunos são encaminhados para estágios nas empresas associadas ao SSA, de acordo com o perfil e o interesse profissional de cada um. As fábricas também participam cedendo consultores para palestras especiais. Todos os participantes são alunos das Escolas de Ensino Profissional do Ceará, “sendo que os estudantes mais dedicados das escolas públicas participam deste projeto. Essa iniciativa do Governo levou o Ceará a ser exemplo de ensino educacional no País”, completa o presidente da entidade.


INDICADORES

ENTIDADES por Redação | foto Divulgação

NÚMEROS DO SETOR ENTIDADES DIVULGAM RESULTADOS

ANFAVEA De acordo com a Anfavea, a produção brasileira de autoveículos manteve ritmo ascendente em setembro e já soma nos nove meses transcorridos do ano 27% de crescimento: foram 1,99 milhão de unidades em 2017 contra 1,57 milhão em 2016. Apenas em setembro saíram das linhas de montagem 236,9 mil veículos, alta de 39,1% sobre as 170,3 mil unidades do mesmo mês do ano passado e baixa de 9,2% contra as 260,9 do último agosto, que teve três dias úteis a mais. FENABRAVE Conforme divulgado pela Fenabrave, as vendas de todos os segmentos somados apresenta20 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

ram queda de 9,55% entre setembro (276.126 unidades) e agosto (305.264 unidades). Já na comparação com setembro do ano passado (240.334 unidades), houve crescimento de 14,89%. No acumulado de 2017, o setor em geral teve queda de 1,18%, totalizando 2.352.784 unidades emplacadas de janeiro a setembro deste ano, contra 2.380.875 no mesmo período de 2016. ABEIFA As dezessete marcas filiadas à Abeifa, com licenciamento de 21.201 unidades, anotaram nos primeiros nove meses do ano baixa de 22,1% ante igual período de 2016, quando foram vendidas 27.227 unidades. No comparativo mensal, setembro de 2017 ainda registra queda de 13,6% em relação a igual período

de 2016. O desempenho de vendas no mês de setembro também significou queda, de 15,7%, comparado ao mês imediatamente anterior. Foram 2.379 unidades contra 2.821 unidades em agosto último. ABRACICLO Dados da Abraciclo mostram que foram produzidas 76.668 motocicletas em setembro, o que representa recuo de 4,4% sobre o mês de agosto (80.192). Na comparação com o igual período de 2016 (80.509), a retração foi de 4,8%. Os números referentes aos nove primeiros meses do ano também indicam uma queda: no período saíram das linhas de produção 652.192 motocicletas, correspondendo a um recuo de 8,5% na confrontação com o ano anterior (712.999).


anos

1947

2017


CARROS

FIAT ARGO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

FIAT ARGO

REPARADORES DE RECIFE AVALIAM O NOVO CARRO Modelo chega cheio de estilo, tecnologia, conforto, performance, esportividade e segurança ao mercado brasileiro efletindo sua trajetória de sucesso de 41 anos no Brasil, mas antenada às mais modernas tendências de mercado, design e tecnologia, a Fiat apresentou no final do primeiro semestre deste ano o Argo, que é a resposta da montadora a essa nova tendência: um hatch compacto por fora, mas muito espaçoso por dentro, equipado e com estilo primoroso. O Fiat Argo é fruto de um grande investimento da Fiat Chrysler Automobilizes (FCA) na modernização do Polo Automotivo de Betim (Minas Gerais), com foco na excelência construtiva. Ele representa um novo ciclo de renovação na consagrada gama da montadora, depois de um período em que a marca investiu em segmentos que ainda não estava presente, 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

como o de picapes maiores (Toro) e batches subcompactos (Mobi). DESEMPENHO - A performance do Fiat Argo vai muito além dos motores – Firefly com versões 1.0 três cilindros e 1.3 quatro cilindros, além do E.torQ 1.8 Evo VIS de 139 cv. Ela passa por um ajuste primoroso entre transmissão, direção e suspensão, além de uma carroceria sólida, bem construída e com excelente isolamento acústico. Quando o cliente procura modelos mais acessíveis, o consumo de combustível é um item de alta relevância. Por isso, Argo Drive com propulsores Firefly 1.0 e 1.3 são os mais econômicos do segmento. Agora, no momento que o consumidor optar por um motor maior, ele quer perfor-

mance. E a versão 1.8 entrega, pois quando impulsionado pelo E.torQ Evo VIS 1.8, passa a oferecer o melhor desempenho da categoria. A família Firefly traz cabeçote de duas válvulas por cilindro e comando de válvulas único no cabeçote com variador de fase, tanto o motor 1.0 de três cilindros quanto o 1.3 de quatro cilindros apresentam o menor consumo de energia interna para o acionamento do valvetrain. Com 3 cilindros e 1.0 litro, Argo Drive tem 77 cv e 10,9 kgmf de torque com etanol. Quando 1.3, ele traz 4 cilindros, 109 cv e 14,2 kgmf de torque (etanol). TRANSMISSÃO - São três tipos de transmissão disponíveis: manual de cinco marchas, GSR Comfort por botões (também com cinco


velocidades) e automática de seis marchas. Comum a todos os gêneros, o escalonamento preciso extrai a maior potência e maior torque nas mais variadas rotações. Todas contam com a última marcha na função Overdrive, que prioriza a diminuição de consumo e ruído.

MODELOS - O Fiat Argo chega em sete versões, oferecendo três opções de motores, três ofertas de transmissão e três configurações de acabamento – Drive, Precision e HGT. Entre as versões estão: o Fiat Argo

Drive 1.0, Fiat Argo Drive 1.3, Fiat Argo Drive 1.3 GSR, Fiat Argo Precision 1.8, Fiat Argo Precision 1.8 AT6, Fiat Argo HGT 1.8, Fiat Argo HGT 1.8 AT6 e a série especial Opening Edition Mopar.

Para se ter uma ideia, o veículo lançado há quase seis meses no Brasil traz ainda as facilidades de câmbio automático de seis marchas, câmbio GSR (Gear Smart Ride) Comfort, sistema Start&Stop, direção elétrica progressiva, alto torque em baixa, transmissão por corrente, nada de tanquinho, calibração da suspensão e conforto acústico. OPINIÃO – Para Alex William Castilho (Tito), da Oficina Tito & Tuta, da zona Leste de São Paulo, o veículo com certeza vai agradar o consumidor. Como novidades na manutenção deste carro, ele comentou que alguns itens de suspensão mudaram em relação a modelos similares e que a mecânica está mais atrás, o que facilitou o acesso em alguns itens, mas dificultou em outros como na troca de velas e filtros, que agora vai exigir ferramentas específicas. Outro detalhe que ele apontou é o escapamento em aço inox que ficou melhor. Na opinião de José Ibson Nascimento de Lima, do Centro Automotivo Líder Peças e Serviços, de Jaboatão dos Guararapes (PE), muitos detalhes do veículo foram melhorados comparativamente a outros carros, o que facilitou ainda mais o trabalho do reparador. No geral, José Ibson após dirigir o automóvel destacou como pontos fortes: conforto, visibilidade, troca de marcha, direção elétrica, dirigibilidade, frenagem, painel e sistema multimídia.

FICHA TÉCNICA | FIAT ARGO PRECISION 1.8 MOTOR TIPO: 1.8 16V E.TORQ VIS FLEX MANUAL POTÊNCIA (CV/RPM): (E) 135 cv / 5750 rpm (G) 139 cv/ 5750 rpm TORQUE (KGF.MRPM): (E) 19,3 kgfm / 3750 rpm (G) 18,8 kgfm / 3750 rpm

DIMENSÕES COMPRIMENTO: 3.998 mm LARGURA: 1.724mm ALTURA: 1.505 mm DISTÂNCIA ENTRE EIXOS: 2.521 mm CAPACIDADES PORTA-MALAS: 300L TANQUE DE COMBUSTÍVEL: 48L

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

23


NEGÓCIOS

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Nos negócios, o diferencial é considerado o grande responsável pelo sucesso. Confira algumas dicas para se destacar da concorrência

P

ara inovar, é fundamental estar atento ao foco do consumidor e identificar o que ele quer. De acordo com Olavo Centeno, fundador da FalaAuto (www.falaauto.com.br), é preciso estar onde o cliente está, usar os canais de contato que ele utiliza e apresentar o que ele está buscando enquanto solução. Para ajudar você na busca pela originalidade, reunimos quatro dicas para se destacar, levando em consideração o ponto de vista do consumidor. “São aspectos 24 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

que chamam a atenção do cliente, além daquilo que naturalmente o atrai para a sua empresa”, emenda. DISPONIBILIDADE - Mostre-se disponível quando a concorrência estiver ausente. Qual o horário de funcionamento da sua oficina? A grande massa atende de segunda a sexta-feira em horário comercial (das 8h às 18h) e aos sábados (das 9h ao meio dia). Para se destacar, contudo, é preciso fazer diferente: que tal abrir aos domingos e feriados? Muitos consumidores têm dificuldade de encontrar uma

empresa de reparação automotiva aberta nestes dias, que, às vezes, são os únicos que eles têm livre para levar o veículo à oficina. Uma coisa é certa: carro não tem dia nem horário para quebrar e o cliente precisa de alguém para consertar. PRESENÇA - Apresente-se para o serviço aonde quer que o cliente esteja. Alguns clientes têm certas limitações que os impedem de programar as visitas às oficinas mecânicas. Então, outra de nossas sugestões é a implementação do serviço de ‘oficina móvel’ – um atendimento em que o


profissional vai até o consumidor, seja na residência, no trabalho ou onde quer que o veículo se encontre. É claro que nem todo serviço pode ser disponibilizado nestas circunstâncias. Mas, aí, é só uma questão de acertar os detalhes com o cliente. Talvez, dessa interação possa até surgir um voto extra de confiança e o consumidor autorize você a levar o automóvel à sua oficina para os trabalhos que dependerem de outros recursos. DEDICAÇÃO - Dedique o tempo de espera ao bem-estar do consumidor. Aguardar pelo conserto do veículo definitivamente não é um dos melhores passatempos. Para aliviar e entreter o cliente, muitas empresas já disponibilizam, além de revistas, jornais e programação televisiva (com sorte, TV a cabo), Wi-Fi e espaço kids. O clássico ca-

fezinho e a água também ajudam a atenuar a ‘interminável’ espera. Mas, como boa parte desses recursos é bastante comum, oferecê-los não mais diferencia o seu estabelecimento dos demais. Para se sobressair, vale a pena fornecer algum serviço do tipo terapêutico, como a quick massage, ou estético, como limpeza de pele, corte e hidratação capilar ou manicure. Tais tratamentos favorecem ambos os gêneros. Mas, ainda que você esteja se questionando se essa adaptação não seria ‘feminina’ demais para o seu ambiente, saiba que, hoje em dia, as mulheres representam 50% da clientela de oficinas mecânicas e a maioria em concessionárias e revendas. Sendo assim, favorecer à, pelo menos, metade da carteira de

clientes não parece de todo ruim. NEGOCIAÇÃO - Favoreça o cliente nas negociações de pagamento. As limitadas condições de pagamento oferecidas no mercado atualmente são um grande empecilho para os consumidores. O cheque virou obsoleto, o à vista é quase inviável (já que dinheiro em espécie está rente à extinção e os descontos -quando praticadossão irrisórios) e o crédito não divide na quantidade ideal para o bolso da maioria dos brasileiros. Com base nesta realidade, o parcelamento estendido é uma excelente alternativa e exatamente a nossa recomendação. Trata-se de um imenso benefício, uma vez que suavizar as prestações não altera o seu preço, mas definitivamente muda o seu valor.


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GARANTIA por Karin Fuchs | fotos Divulgação

GARANTIA DE PEÇAS O QUE VOCÊ PRECISA SABER Procedente ou não, essa questão é sempre um calcanhar de Aquiles na reparação automotiva. E alguém paga por isso

N

lução o mais rápido possível. Isso gera um impasse e desgaste com o cliente, que acha que a culpa é sempre da oficina”.

Ele explica que “muitas vezes a análise da peça por parte do fabricante é um procedimento demorado e o dono do carro quer a so-

Nas palavras de Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE, “em média, o retorno de garantia é de 5% nas oficinas. O reparador é experiente, segue as normas da ABNT, de forma que o maior retorno de garantia é por falha de fabricação, que nem sempre é acatada pelas fábricas”.

ão importa de quem é a culpa, erro de fabricação ou aplicação, “a garantia de peça, primeiramente, recai sobre a oficina que tem o cliente esperando pelo serviço e quer que o carro fique pronto logo”, conforme diz Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional.

28 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Roberto Turatti (Billy), presidente do NEA/ARVESC, Núcleo Estadual de Automecânicas/Associação de Reparadores Veiculares de Santa Catarina, diz que “infelizmente, cerca de 80% do retorno de garantia é por má aplicação, há também uma solicitação muito grande por falta de diagnóstico (substituição errada de componentes), e o preenchimento incor-

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional


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GARANTIA

Roberto Turatti (Billy), presidente do NEA/ ARVESC, de Santa Catarina

Fabio Murta, do Marketing da Gates

Jair Silva, da Qualidade e Serviços da Nakata

reto do termo de garantia”.

camos que são os responsáveis pelos problemas dos nossos produtos”.

FREQUÊNCIA - E mesmo com os percalços, os fabricantes afirmam que o índice de garantia vem caindo. “O índice de garantia da Nakata é notoriamente de queda, ele é avaliado palas áreas de engenharia e qualidade periodicamente e se apresentarem sinais de variação para fora do estabelecido, ações de investigação e correção são imediatamente adotadas”, informa Silva.

FABRICANTES - Para Fabio Murta, gerente de Marketing da Gates, “a aplicação errada responde pela grande maioria dos casos. A utilização de peças correlatas erradas (tensores, polias, etc.), a falta de verificação do alinhamento do sistema de transmissão e a falta de manutenção e inspeção preventiva também contribuem bastante”. Gerente de Assistência Técnica da Schaeffler, Airton José do Prado, pondera: “hoje em dia, os veículos estão cada vez mais complexos, com sistemas minuciosos e delicados. Por este motivo, na Schaeffler defendemos sempre que a capacitação e o aperfeiçoamento constantes são caminhos essenciais”. E, ainda, “quanto mais rápido e preciso é o diagnóstico, menos problemas os carros apresentarão, uma vez que o mau funcionamento de uma peça pode afetar as demais ao seu redor. É fundamental analisar o conjunto dos sistemas de um automóvel, sobretudo os componentes periféricos, já que inúmeras vezes identifi30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

CAPACITAÇÃO – Ricardo Namie, chefe da Assistência Técnica da NGK do Brasil, comenta que nas velas de ignição os problemas mais recorrentes são devido ao uso de combustível de má qualidade, além da carbonização da peça. “No caso dos sensores de oxigênio e das bobinas, ainda há muitas falhas de diagnósticos, o que faz com que trabalhemos com mais afinco para melhorar a capacitação dos profissionais da reparação”, acrescenta. Para Jair Silva, gerente de Qualidade e Serviços da Nakata Automotiva, “um dos problemas mais frequentes hoje é a proliferação de vídeos incentivando o ‘faça você mesmo’, pois isto contribui para o aumento de garantia devido à falta de conhecimento da pessoa que está aplicando o produto. A Nakata recomenda que qualquer serviço relacionado ao automóvel, por mais simples que pareça, seja executado por um profissional habilitado e estabelecido”.

Ele atribui a queda ao “trabalho de pós-venda e atendimento muito próximo ao cliente para dar suporte e ajudá-lo na identificação da peça correta para a aplicação que se destina. E no investimento na área de pesquisa e desenvolvimento propõe o lançamento de determinado produto somente após os testes de vida útil determinados por nossa engenharia”. Na Gates, Murta conta que “em 2016, o índice de processos abertos não chegou a 0,000021% do volume total de peças fabricadas. Neste ano, o índice está em 0,000019%.

Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE


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GARANTIA

Deste total, menos de 4% são casos aceitos como procedentes”. Segundo ele, “com um maior número de reparadores que tem acesso às informações técnicas que fornecem ao mercado, a quantidade de processos abertos reduziu de modo considerável nos últimos anos”. Cenário similar na NGK. “O índice de reclamações e garantias tem diminuído, ainda que a nossa oferta de produtos tenha aumentado com a inserção de novas linhas. Atribuímos essa queda à capacitação da mão de obra por meio dos treinamentos realizados pela NGK, bem como pelo uso, cada vez maior, da internet e de acessos ao nosso site, onde os clientes podem encontrar uma série de informações técnicas e sobre aplicações”, avalia Namie. PREVENÇÃO - E também na companhia Schaeffler. “Com todas as ações que temos desenvolvido, com foco na capacitação e treinamento dos reparadores, o índice de garantia tem caído ano a ano. Isso acontece porque, na maioria das vezes, os problemas surgem devido à instalação das peças. Quando corretamente manipulados, os produtos LuK, INA, FAG e Ruville dificilmente dão problemas”, diz Prado. Ele frisa que “a queda do índice de garantia se deve às ações que temos desempenhado com foco nas oficinas, como as palestras presenciais, brochuras ilustradas, quadros explicativos, vídeos, embalagens com informações dedicadas e precisas, etc. E a nossa parceria continua com os reparadores que nos levam a este resultado positivo”. PESO DA MARCA - Nas palavras de Fiola, “nós temos percebido que a 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Assistência Técnica da NGK do Brasil

garantia tem diminuído com relação às peças de fabricação nacional e aumentado em relação às importadas. A garantia é um ponto sensível para a oficina e que também é levada em consideração na escolha da marca do fabricante. Quanto mais ágil é o sistema, melhor para toda a cadeia, inclusive o consumidor”. De acordo com Moraes, algumas oficinas têm procurado o Sindirepa-PE para saber como proceder. “Elas não querem confrontar o distribuidor e o fabricante, querem apenas uma garantia bem-feita. E isso é determinante para a escolha da marca”, revela. NO VAREJO - Alexandre Kohara, gerente Comercial da Braskape Auto Peças, alerta: “a quantidade de reclamações que cada loja recebe é um pouco reflexo da sua própria conduta. Se o lojista aceitar trocar tudo, o consumidor (cliente final ou oficina) se aproveita dessa situação e muitas vezes é uma reclamação indevida. E isso gera uma indisposição com o distribuidor e com o fabricante”. Na Braskape, há uma pessoa que cui-

da somente de garantia. “Dessa forma já é feita uma triagem. Em alguns casos, percebe-se de imediato que foi por erro de aplicação, em outros, é preciso a análise técnica da fábrica. Mas se a loja não tiver um profissional gabaritado para isso, cada vendedor pode adotar uma postura diferente, que muitas vezes não é a conduta que o lojista quer”. Na PRPK Distribuidora de Auto Peças, o diretor Comercial, Paulo Calvo (Paulinho), também informa que há um profissional que cuida somente da parte de garantia, o que facilita bastante. “E nós buscamos trabalhar com parceiros que tenham um bom trabalho de pós-venda. Se a empresa tem um histórico de que não é boa para resolver problemas de garantia, muitas vezes deixamos de comprar dela, mesmo que tenha um preço melhor”. PROCEDIMENTO - Na NGK, Namie especifica como é o processo de garantia. “Ele é muito rápido e simples. Primeiramente, o cliente se dirige ao varejo onde realizou a compra para que seja feita uma pré-análise, verificando se o produto está dentro



CAPA

GARANTIA

E acrescenta: “disponibilizamos também um eficiente sistema de logística reversa que recolhe a garantia no distribuidor e entrega na Nakata sem qualquer custo ao cliente. O sistema de garantia adotado pela Nakata é o de devolução comercial, ou seja, após o recebimento da mercadoria o cliente é creditado do valor correspondente”. Alexandre Kohara, da Braskape Auto Peças

do prazo de garantia e se não há nenhum dano aparente. Caso tenha, o cliente é orientado já no varejo”. E, “caso não identifique nenhum problema, o varejo envia a peça ao distribuidor, onde mensalmente a nossa equipe de pós-venda faz a análise do produto. E, caso seja necessário, o cliente também pode acionar a nossa equipe de pós-vendas por meio de nosso SAC, onde podemos agendar um atendimento técnico”, finaliza Namie. Na Gates, Murta informa que o atendimento é sempre de imediato, pelo serviço de 0800, ou por meio dos promotores de campo. “Desta forma, o processo é registrado e encaminhado ao corpo técnico e de qualidade em menos de uma semana. O prazo determinado pela legislação é de uma resposta final em até 30 dias, mas como a urgência da entrega de um veículo é sempre grande, a Gates tem como meta antecipar este prazo”. PRAZO - Silva diz que “o tempo de resposta da Nakata é o mais rápido possível, ela tem um sistema eficiente de análise de garantia direto no distribuidor, assim as peças, uma vez liberadas pela equipe técnica, a garantia está automaticamente concedida”. 34 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Prado informa que a Schaeffler tem uma equipe de assistência técnica para atendimento em campo, atuante nas principais cidades brasileiras, e as oficinas também têm à disposição o call center (0800 11 10 29). “Portanto, muitos problemas são solucionados de imediato, principalmente quando relacionados à instalação ou defeitos em peças periféricas que interferem no desempenho das nossas, o que é bem comum”. Kohara, da Braskape, lembra que pelo Código de Defesa do Consumidor o lojista tem um prazo de 30 dias para reparar o prejuízo ou repor a peça ao consumidor. “Às vezes, a resposta do distribuidor ou fabricante é mais morosa do que este prazo. Mas como já conhece-

mos os processos de alguns deles, a decisão é tomada junto ao aplicador para agilizar o processo”. QUEM PAGA - Antonio Fiola esclarece que, se o problema for da peça, a fábrica ressarce a oficina com a mão de obra. “Por isso, é importante escolher peças de marcas reconhecidas e de qualidade, que oferecem bom serviço de pós-venda. Mas se o caso for de má aplicação, o custo é da oficina. Há muita falha relacionada à aplicação errada”. O mesmo diz Roberto Turatti (Billy), alertando, mais uma vez, para o preenchimento correto do pedido de garantia. “A oficina pode cobrar pela mão de obra se o problema estiver na peça. Porém, muitas delas não conseguem a própria garantia por não preencherem corretamente o termo de garantia”. Para o presidente do Sindirepa-PE, no caso da garantia, a remuneração da mão de obra deveria ser feita a partir de uma tabela, com base no tempo de serviço cobrado pelas concessionárias ou pago pelas seguradoras, por exemplo. “A ideia não é a oficina

Paulo Calvo (Paulinho), da PRPK Distribuidora de Auto Peças



CAPA

GARANTIA

ganhar dinheiro, mas sim, deixar de perder. E esse retrabalho demora mais que o conserto anterior, pois a desmontagem é mais observada para identificar o que ocorreu”, enfatiza Moraes.

inclusive no Seminário da Reposição Automotiva do ano passado, e o Sindirepa-SP apresentou um projeto de norma ABNT para garantia no Brasil. A norma está sendo desenvolvida em sua fase final.

Paulo Calvo (Paulinho) diz que “atualmente o maior incômodo no mercado de reposição automotiva é a garantia. Às vezes, o nosso cliente não entende que foi por erro de aplicação. Em alguns casos, fazemos a substituição de imediato e se o laudo for improcedente, nós o cobramos. E quando é procedente, muitos cobram pela mão de obra e algumas fábricas acatam”.

Segundo Fiola, “a medida visa reduzir o volume de garantia na ação e minimizar custos da operação; uma forma de melhorar a imagem do setor de reparação com relação aos consumidores, de diminuir os riscos dos fabricantes devido a possíveis garantias indevidas, reduzir o volume de fontes de envio e marcas de autopeças junto aos varejistas e distribuidores, e criar a cultura da garantia técnica e não comercial, valorizando a qualidade dos fabricantes”.

MOVIMENTO - A garantia de peças é um tema que já foi bastante debatido em vários fóruns do setor,

mercial para estabelecer comunicação de forma segura, melhoria das relações comerciais, simplificação com a redução da variedade de procedimentos, economia mediante a diminuição dos custos com a sistematização de processos e proteção dos consumidores. Além de promover mais organização do mercado, linguagem única, aumento da produtividade, redução de custos e melhoria da qualidade dos produtos e serviços. Atualmente, existem 25 normas ABNT para serviços automotivos e muitas delas estão sendo atualizadas.

A norma estabelece um procedimento antes de atuar a garantia co-

Airton José do Prado, da Assistência Técnica da Schaeffler

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NA OFICINA

MOTOR

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

colaborou Fabio von Glehn sócio-diretor da Ciclo Engenharia

SISTEMA DE INJEÇÃO

ESTRATIFICAÇÃO DA MISTURA

TIPOS DE INJEÇÃO - PARTE 3

N

esta terceira parte da matéria, vamos mostrar as diferentes estratégias de estratificação da mistura. Entretanto, todas elas têm uma coisa em comum, que é procurar alcançar uma estratificação da carga e não a relação estequiométrica entre ar e combustível como normalmente se faz no processo de mistura homogênea.

Entenda os processos de estratificação e saiba o que os diferenciam da mistura homogênea PROCESSO DE COMBUSTÃO ARRASTADO PELO AR – Esse processo (Figura B) é semelhante ao anterior com a diferença que em vez de usar a cavidade do pistão para direcionar o jato usa o próprio fluxo de ar na câmara para arrastar a nuvem de vapor de combustível para a região da vela de ignição. Isso resolve o problema da umidificação, mas perde a estabilidade na reprodução, pois existem variações entre um fluxo de ar e outro. A solução geralmente combina direção à parede com a estratégia de arraste pelo ar como forma de obter o melhor dos dois métodos.

de combustível é inflamado logo após a injeção. Isso significa um desafio extra, pois a injeção deverá ocorrer durante o tempo de combustão com um tempo de preparação muito curto. O processo de estratificação é direto e elimina a possibilidade de umidificação com vapores de combustível nas paredes do cilindro e é totalmente independente do fluxo de ar no interior do cilindro. Esse é o processo com maior economia de combustível.

PROCESSO DE COMBUSTÃO DIRECIONADO À PAREDE - Nesse processo (Figura A) o combustível é injetado na câmara de combustão pelo lado enquanto uma cavidade no pistão direciona o jato para a vela de ignição. A formação da mistura ocorre no caminho e num tempo muito curto, o que permite a produção de pontos úmidos de vapor em regiões indesejáveis.

PROCESSO DE COMBUSTÃO DIRECIONADO À VELA – Nesse processo (Figura C) o injetor é montado ao lado da vela de ignição e o jato

Nas próximas edições ainda iremos abordar outras matérias como: criar um fluxo de ar na câmara de combustão de modo a arrastar a nuvem de combustível para um ponto desejado e como resolver o problema da redução do tempo de preparação.

DIRECIONADO À PARTE

ARRASTADO POR AR

DIRECIONADO À VELA

FIGURA A

FIGURA B

38 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

FIGURA C

fonte: Manual de Tecnologia Automotiva – Bosch


NA OFICINA

ELÉTRICA

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

colaborou Leandro Marco Instrutor Senai Uberaba / MG

DEFEITOS ELÉTRICOS

APÓS O REPARO DO VEÍCULO

Entenda quais são os defeitos provocados por ação ou uso errado após realizada a manutenção

M

uitas vezes entregamos o carro ao cliente e está tudo perfeito. Passa-se uma semana, chega o cliente reclamando de falhas, aceleração, cortes, iluminação deficiente. Pois bem, conheça o defeito colocado! Para melhor entendimento, defeito colocado é quando não é proveniente da manutenção que falhou, ou da produção errada do componente. Mas um defeito que foi provocado por ação ou uso errado do veículo. DEFEITO - O sistema mais afetado é a parte elétrica. Quando você abre o capô de algumas montadoras já existe o aviso (Foto 1). Este adesivo de alerta deveria ser adotado por todos os fabricantes. Existem mitos como um de que não se pode lavar o motor quente, mas não há problemas se estiver frio. Quase isto! O que muitos não sabem é que não são afetados apenas os componentes mecânicos, mas podemos ter trinca de bloco, cabeçote, etc. Mas o que está oculto a muitos é lembrar que os veículos de 1991 acima, dotados de gerenciamento eletrônico do motor, estão repletos

de sensores e atuadores, além de conectores que podem armazenar água nos contatos.

FOTO 1

SENSORES - São os componentes que têm a função de enviar sinais para Central Eletrônica de Comando do Motor informando a situação de funcionamento de parâmetro pré-fixado no software do fabricante, exemplo: o sensor de posição do acelerador, conhecido como TPS. ATUADORES - São os componentes comandados pela Central de Comando Eletrônico do Motor, estes têm a função de executar o trabalho, como centelha de ignição, injetar o combustível, etc. O mais comum e mais afetado é a bobina de ignição. POR QUE SÃO AFETADOS? Porque são componentes resistivos! Possuem resistência elétrica, e aí está a quebra de um mito: o motor não precisa estar funcionando e aquecido, apenas manter a ignição ligada, os sensores e atuadores recebem alimentação elétrica E ao receberem o jato de água, sofrem o choque térmico, e afetam suas propriedades resistivas, que alteram seu funciona-

mento. Há casos em que o veículo aumenta a aceleração, em outros ele falha a aceleração, a bobina de ignição perde potência, trinca, vaza centelha por sua carcaça. Outro muito afetado nos veículos atuais é o alternador (Foto 2). E fora isto, temos os maus contatos, oxidações que vão sendo geradas nos conectores, que por ação da água, e os terminais são metálicos, oxidam, enferrujam, etc.

FOTO 2

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

39


NA OFICINA

TRANSMISSÃO colaborou Everton Luchtenberg Instrutor da Touver Treinamentos

TRANSMISSÃO DSG DE DUPLA EMBREAGEM

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

Saiba mais sobre os cuidados na substituição do fluido da transmissão e a importância da manutenção preventiva

D

Q250 DSG é uma caixa de velocidades de mudança direta (em alemão: Direkt-Schalt-Getriebe), uma caixa de velocidades de eixo duplo e duas árvores de engrenagens tendo cada uma um pinhão de saída da força, controlada eletronicamente em um design transversal, e com controle totalmente automático ou semimanual. As primeiras transmissões reais de dupla embreagem foram derivadas do desenvolvimento interno da Porsche para 962 carros de corrida na década de 1980, projetadas pela BorgWarner e licenciadas para o Grupo Volkswagen. Ao usar duas embreagens independentes, uma DSG pode atingir tempos de mudanças mais rápidas e eliminar o conversor de torque de uma transmissão automática epicíclica convencional. As transmissões DSG com embreagem molhada (são imersas no fluido que tem a função de aplicação e resfriamento) utilizam dois filtros de fluido, um filtro interno e outro refil externo. Para substituição do filtro interno é necessária remoção e desmontagem do câmbio para ter acesso, já o refil tem fácil acesso na parte externa da transmissão e tem que ser substituído junto à troca preventiva do fluido. 40 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Transmissão DQ250 / 02E DSG de dupla Embreagem

TRANSMISSÃO DSG - Muitos mitos deixam os técnicos e os proprietários dos veículos em dúvida sobre a substituição do fluido da transmissão DSG ou até mesmo as automáticas convencionais, com a velha história de ser long life ou vitalício, porém a falta de manutenção preventiva tem trazido alguns problemas bem graves nesses modelos de transmissão. Sim! A manutenção preventiva de substituição do fluido é necessária e com um prazo mais curto que imaginamos, sendo recomen-

dada em veículos hoje com 30.000 quilômetros em condições de uso severas (carro que é pouco utilizado, menos de 10 km por dia), enquanto que a falta dela pode trazer algumas dores de cabeça, tanto ao técnico quanto ao proprietário. Uma transmissão DSG é disposta de engrenagens mecânicas, que com o atrito das peças acaba por liberar pequenas limalhas do seu desgaste natural de uso, tendo o mesmo fluido responsável em lubrificar todos os elementos, responsável pelos comandos hidráulicos no corpo de


FOTO 1

FOTO 2

Nesta e nas imagens ao lado, como o sensor da Mecatrônica faz leitura da posição do garfo dentro da transmissão DSG

válvulas, aplicação das embreagens e resfriamento, necessita de filtros para que essas contaminações não se depositem em lugares inapropriados, como no corpo de válvulas, podendo travar uma válvula de gaveta ou acumular depósitos nos sensores indutivos e gerar interferência nos comandos de troca de marcha.

FOTO 4

MANUTENÇÃO PREVENTIVA - A manutenção preventiva inclui a substituição do fluido (quando deve ser sempre utilizado o homologado pelo fabricante) e o filtro refil que tem o acesso externo. Na imagem vemos dois filtros (Foto 3), o maior é da transmissão DQ500 que embarca na Audi Q3 2.0 TFSI no Brasil, no qual está totalmente bloqueado com os resíduos do desgaste natural do câmbio, quando ele para de filtrar por entupimento, mas que tem uma válvula de segurança que deixa o fluido continuar circulando, para que não haja uma baixa vazão interna e venha gerar problemas por falta de pressão hidráulica. A válvula fica localizada na parte superior do filtro e quando

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FOTO 3

o filtro entope ela abre para dar passagem livre aos contaminantes internos na transmissão DSG. A limalha é o maior problema de todos, pois como foi falado acima, ela acaba por aglomerar nos sensores e gerar interferência em seu funcionamento. Quando essa contaminação entra em excesso na transmissão, ela vai acumular nos sensores conforme a foto 4, podendo causar vários códigos de falhas e mau funcionamento do veículo.


NA OFICINA

SUSPENSÃO por Silvio Rocha | fotos Divulgação

colaborou Valdir Pinto da Silva

BARULHO CRÔNICO NA SUSPENSÃO DO HYUNDAI TUCSON

Apesar de relativamente comum, reparadores suaram a camisa para chegar à solução. Fábrica explica tecnologias empregadas em seu componente para evitar barulho

O

empresário da reparação Valdir Pinto da Silva, do Roda Center Centro Automotivo, da região de Guarulhos (SP), conta que precisou queimar os neurônios para chegar a um diagnóstico no Hyundai Tucson com problema crônico de barulho na suspensão, que segundo ele vem desde sua versão zero quilômetro, mais especificamente do lado direito dianteiro do carro. “Essa é uma dificuldade característica de fábrica que antes não tinha solução”. Desde o primeiro automóvel da marca e modelo que aportou na oficina com esse problema, Valdir relata que ele e sua equipe procuram ouvir sempre a explicação do proprietário, e a princípio para resolverem essa situação chegaram a tirar todos os componentes deste sistema, mas nada resolvia. “Substituímos amortecedores,

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coxins, todos os itens, mas o barulho continuava e sempre mandávamos de volta o carro para o cliente”. O pulo do gato, de acordo com o empresário da reparação, foi quando depois de muitos testes resolveu apostar numa marca específica de amortecedores. E apenas com a troca do componente para um novo da marca KYB o problema foi resolvido. “Depois de muito tentar, decidimos colocar o amortecedor dessa marca e o barulho desapareceu. Após descobrirmos essa solução, apareceram três casos seguintes que também conseguimos resolver”, comenta. TECNOLOGIA – Procuramos a fabricante para saber um pouco mais do desenvolvimento dos produtos. Segundo a equipe técnica da

KYB, um dos diferenciais dos amortecedores da marca para o mercado de reposição é a sua tecnologia de ponta e a utilização de matérias primas padronizadas por suas 26 fábricas ao redor do mundo, além disso 100% desses componentes são testados, visando garantir a qualidade total de seus produtos. DIFERENCIAIS – Ainda conforme a fábrica, as particularidades que fazem seus amortecedores não apresentarem barulho são que esses componentes se utilizam de aditivações específicas para o fluido hidráulico, o que anula o efeito da aeração quando em funcionamento, aumentando o desempenho e a vida útil dos componentes internos; são desenvolvidos pensando no desgaste natural dos componentes acessórios à suspensão.


NA OFICINA

FREIOS

FREIOS E FARÓIS

colaborou Wagner Figueiredo

O QUE ACONTECE QUANDO HÁ DESIQUILÍBRIO ENTRE OS SISTEMAS

por Silvio Rocha | fotos Divulgação

Reparador conta o caso de um Fiesta Espanhol que piscava a luz do farol toda vez que era acionado o pedal de freio

Um cliente aqui da cidade possuía um Ford Fiesta Espanhol, aquele primeiro que chegou ao Brasil, depois mudou-se para Curitiba (PR). Ele era daquelas pessoas muito engraçadas, que fazia todo mundo sorrir, contava piadas, conversava com os mecânicos, sempre com uma piadinha pronta”, conta Wagner Figueiredo, da Só Freios Suprema, da cidade de Botucatu (SP). Foi difícil acreditar no que ele um dia entrou na oficina dizendo, quando retornou a Botucatu. “Ele chegou com o Fiesta Espanhol contando que pegava um trecho para chegar à casa dele em Curitiba com uma curva bastante acentuada, que quando freava os faróis piscavam e

logo em seguida ficava sem freio”. SOLUÇÃO - Não demorou para que Wagner e sua equipe identificassem o problema. “O que aconteceu é que lá em Curitiba trocaram a bateria por uma que não era a especificada pela fabricante, com isso a bateria ficava solta e o que acontecia é o que o polo positivo da bateria encostava no cilindro-mestre do Fiesta Espanhol, que era bem próximo. E acontecia realmente de o farol piscar quando o freio era acionado”, explica. Como Wagner chegou ao diagnóstico? Ele diz que os anos de experiência no setor foram decisivos. “Eu abri o capô e vi que tinha uma marca no cilindro-mestre, um chapisca-

do da bateria. Na minha opinião, foi um erro do pessoal que trocou a bateria. Colocaram uma que não era a especificada pela fabricante. Se tivesse ocasionado algum acidente, quem imaginaria que a bateria poderia influenciar no freio?, conclui. FIESTA ESPANHOL- O modelo chegou ao Brasil em 1995, ainda com a terceira geração original, lançada na Europa em 1989, importado da fábrica de Valência, apenas com motor 1.3, mas com opção de duas e quatro portas. A única modernidade daquela época era a injeção eletrônica multipoint. O câmbio manual de cinco marchas era a única opção de transmissão. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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FEIRA

AUTONOR por Silvio Rocha e Simone Kühl | fotos Divulgação

AUTONOR 2017

FEIRA NORDESTINA É PALCO DE NOVIDADES Entre os dias 13 e 16 de setembro, mais de 38 mil pessoas estiveram presentes no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda

N

os quatro dias de evento, a Autonor – Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste, reuniu indústrias, distribuidores, representantes, fornecedores do segmento de reparação e reposição de peças de veículos do Brasil e do exterior e um público formado por varejistas, donos de oficinas, reparadores e apaixonados por carros, que vieram de vários estados do País, inclusive por meio de inúmeras caravanas organizadas por

empresários e entidades de classe. Em sua 9ª edição bienal, a Feira proporcionou aos visitantes a participação em cursos e workshops de capacitação. No total, mais de 38 mil pessoas estiveram presentes para prestigiar e conhecer as principais novidades e tendências de mais de 700 marcas expositoras, gerando cerca de R$ 42 milhões em negócios realizados. RESULTADOS – Para Emanuel Luna, diretor da Autonor, a feira deste ano marcou a retomada do crescimento de autopeças que, desde o primeiro semestre, vinha com sinais de recuperação. “A indús-

Emanuel Luna, diretor da Autonor

tria do setor demonstrou que está confiante na expansão das vendas utilizando a feira como plataforma para lançamentos de seus produtos e consolidação de seus canais de distribuição nos mercados do Norte e Nordeste”, afirma. Diante dos resultados obtidos este ano, Luna prevê uma Autonor ainda maior na próxima edição. “Em 2019 completaremos 20 anos de existência e esperamos realizar uma feira para entrar para história”, completa.

Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente Sindirepa-PE


ATRAÇÕES

Entre as novidades deste ano, Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente Sindirepa-PE, conta que a entidade teve o suporte do Sebrae em quatro frentes durante a Feira. “Montamos a Oficina do Futuro com importantes equipamentos; fizemos a arena da sustentabilidade com esculturas de sucata automotiva; conseguimos custos melhores para expositores, onde o Sebrae entrou com 70% e os empresários com 30%, valor este dividido em 10x, e tivemos um estande que abrigava um espaço ecológico. Trabalhamos ainda com um projeto para regulamentar e normatizar as oficinas com base nos pilares: ética, técnica, social, administrativo e ambiental”, adianta. O evento ainda proporcionou oportunidades para as entidades de classe reunirem os empresários ligados ao segmento para troca de informações, avaliação das novas tendências do mercado e das perspectivas de negócios para 2018. A Autonor 2017 também ficou marcada por atrações especiais na área de sustentabilidade do meio ambiente como a mostra do artista plástico Luiz Carlos Santos. Ele levou para o pavilhão de exposições suas esculturas gigantes feitas com sucata que chamou muito a atenção do público presente. Como destaques da feira: Palestras, Oficina do Futuro, Arena da Sustentabilidade e esculturas de sucata automotiva do artista plástico Luiz Carlos Melo dos Santos

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FEIRA

EQUIPAMENTOS

ALFATEST – A empresa apresentou seus equipamentos de última geração e alta tecnologia para o diagnóstico automotivo, como o Scanner Kaptor Pad com tela de 8” touch-screen e resistente a água, choque e queda; Scanner Kaptor V3S com novo display de led orgânico; Scanner Diesel W.Easy para caminhões e ônibus; Testador de Baterias com impressora integrada BT 521 – já testa as baterias para veículos com tecnologia Start/ Stop, e Carregador de Baterias SC 212 microprocessado e 5 estágios automáticos de carga.

CHIPTRONIC - Um dos principais lançamentos foi o OBDMAP CONNECT – Equipamento com o maior número de funções no mercado para imobilizadores, tais como: leitura de senhas, programação de chaves, reset de módulos, emparelhamento de ECU’s, módulo de transponder integrado, frequencímetro, Wifi integrado, menu por serviço, menu por sistemas, selftest e gravador de EEPROM. O OBDMAP CONNECT conta com processador Dual Core, 8GB de memória e display touch screen de 7 polegadas. 46 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

BOSCH – A Bosch mostrou suas soluções integradas dentro do conceito “Parts, Bytes & Services” (Peças, Equipamentos e Serviços). Além de expor o amplo portfólio de autopeças, os destaques em equipamentos de teste e diagnose foram: scanner de diagnóstico KTS 590, analisador de motor FSA 500, unidade de controle de diagnóstico DCU 100, recicladoras de ar-condicionado ACS 751 e ACS 810, testador portátil de bateria BAT 131 e o OTC 3200 - testador de bateria da OTC, marca do Grupo Bosch.

EMEB - Entre as novidades, apresentou a LUX-1000: Alinhador de direção com diagnóstico por imagens 3D. O produto utiliza diagnóstico por imagens, o sistema mais moderno para medição de geometria de direção que também tem câmeras digitais de alta definição, medindo todos os ângulos de geometria rapidamente e com alta precisão. Não necessita de cabos de comunicação, sensores, baterias ou carregadores.

BOX CAR - Sempre focando no bom atendimento, satisfação, qualidade e segurança do cliente, a Box Car levou na Autonor 2017 seu Elevador Modelo BC 4.0. A Box Car fornece equipamentos de elevação e movimentação de cargas para diversos segmentos.

ENGECASS - A empresa mais uma vez esteve presente na Autonor, importante feira na região Nordeste. Participou desta vez com, além dos equipamentos de elevação, a tecnologia dos Alinhadores 3 D em Rampas de Alinhamento estendidas para veículos de chassi longo disponibilizando aos seus clientes novas tecnologias para aplicação em seus centros automotivos ou de reparação.


RAVEN - A empresa levou seu novo Scanner 3 Scope, um equipamento de diagnóstico completo que combina o excelente custo-benefício do Scanner 3 a um osciloscópio desenvolvido para uso automotivo. O osciloscópio integrado do Scanner 3 Scope está sempre disponível para uso, sem nenhum custo, conta com 3 canais, ao contrário da maioria dos concorrentes, além de diversos componentes exclusivos pensados para o uso em oficina e outras vantagens.

SNAP-ON-SUN - Trazendo saldos positivos em sua última edição, a Autonor foi uma ótima oportunidade de levar novidades, fechar negócios e estreitar as relações com clientes. Apesar do complicado momento vivenciado no País, a empresa acredita que a feira trouxe a oportunidade de conhecer melhor os clientes e de se adaptar ao mercado às novas tecnologias nele presentes.

TECNOMOTOR - A empresa apresentou o Shock Box – Diagnóstico de equilíbrio da suspensão com scanner de funções especiais. Além da análise de suspensão, o Rasther Shock Box ainda pode ter habilitado diversas funções especiais dedicadas ao centro automotivo realizadas através do scanner.

REPARAÇÃO EM FOCO É DESTAQUE NO RECIFE Antecedendo a abertura da Autonor, no dia 11 de setembro foi realizada uma palestra com o empreendedor Geraldo Rufino, promovida pelos jornais Balcão Automotivo e Nordeste Automotivo e Revista Reparação Automotiva, no Hotel Manibu, em Recife (PE). EXEMPLO DE SUCESSO Conhecido pelo livro “O catador de sonhos”, Geraldo Rufino, empreendedor e presidente do conselho da Jr. Diesel, trouxe aos profissionais do setor automotivo que estavam presentes seu exemplo de vida, contando desde a sua trajetória de catador de latinhas a empreendedor de sucesso tudo o que é preciso sobre otimismo, superação e determinação. Para o empresário, foi um grande

prazer estar presente em um evento deste segmento. “Tenho muito orgulho de participar deste setor que transporta e abastece nosso mercado, é um segmento que vai crescer cada dia mais. E esta palestra proporcionou a oportunidade dos convidados fazerem novos relacionamentos e se conectarem, pois junto somos mais fortes. E esse evento fez a diferença”, destaca. Entre os presentes, Pedro Paulo Medeiros de Moraes, presidente do Sindirepa-PE, ressalta a energia positiva e verdadeira transmitida pelo empreendedor. “O Geraldo Rufino é o tipo de ser humano que deveríamos ouvir uma vez por semana, pois nem todos possuem a capacidade de se reinventar como ele, saí muito motivado após a palestra”, completa. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 47


MESTRES DA REPARAÇÃO

ANDRÉ FONTES por Simone Kühl | fotos Divulgação

EXEMPLO PARAENSE

À BASE DE PERSISTÊNCIA, ESTUDO E MUITO TRABALHO Reparador começou como aluno do Senai, fez curso de mecânica em aeronaves e hoje tem sua própria oficina, é também presidente do Sindirepa-PA e conselheiro da escola

H

á mais de 30 anos na profissão, a carreira de André Luiz Ferreira Fontes começou aos 16 anos com sua entrada no Senai para o curso de reparador Ciclos Otto e Diesel. “Quando eu era criança, sempre gostei de consertar coisas, eu desmontava carros e bicicletas e deixava minha mãe louca às vezes”, recorda. “Certo dia um amigo da famí48

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lia sugeriu que eu me matriculasse no Senai. De início já achei deslumbrante a ideia, estudei com a ajuda da minha madrinha e consegui passar no teste de seleção. De manhã eu tinha o ensino profissionalizante e à tarde o ensino regular. Ficava das 7h às 19h na escola. Posso dizer que o Senai cuidou muito bem de mim e me deu uma base de ensino que vai me servir para sempre”, afirma.

Do Senai o reparador foi direto para o seu primeiro emprego em uma concessionária Chevrolet, onde atuou como afinador de motores. Depois disso, trabalhou em uma empresa diesel que fazia manutenção de veículos pesados, foi ajudante de mecânico de aeronaves e, por último, antes de montar sua oficina, trabalhou na concessionária Peugeot como chefe de manutenção.


AERONÁUTICA – No entanto, a sede de conhecimento e novos desafios sempre esteve presente em sua vida. Depois de trabalhar em várias empresas do setor e ter tido a experiência como ajudante de aeronaves, o reparador foi atrás de realizar um antigo sonho e se formou também como mecânico de aeronaves na Escola de Aeronáutica Civil do Rio de Janeiro e trabalhou como reparador de helicóptero na selva amazônica em um grande projeto de extração mineral. “Para mim, viajar e morar sozinho no Rio de Janeiro foi um grande desafio, mas como mecânico estudar aviação representava o auge da minha carreira, e como em Belém não havia cursos desse tipo, me mudei para o Rio por um ano. E como precisava me virar para pagar meu alojamento e curso, arrumei um trabalho. Por coincidência e muita sorte acabei arranjando um emprego com o descendente da pessoa que havia introduzido a injeção eletrônica no Brasil, com isso consegui aprender muito com ele” relembra. OFICINA – Em 1995, ele realizou um curso de administração e decidiu que era a hora de montar sua empresa, fundando a Tecnover, em Belém (PA), com o foco no início de venda de equipamentos para mecânicos que queriam trabalhar com eletrônica e a prestação de consultorias para as oficinas. “Trabalhei por 15 anos com esse objetivo, mas no ano de 2000 resolvi mudar o foco e a empresa se especializou no conserto de módulos eletrônicos de veículos, além disso continuei com consultoria e treinamentos”, ressalta.

André em curso de mecânica de aeronaves

Reparação é a maior paixão do empresário

Reparador dirige o negócio com esposa e filho

Oficina é especializada em módulos eletrônicos

SINDIREPA – Outra grande conquista não só para o reparador, mas para todo o estado do Pará foi a fundação do Sindirepa no ano de 2001. “Ao observar a necessidade de desenvolver essa categoria, realizar mais ações em conjunto e crescer de uma forma mais unida, eu e mais um grupo de empresários fundamos o Sindirepa local . Hoje sou presidente dessa entidade e também diretor da Federação das Indústrias do Estado. Além disto, através da experiência que adquiri ao longo dos anos como aluno, fui chamado para fazer parte do conselho do Senai”.

FUTURO – Para André, a reparação auomotiva é um desafio constante e não existe outra coisa que o motive do mesmo jeito. “Sou apaixonado por automóveis, nas minhas horas de lazer fico mexendo no meu Jeep para fazer trilhas com amigos. Quero continuar a aprender sempre, pois sei que temos um futuro imenso pela frente. A cada ano que passa surgem novas tecnologias, sem contar os veículos híbridos e elétricos, ainda há muito o que estudar neste setor e quero reparar carros até o final da minha vida”, conclui o empresário da reparação. REPARAÇÃO AUTOMOTIVA |

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ARTIGO

SINDIREPA

VOCÊ ESTÁ PREPARADO

PARA ATENDER A DEMANDA?

por Antonio Fiola* | foto Divulgação

Hoje com as redes sociais a opinião do cliente é rapidamente disseminada. Por isso, a satisfação é um ponto que merece todo o cuidado, assim como estar presente na internet para promover interação com o consumidor por meio de site e Facebook da empresa

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BOM MOMENTO - O setor de reparação de veículos oferece oportunidades em um momento que o consumidor deixa de trocar o usado pelo veículo novo, necessitando fazer manutenção. Mas, se existe demanda, há também o desafio de estar preparado com equipe treinada para realizar serviços com qualidade. O treinamento e atualização da capacitação profissional tornam-se muito importantes, principalmente para atender a frota circulante diversificada. Para estimular a atualização e conhecimento técnico do setor, os associados ao Sindirepa-SP possuem condições diferenciadas em cursos do Senai, mas para isso, é necessário ter CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4520 e FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) 507. APOIO - Também contam com o suporte e palestras gratuitas realizadas por fabricantes que fazem parte do Programa Empresa Amiga da Oficina. Hoje com as redes sociais a opinião do cliente é rapidamente disseminada. Por isso, a satisfação é um ponto que merece todo o cuidado, assim como estar presente na

internet para promover interação com o consumidor por meio de site e Facebook da empresa. Mas, para isso, é necessário entender e ter orientação de gente especializada. Não adianta ter Facebook e não postar informações com certa frequência. Acaba não atingindo o objetivo que é interagir com o cliente. Se investir em comunicação nas redes sociais, precisa ter um trabalho estruturado e contínuo para longo prazo. Outra questão importante é fazer a gestão da empresa para obter bons resultados e evitar desperdícios e atender as legislações vigentes. INICIATIVA - Como forma de contribuir para o desenvolvimento do setor, em parceria com o IQA, o Sindirepa Nacional oferece o Programa de Incentivo à Qualidade (PIQ) para promover a certificação de empresas de reparação automotiva ligadas ao sindicato. A iniciativa é uma forma de incentivo par o setor de reparação na busca da melhoria contínua, com o selo de qualidade de órgão certificador. *Presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional




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