Revista Cabocla

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JUNHO - 2021

CABOCLA UMA REVISTA PARA TODAS AS MULHERES

MULHERES NA POLÍTICA

POBREZA MENSTRUAL

Entender melhor como funciona o ciclo menstrual é fundamental para saber porque acontecem mudanças no corpo durante o mês.

Por falta de informação ou de dinheiro para comprar absorventes, muitas mulheres acabam sem escolha.

1° EDIÇÃO




REVISTA CABOCLA EXPEDIENTE RESPONSÁVEIS PELA REVISTA

FLÁVIA ROCHA

GUSTAVO SANTOS

MARIA THAIS

MILENE SOUZA

NICOLE GOMES

THASSYA SIMÕES

FLÁVIA ROCHA GUSTAVO SANTOS MARIA THAIS MILENE SOUZA NICOLE GOMES THASSYA SIMÕES MATÉRIAS GUSTAVO SANTOS MARIA THAIS MILENE SOUZA NICOLE GOMES THASSYA SIMÕES

EDIÇÃO FLÁVIA ROCHA


SUMÁRIO SOCIEDADE Ciclo menstrual: a importância de conhecer e alternativas para passar por esse período... 06 ECONÔMIA O reflexo da pandemia em empreendimentos gerenciados por mulheres....................... 08 POLÍTICA A representatividade feminina na política amazonense......................................... 12 ESPORTE Ela joga entre os meninos para seguir seu sonho................................................ 15 SAÚDE Skincare: A prática que virou rotina de beleza e autocuidado....................................... 16 CURIOSIDADE Benefícios da alimentação vegana........... 18


Imagem da internet

CICLO MENSTRUAL: A IMPORTÂNCIA DE CONHECER E AS ALTERNATIVAS PARA PASSAR POR ESSE PERÍODO Entender melhor como funciona o ciclo menstrual é fundamental para saber porque acontecem mudanças no corpo durante o mês. Saiba qual a importância para a sua saúde e como tornar esse período mais leve e seguro.

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onhecer o ciclo menstrual e ter domínio de suas fases é importante para entender a fisiologia das mulheres cis e até para quem deseja uma gestação ou pretende evitar. "Saber como o corpo de mulheres cis funcionam no período menstrual é um processo de empoderamento, porque dessa forma é possível perceber quando há algo de errado e facilita para as mulheres que desejam ou não uma gravidez, a entender os sinais que o corpo dá", conta Cintia Pinheiro, ginecologista. Na maioria dos casos, as mulheres procuram entender o ciclo apenas quando querem engravidar e isso acontece porque o assunto é um tabu, mesmo sendo um processo natural do corpo.

"Ainda no século XXI, a menstruação é vista como um assunto proibido e nojento. Esse pensamento desencadeia na falta de conhecimento do próprio corpo para as mulheres e uma aversão ao que é natural", explica. Segundo a loja de absorventes Herself, 57% das brasileiras acham a menstruação nojenta, pensamento que pode ser reforçado pelas formas de contato com o sangue. Ainda de acordo com ginecologista, há formas de melhorar a relação com a própria menstrual, "os absorventes convencionais não são a única alternativa para o período menstrual. Coletor, calcinha absorvente e absorventes reutilizáveis saõ outras

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opções para usar durante o ciclo. É sustentável e faz com que tenhamos mais contato com o sangue, o que reforça a percepção de ser algo normal, além de conhecermos o próprio corpo.". A industriaria Renata Gomes é uma das mulheres que aderiu a uma dessas opções assim que teve conhecimento, e afirma que foi transformador, "Comecei a usar coletor menstrual por incentivo de amigas e no início foi difícil porque não sabia usar. Cheguei a achar que não conseguiria porque não conhecia meu corpo e sempre tive muito nojo de menstruação, mas persistindo vi o quanto descobri coisas em mim e mudou completamente minha relação com


o ciclo o ciclo. Ouvir e falar com outras mulheres sobre o assunto me fez abrir e mente para algo que eu repudiava". Diante disso, a internet pode ser aliada às mulheres por meio dos aplicativos de ciclos menstruais, que possibilitam os registros dos sinais do corpo, quando e como menstruou, além de ser mais uma alternativa para quem deseja conhecer melhor o próprio ciclo e compreender o processo natural da menstruação."Considero os aplicativos a opção mais fácil para quem tem dificuldade ou quer começar a entender sobre a próprio ciclo, principalmente para mulheres que têm períodos irregulares. É de fácil acesso e tem muitas opções na internet. Por meio dessas alternativas vai ficando mais fácil captar o sinal do corpo e logo identificar quando tiver algo errado", afirmou Pinheiro.

Imagem da internet

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ECONÔMIA

O REFLEXO DA PANDEMIA EM EMPREENDIMENTOS GERENCIADOS POR MULHERES

Mesmo com o fechamento de milhares de empresas devido a pandemia, as mulheres empreendedoras inovaram em suas atividades e conseguiram manter suas empresas.

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m meio à crise mundial de saúde devido ao novo coronavírus, muitos empreendedores se viram perdidos em relação ao futuro do seu negócio próprio e sem saber como continuar gerando renda. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o público mais atingido foi o feminino. 52% das micro e pequenas empresas tiveram que paralisar definitivamente ou temporariamente as suas atividades. A desigualdade é notada novamente quando dados mostram que somente 34% das mulheres conseguiram ter acesso a crédito, enquanto 41% dos homens foram contemplados. Para manter suas empresas ativas, muitas mulheres precisaram se reinventar e mudar de uma loja física, por exemplo, para o meio digital.

Foto: Flávia Rocha De acordo com a analista do Sebrae, Priscilla Veríssimo, na pandemia elas se mostraram mais proativas. “Elas buscaram inovar, lançando novos produtos, sempre de acordo com a necessidade do cliente e as novas tendências que iam surgindo,” explicou Priscila. A NECESSIDADE DE SE REINVENTAR Foi a partir dessa adaptação que muitas mulheres conseguiram manter suas empresas, como foi o caso de Franciane Silva, cabeleireira e dona de um salão de beleza que se viu em desespero quando teve que fechar as portas devido aos decretos do governo para conter a disseminação do vírus. “Eu precisei me adaptar, buscar especialização e me reinventar porque a pandemia me fez pensar que não teria mais como me sustentar e sustentar minha família,” explicou Franciane.

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Com o tempo que ficou parada ela se especializou, através de cursos online e passou a atender a domicílio. “Além de cabelos, me especializei em extensão de cílios, com a flexibilização do decreto governamental o salão foi reaberto e hoje eu trabalho tanto no salão de beleza físico como atendimento na casa das clientes,” relatou a cabeleireira. CORAGEM PARA EMPREENDER EM MEIO A CRISE A pandemia impulsionou o empreendedorismo feminino no Brasil e deu coragem para que algumas mulheres fossem em busca da própria independência. A internet se tornou uma grande aliada para que essas empresas se reinventassem, pois foi a partir dessa possibilidade que muitas lojas


surgiram e se tornaram um grande sucesso. A boa notícia é que o número de mulheres empreendedoras buscando espaço na internet está aumentando, de acordo com o Sebrae, 71% utilizam as redes sociais, aplicativos e a internet para vender os seus produtos. Foi a partir da possibilidade de trabalhar de forma virtual que as mulheres tiveram coragem para ir em busca desse sonho do próprio negócio ou viram nesse novo meio de empreender uma forma de complementação de renda. Esse foi o caso da Deborah Martins, que com a paralisação das faculdades e desempregada, decidiu abrir sua própria lojinha virtual de blusas personalizadas, que vem conquistando cada vez mais o público. “Sempre tive o desejo pela minha independência financeira e vi nesse cenário de isolamento social uma oportunidade de tirar o meu plano do papel, dentro das minhas possibilidades.

Imagem da internet A Déb Camisetas surgiu em meio a uma crise existencial que eu vinha passando,” relatou Deborah. Para Deborah, começar a lojinha no meio de uma pandemia e de forma online tem sido bastante positivo, pois, evita o contato físico com os clientes e também despesas como aluguel e funcionários.

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“Com a minha loja de T-shirts, apesar de estar bem no início, eu busco encorajar mulheres a serem fortes e empoderadas. Me sinto feliz em ser uma das muitas mulheres que correm atrás dos seus sonhos por meio do empreendedorismo,” explicou a empreendedora.


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POLÍTICA

A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NA POLÍTICA AMAZONENSE

Apesar de representarem 51,8% da população brasileira e mais de 52% do eleitorado, as mulheres ainda são minoria na política.

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m levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), logo após as eleições de 15 de novembro de 2020, mostrou que, tanto nas prefeituras quanto nas câmaras municipais, houve uma baixa na representatividade feminina. Apesar de representarem 51,8% da população brasileira e mais de 52% do eleitorado, as mulheres ainda são minoria na política. Em Manaus, 52,8% do eleitorado é composto por mulheres, mas apesar do alto número, a capital do Amazonas ocupa a quinta pior colocação no percentual de vereadoras em uma lista com 25 capitais. Nas últimas eleições no estado, houve uma renovação de vereadores que compõe a Câmara Municipal de Manaus (CMM) mas apenas quatro dessa composição são de mulheres. Gloria Carrate (PL) e Professora Jaqueline (Podemos) foram reeleitas e Thaysa Lippy (PP),

Foto: Dircom juntamente com Yomara Jesuíta (PRTB) conseguiram alcançar o cargo.

QUEM ALCANÇOU O CARGO A vereadora Thaysa Lippy (PP), alcançou o cargo com 6.736 dos votos nas eleições, se tornando uma das únicas mulheres a conseguir se eleger na CMM. A vereadora relata que tem uma grande responsabilidade nas mãos, mas vê a sua eleição como uma vitória e sente que as pessoas estão querendo mudança. “Minha eleição é uma vitória, visto que somos a maioria do eleitorado, mas ainda sinto que falta mais união entre as mulheres para que mais

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delas chegam ao poder,” comenta a vereadora. Thaysa conta também, que sabe que a falta de mulheres dificulta nas discussões das pautas para esse público na CMM e comenta. “Com certeza a falta de mulheres na câmara dificulta nas pautas femininas, a gente tem que explicar de uma forma até mais lúdica para que os homens se coloquem no nosso lugar e entendam a importância do projeto apresentado,” explica a vereadora. Para mudar essa realidade é preciso que as mulheres apoiem mais umas às outras, votando em mulheres e acreditando que a política é sim lugar de mulher.


Foto: Tadeu Rocha A NOVA CARA DA POLÍTICA Em 2020, as eleições no estado vieram com uma nova forma de candidatura, as bancadas coletivas. Entre elas, uma se destacou mais e recebeu cerca de 7.662 votos, ficando em 5° lugar como vereadores mais votados na cidade. A Bancada Coletiva, representada por Michelle Andrews (PSOL), é a união de cinco mulheres que defendem bandeiras como maternidade, negritude, cultura, feminismo e justiça social. Michelle relata que sempre acreditou que a política pode ser feita de uma forma mais leve e representando as partes minoritárias da sociedade. Andrews comenta também, que o fato de a bancada ter sido a 5° mais votada em Manaus aponta para uma vontade das pessoas de sentirem que são parte da política.

Foto: Tadeu Rocha "Quantas mulheres temos na Câmara? Quantas pessoas negras? Não temos indígenas eleitos, sabe? A votação da Bancada Coletiva mostra isso: o povo quer se ver representado”, explica Michelle. 13

A falta de representatividade, tanto de mulheres quanto de outros grupos da sociedade, nas políticas pública, levam as pessoas a desacreditarem na política. Michelle relata ainda que para mudar essa realidade é preciso fazer tudo ao contrário do que tem sido a tendência política no país nos últimos anos. “A realidade será mudada quando tivermos mais participação política popular, mas não apenas isso, o sistema político precisa estimular que as pessoas participem do dia a dia das câmaras, das assembleias, que dialoguem com o governo na construção de políticas”, finaliza Andrews.


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ESPORTE

Foto: Carlinhos Cruz

ELA JOGA ENTRE OS MENINOS PARA SEGUIR SEU SONHO Kamilly Samara treina com garotos e se inspira na lateral Monalisa Belém, jogadora do Ferroviária-SP.

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tleta aos 11 anos de idade, a pequena, Kamilly Samara, é uma das milhares de meninas espalhadas pelo o Brasil que sonham em ser jogadora profissional de futebol. Aluna do projeto ‘’Curumim Independente’’, localizado quadra poliesportiva Professor João do Peso, no bairro da Cachoeirinha, ela se destaca por treinar com os meninos, já que é a única garota que treinar no local. Além de seu treinador, Josimar Ribeiro, que o incentiva e vê grandes chances de ela tornar-se uma ofissional do futebol, Kamilly também tem apoio de seu tio Carlinhos Cruz,

responsável por divulgar suas imagens nas redes sociais, ois, ele a incentiva a trilhar o caminho que sempre sonhou, mas que não teve a oportunidade que ela está tendo. Kamilly busca o sonho de atuar como profissional e poder representar o Amazonas na seleção Brasileira, como sua inspiração, a lateral Monalisa Belém, natural de Pindorama-TO, que atualmente defende a Ferroviária-SP, com passagem pelo Iranduba, onde se destacou e foi convocada para seleção femenina sub-20.

PROIBIÇÃO Muitos não sabem, mas houve um tempo, entre as décadas de 1940 e 1980, em que a mulher foi etivamente proibida de praticar alguns esportes.

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Havia uma lei para isso, inclusive. As justificativas eram as mais estranhas possíveis.As mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o CND baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país", determinava o Decreto-Lei 3.199 do Conselho Nacional de Desportos (CND) em 1941. Além disso, as mulheres enfrentam desafios diários como falta de dinheiro, precariedade dos clubes e falta de visibilidade na mídia à modalidade. Mas nada disso afasta muitas meninas do sonho de ser jogadora profissional, afinal, assim como no masculino, o esporte ainda é um dos caminhos para ascender socialmente.


SAÚDE SKINCARE: A PRÁTICA QUE VIROU ROTINA DE BELEZA E AUTOCUIDADO Durante a pandemia, muitas pessoas encontraram na rotina de skincare uma forma de autocuidado e terapia para lidar com o isolamento social. Mas para essa prática, são necessários alguns alertas de especialistas.

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Foto cedida por Virgígina Vilasboas

kincare é o termo usado para nomear as práticas de cuidado com a pele e foi um dos mercados que obteve maior ascensão na pandemia. Nos últimos anos as pessoas passaram a se importar cada vez mais com a saúde e bem-estar, e durante o período de isolamento social não foi diferente, o skincare se tornou um dos fatores importantes na hora de criar ocasiões de revitalização e manter a saúde mental durante uma rotina estressante. Segundo um levantamento do Google, as buscas por cuidados de pele cresceram cerca de 614% em abril de 2020 comparado ao mesmo mês em 2019. Isso apresenta o grande interesse que as pessoas despertaram durante o tempo de pandemia, por consequência houve uma grande movimentação no consumo de produtos faciais. Dados da Associação Brasileira da Indústria

e da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apontam um aumento de 92,8% na quantidade de vendas de máscaras, cremes e pomadas faciais. PRÁTICAS NATURAIS E PRODUTOS PROFISSIONAIS O mundo do skincare é extenso, além dos cuidados que todos conhecem, como protetor solar e o antiacne, a prática de autocuidado faz uso de outros produtos que tem o propósito de limpar, proteger, hidratar, fortificar e regenerar a pele. Exatamente por isso, a prática se torna muito individual, é recomendado levar em conta o tipo de pele, o procedimento que deseja, a quantidade de produtos que quer usar e o quanto pode investir. A Dermatologista Virgínia Vilasboas alerta: “Usar um dermocosmético inadequado pode causar vários problemas na pele. Cada pele é única

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e possui características que devem ser levadas em consideração na escolha da rotina de skincare. Um creme errado pode trazer consequências sérias, como o surgimento de manchas, espinhas e até queimaduras.” O estudante Bruno Henrique, 18, tem a prática de fazer skincare todos os dias e faz acompanhamento com profissional há 3 anos, seguindo a risca todas as orientações médicas sobre sua pele, principalmente no uso de certas pomadas, cremes e argilas. “Possuo a pele oleosa, e tenho muitos problemas com acne. Na adolescência isso me incomodou bastante, então procurei um profissional, tive que fazer o uso de alguns remédios que agrediram a pele do meu rosto e por recomendação médica comecei a rotina de skincare para hidratar e fortificar a pele enfraquecida e ressecada. Alguns são produtos


naturais, como argila e carvão ativado, e outros são produtos mais profissionais, como o creme de adapaleno e um sabonete liquido especifico receitado pela médica.” relata Bruno. É muito importante o cuidado com os produtos que são escolhido para fazer a skincare, principalmente receitas caseiras. RECOMENDAÇÕES MÉDICAS PARA UMA PELE SAUDÁVEL “É frequente o uso de produtos com maior concentração de óleos, que podem aumentar a quantidade de espinhas e cravos no rosto de quem tem tendência à oleosidade. Além disso, muitas pessoas associam vários produtos que juntos podem desencadear acne cosmética", explica Virgínia. O contrário também acontece, pacientes com pele seca que usam produtos que não conseguem atingir o nível de hidratação necessário ficam com aspecto repuxado,

craquelado ou até descamativo. Algo que é muito comum também, são pacientes com pele sensível apresentar sensação de ardência, vermelhidão e descamação acentuada quando em contato com produtos inadequados. Para montar uma rotina de skincare e manter a pele saudável é essencial ouvir as recomendações apropriadas de um médico especializado para a sua pele, após um exame necessário o dermatologista vai sugerir etapas e os produtos para um cuidado mais eficaz e adequado, muitas pessoas buscam decidir sozinhos uma rotina de autocuidados, mas em geral acabam comprando produtos que não são os melhores para sua pele ou para o seu objetivo A recomendação da dermatologista Virgínia Vilasboas é: “Antes de sair comprando todos os cosméticos, o ideal é consultar um médico dermatologista, para que o mesmo indique a rotina de skincare mais adequada ao tipo de pele e às necessidades do paciente.”

Foto: Flávia Rocha

COMO APLICAR ARGILA NO ROSTO CORRETAMENTE

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LAVE O ROSTO ANTES DA APLICAÇÃO.

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APLIQUE A ARGILA ESPALHANDO PELO ROSTO, EXCETO EM ÁREAS SENSÍVEIS. DEIXE AGIR POR 5 MINUTOS.

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REMOVA A ARGILA COM ÁGUA CORRENTE E UM PANO ÚMIDO.


CURIOSIDADE

BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO VEGANA A alimentação vegana é capaz de diminuir o risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade, por exemplo, quando feita de forma equilibrada.

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om o objetivo de excluir quaisquer formas de exploração à vida animal, surgiu em 1944, desenvolvido pelo grupo ‘The Vegan Society’, no Reino Unido, o veganismo, estilo de vida aplicado na alimentação, vestuário e em outras finalidades, promovendo o desenvolvimento sustentável entre seres humanos, animais e meio ambiente. Mas você conhece os benefícios aplicados à alimentação? A principal desinformação acerca da dieta guiada pelo veganismo está na absorção de nutrientes. Mas deve ser entendido, que os seres humanos são animais onívoros adaptados à uma dieta mista, capazes de encontrar os nutrientes necessários, também, em alimentos de origem vegetal. Segundo a nutricionista esportiva e funcional, Quéren-Hapuque, de 26 anos, nos alimentos provenientes da natureza, podemos extrair proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, necessários para a nutrição. Mas é preciso conhecer, e, saber onde encontrar, para uma boa alimentação.

“Alimentar-se a partir de produtos de origem cem porcento vegetais traz inúmeros benefícios, os quais podemos destacar a diminuição no consumo de gorduras, o aumento da expectativa de vida, o rejuvenescimento, a absorção total dos nutrientes, e, até mesmo, o aumento da força humana, como comprovado por estudos científicos”, esclareceu a nutricionista. Além disso, a alimentação vegana também é capaz de diminuir o risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade, por exemplo, quando feita de forma equilibrada. Esse benefício acontece por conta da redução de gorduras saturadas na sua alimentação. Esse tipo de gordura é encontrada em carnes, ovos e leite, e está associada ao aumento dos níveis de colesterol. Assim, ela acaba facilitando o depósito de placas de gordura nas artérias. A dieta guiada pelos princípios do veganismo, na prática, não admite rnes de quaisquer cores, também

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Fotos: Flávia Rocha e Maria Thais alimentos de origem animal ou que contenham resíduos, como leites, queijos, manteigas, ovos, entre outros. Tornar-se adepto a filosofia vegana pode exigir um tempo de adaptação, mas não é um trabalho difícil. Nos dias atuais, existem inúmeras opções de produtos veganos nos supermercados, e, com as substituições adequadas, pode-se explorar novas receitas, sem deixar de comer o que gosta.


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