MAIS SUPERIOR_SET_OUT_2020

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SETEMBRO - OUTUBRO 2020 | Nº77 | 6 x ano | REVISTA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÃO PODE SER VENDIDA

DIRETOR: DUARTE FORTUNATO

maissuperior.com

BEM-VIND@S ao Ensino

Superior

Manuel Heitor

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

André Coelho

Engenheiro e Campeão Europeu de Futsal

David Fonseca Um artista absoluto!



Passatempos

índice

04

04 Destaque

Olá novo aluno! Sê bem-vindo ao Ensino Superior

08 Bem-vindo 10 Entrevista

06

Ensino Superior: Passado, Presente e Futuro

14 Sugestões

As maiores mudanças entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior

ALAIN AFFLELOU

Queres entrar no novo ano letivo cheio de estilo com uns óculos de sol da Alain Afflelou?

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16 Experiências

Sítios e Experiências!

20 Desporto

Torna-te Estudante-Atleta

22 Desporto

FISU Healthy Campus Label

24 Entrevista

André Coelho, Engenheiro e Campeão Europeu de Futsal

26 Entrevista

David Fonseca, um artista absoluto!

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Editorial

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Chegou a altura! Num ano diferente, em que a pandemia é o assunto do momento, sabemos que é difícil prestares atenção a todos os pormenores e conseguires desfrutar a 100% da melhor fase da tua vida: a entrada no Ensino Superior... Nesta edição da Mais Superior, os Presidentes das Associações Académicas deixam-te algumas mensagens de boas-vindas! Mostramos-te algumas das maiores mudanças entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior. Mas não receies porque temos as melhores dicas para que tudo corra bem! E, para juntar o útil ao agradável, está na hora de começares a pensar em elaborar um Plano de Estudo eficaz para não deixares a matéria acumular. Para te explicar como vai decorrer este ano, ninguém melhor do que Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

28 Sugestões

As famosas Tunas

30 Sugestões

Prepara o teu plano de estudos

Mas, porque esta fase não é só estudar, reunimos as melhores experiências que podes ter pelo país fora! Se a música é uma das tuas grandes paixões, está na altura de te juntares a uma Tuna! Não sabes do que se trata? Fica a saber mais nesta edição pela voz de quem já fez parte! Se ainda não praticas nenhuma atividade física, este é o momento certo! Descobre o desporto universitário, os seus benefícios e quais as responsabilidades associadas! André Coelho, campeão europeu de Futsal, conta-te a sua experiência como estudante-atleta! Para acabar em grande, o cantor David Fonseca dá-te a conhecer mais sobre o seu talento e a sua carreira de sucesso! Pronto para entrar com o pé direito e a Mais Superior na mão? Boa Sorte! Joana Fonseca

Ficha Técnica

Prop r ie t ário/E ditor: Young Direct Media, Lda

NIPC nº 510080723 E mpr esa j ornali st ica i nsc ri t a c om o n º: 2 2 3 8 5 2 Capital Soc ial: 22.500 euros DE TENTORES DE 5% O U MAI S DO CAP I TAL D A EM P R ES A: Mar ia da G raça A lves Romão d os San t o s 3 3 , 3 3 % | D u art e Jo sé Al ve s F or t unat o 33,33% | Paulo Jorge Fo rt u n at o 3 3 , 3 4 % ADMINISTRAÇÃO E DIREÇÃO GERAL DA EMPRESA Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; Graça Santos, gracasantos@youngdirectmedia.pt; Paulo Fortunato, paulofortunato@youngdirectmedia.pt Sede de redação e editor: Rua António França Borges, nº 4A loja Dta. 2625-187 Póvoa de Santa Iria Tlf: 21 155 47 91 Email geral: geral@youngdirectmedia.pt

www.maissuperior.com Revista de conteúdos educativos para os alunos do Ensino Superior

DIRETOR Duarte Fortunato, duartefortunato@youngdirectmedia.pt; REDAÇÃO JORNALISTA Joana Fonseca joanafonseca@youngdirectmedia.pt; ESTAGIÁRIO Hugo Casaca hugocasaca@youngdirectmedia.pt; ESTAGIÁRIA Rita Coelho ritacoelho@youngdirectmedia.pt; DEPARTAMENTO COMERCIAL Gonçalo Pires goncalopires@youngdirectmedia.pt; DESIGN Cristina Germano imagem@youngdirectmedia.pt; COMUNICAÇÃO Hugo Silva comunicacao@youngdirectmedia.pt;

ESTATUTO EDITORIAL Disponivel em https://www.maissuperior.com/ficha-tecnica/

TIRAGEM: 20.000 exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita PERIODICIDADE: 6 x ano REGISTO NA ERC Nº 126168 DEPÓSITO LEGAL: 339820/12 TIPOGRAFIA E MORADA: Monterreina, Cabo da Gata, 1-3, Área Empresarial Andalucia, sector 2 28320 Pinto Madrid - Espanha BANCO DE IMAGENS :

Todas as imagens utilizadas nesta publicação, salvo as que estão creditadas, são retiradas do Adobe Stock, Unsplash e Pixabay.

ESTA PUBLICAÇÃO ENCONTRA-SE ESCRITA AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.

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destaque

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OLÁ NOVO ALUNO

Sê bem-vindo ao ENSINO SUPERIOR Texto: Joana Fonseca Fotos: Adobe Stock

Não temas a porta principal da tua faculdade, não temas não conhecer ninguém, não temas as praxes... Nem tudo o que irás descobrir ao longo desta caminhada. Pode parecer assustador entrar no Ensino Superior e, ainda por cima, sozinho, mas sabes que mais? Na verdade, é uma escola como aquela em que andaste até agora, com aulas, trabalhos, apresentações, testes, intervalos e sabes com mais o quê? Com festas, novos amigos e novas oportunidades! Não vejas esta etapa como um problema, encara-a como um desafio, aliás, um desafio dos bons, porque passado uma semana vais sentir-te completamente confortável e vai parecer que já estudas lá há uma eternidade!

Mas chega de palavras bonitas, vamos ao que realmente interessa!

Chegou o mês de setembro, o mês das mudanças. Para muitos, chegou aquela fase de “entrei na faculdade e agora?”... E agora é fácil! Vais viver os teus melhores anos. A Mais Superior dá-te uma ajuda nesta fase porque sabemos que vai correr tudo bem!

setembro | outubro 2020

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#1

NÃO TENHAS MEDO DE FAZER PERGUNTAS

Não é fácil chegar sozinho, entrar num lugar completamente desconhecido e ver um monte de pessoas trajadas, alunos das associações de estudantes e de tantas outras atividades. Parece que todos se dão lindamente e tu estás ali a interrogar-te se também vai acabar assim para ti... Claro! Vais começar a conhecer pessoas com quem te identificas e tudo será mais fácil. Se tiveres dúvidas, por mais simples que sejam, não tenhas medo de perguntar, de falar com alguém, ou mesmo de responder quando falarem contigo. Os primeiros dias são sempre mais complicados. Se tens dúvidas onde são as salas, o refeitório, a biblioteca, ou até a casa de banho, vai ter com os mais velhos e expõe as tuas dúvidas, acredita que ninguém te negará ajuda. Quando deres por ti, já conheces tudo e mais alguma coisa no teu estabelecimento de Ensino Superior.


#2

destaque UMA TARDE NA ESPLANADA NUNCA FEZ MAL A NINGUÉM

Assim que começas esta nova etapa, uma das tuas principais preocupações vai ser: “Será que aqui vou conseguir fazer amigos?”. É normal que te questiones e não tem mal nenhum. É importante fazer amizades, conheceres os teus colegas de turma e olhares para cada um deles e imaginar com quais vais criar maiores afinidades. Respira fundo e procura sair da tua zona de conforto, afinal é impossível, ou pelo menos pouco provável, se unicamente entrares e saíres da sala de aula sem falares com ninguém. Toma a iniciativa e convida alguns colegas de turma para beber um café, dar uma volta pela faculdade, ou simplesmente no final das aulas mete conversa sobre o que achou do dia. São pormenores básicos que podem fazer toda a diferença para um início académico mais promissor.

#3

VAI A ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

Como já referimos e tu próprio já percebeste, o Ensino Superior não é só aulas, mas também não é só amigos e diversão, nem 8 nem 80. Estas atividades são essenciais para quem está de olho no mercado de trabalho, mas também podem servir para te relacionares com mais pessoas. Procura uma atividade extracurricular que tenha algumas afinidade com a tua formação, quem sabe se não será uma boa oportunidade de contactos para o futuro? Ou então, uma atividade na associação de estudantes, na tuna, no núcleo, no jornal, em voluntariado ou numa equipa desportiva. Tens imensas opções, o difícil será mesmo escolher. Faz uma pequena pesquisa sobre o que o teu estabelecimento de Ensino Superior te pode oferecer e vais ver que vais encontrar algo que gostes de fazer e complementar aos estudos.

#4

NÃO GOSTASTE? E AGORA?

E agora está tudo bem! Tiveste curiosidade em experimentar alguma atividade, mas percebeste que não era realmente o que querias fazer? Ainda agora começaste e não tem mal se quiseres sair. O que tens de fazer é ser sincer@, falar com os responsáveis para não os deixares pendurados e dares uma justificação. És adult@, já tens idade para tomar certas decisões. Se um dia tiveres interesse em voltar, de certeza que não haverá problema, porque expuseste a tua situação e tudo se torna mais fácil.

#5

A TUA MOCHILA DEIXA DE SER UM PESO

Se até ao 12.º ano te queixavas do peso da tua mochila, agora no Ensino Superior deixa de ser um problema! Em relação aos materiais escolares, não precisas de investir dinheiro em dezenas de canetas coloridas, num estojo super bonito ou cadernos com grandes pormenores. Neste momento o importante será conseguires escrever todos os apontamentos de cada unidade curricular, porque o tempo não espera por ti, quanto menos deres valor aos pormenores, melhor! Leva somente o básico como um caderno, uma/duas canetas, um lápis e, caso seja necessário para aquela disciplina, algum material indispensável. Se quiseres ser ainda mais prátic@ e se os teus professores não se importarem, leva o portátil, vais conseguir escrever facilmente tudo. Assim que chegares a casa e fores estudar, passas tudo a limpo, com uma letra mais cuidada, com cores, marcadores e tudo mais. Se utilizares o computador como caderno, não tens de passar nada a limpo!

#6

ATENÇÃO... PÉS ASSENTES NA TERRA

Quanto mais produtiv@ fores, melhor! Se tinhas por hábito faltar a algumas aulas no secundário, isso tem que acabar. Seja porque os exames foram todos marcados para a mesma altura ou porque simplesmente não te apeteceu levantar da cama às 7 da manhã. Seja por estes ou por outros motivos, é realmente muito fácil começares a faltar, até porque vais ter algumas cadeiras que não têm presença obrigatória! Vamos ser realistas, vais ter muita matéria para estudar e uma ótima maneira de aprenderes é ires às aulas, teres a oportunidade de assistir à explicação mais clara dos professores e tirares as dúvidas que possam surgir. Podes sempre pedir e partilhar apontamentos, mas não irá tirar a obrigação de teres que ler, interiorizar e aprender a matéria toda. Gere o teu tempo e as tuas obrigações da melhor forma para que consigas ter tempo para tudo.

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#7

EXPERIMENTAR NÃO CUSTA

Se não gostares, não precisas de voltar... simples! Mas experimentar as praxes pode tornar-se numa verdadeira surpresa. Muitos estudantes já têm uma ideia muito formada sobre as praxes, sem sequer terem vivenciado. As praxes acabam por ajudar a conhecer-te, a conhecer outras pessoas, coisas novas, a divertires-te... tanta coisa! Mas não julgues ou critiques sem dar uma oportunidade a esta aventura. Em relação às festas e convívios que a instituição e vida académica te proporcionam, também deves aproveitar! Como é óbvio! Estás na idade perfeita para te divertires, com juízo, claro! Se perguntares a familiares ou amigos o que têm a dizer sobre esta fase da vida, temos a certeza que uma das primeiras recordações que vão ter são as festas e contigo vai ser igual!

#8

ESTUDANTE + DESCONTOS = PURA FELICIDADE

A entrada no Ensino Superior significa mais despesas, mas existem várias coisas em que podes poupar para conseguir manter alguns trocos na carteira. Os próximos anos vão ser passados a escrever relatórios, gerar gráficos, pesquisas e apresentações. Para tal, a Microsoft disponibiliza gratuitamente o Office 365 para estudantes, onde estão incluídas aplicações como o Word, PowerPoint e Excel para utilizar no computador ou em dispositivos móveis.

#9

OS TEUS MELHORES ATALHOS

Um universitário não é um verdadeiro universitário sem atalhos, não é verdade? Pois bem, existem aplicações que não podem faltar no teu telemóvel!

A Glovo, além de ser um serviço de entrega de comida, é também uma transportadora de qualquer produto que precises, como produtos de beleza, medicamentos e até produtos eletrónicos.

A Moovit oferece aos utilizadores informações dos transportes públicos em tempo real, combinando os dados de operadores e entidades com a participação da comunidade. A app permite que tenhas acesso aos trajetos dos transportes públicos, os horários de chegada e partida e a localização das paragens.

Google Agenda é um serviço de agendamento e calendarização online. Consegues adicionar e controlar eventos, compromissos, compartilhar a tua programação com outras pessoas e tantas outras funções que vão mudar a tua forma de viver a vida! O teu tempo passa a ser controlado de uma forma bem mais fácil e simples.

A Uber Eats é uma plataforma de entrega de comida de vários restaurantes. É ideal para aqueles momentos de preguiça, quando não te apetece fazer comida! Às vezes chegar a casa e pedir comida tem outro sabor!

Com o Google Docs podes criar e editar documentos online e em tempo real com outros utilizadores, sem que precises de instalar qualquer programa no teu computador. Não é genial?

Se fores estudante de multimédia ou simplesmente quiseres dar os primeiros passos neste campo, a Adobe dá-te a oportunidade de aceder à Creative Cloud, onde tens direito a todas as aplicações para design, fotografia, vídeo e Web, disponível para computador e para dispositivos móveis. És fã de música? O Spotify, até ao momento, não ficou de fora com descontos para os estudantes. Tens a possibilidade de reproduzir música com maior qualidade, sem anúncios a interromper as tuas músicas preferidas e a possibilidade de guardares milhares de faixas offline para ouvires quando não há sinal de internet. Esta campanha é válida durante um ano e pode ser renovada no máximo três vezes ou cancelada a qualquer altura.

Do que estás à espera? Quanto mais prátic@ fores, melhor para ti! Boa sorte!

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bem-vindo

Texto e Fotos: Cedidas pelos entrevistados

Sofia Escária

Presidente da Federação Académica de Lisboa (FAL)

Caro(a) colega, Sê bem-vindo(a) ao Ensino Superior! No meio deste ano atípico de inúmeros desafios e incertezas, juntas-te agora a uma das melhores Academias do país, uma referência a nível nacional e internacional pela sua formação académica de excelência, rigor e qualidade. Ser estudante de Lisboa significa usufruir de uma experiência sem igual, não só pela aquisição de conhecimento, mas principalmente pela intervenção das Associações de Estudantes e da Federação que tens ao teu dispor. Através das mesmas, poderás defender os teus direitos e interesses, tornares-te um cidadão mais consciente e informado e assegurares que aproveitas ao máximo esta que será uma das etapas mais inesquecíveis e preponderantes da tua vida. Vem Viver a Academia e Mudar Lisboa connosco.

Marcos Alves Teixeira

Presidente da Federação Académica do Porto (FAP)

Bem-vindo à Academia do Porto! Começas hoje uma nova página na tua vida. Eu já estive nesse lugar e hoje tenho a certeza de que estão a ser os melhores anos da minha vida. O Ensino Superior é um conjunto de etapas que, sem exceção, te vão ensinar sempre algo importante. Iniciamos o ano letivo com preocupações que, há uns tempos, não passavam pela cabeça de ninguém. Ainda assim, há duas certezas que te quero transmitir: 1. Se estás a ler isto, é porque fizeste a escolha certa, estudar! 2. A FAP, assim como todas as Associações de Estudantes e Instituições podem assegurar que estarás seguro aqui. Estudo, desporto, concertos, debates e novos projetos: em 2020 terás tudo, sempre com todos os cuidados. Aceitas a missão de mostrar que os estudantes sabem dar o exemplo? Sê bem-vindo à Academia do Porto! O teu futuro começa aqui. setembro | outubro 2020

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Bernardo Rodrigues

Presidente da Associação Académica de Lisboa (AAL)

Aos novos Estudantes, uma nova etapa se avizinha com novos desafios, com novos sonhos, e eis como queremos ter o mundo na palma da mão. Vivemos tempos diferentes, tempos de e pós pandemia, e teremos de viver com isso. Aos novos estudantes, uma nova etapa se avizinha com novos desafios, com novos sonhos, e eis como queremos ter o mundo na palma da mão. Esperemos que a vacina chegue, para que todo o normal desenrolar de atividades volte, de modo a que consigam experienciar a praxe, as festas e atividades das vossas Associações de Estudantes e, por fim, virem ao melhor festival académico, a Queima das Fitas de Lisboa em 2021. Mas, mais que um sonho, quando finalizarem esta etapa, será certamente a concretização do mesmo, uma sensação de “dever cumprido”. O ingresso no Ensino Superior não deve ser encarado como uma opção, mas sim como a opção, pois será graças a esta etapa que ficaremos mais preparados, mais qualificados para enfrentar o futuro com um sorriso nos lábios. A Associação Académica de Lisboa disponibiliza todos os seus recursos humanos (e não só), para que este novo passo seja feito da melhor maneira e a sua integração seja um processo natural e sem receios por parte dos Estudantes. O nosso futuro reside nestes novos alunos que ingressam no ensino superior. A AAL, enquanto associação de estudantes, tem a seu cargo, entre outras responsabilidades, promover uma verdadeira integração na comunidade académica e recusar acolhimento ou apoios a ações que põem objetivamente em causa a liberdade e a dignidade humana. Pretendo salientar que a AAL é de facto uma Academia diferente e que é preciso viver o espírito Olissiponense para entender o mesmo. A todos quantos ingressam agora no Ensino Superior, sejam bem vindos, esperamos estar a altura dos vossos desafios e da minha parte e em nome da Académica de Lisboa, convido todos a visitarem o nosso site, assim como acompanhar as nossas redes sociais que estarão sempre ao vosso dispor para que possam ajudar nesta escalada que iniciam. Saudações Académicas.


bem-vindo

Fernanda Barreiros

Presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE)

Honesto estudo com longa experiência misturado. É com enorme prazer que dou as boas vindas aos novos alunos que, nos próximos anos, irão ingressar no ensino superior e beneficiar de uma formação única. Irão agora embarcar numa viagem de honesto estudo e longa experiência à mistura que vos transformará de uma forma que apenas no fim do percurso irão conseguir compreender. Parabéns por terem apostado na vossa formação, o país precisa de vocês para crescer e se manter com qualidade reconhecida nacional e internacionalmente. Que daqui para frente cresçam e se envolvam absorvendo o espírito da comunidade que vos rodeia da forma mais plena possível. Vocês são o futuro! Neste vosso novo percurso, poderão contar com a AAUE, que é feita por e para vocês, sendo vossa parceira, para que possam crescer e atingir os vossos objetivos. O caminho é feito por todos nós, a AAUE é vossa, venham ter connosco! De estudantes para estudantes, estamos aqui para vos acolher. Sejam bem-vindos!

Rui Oliveira

Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho)

Caras e Caros Estudantes, Antes de mais, desejar-vos os parabéns por terem ingressado no Ensino Superior. Nesta nova fase das vossas vidas, serão muitas as mudanças, particularmente no período atípico em que ingressam nesta aventura. O ensino superior é um período de desafios constantes, onde terão oportunidade de adquirir conhecimento na área que vos cativou, mas, para além disso, um lugar que vos proporcionará um conjunto de experiências a nível social e cultural que irá certamente enriquecer-vos enquanto estudantes, futuros profissionais, mas principalmente como cidadãos. Envolvam-se! O vosso percurso de formação académica começa aqui e terminarão esta etapa pessoas diferentes daquelas que são hoje e por isso, devem aproveitar ao máximo estes próximos anos. Sejam audazes, mas principalmente felizes! Votos de muito sucesso.

José Pinheiro

Presidente da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes (AAUTAD)

A todos os novos alunos que iniciam agora uma das etapas mais importantes e bonitas das suas vidas, a Associação Académica da UTAD deseja os maiores votos de sucesso. Em especial para aqueles que vão iniciar o seu trajeto pela paisagem transmontana rumo ao Reino Maravilhoso, descrito por Miguel Torga na sua obra, a cidade de Vila Real. Uma mensagem honesta e de confiança a todos os que neste período difícil iniciam o seu percurso académico: a valentia transmontana começará a ser parte integrante de vós, e será igualmente parte do vosso orgulho. A UTAD, em parceira com a AAUTAD, deseja assegurar que esta vossa passagem pelas terras do Douro seja inesquecível e que desfrutem deste que é o começo de uma bela história. Para Cá do Marão, Sejam Bem-Vindos!

Tiago Diniz

Presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP)

Caros colegas, Sejam bem-vindos ao Ensino Superior! Num ano atípico, onde o incerto é certo e o “novo normal” ainda se está por descobrir, gostaríamos desde já de vos parabenizar pela decisão de dar continuidade aos vossos estudos, ingressando no Ensino Superior. Neste momento, estão prestes a iniciar uma das jornadas mais desafiantes da vossa vida. No entanto, não estão sozinhos. A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico – FNAEESP –, assim como a vossa Associação de Estudantes, vai-vos acompanhar ao longo do vosso percurso académico. Em conjunto, trabalharemos com o rigor necessário de forma a proporcionar-vos uma melhor experiência com a segurança devida. Podem contar com a FNAEESP, assim como nós esperamos poder contar convosco! setembro | outubro 2020

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entrevista

ENSINO SUPERIOR Passado, Presente e Futuro Manuel Heitor é professor universitário e atual Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em entrevista à Mais Superior, decidiu partilhar um pouco dos efeitos da pandemia no passado ano letivo do Ensino Superior, as expetativas para este novo ano letivo e quais as medidas recentemente apresentadas. Entrevista: Joana Fonseca Fotos: Cedidas pelo entrevistado

O ano letivo que passou foi surpreendido com os efeitos da pandemia do COVID-19, levando a que as instituições fechassem e que o sistema tivesse de se adaptar. O sistema de Ensino Superior estava preparado para o ensino à distância? Sim, claro que estava. O sistema português reagiu tão bem ou melhor do que todos os outros sistemas pela Europa reagiram. Devo-lhe dizer que não é por acaso. Obviamente pela capacidade intelectual e humana instalada, mas também sobretudo associado ao facto de termos nos últimos 20 anos investido numa rede de comunicações, no âmbito de um programa europeu, o eduroam, que, com base em Portugal, naquilo que se chama RCTS - Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade. Criámos uma rede de comunicações particularmente importante em todo o sistema de Ensino Superior e Científico, rede essa que, logo no despertar da COVID-19, foi rapidamente otimizada para poder responder a um aumento da procura. Houve assim uma rede pública de comunicação que foi adequada e que respondeu muito bem a uma procura particularmente ativa, vê-se pelos números de pessoas simultaneamente online, pelas reuniões de Zoom online que explodiram e a rede pública com capacidade de responder.

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Acha que esta experiência permitiu que os docentes e alunos do Ensino Superior conseguissem ter perspetiva diferente em relação ao ensino em Portugal e à adoção de novas metodologias de ensino aprendizagem? Claro que sim, mas temos de responder com cuidado. Nada substitui os sistemas presenciais de ensino-aprendizagem em Portugal, ou em qualquer lado do mundo. Esta é sobretudo uma experiência, quer pela necessidade de fazer mais atividades à distância, quer pela capacidade crítica que hoje sabemos que alguma parte do ensino-aprendizagem tem de ser necessariamente presencial. E, por isso, se foi verdade a adaptação rápida, também foi verdade a capacidade de perceber onde é que podemos e devemos fazer mais à distância e onde não o devemos. Esta é, de facto, uma divisão muito crítica. Isto passa pelo tipo de matérias dentro da mesma disciplina, o que é parte da disciplina e parte do conteúdo que pode ser feito à distância e a parte que precisa de ensino e de um processo de aprendizagem predominantemente presencial, quer ao nível do contacto entre docentes, estudantes e vice-versa. Algo que hoje sabemos é que o ensino presencial não pode ser totalmente substituído. Na prática estamos a falar de um sistema complexo que foi montado ao longo de séculos, numa base presencial que pode ser melhorada em algumas áreas com a atividade à distância. Mas que não substitui, nunca, ou pelo menos parte dessa

atividade, uma necessidade intrínseca de manter esta componente presencial. Agora todos nós estamos a perceber que há muitas atividades que podem ser feitas à distância e, por isso, devemos adequar toda a nossa energia naquilo que deve ser feito presencialmente. Como lhe parece que o sistema reagiu, nomeadamente à realização dos exames e trabalhos? Reagiu bem, como é normal num sistema de ensino-aprendizagem. Há uma parte que tem exames e avaliações e outra que não tem e, por isso, a avaliação é uma das componentes que tem de ter uma parte presencial forte. Contudo, há algumas que podem ser feitas à distância e, também não nos podemos esquecer que só podemos acreditar num sistema de avaliação bem feito, se acreditarmos na autonomia pedagógica que as instituições e os docentes têm. Sempre considerei que a questão da avaliação é uma componente intrínseca ao mais alto nível daquilo que chamo a autonomia, neste caso do Ensino Superior. Isto é uma componente na qual o Estado não se deve meter, sobretudo no âmbito do Ensino Superior. Tem de ser um processo centralizado e não devemos compreender um sistema de avaliação único, e muito menos estatal, porque é uma componente crítica daquilo que é ter um sistema de Ensino Superior moderno. Perceber que a avaliação deve ser feita a partir do quadro da autonomia institucional.



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entrevista Estamos no início do ano letivo (algumas instituições já iniciaram). Estão as instituições de Ensino Superior preparadas para começarem de forma presencial o próximo ano letivo? Claro que estão, tem sido discutido e tenho tido oportunidade de visitar, debater e encontrar-me com docentes, dirigentes e estudantes de todo o país. E, como não podia deixar de ser, as instituições estão mais do que preparadas para enfrentar, com responsabilidades as orientações que demos, e que foram muito claras. O objetivo é ter o ensino presencial e o nível de cumprimento deste objetivo necessita de ser feito com muita responsabilidade e, claro, monitorizando dia após dia o que está a acontecer. Mas, também é necessário aprender a viver e conviver com a pandemia, por isso, as instituições estão mais do que bem posicionadas para ensinar a toda a sociedade a viver e a conviver com o vírus. Quais são as expetativas para o próximo ano letivo? Aumentar o número de estudantes em Portugal e conseguir sempre melhorar a nossa performance e ter a capacidade crítica e autocrítica de melhorar a qualidade do sistema. Hoje em dia, o sistema de Ensino Superior é reconhecido em todo o mundo, mas existe a necessidade de tentar fazer sempre mais e melhor. Integrando cada vez mais a atividade científica, formas diversificadas de aprender e ensinar, valorizando a qualidade do sistema de ensino num contexto europeu. É necessário cada vez mais fazer um exercício de cidadania europeia. Aqui o Ensino Superior, através dos Erasmus e das Redes Europeias de Investigação, tem uma ação muito importante na construção da Europa e de uma atitude portuguesa. Como acha que o sistema irá reagir às medidas recentemente apresentadas pela DGS e DGES? Estas medidas não apareceram por acaso, foram bastante discutidas antes de serem publicadas e, por isso, as instituições estão particularmente conscientes. As mesmas participaram no debate que levou à criação destas normas. Foi um processo coletivo e não é uma questão de reação, mas sim de ação face àquilo que foi uma elaboração em conjunto com as instituições. Existe a ideia que a pandemia irá afetar a presença de estudantes estrangeiros nas instituições de Ensino Superior portuguesas. Já tem alguns dados sobre esta matéria? Não, todos os dias temos dados novos. Neste caso, não é uma questão de Portugal, mas sim do mundo. É sabido que a pandemia está a afetar a mobilidade das pessoas, não apenas do Ensino Superior, todas as outras áreas estão a ser afetadas. Em relação aos estudantes, Portugal cresceu muito nesse âmbito, quer na mobilidade, quer no número de portugueses no estrangeiro. Em relação aos outros países, Portugal ainda tem uma pequena fração de estudantes

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estrangeiros, existem outros muito mais dependentes desta situação. De qualquer forma, queremos aumentar esses números, porque hoje faz parte do objetivo do Ensino Superior providenciar uma ação multicultural e proporcionar aos estudantes portugueses o contacto com estudantes de todo o mundo, este é um exercício ao qual temos de estar atentos, para além do impacto económico da participação de estudantes estrangeiros em Portugal. Neste momento, muitas instituições têm dito que o impacto é muito diversificado, as tendências variam consoante os locais de origem de cada estudante.

“Aumentar o número de estudantes em Portugal e conseguir sempre melhorar a nossa performance, ter a capacidade crítica e autocrítica de melhorar a qualidade do sistema.” No sentido oposto, historicamente, muitos estudantes nacionais optam por tirar os seus cursos no estrangeiro. Não querendo focar a questão da opção de estudar no estrangeiro ou no facto de ser possível entrar no curso que pretendido, acha que este ano esses alunos vão continuar a ir para o estrangeiro? Este ano é natural que existam menos jovens a ir para o estrangeiro, é tão bom Portugal ter jovens no estrangeiro, como é bom atrair jovens para aqui e, nos últimos anos, tivemos muito mais estudantes estrangeiros a vir para Portugal do que portugueses a sair do país. É necessário que se perceba que o Ensino Superior dá oportunidades a todos e espero que efetivamente haja oportunidade para todos em Portugal.

Como consequência, o Governo aprovou um reforço de vagas no Concurso Nacional de Acesso, provenientes dos concursos especiais que possam não ter essas vagas ocupadas. O que achou da reação das instituições de Ensino Superior à possibilidade que o concurso deste ano deu às mesmas? Foi excelente, houve uma resposta muito rápida. Este ano tivemos o maior número de candidatos dos últimos 25 anos e alterámos a legislação para aumentar as vagas existentes inicialmente, nos limites que estão creditados, de forma a dar mais oportunidade aos jovens portugueses. Houve uma reação muito positiva por parte das instituições, conseguimos atrair a genuinidade das mesmas, de forma a aumentar as vagas e o processo está em curso e foi implementado em tempo recorde. Devo reconhecer o esforço feito pelas instituições e pela Direção-Geral do Ensino Superior, que conseguiu muito rapidamente adaptar o sistema. Teme que o interior do país possa ser prejudicado com esse reforço? Tendo em conta que nos últimos anos tentou que o número de vagas nessas instituições aumentasse... Não, o reforço é geral para todos. Temos mais estudantes em geral, portanto saem todos beneficiados. Este benefício será para as pessoas que podem estudar mais e para as instituições que vão ter mais estudantes. É um benefício partilhado por todos. Como pensa que o Ensino Superior em Portugal em 2030 deveria estar? Mais europeu, com mais investigação e certamente com mais interação entre os empregadores públicos e privados. Mas, sobretudo, uma inserção europeia cada vez mais profunda, tendo mais jovens europeus em Portugal e instituições totalmente articuladas em redes europeias.

Como é que o investimento no Ensino Superior em Portugal conseguirá melhorar as condições económicas do país, nomeadamente na melhoria da qualidade das empresas? Nós hoje sabemos que aqueles que têm formação superior, têm em média um salário sensivelmente o dobro daqueles que não têm. Portanto, não há dúvidas de que a relação do Ensino Superior com as condições de empregabilidade e de qualidade de vida é particularmente importante. Também é verdade que temos metade dos jovens com 20 anos no Ensino Superior, por isso O Concurso Nacional de Acesso teve um é importante formar mais, porque quando número recorde de candidatos. A que olhamos para a população ativa, vemos que acha que se deveu esse aumento? ainda só 35% das pessoas entre os 30 e 34 Certamente à capacidade crescente de anos têm formação superior e queremos receber novos alunos. Também há uma chegar a 2030 aos 50% e, para isso, temos associação com a pandemia da COVID-19, temos que qualificar mais a população e esta de formar mais e melhor para empregar mais e criar mais riqueza. Este é um pandemia criou uma consciência crescente nas pessoas, que é através do conhecimento processo que temos feito com uma evolução considerável, mas que é preciso acelerar que podemos fazer face a esta situação e na próxima década para garantir mais e também é necessário potenciar a criação melhores empregos que só se fazem com de emprego. Hoje em dia, a relação entre o emprego e o conhecimento é uma realidade. melhores pessoas.


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sugestões

AS MAIORES MUDANÇAS entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior Texto: Joana Fonseca Fotos: Adobe Stock

Acabaste o Ensino Secundário e optaste por dar o próximo passo para o teu futuro seguindo para o Ensino Superior? Continuar a estudar é sempre gratificante e acredita não te vais arrepender! Já deves ter ouvido vezes sem conta que o teu mundo vai mudar e... na verdade têm razão! O mundo do Ensino Superior é completamente diferente do que estavas habituad@. No início vais sentir-te um pouco perdid@, mas não te assustes, é normal! Por isso é que a Mais Superior está aqui, para te ajudar a tornar esta mudança mais fácil! #2 #1

Aulas mais longas Prepara-te porque na faculdade o tempo das aulas é tendencialmente maior! Há mais matéria a ser dada e o objetivo é que consigas utilizar o tempo para aprenderes tudo com calma e conseguires tirar todas as dúvidas! Aproveita bem!

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Mais liberdade e mais responsabilidades Se a liberdade de quem vai para o Ensino Superior é uma das coisas que mais seduz, também pode tornar-se uma verdadeira lição. Com a entrada no Ensino Superior as responsabilidades vão aumentar, principalmente se tiveres que sair da tua zona de residência! Terás que começar a pagar uma renda, fazer compras, tratar das coisas da casa, e com despesas acrescidas, talvez tenhas de arranjar um trabalho em part-time! Deves ter em conta todas as tuas responsabilidades dentro e fora da faculdade de forma a dares conta de tudo e não perderes o controlo da situação. Existe tempo para tudo, deves saber organizar o que tens e precisas de fazer e no final vais ver que resulta!


sugestões Mais trabalhos e mais exigentes Por norma as aulas no secundário previam tempo para fazeres os trabalhos, revisões da matéria e a resolução de exercícios em conjunto. Na faculdade, salvo algumas exceções, todos estes passos deixam de existir. Deves ter o máximo de atenção às aulas, porque muitas vezes os professores assumem automaticamente que estás a acompanhar a matéria caso não tenhas dúvidas (não tenhas medo de perguntar!). Prepara-te para gerires os trabalhos que vão surgir em cada unidade curricular e, muitas vezes, em simultâneo. Caso ainda não tenhas um bom método de estudo, porque até agora sempre te desenrascaste bem, está na altura de procurares um que te ajude. Estares consciente das tuas capacidades e fraquezas é uma ótima forma de conseguires passar a todas as disciplinas.

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Prazos apertados Se no Ensino Secundário estavas habituad@ a ter prazos alargados, o cenário muda de figura no Ensino Superior, pois as datas de entrega de trabalhos e projetos são normalmente discutidos e agendados no início do semestre. O ideal é todos os dias reservares algum tempo para estudar, fazer apontamentos e algumas pesquisas, de forma a que não te atrases com os prazos de entrega e consigas triunfar nos testes e exames.

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Mais exigência As aulas e os docentes no Ensino Superior vão exigir muito mais de ti, principalmente as tuas capacidades de pensamento crítico e objetivo. É necessário que sejas capaz de perceber o porquê das coisas, de questionar e discutir o que é falado em aula. Quanto mais atent@ estiveres e mais vontade tiveres em aprender, tudo se tornará mais fácil!

Controlo de presenças Em alguns casos, não existe ninguém que vá controlar as tuas faltas! Por vezes vais sentir uma enorme vontade de não ir às aulas da manhã ou a qualquer hora do dia e acabará por se tornar um ciclo vicioso... E isso não pode de todo acontecer! Vais ter vários professores e uma turma bem maior do que estavas habituad@, mas isso não quer dizer que não vão acabar por dar pela tua falta. A maioria dos docentes baseiam parte das tuas notas finais na assiduidade e pontualidade, por outro lado, os teus colegas de turma quando começarem a perceber que não fazes nenhum esforço para aparecer também não se vão esforçar por te emprestar os apontamentos e incluir-te nos trabalhos de grupo. É importante que vás a todas as aulas! Por isso é que são presenciais! Ao ouvires a matéria dada pelos docentes vais conseguir mais facilmente entender e é uma forma de conseguires tirar melhor nota. Quanto maior for o esforço, maior será a recompensa!

No secundário existem três períodos e ao longo desse tempo serás avaliad@ para as mesmas disciplinas. Na faculdade as coisas são diferentes, primeiro deixam de existir três períodos e passam a ser dois semestres, e estes têm diferentes unidades curriculares entre si. Um exemplo simples: No secundário fazias testes de Matemática ao longo do primeiro, segundo e terceiro período, no final a média dos testes e da tua participação resultariam na tua nota final. No Ensino Superior, no primeiro semestre vais ter várias unidades curriculares, no final do semestre cada unidade curricular será avaliada consoante os testes e os trabalhos que realizaste, no segundo semestre deixas de ter essas unidades curriculares e passas a ter outras que acabarão por ter a mesma finalidade.

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Mais oportunidades A vida universitária é o teu ponto de partida para o futuro e vai abrir-te inúmeras portas. Apesar do árduo trabalho que irás ter, o Ensino Superior é um mundo de oportunidades, desde estágios, cursos extracurriculares, workshops, seminários, há tanta coisa que poderá ser útil para o teu futuro. Conhece pessoas novas e aproveita tudo o que a faculdade tem para te oferecer.

A passagem pelo Ensino Superior é uma experiência única na vida, faz com que valha a pena e torna-a inesquecível e enriquecedora! PUB

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experiências

SÍTIOS E E XPERIÊNCIA S!

de sítios onde podes estudar A Mais Superior tem para ti algumas sugestões res! Já sabes, não te esqueças e também de espaços para visitares e conhece ! da máscara e de higienizar as mãos regularmente Texto : Hugo Casaca Fotos : Pexel/ Unsplash

ISBOA L A N A T I L ROPO ÁREA MET

• Andar d e teleférico ! • Andar n os eléctrico s e elevado • Comer u res de Lisb mp oa! • Ir à praia astel de nata em Bel ém! ! • Junta-te a grupo de corrida! • Subir um do • Ver os art s pilares da Ponte 2 5 de Abril! istas de ru a! • Visitar a s feiras!

ar Onde Estud

Orlando •Biblioteca Ribeiro Palácio •Biblioteca Galveias démico do •Centro Aca pio Caleidoscó a Auchan d rk o •Cow

Sítios para passear / visitar / conviver

• Museu Coleção Berardo • Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) • Museu do Design e da Moda (MUDE) • Museu Fundação Oriente • Museu Nacional de Arte Antiga

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Museus

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Experiênc ias

MAAT

• Bairro Alto • Bairro de Alfama • Castelo de São Jorge • Estação do Rossio • Estufa Fria • Fundação Centro Cultural de Belém • Jardim Zoológico de Lisboa • Livraria Ler Devagar • Lx Factory • Miradouros de Senhora do Monte; das Portas do Sol; de Santa Luzia; de São Pedro de Alcântara e de Santa Catarina. • Mosteiro dos Jerónimos • Oceanário de Lisboa • Padrão dos Descobrimentos (Belém) • Palácio Nacional da Ajuda • Palácio Nacional de Belém • Panteão Nacional • Parque Florestal de Monsanto • Planetário Calouste Gulbenkian • Praça da Figueira • Praça do Comércio • Praça Luís de Camões • Santuário Nacional de Cristo Rei • Torre de Belém


experiências

ÁREA METROPOLITANA PO RTO

estudar Sítios para

s dos Inglese •Bar Praia lves a rr Se e d a Garrett •Biblioteca ipal Almeid ic n u M ca •Bibliote o o •Café Piolh im Botânic afé do Jard C g in rn ea •E-L la g Café Aspre •E-Learnin •Pólo Zero

Sítios para passear / visitar / co nviver •Fun

dação de S erralves •Jardim d o Morro •Jardins d o Palácio d e Cristal •Passeio d as Virtude s •Ponte D. Luís I •Rua Santa Ca •Sé Catedra tarina l •Torre dos Clérigos •Zona da Ribeira

Museus

idade •Galeria da Biodivers Misericórdia do da seu Mu PO MI •M Porto •Museu de Serralves trico •Museu do Carro Elé rto Po •Museu Militar do s dos Reis are So l na cio •Museu Na Porto •Paço Episcopal do - Museu •World of Discoveries ático Tem e rqu Interativo e Pa

COIMBRA

Ponte D. Lu

Museus

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• Museu Académico • Museu da Água • Museu da Ciência • Museu da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra • Museu de Ciência da Universidade de Coimbra • Museu Nacional de Machado de Castro

BRAGA Sítios para estudar • Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva • Casinha Boutique Café • Colinatrum Café • Esplanada do Bom Jesus

• Arcada da Lapa • Arco da Porta Nova • Basílica dos Congregados • Jardim de Santa Bárbara • Largo do Paço • Miradouro do Monte Picoto • Mosteiro de São Martinho de Tibães • Palácio do Raio • Santuário Bom Jesus do Monte • Santuário do Sameiro • Sé de Braga • Torre da Menagem do Cas telo de Braga • Zet Gallery

• Café do Teatro Académico Gil Vicente • Fórum Coimbra • Salas de estudo do Centro Universitário Manuel da Nóbrega • Salas de estudo do Instituto Universitário de Justiça e Paz • Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos

Sítios para passear / visitar / conviver

Museus

Sítios para passear / visitar / conviver

Sítios para estudar

• Museu D. Diogo de Sousa • Museu da Imagem • Museu dos Biscainhos • Museu Nogueira da Silva • Museu PIO XII

• Bigorna Bar • Estádio Universitário de Coimbra • Fado ao Centro • Galeria Bar Santa Clara • Jardim Botânico da Universidade de Coimbra • Jardim da Sereia • O Moelas • Parque da Canção (Não só para a queima e para a latada!) • Portugal dos Pequenitos • Quinta das Lágrimas

Jesus do M

onte Quinta da

s Lágrimas

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experiências

ÉVORA Sítios para estudar • Biblioteca Pública de Évora • The Baker y Lounge • Colégio Luís António Verney (durante a noite, a faculdade é transformada numa sala de estudo, com mesas pelos corredores)

VILA REAL Sítios para estudar • Biblioteca Municipal de Vila Real • Café Concerto Teatro de Vila Real • Pedagogo Cafeteria

Museus

Sítios para passear / visitar / conviver

• Museu de Arte Sacra da Catedral de Évora • Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo • Museu do Artesanato e do Design – MADE • Museu do Relógio de Évora

Capela

• Capela dos Ossos da Igreja de São Francisco em Évora • Colégio do Espírito Santo • Fundação Eugénio de Almeida • Jardim de Diana • Jardim Público de Évora • Praça do Giraldo • Praxis Club Discoteca • Sé Catedral de Évora • Templo Romano de Évora

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dos Oss

FARO

estudar Sítios para Faro de Municipal • Biblioteca Bar • O Castelo

Museus

Museus

• Ecomuseu de Barroso • Museu da Vila Velha • Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real • Museu do Douro

• Centro Ciência Viva de Lagos • Museu de Portimão • Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão • Museu Municipal de Faro • Museu Regional do Algarve

Sítios para passear / visitar / conviver

• Capela Nova • Casa de Diogo Cão • Espaço Miguel Torga • Jardim Botânico da Univers idade de Trás-os-Montes e Alto Dou ro • Parque Natural do Alvão • Santuário de Panóias • Serra do Marão • Teatro Municipal de Vila Rea l

/ Sítios para passear visitar / conviver

• Arco da Vila • Castelo de Loulé • Cidade Velha • Ilha de Faro • Moto Clube de Faro • Muralhas de Faro • Palácio de Estói Ria Formosa • Parque Natural da Milreu de • Ruínas Romanas • Sé de Faro • Skate Park e conheces?! Faltou algum sítio qu r! itte Tw lo pe os -n Diz perior! Identifica a @MaisSu

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TORNA-TE

ESTUDANTE-ATLETA! Chegaste ao Ensino Superior e, até agora, imaginavas que ter 18 anos era bem mais fácil do que está a ser, certo? Há muito mais para explorar, vivenciar e aproveitar! Já pensaste em voltar ou, se for o caso, começar uma prática desportiva? A Mais Superior dá-te informações úteis sobre o Estatuto Estudante-Atleta! Texto: Joana Fonseca Fotos: Adobe Stock /Cedidas pelo entrevistado

As inseguranças de um futuro no mundo do desporto e o começo da falta de tempo são dois dos principais obstáculos à continuidade da prática desportiva de muitos jovens. O mundo do Ensino Superior pode ser ainda mais aliciante por diversas razões: estás no curso que desejavas, ganhaste uma maior autonomia, novas amizades, mais convívios e festas, entre tantas outras coisas... Mas a entrada no Ensino Superior é uma ótima oportunidade para continuares ou começares a praticar desporto.

O que é?

O Estatuto Estudante-Atleta surgiu para motivar a representação desportiva das instituições de Ensino Superior e das Associações de Estudantes, e também para apoiar os atletas federados que durante a frequência do curso superior mantenham uma atividade desportiva. De acordo com o Decreto-Lei n.º 55/2019 de 24 de abril “A prática regular de atividade física e desportiva, em contexto escolar e académico,

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é reconhecidamente um importante complemento no percurso do estudante, com vista à sua formação integral enquanto indivíduo, potenciando o desenvolvimento de hábitos saudáveis ao longo da vida.” Com a aprovação deste estatuto ficam estabelecidos direitos para todos os estudantes-atletas de qualquer instituição de Ensino Superior, permitindo apoiar os jovens que desenvolvem uma carreira desportiva paralelamente à carreira académica. O mesmo tem a duração de um ano, entrando em vigor a partir do momento da sua atribuição e, caso haja essa vontade, é renovado todos os anos. A criação do Estatuto Estudante-Atleta contou com a colaboração do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e da Federação Académica do Desporto Universitário.

DIREITOS 1. Ter prioridade na escolha de horários e turmas; 2. Faltar por participação em competições oficiais; 3. Quando coincide com datas de competições, ver alteradas datas de testes exames ou frequências; DEVERES 1. Cumprir as regras da modalidade; 2. Ser fiel aos princípios do fair-play; 3. Respeitar e defender o estabelecimento

de ensino que frequenta; 4. Ter aproveitamento escolar; Para saberes mais, consulta o Estatuto Estudante-Atleta:


desporto

PRONTO PARA UM NOVO ANO LETIVO COM UMA FORMA DE VIDA ATIVA? A ADESL, Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa, dinamiza e gere o desporto no Ensino Superior de Lisboa, abrange um universo de cerca de 90 estabelecimentos de Ensino Superior e mais de 140 mil estudantes. Alexandre Rua é o presidente da associação e deixa-te uma mensagem para o próximo ano letivo. A ADESL, tal como as restantes entidades promotoras do Desporto Universitário, enfrentará, nesta época desportiva, novos desafios e paradigmas para fazer cumprir o seu desígnio. A vida deve continuar, a prática desportiva, e mais concretamente, o Desporto Universitário não é exceção. No entanto, e não obstante esse fator, as características e obrigações quer dos atletas, quer dos agentes organizadores das competições, tem de evoluir para fazer face à atualidade.

Com isto em mente, existem alguns princípios fundamentais para abordar esta época desportiva: Segurança - As organizações e os atletas, devem entender a mudança de paradigma. O Desporto Universitário avançará, mas terá de ser fruto de uma estratégia de aproximação entre as estruturas do Ensino Superior, Associações de Estudantes, Federações Desportivas, Poder Local e a própria Tutela. Os estudantes-atletas devem perceber que teremos de ir mais além para que a competição possa fluir da forma mais segura, permitindo a higienização das infraestruturas e o rastreio de todos os indivíduos participantes e envolvidos na competição para que se possa evitar a propagação da pandemia. Aproximação à comunidade - O debate em relação à agenda pública, no que concerne à existência de público durante as competições, deve ser colocado de parte em relação ao Desporto Universitário. Será demais pedir

às organizações que criem condições nesse sentido. É por isso vital criar condições para que as competições possam ser acompanhadas na íntegra pela sua comunidade. A comunicação deve acompanhar o Desporto Universitário, para que este não deixe de fazer parte da vida dos estudantes e da comunidade. Profissionalização na organização - As organizações devem entender que, para o Desporto Universitário continuar em força, será necessário compreender, estudar e capacitar os clubes e os atletas de condições específicas e constantes. As próprias organizações devem dar um salto, para que possam fazer face às barreiras antes mencionadas. Da parte da ADESL, e para os estudantes de Lisboa, existe apenas um compromisso. No que depender da Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa, todas as condições organizacionais estarão reunidas para receber todos os atletas e clubes, nesta nova fase!

Participa, Joga, Celebra e #FazPorLisboa

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FISU HEALTHY CAMPUS LABEL Programa de Certificação Mundial para as Instituições de Ensino Superior Texto: Rita Coelho Fotos: Cedidas pelo entrevistado

É verdade que nunca é tarde para começar e mais vale tarde do que nunca... Por isso, já pensaste em incluir a atividade física no teu dia-a-dia? Nesta edição da Mais Superior entrevistámos Fernando Parente, Diretor da FISU para o Healthy Campus (Campus Saudável). A Federação Internacional de Desporto Universitário (FISU) criou o programa de Certificação Mundial Healthy Campus, que chama à atenção para a importância da atividade física, como meio de promoção do bem-estar, qualidade de vida e da saúde física e mental. Este conceito visa implementar programas operacionais nas áreas do Desporto e Atividade Física que, em paralelo, influenciam áreas como a Saúde Mental e Social, Nutrição, Sustentabilidade e Responsabilidade Social.

O Programa Healthy Campus avalia as instituições em ciclos de 2 anos, em que o primeiro consiste numa autoavaliação e o segundo numa auditoria local. A avaliação dos Campus distingue-se por 5 níveis de desempenho e posterior atribuição do Selo de Qualidade. Este programa que promove a saúde da comunidade universitária e da população em geral, baseia-se em estudos académicos, investigação e avaliação, elaborados em conjunto com 30 especialistas.

e no papel ativo por parte das suas associações, quer de toda a instituição, quer de cursos, funcionários, ou outras. O Campus Saudável está estruturado numa lógica de coesão interna do campus, mas também de relação e sinergias com as comunidades locais, regionais e mesmo nacionais e internacionais, pois está alinhando com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações Unidas (SDGs).

Fernando Parente, Diretor do Healthy Campus da FISU; Responsável pelo Desporto da Universidade do Minho entre 1994-2018 e ex-dirigente da FADU, EUSA e FISU

EM QUANTAS INSTITUIÇÕES ESTÁ IMPLEMENTADO O HEALTHY CAMPUS? Neste momento já aderiram 38 instituições de Ensino Superior de 26 países, o que para nós se trata de um sucesso tremendo, pois o programa abriu há cerca de 4 meses. De Portugal já temos no programa as Universidades do Algarve, ISCTE, Nova, Coimbra, Aveiro, Porto e Minho, mas aguardamos mais inscrições de outras instituições. QUAL A ADESÃO POR PARTE DOS ALUNOS E COMUNIDADE ESCOLAR? O programa é liderado pelas instituições, mas é reconhecido e validado como critério o facto de ter representantes dos estudantes na Liderança

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QUAIS AS CONDIÇÕES QUE AS INSTITUIÇÕES NECESSITAM DE REUNIR PARA CONSEGUIREM A CERTIFICAÇÃO MUNDIAL “HEALTHY CAMPUS”? O programa funciona em ciclos de 2 anos, o primeiro de autoavaliação e o segundo de auditoria. No primeiro ano apenas consideramos um nível de graduação, que é o de “Instituição Certificada” e, para o obter, tem que alcançar mais de 39 critérios em 100. A partir do segundo ano e para os seguintes existem mais 4 níveis acima em função da pontuação obtida e que são as menções bronze, prata, ouro e platina. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS PARA AS INSTITUIÇÕES DE OBTER ESTA CERTIFICAÇÃO? E PARA O RESPETIVO PAÍS QUAL O IMPACTO? O programa segue uma lógica de melhoria e gestão da qualidade no âmbito do bem-estar e saúde, todos os membros da comunidade dos campi estarão abrangidos. Para além do Selo de Qualidade Internacional que é sempre um reconhecimento importante, as instituições conseguirão melhorar o seu desempenho nas referidas áreas. Também elas são alvo de avaliação nacional e internacional, assim como consideradas nos rankings internacionais das Universidades e Institutos Politécnicos. São inúmeros os impactos positivos que as instituições irão sentir com este programa

composto por 100 critérios. Em primeiro lugar, um melhor conhecimento internacional de boas práticas e inúmeras atividades a acontecer no campus para todos os segmentos. O programa está desenhado para não ter impacto no investimento, mas para gerir melhor os recursos e a inovação nesta área. Não existe a necessidade de recrutar pessoal adicional, uma vez que a FISU terá sempre um consultor que diariamente ajudará à implementação de processo. COMO FUNCIONA A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA NAS UNIVERSIDADES? As faculdades inscrevem-se através do site, onde está toda a informação referente ao programa. Constituem uma equipa multidisciplinar, nomeiam um responsável e podem desde logo começar a trabalhar na plataforma da FISU (com apoio técnico) e colocar em evidência o que já cumprem e a desenvolver outros critérios numa lógica de progressão e melhoria. Esta plataforma é inovadora e ajuda as instituições de Ensino Superior a organizar e avançar tudo o que pretende fazer no âmbito do bem-estar e qualidade de vida no campus. QUAIS OS OBJETIVOS A CURTO PRAZO PARA ESTE PROGRAMA? Este ano temos como objetivo alcançar no mínimo 80 instituições inscritas e, no início de 2021, começar o programa educativo com o curso Healthy Campus para os membros das equipas das Instituições e o curso para auditores. Cada instituição poderá inscrever duas pessoas, que serão os auditores externos da FISU. Em agosto de 2021 estaremos já em condições de entregar as primeiras certificações durante os Jogos Mundiais Universitários, que decorrerão em Chengdu na China.

Sabe mais sobre este programa em https://www.fisu.net/healthy-campus


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André Coelho, Engenheiro e Campeão Europeu de Futsal

A Mais Superior falou com o André Coelho, jogador de futsal do FC Barcelona e formado em Engenharia Civil na Universidade do Minho. Durante o seu percurso académico foi estudante-atleta pela Associação Académica da Universidade do Minho e jogava na primeira liga de futsal ao serviço da AAUM/Sporting de Braga. Foi campeão europeu de futsal na Eslovénia, em 2018, numa seleção com ADN do desporto universitário. Além do André, também os campeões europeus André Sousa, Pedro Cary, Bebé, Tiago Brito e Nilson passaram pelo desporto universitário. Assim como, o selecionador nacional, Jorge Braz e Pedro Dias, ex-presidente da FADU, atualmente membro da direção da FPF. Fica a conhecer a carreira de um dos melhores jogadores de futsal da atualidade. Texto: Hugo Silva Fotos: Cedidas pelo entrevistado Quem é o André Coelho enquanto estudante e atleta de alta competição? O André Coelho é um jovem trabalhador e dedicado, que luta muito pelos seus sonhos e objetivos. Como se sabe, durante muitos anos, foste atleta da AAUM/Sporting de Braga, a jogar na primeira divisão portuguesa de futsal, e atleta nos campeonatos universitários pela AAUM. O desporto universitário ajudou ao teu desenvolvimento enquanto atleta para chegares onde estás hoje? Sim, sem dúvida. O desporto universitário fez-me ter uma competitividade muito alta, defrontando grandes jogadores e grandes equipas. Nos europeus universitários apanhávamos atletas de seleção A da Croácia, França, entre outros. O nível sempre foi muito alto, o que me fez crescer muito. A nível pessoal transmite-se numa experiência social incrível, desde conhecer inúmeras pessoas e inúmeras culturas com as viagens frequentes que fazíamos. E a conciliação com os estudos? O estatuto de estudante-atleta permite que consigas conciliar a intensa atividade desportiva com a componente letiva? A conciliação com os estudos é complicada, mas com a devida dedicação e gestão do tempo tudo se consegue. Sempre consegui fazer bem essa gestão, com muita ajuda também dos meus professores, dos meus colegas de curso e do clube, que me ajudaram muito. O que foi mais difícil neste período? Nestes períodos não considero nada difícil, apenas tive de ter uma gestão muito rigorosa das horas de estudo, das horas de treino e de lazer. Claro que por vezes o cansaço nos pode deitar um bocado mais abaixo, mas sempre respeitei também muito bem as horas de descanso e portanto, com muita dedicação e muito foco tudo se faz.

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Fala-nos um pouco sobre a tua carreira. Como é ser um dos melhores atletas de futsal do mundo e estares num dos melhores clubes do mundo? Como foi a adaptação a Lisboa (Benfica) e a Barcelona? Penso que a minha carreira tem sido crescente. Sempre tive os pés bem assentes na terra e sempre trabalhei para alcançar o patamar em que me encontro hoje. Estou em constante crescimento e trabalho todos os dias para ser melhor. A adaptação sempre foi fácil, sou uma pessoa que se adapta facilmente a mudanças e a novos contextos, ir para Lisboa e agora para Barcelona foi apenas mais uma mudança. Enquanto jogador da AAUM, conquistaste muitos títulos. Há algum que se destaque? Como foi representar a AAUM e Portugal em competições internacionais? Os campeonatos nacionais que ganhei marcaram-me muito. Era um objetivo claro da Universidade do Minho e que quando ganhávamos era uma sensação de dever cumprido. Ir a competições internacionais era fantástico pelo facto de jogarmos ao mais alto nível e conhecer novos países e culturas. E como foi representar Portugal pela primeira vez? Foi um sonho. Sempre foi algo que desejei muito e com muito trabalho consegui, aquele que era o maior objetivo enquanto atleta. Falando em Portugal, não podemos deixar de perguntar como foi o momento de escrever o teu nome na história do desporto português no campeonato europeu que decorreu na Eslovénia. Qual foi a sensação de vencer o europeu? Ainda não consigo descrever o que senti e o que sinto. Talvez uns anos mais tarde vou ter noção do feito que alcançámos. Foi uma conquista histórica, totalmente merecida, que premiou o trabalho de anos da federação que nos deu todas as condições para conseguirmos atingir este patamar.

Lembramo-nos também de ver muitos estudantes portugueses em Liubliana a apoiar a seleção nacional. Qual foi o impacto desse apoio no percurso vitorioso? Foi muito importante. Desde o primeiro jogo que vi inúmeros estudantes e para mim era um orgulho enorme porque já estive daquele lado, como estudante universitário a torcer pela nossa seleção. Foram muito importantes na nossa caminhada e estaremos eternamente gratos. Seleção essa que tinha muitos estudantes-atletas ou outros que já tinham passado pelo desporto universitário, inclusive o selecionador, Jorge Braz. Falam muito sobre essa experiência e sobre os tempos em que jogavam juntos no desporto universitário? Sim, muitas vezes é tema de conversa. Passámos muitos anos juntos nessas competições. Muitos de nós que estamos na seleção já tínhamos jogado juntos pela universidade e portanto relembramos sempre grandes momentos que tivemos. Quando terminares a carreira desportiva enquanto atleta, o que gostavas que o futuro te reservasse? Seguir a carreira desportiva noutras funções ou dar seguimento à formação superior? Neste momento quero desfrutar muito e aproveitar o que a minha carreira tem para me dar. Agora não consigo dizer o que gostaria de fazer, mas certamente gostava de um dia de exercer o curso que tirei de Engenharia Civil.


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David Fonseca, um artista absoluto! Cantor, compositor e músico, David Fonseca soma 17 anos de carreira a solo no mundo da música. Reconhecido inicialmente como membro da banda Silence 4, em 2003 encontrou a oportunidade de se tornar artista a solo. É autor, cantor, responsável pelo design gráfico das capas dos seus álbuns e, ainda, da direção de arte dos seus videoclips. A Mais Superior teve a oportunidade de entrevistar David Fonseca e tu não vais querer perder! Entrevista: Joana Fonseca Fotos: Cedidas pelo entrevistado

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entrevista COMO COMEÇOU O GOSTO PELA MÚSICA? Com discos dos Pixies e dos Prefab Sprout e uma guitarra acústica num Verão de tédio quando eu tinha 16 anos. RECONHECIDO INICIALMENTE COMO MEMBRO DOS SILENCE 4, EM 2003 DECIDE INICIAR CARREIRA A SOLO. COMO FOI DADO ESTE PASSO? Quando fiz o disco a solo, estava longe de perceber que ia fazê-lo durante todo este tempo, mas a realidade é que ainda aqui estou. Quando dei esse passo, apenas queria fazer música que não conseguia fazer dentro dos Silence 4 e acabei por nunca mais voltar ao projeto inicial. ESCREVES A MAIORIA DAS TUAS MÚSICAS, MAS ÉS TAMBÉM RESPONSÁVEL PELO DESIGN GRÁFICO DAS CAPAS DOS ÁLBUNS E PELA DIREÇÃO DE ARTE DOS VIDEOCLIPS. PORQUÊ? Escrevo todas as minhas canções desde o início e, estar envolvido em todas as áreas da conceção de um disco faz com que ele acabe por estar mais próximo do meu universo musical, tudo conta para que ele faça sentido. Acabou por tornar-se uma questão prática e de economia de tempo, ao mesmo tempo torna-se mais personalizada. SÃO MAIS DE 20 ANOS DE CARREIRA, O QUE SIGNIFICA QUE O PÚBLICO GOSTA E O FEEDBACK É POSITIVO. O QUE NA TUA OPINIÃO FAZ COM QUE O PÚBLICO GOSTE DO QUE FAZES? Isso nunca o saberei verdadeiramente, mas calculo que goste das minhas canções e das abordagens algo diversas que o meu universo musical encerra. Talvez haja alguma identificação nas coisas que escrevo e na forma como as apresento, mas é muito difícil adivinhar o gosto do público de uma forma genérica. COMO SURGIU O DISCO “LOST AND FOUND - B SIDES AND RARITIES”? A ideia surgiu durante o confinamento, onde tive a oportunidade de olhar para o meu catálogo musical e descobrir todas estas canções terminadas que não estavam disponíveis ao grande público. Quando as juntei, gostei do que ouvi e avancei para esta compilação. NESTE MOMENTO O QUE DIRIAS AO DAVID DE HÁ 20 ANOS QUANDO INICIOU A CARREIRA MUSICAL? Nada, se não estragava as surpresas todas. COMO CLASSIFICAS O MUNDO DA MÚSICA EM PORTUGAL? É um mundo riquíssimo, mais do que grande parte dos países europeus. É impressionante o número de géneros e abordagens diferentes de tanto talento impressionante que temos. Somos uma verdadeira caixa de surpresas musical num território tão pequeno como o nosso.

QUANDO TENS UMA BRANCA PARA ESCREVER MÚSICA O QUE FAZES PARA CONTORNAR ESSA SITUAÇÃO? Continuo a trabalhar. Por norma trabalho com horários fixos, independentemente das canções acontecerem ou não. Como disse tão bem Pablo Picasso: “Quando a inspiração chega, é bom que te encontre a trabalhar.” PARA OS QUE GOSTARIAM DE SE INICIAR NO MUNDO DA MÚSICA, QUE CONSELHOS DARIAS? Aprender o máximo de coisas possíveis. Saber gravar, editar e produzir as próprias canções é uma enorme vantagem. Perceber como fazer chegar as canções ao público e aos meios de comunicação. E batalhar muito por aquilo em que se acredita. COMO ARTISTA ÉS UMA PESSOA QUE LIGA ÀS CRÍTICAS? COSTUMAM AFETAR-TE OU COM OS ANOS COMEÇASTE A HABITUAR-TE? A crítica é algo que vem com a exposição. Só é criticado quem se aventura pelo mundo fora com algo de si, faz parte do jogo. Mas confesso que nunca me afetaram daí por diante, não acho que tenham sido fundamentais para o meu percurso. QUAL É A SENSAÇÃO QUANDO ACABAS DE GRAVAR UM DISCO? Uma mistura de alegria e alívio, e depois começo imediatamente a pensar no próximo. QUAL É O DISCO MAIS ESPECIAL QUE ALGUMA VEZ GRAVASTE? Todos, sem qualquer preferência. QUAL FOI A PARCERIA MUSICAL QUE MAIS GOSTASTE DE FAZER E PORQUÊ? Também todas, trouxeram-me sempre novos pontos de vista. Nesse sentido, gostei muito de fazer o disco de tributo a David Bowie por poder contar com tantas vozes talentosas no disco. Foi uma aprendizagem incrível. PARA UM ARTISTA QUE JÁ SE ENCONTRA NO MERCADO HÁ TANTOS ANOS, AS REDES SOCIAIS SÃO UMA BOA FORMA DE DIVULGAR O TEU TRABALHO? São, embora eu não seja o maior fã de redes sociais do mundo. Calculo que, se não tivesse esta profissão, talvez não estivesse sequer no mundo das redes sociais, mas são de facto um bom veículo para fazer chegar a minha música a quem está do outro lado.

EXISTE ALGUM ARREPENDIMENTO EM ALGUMA FASE DA VIDA MUSICAL? Nenhum.

“Só é criticado quem se aventura pelo mundo fora com algo de si, faz parte do jogo.”

As 10 músicas mais marcantes na carreira de David Fonsec a: Borrow

Angel Song Someone That Ca

The 80’s

nnot Love

Superstars II

Kiss Me, Oh Kiss Me A Cr y 4 Love

What Life is For Futuro Eu Oh My Heart

APESAR DE SEREM MUITOS ANOS A SUBIR AOS PALCOS, AINDA EXISTE ALGUM NERVOSO MIUDINHO? ALGUM RITUAL ANTES DE ENTRAR EM PALCO? Nunca, desde o início. Não tenho rituais e só fico nervoso nos espetáculos especiais, aqueles que preparamos ao milímetro e fazemos apenas uma ou duas vezes.

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As famosas

Muitos já ouviram falar sobre as Tunas, mas poucos são os que têm noção do verdadeiro significado da palavra, do esforço e dedicação que estes estudantes desenvolvem ao longo de vários anos letivos. As Tunas, por vezes, podem ser associadas à praxe e ao traje, no entanto, adotando uma perspetiva diferente, é possível perceber que este mundo inserido no Ensino Superior, vai bem mais além. Texto: Joana Fonseca Fotos: Cedidas pela entrevistada

setembro | outubro 2020

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Descodificando a palavra “Tuna”, é uma banda constituída por estudantes e ex-estudantes universitários que atuam pela faculdade. Todos cantam, para além de tocar. Mas não fica por aqui, ainda existem as coreografias dos porta-estandartes que são performances com o manejar do estandarte da instituição, para criar uma dança ou mostrar uma habilidade. Andreia Coimbra entrou na faculdade em 2013 e afirma que foi, sem dúvida, uma das maiores experiências da sua vida. Na sessão de abertura do ano letivo, depois de todos os discursos e comunicados, chegou a vez de os caloiros assistirem à atuação da Tuna Sabes, a mui nobre Tuna da Escola Superior de Educação de Lisboa. “Já tinha tido a oportunidade de ver outras Tunas a atuar, mas aquela conquistou-me como nenhuma outra pela animação e boa disposição que eles transmitiam, a emoção em cada música, a troca de sorrisos e gargalhadas, o à vontade em cima do palco... lembro-me como se tivesse sido ontem!”, afirma a jovem, recordando o momento com saudade. Andreia recorda que após a atuação, a Tuna convidou todos os estudantes, fossem eles caloiros ou não, a entrarem para a “banda”. O primeiro passo era aparecer na sala de ensaios no dia da audição, na qual cada estudante teria de cantar uma música ou duas e, caso soubesse, tocar um instrumento. “Um pesadelo para

mim tendo em conta que não sou a miúda mais extrovertida e desavergonhada do mundo (até pelo contrário!!), sabia muito pouco de música, não tocava nenhum instrumento e tão pouco sabia cantar... Mas tudo bem, aquela malta de trajes pretos tinha-me conquistado tanto que a vontade de entrar para aquele grupo falou mais alto do que a voz desafinada.” A vontade de Andreia falou mais alto que os nervos, ia cantar à frente de pessoas com quem nunca tinha falado, um verdadeiro desafio! “Até nem correu mal” e afirma que alguns deles ainda foram simpáticos e outros assim mais sisudos. O momento mais desafiante já estava ultrapassado, agora, restava saber se teria sido suficiente para fazer parte da Tuna. “Passado uns dias, consegui finalmente ver o meu nome na lista dos candidatos aceites, ficando no grupo dos contraltos.” No primeiro dia de ensaio, Andreia foi informada que tinha que decorar todas as músicas e, além disso, aprender a tocar um instrumento. Por isso “escolhi aprender aquilo que mais despertou a minha atenção quando os vi atuar: o estandarte! Mais tarde, já nos últimos anos de tunante também “dei uns toques” no ukulele que trazia de Erasmus.” Os primeiros ensaios já tinham começado e Andreia tinha que estar todas as terças-feiras ao final da tarde até anoitecer, sem quaisquer desculpas, “as desculpas ficavam para os pais que nos viam ‘a chegar a tarde e más horas’”, afirma.


Tunas

Conta que, muitas das pessoas que entraram para a Tuna no mesmo ano que Andreia já conheciam pessoas que lá estavam, o que não era o seu caso, daí considerar a entrada na Tuna uma grande aventura! “Rapidamente e, depois de alguns ensaios, convívios e atuações, percebi que estava a entrar para uma família: alguns eram pais mais exigentes, de poucas confianças com os mais novos e que valorizavam as hierarquias; outros tios mais brincalhões que só queriam brincadeiras e jogos (de preferência com sumo de uva); e depois existiam os mais novos com quem era mais fácil conviver e conhecer.” Durante o primeiro ano, a Tuna Sabes teve que trabalhar imenso para conseguir atingir um objetivo gigante: ir à Madeira. Para conseguirem alcançar este objetivo, precisaram de fazer bastantes atuações, vender dezenas

de crepes na faculdade, distribuir centenas de rifas para cabazes de natal e, ainda, pagar as quotas à magister. “Foi um ano em cheio, um ano em que, juntos, passámos por momentos maravilhosos, mas também por acontecimentos mais difíceis que fizeram a capa cair no chão, parar as cantigas e apoiarmo-nos como família que éramos (e somos).” Garante que esteve mais próxima desta família, que foi mudando ao longo do tempo consoante as entradas e saídas durante longos quatro anos, “Foram 4 anos inesquecíveis, alguns mais fáceis do que outros, alguns mais trabalhosos, alguns com mais tempo disponível do que outros, mas quando se quer, consegue-se e, quando não acontece, há sempre alguém que te vai fazer ver que se te organizares (estudo, amigos, namorado, família, trabalhos, etc.) tudo se consegue!” “Entrar para uma Tuna não é entrar para um grupo de pessoas que bebe uns copos e toca umas músicas quando lhes apetece... também é isso, é verdade, mas antes disso há momentos de trabalho e dedicação, de responsabilidade, de discussão e organização. Há toda uma preparação para festivais, arraiais, atuações e ensaios, mas acreditem que todo o esforço vale a pena e é reconhecido. Com a Tuna aprendi imenso! Muito mais do que música aprendi a viver o verdadeiro espírito de estudante universitário! Ser

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tunante é um sentimento difícil de descrever, mas muito bom, mesmo! Digo muitas vezes que a Tuna foi das melhores coisas que tive na faculdade, mesmo depois de terminar o mestrado levei comigo amigos que a Tuna Sabes me deu até aos dias de hoje. Depois de alguns anos continuo a sentir-me parte desta família que com todas as suas brigas e diferenças é um escape para os momentos bons e menos bons. É com muito orgulho, e ainda mais saudade, que digo que pertenci a esta mui nobre Tuna!” Como vês a vida académica é bem mais do que estudar! É uma etapa da vida em que deves aproveitar ao máximo cada momento. Esperamos que tenhas percebido o que é realmente uma Tuna e que tenhas vontade de embarcar nesta aventura.

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Prepara o teu plano de estudos O novo ano letivo acaba de começar e, este ano, inicias um novo ciclo, diferente do que estavas habituad@! Está na hora de começares a pensar como vais organizar os estudos e trabalhos de cada unidade curricular, as tuas atividades fixas fora da universidade e, ainda, o teu descanso! O objetivo é que planeies bem cada passo para que corra tudo bem. Texto: Joana Fonseca Fotos: Adobe Stock

As dúvidas e incertezas começam a aparecer sobre como, quando, onde, quanto deves estudar. É normal (e ainda bem!) que tenhas preocupações, é sinal que te preocupas com o teu futuro. Se planeares tudo, terás tempo para estudar, descansar e continuar com a tua vida social. Estudar pode ser, muitas vezes, uma tarefa difícil e que necessita de tempo. Uma boa forma de controlares os teus horários e, tudo o que tens para fazer, é criar um plano de estudo sólido. Pode parecer trabalhoso e é, estaríamos a mentir se disséssemos o contrário. O plano não se baseia em priorizar as matérias que precisas de estudar, vai mais além disso. Para te auxiliar na concretização do plano de estudos, ajudamos-te a organizar um plano de estudo à tua medida. ESTABELECE OBJETIVOS DE CURTO E LONGO PRAZO PARA OS ESTUDOS Uma maneira fácil de conseguires administrar bem o teu tempo é conseguires priorizar objetivos e identificar as áreas que são importantes focar. Este passo é o primeiro, e talvez o mais importante, porque é a partir daqui que começas a dar um rumo ao teu plano e, mesmo que mais para a frente alteres algumas coisas, consegues identificar quais são as tuas prioridades. ANOTA OS TÍTULOS DE TODA A MATÉRIA QUE PRECISAS DE ESTUDAR E O QUE PRECISAS DE FAZER EM CADA UM DELES Este passo é bastante importante! Deves listar todos os conteúdos que precisas de estudar. Ao escreveres as tuas obrigações, começas a ter uma ideia mais clara do que precisas de fazer. Depois de escreveres todos os tópicos importantes, precisas de saber o que deves fazer com cada um deles. É verdade que o tempo e dedicação para cada matéria pode variar semana após semana, com a prática e tempo vais acabar por descobrir quanto tempo necessitas para cada uma das tuas tarefas. PRIORIZA AS TUAS DECISÕES Após escolheres e apontares todos os assuntos que precisas de estudar, está na altura de os priorizares. Deves classificar cada assunto de acordo com a sua importância para teres noção quais são aqueles que precisam de mais tempo. DIVIDE O TEMPO DISPONÍVEL DURANTE A SEMANA NUMA ESPÉCIE DE CALENDÁRIO DIÁRIO Este é o momento em que inicias o teu plano de estudo. O ideal será dividires o tempo que tens disponível ao longo da semana, depois basta incluíres cada assunto nas horas destinadas para o efeito. Cria um plano de estudo para que consigas aproveitar melhor o tempo e possas estudar todos os dias no mesmo horário. Para facilitar, procura dividir o plano por blocos de 45min./1 hora, pois os blocos mais curtos são mais fáceis de alocar do que os mais longos. setembro | outubro 2020

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FAZ PEQUENOS INTERVALOS Deves fazer um pequeno intervalo por cada bloco de estudo, mas a duração destas pausas deve ser previamente determinada, nem mais nem menos! Um intervalo de cinco a dez minutos é o ideal, aproveita este tempo para renovar energias.

O PLANO NÃO SE RESUME SÓ À VIDA ACADÉMICA Os estudos, as aulas, os trabalhos, são uma parte muito importante, mas deves continuar a ter vida social. Ter tempo para a família, os amigos e para te divertires. Utiliza algum tempo livre que tenhas no plano de estudo para agendar alguns eventos inadiáveis, um passeio com a família ou, por exemplo, um simples café.

Exemplo de plano de estudo: Dias Horas

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Café da manhã

07h

Sábado Descansar

08h

Aulas

Aulas

Desporto

Aulas

Desporto

Descansar

09h

Aulas

Aulas

Curso ExtraCurricular

Aulas

Aulas

Descansar

10h

Aulas

Aulas

Estudar

Aulas

Aulas

Estudar

11h

Aulas

Aulas

Estudar

Aulas

Aulas

Estudar

12h

Aulas

Aulas

Descansar

Aulas

Aulas

Estudar

14h

Aulas

Aulas

Aulas

Aulas

Convívio

Curso ExtraCurricular

15h

Estudar

Aulas

Aulas

Aulas

Convívio

Curso ExtraCurricular

16h

Estudar

Desporto

Aulas

Curso ExtraCurricular

Estudar

Convívio

Almoço

13h

17h

Descansar

Estudar

Aulas

Estudar

Estudar

Convívio

18h

Descansar

Estudar

Aulas

Estudar

Descansar

Estudar

19h

Estudar

Convívio

Estudar

Estudar

Descansar

Estudar

20h

Domingo

Jantar

A regra mais comum e, ao mesmo tempo, mais difícil do plano de estudo é acreditares nas tuas capacidades. Procura criar o hábito de olhar para o plano regularmente, será mais fácil lembrares-te sempre de tudo o que tens para fazer.

Desejamos-te um bom ano letivo e bons estudos!


RESPIRA FUNDO.

RECUPERA A FORÇA DE QUE PRECISAS

A vitamina B6 contribui para a redução do cansaço e da fadiga. O efeito benéfico é obtido com a ingestão diária de 1 rebuçado. Recomendada-se uma dieta variada e equilibrada e um estilo de vida saudável. Contém cafeína. Não recomendado a crianças nem a grávidas (100 mg/100 g).



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