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ANO II - Nº8 TRIMESTRAL

AAMYP ALMADA

Sarau de Artes Marciais Estágio Nacional de Sabre - 2ª Parte O Panda do Kung Fu 2 Workshop de Taijiquan Sarau de Encerramento Actividades AIRFA Aplicações Marciais do Símbolo de Taiji


SARAU DE ARTES MARCIAIS Decorreu, a 9 de Abril, o Sarau de artes marciais no Pavilhão Municipal dos Desportos em Almada. Este

evento

esteve inserido na Comemoração

do

116º Aniversário da Academia Almadense

e

apresentou um leque bastante rico de artes marciais, com as mais variadas origens, como é o caso da China, Japão, Coreia, Tailândia, Brasil e Israel. Além das classes que leccionam na Academia marcaram também presença outras escolas, tais como, Kaisen Karaté Portugal, Academia de Artes Marciais e Desportos de Combate Pombalense, Associação Portuguesa

de

Xuan

entre

Wu

Kung

Fu

outras.

( F oto-álbum páginas 2 a 5)

Fotos: Dário Soares





Estágio Nacional de Sabre Taiji & Shaolin Decorreu, de 28 a de Abril a 1 de Maio, a 2ª parte do Estágio Nacional de Sabre de Taiji e Shaolin na Escola Secundária Seomara da Costa Primo na Amadora. onde foram consolidadas e introduzidas novas técnicas do programa de sabre. A

3ª e última parte deste estágio irá realizar-se durante o VII

Acampamento

Nacional de Verão, a realizar na Costa da Caparica de 26 a 31 de Julho 2011.

( F oto-álbum págs. 6 a 8 )

Fotos: Maria Lopes, Dário Soares




O PANDA DO KUNG FU 2 Com o lançamento do filme “ O Panda do Kung Fu 2 ” , a AAMYP esteve nos cinemas do grupo Cinema City, durante os fim de semana de 11 a 12 de Junho, no Campo Pequeno, Alegro, Alfragide, Alvalade e Beloura. Foram realizadas demonstrações de Kung Fu, para os mais novos, ( e não só ) , num ambiente de muita diversão e descontracção. ( F oto-álbum págs. 9 e 10 )

Fotos: Hugo Cunha, João Fragoso, João Costa



WORKSHOP DE TAIJIQUAN Decorreu no passado dia 18 de Junho o aniversário do Jardim Botânico O Chão das Artes. O evento ofereceu aos visitantes exposições, visitas guiadas, oficinas de arte música, yoga e taiji num cenário de grande beleza natural. Pelo 2ª ano consecutivo a nossa escola marcou presença dando a oportunidade, a um número cada vez maior de curiosos, de experimentarem algumas das rotinas praticadas nas aulas de Taijiquan, bem como, verem esclarecidos

alguns

dos

aspectos menos conhecidos desta arte. ( Foto-álbum páginas 11 e 12 )



SARAU DE ENCERRAMENTO DAS ACTIVIDADES AIRFA Decorreu no passado dia 19 de Junho o Sarau de encerramento das actividades 2010-2011 da Academia Almadense. O evento decorreu mais uma vez no Pavilhão Multi-desportos do Feijó e contou com a participação dos atletas das diversas

actividades.

A

YMAA

Almada, como não podia deixar de ser, marcou presença com diversas demonstrações.

( F o t o-álbum

páginas 13 a 14 ) Fotos: Dário Soares



APLICAÇÕES MARCIAIS DO SIMBOLO DE TAIJI

Origem do símbolo Yin-Yang O símbolo Yin-Yang, também chamado símbolo de Taiji é dos símbolos mais antigos e conhecidos da humanidade. É genericamente utilizado para descrever como duas forças opostas se inter-relacionam e dependem entre si, uma dando origem à outra, continuamente. À semelhança das artes marciais chinesas, também o símbolo teve origem na observação da natureza, especificamente dos objectos celestiais como o sol, a lua e as constelações. Os antigos chineses descobriram que o Universo mudava a sua aparência todos os dias mas que outras alterações pareciam seguir ciclos sazonais e anuais. Ao observar o ciclo do sol, registaram a posição das sombras ao longo do tempo, utilizando uma vara colocada a 90º em relação ao solo . Através deste método determinaram que a duração dum ano era de 365.25 dias. Ao registar o comprimento da sombra da vara diariamente num diagrama composto por seis círculos concêntricos, divididos por 24 sectores, escurecendo a parte Yin do Solstício de Verão até ao Solstício de Inverno, obtiveram o gráfico solar abaixo representado.


A sombra mais curta era observada no dia do Solstício de Verão. A sombra mais longa era observada no dia do Solstício de Inverno. Assim, a área branca, com mais luz solar foi chamada Yang, ( Sol ) . A parte escura com menos luz do dia, ( e com mais luz do luar ) , foi chamada Yin ( L ua ) . Como Yin começa no Solstício de Verão e Yang começa no Solstício de Inverno foram marcados dois pequenos círculos, um relativo a Yin, marcado na posição do Solstício de Verão e outro relativo a Yang, na posição do Solstício de Inverno.

Aplicações marciais do símbolo Yin-Yang O símbolo Yin-Yang foi posteriormente adoptado pelas artes marciais chinesas estando na origem de baguazhang, taijiquan mas também de qigong. Pode ser interpretado como um diagrama energético onde são representadas duas forças opostas. Estas complementam-se entre si, trocando energia continuamente de forma atingir um equilíbrio dinâmico e instável.


Num contexto marcial, por ex., nas rotinas de Pushing hands, ( mãos que empurram ) , cada metade pode ser interpretada como um oponente que gera e exerce forças sobre um adversário. A linha circular que delimita o símbolo pode ser vista como uma fronteira que isola as forças dinâmicas do resto do universo. É desta superfície exterior que cada metade vai buscar energia e pode ser vista como o solo, onde os pés dos oponentes assentam e que, através do atrito, permitem aos mesmos gerarem energia cinética que se propaga depois pelas pernas, é direccionada pela cintura e, finalmente, manifestada pelos braços e mãos. Estes deverão estar coordenados, ( sintonizados ) , em ritmo, velocidade e intensidade de força uma vez que fazem parte da mesma onda energética, ( uma mesma metade ) . A manifestação da energia entre os oponentes dá-se através da interface, representada por uma linha curva, que separa as duas metades do símbolo e que permite a sua comunicação. Esta interface pode ser a pele das mãos, braços ou qualquer parte do corpo susceptível de entrar em contacto com o adversário. Como, no símbolo, a linha é ininterrupta, também aquele contacto deverá sê-lo, sob o risco de perturbar o equilíbrio de forças. Assim não deve ser “ rompida ” por excesso ou deficit de força ou movimento dos oponentes. A configuração do símbolo e as áreas idênticas das metades, parecem sugerir um movimento sincronizado e proporcional de ambas as partes de forma a que o sistema permaneça em equilíbrio. No entanto, no contexto marcial, não se pretende preservar sempre esse equilíbrio mas sim controlar e/ou derrubar o adversário afectando o seu centro de gravidade.


Então, cada oponente, deverá seguir os princípios inscritos no símbolo, de forma a preservar o seu equilíbrio, ao mesmo tempo que tenta contrariar a tentativa do adversário de fazer o mesmo. Seguir os princípios inscritos no símbolo, não será, portanto, mais do que reconhecer qual a quantidade de força necessária para um ataque ou defesa, qual o momento em essa força deve nascer ou findar, bem como a velocidade com que a mesma deve variar. Assim, durante a execução de Pushing hands, um determinado oponente, ao “ o uvir ” um ataque a ser preparado, por exemplo, o seu braço a ser selado em direcção ao seu tronco, deverá iniciar uma defesa mais sólida apenas quando sentir que a intensidade do ataque do seu oponente está perto de se tornar indefensável. Esta, é então executada, com a mão na forma vazia, i.e., com o menor nível de energia e por isso mais sensível e reactiva ao movimento atacante, enroscando o braço do adversário e criando uma estrutura

Peng. Se a força empregue na defesa for excessiva, a estrutura defensiva irá tensionar, chocando com a força oposta e ganhará a maior, a do adversário. Se a força for deficiente não se conseguirá evitar a penetração do ataque. Uma vez concluída a defesa, o executante encontrar-se-á numa posição de superioridade e deve iniciar por sua vez um ataque, aumentando suave e continuamente a intensidade da força. Ao sentir aumento da intensidade da defesa do adversário, deve diminuir rapidamente a intensidade da força do seu ataque. Se não o fizer, o aproveitamento, por parte do adversário, da energia envolvida no seu ataque pode comprometê-lo de forma séria, uma vez que pode ser utilizada no seu desequilíbrio pelo seu adversário. Os níveis de força, ( energia ) , óptimas para cada situação acima descrita são


dados pela espessura duma metade no símbolo sendo dependentes da força, ( espessura da metade ) , oposta. Nada é dito sobre a velocidade de execução dos movimentos defensivos e atacantes. No entanto, como o símbolo representa as forças em jogo e estas são por sua vez proporcionais à aceleração, o timing das variações de velocidade de execução dos movimentos torna-se evidente. Finalmente, deverei frisar, que estas interpretações são, inteiramente, livres e pessoais, do significado que o símbolo possa encerrar sendo baseadas na minha ( limitada ) experiência. Desejo, pois, que este artigo possa inspirar outros a reflectir e partilhar os seus pensamentos sobre esta matéria tão fascinante. Dário Soares


AGENDA • V CAMPEONATO DE KUNG FU TRADICIONAL DA YMAA Data: 24 e 25 de Julho Local: Seixal • VII ACAMPAMENTO NACIONAL DE VERÃO Data: 26 a 31 de Julho 2011 Local: Costa da Caparica

FICHA TÉCNICA AAMYP ALMADA Ano II, Nº8 Periodicidade Trimestral Editor: Dário Soares Colaboraram nesta edição: Hugo Cunha João Costa Fábio Fragoso Maria Lopes Para envio de artigos ou fotos: dario_ s oares@hotmail.com


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