Revista Comércio

Page 1






Editorial

Chegamos!!! É com imensa satisfação que lançamos nossa primeira edição impressa da Revista Comércio, um sonho que nasceu grande e espera levar até você caro leitor, informação relevante para o sucesso do seu negócio. Nosso intuito é alcançar pessoas ligadas aos negócios, seja no comércio, indústria, e até mesmo profissionais liberais, pois nosso conteúdo trará sempre informações sobre a administração, recursos humanos, marketing, e tudo mas que possa interessar os gestores. Nessa primeira edição, trazemos um assunto bastante importante e fundamental para o sucesso de qualquer negócio: o Marketing. Trataremos assim a marca, que, quando bem construída oferece valor e diferenciação das demais, agora, considera-se como uma entidade de personalidade e sua imagem está além do produto/serviço oferecido pelo mercado, transmite em toda comunicação a fidelidade da sua proposta. Num mercado cada vez mais competitivo e concorrencial a marca é mais do que o produto. Ela existe como entidade perceptual, envolve e fixa na mente do consumidor – ao mesmo tempo tornase uma entidade física e cultural. Não deixaremos de falar também sobre a publicidade que desenvolve a comunicação, caracteriza as experiências de sua sociedade de consumo – cria expectativas, desperta necessidades, cria modismos. Exercem influências sobre tudo na vida do público em geral bem como seu padrão de comportamento, suas idéias, seus hábitos, culturas, atinge dessa forma homens, mulheres e crianças independente da faixa etária e outros aspectos para a identificação do seu público-alvo específico. Deve entreter para aproximar produto e cliente. Desejo à você uma excelente leitura. Wilson José Elias Editor

06 - Edição 01

Revista Comércio



Sumário

Brasil terá rede 10 para apoiar o desenvolvimento de startups 5 erros (fatais) de 12 empresas nas redes sociais Startup aposta em 14 mecanismo para monitorar atividades físicas Dupla começou 16 negócio em casa e hoje fatura R$ 6 milhões por ano Evite os erros 24 que afastam os consumidores 5 comportamentos 26 que atrapalham a carreira de um empreendedor

20

Capa Marketing e Publicidade Estratégias corretas atraem e fidelizam clientes

08 - Edição 01

Para 58% dos 28 brasileiros, 2015 não é um bom ano para empreender Como manter uma 30 equipe engajada em momentos de crise O que são os 4 Ps 34 do marketing Revista Comércio



Notícias

Brasil terá rede para apoiar o desenvolvimento de startups

O

s principais agentes de apoio às startups se reuniram durante a Campus Party para definirem o modelo de desenvolvimento desses negócios inovadores no país. A convite do Sebrae, representantes de organizações como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Anjos do Brasil e a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e outras 14 entidades aproveitaram o ambiente da oitava edição brasileira do maior evento de tecnologia e cultura digital do mundo para discutir a construção de uma rede de atendimento para empreendedores digitais brasileiros. Juntas, as entidades debateram o papel e a responsabilidade de cada uma no desenvolvimento de ações para potencializar oportunidades para as startups. A ideia era de que, no final da reunião, tenha se avançado na construção do documento Startup Beta Brasil, que esclarece as atribuições de cada instituição junto ao segmento. O encontro aconteceu na tarde desta quinta-feira (5), às 14h. A construção dessa rede é fundamental para amadurecer

10 - Edição 01

Usuários podem monitorar atividades físicas (Foto: Photopin)

os empreendimentos e definir o sucesso das startups no país. Os principais atores necessários ao desenvolvimento do ecossistema brasileiro são os empreendedores, as instituições de fomento e de apoio, as aceleradoras e os investidores e é importante que todos eles trabalhem lado a lado. “Para uma startup ter sucesso, é preciso mais do que uma boa ideia. Existem muitas formas de colocá-la em prática e cada instituição tem um papel complementar para possibilitar isso. Os empreendedores precisam saber quem procurar a cada estágio em que a startup se encontra”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Estavam confirmadas para a reunião além da Anjos do Brasil, da Associação Brasileira de Startups e da ApexBrasil, e do Sebrae, representantes do evento Demo Brasil, da IBM, da Softex, da Endeavor, da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), da organização sem fins lucrativos Up Brasil, do programa do governo federal Start-Up Brasil, da Rede Mulher Empreendedora, do projeto Bizspark da Microsoft, da Associação de Equity Crowdfunding, da Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento (ABRAII),

da entidade Brazil Innovators, do programa de aceleração NAVE da faculdade Estácio e do site startupi. com.br, portal de notícias sobre o mercado de inovação, negócios, empreendedorismo e tecnologia. A Anjos do Brasil, por exemplo, é uma organização que fomenta o crescimento do investimento anjo, uma das maneiras de financiar startups. Esses investidores são pessoas físicas que investem dinheiro para o início da operação, ou seja, para que a startup consiga colocar o produto no mercado e comece a mostrar algum resultado. O capital de investidores anjo é uma das formas de patrocinar as atividades de uma startup, o que também pode ser feito por meio de capital de risco e de capital próprio. A Associação Brasileira de Startups é a principal instituição que reúne empreendedores – tanto quem está começando quanto aqueles que já estão empreendendo – para lutar por melhores condições, criar eventos e disseminar pesquisas e conhecimento. A Apex-Brasil oferece soluções para startups, seja na sua promoção comercial no exterior, na atraçãodeinvestimentosestrangeiros ou na internacionalização.

Revista Comércio



Negócios

5 erros (fatais) de empresas nas redes sociais

Usuários podem monitorar atividades físicas (Foto: Photopin)

Muitas marcas cometeram erros nas redes sociais em 2014 que não deve ser cometidos em 2015

A

lém de interagir com a família e os amigos, as pessoas estão usando as redes sociais também para entrar em contato com empresas e se relacionar com suas marcas preferidas. Primeiramente, apenas as grandes empresas notaram a importância da participação e atuação nesse meio; mas, agora, cada vez mais também empresas de pequeno e médio porte também seguiram esses passos. Segundo o CEO da E.life, empresa de inteligência de mercado, Alessandro Lima, uma interação de qualidade e efetiva pode gerar uma reputação positiva para a marca e um resultado mais eficaz até do que uma campanha publicitária, dependendo do tamanho da repercussão. Já o contrário, ou seja, uma interação inexistente ou inadequada com o consumidor, pode causar ruídos desnecessários sobre a marca e até grandes estragos na imagem, afirma. Veja ao lado os cinco maiores erros de empresas e marcas em 2014 e que podem, e devem, ser evitados em 2015:

12 - Edição 01

1- Criar diversas páginas para a mesma marca - Este erro acontece bastante com franquias; como muitos franqueados cuidam do seu próprio marketing, muitas vezes o franqueador não consegue alinhar uma presença única para a marca em redes sociais. O resultado éa multiplicação de perfis de uma mesma marca em redes como o Twitter e Facebook, criando confusão para o cliente. 2- Confundir página e perfil no Facebook - Muitas marcas ao tentarem criar uma página acabam criando um perfil. O erro gera uma situação engraçada no Facebook, na qual consumidor e marca se tornando amigos. 3- Não monitorar os grupos do Facebook - Os grupos do Facebook se tornam cada vez mais populares. Hoje há grupos sobre vários temas com milhares de consumidores discutindo todo tipo de tópico ativamente. Com os murais públicos cada vez mais fechados (reflexo da mudança das políticas de privacidade do Facebook realizada em 2014) monitorar os grupos amplia a visão da marca.

4- Achar que o Twitter perdeu relevância - Recentemente o Instagram divulgou um número maior de usuários do que o Twitter no mundo e em 2014 muitas empresas deixaram de apostar em ações no Twitter por acharem que a rede perdeu relevância. Erraram feio: a rede nunca gerou tanto buzz como em 2014, quando a Copa do Mundo e outros eventos que aproveitaram o real-time do Twitter, engajaram milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Em 2015 novas parcerias com canais de TV e conteúdo prometem impulsionar ainda mais o alcance do Twitter. 5- Deixar de considerar em ações de marketing novas redes - Um levantamento feito pela E.life mostrou que o Snapchat, junto ao Instagram, foi uma das redes sociais que mais cresceram em utilização no Brasil no ano passado. Com cem milhões de usuários no mundo e valoração de US$ 10 bilhões, o Snapchat já foi utilizado no Brasil pela TIM e Forever21, e fora do Brasil por TacoBell e HBO. Em tempo gasto, o app do Snapchat foi mais utilizado do que o Twitter pelos jovens americanos de 18-24 anos, segundo a ComScore.

Revista Comércio



Startup Startup aposta em mecanismo para monitorar atividades físicas Carenet usa um sensor corporal para obter informações sobre distância percorrida, calorias gastas e qualidade do sono

Usuários podem monitorar atividades físicas (Foto: Photopin)

i n fo r m a ç õ e s s o b re distância percorrida no dia, calorias gastas e qualidade do sono. Todas os dados coletados devem ser transferidos para uma plataforma online e depois podem ser sincronizados com o celular, usando aplicativos para Android e iOS.

C

riar produtos para a área de saúde é um desafio que tem atraído a atenção de muitos empreendedores pelo mundo. Não foi diferente com os suíços Immo Oliver e Michael Kronenberg. Em 2012, eles fundaram a Carenet, uma startup que aposta em uma solução para quem quer acompanhar suas atividades físicas diariamente. A Carenet usa um dispositivo (um pequeno sensor) que armazena

14 - Edição 01

O dispositivo medidor, batizado de Klip, pode ser carregado em qualquer parte do corpo e é vendido a R$ 159. O produto é compatível com monitores de marcas parceiras, como alguns modelos da Sony. A Carenet espera se diferenciar dos concorrentes por seu software e permite a sincronização de dispositivos de outras marcas, como Garmin, Samsung e Fitbit, que se destacam no exterior. A Carenet pretende lançar em breve um modelo mais moderno do

Klip, que permite a sincronização das informações por Bluetooth e não mais por um babo USB, como atualmente. O preço estimado é de R$ 200 - teto do que os empreendedores consideram ser um valor apropriado para o dispositivo no país. Para monetizar a startup, a Carenet concetra seus esforços na venda do sistema de análise de dados. E já tem um cliente de peso, a Netshoes. O e-commerce de material esportivo comprou uma versão personalizada do app para sincronizar com a sua linha de monitores de desempenho voltados para atletas. A Carenet foi uma das startups selecionadas para a Campus Party 2015. Os empreendedores julgam que foi uma boa oportunidade para exibir o negócio e conseguir novos clientes. A expectativa para este ano é fechar pelo menos mais dois contratos com empresas grandes, nos mesmos moldes da parceria com a Netshoes.

Revista Comércio



Empreendedorismo Dupla começou negócio em casa e hoje fatura R$ 6 milhões por ano

A Innovation Brindes foi criada para sanar uma deficiência do segmento de produtos customizados

O

s três anos durante os quais trabalhou em uma empresa de produtos customizados fizeram com que Rodrigo Pereira, 31 anos, identificasse as deficiências do negócio. A principal delas, segundo o empreendedor, era a terceirização de etapas do processo, principalmente do fornecimento dos produtos.

Os primos Erik Riffel e Rodrigo Pereira estão à frente da Innovation Brindes

materiais e dos produtos, além de controlar o tempo da produção. “Se um cliente solicitar um determinado número de brindes, consigo fazer com que ele receba o pedido a tempo. Se o serviço fosse terceirizado, eu não teria como garantir”, afrima. A Innovation foi crescendo e hoje

“Enxerguei esse problema e vi que era necessário profissionalizar a empresa”, afirma Pereira. Foi a partir dessa constatação que ele criou, há seis anos, uma nova empresa no mesmo setor. A Innovation Brindes começou na casa de Pereira e acabou se tornando um negócio familiar. A mãe do empreendedor, Miriam, virou uma das vendedoras (“ela é uma das melhores”, diz) e o primo, Erik Riffel, o sócio da empresa. “Eles foram essenciais, pois acreditaram no meu sonho”, diz. Novos começos O primeiro passo de Pereira foi investir em máquinas. Assim, ele poderia verificar a qualidade dos

16 - Edição 01

Cadernos e blocos são alguns dos produtos da empresa (Foto: Divulgação)

emprega mais de 50 pessoas em um prédio no Jardim Tremembé, em São Paulo. “Todo o dinheiro que recebi foi reinvestido na empresa. Costumo dizer que o Rodrigo continua pobre, mas a empresa é rica”, afirma o empreendedor. Atualmente, a Innovation fabrica e

customiza mais de 600 produtos, entre eles canetas, chaveiros, agendas, canecas, pastas, mouses, calculadoras e pen drives. O desenvolvimento da empresa, que já ia bem antes, melhorou ainda mais em 2014. Pereira e Riffel decidiram investir em uma equipe de marketing, que focou em anúncios, tanto em guias do segmento quanto em mídias digitais. Com isso, só no último ano, o faturamento da Innovation Brindes cresceu 180%, resultando em um valor equivalente a mais de R$ 6 milhões. A visão de crescimento para 2015 continua próspera. “Medo da economia todo mundo tem. Mas o investimento nas máquinas reduziu o nosso custo operacional para manter a empresa rodando. Continuaremos a marcar forte presença em catálogos e nas mídias impressa e online para não perder esse crescimento”, diz Pereira. Em abril, o empreendedor tem viagem marcada para a China. “Espero trazer novidades. Quero estar à frente da concorrência”, afirma.

Revista Comércio





Capa

Marketing e Publicidade

Estratégias corretas atraem e fidelizam clientes

F

alar de Marketing, no Brasil, nos dias atuais, não é tarefa para amadores devido a enxurrada de estratégias que inundam o mercado, dentre estas as que têm claro o objetivo de enganar o consumidor. Em tempos de pouco dinheiro e, por consequência, consumidores mais analistas, críticos e exigentes, as empresas nem sempre utilizam de meios justos e corretos para atingir

20 - Edição 01

seus objetivos financeiros, sempre em primeiro plano, e quem paga “a conta” é sempre o consumidor, desavisado ou não. Profissionais de Marketing se debruçam sobre as teorias de consumo com o único objetivo de entender o comportamento do consumidor atual e suas relações com suas classes sociais. Nada melhor do que levar aos consumidores,

consumistas ou não, um pouco da atual teoria de Marketing e suas vertentes, exploradas profundamente pelas empresas, e que tem como principal objetivo fazer com que você consumidor, leve seu suado dinheirinho para elas. Na década de 80, se uma dona de casa fosse a padaria e comprasse 300g de presunto e ao chegar em casa ela

Revista Comércio


percebesse que esse presunto estava estragado, ela jogava o presunto fora e nunca mais voltava à padaria, hoje além de voltar, reclamar, expor o fato nas redes sociais e exigir o dinheiro de volta ainda move uma ação civil contra a empresa. A Consumer Culture Theory (CCT) baseada no interpretativismo e nas pesquisas qualitativas e quantitativas, trouxe uma visão alternativa a visão positivista dominante e exemplificada acima. Mais fortemente nas últimas três décadas, formalizou-se dentro da área de Marketing o estudo das práticas dos indivíduos envolvidos no processo de definição, seleção, aquisição, uso e serviços. Aspectos subjetivos da natureza humana, sua realidade sóciocultural e suas interações sociais, buscam o profundo entendimento dos fenômenos de consumo e após este entendimento, tem-se a formulação das estratégias de Marketing e Propaganda. Empresas têm adotado estratégias para promover inovações de produtos e serviços, estas estratégias têm sofrido alterações nos últimos anos e se devem principalmente a melhoria da qualidade do consumidor que ano após ano vem aprendendo a valorizar seu dinheiro e exerce corretamente seu poder e direitos na compra de produtos e serviços. Infelizmente, esta evolução é pequena se comparada a evolução das estratégias adotadas pelas empresas, principalmente as empresas que comercializam produtos e serviços de forma massiva. Devemos nos atentar para as estratégias de Marketing esportivo, Neuromarketing, Marketing de densidade, Propaganda de alimentos, serviços e tecnologia e principalmente propaganda na internet. Milhares de consumidores tiveram seu poder de compra elevado nos

Revista Comércio

últimos anos, e por consequência, de olho nestes consumidores, as empresas inovaram em estratégias para atrair e fidelizar. Uma estratégia simples adotada desde a idade média é a do adensamento, o consumidor brasileiro gosta de aglomeração, bagunça, desordem e as empresas perceberam que ao se reunirem em locais específicos conseguiriam atrais mais consumidores, como exemplo temos a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena e o Mercado Central em Belo Horizonte, as ruas 25 de Março e Santa Efigênia em São Paulo e tantas outras feiras e mercados espalhados pelo país. Relacionando o Marketing Esportivo a este adensamento, a importância da indústria esportiva é tal, que somente a Olimpíada do Rio de Janeiro, segundo o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), tem perspectiva de arrecadar mais e 50 bilhões de dólares, e é importante ressaltar que grande parte desses valores é devido ao consumo dos produtos e serviços relacionados ao evento. Outra vertente muito explorada hoje e relacionada com as estratégias acima é a propaganda na internet ou o Marketing nas Novas Mídias, devido principalmente ao incremento tecnológico ocorrido nas últimas décadas que permitiu que a troca de informações entre pessoas e seus grupos sofresse grande mudança. Da forma que a quantidade e a qualidade das informações trocadas aumentam, levou o Marketing a adaptar suas ferramentas para acompanhar esse processo evolutivo. Vivemos em uma época de comunicação unificada e o aparelho de telefone celular é um dos grandes responsáveis por essa alteração na forma de comunicação. Toda a população brasileira, inclusive e principalmente a de baixa renda foi atingida por esta estratégia de

Marketing adaptada, que ao ser empregada atingiu todo o contingente de aparelhos de telefonia móvel existente no Brasil. As ações de Mobile Marketing identificaram um grande potencial no mercado de baixa renda visto que a densidade de equipamentos é maior onde há grande concentração populacional. Assertivas ou não, éticas ou não, estas ações são responsáveis pela movimentação de cifras inimagináveis atualmente. Todas estas estratégias são pautadas pelo Neuromarketing que analisa os pensamentos,emoções,aprendizados e sentimentos que ocorrem na mente inconsciente dos consumidores e são responsáveis por impulsionar as suas tomadas de decisões e comportamentos de compra. Resta ao consumidor uma análise minuciosa e desprendida de valores sociais para não ser envolvido em estratégias pouco éticas que no fim somente causam frustração e prejuízo financeiro. Se desprender destes valores faz com que, mesmo que a estratégia de Marketing seja eficiente, não se troque o “bom pelo belo”, o “útil pelo inútil” e se valorize mais o “ser ao invés de ter”. Controlar a emoção no ato de consumir, faz com que a aquisição de produtos e serviços seja prazerosa e profícua anulando as estratégias de ética duvidosas, enaltecendo e valorizando as verdadeiras e honestas. Encerro este artigo com uma citação de Jacob Gorender que sintetiza um pouco o efeito deste Marketing na vida das pessoas. “A sociedade capitalista se apresenta como sociedade do espetáculo. Importa mais do que tudo a imagem, a aparência, a exibição. A ostentação do consumo vale mais que o próprio consumo. A aparência se impõe à existência. Parecer é mais importante do que ser”. Bom consumo!

Edição 01 - 21




Gestão

Evite os erros que afastam os consumidores Trabalhar com pessoas exige delicadeza e algumas medidas e cuidados são essenciais para obter sucesso na área

A

trair a atenção de um consumidor é uma das principais missões de um profissional de vendas. No entanto, uma questão muito comum nessa área é: como fazer para que os consumidores não saiam correndo do seu negócio? Trabalhar com pessoas exige delicadeza e algumas medidas e cuidados são essenciais para obter sucesso na área. Para isso, é necessário, primeiramente, saber que para vender é preciso ir muito além de uma conversa superficial. Falta de empatia: É um grande problema. Crie identificação com o comprador e transmita boa

24 - Edição 01

impressão. Cuide da aparência e aja de acordo com o perfil de cada cliente para inspirar as compras. As pessoas têm tendência em confiar e se relacionar com quem possui algo em comum com elas. Não seja muito invasivo: Pergunte, mas também saiba ouvir. Fuja do monólogo, busque sempre o diálogo e nunca se esqueça de que cautela é essencial. Entenda o que o cliente quer e trabalhe para resolver os seus problemas. Lembre-se que o vendedor é um solucionador e ajuda quem o procura a suprir necessidades e realizar sonhos. Fuj a dos clichês: Ut ilizados pelos vendedores, ao contrário

do sucesso, jargões, exageros, mentiras ou falar demais podem at ra p a l h a r a n e g o c i a çã o . A sinceridade é muito mais bem vista e aceita pelos clientes do que uma simpatia exagerada, que soa como falsidade. Portanto, saiba usá-la moderadamente. Despreparo e a insegurança: Atrapalham a credibilidade do profissional. Estude sempre e busque profissionalização. Mantenha-se informado sobre os produtos que vende e os mercados nos quais estão inseridos, participe de palestras e cursos preparatórios, leia obras importantes na área e fique antenado às tendências e acontecimentos.

Revista Comércio



Gestão 5 comportamentos que atrapalham a carreira de um empreendedor Pode ser que você seja o responsável pelo fracasso do seu negócio. Saiba que atitudes devem ser evitadas

A

carreira de um empreendedor tem vários obstáculos. Dificuldades financeiras e quantidades absurdas de asssuntos para resolver são, talvez, os mais lembrados. Mas vários desses problemas, às vezes, são motivados pela postura do próprio empreendedor. Ou seja, você pode ser o motivo de seu negócio não decolar. O site da revista "Inc." listou quais são os comportamentos que podem sabotar a carreira de um empreendedor. Confira: 1. Medo de tentar O medo de arriscar faz com que muita gente não tente empreender. Só que, vale dizer, empreendedores também podem ser medrosos. Alguns donos de negócios podem até ter sido ousados na criação da companhia, mas têm medo de mudar a cultura da empresa ou lançar algo novo, por exemplo. 2. Teimosia Mudar é difícil, mas é algo necessário para alguém que gerencia um negócio. Um empreendedor

26 - Edição 01

pode não gostar de planejar seu dia em uma agenda e ser teimoso o bastante para tentar memorizar todos os seus compromissos - e, eventualmente, esquecer algum e prejudicar a empresa. Quem não tem vontade de mudar alguns hábitos pode sofrer bastante ao virar patrão. 3.Autoestima baixa Você conhece alguém que é incrível, mas que se acha muito pior do que realmente é? Isso é bastante comum, inclusive entre empreendedores. O artigo é bastante otimista neste ponto. Segundo o texto, com determinação, dá para ir muito mais longe do que você pensa. Tente. 4. Pessimismo A meta de alguém que abre um negócio é ter sucesso, ganhar dinheiro e se realizar na vida. Mesmo assim, paradoxalmente, há pessoas que acham que tudo pode desmoronar a qualquer momento. Há quem acredite que o pessimista atrai coisas ruins

para si, bem como há gente mais cética quanto a isso. Mas o que é consenso, segundo o texto, é que o pensamento negativo influencia as suas decisões. E, consequentemente, pode prejudicar seu negócio. 5. Falta de foco Ter foco não é ser limitado. É, na verdade, determinar o que é mais importante e finalizar a pendência. Ao chegar pela manhã no escritório e ligar o computador, o empreendededor não pode resolver as tarefas mais fáceis (ou as mais prazerosas). Ou seja, por mais que você odeie fazer contas, é essencial que você tenha um cuidado especial para elas - ou pague alguém para isso. Outra coisa importante: na hora de resolver a tarefa, não desvie a atenção para outras coisas.e cursos preparatórios, leia obras importantes na área e fique antenado às tendências e acontecimentos.

Revista Comércio



Pesquisa Para 58% dos brasileiros, 2015 não é um bom ano para empreender

A

cada dia, centenas de novas empresas e startups são abertas no Brasil. Afinal, o que não falta por aqui são ideias e vontade de empreender. Desde 2013, já somos visto como um dos melhores países no quesito desempenho no ranking mundial de empreendedorismo entre os Brics (Brasil, Rússia, índia, China e Africa do Sul), o que também nos deixa na briga com países como os Estados Unidos e Reino Unido. No entanto, diante do atual cenário da economia em 2015, uma perguntam tem sido feita por milhares de empresários e possíveis futuros investidores: este é um bom ano para investir em um novo negócio? Buscando essa resposta, o PiniOn, plataforma mobile que reúne a opinião dos usuários sobre determinado tema, realizou uma pesquisa com 2119 pessoas, entre 18 e 64 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Brasília e Recife. A resposta? 58% dos respondentes não acreditam que esse seja o ano para empreender. Segundo os resultados do ano passado, 23% acreditam que o ano de 2014 foi mais fácil para novos negócios e 54% acredita que os dois anos serão igualmente difíceis. A cidade de São Paulo revela-se a mais pessimista: 64% não acredita que será um bom ano. Do outro lado, no entanto, Salvador aparece bastante otimista, com 59% das respostas bem positivas.

28 - Edição 01

Confiraabaixoosoutrosprincipaisresultados obtidos através dessa pesquisa: Principais desafios: 48% alta competitividade do mercado 38% dificuldades geradas pelo cenário econômico nacional e internacional Porte das cidades que prosperam os empreendimentos: 50% em cidades de médio porte; 30% em cidades grandes 20% em cidades pequenas. 25% dos respondentes já possuem um negócio próprio, sendo que as proporções são praticamente as mesmas em todas as cidades, apenas Curitiba é levemente destacada, com 33% dos respondentes; dos que já possuem empresas, 94% são de pequeno porte e foram abertas há menos de 5 anos (43%). Entre os que não possuem negócio próprio: 80% têm o desejo de empreender; Recife se destaca pelo potencial empreendedor: dentre os que não possuem negócio próprio, 92% desejam empreender. Perfil do empreendedor: 52% têm entre 25 e 34 anos; 26% têm entre 18 e 24 anos; 50% mulheres e 51% homens; Salvador é a cidade onde se encontra a maior proporção de jovens empreendedores, sendo 84% entre 18 e 34

anos. Além disso, a cidade também se destaca pela maior proporção de empreendedores mais velhos: 6% das pessoas têm 45 anos ou mais. Planos: 51% pretendem abrir um negócio próprio entre 1 e 5 anos; 25% de 6 a 10 anos; 7% em menos de 1 ano; 12% não tem planejamento definido. PMEs: 77% das pessoas pretendem abrir uma empresa pequena com até 19 funcionários. Motivos para empreender: 58% independência financeira; 16% oportunidade de crescimento profissional; 7% por ideias inovadoras; 7% pelo ideal da empresa; 4% solução para a dificuldade em lidar com estruturas hierárquicas de empresas existentes. Áreas e setores mais buscados: 40% no comércio; 35% serviços; 10% tecnologia. O setor de tecnologia aparece entre os que mais devem ter sucesso em 2015: 36% das respostas. Já para a área de serviços, o índice apontou um número menor, de 31%.A maior parte acredita que não será um bom ano para o setor da indústria (41%), 20% não acredita no comércio e 14% avaliam o agronegócio comoumsetorproblemáticoparaoano.

Revista Comércio



Recursos Humanos

Como manter uma equipe engajada em momentos de crise É fundamental que se mantenha uma relação de confiança desejável a manutenção do bom nível de delegação

Q

uando grandes empresas veem os seus nomes envolvidos em denúncias de corrupção e acusações sobre a conduta antiética dos seus CEOs, o afastamento destes dos negócios é quase sempre automático. Mas, como fica a situação dos colaboradores que continuam e devem manter a máquina funcionando? E como engajar a equipe e torná-la comprometida com o trabalho mesmo nestes tempos difíceis? Para respondermos essas questões vamos começar pensando o que sustenta uma organização, além de seus números de faturamento, vendas e recursos humanos. A resposta não é simples: valores. Eles não são faceis de serem seguidos. Todo adulto já se encontrou pelo ao menos

30 - Edição 01

um dia na vida em dúvida sobre qual caminho tomar. Fazer a coisa certa ou fazer o mais fácil? Em um momento como este, é preciso rever a carta de valores da empresa e discuti-la junto com os gestores, mas esta discussão precisa de fato tirar os “esqueletos dos armários” e o grupo precisa definir qual a conduta ideal, que desvios são admissíveis em determinadas circunstancias e quais não serão tolerados. De forma que o novo líder e os demais gestores assumam o papel de defensores, propagadores e sejam um modelo de comportamento ético para os demais. Durante esse questionamento, se necessário, é preciso retirar alguns valores da carta e substituí-los por outros saudáveis para os negócios bem como para as relações interpessoais. Para

ajudar nisso, a organização pode contar com o coaching tanto para auxiliar na reflexão de quais são os valores adequados bem como a melhor forma de colocá-los em prática. Além disso, é fundamental para que se mantenha uma relação de confiança desejável a manutenção do bom nível de delegação, além disso, é preciso tomar cuidado com as atitudes centralizadoras tão comuns após situações de perda de controle. Como por exemplo, quando se pune os honestos que ficaram com a desconfiança por causa dos desonestos que saíram. Logo, o ideal é criar sistemas de controle razoáveis, lembrando que a maioria é honesta! É que a desonestidade faz tanto barulho que parece que é há mais desonestidade do que existe de fato.

Revista Comércio





Marketing

U

O que são os 4 Ps do marketing

ma área cujas definições são as mais variadas possíveis, o marketing ainda é bastante mal interpretado fora do mundo dos negócios e até mesmo por alguns profissionais da área. Normalmente “conceituado” com uma descrição que se refere apenas a uma parte do mix que o compõe, ele é, na verdade, um grande sistema, que engloba todo o processo desde o desenvolvimento até a venda de produtos ou serviços aos consumidores finais. Na definição de Philip Kotler, o marketing – enquanto processo social – é o meio através do qual as pessoas obtêm aquilo de que precisam ou desejam. Enquanto atividade gerencial, é “a arte de vender produtos”. No final das contas, existem dois lados nesse sistema e cada um tem sua visão sobre o processo e suas próprias ferramentas para atingir seus objetivos. A expressão Composto de Marketing foi criada em 1949 por Neil Borden, sendo aprimorada pelo professor Jerome McCarthy. Ele

34 - Edição 01

dividiu a atividade em segmentos: Produto, Preço, Promoção e Praça, afirmando que “todas as decisões de mix de marketing devem ser tomadas para que se exerça influência sobre os canais comerciais, bem como sobre os consumidores finais”. Conheça e entenda os 4 Ps: 1. Produto: Ponto de partida de qualquer negócio. É uma oferta que deve ser definida levando em conta a orientação da empresa e as necessidades e desejos do público-alvo. Palavras-chave: Variedade; qualidade; design; marcas conceituadas; benefícios agregados; garantias. O processo de criação de um produto deve priorizar o benefício que o consumidor está adquirindo, qualidade em relação ao design, marca e embalagem. 2. Preço: Tem a função de gerar valor e, consequentemente, satisfazer (ou não) o cliente. Ao profissional de marketing cabe trabalhar o grau de satisfação com estratégias focadas na percepção do custo-benefício pelo cliente.

Palavras-chave: descontos; concessões; bons prazos; condições de financiamento. 3. Praça: Para praticamente todos os tipos de negócio, este elemento é um dos mais vitais de todo o mix, pois funciona como ponte entre o produto e o consumidor. Palavras-chave: canais (PDV, web, fone etc.); fácil acesso; boa infraestrutura da localização; espaço agradável ao público-alvo. 4. Promoção: Ferramenta que transforma o produto em um ativo comercializável. Este elemento tem uma espécie de mix próprio, que pode ir desde o anúncio no ponto de venda até a publicidade propriamente dita. Para respondermos essas questões vamos começar pensando o que sustenta uma organização, além de seus números de faturamento, vendas e recursos humanos. A resposta não é simples: valores. Eles não são faceis de serem seguidos. Todo adulto já se encontrou pelo ao menos um dia na vida em dúvida sobre qual caminho tomar. Fazer a coisa certa ou fazer o mais fácil?

Revista Comércio




Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.