Revista

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Revista

Santa Casa em sua casa Santa Casa de Misericórdia de Paraguaçu Paulista

Dezembro 2013

Automedicação Tomar remédios por conta própria pode ser mais perigoso do que você imagina

Confraternização

Pesquisa

A confraternização de final de ano da Santa Casa na sede do Rotary Club de Paraguaçu Paulista

O setor de Recursos Humanos realizou uma pesquisa de clima organizacional com funcionários

Conquistas Colaboradoras concluem Pós Graduação e uma delas participa de Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos


EXPEDIENTE

Capa

O Jornal Santa Casa em sua Casa é produzido a cada quinze dias com o objetivo de levar as informações da Santa Casa de Misericórdia aos lares Paraguaçuenses. Desejamos através dele, criar um elo entre a Instituição e os seus usuários. Responsáveis: Íris Vieira da Silva – Idealizador e redator Godofredo Ribeiro de Freitas Filho – Provedor da Santa Casa Diagramação e Projetos Gráficos GIF Comunicação www.gifcomunicacao.com.br I Timóteo 2:5: “Há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os Homens, Jesus Cristo Homem”. Faça sugestões, elogios, crítica, doações, envie currículos ou anuncie através do site www.hospitalparaguacu.com.br

Automedicação: use o bom senso e evite riscos

Palavra do Provedor T

odo final de ano costumamos olhar para trás e refletir sobre como foi o ano que se passou. Em minha reflexão deste ano não contive a emoção em ver que 2013 foi um ano de superação e desenvolvimento de nossa Santa Casa. Hoje somos uma instituição que é composta por um time de pessoas altamente competentes que a cada dia superam seus limites para fazer com que a Santa Casa esteja entre as melhores do Estado. Nesta época também refletimos sobre o nascimento de nosso Redentor Jesus Cristo que nasceu e morreu por nós. Pessoa na qual ajudou a todos sem distinção de raça, cor e sexo. A família Santa Casa trabalhou duro neste ano para cada vez mais estender as mãos para aqueles que necessitam de cuidados Hospitalares, através de um atendimento digno e acolhimento na hora da angustia. Foi um ano repleto de elogios seja da nossa população ou

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de autoridades, pessoas que admiraram o quanto evoluímos e o quanto estamos trabalhando para superar metas a casa dia. Razões nas quais tivemos muito que agradecer ao nosso bom Deus, desde as lindas reformas realizadas, melhoria na tecnologia, recordes de atendimentos bem sucedidos, melhoras na UTI, pagamento de dívidas anteriores, aumentos salariais, novas contratações, entre outros. Foram tantas as vitorias que posso afirmar que este foi um ano de destaque na vida do Hospital. As inúmeras doações e o voluntariado foram uma prova de que a população abraçou conosco a causa dos necessitados. Agradeço a colaboração de todos aqueles que tem um carinho especial pela Santa casa e contribuem com ela. Desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo cheio de paz, alegria, saúde e Bênçãos Divinas. Que 2014 seja um ano de mais conquistas para o nosso Hospital e para todos os que o ama. Deus vos abençoe.

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Atenciosamente Godofredo Ribeiro de Freitas Filho Provedor da Santa Casa de Paraguaçu Paulista


Índice Dia-a-dia 4 - Hospital em clima de festa 5 - Pesquisa

Na prática 6 - Protocolo de

Manchester prioriza atendimento por risco

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Com dor torácica não se brinca

Saúde 8 - Automedicação Nossos valores 16 - Conquistas 18 - Confraternização 3


Dia-a-dia Hospital em clima de Natal Tradicionalmente a Santa Casa na época Natalina se enfeita e entrega presentes. Este ano toda a decoração ficou por conta do talentoso e competente grupo de voluntariado, que embelezou a instituição porta por porta, quarto por quarto, sala por sala. Tradicionalmente também foi

realizado a entrega de panetones e champagnes a todos colaboradores, mesários e médicos. A entrega é realizada pelo provedor Godofredo e a Administradora Lucilene, com direito a fotos de todas as entregas e muita descontração melhorando ainda mais a harmonia dentro do hospital.

Provedor Godofredo e a Administradora Lucilene durante a entrega de panetones e champagnes a colaboradores e médicos

Lindas decorações espalhadas pelo hospital

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Dia-a-dia Pesquisa

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setor de Recursos Humanos realizou uma pesquisa de clima organizacional com funcionários de todos os setores do hospital. A aplicação foi realizada pelos estagiários de psicologia Marcos de Oliveira Barbosa e Daniela Luiza de Melo, supervisionado

pelos psicólogo e gerente de Recursos humanos Iris Vieira. No dia 13/12 deram a devolutiva da pesquisa a todos os líderes do hospital, incluindo provedoria e administração. O estagiário Marcos e o Psicólogo Iris ressaltaram a importância da pesquisa para a instituição: “ela

colabora com o planejamento futuro, implantação de projetos e estabelecimento de metas, través dos dados obtidos”. A pesquisa apontou para muitos dados positivos, dentre eles a fidelização de funcionários, fruto do bom trabalho realizado pelos líderes da instituição.

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Na prática Protocolo de Manchester prioriza atendimento por risco Em um serviço de urgência, os casos mais graves devem ser atendidos antes; um protocolo criado na Inglaterra e adotado em todo o mundo ajuda os profissionais de Saúde a atenderem primeiro quem mais precisa

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m dos grandes desafios dos serviços de emergência no País é atender a uma deman-da de usuários superior a sua capacidade. Esta procura pelo pronto atendimento aumenta a cada dia, o que dá origem à necessidade de realizar um sistema de classificação de risco, que permita priorizar o atendimento médico pela urgência clínica e não pela ordem de che-gada dos pacientes. A classificação de risco não pressupõe exclusão e sim estratificação. A realização de acolhimento com classificação de risco em serviços de emergência requer equipes experientes, treinadas e capazes de identificar necessidades e prioridades do paciente, para avaliação correta dos sinais e sintomas estabelecidos no protocolo. Um dos protocolos consagrados para esta atividade é o Protocolo de Manchester, cuja origem, tal como o nome indica, deu-se na cidade de Manchester, Inglaterra. Reco-nhecido internacionalmente e em funcio-namento em vários hospitais, é validado pelo Ministério da Saúde e demais órgãos de classe na área da Saúde. Este método permite uma rápida identificação dos doentes que recorrem ao Serviço de Ur-gência, permitindo atender, em primeiro lugar, o doente mais grave e não, necessariamente, quem chega primeiro. Consiste em identificar a queixa principal do paciente (motivo que o levou a procurar o serviço), definir a condição apresentada e procurar sinais e sinto-

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mas em cada nível de prioridade clínica. Para isso é utilizada uma escala de cores por gravidade. A cor vermelha indica necessidade de aten-dimento imediato. Os casos muito urgentes recebem a cor laranja, com um tempo de espera recomendado de dez minutos. Os casos urgentes, com a cor amarela, têm um tempo de espera recomendado de 60 minutos. Os doen-tes que recebem a cor verde e azul são casos de menor gravidade (pouco ou não urgentes) que, como tal, devem ser atendidos no

espaço de duas e quatro horas, respectivamente, após atendimento dos doentes mais graves Para entender a utilidade da Triagem de Man-chester, é importante ter em consideração que a missão de um Serviço de Urgência é identifi-car os pacientes em risco e encaminhá-los ao atendimento correto no menor tempo possível, para garantir uma maior eficácia assistencial José Mauro Rezende


Bem-estar Com dor torácica não se brinca Sentiu uma dor no peito? A melhor coisa a fazer é procurar um cardiologista imediatamente

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or torácica corresponde a 10% dos atendi-mentos de qualquer serviço de emergência. “Assim como um piloto de avião faz um checklist de uma série de itens antes da de-colagem, nós também seguimos um protocolo para avaliar os sintomas do paciente e decidir, com rapidez e segurança, qual o tratamento indicado para cada caso”, explica o cardiolo-gista José Eduardo Marchesini, coordenador da Unidade de Dor Torácica. Segundo ele, são procedimentos baseados em padrões americanos e brasileiros para decidir, com base em exames clínicos e eletrocardiograma, a urgência e o tratamento que o paciente requer. Dependendo da gravidade do quadro, o trata-mento pode seguir por diversas rotas, desde encaminhar o paciente diretamente para um cateterismo, para desobstruir uma artéria e colocar um stent, nos casos mais graves; até a liberação do paciente para retornar para casa, quando a causa da dor é definitivamente não-anginosa e ele não corre perigo. “É muito difícil para um leigo saber qual é a causa e a gravidade da dor que está sentindo, por isso recomendamos que qualquer dor no peito deve ser avaliada por um especialista”, argumenta Marchesini. Mesmo uma dor su-portável pode representar um risco importante, e a demora em buscar socorro pode agravar o quadro do paciente. A questão do tempo para início do atendimento é tão crucial que registram-se os minutos decorridos entre a chegada de um paciente e o início do cateterismo, porque esse prazo é decisivo para o sucesso do procedimento.

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Saúde

AUTOMED


Saúde Cada vez mais pessoas estão substituindo as consultas médicas pela automedicação, com base em informações obtidas de parentes, amigos ou da Internet; veja porque isso pode ser muito mais perigoso do que você imagina

Tudo o que você não queria saber sobre

DICAÇÃO


Saúde Q

uase todo mundo tem alguns remédios guardados no armário do banheiro ou em uma gaveta da cozinha, de preferência longe das crianças. São nossas armas para combater uma dor de cabeça, os sintomas de um res-friado, uma indisposição no estômago e assim por diante. Mas cuidado: se o problema não desaparece e você continua se medicando por conta própria, está se expondo a riscos graves. Conversamos com vários profissionais dos Hospitais da Rede VITA, e levantamos muito mais informações do que imaginávamos. Médicos e farmacêuticos entrevistados concor-dam que a automedicação se torna perigosa quando prolongada e rotineira. A pessoa pode estar mascarando doenças graves, sofrer le-sões nos rins ou no fígado pelo uso constante de medicamentos, e ainda ter intoxicações ou reações alérgicas aos mesmos. Se a sua dor de cabeça, ou dor nas costas, ou desconforto digestivo dura mais que três dias, pode estar sinalizando algo mais sério, e está na hora de ir ao médico descobrir do que se trata. Vários medicamentos podem ser comprados à vontade, porque são inofensivos quando usa-dos corretamente. Mas, como lembra Juliane Zoreck, chefe de Farmácia do Hospital VITA Curitiba, “todo remédio é potencialmente um veneno, a diferença está na dose utilizada”.

Campeões da automedicação Os líderes de audiência entre os medica-mentos tomados por conta própria são antibióticos (infecções em geral, tendo como exemplo dor de garganta com presença de pus), anti-inflamatórios (dores em geral, desde dor de cabeça até dor nas costas) e ansiolíticos (para reduzir a ansiedade ou dormir). Geralmente, a decisão de tomar um medicamento é porque

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alguém já está tomando: o marido decide tomar o mesmo remédio que a mulher, a mãe resolve tratar o filho, uma amiga recomenda o medicamento para outra e assim por diante. Ninguém coloca óleo diesel no tanque de um carro a álcool, mas muita gente se sente à vontade para tomar um remédio só porque outra pessoa está tomando. “Os tipos de medi-camentos variam e as doses variam conforme o caso”, argumenta Thaís Pires Quaglia, chefe de Farmácia e Suprimentos do Hospital VITA Volta Redonda; “mas os pacientes costumam achar que todos os antibióticos servem para a mesma coisa”. Ela garante que são comuns os casos em que uma pessoa compara seus me-dicamentos com os de outra pessoa pela dose presente no comprimido, o que é absurdo. “São medicamentos diferentes, mas a pessoa vê que em um a dose do comprimido é de 1mg, e em outro, é de 10mg, e como ela não está se sentindo bem, resolve tomar o outro porque ‘é mais forte’ “. Quem compara melancias e uvas pela quantidade pode acabar comendo dez melancias. Também é comum ver pessoas avaliando as doses que lhes foram receitadas: “eu estou to-mando 10 mg por dia do remédio X”; e a outra responde: “eu também estou tomando X, mas só 5 mg por dia”. Então esta decide aumentar a dose por conta própria, pois, afinal, não quer ficar para trás no tratamento. Ocorre que cada organismo reage de uma maneira diferente à quantidade: “Certas pessoas tomam duas gotas de um ansiolítico e ficam prostradas, outras tomam várias e têm o efeito oposto, ficam nervo-sas; então a dose que serve para uma não serve para outra”, explica Thaís. Ela sabe que muitos pacientes começam tomando o medicamento correto, na dose correta e acabam, com o tempo, elevando a dose por conta própria.

Aplicações diferentes O erro mais comum de quem pratica autome-dicação é achar que se um remédio serve para uma coisa, serve para todas, ou pelo menos para as parecidas. Por exemplo: se um antibiótico serve para infecção na garganta, deve servir para infecção na pele, no estômago, no nariz, etc. Thaís Quaglia, do Hospital VITA Volta Redonda, conta um caso em que usar um medicamento para tratar uma enfermidade para a qual ele não era indicado quase causou consequên-cias graves. “Uma conhecida minha colocou um piercing na orelha esquerda, daquele tipo que fica na parte superior e fura duas abas da orelha”, conta Thaís. “Mas o piercing inflamou e começou a doer”. Como estava ficando muito inchado e vermelho, as pessoas recomenda-ram que a moça tirasse o piercing, e ela disse que já estava tomando antibiótico e que não havia perigo. “Quando eu perguntei o que ela estava tomando, ela me disse que era cefalexina, um antibiótico por via oral, geralmente indicado para infecções internas, por exemplo urinárias, faringite e sinusite”, diz Thaís. “Ela achava que por ter curado uma amigdalite com cefalexina ia curar também a inflamação na orelha”. A farmacêutica então explicou que ela estava tomando o medicamento errado para aquela situação, que poderia até ter feito a jovem ter uma necrose e perder um pedaço da orelha.

Nem tão inofensivos assim Para Thaís, mesmo os medicamentos que podem ser vendidos sem receita devem es-tar do outro lado do balcão da farmácia. “O grande risco é justamente a automedicação”, diz Thaís. Além de mascarar problemas gra-ves, alguns anti-inflamatórios e analgésicos populares podem causar danos ao fígado e aos rins, se usados em grande quantidade e


Saúde por longos períodos. Medicamentos como diclof enaco potássico e nimesulida, que são considerados inofensivos pela maioria da população, podem ter esse efeito. “Existem muitos casos de hepatite medicamentosa, provocados pelo uso abusivo de parace-tamol”, diz Thaís. Ela recomenda que, ao comprar medicamentos na farmácia, o cliente converse com o farmacêutico para se informar sobre a dose, o tempo de uso e as restrições do produto. “Muita gente sofre de dor crônica, e apela para anti-inflamatórios comprados na farmácia para controlá-la”, diz o médico Rafael Deu-cher, coordenador da UTI Geral do Hospital VITA Batel,. “São medicamentos que usamos para tratamentos breves, de três a seis dias no máximo, mas quem se automedica pode passar meses tomando esses remédios e acabar tendo um sangramento gástrico, uma úlcera, e prejudicar os rins”, afirma Deucher. Segundo ele, esses medicamentos também não são indicados para bebês nem pessoas muito idosas, porque a chance de haver efei-tos colaterais é grande.

Sintomas que pedem atendimento imediato

Um dos pontos que reforçamos nesta ma-téria é que você pode fazer uma automedi-cação responsável, o uso eventual deste ou daquele remédio de venda livre, e que se os sintomas não desaparecem em alguns dias, o correto é procurar um médico. Mas é importante acrescentar que existem sintomas que exigem atendimento imediato: • dores no peito podem ser sinal de problema cardíaco • amortecimento, tontura, confusão mental, perda de força e de consciên-cia podem sinalizar acidente vascular cerebral. Em ambos os casos, a pessoa deve ser leva-da imediatamente para o prontosocorro.

O caminho do pronto-socorro “Já vi mais de um caso as-sim”, Casos de intoxicação por automedicação que chegam ao pronto-socorro não são muito comuns, felizmente. Segundo dados do Sinitox, Sistema Nacional de Informações Toxicofarma-cológicas do Ministério da Saúde, em 2009 foram 735 casos em todo o País, excluindo tentativas de suicídio ou uso acidental. Rafael Deucher, do Hospital VITA Batel, concorda que não é comum uma pessoa automedicar-se a ponto de ter uma intoxicação: “Atendemos um número considerável de pacientes no Pronto-Socorro do Hospital, cerca de 5.500 pessoas por mês, e a ocorrência de intoxicações graves pela automedicação é rara”, afirma. Mesmo assim, é a automedicação que mui-tas vezes faz com que uma pessoa precise de um atendimento de emergência, porque mascara o desenvolvimento de uma doença, até o ponto que ocorre uma crise. “O que acontece é que muitas pessoas acabam não se dando conta de que foram parar no pronto-atendimento por causa da automedicação”, diz Deucher. Ou seja, elas não estão intoxicadas pelos medicamentos que decidiram tomar por conta própria; mas a automedicação ajudou a mascarar um problema que foi se agravando, complicando, avançando, até que um dia se torna agudo e a pessoa vai parar na emergência.

conta Rônel. “Imagine um senhor, já na terceira idade, que começa a sentir dores no estômago e acha que está com uma gastrite passageira”, relata Mascarenhas; “então ele compra um remédio para aliviar essa dor e o remédio funciona. Ele continua tomando o remédio a cada vez que sente a dor, isso, durante semanas”. Após dois ou três meses do início da dor, ela fica incontrolável e o paciente marca uma consulta, na qual o médico diagnostica, em vez de uma gastrite, um câncer de estômago. “Por causa da automedicação, ele deixou que a doença avançasse por três meses, tempo que pode ser decisivo para o sucesso do tratamento”, afirma Mascarenhas. O problema não é tomar remédio por dois ou três dias para aliviar uma dor de estômago, o problema é insistir em tratar uma dor que não desaparece ao longo de semanas ou meses. Para Deucher, as pessoas ignoram os avisos que o corpo dá: “se você tem dor de cabeça todo dia, e todo dia tem de tomar remédio, será que não vale a pena procurar um neurologista? Mesmo que seja apenas uma enxaqueca, ele vai poder mostrar para você como conviver com o problema, quais medica-mentos mais modernos surgiram, porque só um médico conhece as alternativas de tratamento”, argumenta.

Adiando a cura

Cultura de prevenção

O risco não afeta apenas os casos agudos, emergenciais. Tomar remédios por conta própria pode ocultar doenças graves, em que cada dia perdido para o tratamento correto pode ser decisivo. O gastroenterologista Rônel Mascarenhas, diretor clínico do Hospital VITA Volta Redonda, descreve uma situação que já testemunhou, onde o paciente se expõe a deixar que a doença avance, por conta da automedicação.

A maior parte das pessoas praticam muito mais o ditado “não vou consertar algo que está funcionando” do que “é melhor prevenir do que remediar”. A cultura da prevenção ainda não está disseminada, e alguns exageros e contradições nas teorias sobre o que previne doenças também contribuem para uma atitude de “deixa para depois, quando eu sentir alguma coisa cuido do assunto”. Homens, principalmente, não cos-

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Saúde tumam fazer consultas preventivas ao médico, quando o recomendado, mesmo para pessoas saudáveis, é fazer pelo menos uma consulta por ano, para que o médico posso fazer ou solicitar exames rotineiros, como pressão arterial, colesterol, etc.

Automedicação no Hospital Até mesmo dentro do Hospital acontecem casos de automedicação, que podem afetar o tratamento do paciente. “Quando alguém é internado, o médico e toda a equipe veem a pessoa como um todo, por isso ocorre uma entrevista, para que possamos saber que tipo de medicamente essa pessoa já está tomando”, explica Thaís Pires Quaglia, Chefe de Farmácia e Suprimentos do Hospital VITA Volta Redonda. Mas acontece de o paciente continuar toman-do remédios sem que os enfermeiros saibam. Muitas vezes o medicamento não

tem o mesmo nome, o paciente pode achar que está deixando de tomar alguma coisa, e toma por conta própria, diz Thaís. Ela lembra do caso de um paciente para quem a enfermagem estava administrando um anti-hipertensivo receitado pelo médico. “Esse paciente ficou com pressão muito baixa e nós não enten-díamos o que estava acontecendo”, conta Thaís; “até que ele nos contou que continuava tomando o anti-hipertensivo que costumava tomar em casa”. A recomendação para o paciente internado no Hospital é que informe para seu médico ou para a enfermagem todos os medicamentos que costuma usar rotineiramente, e que não tome nenhum sem permissão, porque qualquer medicamento pode interagir com os que já estão sendo ad-ministrados, fenômeno conhecido como “intera-ção medicamentosa”, quando uma substância modifica, amplia ou anula o efeito de outra.

Fitoterápicos não são inofensivos Juliane Zoreck, chefe de Farmácia do Hos-pital VITA Curitiba, acha importante lembrar às pessoas que medicamentos fitoterápicos também podem trazer reações adversas, e não devem ser consumidos em qualquer quantidade ou por qualquer pessoa. “De-pendendo da concentração e do produto, pode haver efeitos perigosos, mesmo de um chá”, comenta Juliane. “Algumas pessoas são alérgicas, e um chá que é inofensivo para um adulto pode prejudicar uma criança”. Ela lembra também que os chás calmantes dados para bebês podem mascarar problemas mais graves do que uma simples indisposição para dormir. A dica é procurar informação com o farmacêutico mesmo ao adquirir fitoterápicos.

Antibióticos em risco Os antibióticos estão entre os medicamentos preferidos das pessoas que buscam automedica-ção. Só que o uso indiscriminado de antibióticos está colocando essa importante ferramenta da Medicina em risco, porque favorece o surgimento de bactérias resistentes a esses medicamen-tos. É como se estivéssemos oferecendo um “playground” onde as bactérias conseguem “aprender” a se defender contra os antibióticos. Interromper o tratamento quando os sintomas desaparecem, antes do prazo indicado pelo médico, tem o mesmo efeito. Na verdade, o que ocorre não é um “apren-dizado”, mas a seleção de bactérias resistentes, que sobrevivem ao tratamento e se disseminam; a biologia mostra que existem diversos mecanis-mos pelos quais as bactérias conseguem adquirir resistência a esses medicamentos. Segundo um estudo publicado na revista científica “Nature” recentemente, cerca de

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100 trilhões de micro-organismos habitam um indivíduo, e eles são essenciais para a saúde. O primeiro prejudicado pelo uso incorreto de antibióticos é a própria pessoa que se automedi-cou: “Ela pode até resolver o problema daquela vez, mas da próxima talvez tenha que tomar um outro antibiótico, mais forte, porque as bactérias que estão no seu organismo já estão resistentes àquele que ela tomou anteriormente”. Em uma escala mais ampla, o problema é muito mais sério, já que pode dar origem a bactérias resis-tentes a todos os medicamentos conhecidos. O problema do uso indiscriminado de antibióticos foi reduzido, graças a uma resolução do governo federal que proibiu em todo País a venda de antibióticos sem receita, a partir de novembro de 2010. O uso sem prescrição ainda ocorre, mas em muito menor escala. Segundo Mascarenhas, antibióticos também podem mascarar en-

fermidades mais graves do que o paciente imagina. “Um exemplo conhecido de mascaramento de uma doença com antibióti-cos foi o que aconteceu com o presidente eleito Tancredo Neves”, lembra Mascarenhas. “Ele tinha um quadro clínico no abdômen que indicava cirurgia, mas houve a eleição, a posse estava próxima, era um momento político delicado, e ele foi tomando antibióticos para mascarar o quadro até não dar mais, e o resto já é história”. Tancredo Neves morreu vítima de uma infecção generalizada na véspera de sua posse como presidente da República, em 14 de março de 1985. “O uso abusivo de antibióticos é um problema para as pessoas e para os hospitais”, explica Juliane. Se uma pessoa já tem um determinado grau de resistência a um antibiótico, pode obrigar os médicos a utilizarem um tratamento mais agres-sivo, além de aumentar o tempo de internação.


Saúde Automedicação no Hospital Está na hora de esvaziar as gavetas dos medicamentos antigos, com prazo de validade vencido, ou que sobraram de algum tratamento que já terminou. Dificilmente você voltará a usá-los, e o risco de mantê-los guardados é que alguém, principalmente crianças, resolva usá-los. A recomendação dos farmacêuticos é manter em casa apenas uma quantidade mínima de medicamentos de venda liberada, para emergências, e em local onde as crianças não possam alcançar facilmente.

Dilma veta venda de remédios em supermercados A presidente Dilma Rousseff vetou em maio a venda de medicamentos em supermerca-dos, medida que havia sido aprovada pelo Senado em abril, dentro de um projeto de lei sobre desoneração de impostos na venda de produtos para pessoas com deficiência; o restante do projeto foi aprovado. Para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o risco de vender medicamentos nas gôndolas

de supermercados é facilitar e até incentivar a automedicação. Ainda existem iniciativas no Brasil que buscam liberar a venda de me-dicamentos que dispensam receita médica nas prateleiras das farmácias, mas

fora do balcão. “Mesmo esses medicamentos têm efeitos colaterais, e acho que deve haver algum nível de controle por parte do far-macêutico”, diz Rônel Mascarenhas, diretor clínico do Hospital VITA Volta Redonda.

Materia retirada da Publicação Interna da Rede VITA • Ano XII • 2º Trimestre 2012

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Obrigado!

A Santa Casa de Paraguaçu Paulista agradecer todos os que fizeram doações ao Hospital no ano de 2013. O Hospital é grato por ter pessoas que presenteiam a instituição carinhosamente através do ato de compartilhar. Afirmamos que todos são importantes para o nosso desenvolvimento, nos ajudando a fazer sempre o melhor para aqueles que necessitam de cuidados hospitalares, Deus vos abençoe hoje e sempre.

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Mensagem Mensagem de Natal Neste Natal, Lembraremos dos que vivem em guerra, e faremos por eles uma oração de paz. Lembraremos dos que odeiam, e faremos por eles uma oração de amor. Lembraremos dos desesperados, e faremos por eles uma oração de esperança. Acreditaremos que o mundo ainda pode ser melhor, e faremos por ele uma oração de fé. Glórias ao Senhor! Por termos palavras, para ajudar os que delas necessitam. Por termos saúde, quando muitos sofrem por falta dela neste momento. Por ter um lugar, para acolhê-los. Por deixar-nos felizes, apenas por ajudar os choram. Por termos amor, para compartilhar com os que estão carentes. Pela nossa paz, enquanto tantos vivem o horror da guerra. Por mais um ano, onde oramos e socorremos os necessitados. Obrigado Senhor, por também sermos socorridos! Feliz Natal! São os votos da família Santa Casa

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Nossos Conquistas

As colaboradoras (foto acima) Luciane Platine Moreno (gerente da Farmácia) e Shirlei Rodrigues Andrade, (assistente administrativo da provedoria e administração) concluíram a pós Graduação em Administração Hospitalar pela FEHOSP, realizado em Presidente Prudente-SP. Para ambas a pós graduação lhe trouxe uma visão ampla da gestão hospitalar, acrescentando em sua vida além de conhecimento, momentos inesquecíveis.

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Valores

A colaboradora Shirlei também participou do CMB 23º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de 06 a 08 de agosto 2013, em Brasília-DF, cujo tema: “Transição: entendendo e discutindo a nova política de atenção hospitalar e a contratualização no SUS”. A colaboradora Shirlei descreve estas experiências como “momentos indescritíveis na minha vida pessoal e profissional, tudo dou Graças e Louvores a Deus, a Ele glorias e honras Amém”.

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Nossos Confraternização Foi realizada na última Quarta Feira dia 18/12 a confraternização de final de ano da Santa Casa na sede do Rotary Club de Paraguaçu Paulista. Neste ano foi proporcionado um jantar (buffet), com uma bela decoração e grande alegria aos mesários, voluntários, contribuidores, funcionários e familiares. No dia posterior a conversa de corredor tinha algo em comum, foi uma das melhores e mais organizada festa que já existiu. Tudo graças a doações realizadas todo final de ano por fornecedores e voluntários que de coração contribuem para que a confraternização aconteça. Para o Provedor Godofredo esta festa teve como marco o reflexo da união que prevaleceu durante todo o ano. Os cliques comprovam a alegria e descontração irradiadas no evento:

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Valores

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