HISTÓRIAS DE ESPERANÇA

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Êxodo 13:21

Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar; para que caminhassem de dia e de noite."

Agradecimentos

O trabalho realizado pela ADRA Brasil por migrantes e refugiados venezuelanos tem a contribuição valiosa que queremos reconhecer de Diretores, equipes e voluntários dos Escritórios Regionais envolvidos nesta resposta humanitária:

ADRA Brasil – Regional Roraima

ADRA Brasil – Regional Amazonas

ADRA Brasil – Regional Bahia

ADRA Brasil – Regional Rio Grande do Sul

ADRA Brasil – Regional Espírito Santo

ADRA Brasil – Regional Paraná

ADRA Brasil – Regional Santa Catarina

Agradecemos à equipe realizadora da exposição fotográfica “Histórias de Esperança: Construindo Novos Trajetos”:

Fabio Salles, anterior Diretor de País

Jorge Wiebush, Diretor do Escritório Regional no Rio Grande do Sul

Marcos Souza, Diretor Financeiro do Escritório Regional no Rio Grande do Sul

André Alencar, Coordenador de Projetos

Telma McGeoch, Gerente de Monitoramento, Aprendizado e Avaliação

Laura Mota, Coordenadora de Projeto

Verona Moura, Coordenadora de Projeto

João Barboza, Oficial de Emergências

Gabriella Martins e equipe, Produtora

Olmiro e Marilza Fonseca, Voluntários

Cristiano Freitas, Coordenador de Projeto

Luiz Eduardo Rodrigues, Auxiliar Administrativo

Carta do Diretor

Crises e conflitos têm submetido pessoas a perdas, fome, miséria, abusos e sofrimentos que as forçam a deixar seus lares e parte de suas realizações para trás. Saem forçadas pelas dificuldades, em busca de condições dignas para subsistirem e de oportunidades para realizarem todo o potencial de seus talentos em outras cidades, outros povos, países ou continentes.

Desde os tempos bíblicos, a experiência da migração implicava grandes desafios, como a escassez, a dificuldade para garantir o sustento, além da intolerância e da violência. É motivo de profunda tristeza notar que tão pouco tenha mudado nesse sentido, ainda em nossos dias! Tenho guardadas na memória imagens muito tristes de situações vividas por venezuelanos migrando para o Brasil.

Em 2018, as equipes da ADRA registraram muitas famílias com suas crianças caminhando por centenas de quilômetros desde a fronteira da Venezuela, para receber abrigo. Ainda em 2025, milhares de famílias estão enfileiradas para receber um prato de comida. Durante esse período de 7 anos, a ADRA tem lidado com pessoas aos milhares, que buscam por apoio em saúde, educação para crianças, moradia segura e digna, proteção contra a exploração no trabalho e em casa, e tantos outros males... Tudo porque chegaram ao Brasil na tentativa de escaparem da pobreza que enfrentavam em seu país de origem.

Esses problemas sempre foram maiores do que qualquer pessoa possa enfrentar sozinha. Essa é a razão por que os estrangeiros e refugiados recebem ênfase nos mandamentos de Deus sobre a conduta e o trato que Seu povo deveria ter com o próximo. Em Levítico, encontramos a ordem de Deus: “não maltratem o estrangeiro que viva convosco na terra de vocês. Eles devem ser tratados como um natural entre vocês; amem os estrangeiros que vivem convosco na terra de vocês; devem amá-los como vocês amam a vocês mesmos.” (Lv. 19:33-34).

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o chamado ao remanescente que se encontra nessas palavras. Pela obediência, têm mantido a ADRA no Brasil a fim de praticar toda obra que promova Justiça. Compaixão. Amor, por todas as pessoas em situação de vulnerabilidade.

CARTA DEL DIRECTOR

Las crisis y los conflictos han sometido a las personas a pérdidas, hambre, miseria, abusos y sufrimientos que las han obligado a dejar atrás sus hogares y parte de sus logros. Se ven forzadas por las dificultades, en busca de condiciones dignas para subsistir y de oportunidades para desarrollar todo el potencial de sus talentos en otras ciudades, entre otros pueblos, países o continentes.

Desde los tiempos bíblicos, la experiencia de la migración ha implicado grandes desafíos, como la escasez, la dificultad de garantizar el sustento, además de la intolerancia y la violencia. ¡Es profundamente triste constatar que tan poco ha cambiado en este sentido, incluso en nuestros días! Conservo en la memoria imágenes muy dolorosas de situaciones vividas por personas venezolanas migrando hacia Brasil.

En 2018, los equipos de ADRA registraron a muchas familias con sus hijos pequeños caminando cientos de kilómetros desde la frontera con Venezuela, en busca de refugio. Aún en 2025, miles de familias continúan haciendo fila para recibir un plato de comida. Durante estos siete años, ADRA ha atendido a miles de personas que buscan apoyo en salud, educación para sus hijos, vivienda segura y digna, protección contra la explotación laboral y doméstica, entre tantos otros desafíos... Todo porque llegaron a Brasil intentando escapar de la pobreza que enfrentaban en su país de origen.

Estos problemas siempre han sido mayores de lo que cualquier persona puede enfrentar por sí sola. Por esa razón, los extranjeros y refugiados reciben una atención especial en los mandamientos de Dios respecto a la conducta y el trato que Su pueblo debe tener con el prójimo. En Levítico, encontramos esta instrucción: “No maltraten al extranjero que viva entre ustedes. Trátenlo como a uno de su país; ámenlo como a ustedes mismos.”

(Levítico 19:33-34)

La Iglesia Adventista del Séptimo Día reconoce el llamado al remanente presente en estas palabras. Por obediencia, ha sostenido a ADRA en Brasil con el propósito de realizar toda obra que promueva: Justicia, Compasión, Amor, por todas las personas en situación de vulnerabilidad. Desde los primeros años en que la diáspora venezolana alcanzó niveles de una de las mayores crisis humanitarias de la historia, ADRA ha desarrollado proyectos que fortalecen

Desde os primeiros anos em que a diáspora venezuelana atingiu níveis de uma das maiores crises humanitárias da história, a ADRA tem realizado projetos que fortalecem as pessoas afetadas e levam à transformação de histórias, demonstrando o poder do amor de Cristo por cada criatura de Deus.

Nesse álbum de fotografias, você verá registros do encontro de migrantes e refugiados venezuelanos com a ADRA no Brasil, em seu caminho de migração. Encontros nos quais a ajuda necessária em cada momento foi provida por meio de trabalhadores dedicados, voluntários apaixonados pela causa humanitária, a fim de que cada pessoa migrante atendida desenvolvesse autonomia e independência, para viver dignamente no novo país.

Cada família atendida pela ADRA recebeu o que precisava no momento certo. No início, as famílias tiveram as necessidades mais básicas de higiene e alimentação atendidas com doações e distribuição de refeições. Em seguida, diversos projetos apoiaram famílias a se estabelecerem no Brasil, com acesso aos serviços de assistência essencial e proteção. Um trabalho que avançou até que pudessem alcançar um emprego formal, abrir seus próprios negócios, desenvolver uma profissão e poderem recomeçar uma vida plena no Brasil.

Essa sequência representa um ciclo de trabalho da ADRA para cada migrante e refugiado com quem entra em contato. No Brasil, ou em qualquer outro país do mundo onde há pessoas enfrentando a injustiça e o sofrimento, a ADRA atua para que se realizem os planos de Deus, como são descritos na Bíblia: “os planos que tenho para vocês’, [são] ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.” (Jr. 29:11).

Este fotolivro é o registro em imagens da exposição “Histórias de Esperança: Construindo Novos Trajetos”, produzida em celebração das bênçãos de Deus sobre a ADRA no Brasil. Um ato de gratidão e reconhecimento de cada colaborador e parceiro que atuou e tem atuado nesse ciclo de trabalho repetido inúmeras vezes entre 2018 e 2025.

É o propósito da ADRA servir à humanidade para que todos vivam como Deus planejou. Esperamos que este trabalho marque o início de um novo ciclo, com mais oportunidades e histórias de vidas transformadas pelo trabalho humanitário feito por nós.

a las personas afectadas y transforman sus historias, demostrando el poder del amor de Cristo por cada criatura de Dios.

En este álbum fotográfico, verás registros de los encuentros entre migrantes y refugiados venezolanos y ADRA en Brasil, a lo largo de su camino migratorio. Encuentros en los que la ayuda necesaria en cada momento fue brindada por trabajadores dedicados y voluntarios apasionados por la causa humanitaria, con el objetivo de que cada persona migrante atendida pudiera desarrollar autonomía e independencia para vivir con dignidad en su nuevo país.

Cada familia atendida por ADRA recibió lo que necesitaba en el momento preciso. Al inicio, se cubrieron sus necesidades más básicas de higiene y alimentación mediante donaciones y distribución de comidas. Luego, diversos proyectos apoyaron a estas familias en su establecimiento en Brasil, brindándoles acceso a servicios esenciales de asistencia y protección. Un trabajo que avanzó hasta que lograron acceder a empleos formales, abrir sus propios negocios, desarrollar una profesión y comenzar una nueva vida plena en Brasil.

Esta secuencia representa un ciclo de trabajo de ADRA con cada migrante y refugiado con quien entra en contacto. En Brasil, o en cualquier parte del mundo donde haya personas enfrentando injusticia y sufrimiento, ADRA actúa para que se cumplan los planes de Dios, tal como se describen en la Biblia: “Porque yo sé muy bien los planes que tengo para ustedes —afirma el Señor—, planes de bienestar y no de calamidad, a fin de darles un futuro y una esperanza.” (Jeremías 29:11)

Este fotolibro es el registro en imágenes de la exposición Historias de Esperanza: Construyendo Nuevos Caminos, producida en celebración por las bendiciones de Dios sobre ADRA en Brasil. Un acto de gratitud y reconocimiento a cada colaborador y socio que ha actuado y sigue actuando en este ciclo de trabajo, repetido innumerables veces entre 2018 y 2025.

Es propósito de ADRA servir a la humanidad para que todos vivan como Dios lo planeó. Esperamos que este trabajo marque el inicio de un nuevo ciclo, con más oportunidades y más historias de vidas transformadas por la labor humanitaria que realizamos.

Esperança: [s.f.]

1. Sentimento de quem acredita ou confia que algo de bom irá acontecer.

2. Força que transforma incertezas em ações, sonhos em realidade.

Desde 2018, a ADRA tem liderado esforços humanitários em resposta à crise migratória venezuelana no Brasil.

Em parceria com a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) e outras organizações, os projetos multifásicos da ADRA têm abordado necessidades urgentes em segurança alimentar, higiene, abrigo e apoio à relocação. Desde a distribuição de kits de higiene e vouchers alimentares até o apoio na relocação de famílias deslocadas, essas iniciativas têm fornecido suporte essencial a milhares de indivíduos vulneráveis.

De 2018 a 2024, a ADRA implementou 7 projetos em parceria com a USAID (escritórios OFDA – Escritório de Assistência a Desastres no Exterior dos EUA, FFP –Escritório de Alimentos para a Paz e BHA – Escritório de Assistência Humanitária). Coletivamente, esses projetos tinham como meta inicial atender 254.740 beneficiários, mas alcançaram 270.650 pessoas, representando um aumento de 6,25% em relação ao objetivo inicial. Foram servidas 1.577.291 refeições quentes e distribuídos mais de 700.000 vouchers alimentares. Isso demonstra a capacidade da ADRA de não apenas atingir, mas superar seus objetivos ao abordar as necessidades das populações vulneráveis.

Esperanza [s. f.]

1. Sentimiento de quien cree o confía en que algo bueno está por suceder.

2. Fuerza que transforma la incertidumbre en acción, los sueños en realidad.

Desde 2018, ADRA ha liderado los esfuerzos humanitarios en respuesta a la crisis migratoria venezolana en Brasil.

En alianza con USAID (Agencia de los Estados Unidos para el Desarrollo Internacional) y otras organizaciones, los proyectos multifásicos de ADRA han abordado necesidades urgentes en materia de seguridad alimentaria, higiene, refugio y apoyo para la reubicación. Desde la distribución de kits de higiene y vales alimentarios hasta la asistencia en el traslado de familias desplazadas, estas iniciativas han proporcionado apoyo esencial a miles de personas vulnerables.

De 2018 a 2024, ADRA implementó 7 proyectos en colaboración con USAID (a través de las oficinas OFDA – Oficina de Asistencia para Desastres en el Extranjero, FFP – Oficina de Alimentos para la Paz, y BHA – Oficina de Asistencia Humanitaria). En conjunto, estos

proyectos tenían como meta inicial atender a 254.740 beneficiarios, pero lograron alcanzar a 270.650 personas, lo que representa un incremento del 6,25 % sobre el objetivo previsto. Se sirvieron 1.577.291 comidas calientes y se distribuyeron más de 700.000 vales alimentarios. Esto demuestra la capacidad de ADRA no solo para alcanzar, sino para superar sus metas al atender las necesidades de poblaciones vulnerables.

Desde el punto de vista financiero, se invirtió un total de USD 26.096.650,00 en beneficios, lo que equivale a un gasto promedio de USD 189,59 por beneficiario. El desempeño de cada proyecto puso de manifiesto su eficacia, superando los objetivos establecidos.

Complementando los esfuerzos de ADRA para apoyar a personas refugiadas y migrantes venezolanas en Brasil, la organización también estableció alianzas con UNICEF, ACNUR y OIM en 4 grandes intervenciones. En conjunto, estos proyectos abordaron necesidades críticas como salud, nutrición, saneamiento, protección social e integración económica, beneficiando a un total de 187.004 personas.

Estas iniciativas reflejan el compromiso de ADRA con la asistencia humanitaria, destacando un enfoque integral frente a los desafíos que enfrentan las poblaciones desplazadas. Al proporcionar servicios esenciales y fomentar la autosuficiencia, estos programas ayudan a restaurar la dignidad y la esperanza para quienes enfrentan caminos migratorios complejos.

Financeiramente, um total de US$ 26.096.650,00 foi investido em benefícios, o que equivale a um gasto médio de US$ 189,59 por beneficiário. O desempenho de cada projeto destacou sua eficácia, superando as metas estabelecidas.

Complementando os esforços da ADRA para apoiar refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil, a organização também estabeleceu parcerias com o UNICEF, ACNUR e OIM em 4 grandes intervenções. Coletivamente, esses projetos abordaram necessidades críticas, como saúde, nutrição, saneamento, proteção social e integração econômica, beneficiando um total de 187.004 pessoas.

Essas iniciativas refletem o compromisso da ADRA com a assistência humanitária, destacando uma abordagem integrada para enfrentar os desafios enfrentados pelas populações deslocadas. Ao fornecer serviços essenciais e promover a autossuficiência, esses programas ajudam a restaurar a dignidade e a esperança para aqueles que enfrentam caminhos migratórios difíceis.

Chamo-me María Carmen González e nunca imaginei que as palavras “partir” e “recomeçar” pesassem tanto, como pedras no peito. Tinha 35 anos quando a vida nos ensinou a ser leve, porque tudo o que era fardo precisava ficar para trás. Nasci em Puerto Ordaz, uma cidade que um dia brilhou como promessa. Cresci entre cadernos e sonhos de ensinar, na certeza de que o saber podia mudar o mundo. Nossa casa era simples, mas cheia de riso, até que o riso secou, e o que ficou foi o vazio – de prateleiras, de mesas, de esperança.

O mercado tinha as portas abertas, mas a alma fechada. Prateleiras cobertas de poeira olhavam para nós como quem zomba. Cada passo na cidade fazia do chão um espelho da fome, do medo.

“...Nossa casa era simples, mas cheia de riso, até que o riso secou, e o que ficou foi o vazio –de prateleiras, de mesas, de esperança.“

Foi numa noite densa, onde até o silêncio parecia respirar, que José, meu companheiro, encontrou coragem nas palavras: “María, temos que partir”. Ele olhou para nossos filhos – Ana Sofía, com seus 12 anos de sonhos escritos em cadernos imaginários, e Mateo, de 7 anos, cuja inocência ainda ousava sorrir – e não restava mais escolha. Puerto Ordaz não era mais nossa casa. Com os olhos cheios d'água, eu sabia: era hora de aprender a andar sem olhar para trás.

María Carmen González

Me llamo María Carmen González y nunca imaginé que las palabras “partir” y “comenzar de nuevo” pesaran tanto, como piedras en el pecho. Tenía 35 años cuando la vida nos enseñó a ser livianos, porque todo lo que era carga debía quedarse atrás. Nací en Puerto Ordaz, una ciudad que alguna vez brilló como promesa. Crecí entre cuadernos y sueños de enseñar, con la certeza de que el conocimiento podía cambiar el mundo. Nuestra casa era sencilla, pero llena de risas, hasta que las risas se secaron y lo que quedó fue el vacío: de estantes, de mesas, de esperanza.

El mercado tenía las puertas abiertas, pero el alma cerrada. Estantes cubiertos de polvo nos miraban como burlándose. Cada paso por la ciudad convertía el suelo en un espejo del hambre y del miedo.

Saímos numa madrugada que parecia abraçar nosso segredo. O que levávamos? O pouco que cabia nos ombros e nos corações. Roupas, documentos, um resto de comida. Caminhar até Pacaraima era mais do que atravessar uma fronteira; era desbravar o desconhecido com os pés cansados e o espírito em suspenso. O calor queimava a pele e fazia das mochilas montanhas.

Seguíamos em fila, como quem reza uma procissão de medos e esperanças, dividida com outras famílias.

Fue en una noche densa, donde hasta el silencio parecía respirar, que José, mi compañero, encontró valor en sus palabras: “María, tenemos que partir.” Miró a nuestros hijos —Ana Sofía, con sus 12 años de sueños escritos en cuadernos imaginarios, y Mateo, de 7 años, cuya inocencia aún se atrevía a sonreír— y ya no quedaba otra opción. Puerto Ordaz ya no era nuestro hogar. Con los ojos llenos de lágrimas, lo supe: era hora de aprender a caminar sin mirar atrás.

Partimos de madrugada, como si esa hora abrazara nuestro secreto. ¿Qué llevábamos? Lo poco que cabía en los hombros y en el corazón. Ropa, documentos, algo de comida. Caminar hasta Pacaraima no fue solo cruzar una frontera; fue adentrarse en lo desconocido con los pies cansados y el alma en vilo. El calor quemaba la piel y convertía las mochilas en montañas. Avanzábamos en fila, como una procesión de miedos y esperanzas, compartida con otras familias.

Caminho 1 Luz no Escuro

Num primeiro momento, as famílias migrantes são atendidas com doações de itens de higiene, vestimenta e kits básicos de cozinha, cama, mesa e banho. Os migrantes em situação de rua ou em moradias precárias também recebem refeições preparadas.

Embora a assistência nesse momento seja apenas um alívio para os desafios impostos pela migração, a ADRA atua com um padrão de excelência para entregar esse tipo de ajuda. As refeições são planejadas para atender às necessidades calóricas e nutricionais de adultos e crianças, respeitando as preferências do paladar e hábitos das pessoas assistidas. Além disso, os kits e itens entregues seguem padrões internacionais da assistência humanitária.

Todo o trabalho realizado é feito para promover a dignidade das pessoas afetadas por crises, com ajuda a quem mais precisa, independentemente da raça, religião, cor, gênero ou qualquer outro tipo de discriminação.

En una primera etapa, las familias migrantes reciben donaciones de artículos de higiene, ropa y kits básicos de cocina, cama, mesa y baño. Las personas migrantes en situación de calle o con viviendas precarias también reciben comidas preparadas.

Aunque esta ayuda representa solo un alivio frente a los desafíos impuestos por la migración, ADRA actúa con un estándar de excelencia en la entrega de este tipo de asistencia. Las comidas son planificadas para cubrir las necesidades calóricas y nutricionales de adultos y niños, respetando las preferencias y hábitos alimentarios de los beneficiarios. Además, los kits y artículos entregados siguen normas internacionales de asistencia humanitaria.

Todo el trabajo se realiza para promover la dignidad de las personas afectadas por crisis, brindando ayuda a quienes más lo necesitan, sin distinción de raza, religión, color, género ni ningún otro tipo de discriminación.

Camino 1
Luz en la Oscuridad

Quando atravessamos a fronteira, algo mudou. A terra era a mesma, mas o horizonte era outro. O Posto de Recepção e Apoio (PRA) foi nosso primeiro refúgio. Lá, encontramos informações, serviços sociais e até um pouco de conforto, como se uma pequena fresta de luz invadisse a escuridão em que vivíamos.

Foi ali que outras famílias, com os mesmos olhos de partida, nos falaram sobre o projeto Providência da ADRA. “Vocês precisam ir lá. Eles ajudam com comida e orientação”, disseram, como quem oferece uma água a quem atravessa o deserto. Seguimos sem hesitar.

O que recebemos no primeiro dia foi mais do que comida; foi dignidade. Sentamos em volta de uma mesa, José ao meu lado, as crianças devorando cada garfada com uma alegria que eu nem lembrava existir. Aquele prato quente parecia devolver cor ao mundo, e no sorriso de José eu vi o reflexo do que perdemos e do que, talvez, ainda pudéssemos encontrar.

Al cruzar la frontera, algo cambió. La tierra era la misma, pero el horizonte era otro. El Puesto de Recepción y Apoyo (PRA) fue nuestro primer refugio. Allí encontramos información, servicios sociales e incluso un poco de consuelo, como si un rayo de luz rompiera la oscuridad que nos envolvía.

Fue allí donde otras familias, con los mismos ojos de despedida, nos hablaron del proyecto Providência de ADRA. “Tienen que ir allá. Ellos ayudan con comida y orientación”, nos dijeron, como quien ofrece agua a quien cruza el desierto. No lo dudamos.

Lo que recibimos aquel primer día fue más que comida: fue dignidad. Nos sentamos alrededor de una mesa, José a mi lado, los niños devorando cada bocado con una alegría que ya había olvidado. Ese plato caliente devolvía color al mundo, y en la sonrisa de José vi el reflejo de lo que habíamos perdido y de lo que, tal vez, aún podríamos recuperar.

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Fogo no Caminho

As famílias que decidem se estabelecer no Brasil recebem o apoio da ADRA para que conheçam seus direitos e tenham as informações corretas e seguras sobre a quem recorrer, em caso de necessidade.

Em nossos projetos, temos desenvolvido parcerias e feito encaminhamento para serviços públicos e outros atores humanitários que atendem demandas específicas de saúde, educação, moradia, higiene e proteção. Realizamos grupos de apoio psicossocial, e dezenas de oficinas em temas de empregabilidade, orientação sobre direitos do trabalho, educação para crianças, proteção da criança, mulheres e idosos.

Nossas atividades incluem produção de currículos e preparação de candidatos para entrevistas de emprego, uma vez que nossa rede de parceiros também tem recebido indicações das pessoas que atendemos para oportunidades de trabalho formal.

Uma de nossas principais ações tem sido a distribuição de cartões de alimentação com crédito temporário para que as famílias atendidas tenham segurança alimentar, até que consigam desenvolver seus meios de vida e tenham o autossustento. Esses cartões permitem que as famílias escolham no mercado o que preferem comer, reforçando nosso compromisso com a valorização da dignidade dos participantes de nossos projetos.

Caminho

Camino 2

Fuego en el camino

Las familias que deciden establecerse en Brasil reciben el apoyo de ADRA para conocer sus derechos y contar con información segura y precisa sobre a quién acudir en caso de necesidad.

En nuestros proyectos, hemos desarrollado alianzas y articulado derivaciones hacia servicios públicos y otros actores humanitarios que atienden demandas específicas en áreas como salud, educación, vivienda, higiene y protección. Realizamos grupos de apoyo psicosocial y decenas de talleres sobre empleabilidad, derechos laborales, educación infantil, y protección a la niñez, mujeres y personas mayores.

Nuestras actividades incluyen elaboración de currículums y preparación para entrevistas de trabajo, ya que nuestra red de aliados también recibe recomendaciones de las personas que atendemos para oportunidades de empleo formal.

Una de nuestras principales acciones ha sido la distribución de tarjetas de alimentación con crédito temporal, para que las familias asistidas tengan seguridad alimentaria hasta que logren desarrollar medios de vida propios. Estas tarjetas permiten que las familias elijan en el mercado lo que prefieren comer, reforzando nuestro compromiso con la dignidad de los participantes en nuestros proyectos.

Além da refeição, o projeto Providência trouxe mudanças que me marcaram profundamente. Na ADRA, aprendi sobre como cuidar da minha saúde, algo que parecia impossível no caos que vivíamos. Não foi fácil mudar os hábitos, mas percebi que precisava dedicar mais tempo a mim mesma, valorizar minha saúde física e mental. Disse a José: “Quero estar bem para cuidar de vocês.” Ele sorriu, concordando, enquanto Ana Sofía e Mateo brincavam ao nosso lado.

Receber o voucher de alimentação foi um dos momentos mais emocionantes da minha jornada. Lembro da primeira compra: escolhi frutas para as crianças e até iogurte, algo que na Venezuela parecia um luxo inalcançável. Ver Ana Sofía experimentando um pedaço de melancia e sorrindo com os olhos foi como recuperar um pedaço da vida que tínhamos perdido. Era mais do que comida; era esperança embalada em pequenas ações.

Essa transformação deu a nós uma nova força. Sabíamos que a jornada ainda não havia terminado. Enquanto estávamos em um dos abrigos de acolhimento em Roraima, decidimos nos inscrever em um programa de interiorização, na esperança de alcançar um futuro mais estável. Depois de algumas semanas, recebemos a notícia: seríamos transferidos para outro abrigo, desta vez em Manaus.

A travessia para Manaus não foi apenas uma mudança de local, mas uma renovação de esperança. O transporte foi organizado com cuidado. Chegamos com corações ansiosos e encontramos, mais uma vez, um abrigo que nos acolheu com dignidade. Nos primeiros meses, aprendemos a nos adaptar e a redescobrir uma rotina. Foi também nesse período que descobri que estava grávida. Uma nova vida que florescia no contexto do assentamento trouxe alegria e temor. Como seria criar mais um filho quando mal conseguíamos nos equilibrar com dois? Essa pequena luz, porém, renovou nossa força para seguir em frente.

Además de la alimentación, el proyecto Providência trajo cambios que me marcaron profundamente. En ADRA aprendí a cuidar de mi salud, algo que parecía imposible en medio del caos que vivíamos. No fue fácil cambiar de hábitos, pero entendí que debía dedicar más tiempo a mí misma, cuidar mi bienestar físico y mental. Le dije a José: “Quiero estar bien para cuidar de ustedes.” Él sonrió y asintió, mientras Ana Sofía y Mateo jugaban a nuestro lado.

Recibir el vale de alimentación fue uno de los momentos más emocionantes de mi camino. Recuerdo la primera compra: elegí frutas para los niños y hasta yogur, algo que en Venezuela parecía un lujo inalcanzable. Ver a Ana Sofía saboreando un trozo de sandía y sonriendo con los ojos fue como recuperar una parte de la vida que habíamos perdido. Era más que comida; era esperanza envuelta en gestos sencillos.

Esa transformación nos dio nueva fuerza. Sabíamos que el viaje aún no había terminado. Mientras estábamos en uno de los albergues de acogida en Roraima, decidimos inscribirnos en un programa de reubicación, con la esperanza de construir un futuro más estable. Semanas después, recibimos la noticia: seríamos trasladados a otro albergue, esta vez en Manaos.

El traslado a Manaos no fue solo un cambio de lugar, fue una renovación de la esperanza. El transporte fue organizado con cuidado. Llegamos con el corazón en vilo y encontramos, una vez más, un albergue que nos acogió con dignidad. En los primeros meses aprendimos a adaptarnos y a redescubrir una rutina. Fue también en ese período que descubrí que estaba embarazada. Una nueva vida floreciendo en medio del asentamiento nos trajo alegría y temor. ¿Cómo criar a otro hijo cuando apenas podíamos con dos? Sin embargo, esa pequeña luz renovó nuestra fuerza para seguir adelante.

Caminho 3

Calor de Casa

As famílias migrantes e refugiadas recebem assistência através da ADRA para desenvolverem meios de vida sustentáveis por meio de pequenos negócios ou empregos no setor privado. A ADRA oferece formação técnica profissionalizante, realiza feiras de pequenos empreendedores e orienta o acesso a crédito e financiamento para as iniciativas das pessoas atendidas.

Alinhada à estratégia nacional de interiorização, a ADRA apoiou o deslocamento e o estabelecimento de centenas de famílias para várias regiões do Brasil. Em cada lugar, foram recebidas com apoio para moradia, transporte, escola para crianças, móveis e eletrodomésticos.

A atuação da ADRA tem sido possível graças a doadores, voluntários e parceiros que confiam no nosso trabalho e celebram os resultados obtidos em vidas transformadas.

Camino 3

Calor de Casa

Las familias migrantes y refugiadas reciben apoyo de ADRA para desarrollar medios de vida sostenibles, ya sea mediante pequeños emprendimientos o empleos en el sector privado. ADRA ofrece formación técnica y profesional, organiza ferias de pequeños emprendedores y brinda orientación para el acceso a crédito y financiamiento de sus iniciativas.

En alineación con la estrategia nacional de reubicación, ADRA ha apoyado el traslado y establecimiento de cientos de familias en distintas regiones de Brasil. En cada lugar, fueron recibidas con apoyo en vivienda, transporte, matrícula escolar, mobiliario y electrodomésticos.

La labor de ADRA ha sido posible gracias a donantes, voluntarios y aliados que confían en nuestro trabajo y celebran los resultados obtenidos en vidas transformadas.

Depois de estabelecidos no abrigo, a vida começou a continuar de forma lenta e hesitante, mas sentimos falta de um lugar para ser nosso lar, onde poderíamos viver na segurança de nossa família outra vez. José encontrou trabalho como pedreiro, graças ao programa de empregabilidade promovido pela ADRA. No entanto, os dias eram longos e exaustivos, e ele enfrentava desafios com jornadas que frequentemente ultrapassavam o limite permitido. Durante uma das atividades do projeto Providência, ele relembrou informações sobre direitos trabalhistas no Brasil e como o excesso de trabalho podia ser denunciado. Isso lhe deu coragem para dialogar com seus superiores e buscar condições mais justas. Enquanto isso, fui encaminhada ao SUS para acompanhamento pré-natal. Recebi orientações valiosas sobre amamentação e cuidados com o bebê. Além disso, fraldas e itens essenciais aliviavam parte das preocupações que carregávamos no peito.

Ana Sofía e Mateo começaram a frequentar a escola pública. Cada palavra nova em português, cada desenho trazido para casa, era um sinal de que, mesmo lentamente, estávamos nos adaptando. Contudo, para mim, o maior desafio ainda era a língua. Meu “portunhol” e o sotaque carregado se tornaram barreiras quase intransponíveis quando tentei buscar emprego como professora. O que um

dia era minha paixão agora parecia tão distante quanto o lar que deixamos para trás.

Aos poucos, no entanto, percebemos que, mesmo entre as dificuldades, encontrávamos motivos para agradecer. Procuramos uma casa e acabamos nos estabelecendo em um assentamento voluntário de venezuelanos, até conseguir algo melhor. A nova gravidez trouxe uma doçura inesperada ao nosso cotidiano, uma promessa de recomeço. O trabalho árduo de José e os pequenos triunfos das crianças nos mostravam que, mesmo sem as raízes profundas que deixamos na Venezuela, estávamos plantando sementes em um solo diferente.

Ainda estamos longe de onde pertencemos, mas aprendemos a chamar este lugar de lar. Sabemos que os desafios não acabaram e que o futuro ainda carrega incertezas. Porém, temos fé em Deus e nas pessoas que nos ajudaram até aqui, acreditando que sempre teremos o suficiente para sobreviver. O deserto de incertezas que enfrentamos ao partir deu lugar a uma caminhada que, embora árdua, é carregada de gratidão.

Nos permitimos acreditar que, assim como a terra seca floresce após a chuva, nossas vidas também podem florescer, mesmo em um novo território. A jornada não foi um final feliz, mas é uma história de resistência, fé e reconstrução. E, enquanto tivermos força, continuaremos caminhando.

Ya establecidos en el albergue, la vida comenzó a avanzar, lenta y titubeante, pero sentíamos la falta de un hogar propio, un espacio donde poder vivir nuevamente como familia. José consiguió trabajo como albañil, gracias al programa de empleabilidad promovido por ADRA. Sin embargo, los días eran largos y agotadores, y enfrentaba jornadas que con frecuencia superaban lo permitido. Durante una de las actividades del proyecto Providência, recordó información sobre derechos laborales en Brasil y sobre cómo denunciar el exceso de trabajo. Eso le dio el coraje para hablar con sus superiores y buscar condiciones más justas. Mientras tanto, fui derivada al SUS para controles prenatales. Recibí orientaciones valiosas sobre lactancia y cuidado del bebé. Además, los pañales y artículos esenciales aliviaban parte de las preocupaciones que cargábamos en el pecho.

Ana Sofía y Mateo comenzaron a asistir a la escuela pública. Cada nueva palabra en portugués, cada dibujo que traían a casa, era una señal de que, aunque lentamente, nos estábamos adaptando. Para mí, sin embargo, el mayor reto seguía siendo el idioma. Mi “portunhol” y el acento marcado se convirtieron en barreras casi imposibles cuando intenté volver a dar clases. Lo que un día fue mi vocación ahora parecía tan lejano como el hogar que dejamos atrás.

Poco a poco, no obstante, fuimos encontrando motivos para agradecer. Buscamos una vivienda y acabamos estableciéndonos en un asentamiento voluntario de venezolanos, hasta poder conseguir algo mejor. El nuevo embarazo trajo una dulzura inesperada a nuestra rutina, una promesa de renacer. El esfuerzo de José y las pequeñas conquistas de los niños nos mostraban que, aunque sin las raíces profundas que dejamos en Venezuela, estábamos sembrando en otro suelo.

Aún estamos lejos del lugar al que pertenecemos, pero aprendimos a llamar hogar a este nuevo espacio. Sabemos que los desafíos no han terminado y que el futuro aún está lleno de incertidumbre. Sin embargo, tenemos fe en Dios y en las personas que nos han ayudado hasta aquí, confiando en que siempre tendremos lo suficiente para seguir adelante. El desierto de incertidumbres que enfrentamos al partir dio paso a un camino que, aunque arduo, está lleno de gratitud.

Nos permitimos creer que, así como la tierra seca florece tras la lluvia, nuestras vidas también pueden florecer, incluso en otro territorio. Esta no es una historia de final feliz, pero sí una historia de resistencia, fe y reconstrucción. Y, mientras tengamos fuerza, seguiremos caminando.

Caminho 4

Rastro de Luz

4650 beneficiários

Setembro 2018 – outubro 2019

2018

Projeto OFDA I – ADRA E USAID

Em maio de 2018, a ADRA lançou o projeto OFDA I, em parceria com a USAID, para fornecer apoio imediato aos migrantes venezuelanos que chegavam a Boa Vista, Roraima. O projeto teve como foco intervenções de Água, Saneamento e Higiene (WASH), com a distribuição de kits de higiene e calçados para melhorar as condições de vida em abrigos e assentamentos. Ao longo de seis meses, o OFDA I alcançou 4.650 beneficiários, oferecendo alívio essencial em um momento de aumento dos fluxos migratórios.

Projeto SAVEB - ADRA E USAID

6763 beneficiários

Julho de 2019

Com base nos esforços iniciais, o projeto SAVEB foi realizado de setembro de 2018 a outubro de 2019. Com o apoio contínuo da USAID, a ADRA priorizou a segurança alimentar distribuindo vouchers de alimentação no valor de US$ 25 para famílias.

Esses vouchers beneficiaram 6.763 indivíduos, totalizando 2.005 famílias, permitindo que comprassem alimentos essenciais, promovendo dignidade e autonomia. O projeto operou em Boa Vista, um ponto de entrada crucial para migrantes em busca de refúgio.

Projeto Emergência Roraima

ADRA e UNICEF

112.795 beneficiários

2018 - 2025

Essa iniciativa focou em atender às necessidades críticas de refugiados e migrantes venezuelanos que residem em Boa Vista e Pacaraima, Roraima. O projeto ofereceu serviços essenciais, como assistência à saúde, nutrição, água potável, saneamento e apoio à higiene, beneficiando uma população vulnerável de 112.795 indivíduos. Financiado pela UNICEF com um investimento de R$18.016.338,25, o programa desempenhou um papel fundamental na garantia da sobrevivência e dignidade daqueles que fugiram da instabilidade e dificuldades.

2019

Projeto SWAN - ADRA E USAID

15.189 beneficiários

Julho de 2019

Reconhecendo as necessidades em evolução dos migrantes, o projeto SWAN foi lançado em junho de 2019, combinando iniciativas de WASH com o fornecimento de Itens Não Alimentares (NFIs). Kits de higiene, avaliados em US$ 10 por pessoa, foram distribuídos juntamente com esforços para melhorar as condições de vida com kits de cozinha e abrigo. O SWAN focou em beneficiar novos migrantes e aqueles em trânsito pelo Corredor Migratório de Roraima, Boa Vista, Roraima e Manaus, Amazonas, além de destinos de realocação, beneficiando 15.189 indivíduos (4.374 famílias).

O SWAN teve um componente importante voltado a oferecer uma experiência de realocação holística às famílias deslocadas e reassentadas em diferentes regiões do Brasil. Essa iniciativa, realizada em parceria com o Governo Brasileiro por meio da Operação Acolhida, apoiou famílias tanto antes da realocação (no ponto de origem) quanto após a chegada (no destino) por meio de um apoio de três meses para garantir uma transição e integração tranquilas em suas novas comunidades.

O SWAN apoiou a realocação de 1.440 pessoas, 480 famílias, por meio de 960 oportunidades de emprego em oito estados brasileiros.

CARE (AM) – Centro de Apoio e Referência à Refugiados e Migrantes – ADRA/ACNUR

56.132 beneficiários

2019 - 2024

O CARE serve como um ponto de apoio crítico para assistência a refugiados e migrantes no Brasil. Operado pela ADRA em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o principal objetivo do CARE é proteger e promover os direitos e o bem-estar de indivíduos deslocados. Com um investimento de R$ 3.331.827,99, o programa apoiou diretamente 56.132 pessoas, oferecendo serviços de proteção social e fortalecendo a resiliência comunitária.

Projeto SAVEX - ADRA E USAID

18.802 beneficiários

Setembro 2019

O projeto SAVEX, iniciado em setembro de 2019, expandiu o alcance da ADRA além de Boa Vista para o Corredor Migratório de Roraima – Amajari, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Rorainópolis – incluindo comunidades indígenas em Pacaraima (cidade na fronteira Brasil-Venezuela) e comunidades realocadas em todo o Brasil. Esta fase intensificou os esforços de segurança alimentar ao continuar a distribuição de vouchers de US$ 25 por seis meses e ampliando as operações para alcançar 18.802 indivíduos, totalizando 6.076 famílias. O projeto também abordou as necessidades específicas das comunidades indígenas, reconhecendo suas vulnerabilidades únicas no contexto migratório.

2020 e 2021

Connect Brasil – USAID/OIM/ADRA

18.077 beneficiários

2020 - 2023

Este programa facilitou a integração de refugiados na sociedade brasileira, auxiliando-os na obtenção de documentação, reinserção no mercado de trabalho e acesso a serviços essenciais. Financiado pela OIM (em parceria com a USAID) com R$ 1.571.237,89, o Connect Brasil apoiou 18.077 indivíduos, capacitando-os a reconstruir suas vidas e contribuir significativamente para suas novas comunidades.

Primeira interiorização de um

grupo PCD

Agosto de 2020

Criação do setor de proteção da ADRA

8.000 Beneficiários

Setembro 2021

Projeto ANA - ADRA E USAID

31.405 beneficiários

Outubro 2020 - Janeiro 2022

Projeto: ANA – Ações Alimentares e Não Alimentares para Migrantes Venezuelanos no Brasil

O projeto ANA foi implementado de outubro de 2020 a janeiro de 2022 em parceria com a USAID. O projeto continuou a atender migrantes venezuelanos vulneráveis que chegavam a regiões estratégicas, incluindo Boa Vista, o Corredor Migratório de Roraima e Manaus, no Amazonas. O foco principal do projeto ANA foi fornecer assistência imediata por meio de uma combinação de intervenções voltadas para higiene, suporte habitacional e segurança alimentar.

Kits de higiene, avaliados em US$ 10 por pessoa para um período de seis meses, foram distribuídos para melhorar as condições sanitárias. Além disso, o suporte habitacional foi oferecido por meio de kits domésticos e de cozinha, avaliados em US$ 40 por pessoa como um benefício único, visando melhorar as condições de vida de famílias recém-chegadas. O projeto também abordou a segurança alimentar, distribuindo vales-alimentação no valor de US$ 25 por pessoa para um período de seis meses, permitindo que os beneficiários comprassem mantimentos essenciais com dignidade e autonomia.

O projeto ANA superou sua meta inicial de 30.000 beneficiários, alcançando, no total, 31.405 indivíduos. O valor total dos benefícios distribuídos nesse projeto foi de US$ 7.851.250, demonstrando o compromisso da ADRA em atender às necessidades imediatas de famílias deslocadas.

2022 e 2023

Projeto Alimentum - ADRA E USAID

54.896 beneficiários

Fevereiro 2022 – Dezembro 2023

Projeto: ALIMENTUM – Assistência Humanitária Alimentar para Migrantes Venezuelanos no Brasil

O projeto ALIMENTUM foi realizado de fevereiro de 2022 a dezembro de 2023, dando continuidade ao apoio essencial da ADRA à segurança alimentar de populações vulneráveis. Implementado nas mesmas regiões-chave do projeto ANA, incluindo Boa Vista, Amajari, Caracaraí, Iracema, Mucajaí, Pacaraima, Rorainópolis e Manaus, o ALIMENTUM focou exclusivamente no combate à insegurança alimentar por meio da distribuição de vales-alimentação.

Este projeto representou uma ampliação significativa das intervenções da ADRA, com a meta de alcançar 50.145 beneficiários. Ao final do período do projeto, o ALIMENTUM havia atendido com sucesso 54.896 indivíduos, superando seus objetivos iniciais. Os vales-alimentação distribuídos desempenharam um papel crucial no apoio às famílias vulneráveis, permitindo que acessassem mantimentos essenciais e mantivessem autonomia em suas escolhas.

O valor total dos benefícios distribuídos por meio do projeto ALIMENTUM foi de US$12.000.000, refletindo a escala e o impacto do compromisso da ADRA em enfrentar a insegurança alimentar entre os migrantes venezuelanos.

O ALIMENTUM representa um marco significativo nos esforços contínuos da ADRA para fornecer assistência humanitária, particularmente no contexto de uma crise migratória prolongada, garantindo que as necessidades básicas sejam atendidas e que os indivíduos sejam empoderados a reconstruir suas vidas no Brasil.

2024 e 2025

Providência – ADRA/USAID/LDS

5.945 Beneficiários

Janeiro 2024 - Agosto 2025

O projeto Providência está em execução desde janeiro de 2024 e marcou uma mudança significativa na estratégia de resposta da ADRA. À medida que a crise migratória evoluiu, as intervenções da ADRA também se adaptaram. Nesse contexto, o Providência concentrou-se em reduzir a assistência direta, enquanto capacitava comunidades e instituições locais a assumirem um papel mais ativo.

O projeto Providência estabeleceu a meta de atender 5.900 beneficiários ao longo de um período de seis meses, distribuindo vales-alimentação no valor de US$ 30 por pessoa. Até dezembro de 2024, alcançou com sucesso 5.945 indivíduos.

Essa estratégia de saída representa uma transição de uma resposta emergencial para o desenvolvimento sustentável. Trabalhando em estreita colaboração com agências governamentais e parceiros locais, a ADRA está garantindo que os sistemas implementados continuem a atender populações vulneráveis mesmo após a conclusão do projeto.

O projeto Providência é um testemunho da estratégia de saída da ADRA, assegurando que o legado de seus esforços humanitários permaneça vivo por meio de comunidades locais capacitadas e instituições fortalecidas.

Providência: Assistência Alimentar Contínua para Migrantes Venezuelanos no Brasil encontra-se atualmente em um período de extensão de oito meses, com término previsto para outubro de 2025.

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