A turma da Mata

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Antonio Carlos de Souza Júnior

Ilustrado por

A MATA ATLÂNTICA ENCANTADA

No coração da Aldeia, havia uma floresta que todos conheciam como mágica, embora poucos soubessem o motivo A Mata Atlântica era diferente de qualquer outro lugar Suas árvores, altas e antigas, contavam histórias de tempos passados, e o vento que passava entre as folhas sussurrava segredos de encantos escondidos. A luz do sol entrava pela copa densa das árvores como se dançasse, iluminando o caminho de quem tinha coragem de se aventurar por lá.

Entre os muitos habitantes dessa floresta encantada, vivia Antônio, o camaleão mais sábio de toda a Mata Atlântica. Antônio não era um camaleão comum. Ele tinha o poder de mudar de cor conforme seus sentimentos, mas sua sabedoria era o que realmente o tornava especial. Era conhecido por seu coração tranquilo e seus conselhos que faziam até as árvores mais antigas refletirem. Antônio morava em um majestoso baobá que ficava perto do rio. Suas raízes profundas, entrelaçadas na terra, pareciam guardar os mistérios da floresta Sempre que alguém tinha uma dúvida ou enfrentava um dilema, sabia que poderia ir até Antônio De seu galho, de onde observava a vida ao redor, ele sempre tinha algo a dizer uma palavra de incentivo, uma história que ajudava a clarear as ideias, ou simplesmente o silêncio necessário para que a resposta surgisse por si só

Porém, ele não estava sozinho nessa missão de zelar pela harmonia da floresta. Havia também Alice, uma borboleta de asas brilhantes e coloridas. Alice era curiosa e leve como o vento Ela adorava explorar cada canto da floresta, levando notícias de um lado a outro, com suas asas que pareciam refletir o arco-íris Sua casa era uma das mais belas árvores da Mata Atlântica, uma figueira alta, cujos galhos tocavam o céu Era lá, no topo dessa árvore imensa, que Alice descansava depois de suas viagens pelo coração da floresta

A aventura está apenas começand ansiosa para revelar seus segredo

A HISTÓRIA DO CAMALEÃO ANTÔNIO E DA

BORBOLETA ALICE: A AMIZADE QUE FLORESCEU

Era uma vez, em uma floresta mágica, um camaleão muito especial chamado Antônio Antônio não era um camaleão comum. Ele era o mais sábio da floresta, conhecido por todos os animais por sua paciência e inteligência. Com seus olhos que podiam ver em várias direções ao mesmo tempo, ele sempre observava com cuidado tudo ao seu redor, ajudando seus amigos quando precisavam de conselhos ou uma solução para seus problemas.

Seu melhor amigo, no entanto, era alguém muito especial: a borboleta Alice.

Mas Alice não nasceu borboleta No início, ela era uma pequena lagarta verde, que se arrastava lentamente pelas folhas, sonhando em um dia voar alto

Mesmo como lagarta, Alice sempre foi muito curiosa e alegre, mas às vezes se sentia pequena e insegura

Antônio, será que um dia vou conseguir me transformar em algo bonito? perguntava Alice, com seus olhos brilhando de esperança

Antônio, com sua voz calma e sábia, sempre respondia:

Tudo tem seu tempo, minha amiga Você já é especial do jeito que é, mas quando o momento certo chegar, você verá como a paciência e a perseverança dão frutos maravilhosos.”

Os dias passaram e, assim como Antônio previu, Alice começou a se transformar.

Ela se envolveu em um casulo e, por um tempo, ninguém a viu Antônio esperou pacientemente, sabendo que a transformação de Alice era parte de algo maior

Então, um dia, o casulo começou a s abrir. Alice saiu de dentro dele, nã mais como uma lagarta, mas com uma borboleta majestosa, com asa coloridas que refletiam todas as core do arco-íris.

Veja, Antônio! Eu consegui! exclamou Alice, voando ao redor d amigo.

Eu sempre soube que você ir brilhar, disse Antônio com um sorris no rosto, enquanto mudava de co acompanhando o movimento alegre de Alice

Alice agora tinha um novo passatempo: ela produzia o famoso mel de abelholeta, um mel especial que combinava a doçura das flores que visitava com o toque mágico que só borboletas como ela podiam criar Esse mel era o produto mais desejado da floresta, e todos os animais queriam prová-lo Um dia, um grande urso chamado Gabriel, que sempre parecia mal-humorado, veio até Antônio e Alice Ele estava preocupado porque não conseguia dormir bem à noite, e isso o deixava irritado

ainda mais pela floresta, e Alice se assim como Antônio sempre fizera ntinuaram a viver muitas aventuras outros e cuidar da floresta. Eles de, poderiam transformar qualquer deu que não importa de onde você e quem você escolhe ser. E assim, a e a colorida Alice liderando pelo exemplo, mostrando a todos que a verdadeira beleza vem de dentro, e que cada um tem um momento para brilhar

O MEL DE ABELHOLETA

Olá, meu nome é Antônio, o camaleão, e hoje vou contar uma história muito especial Se você já ouviu falar do famoso mel de abelholeta, já sabe que ele é único no mundo! Mas você conhece a história de como esse mel incrível foi criado? Ah, prepare-se, porque essa aventura começa com uma borboleta muito talentosa chamada Alice

Alice e as Abelhas Sábias

Alice era uma borboleta diferente de todas as outras. Suas asas eram de tantas cores que, quando voava, parecia pintar o céu! Ela adorava voar pela Mata Atlântica, mas, ao contrário de suas amigas borboletas, Alice sempre foi curiosa sobre algo que, normalmente, só as abelhas faziam: o mel.

Naquele tempo, apenas as abelhas produziam mel, e a colmeia mais famosa da floresta ficava no alto de uma árvore gigantesca, cuidada por abelhas mestras que conheciam segredos passados de geração em geração. As abelhas usavam o néctar das flores da Mata Atlântica para criar seu mel doce e dourado, e todo animal da floresta sabia que não havia nada igual.

Mas Alice não se contentava em apenas provar o mel Ela queria saber como fazer aquele néctar delicioso Um dia, voando perto da colmeia, Alice teve uma ideia ousada

Muito bem, Alice disse a rainha. Nós, abelhas, aprendemos a arte de fazer mel observando a natureza. Mas se você realmente quer aprender, terá que ser paciente, dedicada e, acima de tudo, respeitar os segredos da floresta.

Alice concordou e, a partir daquele dia, passou a visitar a colmeia todos os dias. Ela aprendeu a escolher as melhores flores, a coletar o néctar com cuidado e a misturar cada gota com carinho Durante semanas, ela observou e treinou, até que um dia, finalmente, estava pronta para tentar sozinha

O Primeiro Mel de Abelholeta

Com suas asas brilhando ao sol, Alice saiu pela floresta, escolhendo as flores mais perfumadas Ela dançou no ar, combinando o néctar de várias flores, e levou tudo para sua casinha escondida entre as árvores Lá, ela trabalhou noite e dia, criando seu primeiro pote de mel

Mas havia algo diferente no mel de Alice Ele tinha um sabor doce como o mel das abelhas, mas com um toque de magia. A floresta inteira ficou curiosa para provar o mel da borboleta. Quando finalmente experimentaram, perceberam que o mel de Alice era único. Não só doce, ele tinha o poder de trazer alegria e paz para quem o provava.

Foi então que todos começaram a chamá-lo de mel de abelholeta.

O Ingrediente Mágico

Mas a verdadeira surpresa dessa história é que ninguém sabe ao certo o que fazia o mel de Alice tão especial. Dizem que, além das flores, Alice adicionava um ingrediente secreto. Alguns acham que era uma gota de orvalho colhida ao amanhecer. Outros dizem que era o pó mágico que saía de suas asas coloridas quando ela voava.

A verdade é que só Alice sabe o segredo desse ingrediente mágico, e ela nunca contou a ninguém. Talvez o verdadeiro segredo do mel de abelholeta seja o amor e a dedicação que Alice colocou em cada gota.

A Receita Secreta que Mudou a Floresta

Com o tempo, o mel de abelholeta ficou famoso em toda a floresta Abelhas, borboletas, passarinhos e até os macacos faziam fila para provar o mel da borboleta Alice E as abelhas, que no começo ficaram desconfiadas, ficaram orgulhosas de sua aprendiz, pois sabiam que o mel de Alice honrava tudo o que elas haviam ensinado – e mais um pouco!

E assim, meus amigos, foi que o mel de abelholeta nasceu. Uma mistura de tradição, sabedoria e, é claro, um pouquinho de magia. Quem sabe, um dia, Alice me conta o segredo desse ingrediente misterioso, e eu compartilho com vocês. Mas, até lá, deixo vocês com essa doce história.

A CHEGADA DA BORBOLETA CÍNTIA

O vento soprava suave entre as árvores altas, e o som do riacho dava o tom de tranquilidade para todos os moradores do lugar Entre eles, estavam a borboleta Alice e o camaleão Antônio

Um dia, enquanto estavam sentados à sombra de uma árvore frondosa, Alice comentou com Antônio:

Eu ouvi dizer que uma nova borboleta está chegando à floresta! Ela se chama Cíntia

Dizem que ela é muito forte e inteligente Estou ansiosa para conhecê-la!

Ah, sim! Já li sobre ela em um livro! respondeu Antônio, empolgado Cíntia é famosa por sua habilidade de produzir o mel de abelholeta, algo muito raro e valioso.

Será incrível tê-la por perto!

Pouco tempo depois, Alice avistou uma borboleta diferente entre as flores.

Suas asas eram de um tom dourado brilhante, e seus movimentos graciosos enchiam o ar de elegância. Era Cíntia.

Olá! Você deve ser a Alice, não é? disse Cíntia com um sorriso amigável.

Ouvi falar muito bem de você!

Sim, sou eu! respondeu Alice, batendo suas asas de empolgação Seja bemvinda! Tenho certeza de que seremos grandes amigas. E assim foi. Alice e Cíntia rapidamente se tornaram companheiras inseparáveis. Elas voavam juntas pela floresta, explorando flores e ajudando outros animais sempre que precisavam. Mas Cíntia tinha um talento especial que fascinava Alice: ela produzia o mel de abelholeta vermelho.

Como você faz esse mel? perguntou Alice, curiosa.

Bem, é uma combinação do néctar das flores e um toque de magia que as borboletas como eu conseguem transformar em mel! explicou Cíntia. Eu adoraria ensinar você. Alice ficou encantada com a ideia. Com a ajuda de Cíntia, ela aprendeu a escolher as melhores flores e a misturar o néctar de forma especial. Cíntia, além de inteligente e forte, era paciente e sempre elogiava o esforço de Alice

Enquanto isso, Antônio, sempre com seu livro em mãos, observava tudo de perto Ele ficava impressionado com o quanto Alice e Cíntia trabalhavam bem juntas e como o mel de abelholeta era apreciado por todos na floresta Os dois amigos sempre visitavam Antônio para contar suas aventuras.

Um dia, após um longo dia de trabalho, Alice comentou: Sabe, Cíntia, nunca pensei que aprenderia a fazer algo tão incrível! Você me ensinou tanto.

E eu aprendi muito com você também, Alice respondeu Cíntia. A sua paciência e gentileza tornam qualquer trabalho mais leve. Juntas, somos uma ótima equipe!

Com o tempo, o mel de abelholeta vermelho se tornou um tesouro da floresta, apreciado por todos os animais. Mas, mais importante do que o mel, era a amizade que havia crescido entre Alice, Cíntia e Antônio. Juntos, eles descobriram que quando unimos forças, podemos aprender coisas novas e fazer coisas maravilhosas.

Na floresta, a harmonia continuava, e o vento leve sussurrava a história das borboletas amigas e do camaleão sábio, lembrando a todos que a amizade e o trabalho em equipe são os maiores tesouros que se pode ter

A CHEGADA DOS COELHOS LENINHA E CARLINHOS

Era uma manhã de sol brilhante na Floresta Encantada, e o ar estava repleto de alegria. Os animais estavam agitados, preparando-se para uma ocasião especial: a chegada de Leninha e Carlinhos, um simpático casal de coelhos que havia se mudado para lá. Camaleão Antônio, conhecido por sua sabedoria e olhar sempre atento, foi o primeiro a perceber a chegada dos novos amigos. Ele, com seu jeito tranquilo, organizou a recepção, convidando duas amigas especiais para ajudar: Alice, uma borboleta de asas coloridas, e Cíntia, com suas asas douradas que brilhavam como o sol.

Precisamos fazer algo inesquecível! disse Cíntia, empolgada.

Concordo, mas também devemos ser acolhedores e atenciosos acrescentou Antônio, com um sorriso Vamos mostrar o melhor da nossa floresta para eles

Alice, sempre cheia is bonitos da floresta, enquan

Quando os coelhos com seus olhos brilhando de stórias de princesas

tar histórias! disse Leninha, animada pequena, minha avó me contava histórias cesas corajosas que enfrentavam dragões por reinos encantados Gostaria de contar essas histórias para vocês também! Que maravilhoso! exclamou Cíntia o histórias de aventura! Vamos marcar um encontro para ouvir suas histórias!

Enquanto isso, Carlinhos, mais tímido, ficou curioso ao ver Alice batendo suas belas asas coloridas de flor em flor

Você gosta de passear? perguntou Alice, com um sorriso gentil

Muito! respondeu Carlinhos Adoro explorar novos lugares

Então, venha comigo! Vou te mostrar os cantinhos secretos da floresta, onde as flores são mais perfumadas e os riachos cantam baixinho

Os dois começaram a passear juntos, com Alice mostrando a Carlinhos a beleza escondida de cada pedacinho da floresta Eles riram, conversaram, e logo se tornaram grandes amigos De volta ao centro da festa, Leninha já tinha cativado todos com suas histórias Sentada embaixo de uma árvore, com os animais ao redor, ela contava sobre uma princesa que usava sua inteligência para resolver problemas e ajudar os outros, mostrando que coragem não estava apenas em lutar contra monstros, mas também em cuidar dos amigos e de si mesma. Camaleão Antônio observava tudo de longe, satisfeito. Ele sabia que com a chegada de Leninha e Carlinhos, a floresta ganhava novos membros que, com seus talentos e corações gentis, trariam ainda mais harmonia àquele lugar especial.

Quando o dia terminou, os coelhos estavam felizes em sua nova casa. Leninha encontrou novos ouvintes para suas histórias encantadas, e Carlinhos já tinha uma companheira de passeios. A floresta, com seus novos amigos, parecia mais viva e mágica do que nunca E assim, a amizade florescia, trazendo ainda mais alegria e cor à Floresta Encantada

O DIA QUE O CARACOL CARMINHA FEZ

UMA FESTA NA FLORESTA

Era uma manhã da primavera na floresta, Carminha, uma caracol animada e cheia de ideias, decidiu organizar uma grande festa para seus amigos A festa seria no meio da clareira, com luzes cintilantes de vaga-lumes e o cheiro doce das flores do campo Ela adorava reunir todos para um dia de diversão, mas também tinha um hobby curioso: pregar peças, especialmente na sua amiga borboleta Alice.

Carminha morava numa simpática folha alta ao lado da libélula Titi, sua melhor amiga e colega de casa. Titi, apesar de ser uma libélula muito ocupada, trabalhava no famoso banco da floresta, o Banco de Abelholeta, onde cuidava das trocas de néctar e das economias das abelhas e outros insetos. Mas, quando Carminha anunciou a festa, Titi prometeu que deixaria o trabalho de lado por um dia para se divertir com todos.

Os convites foram enviados, e entre os convidados especiais estavam Camaleão Antônio, conhecido por sua sabedoria e paciência, e as borboletas Alice e Cíntia Alice tinha asas coloridas como um arco-íris depois da chuva, enquanto Cíntia brilhava com suas asas douradas, que refletiam o sol de maneira encantadora

Preparativos para a festa

Na manhã da festa, Carminha estava toda ocupada Ela arrumou folhas para serem usadas como toalhas e flores para enfeitar o local Enquanto fazia isso, sua mente já planejava a peça que pregaria em Alice “Nada muito exagerado”, pensava ela, rindo baixinho “Só algo para ver Alice sorrir ”

À tarde, os convidados começaram a chegar. Camaleão Antônio foi o primeiro, movendo- se com sua calma característica. Ele parou para admirar cada detalhe da decoração.

“Que trabalho bonito você fez, Carminha. Sua festa será um sucesso!”, disse ele com seu típico tom sábio.

Logo depois chegaram Alice e Cíntia. As duas borboletas pousaram delicadamente nas flores próximas, e Alice, toda entusiasmada, exclamou:

“Que lugar lindo, Carminha! Mal posso esperar para dançar e brincar!”

Carminha sorriu de volta, mas seus olhinhos brilharam de um jeito travesso

A peça de Carminha

Durante a festa, Carminha decidiu que era hora de colocar sua brincadeira em ação Ela preparou uma pista de dança especial para Alice, toda feita de pétalas de flores bem macias, mas algumas delas estavam cobertas por um pó mágico que fazia cócegas! Quando Alice começou a dançar, foi tomada por um ataque de risos incontroláveis, porque suas patas tocavam as pétalas e o pó fazia cócegas sem parar. “Carminha!” gritou Alice, rindo tanto que quase não conseguia falar. “Eu sabia que isso tinha a ver com você!”

Todos riram juntos, e Camaleão Antônio, sempre atento, disse com um sorriso: “Você tem uma maneira divertida de alegrar as coisas, Carminha. Mas lembre-se, a amizade é sobre diversão compartilhada, não só brincadeiras.”

Carminha se aproximou de Alice, que ainda ria, e pediu desculpas. “Desculpa, Alice! Eu só queria te ver sorrir, mas acho que exagerei um pouquinho.”

Alice, com o bom coração que tinha, sorriu para Carminha e disse: “Tudo bem! Eu adorei a surpresa, e acho que nunca ri tanto na vida!”

A festa continua

Depois desse momento, a festa seguiu com alegria Todos dançaram, comeram e se divertiram juntos Cíntia mostrou suas asas douradas, que brilhavam ainda mais sob as luzes dos vaga-lumes Titi, que raramente tinha tempo para festas, estava relaxada, contando histórias engraçadas de seu trabalho no Banco de Abelholeta, e todos riam com as aventuras das abelhas.

Carminha percebeu, naquele momento, que a maior alegria de todas não era pregar peças, mas estar cercada de amigos verdadeiros. Com a ajuda do sábio Camaleão Antônio, ela entendeu que as brincadeiras eram divertidas, mas que a amizade e o respeito eram ainda mais importantes.

E assim, a festa de Carminha se tornou uma lembrança especial para todos da floresta. Uma festa onde risos, diversão e amizade prevaleceram, com Carminha prometendo a si mesma que nas próximas festas, suas travessuras seriam sempre feitas com o coração cheio de carinho.

O URSO BIBICO E A SUA FAMÍLIA

Já conhecemos as travessuras do urso Bibico na nossa primeira história da turma da mata atlântica. Hoje iremos conhecer a família do urso Bibico: o Urso André, seu pai; a Ursa Amanda, sua mãe; e o Urso Pedro, seu irmão mais velho. Juntos, eles viviam em uma clareira tranquila, rodeada por árvores altas e flores coloridas. Era uma manhã ensolarada, e Bibico acordou animado. Ele sabia que aquele dia seria especial, pois seus amigos da mata atlântica viriam para um piquenique. “Mamãe! Papai! Pedro! Os amigos já estão chegando?” perguntou Bibico, saltitando de excitação Pedro, que estava sentado perto da árvore mais alta, sorriu e disse: “Calma, Bibico, sempre tão apressado! Vamos ajudar o André e a mamãe a preparar tudo primeiro ” O Urso Pedro era mais velho e, por isso, gostava de tomar a frente nas atividades Ele tinha um jeito protetor e gostava de e ã à pouco com ele

O Urso André, um pouco gorducho, preparava uma cesta com mel, frutas e castanhas Ele sorriu para os filhos e disse: “Pedro tem razão, Bibico Vamos nos organizar Logo logo eles estarão aqui ” A Ursa Amanda ajeitava os panos e as flores do piquenique, com um sorriso tranquilo no rosto “Vai ser um dia maravilhoso, queridos,” disse ela Pouco tempo depois, o primeiro visitante chegou Era o Camaleão Antônio “Bom dia, família Urso!” disse ele, mudando a cor de sua pele para se misturar com as flores ao redor “Vim ajudar com o que for preciso.” Antônio adorava compartilhar suas histórias e ensinar algo novo sempre que podia.

Logo atrás dele, apareceram duas borboletas: Alice, com suas asas coloridas como o arcoíris, e Cíntia, com asas douradas que brilhavam ao sol. “Bom dia!” exclamaram em coro, pousando suavemente no ombro de Bibico. “Trouxemos flores para enfeitar o piquenique,” disse Alice, sempre alegre. Cíntia, mais calma, completou: “E eu trouxe um pouco de pólen dourado para dar um toque especial.”

O piquenique estava pronto, e todos sentaram em volta para compartilhar as delícias que a família Urso havia preparado Pedro ajudou a mãe a organizar os potes de mel e, com cuidado, passou o mel nas frutas para que os convidados se servissem Ele sempre gostava de mostrar que era responsável e cuidadoso

Enquanto comiam, Bibico aproveitou para fazer perguntas ao Camaleão Antônio “Antônio, você já foi a muitos lugares, não é? Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu?”

O camaleão, com sua voz suave e sábia, respondeu: Ah, Bibico, uma das coisas mais importantes que aprendi é a prestar atenção em tudo ao meu redor Cada folha, cada flor, cada animal tem algo a ensinar A natureza está sempre nos mostrando que, mesmo quando somos diferentes, todos fazemos parte do mesmo mundo ” Bibico pensou por um momento e olhou para seus amigos: o Camaleão com sua pele que mudava de cor, as borboletas com asas tão diferentes, seu pai forte, sua mãe gentil e seu irmão Pedro, que sempre o orientava. Ele sorriu e disse: “Acho que entendi, Antônio. É como nós aqui, não é? Somos todos diferentes, mas juntos fazemos o piquenique ser tão especial.”

Pedro, que estava ouvindo a conversa, concordou com um aceno de cabeça. “É verdade, Bibico. Cada um tem algo único para oferecer. E é por isso que precisamos sempre valorizar uns aos outros.”

A Ursa Amanda sorriu e acariciou os dois. “E sempre se lembrem de cuidar um do outro, assim como cuidam dos seus amigos.”

Ao final, com o céu tingido de laranja e rosa, Bibico olhou para sua família e seus amigos e sentiu seu coração cheio de gratidão Ele sabia que, com uma família tão amorosa e um irmão como Pedro, sempre teria um lugar seguro e cheio de amor para onde voltar E assim, a família Urso e seus amigos da mata atlântica terminaram mais um dia juntos

A VISITA DA TARTARUGA BIVÓ DILZA

Era uma manhã tranquila na Mata Atlântica O sol brilhava entre as folhas altas das árvores, e o ar estava cheio de sons suaves: o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas e o bater delicado das asas das borboletas No meio dessa harmonia, uma visitante muito especial estava a caminho. A Tartaruga Bivó Dilza, conhecida por sua sabedoria e por suas longas viagens pelo mundo, estava vindo fazer uma visita aos amigos da mata. andanças sem fim.

Dilza adorava explorar novos lugares. Com sua casca forte e seus passos lentos, já tinha atravessado desertos, montanhas e até cidades movimentadas. Mas, desta vez, seu coração a guiava de volta a um lugar especial: a Mata Atlântica, onde viviam seus amigos de longa data, o Camaleão Antônio e a Borboleta Alice.

Ah, que alegria rever meus amigos! disse Bivó Dilza para si mesma, enquanto atravessava um riacho

Antônio, o camaleão, era conhecido por sua sabedoria Ele podia mudar de cor conforme o ambiente, mas o que mais o destacava era sua paciência e sua habilidade em dar conselhos aos amigos. Já Alice, a borboleta, era a mais bela da mata. Suas asas brilhavam em cores vibrantes que encantavam a todos, mas o que fazia Alice ser realmente especial era sua gentileza. Ela sempre tinha um sorriso para oferecer e estava pronta para ajudar qualquer um que precisasse.

Quando Bivó Dilza finalmente chegou ao coração da floresta, foi recebida calorosamente pelos dois.

Bivó Dilza! exclamou Alice, pousando suavemente em uma folha perto da tartaruga. Que saudade! Como foi sua última aventura?

Minha querida Alice! respondeu Dilza com um sorriso. Ah, viajei para as terras geladas do norte Vi montanhas cobertas de neve e lagos congelados Mas, devo confessar, nada se compara à beleza e ao calor desta floresta

Antônio, que observava tudo do alto de um galho, mudou de cor para um tom verde brilhante, o que significava que estava muito feliz em vê-la

Dilza, é sempre bom ter você por perto Espero que tenha vindo para ficar mais tempo desta vez disse ele

Dilza suspirou, mas com um sorriso no rosto

Ah, Antônio, você sabe como eu sou Minhas patas inquietas sempre me levam para longe Mas dessa vez, vim também para consultar nossa querida Tanajura Lele Acho que ela tem algo a me dizer sobre essas minhas andanças sem fim.

Tanajura Lele era a médica da Mata Atlântica Uma formiga gigante, sempre calma e atenciosa, que cuidava de todos os animais com carinho Ela já havia dito à Tartaruga Dilza em outras ocasiões que, talvez, fosse hora de ela descansar um pouco mais e viajar um pouco menos

Acho que Lele tem razão em pedir que você descanse mais, Dilza comentou Alice, batendo suavemente as asas coloridas Viajar é maravilhoso, mas às vezes, o descanso também pode ser uma aventura.

Hmmm… talvez você tenha razão, Alice respondeu Dilza pensativa. Mas meu espírito aventureiro sempre me chama. Vamos ver o que a doutora Lele tem a dizer desta vez.

Eles foram juntos até a clareira onde Tanajura Lele costumava atender seus pacientes. Ela estava organizando suas folhas medicinais quando viu Dilza chegar.

Ah, Bivó Dilza, que bom que veio! disse Lele, sorrindo com seu jeitinho calmo. Como você está se sentindo?

Estou bem, Lele, mas sinto que minhas pernas estão um pouco mais cansadas ultimamente. Acho que você está certa sobre eu precisar diminuir o ritmo.

Lele a examinou cuidadosamente e, após um tempo, falou:

Dilza, você é uma tartaruga forte e cheia de vida, mas até mesmo as almas mais aventureiras precisam de uma pausa para recarregar. Não estou dizendo para parar de viajar, mas que tal ficar mais tempo com seus amigos aqui na mata? O descanso também é uma forma de cuidar da sua saúde. Dilza sorriu, agradecida.

Acho que posso tentar isso, Lele. Sempre há coisas novas para descobrir, mesmo em lugares que já conhecemos bem. Talvez eu descubra uma nova forma de aventura… dentro de mim mesma.

Todos sorriram Antônio, que até então estava quieto, acrescentou com sua voz sábia:

AS AVENTURAS DE DANI, A OURIÇA

Era uma manhã ensolarada na Mata Atlântica, e Dani, a ouriça mais legal da floresta, já estava cheia de planos para mais uma grande aventura Ela era conhecida por sua paciência e gentileza, e sempre cuidava para que seus amigos participassem de suas expedições emocionantes Dani tinha duas grandes companheiras: Alice, a borboleta de asas coloridas, e Tchutchuca, uma pequena ouriça que sempre se metia em confusões Alice, com suas asas pintadas de azul, rosa e amarelo, adorava voar ao lado de Dani, observando as árvores e flores que enchiam a mata de vida Ela era curiosa e sempre estava pronta para explorar novos cantos da floresta Já Tchutchuca, com seu jeitinho brincalhão, estava sempre a um passo de se meter em alguma trapalhada, mas Dani, com toda sua paciência, sabia como guiá-la.

Naquele dia, as três amigas decidiram que seria uma boa ideia visitar o Rio Cristalino, um riacho de águas claras que serpenteava pela floresta O caminho até lá era cheio de mistérios e surpresas, e Dani sabia que, com suas amigas ao seu lado, tudo seria mais divertido

Prontas para mais uma aventura? perguntou Dani, com um sorriso no rosto

Eu estou sempre pronta! respondeu Alice, batendo as asas com entusiasmo

E t bé ! it T h t h já d f t

As ma perspectiva única, e Tchutchuca, como sempre, corria de um lado para o outro, investigando cada pedrinha e arbusto que encontrava. Dani, calma e atenta, seguia atrás, certificando-se de que tudo estava sob controle.

Pelo caminho, encontraram uma enorme árvore cheia de flores vermelhas e borboletas voando ao redor. Alice, encantada, voou mais perto para admirar as cores.

Olhem só como essas borboletas são lindas! exclamou Alice, pousando em um galho para admirar as outras borboletas.

Tchutchuca, no entanto, estava distraída com uma pedrinha brilhante que encontrou no chão. Curiosa, começou a empurrá-la com o focinho, sem perceber que estava se afastando das outras.

Dani, sempre atenta, percebeu que Tchutchuca já estava longe.

Tchutchuca, cuidado! Não se afaste demais avisou Dani, seguindo em sua direção

Mas antes que Dani pudesse alcançá-la, Tchutchuca deu um passo em falso e caiu em um buraco coberto por folhas Ela soltou um gritinho de surpresa

Ai! Socorro!

Dani correu o mais rápido que pôde e encontrou Tchutchuca no fundo do buraco, assustada mas sem nenhum machucado

Tudo bem aí, Tchutchuca? perguntou Dani com uma voz tranquila, embora estivesse preocupada.

Eu estou bem, mas como vou sair daqui? perguntou Tchutchuca, com os olhinhos brilhando de preocupação.

Não se preocupe, vou te ajudar respondeu Dani.

Enquanto Dani pensava em uma solução, Alice voou até elas, já com uma ideia.

Eu posso voar até aquele cipó ali em cima e jogá-lo para vocês! sugeriu Alice.

Com as asas leves e ágeis, Alice voou até um galho alto, onde um cipó forte pendia. Usando toda a sua habilidade, ela jogou o cipó para baixo, até que Dani pudesse segurá- lo com suas patas

Ela jogou o cipó para Tchutchuca, que o agarrou firme Com paciência, Dani começou a puxá-la para fora do buraco Demorou um pouco, mas com a ajuda de Alice e a força de Dani, Tchutchuca foi salva

Ufa! Obrigada, Dani! E você também, Alice! agradeceu Tchutchuca, sorrindo Dani suspirou aliviada e deu um abraço em Tchutchuca

O mais importante é que você está bem, mas lembre-se de ter mais cuidado nas próximas aventuras, certo? disse Dani com um sorriso Tchutchuca concordou com a cabeça e prometeu prestar mais atenção

Com o susto superado, as três continuaram sua jornada até o Rio Cristalino. Quando finalmente chegaram, encontraram o riacho brilhando ao sol, com suas águas cristalinas correndo tranquilas.

Conseguimos! exclamou Alice, voando sobre a água e se divertindo com seu reflexo nas ondas.

Tchutchuca, dessa vez mais cuidadosa, ficou perto de Dani, que se deitou ao lado do rio, apreciando o som relaxante da água.

Nada como uma boa aventura com grandes amigas disse Dani, feliz por ter Alice e Tchutchuca ao seu lado.

E assim, elas passaram o resto do dia brincando e explorando o rio, fortalecendo ainda mais sua amizade e aprendendo a importância de cuidar umas das outras em suas aventuras pela mata

O ANIVERSÁRIO DE ALICE, A BORBOLETA COLORIDA

Era um dia ensolarado na Mata Atlântica, e todos os animais estavam ansiosos para celebrar o aniversário da borboleta Alice. Com suas asas coloridas, Alice era querida por todos. Ela gostava de voar por entre as árvores, brincar com os animais e trazer alegria por onde passava.

O camaleão Antônio, com sua pele que mudava de cor, decidiu organizar uma gincana para comemorar a data especial. Ele queria que todos participassem e se divertissem. “Preparem-se para as melhores brincadeiras da floresta!”, anunciou ele, mudando suas cores para um vibrante arco-íris, em homenagem às asas de Alice.

Enquanto todos se reuniam, a família de ursos chegou carregando um grande presente. é receitas!

Perto dali, o casal de coelhos, Leninha e Carlinhos, estavam felizes Eles sorriam, segurando as patas um do outro “Depois da festa, vamos viajar para conhecer uma nova parte da floresta!”, contou Carlinhos, com os olhos brilhando de animação “Mas não podíamos perder a festa da nossa querida Alice!”, completou Leninha, com um sorriso

Enquanto todos se preparavam para as brincadeiras da gincana, a tartaruga Dilza chamava a atenção com suas histórias Ela havia acabado de voltar de uma aventura em Portugal e contava suas experiências com entusiasmo “Vocês não vão acreditar no tamanho das ondas que vi lá! E os castelos? Ah, cada um mais bonito que o outro!”, dizia Dilza, enquanto os animais escutavam fascinados.

A borboleta Cíntia, com suas asas douradas que brilhavam ao sol, observava tudo de longe, cheia de orgulho da amiga Alice. “Ela merece toda essa alegria”, pensava Cíntia, enquanto batia suas asas com suavidade, aproveitando a brisa leve que soprava entre as árvores.

Perto do lago, a libélula Titi preparativos da festa. “Você v tão lindo!”, comentava Titi, com suas asas transparentes brilhando sob o sol. Lele concordou: “Sim! Antônio fez um ótimo trabalho organizando tudo. Vai ser uma festa inesquecível!”

Enquanto isso, Alice brincava alegremente com a caracol Carminha As duas riam e corriam (ou melhor, voavam e deslizavam), se divertindo com as brincadeiras preparadas por Antônio

A gincana foi um sucesso! Todos os animais participaram: havia corridas de sacos, caça ao tesouro e até uma competição de danças, onde cada um mostrou seus melhores passos Alice não conseguia parar de sorrir Ela sabia que o que fazia aquele dia tão especial não eram apenas os presentes ou as brincadeiras, mas o carinho de todos os seus amigos da floresta

No fim da tarde, quando o sol começava a se pôr, todos se reuniram ao redor de uma grande mesa feita de folhas e flores, onde estava o bolo de mel de abelholeta. Alice olhou ao redor, vendo seus amigos felizes, e sentiu seu coração cheio de gratidão.

“Obrigada a todos vocês por esse dia tão incrível!”, disse Alice, voando um pouco mais alto para que todos pudessem vê-la. “Eu sou muito sortuda por ter amigos tão especiais!”

E assim, a festa de aniversário de Alice continuou, cheia de risos, histórias e muitas brincadeiras, enquanto o sol se despedia no horizonte e a noite chegava iluminada pelas estrelas e pe

Esse é o fim da 1ª temporada da Turma da Mata Atlântica. Espero que todos tenham gostado e voltaremos em breve

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