A Voz de Loulé - 10 abril 2025 - Edição 2055

Page 1


Mário Soares vai dar nome ao último troço da circular de Loulé

Pág. 2

CÂMARA DE LOULÉ ESCLARECE SOBRE CONSTRUÇÃO DE APOIO DE PRAIA NO ALMARGEM

Pág. 4

promove visitas a escolas e eventos para sensibilização animal

Pág. 5

Inscrições BFF – Boliqueime Food Festival

Pág. 11

Entrevista

Fernando Santos

Candidato à Câmara Municipal de Loulé pelo CHEGA

LOULÉ VAI TER CENTRO DE PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

8, 9, 10 e 11

Anúncio efetuado durante inauguração do Edifício Outreach do ABC

Pág. 3

Diretora: Nathalie Dias
Quinzenário à Quinta-feira Desde 1952
Pág.s

MÁRIO SOARES VAI DAR NOME AO ÚLTIMO TROÇO DA CIRCULAR DE LOULÉ

A Câmara Municipal de Loulé aprovou a atribuição do topónimo «Avenida Mário Soares» ao último troço da Circular de Loulé, que será inaugurado em breve.

Esta decisão nasce de uma proposta da Comissão Municipal de Toponímia, com todos os presentes a manifestarem-se a seu favor, e foi aprovada na sessão camarária de segunda-feira, 24 de março.

A nova artéria localiza-se entre a Rotunda no final da Rua Afonso de Albuquerque e termina na rotunda Querença e Ameixial, junto ao Pavilhão Desportivo Joaquim Vairinhos e Centro de Saúde Universitário de Loulé. Passa pelos lugares da Pedragosa, Barreiros, Olho de Água e Farfã, na freguesia de São Clemente. Trata-se de uma “via ecológica”, com zonas verdes nas laterais, uma ciclovia e um passeio. Para os responsáveis municipais, pretende-se que esta seja uma homenagem a Mário Soares, uma figura ímpar da democracia portuguesa, com um papel incontornável na luta contra a Ditadura, mas também no desenvolvimento do país nos últimos 50 anos, com destaque para a entrada de Portugal na CEE.

Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa, em 1924, e faleceu em 2017. Estudante na Faculdade de Letras de Lisboa desde 1942, fundou o MUD juvenil. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas (1951) e em Direito (1957).

Professor e diretor do Colégio Moderno, fundado pelo seu pai, dedicou-se à advocacia e à atividade política de oposição à ditadura salazarista do Estado Novo. Devido à sua luta contra o regime foi preso e deportado para São Tomé, tendo-se exilado em França (1970-1974). Foi cofundador (1962) da Acão Socialista Portuguesa e quando esta se transformou em Partido Socialista tornou-se seu secretário-geral. Fez parte dos primeiros quatro governos provisórios e exerceu o cargo de primeiro-ministro dos dois primeiros governos constitucionais (1976-1978) e do IX Governo Constitucional (1983-1985). Foi eleito presidente da República em fevereiro de 1986, e reeleito em 1991.

Entre as várias obras que publicou destacam-se: "As ideias políticas e sociais de Teófilo Braga" (1950); "Escritos políticos" (1959) e "Portugal Amordaçado" (1974).

Em 1997, esta personalidade foi agraciada pela Câmara Municipal de Loulé com a Medalha de Honra, marcando o seu importantíssimo papel na construção da Democracia portuguesa, rumo à melhoria das condições de vida e da sociedade após longos anos de regime ditatorial.

Na rubrica ‘Assim Era’ reproduzimos uma publicação antiga do nosso jornal.

Esta notícia foi publicada na edição de 1 de maio de 1974

ASAE ESCLARECE SOBRE BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS EM LOULÉ

O Município de Loulé, em parceria com a Loulé Concelho Global e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), irá promover uma sessão de esclarecimento sobre «Boas Práticas na Manipulação de Alimentos», no próximo dia 15 da abril, às 16h00, no Convento do Espírito Santo, em Loulé.

Esta iniciativa tem como objetivo sensibilizar e informar profissionais do setor alimentar e o público em geral sobre a importância do HACCP (Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos), garantindo a segurança alimentar e o cumprimento das normas sanitárias.

A sessão será conduzida por Rita Martins, chefe de equipa multidisciplinar da ASAE, que abordará as principais diretrizes e recomendações para uma correta manipulação de alimentos, prevenindo riscos e promovendo boas práticas no setor.

A participação é gratuita e aberta a todos os interessados.

Para mais informações, contactar a Divisão de Economia Local, Comércio e Turismo do Município de Loulé, através do endereço eletrónico gae@cm-loule.pt ou telefone 289 400 829 *Chamada para a rede fixa nacional

Pub.

FICHA TÉCNICA

DIRETORA Nathalie Dias

SEDE DA REDAÇÃO/EDITOR

Rua 1º de Dezembro nº 26 B · 8100-615 Loulé

Tel: 289 463 054

Telemóvel: 961 046 261

*Chamada para a rede fixa e móvel nacional

E-mail: geral@avozdeloule.com

MBWay: 961 703 381

ADMINISTRAÇÃO

Nathalie Dias

TIRAGEM POR NÚMERO 6200 Exemplares

PROPRIEDADE Goldenhouse – Med. Imob. Edição e Comércio de Jornais, Lda. Sítio do Vale Formoso 865-C 8100-267 Loulé NIF 505 139 260 ISSN – 2182-0104

REDAÇÃO Nathalie Dias CCPJ nº 8050

PAGINAÇÃO Isaura Inácio

IMPRESSÃO

LUSOIBÉRIA

Av. da República, n.º 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914 605 117

*Chamada para a rede móvel nacional e-mail: comercial@lusoiberia.eu

DISTRIBUIÇÃO

Portugal, Europa, América do Norte, América do Sul, África, Austrália Quinzenalmente às quintas-feiras QuiosquesCTT, Iberomail

COLABORADORES

LOULÉ VAI TER CENTRO DE PROCRIAÇÃO

MEDICAMENTE ASSISTIDA

Anúncio efetuado durante inauguração do Edifício Outreach do ABC

O dia 1 de abril de 2025 será sempre um dia marcante para o futuro do Ecossistema da Investigação Clínica Aplicada às áreas das Biociências e da Medicina de Loulé. Foi inaugurado o Edifício Outreach do ABC e anunciado, pelo presidente da ULS do Algarve, a localização de mais uma resposta de saúde essencial para a região e para o país, o Centro de Procriação Medicamente Assistida. O equipamento ficará localizado nas imediações do edifício agora inaugurado, conjuntamente com a já anunciada PET e Ressonância Magnética.

Durante a cerimónia, o presidente do ABC, Pedro Castelo Branco, apresentou as atividades do Outreach, nomeadamente o Laboratório da Genética Clínica, o Centro de Investigação em Entomologia Médica e o Biobanco. Para além disso, anunciou a relocalização da Ressonância Magnética para o mesmo edifício onde ficará instalada a PET, permitindo uma prestação de cuidados de saúde articulada para os doentes oncológicos da região que, para diagnóstico e estadiamento, poderão realizar na mesma localização a Ressonância Magnética, a PET e os estudos genéticos. Foi desta forma criado o Centro de Diagnóstico Oncológico Avançado, que irá estar operacional já no próximo ano.

Tiago Botelho, presidente da ULS do Algarve, anunciou a grande novidade da cerimónia, a localização no novo edifício do Centro de Procriação Medicamente Assistida, que irá ajudar muitos casais a conseguirem ter filhos, o que “colocará o Algarve na linha da frente” também no que respeita ao tratamento da infertilidade. Será o segundo centro público de Procriação Medicamente Assistida do país, mas pretende ser “ainda melhor” do que o único que existe atualmente em Portugal, localizado na zona do Porto. Será mais uma pareceria entre a ULS, o ABC e o Município de Loulé. Esta localização torna-se natural dada a existência das condições laboratoriais ótimas no Edifício Outreach do ABC agora inaugurado. O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, enalteceu a grande importância deste dia que concretiza mais um passo essencial para o Ecossistema da Investigação Clínica Aplicada às áreas das Biociências e da Medicina, contribuindo desta forma para colocar à disposição das pessoas a vanguarda da prestação dos serviços clínicos existentes na atualidade. Enalteceu a parceria dos últimos anos com o ABC e o relacionamento e articulação excecional que existe atualmente entre a Câmara Municipal, a ULS do Algarve e o ABC; juntos estão a tornar realidade as melhores soluções para os algarvios, como seja na área oncológica e agora na procriação medicamente assistida. Acaba de ser criado o Parque da Saúde em Loulé, mostrando que a aposta na ciência, na qualidade de vida e nos cuidados médicos prestados., contribuindo ainda para diversificar a base económica da região, é o caminho que Loulé está já a concretizar, dotando o Algarve dos melhores cuidados de saúde.

LOULÉ CRIATIVO PROMOVE RESIDÊNCIA «PALMA, ESPARTO E CANA»

Entre os dias 28 de julho e 8 de agosto, a Câmara Municipal de Loulé, através do projeto Loulé Criativo, promove uma residência criativa dedicada ao trabalho com fibras vegetais, nomeadamente palma, esparto e cana.

A Residência Loulé Criativo – “Palma, Esparto e Cana” proporcionará a 12 participantes a oportunidade de mergulhar no universo das fibras vegetais. Destina-se a artesãos, designers e artistas com experiência em trabalho manual e interesse na pesquisa de novas formas de expressão para as artes tradicionais.

Durante 11 dias os participantes terão contacto direto com técnicas ancestrais, desde a recolha das matérias-primas até ao desenvolvimento de criações próprias.

O programa incluirá deslocações ao terreno para a recolha de materiais, workshops sobre o ciclo de preparação das fibras e formação nas principais técnicas artesanais. Num segundo momento, os participantes irão criar peças inovadoras que serão posteriormente apresentadas numa exposição em 2026.

A Câmara Municipal de Loulé assegura aos participantes alojamento, apoio técnico de mestres artesãos e de um designer e um espaço de exposição para as peças desenvolvidas.

As candidaturas são individuais e devem ser submetidas até ao dia 20 de abril de 2025, para o e-mail loulecriativo@cm-loule.pt. Os interessados deverão enviar Curriculum Vitae, um portfolio com os trabalhos já realizados e uma carta de motivação onde demonstrem a sua visão sobre a salvaguarda das artes tradicionais. Os resultados dos candidatos admitidos serão divulgados até ao dia 8 de maio.

MERCADO DE PRIMAVERA DE VALE DO LOBO UM EVENTO EXCLUSIVO PARA TODA A FAMÍLIA!

Com a chegada da estação mais florida do ano, o Mercado de Primavera de Vale do Lobo está de volta ao resort, nos dias 18 e 19 de abril de 2025, entre as 10:00h e as 18:00h, durante as férias da Páscoa. Este evento, organizado exclusivamente pelo Vale do Lobo, terá lugar no Auditorium de Vale do Lobo e nos seus jardins adjacentes, oferecendo um ambiente acolhedor e convidativo para todos.

O Mercado de Primavera destacase pela sua seleção criteriosa de expositores, trazendo uma ampla gama de produtos, incluindo artesanato, artigos tradicionais, gastronomia, bebidas e muito mais. Uma excelente oportunidade para os visitantes realizarem as suas compras, preparando-se para o verão, enquanto desfrutam de um ambiente vibrante e repleto de sabores irresistíveis.

Ao longo de dois dias, o mercado contará com uma área de exposição e um espaço dedicado ao entretenimento e à animação, incluindo música ao vivo, atuações de dança e violino, um mágico e uma divertida caça aos ovos, garantindo uma experiência dinâmica para todas as idades.

A área de restauração oferecerá opções de refeições rápidas e serviço de takeaway, com uma autêntica fusão de sabores regionais e internacionais, permitindo aos visitantes saborear a diversidade gastronómica do evento.

Os mais pequenos terão um espaço especial, com atividades e animação infantil, organizadas pela equipa da Oficina de Sonhos, tornando o Mercado de Primavera de Vale do Lobo uma verdadeira festa para toda a família.

O evento é organizado em colaboração com o Portugal Resident, a Infralobo E.M. e a Câmara Municipal de Loulé, reforçando o compromisso de oferecer eventos de qualidade que dinamizam a região.

Com um ambiente descontraído e vibrante, o Mercado de Primavera de Vale do Lobo promete ser um dos eventos mais aguardados da temporada, proporcionando experiências memoráveis a todos os visitantes. Celebre a chegada da primavera connosco!

Vai acontecer no dia 26 de abril, a partir das 12h30m Estão convidados os amigos de Baco e que gosta de apreciar a gastronomia típica do Barrocal. Este ano vão estar representadas conceituadas adegas do Algarve: Quinta da Tôr, Adega do Cantor, Quinta do Canhoto, Quinta da Malaca, Sul Composto e Catuna e Silva. Os viticultores do concelho de Loulé podem participar no Concurso de Vinhos Artesanais presidido por um júri de especialistas e os visitantes vão também poder provar os vinhos caseiros a concurso.

Pub.
9º FESTIVAL DO VINHO NA NAVE DO BARÃO

CÂMARA DE LOULÉ ESCLARECE SOBRE CONSTRUÇÃO

DE APOIO DE PRAIA NO ALMARGEM

No seguimento das obras que estão a decorrer na Reserva Natural Local da Foz do Almargem e do Trafal referentes à construção de um apoio de praia, o Município de Loulé informa que cumpriu tudo o que está previsto na legislação em vigor em termos de urbanismo, sublinhando que a sua ação no processo procurou sempre reduzir ao máximo o impacte desta obra na riqueza ambiental deste território.

A empreitada em causa prevê, ao abrigo do POOC – Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Vilamoura-Vila Real de Santo António, a construção de um apoio de praia, o único do concelho inscrito nos planos de praia que ainda não estava implantado. O licenciamento urbanístico desta infraestrutura mereceu o parecer favorável da ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil (por se localizar em zona de servidão do Aeroporto de Faro e parecer favorável condicionado da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, entidade competente para avaliar este tipo de operação urbanística, CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve e Câmara Municipal de Loulé (através da sua Divisão de Ambiente e Divisão de Ação Climática e Economia Circular).

Como sublinha o Município, a classificação da Reserva Natural Local da Foz do Almargem e do Trafal, aprovada a 14 de agosto de 2024, prendeu-se essencialmente com a salvaguarda dos valores paisagísticos, naturais e culturais existentes naquela área, bem como os serviços dos ecossistemas fornecidos, não possuindo qualquer incidência territorial urbanística. Ou seja, as operações urbanísticas podem aqui ocorrer, nomeadamente aquelas que já tinham sido aprovadas em período anterior ao da criação da Reserva, desde que tituladas com enquadramento jurídico legal e com previsão de medidas compensatórias.

Assim, a aprovação do apoio de praia foi condicionada à previsão de um parque de estacionamento adequado à área natural onde se insere, nomeadamente através da manutenção da permeabilidade do solo e da otimização do espaço, com o aproveitamento das zonas de clareira existentes e com o mínimo abate de árvores. Foi ainda condicionada à elaboração de um “Plano integrado de recuperação paisagística”.

Através de uma ação concertada entre a APA e o Município de Loulé para compensar os impactos da construção, este Plano passará por iniciativas de enriquecimento da biodiversidade e dos valores ambientais locais, como a remoção de espécies de flora exótica invasoras ou a plantação de espécies com características ecológicas adaptadas ao local.

. Isto porque, no decorrer da implementação das áreas de estacionamento, apoio de praia e passadiço, será necessário abater 23 pinheiros. Como medida compensatória, serão plantados 133 sobreiros na área de intervenção. Tendo em vista a naturalização dos espaços envolventes, está ainda prevista a plantação de mais de 3 mil unidades de arbustos numa área de 12464 m2.

O Plano prevê também a supressão do acesso motorizado e pedonal ao local de forma desregrada, bem como a eliminação de situações de campismo selvagem. A manutenção desta área vai permitir reduzir o risco de incêndio no local.

Os responsáveis municipais destacam ainda o facto da área total de implantação deste projeto (apoio de praia, estabelecimento de restauração e bebidas, acessos e parque de estacionamento), apesar do seu impacto, corresponde a menos de 1% da área classificada como Reserva Natural Local.

Refira-se que, em virtude da mudança do proprietário e do projetista, encontra-se em fase de apreciação dos serviços municipais um pedido de alteração do projeto de arquitetura inicial “para uma versão esteticamente mais atrativa, funcionalmente mais eficaz e com uma integração no território menos intrusiva”, o que denota que os próprios promotores estão sensibilizados para a necessidade de preservação desta área protegida.

Quarteira recebe a Páscoa com muita animação

O final do mês de abril traz o habitual Mercadinho da Páscoa de Quarteira. O evento acontece de 16 a 19 de abril, com música, artesanato, doces caseiros e atividades para os mais novos.

A Rua Vasco da Gama enche-se de artesãos para celebrar a época festiva promovendo a doçaria regional e produtos de produção manual, de quarta-feira a sábado, nas vésperas da Páscoa.

Nos dias 17 e 18 junta-se a animação infantil, onde as crianças poderão usufruir de insufláveis, pinturas faciais, um atelier de atividades manuais e outro de confeção de folares.

O Mercadinho termina no dia 19 com o tradicional Baile da Pinha, ao som do artista Humberto Silva, pelas 15h00, seguido do Folar Gigante, de 135 metros de comprimento, pelas 15h30, num momento de pura partilha e convívio.

O evento é organizado pela Junta de Freguesia de Quarteira, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.

ESTARÃO A NOSSA CIVILIZAÇÃO

E A HUMANIDADE EM RISCO DE EXTINÇÃO?

Será que a nossa Civilização, a Civilização Ocidental, e todas as outras por esse mundo fora, irão sobreviver? É uma questão que cada vez com maior frequência se nos vem colocando face a cada vez mais numerosas circunstâncias preocupantes associadas ao meio ambiente e à turbulência entre os povos cada vez mais generalizadas que constatamos e a que, com preocupação, vimos a assistir todos os dias! Julgo não se tratar de uma mente e uma sensibilidade pessimistas e doentias quando se coloca esta autêntica dúvida existencial! Ou será que a Humanidade vai conseguir sobreviver e ultrapassar a imensidão de riscos a que cada vez mais se lhe colocam? Se dermos crédito a Jared Diamond, eminente antropólogo, ecologista e biólogo, com apenas cinco fatores é possível explicar o desaparecimento de todas as Civilizações da História, e até a Civilização em que vivemos hoje, cheia de maravilhas tecnológicas, poderá sofrer esse fim! De acordo com este cientista basta a conjugação de quatro fatores … destruição do meio ambiente, alterações climáticas, crises nas relações comerciais, guerras … a que se junta um quinto fator … a estupidez … o mais importante de todos, e assim se completa o quadro para liquidar de vez com um povo …! E hoje as grandes potências estão a incorrer nesses erros e não dão sinais de que se queiram adaptar ou corrigir … hoje vivem na Terra mais de 6 biliões de seres humanos equipados com maquinaria pesada e energia nuclear suficientes para pulverizar todo o nosso Planeta! Uma coisa é certa … não se pode culpar a Natureza pelo fim das Civilizações. Se dermos uma vista de olhos pela História Universal, desde o primeiro homem da nossa espécie … o Homo sapiens … constatamos que uma quantidade enorme de civilizações se foram extinguindo ao longo destes muitos milhares de anos …de que poderemos citar apenas algumas das mais conhecidas … Babilónica, Cartaginesa, Fenícia, Inca, Maia, Persa, Egípcia, Grega, Romana … embora estas duas últimas não se tenham extinguindo completamente e tenham evoluído para estádios mais avançados, mas a maioria extinguiu-se completamente! Portanto, o fenómeno não é novo e estão criadas todas condições, para a extinção, a que acima referimos. No que se refere à perda da biodiversidade, a variedade de seres vivos que habitam o Planeta, cerca de um milhão de espécies está em risco de extinção, sobretudo devido à atividade humana e às alterações climáticas. E estas últimas estão bem à vista de todos nós … e atingem hoje uma dimensão cada vez mais catastrófica, com milhares de vítimas, e que estão a suceder a um ritmo cada vez mais frequente. Relativamente às situações de guerra, para alem de muitos outros focos de menor dimensão, a gravíssima situação que se vive no Médio Oriente é suscetível de alargamento a outros conflitos de também de consequências imprevisíveis, para já não falar de uma sempre possível utilização de armas nucleares … o que iria destruir grande parte da Humanidade! Se prestarmos atenção ao que hoje se está a passar relativamente à situação das relações comerciais, à cobiça pelos recursos naturais de alguns países … quarto fator … e finalmente ao quinto último fator desencadeante do apocalipse final … a estupidez … aí os temos com a eleição do novo presidente dos Estados Unidos da América … que está a virar o mundo do avesso, sem o mínimo respeito pelas normas e tratados internacionais que regulam a relação entre os povos e as nações! Pura e simplesmente está a rasgar e a atirar para o lixo todos aqueles tratados e convenções, o que pode significar o retrocesso de algumas centenas de anos de civilização! Para alem da gravidade inerente a todos estes fenómenos, o risco de um conflito nuclear e o desprezo pelo aquecimento global, pela emissão não controlada dos gases com efeito de estufa, são seguramente as maiores ameaças que põem em risco a sobrevivência da Humanidade! Resta-nos confiar no instinto de sobrevivência inerente a todos os seres vivos … e quem sabe? … à hoje toda poderosa Inteligência Artificial …

CARMEL QUER SER «CIDADE

IRMû DE LOULÉ

São muitos os pontos em comum entre Loulé e a cidade norte-americana de Carmel, o que poderá potencializar uma aproximação e futuras parcerias entre as duas cidades. A Mayor Sue Finkam esteve no dia 4 de abril, de visita ao concelho de Loulé para explorar o território e as áreas que poderão constituir a base para parcerias futuras.

“Quando voltar aos Estados Unidos irei partilhar a minha visita com os outros conselheiros municipais e a comunidade de Carmel para que, também eles, possam conhecer mais sobre Loulé. Mas igualmente gostaria de explorar os próximos passos e estabelecer com Loulé uma relação de ‘cidades irmãs’”, disse esta responsável, no dia em que esteve do litoral ao interior a inteirar-se um pouco mais sobre este concelho algarvio.

Depois de ter decidido vir passar férias a Vilamoura, Finkam recebeu, da parte do Embaixador de Portugal

em Chicago, a sugestão para uma visita protocolar ao concelho que permitisse conhecer a fundo este território. Antes de partir para Portugal, a autarca norte-americana pesquisou bastante sobre Loulé e, desde logo, viu que eram muitos os pontos em comum e que as duas cidades “se ajustam bastante bem”.

Trata-se de duas cidades de pequena dimensão, mas com um elevado nível de vida (Carmel encabeça a lista das cidades do seu país de acordo com este tópico), com um forte sentimento de comunidade, uma atenção especial para a atividade cultural, para a valorização do espaço público e arquitetura, com muitos artistas e artesãos, com bons níveis de educação, e onde o turismo, em particular o golfe, é também um setor em destaque. “Temos todas estas coisas em comum e, nesse sentido, este parece ser um match perfeito para explorarmos”, destacou Sue Finkam. Carmel é uma cidade do estado do Indiana, perto de Indianápolis, com 106 mil habitantes. Numa altura em que são cada vez mais os cidadãos do Estados Unidos que visitam Portugal ou que aqui se fixam, a autarca acredita que este estreitar de laços com Loulé poderá potenciar essa vinda de norte-americanos para este concelho. “Somos uma comunidade muito global, temos residentes oriundos de 90 países, pessoas que vêm de todo o mundo e que gostam de viajar pelo mundo inteiro. É muito interessante ver que a região do Algarve é considerada como a ‘nova Flórida’… Durante o inverno, muitas das pessoas da nossa comunidade gostam do fazer as malas e ir ao encontro do tempo quente. Nesse sentido, esta aproximação oferece-lhes uma oportunidade fantástica para as suas férias e para aproveitar a vida da melhor forma”, assegurou Sue Finkam.

Se o dia de hoje foi de conhecimento e aprofundar os laços, a partir daqui há muito mais a explorar entre as duas comunidades. No futuro, uma das ideias é promover viagens de intercâmbio para estudantes e para grupos de turistas.”

Como notou a Mayor, dentro de 1 ou 2 anos, Carmel irá organizar um Festival de Gastronomia e Vinhos. Nesse sentido, pretende-se que nele participem chefes de várias partes do mundo para dar aulas a estudantes, proporcionando-lhes uma experiência de cozinha global quando saírem do liceu. Sendo Loulé um concelho com uma gastronomia de excelência, restaurantes com estrelas Michelin e uma quinta vinícola, certamente que este será mais um ponto de aproximação.

Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, manifestou-se inteiramente disponível para abraçar projetos em comum. “É uma alegria verificarmos que o nosso concelho desperta o interesse de várias localidades em todo o mundo, por ser um exemplo, nomeadamente no setor do turismo, da qualidade de vida da população, da sustentabilidade do espaço público. No caso de Carmel, será um desafio bastante interessante abraçarmos projetos em comum, que tenham impacto também na nossa comunidade. Da parte do Município de Loulé, estamos totalmente disponíveis para levar por diante esta cooperação”, declarou o autarca.

promove

visitas a escolas e eventos para sensibilização animal

No mês de março, diversas atividades foram realizadas pela Animal Rescue Algarve (ARA) com o objetivo de sensibilizar a comunidade para a causa dos animais abandonados. Entre visitas a escolas e participação em eventos, a iniciativa aproximou jovens e adultos da realidade vivida pelos animais resgatados.

Nos dias 1 e 2 de março, a equipa esteve presente na loja Kiwoko, em Portimão, onde arrecadou doações para o abrigo. No dia 7, os voluntários visitaram a Escola Internacional Aspire, em Almancil, proporcionando aos estudantes uma experiência educativa e interativa com os cães resgatados.

No dia 13, foi a vez da Associação de Paralisia Cerebral de Faro receber a visita da equipa e de alguns dos seus cães. Os pacientes tiveram a oportunidade de interagir com os animais, promovendo momentos de alegria e conforto.

Os Escuteiros de Faro também se juntaram à causa, visitando o abrigo no dia 15. O grupo teve contacto com os cães e gatos acolhidos e fez doações para ajudar no cuidado dos animais.

Já no dia 21, três turmas da Escola Secundária de Loulé, incluindo alunos com dificuldades de aprendizagem, estiveram no abrigo. A visita permitiu que os estudantes conhecessem melhor o trabalho desenvolvido pela associação e a importância da adoção responsável.

Saúde

Encerrando o mês, no dia 28 , a Escola Internacional Aspire organizou uma feira e convidou a associação para participar, levando alguns dos seus cães e produtos de merchandising para venda. Essas ações reforçam o compromisso da ARA com a conscientização e a busca por um futuro mais digno para os animais resgatados. A iniciativa tem sido bem recebida pela comunidade e continuará a ser promovida nos próximos meses.

Novo equipamento assegura tratamento de todos os doentes oncológicos no Algarve a partir de 2026

Os doentes oncológicos do Algarve vão ter em 2026 a possibilidade de serem tratados totalmente na região, através da aquisição de um novo equipamento, segundo uma proposta avançada agora pelo presidente da Câmara de Loulé.

“A Câmara Municipal de Loulé, dada a polémica, procura propor uma saída, um caminho, para que o Algarve se possa dotar do único equipamento para que os doentes oncológicos” sejam tratados na região, sem necessidade de se deslocar a Lisboa ou Sevilha, disse Vítor Aleixo em conferência de imprensa.

O autarca fez esta apresentação conjuntamente com o presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, Tiago Botelho, e o presidente do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC), Pedro Castelo Branco.

As três entidades estão de acordo para instalar em Loulé um edifício em que vai ser instalado um equipamento de diagnóstico para realizar tomografias por emissão de positrões (PET).

A nova unidade irá entrar em funcionamento em meados de 2026 com um investimento de 3,5 milhões de euros financiado em 60% por fundos europeus (Portugal2030) e em 40% pela Câmara de Loulé.

A autarquia decidiu assim abandonar o projeto anterior de alterar o Plano de Pormenor do Parque das Cidades e a construção do Centro Oncológico de Referência do Sul (CORS), que já devia estar instalado desde finais de 2024.

“O projeto anterior teve várias vicissitudes e o que esta direção encontrou foi um terreno sem viabilidade: não havia terreno, nem projeto”, disse o presidente da ULS Algarve, Tiago Botelho.

O departamento de urbanismo do município de Loulé tinha chumbado em janeiro a construção do CORS alegando que o projeto ultrapassava a área limite da parcela disponibilizada para a sua construção e não respeitava as áreas verdes estipuladas.

A ULS Algarve garante, com o seu ABC, “a concretização de todas as condições para a realização de todas as PET da região no novo equipamento até ao início do funcionamento do [futuro] Hospital Central do Algarve”.

Por seu lado, o ABC afirma que já tem uma parceria estabelecida com o Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), de Coimbra, o que irá “facilitar” a operacionalização do novo equipamento.

O organismo também assegura o funcionamento do PET, nomeadamente os seus recursos humanos.

Este equipamento vai possibilitar a realização de cerca de 2.000 exames por ano que até agora eram feitos em Lisboa e Sevilha (Espanha).

De acordo com os números dados na conferência de imprensa, o Algarve já trata atualmente 95% de todas as situações oncológicas da região.

“O mais importante é que as pessoas vão deixar de andar de um lado para o outro, o que importa é o conforto dos pacientes”, disse Vítor Aleixo.

O edifício que vai receber o PET será construído nos terrenos onde ficará situado o Laboratório de Genética do ABC, na Rua Humberto Pacheco, em Loulé. Lusa

Escuteiros de Faro
Escola Secundária de Loulé
Feira da Escola Internacional Aspire
Escola Internacional Aspire

Opinião

nunovazcorreia@gmail.com

Este artigo insere-se num conjunto de reflexões, com propostas, que lancem o debate de ideias entre munícipes e candidatos às eleições autárquicas de 2025…

Loulé,

Quarteira e Almancil - Um urgente novo triângulo de mobilidade

A mobilidade é um elemento essencial para o desenvolvimento sustentável. No concelho de Loulé, a necessidade de avançar com projetos estruturantes como a construção da Circular Sul de Loulé, a criação de uma via em 4 faixas até Almancil, a partir desse novo troço, e a finalização da ligação em 4 faixas entre Loulé e Quarteira, são temas que merecem atenção e urgência. Estas infraestruturas são um investimento estratégico para o desenvolvimento turístico do litoral, para o crescimento económico do interior e para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes.

Loulé é um ponto de interseção entre o interior e a zona costeira. A cidade é o elo de ligação entre as zonas rurais e os principais polos turísticos e empresariais do concelho que, com uma maior fluidez no trânsito, podem facilitar o deslocamento de turistas e melhorar o seu acesso a áreas menos povoadas, mas com grande potencial turístico e cultural, como Alte, Salir ou Querença, impulsionando atividades complementares ao turismo.

No entanto, a falta de vias adequadas para responder ao crescente fluxo de trânsito tem resultado em congestionamentos, tempos de deslocação elevados, dificuldades na logística empresarial e ao desespero dos munícipes que tem que se deslocar entre estas, agora, 3 cidades e dentro de Loulé, ao não evitar que os condutores precisem de atravessar o centro da cidade para se deslocarem entre as diferentes áreas do concelho.

Não questiono sobre a opção da autarquia em assumir a construção do troço (nem o perfil e muito menos a sua denominação) que liga a rotunda de S.B. Alportel à rotunda do Pavilhão Municipal, garantindo a sua execução quando a mesma devia ser competência da Administração Central, mas só quem não sai ou entra em Loulé, nas horas de ponta, de ou para Faro/Almancil ou Quarteira, é que pode considerar que já estamos “bem servidos” e não precisamos da construção da variante sul, ligando a estrada para Quarteira à estrada para Faro/Almancil, completando aquela que devia ser a circular de Loulé, agora transformada em ferradura por decisão da autarquia.

Atualmente, o trajeto entre estas 3 localidades e dentro de Loulé pode ser demorado e propenso a congestionamentos, especialmente nas chamadas horas de ponta e em períodos de maior afluência turística, como o verão. A melhoria dessas vias beneficiará diretamente a atividade económica, permitindo um acesso mais rápido e seguro, do litoral para o interior e vice-versa, criando um triângulo de mobilidade entre as cidades do concelho.

Outro ponto crucial é o impacto positivo que estas melhorias terão sobre o turismo. A região do Triângulo Dourado (Vilamoura, Almancil e Vale do Lobo) é um dos destinos mais procurados do país. No entanto, sem infraestruturas rodoviárias adequadas, o crescimento turístico está comprometido. A facilitação da mobilidade entre as diferentes áreas permitirá que os turistas explorem, tanto o litoral quanto o interior do concelho, promovendo um turismo mais diversificado, sustentável e com uma eficiente ligação às zonas mais interiores e às suas potencialidades turísticas e económicas.

Por fim, estas infraestruturas também terão um impacto direto na qualidade de vida dos residentes com a redução dos tempos de deslocação, a diminuição dos congestionamentos e a melhoria da segurança rodoviária. Os habitantes de Loulé, Quarteira e Almancil terão assim um sistema viário moderno e funcional que permitirá uma mobilidade mais ágil diariamente.

Em suma, a construção da Circular Sul de Loulé, a construção de uma nova ligação em 4 faixas entre Loulé e Almancil, a partir desse troço, e a finalização da via em 4 faixas entre Loulé e Quarteira são intervenções fundamentais e urgentes para um desenvolvimento equilibrado e sustentável do concelho. Estas infraestruturas não vão apenas fortalecer a economia local, como também melhoram significativamente a mobilidade, o turismo e a qualidade de vida dos cidadãos, ajudando a reduzir a disparidade entre o litoral e o interior, contribuindo para uma distribuição mais equilibrada do turismo e reduzindo a pressão sobre as áreas mais saturadas no litoral, enquanto estimula a procura por atrações culturais e naturais no interior.

Investir nestas vias é investir no futuro do concelho de Loulé e na sua posição como um dos principais motores económicos e turísticos do Algarve. É criar um novo triângulo de mobilidade que beneficiará o concelho no seu todo.

info@aslawyers.pt

Opinião

Cíntia Andrade Advogada, Licenciada em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Civilísticas

REGIME GERAL

DE PREVENÇÃO DA CORRUPÇÃO (RGPC)

O Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 109-E/2021, de 9 de dezembro, visa prevenir, detetar e sancionar atos de corrupção e infrações.

1. Entidades Abrangidas

1.1 Nos termos do RGPC, aprovado pelo DecretoLei n.º 109-E/2021, de 9 de dezembro, este regime aplica-se a:

a) Pessoas coletivas (públicas e privadas), com sede em Portugal, que empreguem 50 ou mais trabalhadores.

b) Sucursais em território nacional de pessoas coletivas com sede no estrangeiro que empreguem 50 ou mais trabalhadores.

2. Obrigações

2.1 As entidades abrangidas pelo RGPC são obrigadas a implementar um Programa de Cumprimento Normativo que inclua:

a) Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas (PPR): Identificação, análise e classificação dos riscos e situações que possam expor a entidade a atos de corrupção, bem como as medidas preventivas e corretivas para mitigar esses riscos.

b) Código de Conduta: Conjunto de princípios, valores e regras de atuação que orientam dirigentes e trabalhadores em matéria de ética profissional, visando a prevenção de crimes de corrupção e infrações conexas.

c) Programa de Formação: Iniciativas destinadas a informar e sensibilizar os trabalhadores e colaboradores sobre as políticas e procedimentos de prevenção da corrupção adotados pela entidade.

d) Canal de Denúncias: Mecanismo que permite aos colaboradores reportar, de forma confidencial, eventuais atos de corrupção ou infrações conexas, em conformidade com a Lei n.º 93/2021, de 20 de dezembro

3. Acesso à Plataforma

3.1 A Plataforma – à qual podem aceder todas as entidades abrangidas – visa disponibilizar uma ferramenta para a apresentação ao MENAC dos documentos relativos aos instrumentos de cumprimento normativo previstos no RGPC.

3.2 Relativamente ao acesso à Plataforma, as entidades públicas abrangidas encontram-se automaticamente pré-registadas, sendo o pré-registo e o procedimento de acesso à plataforma comunicados pelo MENAC, por via do endereço de e-mail declarado junto da Direção Geral da Administração e do Emprego Público.

3.3 Por sua vez, as entidades privadas – a par das entidades públicas abrangidas que não receberem a suprarreferida comunicação – deverão remeter um pedido de acesso à Plataforma através do endereço de e-mail geral@mec-anticorrupcao.pt.

4. Incumprimento

4.1 O incumprimento das obrigações estabelecidas pelo RGPC pode resultar em sanções, incluindo coimas que variam entre € 2.000,00 e € 44.891,81, para pessoas coletivas ou entidades equiparadas, e até € 3.740,98, no caso de pessoas singulares.

2ª PROVA DE ORIENTAÇÃO PEDESTRE DAS SARNADAS - ALTE

Depois do sucesso que foi a 1ª Prova de Orientação Pedestre no passado mês de dezembro, com mais de 100 atletas, vai decorrer no próximo dia 03 de maio na aldeia das Sarnadas, freguesia de Alte e concelho de Loulé a 2ª prova de orientação pedestre, Open de Orientação das Sarnadas – Campeonato Regional de Distância Média, inserida no calendário da Federação Portuguesa de Orientação.

Esta prova conta com o apoio da junta de freguesia de Alte, da União de freguesias Querença, Tôr e Benafim, Câmara Municipal de Loulé e Federação Portuguesa de Orientação, é uma organização conjunta do Clube Desportivo das Sarnadas e Clube de Orientação e Aventura do Litoral Alentejano (COALA) e integra o Ranking Regional de Orientação do Alentejo e Algarve, prova aberta a todos, federados e não federados.

Esta prova é a continuação da aposta do clube nesta modalidade, estando a ser criadas as infraestruturas necessárias para a instalação de uma escola de orientação pedestre. Quem quiser participar poderá fazer a sua inscrição até ao final do dia 23 de abril (4ª feira), através da plataforma OriOasis da federação portuguesa de orientação.

Link: https://www.orioasis.pt/oasis/ Podem obter mais informações em https://coala.com.pt/

No dia 03 de maio o secretariado será aberto às 12h na sede do CDC Sarnadas e as partidas serão dadas a partir do 14h para o Campeonato Regional de Distância Média e às 14h15m para os escalões abertos e de formação. Às 17h teremos a entrega de prémios, lanche e convívio.

Convidamos todos os amantes da Orientação e das atividades ao ar livre a participar neste evento, desejando a todos desde já as boas vindas à nossa aldeia.

Por Clube Desportivo Cultural das Sarnadas

R. Gonçalo de Loulé, Lote A 1 - R/C Loulé

Opinião

effata_37@hotmail.com

Padre Carlos Aquino

CARTAS À QUINTA

PARA UM CUIDAR DA FRATERNIDADE

Caríssimos Cordeiros, estimados irmãos, Ao ver-vos a pastar na vastidão dos campos, onde a brisa desliza suave sobre a relva verde, trago aos meus olhos os vossos olhos límpidos, a vossa postura dócil e a lã macia como nuvens a traduzir uma essência de paz, de pureza e entrega. Desde os tempos antigos, tendes sido um ícone da humildade e da mansidão. Na tradição cristã, personificais a inocência e o sacrifício, sendo um símbolo associado a Jesus, o Cristo, o "Cordeiro de Deus", que se entregou sem resistência à morte por amor ensinando-nos que só o amor é caminho para uma vida plena e feliz. Na poesia e na literatura, evocais a fragilidade e a serenidade diante do mundo turbulento. Em muitas culturas, representais a bondade que não se impõe pela força, mas pela suavidade do ser. É curioso notar como numa sociedade que frequentemente valoriza a força e a imposição, a vossa figura nos convida a refletir sobre outro tipo de grandeza: a que reside na humildade, na calma, na aceitação e na confiança. Enquanto o lobo ruge e o leão impõe, vós simplesmente existis, sem disputas ou alardes, e ainda assim, marcais profundamente os que vos observam. Há quem veja na vossa mansidão um sinal de fraqueza, mas talvez seja justamente o contrário. Ser manso não é ser passivo, mas ter a coragem de não revidar com ferocidade, de enfrentar as adversidades sem endurecer o coração. Caminhais pelo mundo sem pretensão de dominá-lo, e talvez resida aí o vosso maior poder: a capacidade de transformar sem violência, de conquistar sem ferir. Assim, entre a agitação das cidades e a pressa dos dias, vale a pena lembrar-vos. Por isso vos escrevo. Vós nos ensinais que a verdadeira força pode estar na serenidade, e que há beleza na simplicidade de ser quem somos, sem a necessidade de rugidos ou presas afiadas. Afinal, é na quietude que se encontra a paz e na mansidão que se revela a verdadeira grandeza. Mas também é verdade, que há cordeiros que desde pequenos, vivem apenas como lhes ensinaram: a andar em fila, a manter a cabeça baixa e a acreditar que a cerca é o limite do mundo. Do outro lado parece existir apenas o desconhecido. E o desconhecido devora. Muitos cordeiros assim acreditam. Aprendem a obedecer às vozes que os guiam e a encontrar segurança no rebanho. Acostumaram-se às vozes dos pastores que com seu olhar brando e sua voz mansa, escolhem sempre alguns para levá-los consigo, sabendo que, depois, ninguém volta. Para os que ficam parece bastar saber que foi assim que as coisas sempre foram. Irão para um lugar melhor, acreditam. Lembro um de vós que não se convenceu. Certa noite, ele pulou a cerca. No começo, sentiu medo. Seus cascos tocavam a terra sem o conforto da presença dos outros. Mas, à medida que caminhava, descobriu que o mundo era maior do que lhe disseram. E então ele viu. Viu os ossos espalhados, os restos daqueles que tinham partido com os pastores. Entendeu, enfim, o ciclo silencioso em que o rebanho estava preso. Os pastores, afinal, não salvavam. Existiam pastores predadores. Assustado, o cordeiro voltou correndo para avisar os outros. Mas quando tentou falar, ninguém o ouviu. Os mais velhos abaixaram a cabeça. Os mais novos riram, chamando-o de louco. E quando, na manhã seguinte, vieram escolher mais alguns, o cordeiro inquieto foi o primeiro a ser levado. Os que ficaram apenas balançaram a cabeça. “É assim que sempre foi”, murmuraram, e seguiram pastando. A que rebanho de cordeiros pertencemos?

Cruzadas

Manuel da Silva Costa

Eng.º Agrónomo Genealogia mscosta2000@hotmail.com

Cruzadas foram campanhas militares (1095-1291) de iniciativa da Igreja com o objetivo de conquistar a Terra Santa.

3ª Cruzada (1189) - no Garbe, Alvor foi arrasada por cruzados Dinamarqueses e Silves conquistada por D. Sancho I com ajuda de cruzados embarcados em Bremen …

6ª Cruzada – o apelido Beja teve origem em Mafaldo, cruzado franco, que aportando a Portugal numa armada com destino á Terra Santa, ajudou D. Sancho II na reconquista de Elvas (1229), Beja (1232) e Tavira (1238).

Paio Peres Correia (fig.), 17º Mestre da Ordem de Santiago, ao lado de D. Sancho II, participou na conquista de Aljustrel (1234), Mértola (1238), Estômbar e Alvôr (1238). Em 1242 foi a vez de Tavira, Castro Marim, Salir, Silves e Paderne. Com D. Afonso III participou na reconquista definitiva do Garbe (1249)Faro, Loulé, Porches, Aljezur…. Faleceu em 1275 e jaz na Igreja de Santa Maria do Castelo de Tavira com os sete cavaleiros, cujo massacre provocou a conquista da cidade.

A Ordem dos Hospitalários participou nas conquistas de Cacela e Tavira (1238), liderada pelo freire Afonso Pires Farinha…

8ª Cruzada - João Gomes de Ribadeneira, companheiro de Paio Peres Correia, passou depois ao serviço de D. Afonso III. Segundo o arquivo da Casa d’Alte, a igreja Matriz foi fundada por Dona Bona como agradecimento pelo regresso do esposo, o 2º Senhor d'Alte, da 8ª Cruzada (1270).

A Ordem de Cristo foi fundada em 1319 por D. Dinis a partir da extinta Ordem dos Templários que depois de 1314 se refugiou em Portugal. Nuno Rodrigues Freire de Andrade veio para Portugal com os irmãos por terem matado um juiz em praça pública na Galiza. D. Pedro I nomeou-o 6º Mestre da Ordem de Cristo, a qual foi mudada no seu tempo de Castro Marim para Tomar (1356).

A influência da Ordem de Cristo nos «Descobrimentos» foi notável, até porque o Infante D. Henrique foi seu Administrador (1420-1460). Foi extinta, como as demais ordens religiosas masculinas (1834), mantendo-se como ordem honorífica - o Presidente da República é o seu Grão-Mestre

Pub.

Poesia

António Dores

antonio.humberto.dores@gmail.com

A MARTE

A Marte chegaremos na senda de um sonho

Para depois sermos povo, num mundo distante

Cavalgando ventos, vencendo tempestades

A Marte chegaremos, ao fim-da-tarde...

Mas se formos juntos voando na mesma cama

Acenderemos um Novo Mundo

Pela força da profícua chama, tão nua...

E depois serei teu e tu serás livre

Para sonharmos os dois, o mesmo eclipse

As mesmas luas, tão cheias de ti e de segredos

Seremos um só na tão grande distância...

A Marte chegaremos, numa nova infância

Para sermos dois e depois três e quatro

Para sermos gente, num carinhoso acto...

Em Marte seremos, segredos de facto

A Marte sem fim, até que a Terra me chame

Para regressar à origem, reencarnando sereno

A Marte chegaremos, nesse final de inverno...

Para construirmos uma casa, um lar, um abrigo

A Marte chegaremos, livres de perigo...

Mas se escutares no fundo, o teu coração palpitante...

Perceberás que Amar-te é para isso que vivo...

Pois ainda não partimos... mas de ti, sou cativo...

Pub.

Depois de todas as loucuras do Trump em anexar a Groenlândia, o Canadá, o Canal do Panamá, as riquezas minerais da Ucrânia … o que é que tu achas, Polichinelo, que ele ainda vai querer mais? Olha lá … Coelhinho … vamos lá ver se ele não se lembra do turismo do nosso Algarve …!!! (FBI)

FITA 2025

O Festival Internacional de Trompete do Algarve (FITA) regressa a Loulé para a sua 7.ª edição, nos dias 13, 14 e 15 de abril de 2025, trazendo uma programação diversificada dedicada a toda a família dos instrumentos de metal: trompete, trompa, trombone e tuba.

Organizado pela Casa da Cultura de Loulé, em parceria com o Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado e o Cineteatro Louletano, e com Direção Artística de João Mogo, o evento contará com masterclasses, workshops, concertos, conferências e exposições.

Entre os destaques, os KOLIZIO atuam pela primeira vez em Portugal no dia 13, no Cineteatro Louletano, com um concerto eclético que promete surpreender o público. Já no dia 14, no Auditório do Solar da Música Nova, sobe ao palco o Quinteto de Metais 100 Caminhos, com uma proposta artística inovadora que cruza gerações e explora novas abordagens da música de câmara.

As masterclasses serão orientadas por músicos reconhecidos internacionalmente, como Pasi Pirinen e João Moreira (trompete), Valtteri Malmivirta e Hugo Assunção (trombone), Luís Viera (trompa) e Sérgio Carolino (tuba), garantindo uma componente pedagógica de excelência.

A grande novidade desta edição é a transformação do concerto “Trumpet Ensemble Reunion” em “Brass Ensemble Reunion”, reunindo em palco formações de ensemble de metais oriundas de várias escolas do país, reforçando o espírito inclusivo e colaborativo do festival.

O FITA tem como missão valorizar a formação de jovens músicos, promover a troca de experiências musicais e pedagógicas e afirmar Loulé como um ponto de encontro para instrumentistas de metal de todo o país e do estrangeiro.

«COMERES D’AQUI»

QUINZENA GASTRONÓMICA EM LOULÉ COM SABORES DA PÁSCOA

De 11 a 27 de abril de 2025, o Município de Loulé organiza a Quinzena Gastronómica «Comeres D’aqui – Sabores da Páscoa», celebrando a gastronomia local com ênfase no borrego, cabrito, folares e outros produtos regionais. Restaurantes e pastelarias do concelho participam oferecendo pratos tradicionais e inovadores, preparados com ingredientes locais. A iniciativa visa valorizar os produtos regionais, incentivar o consumo de produtos autênticos e promover o turismo gastronómico, destacando o património culinário de Loulé. Mais informações estão disponíveis no site do município e nas redes sociais.

Eleições Autárquicas 2025

Entrevista

Candidato à Câmara Municipal de Loulé

Fernando Santos, ou Fanan como é mais conhecido, tem 63 anos, casado e tem dois filhos. Licenciou-se em 1985, em Arquitetura na Universidade Técnica Escola de Belas Artes, em Lisboa. Fernando Santos é vereador pelo Chega e novamente candidato à Câmara Municipal de Loulé para as próximas eleições autárquicas de 2025.

V.L: De onde surgiu a alcunha Fanan e como prefere que o tratem nesta candidatura?

F.S: Pode ser por Fanan. A alcunha Fanan já nasceu há tantos anos, talvez há 50 anos, e tem conseguido levar esse nome de guerra, digamos assim, como eu lhe chamo. Esses 50 anos, sem qualquer problema, em qualquer sítio, em qualquer instituição, em qualquer local onde me encontro, esse é o nome de guerra. Há muita gente que não me consegue identificar pelo outro nome. Portanto, foi assim e há-de ser assim até morrer. Não estou à espera de alterar nada disso. Faz parte da minha simplicidade, faz parte da minha maneira de ser.

V.L: Mas como candidato, é Fernando Santos?

F.S: Como candidato sou Fernando Santos. Nos cartazes continuo a deixar Fanan porque não faz sentido de outra maneira. Eu penso que é o candidato que deve mostrar, não deve ter problemas, em mostrar aquilo que é. E se eu tenho esse passado, nunca o irei apagar. Aliás, é para mim um privilégio poder transportar esse nome este tempo todo e ser conhecido dessa maneira, mesmo dentro da Câmara, mesmo dentro de qualquer outra instituição onde fui já dirigente, onde já fiz muita coisa.

V.L: E quem é o Fernando Santos, ou seja, o Fanan?

F.S: Ora, quem é? Eu costumo dizer que, às vezes, brinco um pouco porque eu escrevo e escrevo com os provérbios e brinco um pouco com aquilo que eu sou. Eu sou uma pessoa resolvida, que fez a vida do antigamente, que andou de bicicleta, que andou na rua, que teve muitos amigos e tem, felizmente, tenho muitos amigos. E essas pessoas ajudaram a criar uma personalidade que é a minha, que cada um julgará da maneira que quiser, mas que até agora só posso fazer um balanço positivo, porque sou uma pessoa normal, humilde, não tenho ambições políticas, tão pouco. Foi um acaso ser político ou ser candidato à Câmara , aliás, fui convidado para isso, não estava à espera. Tenho sido uma pessoa de luta, a minha vida tem sido sempre luta, porque tem que lutar sempre contra tudo, daí ter sido candidato. Portanto, no fundo, o Fanan é alguém que está sempre disposto a combater, ajudar, a que as coisas funcionem e, essencialmente, que neste caso particular, como candidato, um dos meus grandes objetivos é que as pessoas consigam voltar a ser pessoas, como eu costumo dizer e já escrevi sobre isto, que as pessoas agora não têm espaço para ser pessoas, estão sempre condicionadas com uma quantidade de chefes ou de instituições ou metidas num sistema que não as deixa ser elas próprias. Isso tem sido, aliás, foi esse o grande dilema da minha primeira candidatura, foi ter visto tanto medo na cara das pessoas e tudo o que eu quero é que as pessoas estejam à vontade, que sejam livres, porque ser livre, porque vivemos em democracia, porque tivemos o 25 de Abril, isto não tem nada a ver, porque agora não temos essa liberdade. E o que eu tento é ser livre, portanto ser um ser livre, não tenho ninguém que me prenda, mesmo em termos do meu partido, as condições que coloquei para ser candidato, deixam-me fazer as coisas à minha maneira, eu sou assim, vocês conhecem, vocês convidaram-me, eu quero fazer as coisas à minha maneira, quero ajudar as pessoas, não quero rótulos, não quero nada disso, não sou racista, não sou nada disso, portanto eu quero ser uma pessoa normal que pode tomar conta de uma instituição que tem 3 mil pessoas quase à volta e que

pelo CHEGA Fernando Santos

muitas delas não estão confortáveis, e eu achei que o meu know-how de vida pessoal pode ser transportado para isto, que é uma coisa que eu penso que falta nas instituições, essencialmente nas instituições públicas, portanto este know-how de pôr as pessoas à vontade é um Fanan, no fundo é isto que eu defendo, esta é a minha primeira prioridade, é que as pessoas possam estar descansadas, as que trabalham lá dentro, as que trabalham cá fora, que possam ser pessoas e que eu possa contribuir para isso com o meu feitio, como eu costumo dizer, não obriguei-me a mudar de feitio porque isso vai dar muito problema a muita gente.

V.L: Inicialmente surgiram várias, talvez especulações, de que iria ser candidato a São Brás, a Faro e nunca se pensou em Loulé ou dizia-se que desta vez não era Loulé, o que é que tem a dizer sobre isso?

F.S: Tem duas maneiras de ver isto. Primeiro, porque a política é assim, portanto, a ideia era que eu não viesse a Loulé , penso eu que uma das ideias era que ninguém queria que eu viesse a Loulé , ninguém da oposição, digamos assim. De outra maneira, é que toda a gente me quer em todo o lado porque acham que eu mereço estar em todo o lado, convidaram-me para São Brás, convidaram-me para Faro e eu disse não. Eu tenho um percurso em Loulé de 40 anos de luta contra a instituição, e pode-se dizer que é verdade, portanto, fui convidado porque lutei 40 anos contra o sistema, o sistema é mau, não pelas pessoas que lá estão dentro, mas porque o sistema precisa de alguém que o dirija. Estar a sair de Loulé para ir para São Brás ou para Faro, seria um desperdício porque é aqui que eu conheço bem. Mas queriam que eu fosse para Faro, queriam que eu fosse para São Brás, eu disse não. Se me deixarem ir, só vou a Loulé, porque se não me deixarem ir a Loulé, eu não vou a mais lado nenhum, porque não faz sentido. Não fazia sentido a minha aprendizagem, a última que tive agora nesses últimos anos, estar a desperdiçar esta aprendizagem sobre uma instituição que é preciso pôr a funcionar, este é o grande problema. Porque a própria instituição vai resolver o problema das pessoas, e as pessoas que estão lá dentro vão resolver os problemas das pessoas que estão cá fora, portanto, eu só podia vir a Loulé, não podia vir a mais lado nenhum. Pronto, posso dizer que o meu pai é de Faro, a minha mãe é de Loulé, o meu avô tinha um forno na Rua da

Carreira, e acabei por vir cá parar, se bem que desaconselhado, mas pronto, já cá estou há 40 anos e estou a fazer, tenho muitos amigos aqui, tenho muita gente que conheço, gosto do sistema, gosto do espírito e quero fazer alguma coisa por isto.

V.L: Como primeiro vereador eleito pelo Chega no Concelho de Loulé, que balanço faz deste mandato que está na reta final? Quais foram as suas principais conquistas e desafios?

F.S: Para começar, nunca pensei ser eleito. Foi algo que aconteceu, e desempenhei o meu mandato da melhor forma possível. Não é fácil ser vereador do Chega numa Câmara Socialista com maioria absoluta. A minha estratégia passou por perceber como poderia contribuir, com o meu voto e conhecimento, para melhorar o trabalho do executivo.

O desafio era garantir que a minha presença tivesse impacto. Isso exigiu apresentar propostas e intervir nos debates da Câmara, nos pequenos detalhes e nas reuniões, ajudando a corrigir e melhorar o que era possível. Durante o primeiro ano, foi muito difícil ser ouvido, mas agora já me escutam e reconhecem que tenho algo a acrescentar ao Concelho. O meu objetivo nunca foi obter reconhecimento pessoal, mas garantir que as boas ideias sejam implementadas, independentemente de quem as assuma.

Uma das minhas maiores batalhas foi o Plano Diretor Municipal (PDM). Desde a minha primeira reunião de Câmara, a 13 de outubro, alertei para os problemas na sua elaboração. O PDM não podia ser apenas a aplicação da Lei dos Solos sobre o território; era necessário um planeamento estratégico real, definido pela Câmara, e não pela CCDR. Durante um ano, insisti neste ponto, e finalmente fui ouvido. A partir do momento em que todos reconheceram os problemas que apontei, o paradigma mudou.

A Lei diz que o PDM é da responsabilidade da Câmara Municipal. Não podemos apenas cumprir a REN e a RAN sem uma estratégia que beneficie o Concelho. Antes, estava-se a eliminar perímetros urbanos sem critério, desperdiçando milhões de euros em infraestruturas. Lutámos por um PDM pensado para Loulé e não para a CCDR, e esse foi um dos meus maiores contributos.

Continuo a pressionar para que o PDM seja finalizado e publicado. Esta mudança na abordagem foi uma vitó-

ria coletiva, que também beneficiou a equipa técnica. Antes, o processo estava fechado e sem estratégia; agora, conseguimos uma abordagem mais aberta e estruturada. Essa foi uma das minhas grandes lutas e um dos maiores ganhos do meu mandato.

Ao longo do mandato, tenho intervindo em diversos temas, sempre que é possível. Optei por não apresentar propostas formais que acabassem chumbadas, preferindo influenciar o executivo para que implemente as boas ideias. A minha filosofia é fazer com que o Concelho beneficie do meu trabalho, independentemente de receber créditos por isso.

V.L: Mas as pessoas querem saber para quando estará pronto o PDM?

F.S: Já questionei o Presidente da Câmara sobre isso. O PDM está atualmente numa fase de resposta à CCDR. Estamos a ultimar as respostas às questões levantadas por esta entidade e pelas mais de trinta instituições envolvidas no processo. Infelizmente, este é um país burocratizado, onde se trabalha com “cartas de amor”, requerimentos e ofícios, o que atrasa significativamente os processos.

Acredito que, em termos técnicos, o PDM deveria estar pronto dentro de três a quatro meses. No entanto, não sei se o Presidente da Câmara partilha desta visão, nem se as entidades envolvidas vão responder dentro do prazo.

Seria fundamental que o PDM estivesse concluído antes do final deste mandato. Ainda mais agora, com a nova Lei dos Instrumentos Territoriais, que veio bloquear, e mal, as áreas urbanizáveis. Antes, podíamos construir nestas zonas, mas agora estão bloqueadas e precisamos justificar à CCDR porque devem permanecer urbanizáveis.

Apesar da minha luta na Assembleia da República e do apoio dos Deputados do CHEGA para revogar esta suspensão absurda, o problema persiste. Há uma nova lei em discussão, mas não sabemos se será promulgada. O essencial é garantir que podemos construir onde faz sentido. Não faz sentido perdermos ainda mais opções de construção.

V.L: Poderia falar-nos um pouco mais relativamente à Lei dos Solos?

F.S. - Posso falar um pouco mais. Não é da Lei dos Solos que se trata, há aqui um equívoco que acabou por embalar para essa designação, porque é algo que toda a gente reconhece. No fundo, o que aconteceu?

O que foi alterado foi a Lei dos Instrumentos de Gestão Territorial, no sentido de facilitar burocraticamente a transformação de solo rústico em solo urbano, para supostamente resolver o problema da habitação. Para mim, isto é uma falácia. Porquê? Porque este processo funciona com unidades de execução, e não conheço nenhuma que leve menos de três anos a ser aprovada. Portanto, isto não vai resolver o problema da habitação agora. Esse é o meu ponto de vista.

Esta lei tinha uma boa intenção: responder à necessidade urgente de terrenos para construção. Mas não é um problema de todos os concelhos. Em Lisboa e no Porto, pode haver falta de área urbanizável, mas se as zonas disponíveis forem devidamente urbanizadas, há soluções. Em Loulé não faltam áreas urbanizáveis.

A questão é que o Governo desenhou a lei para áreas muito grandes, porque 70% dessas áreas, uma vez convertidas de rústicas para urbanas, terão que ser destinadas a habitação de custos controlados, mesmo que pertençam a privados. Não sou contra essa ideia, mas a forma como esta mudança foi comunicada criou uma enorme confusão.

Os políticos começaram a chamar-lhe Lei dos Solos, de forma errada, porque a Lei dos Instrumentos de Gestão Territorial não era algo familiar para a maioria das pessoas. E o que aconteceu? Muitos pensaram que poderiam simplesmente comprar terrenos rústicos e construir imediatamente. E as imobiliárias aproveitaram a oportunidade.

Algumas imobiliárias muito poderosas neste país divulgaram esta ideia errada e estão a vender terrenos rústicos a preços exorbitantes, onde não se pode construir e, provavelmente, nunca se poderá. E ninguém diz isto abertamente.

Talvez esteja a dizê-lo agora e amanhã esteja tudo zangado comigo. Mas não quero saber. Esta é a realidade. As pessoas estão a comprar pequenas parcelas de

terreno rústico, acreditando que esta lei os transformará em urbanos. Isso não vai acontecer.

Além disso, a Câmara agora tem um problema acrescido. Para conseguir aprovar os terrenos urbanizáveis que já existiam e que agora estão bloqueados por esta lei, terá de contratar uma empresa, fazer um estudo e justificar que esses terrenos, que já eram urbanos, podem continuar a ser urbanos. Ou seja, um processo burocrático completamente desnecessário.

Para que todos percebam: há terrenos urbanizáveis que já estavam em processo de aprovação, com milhares de fogos previstos, que agora estão bloqueados. A Câmara terá que pedir autorização à CCDR para os utilizar, algo que antes era um dado adquirido. E isto apenas porque a nova lei assim o exige. É a maneira mais simples que encontro para explicar este problema. Agora, a CCDR terá que aprovar, e as empresas especializadas terão que tratar de toda a burocracia. O problema das leis em Portugal é que vêm sempre acompanhadas de consequências imprevistas.

Mas, resumindo: não existe uma Lei dos Solos que permita alterar pequenas parcelas rústicas para urbanas. Isso não existe, nem vai existir.

Portanto, quem está a comprar terrenos rústicos pequenos, acreditando que poderá construir, está a ser enganado. A menos que queiram construir e entregar 70% da propriedade para habitação social. Essa é a realidade que a lei impõe.

V.L: E com isto, seguimos com a questão das “urbanizações” de casas de madeira.

F.S: É claro que, com esta ideia de que não há casas e com o aumento da população – porque, se calhar, temos mais de um milhão e meio de pessoas que também precisam de habitação –, a situação complicou-se. Antes, construíam-se cerca de cem mil fogos por ano sem grande problema. Agora, depois da crise, talvez estejamos a construir apenas trinta mil fogos anuais, mas temos muito mais gente a precisar de casa.

O verdadeiro problema aqui não são as pessoas, mas sim o negócio por trás disto. As empresas que vendem casas aproveitaram a situação. Primeiro, diziam que não era preciso licença, agora algumas já admitem que sim. A verdade é que todas essas casas precisam de licença. Devem ser construídas em zonas onde é permitido, com fossas, furos de água, eletricidade –tudo conforme a lei. Mas, na realidade, a maioria são ilegais e violam o ordenamento do território

Para as câmaras municipais, esta situação é um enorme problema, especialmente no Algarve. Compreendo que as pessoas precisem de habitação e que a câmara não tenha agido a tempo. Mas não é nos últimos um ou dois anos que se resolve esta crise. Nos anos 80, por exemplo, desenhei mais de duzentos fogos de habitação social junto ao tribunal. Na altura, foi possível construir com cooperativas. Hoje, sem alternativas, as pessoas recorrem a estas casas. O que acontece? Compram as casas, que chegam em camiões de madrugada, montam-nas rapidamente e, no dia seguinte, já estão a ser habitadas. Depois, improvisam fossas e fazem furos clandestinos para ter água. A APA (Agência Portuguesa do Ambiente) não licencia estas infraestruturas, pelo que cada uma dessas casas configura um crime ambiental. Muitas pessoas nem sabem disto e acabam por arriscar.

O problema agrava-se quando algumas pessoas começam a alugar estas casas e a fazer disso um negócio altamente lucrativo. E aqui surge outro entrave: a Constituição protege quem as habita, tornando muito difícil reverter esta situação. A Câmara tem identificadas cerca de 700 casas nestas condições – provavelmente, até são mais. Mas demolir uma delas pode levar três ou quatro anos, porque a decisão tem de passar por um juiz

Quando esta situação começou, propus que a Câmara colocasse um cartaz à porta dessas empresas, avisando que as casas precisavam de licença. Não o fez. Só agora surgiu um aviso a alertar para essa necessidade. Mas já é tarde.

Claro que há quem soubesse que era ilegal e assumisse o risco. Mas também há quem tenha comprado casas sem essa informação. As empresas que as vendem deviam esclarecer isso desde o início.

Para mim, a única solução legal seria demolir essas casas, porque não há outra forma de regularizar a situação. Sei que isto pode custar-me votos, mas

não me interessa. Esta é a única posição que posso ter. Sou arquiteto, e se nada for feito, qualquer dia teremos verdadeiras favelas ao lado de casas de milhões de euros. Já está a acontecer. E ninguém sairá beneficiado, nem quem vive nessas casas, nem o resto da população. Mas há quem esteja a ganhar muito dinheiro com isto.

V.L: E o que poderá ser feito pelas famílias que atualmente vivem nessas casas, especialmente aquelas com crianças ou pessoas idosas? Essa é uma grande preocupação…

F.S: Não é fácil. A Câmara tem muitos terrenos, e eu tenho uma ideia que gostaria de ver concretizada rapidamente. Não acho que seja difícil de pôr em prática, mas, claro, levará tempo.

O primeiro passo é estancar a construção de novas casas ilegais. Depois, será necessário, através da ação social e dos serviços camarários, avaliar quem vive nessas casas e em que condições. Quase que teremos de voltar ao conceito de bairro de lata e definir quem tem direito a apoio e quem não tem.

Uma possível solução seria a criação de um espaço provisório num terreno urbanizado pela Câmara, com acesso a água e saneamento, para evitar crimes ambientais. Esse espaço poderia acolher temporariamente algumas dessas famílias enquanto se encontra uma solução definitiva. Mas este será um processo complexo e demorado

O problema maior é a parte legal. Como se pode resolver esta situação do ponto de vista jurídico? Quanto tempo levará? Não tenho respostas definitivas, mas acredito que há soluções possíveis

Outro problema grave é a falta de diálogo. As pessoas deixaram de falar umas com as outras. O Presidente da Câmara fala apenas com algumas pessoas, mas não com todas. O medo de represálias levou ao silêncio, e isto é preocupante.

O mesmo aconteceu com o caso do Centro Oncológico, um processo completamente kafkiano.Toda a gente concorda que o Centro Oncológico é necessário, mas a burocracia paralisou o processo. Em vez de resolverem a situação desde o início, sentando todas as partes à mesa para definir o que se pretende construir, permitiram que se arrastasse como qualquer outro processo burocrático

Quando se trata de uma obra pública, muitas vezes não há preocupação com aprovações formais, porque supostamente não são necessárias. Mas no fim, quando se percebe que o projeto não cabe dentro das regras existentes, tudo se complica. Foi isso que aconteceu. O processo demorou meses porque não houve um diálogo inicial estruturado

Este problema reflete uma questão mais ampla: a falta de organização na Câmara. Existem excelentes técnicos e funcionários, mas muitos trabalham sem um fio condutor, sem uma liderança clara. Falta um sistema eficiente, em que os processos sejam acompanhados de perto e onde as pessoas possam comunicar livremente

Foi por isso que, há 12 anos, quando o Dr. Vítor Aleixo tomou posse, sugeri que alterasse a filosofia do departamento de urbanismo. Pedi a criação de gestores de processo e atas de reunião, para que todas as conversas ficassem registadas e houvesse transparência. Mas isso nunca aconteceu. Hoje, os processos acumulam dezenas de requerimentos e ofícios, sem que haja um rumo claro

Esta é uma das principais razões da minha candidatura. Quero mudar esta filosofia. Os funcionários da Câmara precisam de sentir-se protegidos e valorizados, independentemente das suas preferências políticas. Não podemos ter núcleos privilegiados que fazem o que querem, enquanto outros vivem sob medo de represálias

O dinheiro que Loulé tem permite fazer todas as estradas e infraestruturas que forem necessárias. O problema não é financeiro, mas sim organizacional

Precisamos de processos ágeis, de pessoas motivadas e de diálogo entre todos os intervenientes

Se não houver uma liderança clara e um ambiente de trabalho saudável, nada funcionará. As pessoas precisam de sentir que podem falar e ser ouvidas E essa é a minha visão para Loulé

V.L: Já que mencionou o tema do Centro Oncológico, sabemos que o acesso aos cuidados de saúde continua a ser uma preocupação para os municípios. Que propostas tem para melhorar os serviços de saúde no concelho de Loulé?

F.S: A Câmara tem investido na área da saúde. Temos um novo centro de saúde e há investimentos em curso para melhorar a infraestrutura existente. Dentro das competências que agora nos são atribuídas nesta área, precisamos de focar-nos seriamente na melhoria dos serviços de saúde

O essencial é perceber até onde podemos atuar. Temos de dialogar com o Ministério da Saúde para entender até que ponto a Câmara pode intervir. Por exemplo, temos capacidade financeira para contratar médicos, se for permitido por lei. Podemos investir ainda mais, mas é claro que os recursos não são inesgotáveis, e a receita do IMT pode não se manter sempre nos níveis atuais.

Acredito que a Câmara deve estar 100% envolvida na área da saúde, especialmente num concelho naturalmente envelhecido como Loulé. Não estou a desvalorizar o trabalho já feito, que reconheço como positivo, mas penso que é preciso dar um passo além.

A saúde tem de estar mais próxima das pessoas

Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que todos tenham acesso a médicos de família. Já defendi esta proposta antes, porque há municípios onde a própria autarquia paga médicos de família para suprir a falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde. Não sei se a lei permite esta solução, mas é algo que merece ser explorado

Sei que o centro de saúde funciona bem – sou utente ocasional, como muitos outros. E com a nova estrutura que está a ser construída ao lado, temos todas as condições para melhorar e descentralizar os cuidados de saúde. Resta saber qual será a filosofia do próximo governo em relação à descentralização, mas acredito que a Câmara pode desempenhar um papel fundamental nesta área.

V.L: Como avalia a atual gestão da Câmara Municipal de Loulé? Quais são, na sua opinião, os principais pontos positivos ou negativos?

F.S: Os pontos negativos estão muito relacionados com o que já referi. Há uma falta de articulação entre os diferentes setores da Câmara. Apesar de ser uma autarquia com muitos recursos financeiros, a gestão poderia ser mais eficiente.

Por um lado, a Câmara utilizou os seus recursos para assumir responsabilidades que, em teoria, caberiam ao Estado, construindo infraestruturas importantes. Não vejo isso como algo negativo. No entanto, ao concentrar-se nessas áreas, acabou por não avançar com projetos essenciais que seriam da sua competência direta, como a construção de lares, creches e habitação acessível. Em 12 anos, esses equipamentos ficaram por fazer, o que considero uma falha na estratégia municipal.

Na área da habitação, por exemplo, defendo que é urgente restabelecer parcerias com cooperativas habitacionais, algo que foi negligenciado nos últimos anos. Com os recursos disponíveis, poderíamos ter feito muito mais. O problema não é a falta de dinheiro, mas sim a burocracia. O atual modelo de concursos públicos, baseados essencialmente no critério do preço, tem levado a situações em que os concursos ficam desertos. Isso significa que as obras não avançam porque os processos são longos e complexos, e ainda há obstáculos como a aprovação do Tribunal de Contas

Acredito que a Câmara deve encontrar formas de ultrapassar estas dificuldades. Esta é uma das principais críticas que faço ao atual Executivo. No entanto, quero deixar claro que a minha candidatura não se baseia apenas em apontar falhas. O meu objetivo é resolver os problemas existentes, não apenas criticar o que foi feito. Tenho uma abordagem prática e objetiva. Prefiro focar-me na execução e nos resultados concretos, em vez de elaborar documentos extensos que, na prática, acabam por não ter impacto real.

Sou uma pessoa de ação. Filosofia e estratégia são importantes, mas o essencial é garantir que as coisas acontecem

V.L: Quais são as suas principais prioridades

para o futuro, caso seja eleito Presidente nas próximas autárquicas?

F.S: A minha prioridade é, sem dúvida, colocar as pessoas no centro da gestão autárquica. Como já disse, as pessoas precisam de voltar a ser pessoas e não serem apenas números em listas de gestão. Acredito que a forma de melhorar o sistema passa por dar às pessoas mais liberdade, autonomia e mais oportunidade de se expressarem. As instituições públicas precisam de uma transformação profunda, especialmente no que diz respeito à sua relação com os cidadãos

E, claro, uma das minhas bandeiras será continuar a lutar pela melhoria do PDM e pela revisão de todas as políticas urbanísticas do concelho, para que haja mais transparência, justiça e mais desenvolvimento sustentável

V.L: O comércio local e as pequenas e médias empresas enfrentam desafios crescentes. Que medidas defende para impulsionar a economia de Loulé e apoiar os empresários da região?

F.S: Eu tinha proposto na minha primeira candidatura, que o Parque das Cidades devia ser um centro de estágio de alta competição, de alto nível, e nessa estratégia implicava o quê? Uma parceria com privados da parte hoteleira, se possível do Concelho, criar condições para que a parte hoteleira pudesse fazer parte desse desenvolvimento. Loulé cidade não tem hotéis, houve alguém que quis fazer um hotel na Cruz da Assumada, levou 20 anos, acabou por desistir devido à burocracia

A questão é: como é que os comerciantes de Loulé funcionam sem ter uma base de apoio hoteleiro? Não há hipótese. A primeira coisa é conseguir cativar. Para isso, é preciso sair da cadeira e agir, porque o problema do Presidente da Câmara de Loulé, desde o 25 de Abril, é a forma como ele se comporta em função da opinião pública. Loulé tem duas ruas de opinião pública, e nas duas ruas a crítica é feita.

Quando se está a gerir uma entidade com quase 3 mil pessoas, que acaba por ser um motor da economia do município, não se pode viver em função daquilo que a opinião pública diz. Tem que se viver em função do que Loulé precisa, porque às vezes a opinião pública está centrada em grupos de pessoas muito fortes, que têm influência sobre o Presidente da Câmara

Eu costumo dizer que o urbanismo não dá votos, e por isso não funciona. Ninguém vai preocupar-se em fazer o urbanismo funcionar e aprovar projetos rapidamente, porque isso pode tornar alguém mais rico e o Presidente da Câmara fica mal visto por isso. Isto não pode ser. O urbanismo deve gerar empregos e melhorar a cidade, mesmo que isso envolva enriquecer algumas pessoas. Temos de ver as coisas de uma perspetiva mais ampla

Eu quero que o urbanismo funcione, não tenho medo disso. Em relação à parte hoteleira, ela vai sustentar os pequenos comerciantes. Temos também questões de estacionamento, mas, para mim, a questão não é o estacionamento, é o planeamento da cidade Loulé, Quarteira e Almancil não estão planeados, e, por isso, as soluções são difíceis. Já propus a necessidade de um plano de circulação e estacionamento para Quarteira, por exemplo. Loulé precisa de um planeamento total, e a maneira de funcionar na cidade deve mudar. O objetivo é criar mais estacionamento, mas de forma a que as pessoas não sintam que estão a perder estacionamento. Deve ser um planeamento bem pensado. O problema de Loulé é que não há planos para nada. E os poucos planos que existem não deixam fazer nada

V.L: Está para breve a inauguração do novo troço da circular de Loulé. Qual é a sua opinião sobre este projeto?

F.S: Para mim, é apenas uma via urbana, não uma autoestrada. A grande questão será como ela vai funcionar e como vai cumprir as regras de segurança Não vejo grandes problemas, mas, na minha opinião, o que está realmente a ser feito é tentar introduzir ciclovias em vias que não estavam planeadas para isso. As ciclovias parecem bem na teoria, mas eu não vejo muito movimento nas ciclovias, porque as ciclovias não asseguram a ligação entre casa e trabalho, mas não tenho nada contra as ciclovias

Em relação à circular sul, eu defendo a sua implementação, mas ela deve ser feita de forma ecológica, aproveitando zonas como o Cadoiço, que estão subaproveitadas. A circular foi desenhada em 1993, quando eu estava na Câmara como consultor, e não foi concretizada, mas isso não significa que seja uma tarefa difícil. O maior problema é a falta de um planeamento geral que integre as várias componentes da cidade A circular sul deve ser uma das peças de um plano maior que englobe o meio ambiente, zonas verdes e a melhoria da cidade

V.L: Como pretende equilibrar o crescimento do turismo com a qualidade de vida dos residentes em Loulé?

F.S: O turismo não é fácil de lidar, pois não temos uma economia diversificada no Algarve. O turismo tem um grande impacto e, em muitas zonas, como em Lisboa, já há habitantes a combater o turismo. O que devemos fazer é equilibrar o turismo com outras atividades. O turismo cria emprego, mas esse emprego é sazonal. A nossa prioridade deve ser prolongar a temporada turística durante o ano inteiro, para não depender apenas do verão; para isso, as campanhas turísticas deveriam ser feitas de forma diferente.

Isso exige uma gestão cuidadosa, pois a pressão sobre as infraestruturas é grande. Por exemplo, em Loulé, tivemos problemas com as infraestruturas, especialmente com as Águas do Algarve, que ficaram fora de serviço por meses. As coisas têm que ser feitas em conjunto, e não podemos passar as responsabilidades para outros.

O meu objetivo é melhorar a gestão das infraestruturas e criar condições para que o turismo se torne mais sustentável, tanto para os residentes quanto para os turistas. A interligação entre a Câmara e os outros organismos deve ser mais eficiente, para que possamos resolver esses problemas rapidamente. O turismo não pode ser combatido, mas deve ser gerido de forma mais equilibrada e responsável.

V.L: Quais serão as principais prioridades do Chega para Loulé nas próximas eleições autárquicas?

F.S: As prioridades do Chega não posso falar por eles, mas as minhas prioridades são aquelas que tenho estado a discutir. A minha maior preocupação é garantir que o serviço público funcione de forma eficiente. Não preciso da política para nada, sou candidato porque acredito que posso fazer a diferença. O meu objetivo principal é fazer a Câmara funcionar como uma equipe, onde todos têm voz e podem trabalhar em conjunto. Se não conseguirmos pôr a máquina a funcionar, não podemos fazer nada. O meu objetivo é melhorar o funcionamento da Câmara e garantir que as pessoas dentro dela se sintam bem, podendo trabalhar de forma tranquila e eficiente. Só depois disso, vamos focar-nos no resto, que será fácil se a equipa estiver bem alinhada. A burocracia é um obstáculo enorme. No entanto, se conseguirmos melhorar a gestão interna, podemos fazer muito mais, mais rápido.

Conclui Pág.

V.L: Quais são as suas expectativas eleitorais para a sua candidatura ou do partido para as próximas autárquicas?

F.S: Acredito que o partido poderá aumentar a sua representação na Câmara Municipal. A minha primeira candidatura foi difícil, sem rede, e as pessoas votaram em mim sem grandes expectativas. Agora, a situação é diferente, o partido tem mais força e o apoio está mais consolidado. A nossa meta é ganhar a Câmara, não apenas concorrer para vereadores. Queremos fazer coisas concretas e, para isso, precisamos de estar no poder. Estamos à espera de uma boa votação e temos candidatos qualificados, com carisma e capacidade. O objetivo é montar a melhor equipa possível para trabalharmos juntos em prol de Loulé. O que importa não é só chegar à Câmara, mas saber o que fazer depois de lá chegar. O trabalho sério começa aí.

V.L: Contamos, então, com candidatos também para as freguesias?

F.S: Sim, este ano temos candidatos para todas as freguesias. Da última vez, não conseguimos apresentar candidatos apenas para a Serra, porque todos os que queríamos colocar nas listas estavam a trabalhar na Câmara e não conseguimos encontrar outras pessoas . Este ano, já há mais candidatos dispostos a assumir responsabilidades, porque, ao contrário da última vez, o medo de represálias diminuiu.

V.L: Mas o que quer dizer com ‘medo’? O que exatamente quer dizer com isso?

F.S: Refiro-me ao medo de represálias, pois percebi que as pessoas têm receio de se envolver, especialmente em tempos de campanha. Quando fiz a minha campanha, fui dentro da Câmara e vi o medo nas pessoas que já conhecia há 40 anos O ambiente dentro da Câmara era muito difícil e percebi que as pessoas não têm liberdade para falar, porque isso pode afetar as suas carreiras Esse tipo de medo existe e não se pode negar. Pode não ser algo oficial, mas existe de forma informal, e isso tem de ser dito.

V.L: Se for eleito, como se vê o FANAN como Presidente da Câmara?

F.S: Exatamente igual… exatamente igual, não esperem um FANAN diferente deste, porque não vão ter, de maneira nenhuma, nem por razão nenhuma, não preciso de dinheiro, não gosto de dinheiro, não tenho essa ambição, sou casado, estou perfeitamente estabilizado, tenho dois filhos já crescidos, não quero dinheiro para nada, não sou de luxos, o FANAN é exatamente o mesmo. Aliás, se não for esse FANAN que elegerem, não há mais nenhum.

Inscrições

BFF – Boliqueime Food Festival

Estão abertas as inscrições para mais uma edição do BFF – Boliqueime Food Festival! Até 30 de abril, pode fazer parte deste evento que traz a Boliqueime a melhor da comida de rua, música ao vivo e artesanato.

Este ano, o BFF realiza-se nos dias 25, 26 e 27 de julho, no Largo da Feira de Boliqueime, e contará com muitas novidades que serão anunciadas em breve.

A Junta de Freguesia de Boliqueime disponibiliza no seu site as normas de participação e toda a informação necessária para a inscrição que pode ser feita em: https://abre.ai/msrU

Para mais informações, contacte os serviços da Junta de Freguesia de Boliqueime.

O BFF – Boliqueime Food Festival é uma organização da Junta de Freguesia de Boliqueime, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.

Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial

Associando-se à agenda nacional «À Descoberta do Turismo Industrial», o Turismo do Algarve oferece 18 atividades inseridas neste programa.

O Turismo do Algarve, enquanto membro do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial desde 2020, associa-se à 4.ª edição da agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, que de 5 a 19 de abril de 2025 oferece 150 experiências de norte a sul do país e nos Açores.

Na região do Algarve estão programadas 18 atividades com a colaboração de 13 parceiros regionais, com atividades exclusivas em locais de indústria viva e património industrial.

Entre as experiências disponíveis no Algarve destacam-se visitas guiadas a fábricas de cortiça e de transformação de azeitonas, a espaços museológicos que contam e interpretam a história da indústria conserveira na região, tours por adegas e lagares com provas de vinhos e azeites premiados, percursos em salinas tradicionais com observação da biodiversidade local e aventuras subterrâneas na mina de sal-gema de Loulé. Incluem-se ainda workshops criativos, desafios fotográficos e momentos gastronómicos únicos que reforçam a autenticidade e diversidade do património económico e cultural algarvio.

Esta iniciativa visa reforçar a coesão territorial, promover a diversificação da oferta turística ao longo de todo o ano e destacar o Algarve como um destino que valoriza as suas tradições produtivas e industriais, contribuindo também para a sustentabilidade económica local.

“O Algarve possui uma riqueza extraordinária no seu património industrial, com forte potencial para se afirmar através de experiências turísticas diferenciadoras. Estamos empenhados em continuar a capacitar e promover os nossos parceiros, consolidando uma oferta turística diversificada e sustentável”, refere André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

Com um total de 230 recursos a nível nacional na Rede Portuguesa do Turismo Industrial, distribuídos por áreas como agroalimentar, cortiça, vinho, cerâmica, entre outras, o Algarve destaca-se pela qualidade e singularidade das suas propostas.

A agenda completa está disponível em português, inglês e espanhol, constituindo um convite aberto à descoberta e valorização das tradições e inovação tecnológica da região.

HOMENAGEM AO ENG. DUARTE PACHECO EM LISBOA E LOULÉ:

«O HOMEM E O SEU TEMPO - 125

ANOS DO NASCIMENTO»

Os Municípios de Lisboa e Loulé e o Instituto Superior Técnico promovem um conjunto de atividades de homenagem ao Eng. Duarte Pacheco. O programa divide-se pelas duas cidades que fazem parte da vida de Duarte Pacheco, uma por ser a localidade onde nasceu, outra por ser aquela onde viveu e desenvolveu a sua atividade profissional e política. As atividades iniciam-se no dia 10 de abril, às 15h, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho de Lisboa, com uma sessão de homenagem, integrada nas comemorações dos 125 anos do nascimento de Duarte Pacheco. Pretende evocar a sua importância histórica, social e política no século XX, com enfoque no seu pensamento revolucionário e percurso inspirador e impulsionador.

Após esta sessão de homenagem, é inaugurada, às 18h30, uma mostra expositiva “Eng. Duarte Pacheco, O Homem e a Memória da Cidade”, com cerca de trinta objetos pessoais e outras curiosidades, pertencentes ao espólio de Duarte Pacheco oferecido à Câmara de Lisboa, e que estará patente ao público, de 10 de abril a 30 de maio, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa. A entrada é gratuita.

Está prevista no dia 11 de abril, às 14h30, a realização de uma visita pedonal comentada, aos arruamentos e edifícios da cidade de Lisboa que foram promovidos pelo Eng. Duarte Pacheco.

No dia 12 de abril, as atenções centram-se na cidade que viu nascer Duarte Pacheco. Pelas 14h30, o Auditório do Convento do Espírito Santo, em Loulé, recebe a conferência dedicada a esta edilidade, com Artur Barracosa Mendonça, Tânia Rodrigues e Jorge Filipe Palma, seguida da visita orientada “Percorrendo as memórias de Duarte Pacheco em Loulé”.

Duarte Pacheco (1900 – 1943) foi um dos mais destacados ministros dos governos da ditadura de Oliveira Salazar, apesar de se ter dedicado à causa do serviço ao Estado Novo apenas durante duas décadas. Vítima de acidente de viação aos 43 anos de idade, deixou a marca impressa em todo o país, através da obra realizada. Natural de Loulé, foi objeto de destacada homenagem na sua terra natal, dez anos após o falecimento, com a inauguração de um monumento, que mereceu a presença do chefe de Governo.

Chefs on Fire estreia-se no Algarve, em parceria com *Vilamoura

Evento decorre entre 20 e 22 de junho e vai promover gastronomia local e música à beira-mar

O Chefs on Fire estreia-se no Algarve, em Vilamoura, entre 20 e 22 de junho de 2025. O evento vai reunir 12 chefs nacionais, incluindo José Lopes, Louis Anjos e Noélia Jerónimo, para criar pratos exclusivos e inéditos, celebrando a gastronomia e música local. A edição será realizada ao pôr do sol, num cenário à beira-mar, e homenageará a cozinha do Algarve, com pratos cozinhados exclusivamente com fogo. O bilhete de €60 inclui acesso a um concerto e quatro doses de comida (carne, peixe, vegetariano e sobremesa). O festival visa promover a gastronomia e o ambiente descontraído de Vilamoura, um destino crescente de experiências únicas.

Publituris

Naturalmente

M.ª José Dias

Instruída em Alimentação Saudável

mj_naturalmente@sapo.pt

Chocolate do Dubai

Atualmente, todos querem experimentar o famoso Chocolate do Dubai que se tornou famoso através das redes sociais e que rapidamente esgotou nos hipermercados. Quando algo se torna viral, têm um poder incrível. Devíamos fazer o mesmo com os nossos doces típicos algarvios, quem sabe se também se tornavam virais e assim aumentar a procura. Isso é que era bom! Confesso que ainda não testei esta receita, mas uma amiga já a fez e garantiu que ficou deliciosa. Por isso, desafio-vos a experimentá-la!

Ingredientes

Recheio de Pistácio:

• 120 g de pasta de pistácio 100% pura

• 20 g de tahini

• 60 g de leite condensado

• 20 g de óleo de coco

• ½ colher de chá de extrato de baunilha

Camada Crocante:

• 50 g de aletria fina (capellini) ou massa kataifi

• 30 g de manteiga à temperatura ambiente

• 30 g de mel

Cobertura de Chocolate:

• 300 g de chocolate de leite

Preparação do Recheio de Pistácio

No copo da Bimby, adicione a pasta de pistácio, o tahini, o leite condensado, o óleo de coco e o extrato de baunilha.

Misture durante 30 segundos na velocidade 3.

Se necessário, raspe as laterais do copo com a espátula e envolva até obter uma mistura homogénea.

Reserve numa taça.

Preparação da Camada Crocante

No copo limpo e seco, coloque a aletria fina ou a massa kataifi e triture 10 segundos na velocidade 7, até obter uma textura bem fina.

Adicione a manteiga e o mel. Leve ao lume médio e cozinhe ligeiramente, mexendo sempre, até dourar levemente (evite que escureça demasiado). Retire do lume e deixe arrefecer completamente. Após arrefecer, quebre a camada crocante em pequenos pedaços e reserve.

Preparação da Cobertura de Chocolate

No copo limpo e seco, coloque o chocolate partido em pedaços e pressione Função Turbo por 3 vezes. Raspe as laterais do copo com a espátula e programe 4 minutos a 50ºC na velocidade 2. Repita o processo por mais 3 minutos a 50ºC na velocidade 2, até obter um chocolate completamente derretido e uniforme.

Montagem da Tablete

Despeje metade do chocolate derretido numa forma de 25 x 13,5 cm (ou em duas formas menores de 13 x 5 cm). Caso use uma forma de bolo inglês, forre-a com papel vegetal antes de adicionar o chocolate. Bata ligeiramente a forma na bancada para eliminar bolhas de ar e leve ao congelador por 5 minutos, até solidificar. Distribua o recheio de pistácio sobre a camada de chocolate e alise com uma espátula. Adicione a camada crocante por cima, pressionando levemente com as costas de uma colher ou um garfo para que fique bem integrada ao recheio. Se o chocolate restante já tiver endurecido, aqueça novamente por 2 minutos a 50ºC na velocidade 2 até derreter. Cubra a camada crocante com o restante chocolate derretido, alisando bem a superfície. Certifique-se de que as laterais de chocolate se unem, pressionando ligeiramente se necessário. Leve ao frigorífico por 1 hora, até a tablete solidificar completamente. Desenforme com cuidado e sirva ou armazene num local fresco.

Dicas

Pode substituir o tahini por manteiga de amêndoa para um sabor mais suave. Utilize chocolate amargo se preferir um contraste maior com o doce do recheio. Para um toque extra de sofisticação, adicione pistáchios picados à cobertura antes de solidificar.

E para um toque mais luxuoso pode aplicar flocos de ouro comestível

PRÉMIO DE ARQUITETURA MARIA JOSÉ ESTANCO JÁ É CONSIDERADO «UM MARCO»

Paula del Rio Huesa vence primeira edição com requalificação em Piódão

O Prémio de Arquitetura Maria José Estanco, instituído pelo Município de Loulé e a Ordem dos Arquitetos, teve a sua primeira edição no dia 26 de março e já é considerado “um marco” na valorização da igualdade de género, sustentabilidade e coesão territorial.

A distinção foi entregue a Paula del Rio Huesa, do gabinete Branco del Rio Arquitectos, pelo projeto de requalificação da Praça e Posto de Turismo de Piódão, em Arganil. A intervenção transformou um espaço anteriormente usado como estacionamento numa praça pedonal, respeitando a identidade local.

Foram 15 as candidaturas apresentadas por arquitetas, num universo onde as mulheres ainda são menos de 50% da Ordem dos Arquitetos. O júri destacou a qualidade das propostas e elogiou a sensibilidade do projeto vencedor.

O prémio homenageia Maria José Estanco, a primeira mulher portuguesa a exercer a profissão de arquiteta. O presidente da Ordem dos Arquitetos, Avelino Oliveira, reconheceu que, apesar dos avanços, ainda há um caminho a percorrer para a igualdade no setor.

Quarteira reafirma compromisso com o ambiente através de sistema de reaproveitamento de águas pluviais

A Junta de Freguesia de Quarteira deu mais um passo na sustentabilidade ambiental com a instalação de um sistema de reaproveitamento de águas pluviais. Esta iniciativa visa otimizar o uso dos recursos hídricos, contribuindo para a redução do desperdício de água potável. Este investimento é particularmente importante na região algarvia que tem enfrentado períodos de seca severa.

O sistema agora implementado permite armazenar, em dois depósitos, até 40.000 litros de água da chuva que serão utilizados exclusivamente para fins não potáveis nas operações diárias das equipas de manutenção do espaço público. A água recolhida serve para a limpeza de ruas através da varredora mecânica, para a rega manual de plantas sem sistema automático e para a lavagem de viaturas e máquinas, garantindo uma gestão mais eficiente deste recurso essencial.

«O Algarve tem enfrentado desafios significativos devido às alterações climáticas e à escassez hídrica, tornando fundamental a adoção de soluções inovadoras e sustentáveis.», refere Telmo Pinto, Presidente da Junta de Freguesia de Quarteira. «Com este sistema, estamos a dar um contributo real para a sustentabilidade da nossa freguesia e o aproveitamento das águas pluviais permite-nos reduzir significativamente o consumo de água potável nos serviços diários.», acrescenta o autarca.

Com esta medida, a Junta de Freguesia de Quarteira reafirma o seu compromisso com a preservação ambiental e com a implementação de boas práticas de gestão dos recursos naturais, promovendo um futuro mais sustentável para todos.

O vídeo sobre esta medida por ser visualizado aqui: https://youtube. com/shorts/jNoE5CEt_Mg

Tomada de Posse dos Órgãos Nacionais da Ordem dos Engenheiros

Decorreu no passado dia 25 de março a tomada de posse dos Órgãos Nacionais da Ordem dos Engenheiros, numa cerimónia realizada no Técnico Innovation Center, em Lisboa.

Na ocasião, tomou posse na Assembleia de Representantes da Ordem dos Engenheiros o Eng.º Silvério Guerreiro, que concluiu o seu mandato de Delegado Distrital de Faro, função que exerceu nos últimos três anos.

O novo Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Eng.º Fernando de Almeida Santos, assumiu oficialmente as suas funções, acompanhado pelos dois Vice-presidentes Nacionais, Jorge Liça e Dina Dimas. Tomaram igualmente posse o presidente da Assembleia de Representantes, Carlos Mineiro Aires, o presidente do Conselho Fiscal Nacional, António Laranjo, e o presidente do Conselho Jurisdicional da Ordem, Carlos Loureiro

Sob o lema “A valorização dos Engenheiros para Valorizar Portugal”, a nova liderança compromete-se a dar continuidade ao trabalho de promoção e reconhecimento da classe engenheira no desenvolvimento do país.

Mina de sal-gema de Loulé acolhe instalações de três artistas

A mina de sal-gema de Loulé vai converter-se numa galeria de arte a partir de 17 de abril, exibindo instalações dos artistas Maura Grimaldi, Natália Loyola e Victor Gonçalves, na exposição «Salaris –Ficções a Partir do Sal», anunciou a organização.

“A mostra é uma intervenção artística em uma mina de Sal-Gema em Loulé com cerca de 45km de extensão”, destacou a organização num comunicado, esclarecendo que a 17 de abril, os três artistas vão juntar-se e estar na inauguração da iniciativa promovida pela Associação Alfaia e o Festival Verão Azul, com o apoio da Direção-Geral das Artes,

“Cada autor ocupará uma câmara distinta dentro deste complexo subterrâneo, criando um percurso que convida os visitantes a uma jornada através de diferentes explorações artísticas do sal, da geologia e das relações humanas com o ambiente natural e tecnológico”, anteciparam os organizadores num comunicado.

Uma das artistas que vão estar presentes é Natália Loyola, que vai levar os visitantes a “explorar o campo das ecologias sonoras”, através de “instalações que transformam o tátil em experiências sonoras”, adiantou.

“Sua obra investiga a relação ténue entre artificial e natural, entre linguagem, espacialidade e geologia, ao integrar elementos tecnológicos para criar ambientes sonoros imersivos que convidam à reflexão sobre as narrativas do Capitaloceno”, acrescentou.

Victor Gonçalves é o autor de duas instalações que “exploram a relação tempo e matéria”, realçou a organização, precisando que uma delas se denomina “Evento Sentinela” e conta com “mais de 1.300 barcos de papel, feitos com o relatório da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] da Braskem, no Senado Brasileiro, sobre o crime ambiental na mina de sal gema de Maceió”.

Na segunda, denominada “Situação-Salobra”, o autor criou “uma imersão sonora e tátil, onde o público é convidado a estar diante de blocos de sal”, debruçando-se sobre a “fragilidade entre meio e mensagem e a tensão entre o artificial e o natural”, assinalou.

A terceira artista participante é Maura Grimaldi, que vai levar o público por um “espaço de imersão de imagens” e por uma busca de “relações entre a experiência do cinema e o mundo subterrâneo das galerias da mina”, referiu.

Natália Loyola afirmou, por seu turno, que “descer 230 metros terra adentro é mais do que um deslocamento físico, é um deslocamento de escala”.

“A mina de sal, com suas paredes de halita torna-se um lugar de total experiência sensorial. Ocupar uma mina em atividade é como entrar em um espaço onde a plasticidade do tempo se materializa em estratos, e onde a ação humana e a geologia se encontram de forma agressiva e poética”, disse ainda Victor Gonçalves.

TAP com voos diretos entre Faro e o Funchal a partir de junho

A TAP vai operar a partir de junho uma nova rota aérea com voos diretos entre Faro e o Funchal, na Ilha da Madeira, com uma frequência de dois voos semanais, anunciou a companhia aérea portuguesa.

A nova ligação aérea direta vai decorrer entre 2 de junho e 11 de setembro, à segunda e quinta-feira, e será operada com aeronaves Embraer 190 com capacidade para 106 passageiros, informou a TAP em comunicado.

De acordo com a companhia, está previsto um total de 30 frequências, correspondentes a uma oferta de 3.180 lugares em cada sentido de viagem.

Às segundas-feiras, o voo parte do Funchal às 20:50 com destino a Faro, sendo o voo entre Faro e o Funchal às 23:15.

Às quintas-feiras, o voo parte do Funchal às 06:10 e de Faro às 08:35.

“Com esta nova ligação, a TAP une duas das mais importantes regiões turísticas de Portugal, facilitando não só a mobilidade dos portugueses, mas também a procura turística combinada”, conclui a TAP.

A nova ligação aérea reforça a oferta de voos diretos para o verão, com partida e chegada ao aeroporto Gago Coutinho, em Faro, que passa a contar com 86 rotas para 75 destinos.

Além do Funchal, haverá rotas entre Faro e três novos mercados: Estados Unidos, mais concretamente Nova Iorque, através da United Airlines, a partir de maio, Finlândia, com voos para Helsínquia operados pela Finnair e Islândia, com ligações a Reiquiavique com a Play.

Segundo a ANA, empresa gestora dos aeroportos nacionais, com este acréscimo, a conectividade do Algarve passa a fazer-se a 22 mercados internacionais.

No verão de 2025 prevê-se em média 821 frequências semanais, um acréscimo médio de 8% do número médio de frequências semanais face ao verão homólogo. Lusa

SAGRES

Chego.

Despojada de tudo.

Humilde. Peregrina.

Olhar lavado. Alma menina.

Como quem vai a um santuário

Vestida de uma túnica

Depois de ter subido

Os degraus de um calvário

Chego...

E tenho a sensação única

Da imensidão

Do infinito

De ser irmã do vento

De ser eco de um grito

E como o pensamento

Esvoaçante e liberta

Nesta grandiosidade

Que me esmaga e aperta!

É desta ambiguidade

Que a alma se refaz

Sinto a eternidade

Sinto a própria paz!

Tenho asas transparentes

E comungo do sangue

De tardes e poentes

Sou espanto e emoção

O mar em turbilhão

Arrojado e disperso

Projecto, valentia

Sou sal, sou maresia

Sou poesia e verso!

Parto

Enriquecida

Minhas vestes de tecido liso

São agora de brocado e cetim

E volto para os braços da vida

Com o paraíso

Dentro de mim.

SAGRES

Que apontou no azul

A rota de um império

Fica

Rica de HISTÓRIA

Honra e Glória

Sonho e mistério!

Algarve
Poesia
Ofélia
Bomba
Médica
Psiquiatra

Necrologia

- Faleceu no dia 23 de março, com 70 anos, Fernando Eduardo Felizardo, residente em Quarteira.

- Com 97 anos, faleceu no dia 26 de março, José Matias Bita, residente em Quarteira.

- Faleceu no dia 29 de março, com 87 anos, Lídia Guerreiro Bota, residente em Quarteira.

- Com 77 anos, faleceu no dia 2 de abril, Yaroslava Dudiak, residente em Boli-

queime.

- Faleceu no dia 5 de abril, com 87 anos, Maria de Fátima Matias de Brito, residente em Loulé.

- Com 92 anos, faleceu no dia 7 de abril, Maria José Carrusca Lampreia, residente em Loulé.

Estes funerais foram realizados pela Agência Funerária João & Vítor Tel. 800 209 254

«A Voz de Loulé» Edição 2055 Loulé 2025-04-10 CARTÓRIO NOTARIAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL DE AMÉLIA DE BRITO MOURA DA SILVA

CERTIFICA, para efeitos de publicação, nos termos do disposto do artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia 01 de Abril de 2025, a folhas 90 e seguinte do livro de notas para escrituras diversas número 151 deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, em que:

ORLANDO SIMÕES CARDOSO SARAIVA, NIF. 189.490.969, divorciado, natural de Angola, residente no Bairro Checul, n.º 53, na freguesia de Quarteira, concelho de Loulé, declara: Que, é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito no sítio da Fronteira, na freguesia de Quarteira, concelho de Loulé, composto por terra de cultura, que confronta a norte com estrada, a sul com Odília Maria Guerreiro, a nascente com caminho e a poente com Modesto Martins Lopes, com a área total de mil duzentos e quarenta e dois metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 4489, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé.

Que o mencionado prédio veio à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, ainda no estado de solteiro, maior, tendo entretanto casado com Manuela Maria Canado Duro sob o regime da comunhão de adquiridos, de quem se divorciou, por doação meramente verbal feita por Filipe da Luz Guerreiro e mulher Rosa da Ponte Viegas, casados sob o regime da comunhão geral, residentes em Vale Judeu, na freguesia de Loulé (São Sebastião), concelho de Loulé, doação essa que não lhe foi nem é agora possível titular por escritura pública.

Que, desde essa data e sem qualquer interrupção, entrou na posse do referido prédio, pessoalmente e em nome próprio, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por ele proporcionadas, nele praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente cultivando e limpando a terra, apanhando os frutos, procedendo assim, como seu dono e senhor, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que exerceu uma posse pacífica, contínua e pública e isto, como se disse, por prazo superior a vinte anos. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriu o dito prédio por USUCAPIÃO, título esse que, por sua natureza não é suscetível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais. São Brás de Alportel, 01 de Abril de 2025.

A Notária (Amélia de Brito Moura da Silva) Conta registada sob o n.º 786/2025

NOTA DE PESAR

PELO

FALECIMENTO DE RUI MENDONÇA

A Câmara Municipal de Loulé vem manifestar publicamente o mais profundo pesar pelo falecimento Rui André Barros Mendonça, trabalhador desta Autarquia, aos 53 anos de idade.

Carinhosamente tratado por “Pitui” pelos amigos, Rui Mendonça nasceu a 2 de março de 1972, em Loulé. Desde 1997 que exercia funções na Câmara Municipal de Loulé, mais concretamente no Departamento de Obras Municipais.

Amante de música e de desporto, com uma forte presença associativa, foi atleta das escolas de Futebol do Louletano Desportos Clube e membro ativo da claque deste clube na década de 80. Mas o râguebi foi o seu desporto de eleição e uma grande paixão, tendo representado o Rugby Clube de Loulé como atleta e técnico.

Rui Mendonça deixa um filho menor.

Com o desaparecimento prematuro de Rui Mendonça a comunidade louletana fica mais pobre.

À família, colegas e amigos, a Câmara Municipal de Loulé, na pessoa do seu Presidente, Vítor Aleixo, endereça as mais sinceras e sentidas condolências.

«A Voz

de

Loulé»

Edição 2055 Loulé 2025-04-10 CARTÓRIO NOTARIAL DE FARO

A CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art. º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e quatro de março de dois mil e vinte e cinco, foi lavrada neste Cartório, de folhas setenta e sete a folhas setenta e oito verso do livro de notas para escrituras diversas número cento e oitenta e sete, uma escritura de justificação, na qual compareceu:

Etelvina Maria da Palma Martins, NIF 178.205.117, e marido Manuel Carlos da Cruz Alves, NIF 178.205.125, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia e concelho de Aljustrel, ele da freguesia de Pedome, concelho de Famalicão, ambos residentes na Travessa da Romeira, n.º 8, 7600-122 Aljustrel.

Declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito nos Guerreiros Vermelhos, na freguesia de Loulé (São Clemente), concelho de Loulé, composto por terra de cultura, com três alfarrobeiras, duas oliveiras, e duas amendoeiras, com a área total de dois mil cento e quarenta e dois metros quadrados, a confrontar a norte com caminho, a sul, e a poente com a Rua Filipe Viegas Aleixo, e a nascente com Manuel Carlos da Cruz Alves, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na respetiva matriz rústica sob o artigo 7654, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de € 750,00, igual ao atribuído. Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes por compra verbal e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e nove, feita a Francisca Rosa, solteira, maior, residente que foi no Sítio de Vale Formoso, freguesia de Almancil, concelho de Loulé, atualmente já falecida.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, cultivando-o, colhendo seus frutos, arando suas terras, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original.

Faro, aos 24 de março de 2025.

A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/6, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 18.03.2016, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de janeiro)

Conta registada sob n.º 415/03

Fatura / Recibo n.º 28246

«A Voz de Loulé» Edição 2055 Loulé 2025-04-10 ANÚNCIO

Fernando Eleutério Silva Pontes Engrácia, Duarte Silva Pontes Engrácia e Maria Cristina Silva Pontes Engrácia Lobo, na qualidade de proprietários do prédio rústico, situado em Ponte de Albufeira ou Porto de Albufeira, freguesia de Boliqueime, concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o número 1013/19870605 - Boliqueime e inscrito na respectiva matriz predial rústica sob o artigo 748 - Boliqueime, vêm por este meio dar conhecimento que é sua intenção transmitir o direito de propriedade sobre o referido prédio a favor de “Brand SCC S.R.O.”, conjunta e simultaneamente com os prédios urbanos, todos situados em Ponte de Albufeira, freguesia de Boliqueime, concelho de Loulé, descritos na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob os números 9770; 9771 e 9772 - Boliqueime e, respectivamente, inscritos na respectiva matriz predial urbana sob os artigos 3600; 3777 e 3778 - Boliqueime, pelo valor global de €515.000,00 (quinhentos e quinze mil Euros), o qual será integralmente pago, por meio de cheque bancário ou visado, no acto da assinatura do Documento Particular Autenticado, o qual será realizado até ao dia 30 de Abril de 2025, no escritório da Dra. Ana Rosa Advogados, em Vilamoura.

Mais se informa que a venda projectada tem como condição a transmissão conjunta e simultânea de todos os prédios acima identificados, não podendo o direito de preferência ser exercido apenas quanto a um dos prédios. Nestes termos e por força do disposto no n.º 1 do artigo 1380.º do Código Civil, vêm por este meio conferir aos proprietários dos terrenos confiantes com o prédio rústico acima identificado a faculdade de exercício do direito de preferência na aquisição global e simultânea dos todos os prédios identificados nas condições aqui indicadas, o qual deverá ser exercido e comunicado no prazo de 8 (oito) dias contados da afixação do presente edital, conforme estabelecido no n.º 2 do artigo 416.º do Código Civil, mediante e-mail para o seguinte endereço (fernando.engracia@gmail.com).

O presente anúncio é publicado por impossibilidade de contacto pessoal e determinação da identidade e morada dos proprietários confinantes do prédio rústico, o qual apresenta as seguintes confrontações: Norte: Joaquim de Sousa Gonçalves e Outros Sul: Esperança Gonçalves e outros

Nascente: Caminho e Outros Poente: Ribeira e outros

Mais se informa que a ausência de resposta dentro do prazo legal conferindo para o efeito será considerada como falta de interesse no exercício da faculdade ora conferida.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante. Boliqueime, 10 de Abril de 2025

«A Voz de Loulé» Edição 2055 Loulé 2025-04-10 CARTÓRIO NOTARIAL DE LOULÉ NOTÁRIA PAULA VALENTIM EXTRATO PUBLICAÇÃO

Nos termos do artigo 100º, n.ºs 1 e 2, do Código do Notariado, CERTIFICO que:

No dia oito de abril de dois mil e vinte e cinco, a folhas 49 do Livro de notas 332, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual: Maria de Lurdes Guerreiro de Sousa, NIF 168.580.888, casada com Joaquim Manuel Neto sob o regime português da comunhão de adquiridos, natural de Alte, Loulé, onde reside em Esteval dos Mouros, Caixa Postal 105-T, 8100-023 Alte, declarou: Que restou como única herdeira de seus pais, Gertrudes Sousa Guerreiro, que também usava e era conhecida por Gertrudes Guerreiro de Sousa, e, marido, Francisco Cavaco Sousa, que também usava e era conhecido por Francisco Cavaco de Sousa, falecidos, respetivamente, em dezanove de junho de dois mil e quinze e em vinte e oito de fevereiro de dois mil e vinte e um conforme escritura de habilitações outorgada neste Cartório, em sete de abril de dois mil e vinte e um, exarada a folhas 116, do livro 269. Que é dona e legitima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano situado em Esteval dos Mouros, freguesia de Alte, concelho de Loulé, composto de morada de casas térreas, com várias divisões e cisterna, destinado a habitação, com a área de cento e vinte e três metros quadrados, sendo a área coberta de noventa e três metros quadrados e a descoberta de trinta metros quadrados, a confrontar do norte com Maria de Lurdes Guerreiro de Sousa, ela, justificante, do sul com rua. do nascente com estrada e do poente com Manuel Francisco. inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1.250, com o valor patrimonial tributário de € 19.293,83, que lhe atribui.

Que os autores da sucessão, seus pais, entraram na posse do aludido prédio, cerca do ano de mil novecentos e cinquenta e oito, em dia e mês que não sabe precisar, por doação feita por Catarina Maria, solteira, maior, avó de sua mãe, portanto sua bisavó, não tendo, porém, sido reduzida a escritura pública esta doação. pelo que seus pais nunca dispuseram de qualquer título formal que legitimasse a posse daquele prédio.

Que desde que seus pais entraram na posse daquele prédio passaram a agir como seus proprietários, a praticar todos os atos materiais de uso e aproveitamento, nomeadamente, usando-o como casa de habitação, procedendo a pinturas e reparações sempre que necessário, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas, suportando os seus encargos, sempre com ânimo de quem exercitava direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente e fazendo-o de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacificamente, porque sem violência, contínua, porque nunca interrompida e pública, porque à vista e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém e tudo isto por um lapso de tempo superior a cinquenta e seis anos.

Que após o falecimento de sua mãe, conjuntamente com o seu pai e após o falecimento deste, ela, justificante, tem continuado a usufruir daquele imóvel, nas condições acabadas de descrever e invoca expressamente a posse iniciada por óbito dos autores da herança, seus pais, na qual sucedeu, pelo título de sucessão e dela pretende aproveitar-se desde a sua data mais remota até hoje, nos termos do artigo 1.255º do Código Civil. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriu o sobredito prédio por usucapião, título esse que, por sua natureza não é suscetível de ser comprovado pelos meios normais.

Está conforme o original.

Cartório Notarial em Loulé, a cargo da notária Paula Cristina Baptista Valentim, oito de abril de dois mil e vinte e cinco. A Colaboradora autorizada, Nádia Filipa Figueira Rodrigues Guerreiro

(inscrição publicada na ON em 03/06/2020, n.º 103/8)

Conta registada sob o n.º PB 1014/2025

Emitida fatura/recibo.

*Chamada para a rede móvel nacional

Horóscopo Quinzenal por Maria Helena 1ª Quinzena abril

Carneiro

Amor: Esteja mais recetivo à mudança, não tenha medo de abrir mão de algumas situações que já não lhe trazem oportunidade de crescimento.

Saúde: Melhore a sua postura, tendência para dores de costas.

Dinheiro: Pode sentir-se mais instável e tenso, evite que essa inconstância afete o seu rendimento.

Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48

Pensamento positivo: eu sei que o momento mais importante da minha vida é o “agora”.

Touro

Amor: Seja mais sensível às necessidades do seu coração, cuide de si e das suas relações com amor, dedicação e cuidado.

Saúde: Vigie o sistema respiratório, tendência para infeções.

Dinheiro: Estude opções de negócio e procure rentabilizar melhor os seus recursos.

Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42

Pensamento positivo: Agradecer é sempre a melhor maneira de merecer!

Gémeos

Amor: Tendência para novas paixões. Estará especialmente aventureiro e predisposto para a conquista. Saúde: Não cometa excessos, ou vai ter de pagar por eles. Saiba preservar o seu equilíbrio.

Dinheiro: Poderá ganhar dinheiro através da rentabilização de projetos que já estão em marcha ou de novas oportunidades que lhe serão apresentadas.

Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49 Pensamento positivo: sei usar a minha inteligência para alcançar os meus objetivos.

Caranguejo

Amor: Pode sentir-se mais empenhado em dinamizar a sua vida amorosa, especialmente se já tem

um relacionamento. Boa fase para quebrar a rotina. Saúde: Seja mais empenhado na prática de exercício, não se desleixe por preguiça.

Dinheiro: Conseguirá dar uma boa resposta às tarefas que lhe são atribuídas, o que irá fazer com que se destaque.

Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36 Pensamento positivo: Procuro criar harmonia na minha vida todos os dias.

Leão

Amor: Um novo amor pode surgir de forma inesperada, trazendo um novo alento à sua vida e motivação aos seus dias.

Saúde: Tendência para dores de dentes e problemas relacionados com as gengivas.

Dinheiro: Pode receber uma nova proposta de trabalho, que virá de um amigo ou de alguém que conheceu recentemente.

Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49 Pensamento positivo: O Amor alegra o meu coração.

Virgem

Amor: Saiba ouvir o seu coração e perceber aquilo que ele lhe pede para fazer. Pode ser confrontado com uma escolha difícil.

Saúde: Recupere o equilíbrio aumentando o contacto com a Natureza. Faça caminhadas e dê passeios sempre que puder.

Dinheiro: Defina bem as suas prioridades e aplique-se com empenho na concretização daquilo que pode trazer-lhe resultados mais proveitosos.

Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36 Pensamento positivo: Acredito que tenho força para vencer todos os desafios.

Balança

Amor: Conseguirá atender melhor às suas próprias necessidades e ter

mais harmonia na sua vida amorosa, o que vai dar-lhe alento para enfrentar desafios noutras áreas da sua vida.

Saúde: Procure ser mais disciplinado a nível de rotinas, de pouco adianta ter bons hábitos só de vez em quando. A consistência é fundamental.

Dinheiro: Os seus dotes de diplomacia vão ajudá-lo a desenvencilhar-se de algumas situações delicadas.

Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42 Pensamento positivo: Acredito que a vida me traz surpresas maravilhosas.

Escorpião

Amor: A sua sensualidade está em alta, o que lhe traz boas perspetivas neste campo.

Saúde: Pode sentir mais cansaço e desgaste. Redobre o tempo de descanso.

Dinheiro: Organize melhor o seu dia para conseguir resolver todos os problemas.

Números da Sorte: 1, 3, 7, 18, 22, 30

Pensamento positivo: Procuro escolher aquilo que é melhor para mim.

Sagitário

Amor: Seja mais espontâneo, pois terá tendência para querer racionalizar as suas emoções.

Saúde: O seu corpo precisa de um reforço de vitaminas e sais minerais, melhore a sua alimentação e tome um suplemento.

Dinheiro: Não vai ter mãos a medir, com tantas solicitações a virem ao seu encontro. Não se disperse.

Números da Sorte: 2, 9, 17, 28, 29, 47

Pensamento positivo: Sou leal comigo mesmo e com as pessoas que amo.

Capricórnio

Amor: Tenha mais cuidado ao dizer o que sente, pois pode magoar o seu par e envolver-se em situações que não deseja.

Saúde: Tendência para o stresse, procure relaxar através de atividades como pilates, hidroginástica ou natação.

Dinheiro: Seja ponderado nas decisões que toma, a sua imparcialidade será fundamental para não se prejudicar.

Números da Sorte: 1, 5, 7, 11, 33, 39

Pensamento positivo: Eu procuro ser justo e correto com todos os que me rodeiam.

Aquário

Amor: Estará mais autoconfiante, descontraído e predisposto para conhecer novas pessoas. Atenção, se já tem um compromisso, pois o seu par pode sentir ciúmes.

Saúde: Cuidado com os joelhos, pode ter problemas se exagerar nos esforços que faz.

Dinheiro: Será capaz de resolver um problema que já se vinha a arrastar há algum tempo e de finalizar tarefas que teimavam em prolongar-se.

Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48

Pensamento positivo: Retribuo com generosidade tudo aquilo que recebo.

Peixes

Amor: Pode ter uma revelação importante, uma resposta que vem ao seu encontro de forma inesperada e que o ajuda a resolver aquilo que o inquietava.

Saúde: Seja mais equilibrado, a tendência para abusar no consumo de doces e alimentos processados será difícil de combater.

Dinheiro: Ouça os conselhos das pessoas mais experientes, só tem a ganhar com a experiência delas e com os seus ensinamentos.

Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25

Pensamento positivo: Oiço a voz da minha intuição, sei que ela me diz sempre a verdade.

Finnair inaugura nova rota direta entre Helsínquia e Faro

A Finnair inaugurou, na segunda-feira, 31 de março, a nova rota entre Helsínquia, capital da Finlândia, e Faro, com voos programados ao longo da temporada de verão. A operação conta com duas frequências semanais, às segundas e quintas-feiras, e marcou o início de uma nova ligação direta entre as duas cidades.

Faro tornou-se assim o terceiro destino em Portugal a receber voos diretos da companhia aérea, juntando-se a Lisboa, para onde a Finnair opera voos diários, e à Madeira, com duas frequências semanais para o aeroporto do Funchal. A nova rota visa facilitar o acesso entre a Finlândia e a região do Algarve, um destino turístico cada vez mais procurado.

Nos voos de segunda-feira, as partidas de Faro ocorreram às 15h45, com chegada a Helsínquia prevista para as 22h30. No sentido contrário, os voos partiram de Helsínquia às 11h55, com chegada a Faro às 14h55. Já nas quintasfeiras, as partidas de Faro estavam marcadas para as 12h00, com chegada a Helsínquia às 18h45, enquanto os voos de Helsínquia saíam às 08h10, chegando a Faro às 11h10.

A Finnair expressou o seu entusiasmo pela expansão das suas operações em Portugal e pela possibilidade de oferecer mais opções de voos para os passageiros que viajam entre os dois países, facilitando ainda mais o turismo e os negócios.

9.º Encontro Português de Jovens Químicos decorre na UAlg

A Faculdade de Ciências e Tecnologia acolhe, de 28 a 30 de abril, o «9th Portuguese Young Chemists Meeting (PYCHEM)».

O PYCHEM é um congresso bienal, organizado pelo Grupo de Químicos Jovens (GQJ) da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ), que pretende criar um fórum de divulgação científica e convivência social da comunidade de jovens químicos. Desta forma, o objetivo principal passa pela criação de oportunidades de divulgação científica a todos os jovens químicos e de áreas afins, desde a licenciatura até à carreira de investigação/docência, dando-lhes a oportunidade de apresentar o seu trabalho sob a forma de comunicações orais, comunicações rápidas (flash) e comunicações em poster.

Tudo isto será complementado com a inclusão de apresentações plenárias de investigadores, cujo mérito é reconhecido internacionalmente, nomeadamente: Martyn Poliakoff (Green/Sustainable Chemistry; U. Nottingham); Ana Rita Lado (Analytical Chemistry; U. Porto); Timothy Noel (Organic Chemistry; U. Amsterdam); Javier García Martínez (Inorganic Chemistry; U. Alicante); e Isabel Ferreira (Biochemistry; Instituto Politécnico de Bragança).

Mais informações, programa e inscrição em https://9pychem.events.chemistry.pt/ UAlg

«A Voz de Loulé» Edição 2055 Loulé 2025-04-10 NOTIFICAÇÃO PARA

EFEITOS DE EXERCÍCIO DO DIREITO LEGAL DE PREFERÊNCIA

Nos termos e para os efeitos do artigo 1380º do Código Civil, vem, M.J. Lopes Lda, Sociedade por Quotas, com o NIF 503 740 675, com o número de código de acesso à certidão de registo nº 3087-8042-4484, válida até 21/05/2025, com o CAE principal 41000-R4 e com os CAE secundários 55201-R4, 68110-R4 e 68200-R4, com a forma de obrigar com a intervenção de um gerente, com sede em Praceta Sebastião de Carvalho nº 7, Loja B em 8005-545 Faro, Distrito de Faro, Concelho de Faro, Freguesia de Faro (Sé e São Pedro), aqui representada pelo sócio gerente David Lopes, casado, nascido a 19/05/1977, residente em Praça da Amendoeira nº 1, 5ºAA em 8005-545 Faro, com o NIF 213 346 320, portador do cartão de cidadão com o número 11014608 5ZX1, com validade até 15/11/2029, de nacionalidade portuguesa, na qualidade de legítimo proprietário do terreno rústico, destinado a cultura, com a área total de 900 m2, sito em Almancil – Poço Novo, freguesia de Almancil, concelho de Loulé, o qual confronta do lado Norte com Francisco Mendonça Marcos; Sul com caminho, Nascente com Filipe Miguel Mendonça, Poente com Vitorino Alexandre do Pilar, inscrito na matriz predial rústica da freguesia de Almancil sob o artigo 852 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob a descrição número três oito cinco sete (3857) da supra dita freguesia de Almancil, notificar, todos os confinantes do prédio supra identificado, cujas identidades e moradas desconhece, para exercerem querendo, o direito de preferência, com base nos artigos 1380º; 416º no 2 e 417º do Código Civil.

Mais notifica que foi o negócio, objeto de contrato promessa de compra e venda outorgado no dia 28 de Fevereiro de 2025, com os promitentes compradores César Gomes de Almeida e esposa Sara Patrícia Da Silva Jesus, respetivamente, portadores dos cartões de cidadão números 11828830 0ZY3 e 12824180 2ZX5, válidos até 07/03/2028 e 28/10/2027, emitidos pela República Portuguesa, respetivamente, portadores dos números de identificação fiscal 222.043.296 e 213.148.340, residentes em Rua Padre Oliveira nº 234 em 4505-512 Ribeiro-Lobão, nos seguintes termos e condições: - O prédio será vendido pelo valor de € 100.000,00 (cem mil euros), sendo o pagamento feito da seguinte forma: - Na data da assinatura do contrato promessa celebrado em 28 de Fevereiro, foi pago o valor de € 10.000,00 (dez mil euros), a título de sinal e princípio de pagamento sendo o remanescente do preço acordado, ou seja, € 90.000,00 (noventa mil euros), a pagar na data da escritura de compra e venda ou documento particular autenticado, que está agendada para o dia 15 de Maio 2025 às 14:30 horas, na Avenida Cerro da Vila, Edifício Aquamar, Loja 1, 8125-403 Quarteira. Nestes termos, ficam os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pessoas cuja identidade e morada como, supra referido, se desconhece, notificados do projeto total da venda, devendo pronunciar-se por escrito se pretendem exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8 (oito) dias contados da publicação do presente anúncio, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do disposto no nº 2 do artigo 416º do Código Civil. Caso algum dos confinantes pretenda exercer o direito de preferência, deve fazê-lo através de comunicação escrita nesse sentido através de carta registada com aviso de receção para a morada supra.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante.

«Se chover, não regue» é a nova campanha de sensibilização da

A Infralobo, reconhecida como o primeiro «Smart Resort» de Portugal pela aposta contínua na tecnologia em prol da sustentabilidade ambiental, económica e social, dá mais um passo em frente na sua estratégia de gestão inteligente dos recursos hídricos.

Através da integração de sistemas de informação e inteligência artificial na sua gestão global, a empresa tem vindo a otimizar operações e agora expande esse compromisso aos seus clientes. Depois de alcançar uma redução de 44% no uso da água para rega dos espaços verdes públicos, a Infralobo lança a campanha “Se chover, não regue”, incentivando os clientes a desligarem os sistemas de rega durante os dias de chuva.

Segundo Carlos Manso, Presidente do Conselho de Administração da Infralobo, “depois de otimizarmos a nossa operação, é a hora de darmos o próximo passo e ajudarmos os nossos clientes nessa caminhada.”

A nova campanha foca-se em ações de sensibilização personalizadas, dirigidas a clientes cujos sistemas de rega permanecem ativos mesmo em dias de chuva. Utilizando dados da sua infraestrutura tecnológica, a Infralobo desenvolveu internamente ferramentas que permitem identificar estas situações e atuar com base em informação concreta.

“Este foi um processo natural”, explica Germano Magalhães, responsável pela Smart Room da Infralobo. “Fazendo uso dos sistemas de informação já disponíveis e acompanhando a evolução da inteligência artificial, conseguimos direcionar campanhas com resultados positivos.”

Durante a fase piloto da campanha, foram enviadas 62 comunicações de sensibilização a clientes, das quais resultou uma mudança comportamental em 48% dos casos – 28 clientes desligaram os seus sistemas de rega em dias de precipitação subsequentes à comunicação.

Carlos Manso reforça que “este é um projeto pioneiro no país, sem custos adicionais para a Infralobo ou para os clientes, porque aproveita as ferramentas tecnológicas já existentes, como a telemetria. Ainda assim, o seu valor é imenso no que toca à preservação da água, um recurso precioso para todos.”

Conclui ainda que “a taxa de mudança comportamental demonstra não só o impacto da campanha como também a forte disponibilidade dos nossos clientes para adotarem práticas mais sustentáveis, alinhando-se com a Missão da Infralobo de garantir um futuro melhor para todos, através da gestão eficiente dos recursos naturais num território único e diferenciador.”

Rotunda junto ao Pavilhão

de Loulé requalificada com foco na eficiência hídrica

A Câmara Municipal de Loulé está a requalificar a Rotunda Querença e Ameixial, junto ao Pavilhão Municipal, com o objetivo de promover a sustentabilidade ambiental e hídrica.

O projeto aposta em espécies autóctones, mais adaptadas ao clima e com menor consumo de água. Serão plantadas 23 árvores de cinco espécies (como alfarrobeiras, oliveiras e sobreiros) e 385 arbustos. A intervenção inclui ainda materiais regionais como xisto e pedras do barrocal.

Inspirada no conceito da Floresta Miyawaki, a requalificação visa criar um ecossistema autossustentável. Esta obra integra a estratégia de transformação da Circular de Loulé numa avenida ecológica e junta-se à intervenção em 26 espaços relvados da cidade para reduzir a manutenção e o consumo de água.

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.