Viver Bem - Edição 17

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ANO 5 | EDIÇÃO 17 | JUL/AGO 2013

alImEnTaÇÃo Os prós e contras da dieta vegetariana EnTREVISTa Um divã especial com Flávio Gikovate PIlaTES Um exercício e mil e uma utilidades

amigo e presente Novo pai se reinventa e participa ativamente da vida dos filhos



Edição nº 17 | jul/ago 2013

O melhor presente A semana de fechamento da revista é uma correria e sempre acabo levando trabalho para casa. Em um desses dias, estava no computador na sala e ouvi a voz de Mateus, meu marido, contando uma história para fazer o nosso filho dormir. Davi, de 3 anos, interagia e questionava o pai sobre o desenrolar da história. Não resisti e fui até o quarto. Fiquei de longe admirando aquele momento de cumplicidade entre os dois e agradeci a Deus por ter sido mãe nessa época em que o homem passou a exercer a paternidade de uma maneira mais intensa, presente e afetiva. Confesso que seria um grande desafio para mim ser mãe no tempo das minhas avós, em que o papel do pai era prover o sustento da família.

Mateus e nosso filho Davi

Cenas como a que presenciei na minha casa fazem parte da rotina de vários pais por aí. Os entrevistados da nossa reportagem de capa, Arturo Arruda e Fernando Lessa, que o digam. Eles sabem bem a importância do pai para os seus filhos e não medem esforços para tirar nota dez nessa missão. É preciso ter consciência de que presente não substitui a presença. E esse conselho vale para pais e mães. Na seção infância, destacamos uma pesquisa sobre o universo das crianças de classe alta que têm todos os seus desejos materiais realizados. Pasmem! Apesar de terem tudo, muitos sofrem com a solidão e ausência dos pais. A entrevista é um divã com o psiquiatra Flávio Gikovate, que fala sobre relacionamento, sexualidade, fé e autoestima. Entre tantas reflexões, ele dá uma receita bem simples para ser feliz e viver bem: “É preciso aprender a viver na plenitude e desfrutar dos bons momentos. Apenas isso”. Eis mais uma edição da Viver Bem em Revista. Aprecie sem moderação! Juliana Garcia juliana@guiaviverbem.com.br @jufariasgarcia

Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville Coordenação editorial Juliana Garcia Textos Eugênio Bezerra e Taciana Chiquetti Revisão Márcia Melo Fotos Dalianny Galvão e Ramón Vasconcelos Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Impressão Gráfica Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592 / 9451-4142 viverbememrevista@ggtec.com.br

editorial

Giovanna Reis

Expediente

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maturidade

equilíbrio

meio ambiente

comportamento

entrevista

infância

fitness

alimentação

saúde

beleza

índice 4

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ANO 5 | EDIÇÃO 17 | JUL/AGO 2013

42 Capa Modelos: Bernardo e Fernando Lessa Foto: Ramón Vasconcelos

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MEIO AMBIENTE Cartão vermelho para o uso de copos descartáveis maturidade Quando vale a pena adiar a aposentadoria



viver bem 6

Viver Bem na Maratona do Rio A Maratona do Rio de Janeiro, realizada no dia 07 de julho passado, atraiu muitos natalenses, entre eles a apresentadora do Viver Bem, Juliana Garcia, que pela segunda vez concluiu os 21km da meia maratona na cidade maravilhosa. O programa fez a cobertura completa, destacando a participação dos atletas potiguares. A prova reuniu cerca de 22 mil participantes, distribuídos em três categorias: maratona (42km), meia maratona (21km) e fa-

mily run (6km). O vídeo com a cobertura completa da Maratona do Rio está disponível no www.guiaviverbem.com.br e no nosso canal no youtube. Acesse www. youtube.com/tvviverbem e confira todos os detalhes. As fotos ao lado foram cedidas pelas assessorias esportivas Natal Runner e STI Runner, que levaram a maioria dos representantes do RN para desafiar seus limites e vencer mais esse desafio.


Fotos: cedidas pelas assessorias

01. Parte do grupo da Natal Runner comemorando mais uma conquista

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02. Alexandre e Janaina Mulatinho estrearam na meia maratona do Rio 03. Erick Hermógenes, Alberto Oliveira e José Marinho 04. Lorena Laurentino e sua 4ª meia maratona 05. Alan Carlos na chegada dos 42 km 06. Gigi Buonora, do A&A Runners, com o seu treinador Betinho Alves 07. Renato Max comemorando mais um desafio vencido 02

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08. Edson Matias encarou os 42 km da Maratona do Rio 09. Priscila Melo concluiu mais uma meia maratona e comemorou o sucesso da excursão da Ponta do Sol, que levou mais de 80 atletas para o Rio

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De volta ao Espaço Folha 01

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E o mês de julho marcou a volta do Conexão Viver Bem para o Espaço Folha, que depois de um ano interditado por falta de manutenção foi liberado pela direção do Parque das Dunas. O evento aconteceu no dia 13 de julho e os professores da rede We Academias elaboraram uma programação pra lá de especial pra não deixar ninguém ficar parado. Nas tendas foram oferecidos serviços de avaliação física, maquiagem e hidratação facial. Confira as fotos! 05

01. Professor Victor Mendes e suas alunas apaixonadas por dança 02. Cuidados com a pele no estande da Formule Farmácia de Manipulação 03. Aula de Jump Show para queimar muitas calorias 04. Eline Eulália e Marcelo Rodrigues, da Fábrica 2, prestigiando o Conexão 05. SINEC ofereceu avaliação física

Chegamos no rádio Desde o início de julho os ouvintes da rádio 95FM estão aprendendo a viver mais e melhor com o minuto Viver Bem, transmitido todos os dias no decorrer da programação da emissora. São dicas de alimentação saudável, bem estar, atividade física e todos os outros temas que permeiam o Viver Bem nesses 11 anos de atuação.

Programa Viver Bem - Sábado, 9h, Tv Ponta Negra (SBT-Natal/RN) SITE: www.guiaviverbem.com.br - twitter: @prog_viverbem FACEBOOK: www.facebook.com/guiaviverbem - www.youtube.com/tvviverbem


SUA OPINIÃO

@prog_viverbem Sorteio

“Podem falar o que for, mas não abro mão do leite na minha ali-

Para marcar o Dia do Amigo realizamos um sorteio super legal no nosso Instagram. As amigas @ceicalucas, @amandinhanatal e @kakapersonal vão se preparar para a Meia Maratona de Natal com a assessoria esportiva da Natal Runner e de quebra já ganharam as inscrições para o maior evento esportivo do estado. E você? Não vai ficar de fora, não é? As inscrições para a Meia Maratona de Natal já estão abertas. Faça a sua no site www.clubedocorredor.com.br

mentação. Mesmo assim, quero parabenizar pela abordagem, pois mostraram os dois lados do leite. Pra mim ele será mocinho sempre.” Joice Fagundes, por email “Estou acima do peso há uns 5 anos. Depois de ler a reportagem sobre o balão no estômago fiquei empolgado para ser magro de novo. Sei que só o balão não vai resolver meu pro-

Pra viver bem A música tem o poder de aliviar tensões e levar prazer e tranquilidade. Isto ocorre porque ela atinge diretamente a área das emoções em nosso cérebro e equilibra os neurotransmissores. Cante, dance, seja feliz ouvindo música! Quer mais dicas como essa? Curta a nossa página no Facebook. Todos os dias tem novidades por lá.

ERRaTa Entrevistas que concedemos para que outra pessoa escreva sobre o tema podem gerar equívocos na compreensão, portanto gostaria de esclarecer a expressão “esporte é personalidade”, utilizada na última edição da revista Viver Bem, expressão entre aspas, que não foi de minha autoria. PERSONALIDADE: as expressões do senso comum, que mensuram “ter ou não personalidade”, não determinam a pessoa ser “forte ou fraca”, pois não dimensionam o real sentido e a complexidade do desenvolvimento da personalidade nos indivíduos, pois sua construção é um conceito amplo que equivale dizer ser parte de um espiral

blema, mas já será um grande incentivo.” orlando Dantas, por email “E salve a ioga. Sou praticante há mais de 10 anos e a lista de mudanças que ela trouxe para a minha vida é enorme.” lourdes medeiros, por email

permanente. Duas características importantes da personalidade são o temperamento e o caráter, estes recebem influências de fatores hereditários, sociais e das experiências pessoais que vivemos ao longo da vida, como também é um conjunto de características psicofísicas, como a consciência, o modo de reação aos estímulos, a organização das emoções e a inteligência. Portanto, expressar que “esporte é personalidade” reduz a complexidade do conceito ao senso comum, desconsiderando as características de base, suas influências e o conjunto psíquico relacionado a sua construção. Patrícia mota, psicóloga.

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Cedida

Eduardo Oliveira Formado

Pergunte ao personal 10

1. É verdade que fazer aeróbico em jejum ajuda a emagrecer mais rápido? Luana Santiago – por email Sim. É verdade. Fazer exercícios em jejum emagrece mais rápido, pois o organismo metaboliza a gordura de forma mais rápida em detrimento das outras fontes de energia. Porém, é questionável do ponto de vista da saúde por poder acarretar problemas. 2. treinar 6 vezes por semana, cada dia uma modalidade diferente, prejudica os resultados do treino para quem quer emagrecer? Naira Bezerra – por email Tudo vai depender da intensidade e volume das aulas realizadas. A variação de exercícios não traz prejuízos ao resultado de emagrecer, aliás pode ajudar no caso de um aluno que gosta de variação. Sendo respeitados os limites do corpo e o tempo de recuperação, não vejo problemas. 3. a partir de que idade o adolescente pode fazer musculação para ganhar massa? Sou muito magrinho e tenho 13 anos. João Marcelo – por email A partir de criança já se pode fazer musculação. Claro que com focos diferentes e condutas diferentes. Aos treze anos já se pode iniciar os treinos na sala de musculação. Após avaliação física e médica o adolescente está apto a treinar seguindo toda a orientação para um aluno iniciante. Respeitando o desenvolvi-

em

educa-

ção física pela UFRN, atua como

personal

trainner,

principalmente nas áreas de corrida e musculação. Faz parte da equipe da Academia Nova Stylo.

mento corpóreo e o tempo, o ganho de massa virá naturalmente. 4. aproveitar o tempo de descanso entre os exercícios da musculação para ficar na esteira faz bem? Luan Onofre – por email Sim. Se for dentro de uma elaboração de treino em que o professor considere importante. A utilização de intervalos ativos é bastante usada quando se pretende aumentar o gasto energético e/ ou melhorar o condicionamento cardiorrespiratório.

5. Quem corre na areia fofa pode abrir mão dos exercícios para as pernas na musculação? Keila Lins – por email Depende do objetivo da pessoa. Se for o aumento de força e massa muscular, é melhor que concilie os dois treinamentos. Só a corrida na areia não será suficiente, pode até adquirir um certo tônus, mas nada em grau mais avançado. 6. Quero malhar os ombros, mas tenho receio de ficar muito masculinizada. o que faço? Carla Torres – por email Em primeiro lugar o ganho de massa muscular nas mulheres não é igual ao dos homens, então não vai ficar masculinizada. Em segundo lugar, depende do objetivo. Sugiro que treine sim, pois é bom treinar o corpo de forma equilibrada e discutir com o seu treinador a melhor estratégia.



Cedida

O homem em busca da felicidade

artigo

Por Graziele Andrade - natal@acropole.org.br

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Você, por acaso, alguma vez já sentiu um certo vazio no peito? Algo que costumamos chamar de angústia e que nos faz questionar o sentido das coisas que vivemos? Se sim, seja bem-vindo ao clube chamado humanidade! E por que será que sentimos isso em alguns (ou vários) momentos em nossa vida? A filosofia explica. Dizem as tradições que quando o homem sente uma angústia por dentro, essa angústia faz com que ele entre em movimento na busca de algo e esse movimento é a forma como a natureza faz para ajudá-lo a descobrir a trilha da realização ou, por que não poderíamos dizer, da felicidade. No entanto, considerando que essa busca do homem por esse “instinto da alma”, chamado de felicidade, é autêntica, por que movimentamos tanto, para todos os lados, e ainda assim não encontramos a tão sonhada felicidade? Pelo contrário, nos deparamos com mais e mais problemas. Bem, vamos primeiro esclarecer o que chamamos “instinto da alma”. Assim como conhecemos bem os instintos que garantem a manutenção e a perpetuação da vida física, também dizem que o homem tem “instintos da alma”. Ou seja, que também há forças que movimentam a alma e fazem com que ela caminhe em determinado sentido.

EM REVISTA

E que “instintos da alma” são esses? São vários, como a busca da liberdade, do amor, do saber, da eternidade e da felicidade. Desejamos intuitivamente ser livres, amar e sermos amados, saber mais sobre a vida e seus mistérios, ser eternos e também desejamos uma vida que nos traga completude, serenidade e realização. E a partir desses nossos desejos naturais começamos a

“A filosofia nos ensina que a felicidade é um conceito que está associado à sabedoria” nos movimentar, mas como não compreendemos bem o que são esses “instintos da alma” e como vivemos em uma civilização cuja tônica é o egoísmo e o materialismo, eles (os “instintos da alma”) são manipulados ao bel prazer dos interessados em lucrar com nossas naturais necessidades. E é aí onde reside o problema. Hoje olhamos ao nosso redor e em todos os lugares aparecem

propostas de “venda de felicidade” por meio da aquisição de algum bem. Ou também temos a ilusão de que “quando tal coisa acontecer, finalmente eu vou ter a felicidade que mereço”, como passar em um concurso público, casar, ter filhos, etc, etc. Porém, a filosofia nos ensina que a felicidade é um conceito que está associado à sabedoria, ao despertar das virtudes humanas e à capacidade de viver aprendendo com tudo o que a vida nos traz como experiência, sem condicionamentos externos, oposto ao que vemos hoje, que é uma total dependência das circunstâncias. E o amor à sabedoria nos abre uma porta de acesso à compreensão das leis da natureza para que entendamos a nós mesmos, nossa origem e o sentido da nossa evolução. Se aproveitarmos esses belos e profundos ensinamentos da filosofia, veremos que, assim como a semente da rosa tem o destino de se transformar em uma roseira, o homem também tem como destino inexorável a sabedoria e sua felicidade seria uma consequência dessa busca e desse encontro, da construção de si mesmo, todos os dias da sua vida. É uma questão de provar! Graziele Andrade é Diretora da escola de filosofia Nova Acrópole


1. Você segue algum ritual para manter a beleza da pele e cabelos? Para o dia a dia um bom trio de shampoo, sabonete e condicionador, aliado ao filtro solar, alimentos saudáveis e muita água (bebo mais de 3 litros por dia) ajudam bastante a manter pele e cabelos mais bonitos. 2. como é sua alimentação diária? Nos lanches, recorro a pequenas porções

Foto: Lucas Freitas

Ela é carioca, mas já pode ser considerada natalense das boas. Suzana Schott veio para Natal em virtude da transferência do pai, militar da aeronáutica, e aqui se firmou como uma profissional de sucesso. É jornalista e atua como assessora de comunicação, analista digital e relações públicas. No portifólio traz também muitos trabalhos como atriz e modelo. Nessa edição ela conta seus segredos para se manter linda, em ótima forma e feliz consigo mesma.

3. Qual a sua atividade física preferida? Minhas atividades físicas favoritas são o ciclismo e o futevolei, talvez porque me possibilitem estar em contato constante com a natureza e toda a energia que ela me passa. 4. o que gosta de fazer nas horas livres ? Nas minhas horas livres, que atualmente não são muitas, gosto de estar na praia ou em família, se puder juntar os dois então, muito melhor! 5. como será Suzana daqui a 20 anos? Acho que estarei numa fase mais segura de mim, com uma vida estabilizada com marido, filhos e quem sabe até netos! Numa idade onde a maturidade fará de mim, além de tudo, bonita, pois essas mudanças, quando bem vividas, exteriorizam a beleza da experiência que a vida nos mostrou e ensinou. 6. o que é viver bem pra você ? Viver bem é estar em sinergia com seu corpo, sua mente e seu espírito, em paz para fazer suas escolhas nos diversos caminhos da vida, não que elas sejam sempre as melhores escolhas, mas para que através delas se possa aprender, crescer e evoluir.

beleza

Suzana Schott

de frutas, castanhas ou barrinhas de cereais. Nas refeições, peixes como salmão e atum e o frango são serventia da casa, sempre acompanhados de uma boa salada de folhas e carboidratos complexos como macaxeira, inhame ou batata doce. Como boa carioca, adoro uma feijoada e tenho um vício: como pipoca quase todo dia.

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Por Taciana Chiquetti

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A Terapia Corporal Energética desperta autoconhecimento e equilibra as energias

Passar um dia nesse paraíso vai ajudar você a aliviar as tensões e recarregar as energias

Recanto dos anjos Muitas vezes, tudo que precisamos é “dar um tempo” na infinidade de demandas que o dia a dia moderno nos impõe. Respirar fundo, pisar em um gramado fresco, comer “coisas da terra” e repor energias proporcionam uma sensação de leveza, como se fosse possível ter asas e acenar lá de cima para o estresse, em uma despedida salutar. O equilíbrio é, sem dúvida, algo divino. Não é à toa que um cantinho especial, localizado em Pium, foi batizado de “Recanto dos Anjos” – um spa energético para quem busca bem estar muito além do corpo físico. Logo na entrada, em uma ambientação com muito verde e construção alternativa, já se vê as palavras “mágicas” do método de autocura Ho’oponopono - “Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato” – as quais traduzem o objetivo positivo das atividades no local.

Uma variedade de tratamentos é oferecida no spa, há 13 anos, conduzido pelo terapeuta corporal e sistêmico Marcos Cabral: Constelações Familiares, Terapia Corporal Energética, EFT (acupuntura emocional sem agulha), atividades de relaxamento e reenergização, massagens, cura quântica, escalda-pés, sauna orgânica com cromoterapia (sauna em formato de uma oca, reproduzindo a imagem do ventre materno, foto ao lado) e outras atividades relaxantes. Aliada a elas, a proposta para quem deseja passar um dia de sossego é a alimentação higienista, com dois tipos de pratos quentes e vários tipos de saladas e sucos. Verduras e legumes sem agrotóxicos, lasanha vegetariana, risoto de funghi ou caju, quibe de forno vegetariano com shitaki, tortas doces de frutas e sucos de frutas da região, com sementes germinadas e ervas fazem parte do cardápio.


Entre as terapias proporcionadas, vale destacar a Terapia Corporal Energética. Trata-se de uma massagem que busca despertar para o autoconhecimento e auxiliar no desbloqueio dos canais energéticos. “São dez sessões diferentes, com movimentos e reações físicas e emocionais diferentes. Eu projeto a massagem de acordo com a necessidade da pessoa, usando o conceito de que cada parte do corpo corresponde a uma emoção”, explica o terapeuta Marcos. As emoções incômodas mais frequentes trazidas pelos frequentadores são a raiva (manifestada na região dos pulmões), o medo e a insegurança (na região da coluna lombar) e o excesso de controle e responsabilidade (na cervical). As Constelações Familiares, direcionadas tanto para pessoas quanto para empresas – uma novidade no Rio Grande do Norte – é a terapia para abrir o coração e externar emoções represadas, algo não tão fácil para muita gente. “Nesta terapia, a pessoa traz um tema que ela quer abordar em alguma área da vida e, com a representação da família, vivencia todos os campos energéticos de sua estrutura familiar. O resultado é uma consciência bem maior daquilo que se está vivendo”, conta Marcos. Outra técnica eficaz é a EFT Emotional Freedom Techniques (Técnica de Libertação Emocional), que também pode ser chamada de “Acupuntura Emocional sem Agulhas”, baseada nas descobertas do psicólogo norte-americano Roger Callahan, que também é estudioso de acupuntura e cinesiologia aplicada. A EFT libera canais energéticos,

enquanto o indivíduo se sintoniza em um problema emocional ou físico. O resultado é rápido e duradouro e dá uma sensação de leveza à medida que se chega na matriz dos sentimentos. O desbloqueio é realizado através de leves batidas com as pontas dos dedos nos terminais dos meridianos, enquanto o paciente está sintonizado no problema por meio da repetição de frases lembretes (frases que trazem à tona os sentimentos negativos que precisam ser trabalhados e indicam ao sistema energético o que está sendo tratado). Marcos Cabral enfatiza ainda outra terapia, cuja procura é constante em seu espaço relaxante - o Alinhamento Energético. A terapeuta Mônica Oliveira, do Rio de Janeiro, foi quem sistematizou e estruturou a técnica, tornando-a sem cunho ritualístico ou religioso, estritamente terapêutica e acessível a todos. Mais tarde, nomeou a técnica como “Fogo Sagrado – Alinhamento Energético”. Com base na canalização, o alinhamento é feito com um ou dois terapeutas e também proporciona alívio físico e emocional. O spa e bistrô Recanto dos Anjos é hoje um dos destaques do “Caminhos de Pium” - projeto do Sebrae-RN que integra cultura, história e gastronomia nesta localidade que é a porta de entrada para o litoral sul, distante somente cinco quilômetros de Natal. Spa e bistrô Recanto dos Anjos Av. Lagoa Azul – s/n Colônia de Pium Fone: 84 9917.7046 Facebook.com/espacorecantodosanjos

Fotos: Ramón Vasconcelos

Terapias que curam

“Nesta terapia, a pessoa traz um tema que ela quer abordar em alguma área da vida e, com a representação da família, vivencia todos os campos energéticos de sua estrutura familiar” Marcos Cabral, terapeuta corporal

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Opis Lunetterie

Por Taciana Chiquetti

Uma boutique de óculos para quem procura marcas consagradas e atendimento de excelência Ramón Vasconcelos

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Hoje em dia, os óculos são mais do que ferramentas para enxergar melhor. Tornaram-se também acessórios que traduzem o estilo de vida. Por ter vários objetivos, a escolha dos óculos deve ser criteriosa, orientada por profissionais treinados para identificar o perfil da pessoa, suas necessidades e o melhor produto para atendê-las. Recém-inaugurada em Petrópolis, a Opis Lunetterie vem com a proposta de ser uma boutique de óculos que oferece somente produtos de alta qualidade e marcas consagradas mundialmente. “Nosso atendimento é personalizado. Mostramos detalhadamente as características das armações, os tipos de lentes e queremos que os clientes se sintam em casa aqui”, observa Alessandro Freire Macedo, um dos sócios da ótica, que atua nesse ramo há 25 anos e ainda tem ao seu lado a experiente Concita Costa, que oferece toda uma consultoria técnica aos clientes da Opis Lunetterie para garantir que seus óculos saiam perfeitos, exatamente como o médico receitou. Os modelos retrô e coloridos são tendência na atualidade – maiores e antigos – tanto no caso dos óculos de receituário quanto de sol. Oliver Peoples - Todos os óculos são feitos à mão com materiais da melhor qualidade, em cores exclusivas para Oliver Peoples. As peças são fabricadas em quantidades limitadas e deliberadamente sem logo para que somente as pessoas informadas as reconheçam. Oliver Peoples é a escolha de óculos para a elite de Hollywood e muitos fotógrafos de moda que apreciam a combinação perfeita de estilo e função. Paul Smith - A marca Paul Smith Spectacles, lançada em 1994, compreende óculos de sol e de grau, caracterizados por um design extravagante, mas clássico e de uma atenção aos detalhes que são sinônimos de um dos principais estilistas da moda britânica.


Ramón Vasconcelos

Alessandro Macedo e Concita Costa: experiência de 25 anos no mercado

opiS LUnetterie Rua Açu, 520, loja 5 – Petrópolis Fone: 84 2010.9123 contato@opislunetterie.com.br Facebokk: Opis Lunetterie

BOLLÉ VORTEX: ÓCULOS DE ALTA PERFORMANCE PARA ESPORTES No caso do ciclismo, esse modelo de óculos possui um posicionamento diferenciado no rosto. A parte superior da armação fica acima da linha da sobrancelha, o que amplia o campo de visão, deixando-o livre de qualquer interferência. Outro detalhe importante é que o ângulo pantoscópico (inclinação da lente) é compensado para a posição do ciclista. Como os praticantes desta modalidade enxergam em uma posição distinta quando estão na bicicleta, o Bollé Vortex teve a inclinação ajustada para oferecer a melhor visão possível. As armações desta marca são feitas em nylon B88, muito leve e flexível, oferecendo maior conforto e um encaixe preciso no rosto. As hastes são ventiladas, garantindo mais conforto em relação à transpiração. A plaqueta nasal é ajustável, o que significa que é possível personalizar o encaixe dos óculos no rosto, ajustando a altura com uma simples regulagem na plaqueta. Material exclusivo da marca, o Thermogrip é usado nas hastes e também na plaqueta nasal e garante ainda mais conforto e aderência à pele do atleta, já que absorve o suor. Também há a possibilidade, na Bollé Vortex, de se adaptar o

grau na armação com o sistema SOS. Com relação às lentes, a Bollé conta com as lentes BClear, feitas em Trivex, que possuem tratamentos hidrofóbico e oleofóbico para repelir água, suor, resíduos e gorduras, garantindo que nada atrapalhe a visão do atleta – muito mais nítida com imagens em alta definição (high definition). Outra vantagem das lentes é que elas são fotossensíveis, com a tecnologia Modulator embutida no material. A lente Photo Amber pode ser usada durante o dia ou à noite, já que se adapta à intensidade de luz. Com isso, carregar um kit com diversas lentes é coisa do passado.

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Fotos óculos: divulgação

persol - Uma lenda viva dos óculos Made in Italy. Herdeira e orgulho de uma cultura de excelência e de artesanato, uma alquimia perfeita de estética e tecnologia. O apelo irresistível de design atemporal e de alta qualidade faz da marca um verdadeiro símbolo de distinção, escolhida por celebridades do show-business e dos mundos da arte e do design. Para as crianças, há as opções Disney e Nike, resistentes e descontraídas, com motivos de desenhos famosos que os pequenos adoram. Na linha esportiva o destaque vai para os óculos da marca france-

sa Bollé, que desde 1888 desenvolve óculos de alta performance exclusivos para esportes como tênis, golfe, ciclismo, corrida, esportes aquáticos, triatlon e outros. A Opis Lunetterie oferece mais um diferencial aos clientes. É o atendimento domiciliar para pessoas que não podem, por algum motivo, se deslocar até a loja. Uma solução interessante para idosos ou aqueles com ritmo acelerado da rotina do dia a dia. Mas quem preferir mimos, pode tomar um delicioso expresso da Starbucks e escolher os óculos sem pressa, ouvindo com detalhes as vantagens de cada produto, com profissionais altamente capacitados. A Opis Lunetterie está aberta de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h30 e, aos sábados, das 9 às 12 horas.


Por Taciana Chiquetti

Rede de farmácias de manipulação Ao Pharmacêutico comemora 30 anos no mercado e lança nova linha de dermocosméticos O ano de 2013 está sendo de festa para a rede de farmácias de manipulação Ao Pharmacêutico. A marca completou 30 anos em abril, sendo duas décadas no Rio Grande do Norte, funcionando em quatro unidades localizadas em Natal (Lagoa Nova, Tirol, Petrópolis, Capim Macio) e uma em Parnamirim. Para marcar as três décadas de atuação, diversas ações estão programadas até o mês de dezembro. Os clientes estão sendo contemplados com diversos cursos e palestras, inclusive para públicos específicos, como gestantes, cuidadores e secretárias de clínicas, além de distribuição de brindes e o lançamento de nova linha de produtos – a Densus Trata – Dermocosméticos capilar, solar, facial e corporal. São produtos dermatologicamente testados, desenvolvidos para alcançar os resultados sempre almejados para os cuidados com o corpo. O acontecimento que fecha as comemorações enfatiza o papel importante dos funcionários e franqueados, lembrados em um grande evento comemorativo em outubro, em Santos-SP - cidade-sede da pri-

Três décadas de confiança meira Ao Pharmacêutico no Brasil, inaugurada em 1983. Dez anos depois, em 1993, foi a vez de Natal ganhar uma farmácia de manipulação onde o farmacêutico desempenhasse a missão principal da assistência farmacêutica. A Ao Pharmacêutico da capital potiguar foi a primeira do Nordeste, resultado da coragem e ousadia de um grupo de farmacêuticos locais que quis revolucionar o mercado. “Nosso slogan tem tudo a ver com o que conquistamos em Natal: a farmácia da sua confiança. O cliente sempre volta para nós e reconhece nosso trabalho. Há uma fidelização muito grande”, conta a proprietária Valéria Maria Silva Godeiro, frisando que o mercado de manipulação está sempre em expansão e a tendência é continuar inovando.

Fotos: Ramón Vasconcelos

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Valéria Maria Godeiro, proprietária da Ao Pharmacêutico no Rio Grande do Norte


O profissionalismo conduz as atividades da marca Ao Pharmacêutico, que conta também com outros valores importantes, como respeito, ética da manipulação e interação com clientes e fornecedores na busca da qualidade do produto e do atendimento. A rede também é respeitada pela classe médica em todas as cidades onde atua devido a sua reconhecida capacidade técnica e científica e a qualidade dos produtos que manipula. O laboratório de controle da qualidade cumpre todas as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a rede de farmácias se faz presente em congressos médicos e farmacêuticos com a finalidade de interagir profissionalmente e manter a sintonia com as novidades que

surgem a todo momento no meio científico e acadêmico. Vale ressaltar ainda o compromisso da marca com o meio ambiente – valor importante especialmente nos dias atuais. A Ao Pharmacêutico adota ações ambientais que buscam, de maneira contínua, o equilíbrio entre suas atividades, o homem e o meio ambiente. Entre as ações pró-meio ambiente estão a substituição constante dos antigos equipamentos por novos que consomem menos energia elétrica, a coleta seletiva interna e encaminhamento para a reciclagem e a segregação e o encaminhamento para destino correto - ecológica e legalmente - dos resíduos da saúde, inclusive dos medicamentos manipulados e que não foram utilizados pelos clientes.

para GeStanteS O curso oferece dicas de promoção à saúde e conhecimentos sobre cuidados mínimos e necessários nesta nova fase da vida da mulher, com participação de nutricionista, ginecologista, obstetra e pediatra, que esclarecem desde o que levar para a maternidade até procedimentos comuns quando encerra a licença maternidade.

de duração e com atividade física diariamente. Em parceria com o UNI-RN, eles têm acesso a um acompanhamento multidisciplinar na Clínica Integrada do UNI-RN, com nutricionista, psicólogo, enfermeiro, educador físico e fisioterapeuta.

para SecretÁriaS As secretárias, importantes personagens nas clínicas, têm acesso ao minicurso de automaquiagem e ao treinamento específico para secretárias de consultórios das diversas especialidades médicas.

PROJETOS ESPECIAIS amIGoS DE PESo O projeto Amigos de Peso tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o tratamento da obesidade. Quem participa dos encontros do grupo – clientes com idade entre 18 e 59 anos encontra estímulo e apoio no processo de mudança dos hábitos alimentares e estilo de vida. Com um trabalho interativo, palestras, leitura e discussão de temas de interesse do grupo, práticas de relaxamento, expressão corporal, caminhadas e dinâmicas de reflexão e convivência, os participantes encontram entrosamento e descontração. Os encontros são realizados semanalmente, com uma hora

au... ao PhaRmaCÊuTICo Até os animais de estimação têm vez na rede de farmácias por meio do projeto “Au... Ao Pharmacêutico – Uma nova forma de amar”, que proporciona conhecimentos sobre como cuidar do animal, considerando que ele hoje é um integrante da família. Palestras realizadas por veterinários abordam temas variados.

Cursos e palestras gratuitos

para cUidadoreS Este curso também conta com uma equipe multidisciplinar, integrada por geriatras, neurologista, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, educador físico e farmacêutico, que orientam sobre técnicas e condutas geriátricas.

ao pHarMacÊUtico • Av. Prudente de Moraes, 5458 Lagoa Nova • Av. Hermes da Fonseca, 1630, loja 2 Tirol • Av. Afonso Pena, 1046 – Tirol • Av. Ayrton Senna, lojas 43 e 44 Mandacaru Mall – Capim Macio Pharmafone: 84 3615.6100 www.aopharmaceutico.com.br Twitter: @aopharmaceutico

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Por Taciana Chiquetti

saúde

A ameaça do amanhã

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Característica marcante da vida moderna, a ansiedade pode ser considerada um transtorno que diminui significativamente a qualidade de vida das pessoas Ramón Vasconcelos

Rafael Heitor Nunes, psiquiatra

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um quadro psiquiátrico comum que ocorre em cerca de 5% da população, ao longo da vida. Há estudos que mostram percentuais ainda maiores - até 10%. É mais comum em mulheres, pessoas solteiras e com baixa condição sócioeconômica. “A pessoa com TAG experimenta, na maioria dos dias e ao longo de, pelo menos, seis meses, persistência e excesso de preocupações sobre diferentes assuntos (emprego, saúde de si e familiares, finanças, atrasos, compromissos, tarefas domésticas, entre outros). Além disso, pode haver fadiga, prejuízo na concentração, inquietação, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono. Comumente, há sintomatologia somática associada (suor frio, náuseas, dores de cabeça e diarreia)”, informa o psiquiatra Rafael Heitor Nunes, que constata uma demanda crescente de casos em seu consultório. Muitas vezes, os sintomas são banalizados e ignorados. Por isso, é importante demarcar as diferenças entre a “ansiedade comum” e a “ansiedade patológica”. Na “comum”, cotidiana, o indivíduo tem controle de seus pensamentos, não sofre sintomas físicos associados e está capacitado a adiar as preocupações a fim de fazer uma determinada atividade. Já na “patológica”, há sensação de descontrole sobre essas preocupações que costumam ser generalizadas, duradouras, aflitivas e, geralmente, aparecem sem um desencadeante evidente. “Estudos mostram que parentes

de pessoas com TAG estão mais predispostos. O risco genético é de 15% a 20%”, explica o psiquiatra. No entanto, experiências adversas precoces (separação ou perda dos pais, indiferença deles e abusos físico, psicológico e sexual) podem fragilizar a formação da personalidade do indivíduo, tornando-o mais vulnerável ao desenvolvimento de quadros ansiosos e depressivos. Identificada a ansiedade generalizada, quanto mais abrangente o tratamento mais efetivas serão as chances de melhora. Dr. Rafael explica que são necessárias revisão e otimização dos padrões de sono, atividade física, alimentação e convívio social. “A psicoterapia é essencial para se promover psicoeducação e abordar as situações mais específicas e peculiares do paciente. O uso de medicamentos ajuda a aliviar os sintomas mais proeminentes e facilita a adesão à psicoterapia e às mudanças gerais de estilo de vida. Por fim, terapias de relaxamento (mindfullness, yoga, massagem, entre outras) são muito bem vindas”, frisa. A força do vínculo terapêutico pode determinar a eficácia de uma abordagem psicoterapêutica, por isso é importante a escolha do profissional envolvido no tratamento. Novas crenças e uma medicação bem aplicada podem mudar positivamente a qualidade de vida de quem apresenta o “transtorno dos dias atuais”. NÚCLEO MONTORIL CLÍNICAS Rua Mossoró, 746 - Tirol Fone: 84 3211-5054 rafael_heitor_nunes@yahoo.com.br



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Por Taciana Chiquetti

“Chefs” funcionais Além da consulta e prescrição da dieta, os pacientes da nutricionista Graça Moraes participam da oficina de gastronomia funcional e aprendem a preparar refeições saudáveis

À primeira vista, parece uma aula de gastronomia formando futuros chefs que vão encantar o paladar com pratos elaborados e, quase sempre, não tão saudáveis quanto apetitosos. No entanto, nas oficinas da nutricionista funcional Graça Moraes, o público é outro: pessoas comuns em busca de uma alimentação mais adequada. Os eventos são aula de como preparar alimentos obtendo a nota 10 no quesito saúde. Mais do que aprender a comer, é importante aprender a preparar o que se vai comer. É com essa proposta e com a convicção de que o alimento

é o melhor remédio – pregada pelo pai da Medicina, Hipócrates, há muito tempo – que a nutricionista Graça Moraes conduz seu trabalho em Natal. “Sempre observei que havia resistência por parte dos clientes em mudar esses hábitos alimentares. Quero educá-los, envolvê-los e tratá-los. Para isso, preparo os alimentos e mostro que cozinhar de forma saudável é possível e fácil. Assim, consigo motivá-los”, conta Graça. Depois de perceber a necessidade de mostrar a seus clientes, na prática, como adquirir hábitos mais saudáveis relacionados à alimentação, ela


Fotos: Ramón Vasconcelos

introduziu em suas consultas as palestras e oficinas, que vêm ganhando cada vez mais adeptos, como o professor de Geografia, Lázaro Bezerra (48 anos). Ele procurou a orientação de uma nutricionista, há cerca de dois meses, para, por meio da alimentação, minimizar os efeitos de uma gastrite crônica e de cálculos renais. “Em dois meses, já perdi 3 kg, 6 cm de abdômen, eliminei gordura no fígado e estou muito mais disposto. Faço 90% das receitas que ela ensinou e percebi que mudar a alimentação é uma questão de costume. Agora estou bem mais cuidadoso com o que consumo”, relata. Cada consulta de dra. Graça dá direito às oficinas e palestras, cujos temas estão relacionados com o que está se trabalhando no consultório. Um casamento perfeito entre teoria e prática em que todos colocam a “mão na massa”. “Na consulta, escuto o paciente, faço a avaliação nutricional, identifico hábitos, sinais e sintomas. As palestras e oficinas são uma extensão do consultório em que as pessoas tiram dúvidas e aprendem sobre as propriedades dos alimentos e como prepará-los, além de terem acesso a

“As palestras e oficinas são uma extensão do consultório em que as pessoas tiram dúvidas e aprendem sobre as propriedades dos alimentos e como prepará-los”

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Graça Moraes, nutricionista

diversas receitas”, explica Graça. Segundo a nutricionista, as pessoas, hoje em dia, estão viciadas em alimentos industrializados, especialmente refrigerantes, laticínios e alimentos com glúten. Mesmo assim, ela comprova, em seu cotidiano profissional, que há abertura e interesse, por parte das pessoas, para as mudanças. “É possível encantar, enchendo os olhos e o estômago e despertando água na boca com a gastronomia fun-

cional, que não estressa o organismo. Os resultados estão sendo muito positivos”, conclui. Alguns assuntos abordados nas palestras são base da nutrição, alergias e intolerâncias e outras temáticas de acordo com as patologias apresentadas pelos clientes. Clinan Av. Prud. de Moraes, 56 – Petrópolis Fones: 84 3211.1144 e 3086.3383 clinam1@gmail.com

“Em dois meses, já perdi 3 kg, 6 cm de abdômen, eliminei gordura no fígado e estou muito mais disposto. Faço 90% das receitas que ela ensinou e percebi que mudar a alimentação é uma questão de costume. Agora estou bem mais cuidadoso com o que consumo” Lázaro Bezerra, professor


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Quem exclui a carne da sua dieta vê uma série de vantagens. Mas também há quem duvide que o vegetarianismo seja sinônimo de alimentação saudável. Os dois lados têm seus “prós e contras” e esses “contras” devem ser encarados como necessidade de maior atenção

Divulgaçãp

alimentação

Por Taciana Chiquetti

Dieta vegetariana Para alguns, a alimentação é mais do que sobreviver ou obter prazer pela boca, é um estilo de vida. São vários os tipos de vegetarianos existentes. Apesar de ser uma dieta com muitos componentes saudáveis - já que os vegetais possuem muitos nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo e o consumo de carne está atrelado à ingestão de gorduras, toxinas e à difícil digestão - o vegetariano deve atentar para alguns aspectos importantes, segundo a nutricionista Marina Pantoja, que também tem formação em cozinha profissional e atua no Bistrô Flor de Sálvia, em Petrópolis, disseminando a proposta de uma dieta equilibrada. O primeiro é quanto à ingestão de proteínas. “As proteínas de origem vegetal geralmente têm baixo valor biológico, com um conteúdo de aminoácidos que não contempla todos os aminoácidos essenciais ao organismo. Por isso, o indicado é fazer associações que ajudam a minimizar este ponto negativo, como unir alimentos ricos em proteínas - feijão, ervilhas, legumes, oleaginosas e sementes – aos cereais. Por exemplo, o arroz e o feijão (cereal e proteína)”, aconselha Marina. Outra substância que deve ser observada é o ferro. O ferro animal é mais bem absorvido pelo organismo, especialmente, quando associado, na mesma refeição, com a

vitamina C (encontrada, por exemplo, na laranja, acerola, limão) e com a vitamina A (presente nos vegetais da cor de laranja – cenoura, jerimum, mamão), assim como também com a menor ingestão de fibras. “Os alimentos que têm vitamina C e A potencializam a absorção do ferro, ao passo que as fibras dificultam a absorção dessa substância. Como os vegetarianos ingerem muita fibra, é preciso estar atento para este detalhe, em algumas refeições, para não prejudicar a ingestão deste importante nutriente”, explica. As fibras e o cálcio também interferem nessa absorção, porque ela se dá no intestino. Daí, a dica de não exceder o consumo de fibras, principalmente nas refeições com mais fonte de ferro, como o almoço. Para quem tem tendência à anemia, a vitamina B12, que interfere na produção dos glóbulos vermelhos do sangue, é outro nutriente que merece atenção. “A B12 é encontrada geralmente em alimentos de origem animal. Mas, se a filosofia da pessoa é não comer determinado tipo de alimento, não podemos obrigá-la. Por isso, indico que se faça hemograma periódico para analisar os efeitos do não consumo no organismo e, caso haja tendência à anemia, é possível utilizar a vitamina injetável. No pólen também se pode obter este nutriente. Vale frisar que há aqueles que não desenvolvem a anemia”, pondera a nutricionista.


Fotos: Ramón Vasconcelos

Vegetariana, sim senhor! A jornalista e fotógrafa Adriana Amorim (29 anos) é vegetariana desde 2008. Ela começou como ovo-lacto e, em um ano, aderiu ao modo estrito. “Eu seria uma obesa se não me alimentasse assim. Tinha muita fadiga, estafa, problemas menstruais e de pele. Posso dizer que o vegetarianismo estrito salvou minha vida”, relata. Ela, que é praticante de escalada e corrida, conta que melhorou sua resistência física, está no peso ideal e com “todos os níveis de nutrientes ok”, de acordo com os exames que realiza regularmente. Seu índice de vitamina B12 deu até acima da necessidade. “O mal das pessoas é comer proteínas em excesso. Tenho uma dieta balanceada e não sinto a menor falta”, diz. Adriana opta por leite de aveia, castanha e arroz e consome pólen regularmente – alimento que também contém aminoácidos e certa quantidade de vitamina B12, segundo pesquisas científicas. De acordo com a experiência de Marina como nutricionista, o que se observa hoje em dia é que as pessoas estão buscando se alimentar com mais qualidade. “Em tudo deve haver equilíbrio, há opções de carnes mais saudáveis, alternativas como Detox, mas é preciso também respeitar o perfil da pessoa, suas escolhas e o que seu organismo necessita”, finaliza.

“O mal das pessoas é comer proteínas em excesso. Tenho uma dieta balanceada e não sinto a menor falta” Adriana Amorim, jornalista e fotógrafa

O mito da soja A soja como fonte de proteína vegetal não é tão “do bem” assim, uma vez que se consome, no Brasil, a soja transgênica e não se sabe os efeitos dessa particularidade a longo prazo. Além disso, a soja é de difícil digestão e favorece as alergias. “A soja é da família dos feijões (grãos que nascem dentro de favas), então creio que aconteceram estratégias de marketing para disseminá-la como alimento altamente proteico”, analisa Marina.

Outro ponto negativo, segundo ela, é que o sabor também não favorece associações com outros cereais e dificulta a criação de receitas agradáveis ao paladar. O benefício hormonal para as mulheres, também amplamente divulgado, cientificamente só foi comprovado com a soja fermentada (na forma de tofu e missô), forma que não faz parte da mesa brasileira, apesar de o país ser um grande produtor do grão.

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Já a quinoa pode suprir, com muito mais eficácia, as necessidades de proteína de quem não consome carnes. Muito versátil na cozinha, combina com sabores agridoce, ácidos e nas preparações doces também, como salada de frutas e sucos. Amplamente consumida na região dos Andes, é considerada um pseudo cereal, ou seja, possui os mesmos nutrientes que os cereais propriamente ditos, como arroz e trigo, mas suas características de plantio e crescimento são diferentes. A quinoa é um alimento de alto valor nutritivo e possui todos os aminoácidos essenciais que o corpo precisa para funcionar corretamente.

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Quinoa: a coringa Ela também é fonte de cálcio, ferro e ácidos graxos ômega 3 e 6. Além disso, possui quantidades importantes de vitaminas do complexo B. Por ser rica em proteínas, a quinoa ajuda no fortalecimento muscular, é importante aliada na prevenção de doenças cardiovasculares e redução do colesterol, ajuda no fortalecimento dos ossos e prevenção de doenças, como osteoporose e hipertensão, devido a suas quantidades de cálcio. As vitaminas do complexo B, presentes na quinoa, colaboram para o bom funcionamento do sistema nervoso, manutenção muscular e síntese de hormônios.

RECEITA DO QUIBE DE QUINOA PaRa a maSSa 2 xícaras de quinoa em grão 4 xícaras de água ou caldo de legumes caseiro 3 xícaras de cenoura ou jerimum cozido e espremido (em purê) 2 colheres (sopa) de azeite 1 colher (chá) de sal 1/2 colher (chá) de noz moscada PaRa o REChEIo 1/2 xícara de brócolis em florete 1/2 xícara de ervilha torta em pedaços finos 1/2 xícara de alho poró em rodelas finas 1/2 xícara de cebolinha picada 1/2 colher (chá) pimenta do reino moída 1/2 xícara de broto de feijão ou cogumelo shitake fresco laminado 1/2 colher (chá) de sal

2 colheres (sopa) de azeite 1/2 xícara de ricota ou tofu (para os vegetarianos) PREPaRo Da maSSa Lave a quinoa numa peneira em água corrente. Numa panela, coloque a água ou o caldo de legumes junto com a quinoa. Assim que começar a ferver, baixe o fogo e cozinhe com a panela tampada por cerca de 20 minutos. Retire do fogo, reserve uma colher de sopa de quinoa cozida e misture o restante com a cenoura ou jerimum, o azeite, o sal e a noz moscada. Leve de volta ao fogo e cozinhe, mexendo sempre, até desprender do fundo da panela. PREPaRo Do REChEIo Numa frigideira, aqueça o azeite e acrescente o alho poró para

refogar. Depois, misture todos os demais ingredientes e reserve. Não é preciso cozinhar ou refogar os vegetais, pois o tempo de forno já é suficiente. FInalIZaÇÃo Coloque metade da massa em uma assadeira, apertando e nivelando com a ajuda de uma espátula. Distribua o recheio sobre a massa. Cubra tudo com o restante da massa, apertando bem e salpique a quinoa cozida reservada no início da receita. Asse em forno alto pré-aquecido a 220º C por cerca de 30 minutos. oBS.: a combinação de vegetais do recheio pode ser alterada de acordo com o gosto e/ ou a disponibilidade de ingredientes.



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Motivos para escolher esta modalidade existem de sobra

Por Taciana Chiquetti

Santo pilates Quem não deseja ganhar massa muscular sem o ritmo frenético das academias de musculação e melhorar o condicionamento sem uma aula intensa de aeróbica? Longe de ser “light”, o método Pilates é uma boa alternativa para quem quer buscar exercícios associados ao equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Já consolidado como opção de atividade física no mundo, o Pilates - criado pelo alemão Joseph Pilates, na década de 1920 - pode ser utilizado para diversas finalidades, uma vez que é versátil e tem a prevenção como um de seus focos. Segundo seu criador, concentração, controle, centralização de força, fluidez, precisão e respiração são os seis princípios que norteiam a prática. Joseph afirmava também que, após as dez primeiras aulas, iniciam-se

as primeiras modificações corporais; após 20 aulas, essas alterações se tornam mais visíveis e depois de 30, as mudanças podem ser notadas por outras pessoas. Apesar de não existir ainda estatísticas precisas, de acordo com a Associação Brasileira de Pilates, cresce cada vez mais o número de praticantes da atividade no Brasil. Fortalecimento muscular, maior percepção dos movimentos, melhoras na postura, maior equilíbrio, aumento da flexibilidade, alívio do estresse e de dores, condicionamento cardiorrespiratório e reabilitações físicas são alguns dos benefícios do Pilates, que pode ser praticado por crianças e até idosos. “O Pilates também pode ser usado para melhorar a performance de atletas e para grupos especiais, como gestantes, cadeiran-

tes e cardiopatas”, observa a fisioterapeuta Bianca Dore. Parceiras da Physio Pilates - empresa pioneira em Pilates e Corealign no Brasil -, as fisioterapeutas e proprietárias do Espaço Vivo, Bianca Dore e Marivani Rocha, são as únicas integrantes da equipe de educação dos métodos desta empresa na cidade de Natal, caracterizando o local como um centro de treinamento para formar e aprimorar profissionais da área. Dispondo de duas unidades, uma no bairro Tirol e outra em Lagoa Nova, o local harmonizador do corpo e da mente, Espaço Vivo, oferece ainda outras atividades integradas, como dança, treinamento em suspensão, nutrição, acupuntura, osteopatia, liberação miofascial, shiatsu, terapia com pedras quentes e psicologia.


Fotos: Ramón Vasconcelos

Corealign O Espaço Vivo foi pioneiro em trazer o Corealign para o Rio Grande do Norte e oferece uma sala especial para a prática desse método que melhora a postura, o equilíbrio e o movimento funcional, auxiliando o corpo a se mover corretamente mesmo em atividades do dia a dia. O equipamento desenvolvido pelo fisioterapeuta Jonathan Hoffman é indicado para a readaptação física e neuromuscular. São espécies de carrinhos deslizantes que se movimentam de forma independente sobre trilhos, possibilitando que o centro de força do corpo mantenha os músculos estáveis, fazendo-os trabalhar em equilíbrio de ritmo e tempo. “Os exercícios são dinâmicos, estabilizam os músculos e proporcionam uma experiência única, combinada a um trabalho cardiovascular que integra corpo e mente, como o Pilates”, explica Marivani. Pessoas que precisam se recuperar de lesões, passam muito tempo sentadas, desejam melhorar sua habilidade física e atletas que querem complementar seu programa de exercícios podem obter resultados significativos com esta técnica. Equilíbrio é sinônimo de qualidade de vida.

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Espaço Vivo Av. Amintas Barros, 3036 – Lagoa Nova. Fone: 84 3206.0888 Rua Ezequias Pegado, 1013 – Tirol. Fone: 84 3611.1372 www.espacovivonatal.com

“O Pilates também pode ser usado para melhorar a performance de atletas e para grupos especiais, como gestantes, cadeirantes e cardiopatas” Bianca Dore e Marivani Rocha

Bianca Dore, fisioterapeuta


Divulgação

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Por Taciana Chiquetti

Psicóloga pesquisa a infância de crianças que têm todas as necessidades materiais preenchidas pelos pais e alerta para o alto índice de solidão e sofrimento entre elas

Quando “tudo” não é suficiente “(…) Quero colo Vou fugir de casa Posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um pesadelo (...)” As angústias das relações entre pais e filhos e especialmente a necessidade inerente de amor e proteção das crianças compõem os versos do poeta da Legião Urbana, Renato Russo. Muitos dos pais de hoje em dia já cantarolaram incansavelmente este hit brasileiro, anos atrás, e agora se veem como personagens da obra do cantor, falecido no final dos anos 90. “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. De fato, é preciso amar os pequenos como se não houvesse o amanhã. Uma infância tradicional, não necessariamente repleta de tecno-

logia, mas plena de atenção e amor. Foi praticamente esse o resultado detectado pela psicóloga clínica, especialista em Fenomenologia Existencial, Mariana Pires Simonetti, em sua pesquisa de mestrado da área de Psicologia Infantil, iniciado em 2010 e concluído neste ano. Ela estudou as crianças da contemporaneidade em uma infância hiper-realizada, ou seja, em um contexto onde todas as suas necessidades materiais são preenchidas pelos pais. “Geralmente, os estudos da academia são mais voltados para crianças com algum tipo de vulnerabilidade. Resolvi fazer minha pesquisa com o público que atendo em meu consultório, já que eu identificava sofrimento nessas crianças, apesar de elas terem tudo”, observa Mariana, que atende no bairro de Candelária, em Natal.


A pesquisa acesso, mas que não fazia parte da rotina de maneira tão constante. Somente a televisão foi indicada na rotina com maior frequência. Com isso, questionamos: a necessidade de uma criança dessa idade ter um celular, por exemplo, é de quem? Dos pais ou dos filhos? Muitas não sabiam o número de seus próprios celulares”, relata Mariana. A tecnologia foi evidenciada pelos pesquisados não como uma preferência, mas como uma alternativa diante da falta da possibilidade do brincar tradicional. Um dos garotos afirmou que, quando os pais não o deixavam “brincar e se melar” em uma festa de aniversário, ele procurava o celular para jogar. Algumas chegaram, até mesmo, a considerar a tecnologia como um impedimento na aproximação com os pais, em situações em que eles estão trabalhando no computador, por exemplo, sem a atenção voltada aos filhos. A solidão das crianças, e o sofrimento consequentemente, foi um dos pontos mais relevantes apura-

dos. Elas demonstraram sentir falta dos pais, especialmente do pai – tanto em famílias com os pais casados quanto com os pais divorciados. “Gostaria de ser bebê de novo para ficar com meu pai”, apontou uma delas. “Ficou muito explícita no discurso delas também a compensação desta ausência com coisas materiais. Uma criança relatou claramente que os pais lhe davam brinquedos, como vídeo-games, para ela não se sentir sozinha e ter com ‘quem’ brincar”, destaca Mariana. Além disso, os pais se mostraram resistentes a deixar o mundo adulto para ter momentos no mundo infantil. No relato dos pequenos, era mais fácil assistir as novelas com o pai e a mãe do que convencê-los a assistir um desenho com eles. “Estamos vivendo um momento histórico de transição em que tudo está mudando muito rapidamente. Os pais estão perdidos, não sabem ao certo como agir, até que ponto dar limites e atenção. E esses questionamentos são legítimos”, frisa.

Ramón Vasconcelos

Oito crianças, com faixa etária de 7 a 9 anos, de uma escola particular da cidade passaram por três momentos lúdicos, gerando os dados para o estudo. Até mesmo a resistência dos pais em autorizar a participação dos filhos na pesquisa foi considerada para as conclusões da psicóloga. Primeiramente, os meninos e meninas recortaram figuras que remetessem ao conceito de infância para elas. Depois, o objetivo era completar livremente, com suas ideias, uma história infantil de um extraterrestre que buscava definir o que era, para ele, ser criança. Por último, as crianças relataram suas rotinas diárias, durante uma semana, e conversaram a respeito disso com a pesquisadora. O mais surpreendente no estudo foi que a tecnologia apareceu bem pouco no discurso espontâneo dos pesquisados mirins. “A maioria definiu ser criança como ‘brincar, se melar, correr, pular e até mesmo cheirar flor’, ou seja, atividades infantis tradicionais. A tecnologia apareceu também, como algo que elas tinham

“Estamos vivendo um momento histórico de transição em que tudo está mudando muito rapidamente. Os pais estão perdidos, não sabem ao certo como agir, até que ponto dar limites e atenção” Mariana Pires Simonetti, psicóloga

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A pesquisa revelou um contraponto com o senso comum que classifica, genericamente, crianças “que têm tudo” como crianças felizes. Foi evidenciado um sofrimento real nos discursos infantis. “Não há como dizer consequências específicas desse sofrimento para o desenvolvimento dessas crianças em um contexto hiper-realizado, mas sabemos que elas se encontram em uma situação peculiar de desenvolvimento, em que não deveriam experimentar um sofrimento como esse, como qualquer criança. Desta forma, fica mais difícil se tornarem adultos felizes. Até que ponto estamos colocando os filhos como prioridade?”, questiona a psicóloga. A frustração do limite educativo é salutar. Entretanto, os pais da atualidade - especialmente os que têm condições materiais privilegiadas - acabam prometendo, sem saber, um mundo onde seus filhos não sofrerão, onde o sofrimento pode ser compensado com coisas ou onde exista a garantia da felicidade. Tudo isso é ilusório e pode desencadear, nas crianças, sentimentos de menos valia e incapacidade, baixa tolerância à frustração e insegurança, que provavelmente serão reproduzidos ao longo da vida adulta. Frustração é necessária para o crescimento, mas o sofrimento da solidão não. Ainda vale a velha máxima: “nada substitui o amor”. Mais atual do que nunca.

Ramón Vasconcelos

“Você me diz que seus pais não te entendem, Mas você não entende seus pais (...) Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo São crianças como você O que você vai ser, Quando você crescer?” – profetizou Renato Russo, mais uma vez

“Até que ponto estamos colocando os filhos como prioridade?” Mariana Pires Simonetti, psicóloga

PRINCIPAIS SINAIS SUGESTIVOS DE DEPRESSÃO INFANTIL - Mudanças de humor significativas - Diminuição da atividade e do interesse - Queda no rendimento escolar, perda da atenção - Distúrbios do sono - Aparecimento de condutas agressivas - Autodepreciação - Perda de energia física e mental - Queixas somáticas - Fobia escolar

- Perda ou aumento de peso - Cansaço matinal - Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil) - Negativismo e Pessimismo - Sentimento de rejeição - Ideias mórbidas sobre a vida - Enurese e encoprese (urinar ou defecar na cama) - Condutas antissociais e destrutivas - Ansiedade e hipocondria Fonte: www.psiqweb.med.br


Linha Camas Articuladas

IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS

Art&Conforto.

• Alívio de dores nas costas, musculares, artrite e reumatismo; • Menos dores de cabeça e estresse; • Músculos mais relaxados; • Relaxamento das pernas; • Controle de problemas de refluxo e ronco; • Sono mais profundo; • Melhora da circulação sanguínea.

Av. Prudente de Morais | 2005 Lj E | Tirol | Tel. (84) 3211-2161 Av. Sen. Salgado FIlho | 1867 | Lagoa Nova | Tel. (84) 3211-3166 Av. Eng. Roberto Freire | 2939 Lj 7 | Cid. Jardim | Tel. (84) 3217-4671


Foto: Eduardo Knapp

entrevista 34

Por Taciana Chiquetti

Flรกvio Gikovate


Viver bem em revista - Você acha que as pessoas atualmente estão mais preocupadas com a saúde psíquica? Como elas vêm encarando as “dores da alma”, de acordo com sua experiência?

FG – O fato é que as pessoas têm se preocupado mais com aplauso e com a opinião alheia. Isso faz com que tenhamos uma sociedade demasiadamente preocupada com a imagem. As pessoas se preocupam mais com o que os outros pensam delas do que com o que realmente são. São guiadas pela vaidade e não pela autoestima. Quando falo em autoestima, falo de virtude, valor e dignidade. Portanto, tem a ver também com moral, com agir em concordância com os próprios critérios de valor. Já a vaidade depende da maneira como os outros nos veem, ela sempre exige interlocutor. Portanto, a vaidade é resultante do aplauso. Já a autoestima é resultante da avaliação que cada um faz de si, de sua atuação. Nesse contexto, as necessidades emocionais giram sempre em torno daquilo que não se tem, mas se deseja ter. Para poder se destacar, a pessoa tem de ter algo que o outro não tem, senão não se destaca. É preciso romper com esse sistema.

Flávio Gikovate - Há uma preocupação maior sim. As pessoas sentem mais necessidade de apoio. A plateia que me acompanha nas gravações do programa da rádio CBN (No Divã do Gikovate) é uma prova disso. É quase uma terapia em grupo. Elas se expõem e não têm medo dessa exposição. Sinto que as pessoas, de maneira geral, começam a se olhar internamente, colocando para fora os seus temores - o que é muito saudável. Vbr - Quais as principais queixas que levam as pessoas a procurar auxílio psicológico? Quais as principais necessidades emocionais apresentadas no atual contexto?

“As pessoas se preocupam mais com o que os outros pensam delas do que com o que realmente são. São guiadas pela vaidade e não pela autoestima”

Luz, câmera e... reflexão Para uns, o divã exerce fascínio; para outros, resistência e medo. Flávio Gikovate, médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor, tem o dom de fazer as pessoas entrarem em contato com as “coisas do psiquismo humano”, levando-as a refletir. Sexualidade é sua especialidade. Foi o pioneiro nos estudos sobre o sexo, amor e vida conjugal no Brasil. Tem como ferramentas de trabalho as técnicas breves e ecléticas de psicoterapia e uma longa estrada de experiência profissional. Desde

1968, tem atendido mais de nove mil pacientes. Faz sucesso não somente exercendo seu ofício de forma tradicional, na clínica. É essencialmente um comunicador, que chama a atenção para a saúde psíquica e a maturidade emocional em diversos meios de comunicação, com destaque para seus livros – alguns traduzidos para quatro idiomas – e redes sociais. Ao todo, são 32 livros publicados com reflexões originais sobre vários temas e que já venderam cerca de 1.000.000 de exemplares. Números

expressivos, relacionados a Gikovate, também se repetem na internet. É twitteiro frequente, com 53 mil seguidores, e tem verdadeira video-teca em seu canal do youtube. No Facebook, coleciona 25 mil amigos. O autor da obra “Dá pra ser feliz... Apesar do medo”, publicada pela MG Editores, também já assinou coluna na Folha de S. Paulo, revista Cláudia, teve programa na TV Bandeirantes e, desde 2007, apresenta o premiado “No Divã do Gikovate”, na rádio CBN (edição nacional).

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Fotos: Rodrigo Cancela

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“Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico” VBR - Os relacionamentos interpessoais, especialmente os amorosos – assim como a falta deles - muitas vezes, são motivos de angústia. Qual é a sua orientação a esse respeito? FG – É preciso estar bem consigo mesmo para querer estar com alguém. As pessoas estão lidando melhor com a ideia de viverem sozinhas. É uma opção. E dado aos relacionamentos de má qualidade que existem, é uma opção bastante razoável. Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele “vazio no estômago” por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, leem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a ideia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. VBR - Como melhorar a tolerância às frustrações e como administrar as emoções negativas? Quais as mais co-

muns relatadas em seu consultório? FG – A boa tolerância a contrariedades e sofrimentos é decorrência de um bom amadurecimento emocional. Assim, aquelas pessoas que pretenderem se encontrar com a felicidade terão que fazer este avanço na direção de suportar com docilidade as dores inevitáveis da vida. VBR - É comum o medo de ser feliz e a dificuldade de as pessoas se permitirem “viver bem”? FG – A felicidade provoca uma sensação de medo difuso, como se alguma

tragédia estivesse prestes a acontecer e fosse desencadeada pela própria felicidade. O pensamento supersticioso tem origem neste medo. Expressões do tipo “está bom demais para ser verdade”; “isso não pode durar” ou “estou morrendo de felicidade” denunciam a presença do medo. O que fazemos? Acabamos por desviar a rota de modo a evitar a felicidade com intuito de evitar uma eventual tragédia, que felizmente não acontece, pois a felicidade não mata, nem vem acompanhada de uma tragédia. É preciso aprender a viver na plenitude e desfrutar dos bons momentos. Apenas isso.


FG – Antes de mais nada, é preciso saber que este medo existe e que ele é quase universal. Provavelmente, tem a ver com o trauma do nascimento: estávamos ótimos no útero, quando fomos expulsos de lá. Parece que se forma um reflexo condicionado, de modo que sempre que estamos ótimos de novo (especialmente no amor, que tem a ver também com o aconchego uterino) parece que vai acontecer um novo “big bang”, agora nos levando para a morte. Todo o medo se vence por meio da consciência de sua existência e pelo estabelecimento de uma estratégia de enfrentamento progressiva e gradual. Assim também se deve fazer com o medo da felicidade. VBR - Desejando seguir um padrão para se sentirem incluídas, as pessoas, em muitos casos, optam por não serem autênticas. Como conquistar essa autenticidade? FG – Buscando a felicidade democrática. Aquela que o fato de eu ter não significa que diminuem as chances das outras pessoas também terem. O maior erro é buscar um tipo de felicidade que chamo de aristocrática: achar que dinheiro em excesso, beleza, magreza, fama são os ingredientes da felicidade. É um erro porque essas propriedades, além de tudo, só poderão fazer parte do repertório de um pequeno número de pessoas, condenando à infelicidade mais de 99% da população. Prefiro pensar na felicidade como relacionada a um bom relacionamento amoroso, com a curtição dos prazeres intelectuais

de todo tipo, com a evolução moral, com a curtição dos prazeres sexuais e corpóreos de caráter não competitivo (dança, corridas, etc). É claro que dinheiro tem sua importância, mas principalmente para nos ajudar a sair de situações dolorosas, como no caso das doenças, da fome, da falta de uma boa casa, etc. VBR - Qual o papel da espiritualidade para aliviar as dores emocionais? FG – O apego das pessoas à religião tem aumentado e parece que renasceu nos últimos anos. É salutar desde que represente um alívio às pressões diárias e não uma submissão que cega e trava a evolução.

“O maior erro é buscar um tipo de felicidade que chamo de aristocrática: achar que dinheiro em excesso, beleza, magreza, fama são os ingredientes da felicidade”

VBR - Você faz sucesso nas redes sociais e nos meios de comunicação. Qual a sua avaliação sobre o uso dos meios para popularizar a saúde psíquica? FG – Eu escrevo o que vivo na prática. E não há melhor material de observação do que o comportamento das pessoas. Já passaram pelo meu consultório mais de nove mil pacientes. Tenho um vasto laboratório também com as palestras e com cada gravação do programa no Divã do Gikovate (CBN), que faço semanalmente, com a presença de um público bem eclético. Tento sintetizar em teoria as observações empíricas que têm base em mais de quatro décadas de experiência. A sexualidade, por exemplo, é um assunto recorrente em meus livros. Tenho feito palestras sobre o tema em auditórios sempre lotados. No programa da rádio, 60% das perguntas que recebo semanalmente estão relacionadas ao tema. Isso demonstra como as pessoas ainda têm muitas

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Renato Stockler

VBR - Como detectar nossa tendência destrutiva, que surge quando nos aproximamos da felicidade, e como lidar com ela?

dúvidas. Como ainda se pensa, fala e escreve tanto sobre o assunto, chego à conclusão de que essa é uma questão que continua mal equacionada e longe de uma resolução satisfatória e definitiva. Assim, é o caso de tratarmos de rever todas as ideias estabelecidas a respeito. Aceitamos e repetimos algumas crenças, muitas vezes, sem reflexão e crítica aprofundada.


Ramón Vasconcelos

comportamento

Por Taciana Chiquetti

Mesmo com as mudanças no comportamento social através dos anos e décadas, a figura paterna, indiscutivelmente importante, continua tentando encontrar o seu exato papel na família, adaptando-se às atualidades

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Pai presente

Não deve haver quem discorde que ter um pai presente é um presente – tanto para os filhos quanto para os próprios pais, que colherão bons frutos no futuro. “O pai é essencial sim à construção da identidade e personalidade da criança. Não podemos mais nos ater à visão tradicional do pai chefão, que mantinha uma relação distante com os filhos e se encarregava somente de prover. Na atualidade, observamos a participação maciça da mulher no mercado de trabalho e nas finanças domésticas, o que requer mais tempo fora de casa e/ ou se dedicando a outros assuntos, além do cuidado com a casa e com os filhos. Faz-se necessário, portanto, que o pai participe mais das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos, além de contribuir com as necessidades materiais. Não se concebe mais um homem que chega em casa esperando que tudo esteja pronto e que os filhos não o ‘incomodem’”, explica a psicóloga Luciana Medeiros. Hoje, os pais – casados ou não com as mães - são convocados, cada vez mais, a integrar ativamente a vida dos filhos, seja levando-os à escola,


Divulgação

frequentando reuniões ou atuando diretamente nos cuidados com as crianças em casa e nas orientações aos adolescentes. É o caso do pai de Maria (5 anos) e Arturo Filho (3), o publicitário Arturo Arruda, casado com a empresária Larissa Marinho, que aceita prontamente a convocação – com o maior prazer do mundo. Ele se desdobra, durante a semana, em um

ritmo frenético de trabalho, para estar com os pequenos - do leite matinal aos eventos escolares. “Participo o máximo que posso dentro do meu pouco tempo. Mas o final de semana é todo deles. A melhor programação, para mim, é a que inclui meus filhos”, conta. Mesmo em um contexto diferente, com o filho pré-adolescente – Bernardo (12 anos) – e morando em outro endereço, o empresário Fernando Lessa experimenta a mesma sensação que Arruda. “Eu gostaria de passar ainda mais tempo com ele, mas me considero um pai presente”, diz. Em uma relação amigável com a ex-esposa, quem ganha são os filhos. Além dos finais de

semana, Fernando participa da vida de Bernardo, de segunda a sexta-feira, levando-o a seus compromissos escolares e extra-escolares e nos passeios. O almoço semanal, para colocar os papos em dia e compartilhar experiências, também é sagrado. “Ele tem uma turma de amigos desde a idade de um ano e meio. Então, me tornei amigo dos amigos e amigo dos pais dos amigos, o que facilita a minha presença no contexto de meu filho”, relata. Além da vida real, o empresário se faz presente na vida virtual do pré-adolescente: “acompanho a vida digital dele, nas redes sociais. Tenho a senha e procuro interagir com ele no Facebook, Instagram e Twitter”.

A presença é o melhor presente Por não estarem, tanto quanto desejariam, com os filhos, uma tendência comum na atualidade é compensar a ausência, como se estar presente pudesse ser equiparado a dar um presente. “Esta compensação acontece com pais e mães. Até avós fazem isso quando querem agradar as crianças. O problema é que elas são facilmente seduzidas pelos bens materiais, afinal somos bombardeados o tempo todo com demandas de consumo. Assim, muitos pais acreditam que, se a criança ganhar um brinquedo que lhe agrada, ela vai se sentir feliz. No entanto, a longo prazo, isso prejudica sua formação, porque ela vai achar que tudo se resolve com presentes. A criança pode desenvolver baixa tolerância à frustração e não aceitar os limites impostos pela sociedade. Ela vai sofrer porque não vai poder ter tudo o que quer”, analisa a psicóloga Luciana. “Eu tento evitar, mas a gente já se

pune tanto por não estar mais próximo que dar o presente, ou até uma simples balinha, é conseguir atender aos desejos dos filhos. Mesmo assim, tento mostrar a eles que existem limites. Os meus limites e os deles”, conta Arturo. A melhor forma de compensar a ausência, tão comum nos dias de hoje, em função das inúmeras demandas profissionais, é estar presente de verdade quando puder. Trocar o presente pela presença - ficar realmente com a criança, brincar com ela, sentar no chão, conversar, contar uma história – é a melhor forma de conduzir a relação com os filhos. Com um contato de qualidade, eles vão entender que a presença nem sempre é possível, mas quando ela acontece, os momentos valem a pena. “A pior ausência é quando os pais estão fisicamente com a criança, mas envolvidos com outras atividades como o celular, o computador, a televisão”, alerta Luciana.

“Muitos pais acreditam que, se a criança ganhar um brinquedo que lhe agrada, ela vai se sentir feliz. No entanto, a longo prazo, isso prejudica sua formação, porque ela vai achar que tudo se resolve com presentes” Luciana Medeiros, psicóloga

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Outro desafio de ser pai é o papel de orientador. Ansiosos por não repetir os mesmos erros de seus próprios pais, Arturo e Fernando não descansam na tarefa de educar e ensinar o bom caminho. “Cobro muito dele, especialmente em relação a sua vida acadêmica, porque vivemos em um mundo muito competitivo e sei que o futuro de meu filho depende disso”, enfatiza Lessa. “Procuro levar as correções de comportamento na conversa, mostrando as implicações de suas ações. Além disso, valorizo muito o contato físico, o carinho. Sei que isso faz muita diferença, passa segurança, afeto e respeito, em um mundo onde a informalidade impera” – são as dicas de Arturo. Fazer com que os filhos recorram, em primeiro lugar, a eles e manter uma relação de amizade com as crianças são os pensamentos que conduzem esses pais, no intuito de colher adultos bem formados amanhã. E parece que os resultados já começam a brotar deste terreno fértil da afetividade. “Meu pai tem um papel importante no que sou hoje. Acho que tenho boa índole e sou educado”, avalia Bernardo, em um balanço de seus 12 anos. Feedback positivo. Ponto para o pai Fernando Lessa. “Um pai saudável é aquele que gosta de estar junto com seu filho ou filha. Sabe compreender, mas também coloca limites. Procura se interessar pelas atividades dos filhos, mas também não deixa de lado suas atividades. Ama incondicionalmente e, por esse motivo, consegue discernir quando dizer ‘sim’ e quando dizer ‘não’”, assina embaixo a psicóloga. “É cedo para dizer se o atual modelo dará certo, porque meus filhos ainda

Ramón Vasconcelos

Firmeza amorosa

“Procuro levar as correções de comportamento na conversa, mostrando as implicações de suas ações. Além disso, valorizo muito o contato físico, o carinho” Arturo Arruda, publicitário

são crianças. Mas não tenho dúvida de que sou um pai presente, carinhoso e que me esforço para dar tudo o que eles precisam. O maior desafio da minha vida é criar e educar bem meus filhos. Não vou sossegar enquanto eu não vê-los encaminhados”, prevê Arturo. O desejo de ser um bom pai é, sem dúvida, o primeiro passo. Mais do que estar ali no dia a dia

ou morar na mesma casa, ser uma figura paterna presente está relacionado à lembrança que, no futuro, as crianças serão capazes de ter sobre seus pais. Se elas realmente sentirem a presença desses homens especiais em suas vidas, aparecerá o verdadeiro pai presente e todos os Dias dos Pais farão mais sentido, porque serão naturais.



Divulgação: De Vita Ferramentas

meio ambiente 42 Por Eugênio Bezerra

Copos descartáveis Descarte esse mau hábito. Ele pode parecer inofensivo, mas prejudica muito o meio ambiente

É simples assim. Deu sede, pega um copo descartável e bebe água. Depois é só jogar o copo no lixo. Certo? Errado. Você pode e deve evitar o uso do copo descartável para água, chá ou suco. Toda essa comodidade de usar um copo novinho a cada vez que se quer beber algo tem um preço e gera muito lixo. Toneladas de resíduos plásticos para ser mais exato. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem desses materiais produzem gases que se equiparam aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano. Sem contar que cada copinho pode levar mais de 100 anos para se decompor na natureza. Além

da geração desnecessária de resíduos, a fabricação desses copos emite CO2 e outros gases na atmosfera. Mesmo que o copo jogado fora vá para o lixo reciclável, existem opções melhores que contribuem para que o volume de lixo gerado desnecessariamente seja menor. Se você usar dois copinhos descartáveis em um dia de trabalho, por exemplo, são 10 por semana, 40 por mês – que foram para o lixo só para você dar alguns goles. As canecas são boas alternativas. Apesar de você precisar lavá-las, a quantidade de água utilizada não chega ao total necessário para fabricar os copinhos.


Ramón Vasconcelos

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Para reduzir o consumo de copos descartáveis, o Tribunal Regional do Trabalho no Rio Grande do Norte lançou, em junho deste ano, o programa Habeas Copos, que tem por objetivo substituir os copos descartáveis por canecas de porcelana. “Nosso desafio é reduzir esse consumo e contribuir com a sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente e com a economia de recursos no tribunal com essa prática muito simples”, revela o desembargador José Rêgo Júnior, presidente do TRT-RN. As canecas de porcelana do programa Habeas Copos já estão pre-

sentes no dia a dia dos magistrados e servidores do TRT na capital e no interior do estado. “Estamos trabalhando agora na mudança de hábitos e os primeiros resultados são bastante animadores”, comemora o presidente José Rêgo Júnior. Mensalmente, os gabinetes dos desembargadores, as Varas do Trabalho e os setores administrativos e judiciais do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) consomem 850 mil copos descartáveis: 250 mil copinhos de café e mais 600 mil de água. É muito lixo gerado sem necessidade.

“Nosso desafio é reduzir esse consumo e contribuir com a sustentabilidade, com a preservação do meio ambiente e com a economia de recursos no tribunal com essa prática muito simples” José Rêgo Júnior, desembargador do TRT-RN

Foto: Arafran Peter

Habeas Copos


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Exemplo para ecoar O Projeto Ecoar – Atitude Consciente foi lançado na TV Ponta Negra em 2009 e consiste em ações de educação ambiental permanente e continuada para levar aos colaboradores da empresa melhores escolhas de consumo que levem em consideração aspectos sociais e ambientais. “São conceitos e práticas sustentáveis que foram assimilados por todos na empresa e que hoje fazem parte da nossa cultura mesmo. Para qualquer colaborador é estranho o uso do copo descartável ou jogar lixo em qualquer lugar. Virou um hábito, um bom hábito e aí ninguém precisa mais estar vigiando quem faz diferente”, se orgu-

lha Miriam de Sousa, presidente do Grupo Ponta Negra de Comunicação. A substituição do copo descartável por canecas também representa economia para a empresa. Com quase 140 funcionários, a economia mensal ultrapassa R$ 500,00 se cada funcionário usasse uma média de 4 copos descartáveis por dia. O editor de imagens Bruno Mendonça entrou na empresa há pouco mais de dois anos e rapidamente se adaptou ao costume de beber água ou café em sua caneca de porcelana. “Eu personalizei a minha com uma caneta. Assim somente eu uso a minha”, explica Mendonça.

“A sensibilização da sociedade tem que vir com a mudança no padrão de consumo da população, incentivo à coleta seletiva e a participação dos moradores nas políticas públicas sanitárias” Miriam de Sousa, presidente do Grupo Ponta Negra de Comunicação

O QUE FAZER PARA EVITAR O USO DE COPOS DESCARTÁVEIS? - Deixe uma caneca na mesa em que você trabalha ou estuda e tome água nela toda vez que tiver vontade. Empresas podem estimular a prática entre os funcionários. Se cada um levar a sua, a redução no gasto com copos plásticos já será considerável. Se no trabalha não há esse incentivo pra isso, comece você mesmo. - Carregue na bolsa ou mochila uma garrafinha de água. Mesmo

que seja de plástico, você pode usar a mesma por muito tempo, sem precisar jogar fora. - Vai dar uma festinha em casa? Se for pouca gente, prefira usar copos de vidro. Se não tiver jeito e tiver que usar descartáveis, tente lavar e guardar os copos que foram usados para uma próxima comemoração.



equilíbrio 46

Meditação Por Taciana Chiquetti

A cada dia a ciência descobre novos benefícios dessa prática, que relaxa, equilibra as emoções e ainda ajuda o cérebro a se desenvolver melhor

A primeira imagem que vem à cabeça quando se pensa em alguém que pratica meditação é daquela pessoa sentada em posição de lótus, de olhos fechados, com semblante sereno e cujo comportamento é de calma diante dos acontecimentos mais desafiadores. Todas essas características podem sim descrever os meditadores. No entanto, de acordo com estudos, a meditação pode trazer resultados muito mais amplos para o dia a dia de seu praticante. Melhorias nos distúrbios do sono, no controle do estresse e na prevenção dos problemas cardíacos, além de um funcionamento cerebral mais eficaz são alguns dos benefícios.

A meditação pode ser definida, de acordo com o NCCAM (National Center for Complementary and Alternative Medicine), órgão ligado ao NIH (National Institutes of Health), como um estado modificado de consciência, diferente do habitualmente observado em vigília e mostrando padrões eletroencefalográficos alterados. Este tipo de procedimento técnico, quando bem definido e regularmente praticado, envolve relaxamento muscular e raciocínio lógico, sendo considerado também um estado auto induzido, aplicado pelo indivíduo em si mesmo, sem necessitar da presença de um orientador. Esta técnica utiliza o artifício de autofoca-


Ramón Vasconcelos

lização (“âncora mental”) para evitar sequências indesejadas de pensamentos, torpor, sono e estado de transe. O estado meditativo é alcançado quando o praticante faz contato com conteúdos internos sem análise, sem objetivo precípuo, sem expectativa e sem participação sensorial. Os tipos de meditação mais praticados e estudados, segundo o NCCAM, são a meditação transcendental e a meditação de atenção plena. Tais práticas meditativas são as mais citadas em pesquisas científicas e utilizadas como coadjuvantes no tratamento clínico. A meditação transcendental é derivada de tradições

hindus e utiliza uma palavra, som ou frase repetida silenciosamente, o mantra, com a intenção de diminuir a distração e aumentar a concentração. Já na mindfulness ou na meditação de atenção plena, o praticante dirige sua atenção para os processos respiratórios de inspiração e expiração, aprendendo a concentrar a sua atenção no que está sendo experimentado em cada instante, sem julgar ou reagir a essa experiência, mas com uma atitude de abertura e aceitação. Atualmente, há um crescente número de pesquisas científicas que procuram mapear os efeitos destes tipos de práticas meditativas.

“O nosso trabalho demonstrou que os meditadores apresentam uma melhor atenção, concentração e manipulam melhor as informações em situações de estresse” Kelly Rocha, psicóloga

Desvendando a meditação Em sua pesquisa de mestrado, na área de Psicobiologia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), concluída em 2011, Kelly Rocha analisou o desempenho de praticantes experientes (com, no mínimo, um ano de prática regular) e de não praticantes de meditação com características similares (idade, sexo e nível de escolaridade) por meio de testes de memória, inventários de qualidade de vida, ansiedade, humor, qualidade de sono, depressão e estresse. “A memória operacional é o sistema responsável pela execução de qualquer tarefa cognitiva. Esse sistema é capaz de armazenar, processar e manipular informações em um curto

período de tempo. O nosso trabalho demonstrou que os meditadores apresentam uma melhor atenção, concentração e manipulam melhor as informações em situações de estresse”, conta Kellly. A conclusão, em linhas gerais, foi que quem pratica a meditação é muito mais concentrado, tem uma memória melhor e encara as situações da vida com mais flexibilidade do que quem não faz uso desta prática. A canadense Yvonne Collett, que desenvolve trabalhos em parceria com Kelly, em

Natal, teve experiências tão positivas com a prática que acabou implantando a meditação em seu local de trabalho, na Memorial University, em St. John’s, no Canadá. “A meditação não mudou a minha vida, mas me transformou. Antes de iniciar a prática de meditação diária e disciplinada,

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eu não era uma pessoa feliz. Neste período, fazia 14 anos que eu estava divorciada do meu marido, estava sempre deprimida e buscando um significado na minha vida. Fiz várias tentativas para preencher o vazio em mim, mas nada parecia me ajudar. Eu sabia que a vida tinha muito mais a me oferecer do que eu estava experimentando. Então, eu comecei a pesquisar sobre meditação e depois recebi um convite de uma amiga para meditar no grupo dela. A meditação, gradualmente, remove a influência da mente e nos traz de volta às coisas naturais. É assim que nos sentimos: pertencendo um ao outro e conectados com tudo e todos no universo”, relata. Depois de poucas semanas de prática, ela começou a relaxar cada vez mais e a sentir um estado de contentamento. “Nada na minha vida mudou, exceto eu. Como criança eu fui influenciada pelo ambiente externo. Primeiramente, pelos meus pais; depois, pelos amigos; e finalmente, pela sociedade. Nós estamos condicionados a pensar do modo semelhante. Para buscar a aceitação, inconscientemente, aprendemos regras de vida através de nossas experiências, com a nossa mente sendo o nosso guia. Com esta influência, nós fugimos do que é natural Ramón Vasconcelos

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ou do modo como éramos quando nascemos. Nossa mente é o nosso mestre”, avalia Yvonne. No programa de meditação da Memorial University, os resultados foram muito positivos. Alunos, professores e funcionários hoje são capazes de reagir mais calmamente e de lidar com muitas exigências da vida cotidiana de forma muito mais equilibrada. Os estudantes que meditam afirmaram que conseguem melhorar a administração de suas rotinas cansativas, estão menos estressados com as avaliações e podem se concentrar melhor durante as aulas. Desde a década de 70 que a meditação vem sendo amplamente estudada. A partir desses conhecimentos, passou a ser indicada como complementar ao tratamento de hipertensos. O treino meditativo também é capaz de contribuir para o aumento do número de anticorpos e aumentar a resposta imunológica do organismo. Recentemente, a pesquisadora brasileira do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Elisa Kozasa, conseguiu comprovar, por meio de ressonância magnética funcional, que o cérebro de meditadores é mais eficiente que o dos não meditadores. Pessoas que não meditam precisam usar mais áreas cerebrais para realizar a mesma tarefa quando comparadas aos meditadores. Tanto praticantes como estudiosos são enfáticos em afirmar que meditação é para todos. Não se trata de uma prática religiosa, mas uma prática destinada a todos os seres humanos, inclusive os céticos. Não é preciso desistir da religião para meditar e não importa que técnica de meditação se escolhe. O que importa é encontrar paz. “Ler sobre paz não é o mesmo sentimento que sentir sua própria paz. Então, comecemos a meditar”, convida a canadense.

“A meditação, gradualmente, remove a influência da mente e nos traz de volta às coisas naturais. É assim que nos sentimos: pertencendo um ao outro e conectados com tudo e todos no universo” Yvonne Collett, terapeuta


Ramón Vasconcelos

Saiba como um serviço de rastreamento veicular moderno e eficiente pode contribuir com a sua qualidade de vida

Central de atendimento ao cliente Satélite Car funciona 24 horas por dia

Segurança para viver bem A falta de segurança é um dos fatores que mais comprometem a qualidade de vida da população. A preocupação com a violência e os riscos de assaltos e sequestros desencadea estresse e causa muita dor de cabeça. Não é por acaso que os investimentos em seguranca privada são cada vez mais frequentes e necessários. A Satélite Car acaba de chegar ao mercado potiguar para oferecer um serviço diferenciado e eficaz no ramo de rastreamento veicular. A empresa traz toda a experiência da fábrica que já tem mais de 15 anos no mercado

nacional e produz um equipamento com tecnologia israelense que fornece a localização do veículo em tempo real em todo território nacional. Com o sistema da Satélite Car, o cliente tem acesso livre à localização do seu veículo, em tempo real, na área exclusiva para clientes dentro do site da empresa. Além da localização, são disponibilizados relatórios com o histórico de deslocamento do veículo rastreado com datas retroativas, opção interessante para empresas que precisam fazer o controle de rotas da sua frota.

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maturidade 50

Muitos recém-aposentados não estão mais “pendurando as chuteiras”, mas se aquecendo para uma nova partida. Prosseguir com a vida profissional faz bem, mas é preciso cautela na dose e no ritmo de trabalho

Aposentadoria economicamente ativa

Por Taciana Chiquetti


Ramón Vasconcelos

“Vejo que a ociosidade da aposentadoria incomoda muito e esses aposentados terminam retornando ao trabalho” Gustavo Rego, geriatra

Quem pensa que a aposentaria é um fim, engana-se. Mais do que nunca, terminar uma vida profissional tem sido um começo para muita gente. Um recomeço. Ou ainda uma continuidade. “Vejo que a ociosidade da aposentadoria incomoda muito e esses aposentados terminam retornando ao trabalho antigo ou procurando novos trabalhos ou novos cursos e faculdades. Para alguns deles, a vida começa mesmo após a aposentadoria, pois antes faziam algo que não gostavam e passam então a trabalhar ou fazer aquilo que realmente gostam”, observa o geriatra Gustavo Rego. Manter o corpo e a mente ativos é uma questão de saúde. O vazio e a sensação de “inutilidade” podem repercutir mal no organismo como um todo. Um estudo, publicado pelo centro de estudos Institute of Economics Affairs (IEA), com sede em Londres, na Inglaterra, revelou que a aposentadoria leva a um “drástico declínio da saúde” a médio e longo prazos. Segundo a pesquisa, a aposentadoria pode elevar em 40% as chances de desenvolver depressão, enquanto aumenta em 60% a possibilidade do aparecimento de um problema físico, tanto em homens quanto mulheres. Depois de uma vida de dedicação e empreendedorismo, Manoel Etelvino de Medeiros, diretor-presidente da rede de supermercados Nordestão, já detectou os benefícios da continuidade do trabalho na prática e não demonstra a menor intenção de se aposentar. “Gosto do trabalho. Faço com amor e quero aprender a fazer coisas novas todos os dias. O trabalho, para mim, é uma forma de realização pessoal e onde posso contribuir efetivamente para meu crescimento e das pessoas que trabalham comigo”, analisa.

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Mesmo assim, é preciso cautela. O trabalho pode ser a fonte tanto de saúde como também de problemas. Com o estresse do dia a dia, trabalhar durante anos e anos, no pico de adrenalina, ansiedade, preocupação, pouco descanso, quando levados ao extremo, conduz ao aumento na pressão arterial, desregulação no colesterol, distúrbios na alimentação, por exemplo. O geriatra alerta ainda que trabalhos mais perigosos ou que expõem os idosos aos ambientes com vários riscos devem ser evitados. “É preciso pensar em adaptação ambiental para evitar quedas. Na alimentação de qualidade com a ingestão de líquidos. Caso o trabalho seja sentado, é necessário adaptar a cadeira para evitar problemas ortopédicos e usar calçados confortáveis, caso trabalhe em pé. Os cuidados são necessários, de acordo com cada profissão específica”, orienta Gustavo. Talvez, o segredo seja reduzir a velocidade e não parar definitivamente. Respeitando os limites físicos, não há contraindicação para permanecer com sonhos e metas, sem tantas cobranças e obrigações. “Quando a pessoa não tem sonhos a realizar e acha que já cumpriu com a sua missão, não quer aprender, nem passar

suas experiências de vida. Estou muito feliz com minha vida profissional e familiar, mas tenho muitos sonhos ainda para realizar, como ver meus filhos e netos crescerem como cidadãos no mundo globalizado. Também quero, junto com meus irmãos, perpetuar a empresa para gerações futuras, deixando um legado da ‘Família Medeiros’ para o nosso Estado, que tem apoiado e valorizado o nosso trabalho e os investimentos feitos para a comunidade potiguar”, profetiza Manoel Etelvino. Já à família, cabe a paciência e a compreensão até que o próprio idoso perceba seu momento de encerrar o trabalho de modo definitivo, além de orientação sobre a necessidade de desacelerar. “Trabalhar com otimismo, fazer a coisa certa no momento certo, aplicar a melhoria contínua em tudo que fazemos e agradecer a Deus pela vida e por tudo que Ele nos permite realizar”. São essas dicas de sucesso de Manoel Etelvino, a partir de sua experiência de vida, que recomeça todos os dias. Propor outras atividades que agradem os idosos pode ser uma alternativa para os mais resistentes a “deixar o crachá” de lado. Mesmo assim, vale o conselho: crachá não é RG.

Divulgação

Sinal de alerta

“Estou muito feliz com minha vida profissional e familiar, mas tenho muitos sonhos ainda para realizar, como ver meus filhos e netos crescerem como cidadãos no mundo globalizado” Manoel Etelvino Medeiros, empresário

MUDANÇAS NA LEI Do ponto de vista da seguridade social, a “desaposentação” esteve em pauta neste primeiro semestre em Brasília. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal aprovou, em abril, um projeto de lei que autoriza o aposentado a continuar trabalhando e depois pedir aumento do benefício pelo tempo adicional. Atualmen-

te, a única forma de pedir o benefício é judicialmente, pois administrativamente o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) tem negado o direito. Já no Supremo Tribunal Federal, o assunto deve ser julgado ainda este ano e, caso a decisão seja favorável, eles poderão computar o tempo extra de contribuição.


Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba de adquirir sua nova plataforma cirúrgica, a mais moderna do Norte-Nordeste, para correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ela é composta pelo alegretto de última geração para correção de ametropias e do laser de femtossegundo que é usado para execução do flap, o que torna a cirurgia totalmente realizada por laser e aumenta a sua precisão.


Uma das cenas que mais eu me recordo da minha infância, com uns 8 ou 9 anos, é a do meu pai estudando comigo. Uma ocasião em particular, me ajudando a fazer um trabalho da escola sobre Santos Dumont. Eu tinha que levar um modelo de avião para a escola, feito em cartolina. Sem conseguir fazer o trabalho sozinha, chamei meu pai, que prontamente deixou o jornal que estava lendo e veio me ajudar com toda paciência, boa vontade e muita criatividade. No final de tudo, o meu avião era o maior e o mais bonito da turma, o que gerou vários elogios e um pouco de inveja dos colegas. Para alguns, isso pode parecer bobagem, mas naquele momento senti de verdade que meu pai era um grande parceiro e, por que não, um pai professor. Outro dia assisti um filme chamado “Corajosos”, que falava disso, dos 3 P’s que definem o verdadeiro pai: pai professor, pai protetor e pai provedor. O pai professor que ajuda nas tarefas da escola, que ensina a fazer castelos na areia, que orienta ou pelo menos aponta o melhor caminho. Pai provedor que cumpre seu papel e dá aos filhos saúde e educação e, por que não, uma viagem cheia de novas descobertas, um brinquedo muito esperado naquele Natal, uma vida plena e próspera como toda criança merece ter. Pai protetor que na infância protege do medo de escuro, de monstros, de bichos e que mais tarde, quando achamos que não precisamos mais de tanta proteção, ele está lá, nosso porto seguro. Pai é o referencial de mundo, é onde sentimos segurança, coragem, na presença desse homem forte que nos dá esteio e confiança na vida. Vejo o amor que meu filho sente pelo pai e vice-versa. Como disse a professora outro dia: “ o olho do pai até brilha quando se encontram”. E que brilhe sempre, brilhe de amor, de segurança, de afeto, de cumplicidade. E que toda criança possa ter um brilho no olhar quando abraçar seu pai e com esse amor forte, mas ao mesmo tempo doce, esse amor do nosso eterno herói!

Ramón Vasconcelos

coisas da vida 54

Pai herói

Patrícia Guedeville Publicitária e diretora comercial do Viver Bem patricia@guiaviverbem.com.br



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