Viver Bem 11

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Não faltam alternativas...

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Ecobags são bolsas confeccionadas com material 100% natural ou reciclável, que podem ser feitas de linho, rami, algodão orgânico e, dependendo da sua matéria-prima, reutilizadas mais de 200 vezes. Seu uso tem como propósito a diminuição de materiais poluentes, que se não forem descartados corretamente, degradam a natureza. Bonitas, muito mais práticas e maiores que as sacolas convencionais, as Ecobags estão na frente de uma série de alternativas em substituição ao saco plástico. Uma das mais difundidas é a sacola oxibiodegradável, que se for disposta na natureza, pode ser degradada em pouco tempo. “Entretanto, ainda existem muitos questio-

namentos quanto ao uso dessa sacola, porque ela não desaparece, apenas se fragmenta e isso pode causar um impacto no solo também”, alerta o geógrafo José Petronilo. Ainda segundo Petronilo, as sacolas feitas de bioplástico, aparentemente inofensivas ao meio ambiente por serem feitas de material orgânico, também não são 100% ecológicas. “Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na atmosfera, como dióxido de carbono e gás metano, que vão também gerar problemas ambientais”, explica. Um dos motivos que justificam a resistência da população quanto à adoção das sacolas retornáveis e ao abandono das sacolinhas plásticas se

remete à preocupação quanto ao descarte do lixo doméstico. Neste caso, o geógrafo José Petronilo mostra que é possível pensar de forma ecologicamente correta também durante o descarte desse tipo de resíduo. “Hoje já existe a possibilidade de pegar folhas de jornais e fazer origamis, colocar nos vasilhames para o lixo seco. No caso do lixo molhado, você pode aumentar o uso de folhas de jornais”.

“Essas sacolas, quando entram em decomposição, lançam gases na atmosfera, como dióxido de carbono e gás metano” José Petronilo, geógrafo

Consumo consciente Foi através de um trabalho voluntário de coleta seletiva no bairro de Mãe Luiza, no início da década de 90, que a engenheira civil, arquiteta e hoje facilitadora das redes de educação ambiental do RN, Marjorie Medeiros, decidiu defender a bandeira do meio ambiente. Ela conta que no início não foi fácil se aprofundar nesse tema, mas o envolvimento com a causa foi capaz de fazê-la criar metodologias para desenvolver trabalhos com a educação ambiental e, desEM REVISTA

de então, não parou mais. “Quando você começa a trabalhar nessa área, é um vírus. E que nunca mais você tem cura. É uma coisa maravilhosa. Porque você começa a ter outra visão de mundo”, ressalta. A facilitadora das redes de educação ambiental no RN destaca que as pessoas estão cada vez mais receptivas a essa mudança de hábito e tem como um dos maiores fatores motivacionais a situação vivenciada pelo mundo nos dias atuais: “são enchentes,


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