Revista Viver Bem

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ANO 5 | EDIÇÃO 15 | MAR/ABR/MAI 2013

COMPORTaMENTO Pesquisa revela que o uso das redes sociais desperta inveja e angústia INFÂNCIa O que é importante para educar meninos e meninas com qualidade? EQUILÍBRIO Homens também buscam autoconhecimento no divã

Maturidade Inspire-se no exemplo de pessoas que esbanjam saúde, disposição e beleza



Por que quero continuar vivendo? Fui surpreendida por essa pergunta durante um encontro de casais que participei no início desse mês. Como numa espécie de catarse, comecei a listar os motivos sem pausas, preenchendo várias páginas do caderno. A lista ficou enorme e, ao perceber quantas coisas ainda pretendo realizar, me vieram outros questionamentos. Você vai viver tempo suficiente para isso? Terá boa saúde? E o seu corpo, a máquina necessária para viver, como estará? Automaticamente, lembrei dos personagens da nossa reportagem de capa, os jovens Jussier Santos e Tânia Dalsanto, que adotaram hábitos saudáveis por toda a vida e hoje colhem os benefícios dessa escolha, desfrutando ao máximo a melhor idade da vida. Tenho certeza que, como eu, você também vai se inspirar e ter vontade de se cuidar mais depois que conhecer esses dois. Não existem segredos ou fórmulas mágicas para atingir a melhor idade com a disposição que eles chegaram. É um conjunto de atitudes que envolvem boa alimentação, administração do tempo, autoconhecimento e prática de exercícios. Essa primeira edição da Viver

Bem em Revista de 2013 passeia por todos esses temas. Tem alerta para quem fica muito tempo nas redes sociais se expondo ou observando os perfis alheios. Pesquisadores comprovaram que esse hábito desperta a inveja e muita angústia nos conectados. A entrevistada especial é a nutricionista goiana Carol Morais, que largou o consultório e passou a viajar por todo o Brasil ensinando as pessoas a cozinhar os pratos do seu detox. Na seção equilíbrio, confira os benefícios da terapia para os homens. Para quem quer se exercitar com prazer e diversão, patinar pode ser uma boa pedida. E você, já se perguntou por que quer continuar vivendo? Responda sem economia. A lista de motivos pode ser o impulso que falta para você começar a trilhar um caminho sem volta em direção a uma vida saudável e feliz. O caminho para Viver Bem, muito bem. Boa leitura! Juliana Garcia juliana@guiaviverbem.com.br @jufariasgarcia

Edição nº 15 | mar/abr/mai 2013 Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville Coordenação editorial

editorial

Giovanna Reis

Expediente

Juliana Garcia Textos Eugênio Bezerra e Taciana Chiquetti Revisão Márcia Melo Fotos Ramón Vasconcelos Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Gráfica Moura Ramos Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592 viverbememrevista@ggtec.com.br

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maturidade

equilíbrio

meio ambiente

saúde

comportamento

entrevista

infância

fitness

alimentação

beleza

índice 4

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ANO 5 | EDIÇÃO 15 | MAR/ABR/MAI 2013

26 34 Capa Modelo: Jussier Santos Foto: Ramón Vasconcelos

Fitness Patinar é um divertido exercício Entrevista Carol Morais ensina como fazer seu próprio detox



viver bem

Estamos na rede 2013 chegou com novidades nas redes sociais do Viver Bem. Incrementamos nossos perfis para aumentar a interatividade com todos que buscam uma vida cheia de saúde e felicidade e, claro, dar ainda mais dicas para ajudar nessa busca constante por hábitos mais saudáveis.

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guiaviverbem @prog_viverbem Atualizado várias vezes ao dia, o nosso perfil no Twitter traz informações sobre saúde, beleza, meio ambiente, alimentação saudável, atividade física e muito mais.

A página no Facebook traz dicas práticas e bem simples que podem fazer diferença na qualidade de vida de qualquer pessoa. Além disso, os fãs da nossa página podem participar também de concursos culturais e ganhar prêmios voltados para o bem estar, lazer, saúde e beleza. Já ultrapassamos os mil fãs. Curta a nossa página você também!

@prog_viverbem Quer ver sua foto compartilhada no nosso perfil? Quando postar no seu Instagram uma foto que represente o que é viver bem pra você, compartilhe com a hashtag #guiaviverbem. As melhores fotos também serão destaque no Programa Viver Bem e na Viver Bem em Revista.

tvviverbem No nosso canal do Youtube você pode conferir o Viver Bem na íntegra e todas as reportagens que são exibidas no programa. Se inscreva e assista o Programa Viver Bem na hora que desejar.


Fotos: Álvaro Rocha

Conexão na empresa O evento que já virou tradição acaba de ganhar um novo formato: o conexão na empresa. Já está mais que comprovado que a atividade física, alimentação saudável e práticas de relaxamento influenciam diretamente o rendimento profissional e contribuem para a lucratividade da empresa. Já imaginou proporcionar um dia diferente para os seus colaboradores? Informações pelo telefone 84 9451.4142 ou pelo e-mail comercial@guiaviverbem.com.br.

SUA OPINIÃO “Sou leitora assídua da revista e gostei muito da entrevista com o Márcio Atala, do Medida Certa. Caminho todos os dias e sempre que posso gosto de incentivar minhas amigas a se exercitarem. Claro que levei a revista com as dicas do personal mais famoso do Brasil para todas lerem. Saúde em primeiro lugar.” Paula Rosa, por email “Sou surfista, como a menina da reportagem sobre o mar. É lá que me sinto mais próximo de Deus. Vocês foram muito felizes em abordar esse assunto.” Berg Oliveira, por email “Fiquei feliz ao ver a história de Flávio Rezende e sua Casa do Bem nessa revista. Solidariedade também é viver bem.” Lucia Yally, por email “Gostei demais da reportagem sobre casamento. Pessoas não são descartáveis e acho que, se houver empenho de todos, o casamento é sim pra vida inteira.” Ceiça Juarez, Parnamirim/RN “Estou programando uma viagem para as férias de julho. Gostei da reportagem sobre embarque saudável. Vocês pensam em tudo, abordam assuntos variados que interessam para a família inteira.” Sabrina Gurgel, por email “Sou muito feliz por ser assinante dessa revista e receber todas as edições na minha casa. Só acho que vocês deveriam publicar uma edição por mês. Fica a dica.” Estela Beatriz, por email

PROGRaMa VIVER BEM - SÁBaDO, 9H TV PONTa NEGRa (SBT-NaTaL/RN) SITE: WWW.GUIaVIVERBEM.COM.BR TWITTER: @PROG_VIVERBEM FaCEBOOK: WWW.FaCEBOOK.COM/GUIaVIVERBEM

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Arquivo pessoal

Mulher: substantivo feminino

artigo

Por Maria Angela Pavan - gelpavan@gmail.com

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A imagem que busco para começar este texto é da “Santa Vestes de Flechas” (do México Central). Ela abraça seu filho, o protege no abraço enquanto é toda flechada nas costas e fica acocorada em formato de concha para protegê-lo. Linda imagem para começar a descrever a mulher. Este substantivo feminino que tem como lema cuidar. Guardo no coração todos os ensinamentos de minha avó materna. Há muito tempo quando pensei em casamento, lembrei-me de suas palavras. Disse que a partir daquele momento eu era a estaca principal que seguraria minha vida, a vida do meu marido e futuramente de toda minha família em pé. Na época, considerei o conselho muito machista, pensava que a responsabilidade seria de todos. Do homem, da mulher e dos futuros filhos. Início de 80, estava atuante no movimento estudantil contra ditadura e era contra o consumo e o grito de guerra era contra o imperialismo cultural norte-americano. Trago para o presente o sorriso terno e permanente de minha avó, que é a estaca de minha família há 96 anos. Hoje me sinto mais forte sabendo que esta estaca não tem nada a

EM REVISTA

ver com o machismo ou posição subalterna. Ela representa nossa ação feminina nas decisões cotidianas, as palavras que saem de nosso coração. E o que sentimos e o que levamos as outras pessoas a pensar na percepção do mundo. Se maldissermos o mundo, mostraremos o mundo através dos olhos da feridologia (muitas feridas – todas que aparecem nos telejornais, programas de TV, jornal

Seremos sempre a luz maior, a lua, a flor que nasce de pedras, o sol que traz vida impresso, seriados, web e em quase tudo o que vimos nas imagens e dizeres cotidianos). Nossa palavra é unânime na nossa casa e nas vidas que nos ouvem. Quando jovem, fiquei encantada com Santa Teresa Davila, mulher forte e focada em suas percepções e desejo de mudança. Teve vários amigos verdadeiros que a ajudaram em suas reflexões sobre a vida. Entre eles João da Cruz, que

escreveu o tratado “Noite escura da alma” sobre os momentos difíceis que enfrentamos. Um deleite para a vida toda. Santa Teresa escreveu também “A Morada” (ou Castelo Interior), livro que retrata as dificuldades que enfrentamos para compreender os dilemas da vida. E nos alerta sobre o que está por trás dos nossos olhos, delicadas percepções que nos alimentam mais do que as imagens do real cotidiano. Tento alçar um olhar panorâmico a todas as mulheres que encontro e silenciar suas preocupações, angústias e os planos para o futuro. Nós mulheres, ao nos afastarmos da nossa condição primeira e delicada do cuidado com o mundo e de nossa intuição feminina, nos afastamos da feminilidade que é a base da terra. Seremos sempre a luz maior, a lua, a flor que nasce de pedras, o sol que traz vida. Neste mês de março, com a chuva fechando o verão, desejo a você mulher um novo olhar para si mesma. Continue no seu legado de “cuidadora”, mas reaprenda a cuidar-se. Reaprenda o que deseja e desabroche sempre. Um beijo azul nas admiráveis almas de todas as mulheres deste mundo.



Pergunte ao personal 10

1. Quero treinar em casa. Vale mais a pena comprar uma multiestação para musculação ou acessórios como bolas e elástico? Luciana Helena – por email O melhor custo benefício é comprar acessórios como bolas e elásticos, pois com esses implementos se pode realizar a maioria dos exercícios que se executa com a máquina estacionária de musculação residencial. Entretanto, os exercícios na máquina estacionária de musculação relacionam-se com uma maior segurança, fácil aprendizado e ajudam a estabilizar o movimento. Portanto, caso o desejo seja adquirir acessórios mais simples, se faz necessário já ter prévia experiência nos exercícios. 2. Já tentei, mas não encontro tempo para malhar de segunda a sexta. Posso conseguir resultados treinando apenas no fim de semana? Camilo Brito – por email A recomendação do Colégio Americano de Medicina do Esporte (uma das principais instituições de pesquisa do mundo em exercício físico), para que indivíduos saudáveis de 18 a 65 anos de idade adquiram saúde, reduzam o risco de doenças crônicas e de mortalidade prematura, é que a frequência semanal de exercício aeróbico (caminhada, corrida, ciclismo, etc.) seja de cinco vezes semanais, sendo a duração da sessão de treino de, no mínimo, 30 minutos, com intensidade moderada. Entretanto, pode substituir essa recomendação por uma frequência de três vezes semanais, sendo a duração da sessão de treino de, no

Educador físico, especialista em exercícios para grupos especiais, mestre em Saúde Coletiva e doutorando em Educação Física. Atua como personal trainner e é professor de spinning na academia Nova Stylo.

mínimo, 20 minutos, com intensidade vigorosa. Também recomenda-se a realização de treinamento de força, numa frequência mínima de duas vezes semanais, em dias não consecutivos (exemplo: Ter/Qui, Seg/Qua). Portanto, não importa se o objetivo é adquirir saúde ou perder peso, os resultados serão inexpressíveis se treinar apenas no fim de semana. 3. Corro o risco de perder condicionamento e massa muscular se trocar a musculaçao pela ioga? Maria Helena – por email A depender da forma de execução e da intensidade que você realize os exercícios de ioga, poderá ocorrer perda de força. A intensidade elevada do exercício é importante para a manutenção da força e da massa muscular. 4. existe algum exercício para engrossar as panturrilhas? Ceiça Melo – por email Um inovador sistema de treino tem sido investigado nestes últimos anos e tem se mostrado eficaz nos ganhos em hipertrofia muscular. Neste sistema, os exercícios são realizados sob oclusão vascular com utilização de baixa carga. Tal estratégia possibilita uma menor sobrecarga articular. Algumas pesquisas têm sido realizadas utilizando esse método de treino nos músculos da panturrilha, conseguindo resultados significativos. Entretanto, só deve ser executado sob a supervisão de um professor de Educação Física com conhecimento adequado para aplicação deste método.

Foto personal: Ramón Vasconcelos

Filipe Dantas



beleza 12

Juliana Flor Advogada por formação, mas como sempre apaixonada por moda, hoje trabalha nesse ramo e ama o que faz. Juliana Flor se considera uma fashionista e tem um blog de moda com uma amiga (www.nathieju.com. br). Alegre e cheia de energia, ela é mãe de dois filhos e adora criança. É adepta da meditação e gosta de dar muita risada. Ela sabe viver bem e nessa edição foi a escolhida para contar o que faz para cuidar da beleza do corpo e da alma.

1. Você segue algum ritual para manter a beleza da pele e dos cabelos? Não sigo nenhum ritual específico, mas costumo retirar a maquiagem antes de dormir e hidratar os cabelos pelo menos uma vez por semana.

4. O que gosta de fazer nas horas livres? Amo estar com a família, faço sempre programações com meu marido e meus filhotes. Ir à praia, ao cinema, ir a Pipa e receber amigos e a criançada em casa fazem minha vida muito mais colorida.

2. Como é sua alimentação diária? Durante a semana procuro ter uma alimentação mais balanceada, com bastante frutas e sou viciada em um chá detox, que tomo 1,5 l por dia. Já no fim de semana a alimentação é totalmente liberada, como de tudo.

5. Como será a Juliana daqui a 20 anos? Acho que serei super vaidosa, seguindo todos os rituais de beleza para deixar a pele e o cabelo incríveis. E estarei trabalhando em ações sociais ligadas à educação infantil que sonho em realizar.

3. Qual a sua atividade física preferida? Acho que praticar exercícios físicos é essencial para o bem estar do corpo e da mente, além de manter o corpo em dia com a balança. Risos... Faço musculação pelo menos duas vezes por semana e também costumo correr.

6. O que é viver bem pra você? É tentar equilibrar o corpo e a mente para administrar com sabedoria o corre-corre do dia a dia. É curtir a família, os amigos queridos e não perder tempo com coisas e situações desnecessárias. Costumo levar a vida com alegria, afinal ela é curta.



Formule: a única farmácia de manipulação de Natal com qualidade quatro vezes certificada pelo SINAMM

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Uma farmácia de manipulação diferente Formule abre nova unidade em Petrópolis. Uma farmácia-conceito para oferecer atendimento de excelência aos clientes

Bombom do bem: doce saciedade

Entrar em um local visualmente agradável, circular conferindo e experimentando os produtos, interagir com atendentes habilitadas e ter vontade de ficar por ali por alguns momentos... Com uma descrição dessas, dificilmente se poderia estar descrevendo uma farmácia. Mas com o objetivo de seguir a proposta de “farmácia-conceito”, a Formule - que completa 12 anos no mercado neste mês de março - inaugurou, recentemente, uma nova unidade em Petrópolis, na bem localizada avenida Afonso Pena. “É uma filial com ambiente moderno e atendimento de excelência. Trata-se de uma continuidade da unidade de Lagoa Nova, mas com um serviço diferente, mais personalizado, com foco na saúde e no bem estar”, define a farmacêutica magistral Luciana Liberato. Nas novas instalações, os clientes podem sentir-se à vontade e ter aces-

so direto aos produtos, experimentando e se informando sobre cada um. Linhas que vêm fazendo mais sucesso entre o que há disponível na Formule Petrópolis são a nutricional, beleza, saúde e bem estar. É possível, por exemplo, encontrar roupas com fator de proteção solar 50 – produto difícil de ser achado em Natal. São viseiras, chapéus, manguitos, camisas de manga longa, camisetas, luvas - ideais para crianças ou pessoas que fazem atividade ao ar livre ou na água e estão muito expostas ao sol. “A proteção solar não sai com a lavagem da peça. Além disso, a textura do tecido é refrescante, não dá calor”, explica Luciana. A camiseta Acqua, ideal para esportes aquáticos, vem combinar com o lançamento da Formule que é a Aqua Fotoprotetora FPS 30, à base de água, aloe vera e D-Pantenol.


“A proteção solar não sai com a lavagem da peça. Além disso, a textura do tecido é refrescante, não dá calor” Luciana Liberato, farmacêutica

Outros produtos que despertam o interesse dos clientes são as opções de colágeno hidrolisado, como balas, shakes, gelatinas e, especialmente, o bombom funcional, feito com cacau orgânico e colágeno, que não engorda, não contém açúcares, lactose, gordura, corante e glúten e é rico em proteínas. O cacau apresenta potente ação antienvelhecimento e antioxidante, reforçando a imunidade e protegendo o coração. Já o colágeno hidrolisado é também responsável pela firmeza da pele, além de fortalecer unhas, cabelo e articulações. O “bombom do bem” pode ser uma ótima forma também de matar aquela vontade de comer doce, obtendo saciedade. De acordo com uma pesquisa da Universidade Real de Copenhague, na Dinamarca, o cacau, pela manhã, reduz o apetite, tornando possível consumir 15% menos calorias ao longo do dia. Ainda na linha nutricional, os sucos instantâneos antioxidantes, zero açúcar e corantes, estão entre os mais vendidos, nos sabores gojiberry (antienvelhecimento, controla o colesterol, a glicose e ajuda a equilibrar a ansiedade e o humor), cranberry (antioxidante, com ação anti-inflama-

tória) e blueberry (antioxidante, melhora a digestão e a visão). Os sucos verde e vermelho da linha ligada ao Detox, que fazem uma limpeza interna no organismo, também são muito procurados, especialmente nesta época de festas e férias em que os abusos alimentares e de bebidas são comuns. Para manter a saúde das unhas e cutículas, o esmalte vegetal fortalecedor, com ação antifúngica, é outro produto diferenciado. À base de aminoácidos, cravo, pantenol e vitamina E e sem solventes agressivos, como o formol, por exemplo, o esmalte pode ser usado inclusive por gestantes. Nesta área de saúde da pele, vale destacar ainda o Tegum, formulação exclusiva para o tratamento de psoríase, queimadura, rachadura e ressecamento da pele, que repõe proteínas e vitaminas. Combinados com a ação anti-inflamatória do óleo de andiroba, é uma emulsão indicada para conter problemas de pele. O famoso BBcream, grande lançamento com exclusividade na Formule, também merece destaque. O produto tem ação tonalizante, funciona como maquiagem, contém filtro solar 40, além das ações clareadora, firmadora, hidratante e anti-idade.

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Formule | Petrópolis Av. Afonso Pena, 547 (entre as ruas Mibipu e Mossoró) Formule | Lagoa Nova Av. Nascimento de Castro, 1795, lojas 15 e 16. (em frente a Espacial Veículos) Disk Formule: 3234-0314 www.formulefarmacia.com.br Twitter: @formulefarma Facebook: formulefarmácia Instagram: formulefarmacia


oftalmologia

Por Eugênio Bezerra

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Dr. Marco Rey abre a primeira clínica de oftalmologia dentro de um shopping center em Natal

A saúde dos olhos no shopping Quem vai ao shopping já sabe o que espera encontrar. Tudo num só lugar. Conforto e comodidade, além da segurança e a solução para um dos maiores problemas das médias e grandes cidades: vagas para estacionar. Foi pensando nisso e também no crescimento da procura por serviços de saúde na zona sul de Natal que o médico oftalmologista Marco Rey resolveu inovar e abrir uma clínica de oftalmologia dentro de um dos principais shoppings centers da cidade. “É preciso estar atento às mudanças. Hoje a vida moderna requer praticidade e o shopping é um símbolo desse novo modelo de comportamento de consumo. Por que não agregar serviços de saúde de qualidade num ambiente mais sociável e seguro? Acredito no pioneirismo e que esse modelo será uma tendência na nossa

cidade”, justifica dr. Marco Rey. O Instituto de Oftalmologia Marco Rey (IOMR) vai ser inaugurado na 1ª quinzena de abril, no piso térreo do Natal Shopping Center. A loja vai ocupar uma área de 200m2 com 4 consultórios, sala de espera, 2 salas para exames e uma sala para adaptação de lentes de contato. A medicina, em especial a área de oftalmologia, é uma das que mais se beneficiam com as inovações tecnológicas e o IOMR estará atento a elas. Além da estrutura adequada e moderna para o atendimento dos pacientes, contará com equipamentos e exames de ponta e uma equipe com 15 médicos comandados por dr. Marco Rey. “Fiz questão de escolher toda a equipe. Conheço a formação de cada um deles e muitos foram meus alunos de residência”, esclarece o médico.

“É preciso estar atento às mudanças. Hoje a vida moderna requer praticidade e o shopping é um símbolo desse novo modelo de comportamento de consumo”


“Fiz questão de escolher toda a equipe. Conheço a formação de cada um deles e muitos foram meus alunos de residência” Marco Rey, oftalmologista

Pioneirismo O IOMR vai disponibilizar serviços de consulta e exames com a comodidade do funcionamento de um shopping center, de 10 da manhã às 10 da noite. Para um dos fundadores do IOMR, o administrador Guilherme Mendes, o horário mais “elástico” será um diferencial do projeto. “A maioria das clínicas funciona até 18 horas e não abre aos sábados”, explica. A clínica vai oferecer toda parte de exames complementares: retinografia, fluore cenografia, tomografia de coerência ótica, topografia e tomografia corneana, microscopia ocular, ultrassonografia ocular, biometria ótica e ultrassônica e demais serviços de exames clínicos. Outra novidade será o sistema informatizado. Todo processo de atendimento será digitalizado desde a marcação da consulta ao resultado de exames, o que vai possibilitar a chamada telemedicina. Os pacientes fazem os exames no IOMR e encaminhando os resultados e imagens é possível consultar a opinião de especialistas no mundo todo. Os médicos e

outras clínicas também poderão usar os serviços de ponta oferecidos pelo instituto. “Queremos ser uma referência entre os profissionais também na qualidade dos exames que iremos oferecer”, completou dr. Marco Rey. Não por acaso o IOMR leva esse nome. Uma justa homenagem a quem se acostumou a sair na frente. Buscar desafios e se reinventar. Foi assim quando resolveu ser médico e se formou em 1975, aos 23 anos, na UFRN. Arrumou as malas e foi para o Rio de Janeiro fazer residência médica no principal hospital da época. É professor universitário, atual Presidente do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia e um dos fundadores da Prontoclínica dos Olhos. Aos 61 anos de idade e 37 de sucesso com seu trabalho, dr. Marco Rey parece um menino que acabou de ganhar um novo brinquedo de tão empolgado com o novo desafio: “Vamos revolucionar a forma de atender. Tenho certeza de que não será fácil. Mas estamos prontos para mais esse desafio”, finaliza.

Comodidade e segurança O Brasil tem uma indústria de shoppings moderna, com empreendimentos muito bem equipados, bons recursos humanos e tecnológicos, além de compromisso socioambiental. E nos últimos 5 anos, o mercado descobriu que os serviços de saúde podem ser oferecidos neste espaço. Natal tem três grandes shoppings centers, mas apenas um deles oferecia algum tipo de serviço na área de saúde. O IOMR será a primeira clínica funcionando dentro de um shopping. Dr. Marco Rey destaca ainda que a espera por consultas e exames se torna mais prazerosa dentro de um shopping. “Tem pessoas que não gostam do ambiente de clínicas e hospitais. Dentro de um shopping a sala de espera se agiganta. O shopping como um todo será a sala de espera”, esclarece o médico.

“Tem pessoas que não gostam do ambiente de clínicas e hospitais. Dentro de um shopping a sala de espera se agiganta. O shopping como um todo será a sala de espera”

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odontologia

Por Taciana Chiquetti

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Invisível aos olhos Trata-se do único aparelho ortodôntico 100% estético

Um sorriso perfeito sem o “efeito colateral” de passar um tempo com um sorriso metálico. Corrigir o posicionamento dos dentes sem que ninguém saiba que você está usando aparelho. Esta é a proposta da ortodontia lingual, técnica de tratamento completamente invisível, praticada, em Natal, por poucos especialistas. O ortodontista Ney Tavares - da clínica Cia Oral - é um deles, que, além de toda qualificação para a utilização deste tratamento diferenciado, é membro da Associação Brasileira de Ortodontia Lingual (ABOL). Já um pouco mais popularizada em outros estados do Brasil, no Rio Grande do

Norte a ortodontia lingual começa a ser conhecida. Iniciada há mais de 30 anos, no Japão, a técnica em que os braquetes são colados pela parte de trás dos dentes passou por diversas modificações até atingir o nível atual, equivalente ao do aparelho convencional, porém com uma lista de vantagens a mais. Trata-se do único aparelho ortodôntico 100% estético, proporcionando uma aparência ainda melhor do que o aparelho cerâmico de porcelana e do que os alinhadores estéticos. Além disso, favorece uma higienização mais eficiente e não oferece risco de manchar ou danificar o es-


malte dos dentes após a retirada do aparelho, uma vez que o esmalte dental fica preservado. Quem usa, pode alimentar-se em qualquer lugar, sem o receio de que eventuais resíduos de comida presos aos braquetes apareçam, o que comumente aparece nos aparelhos convencionais. Outro benefício é que, por estarem na parte de trás, não provocam volume nos lábios, evitando assim que o paciente fique aparentando ter lábios maiores. “O aparelho não atrapalha na hora da fala. Profissionais que dependem da imagem e até mesmo da fala como, por exemplo, âncoras de TV, atores e atrizes, modelos vêm utilizando a ortodontia invisível, observa Ney Tavares, especialista e mestre em ortodontia e pós graduado em ortodontia lingual em São Paulo. Ele também é professor dos cursos de especialização em ortodontia do CPO-Ciodonto em Natal, João Pessoa e Recife. A ortodontia lingual é indicada para todos os casos, em todas as faixas etárias, de criança a idosos, mas os adultos são os que mais procuram a técnica, justamente para não aparentar um “sorriso adolescente”. Além dos profissionais que trabalham com a imagem, os praticantes de esportes de contato (como futebol, basquete, lutas, entre outros) também saem ganhando com este tipo de aparelho,

uma vez que correm menos risco de lesões nas áreas das bochechas e lábios provocadas por traumas. Recentemente, o craque Neymar, da Seleção Brasileira de Futebol, postou em seu Facebook uma fotografia em que destaca seu aparelho lingual. A atriz Giovana Oliveira afirma que o uso do aparelho lingual foi de extrema importância durante o período em que estudava interpretação (Teatro/Tv/Cinema) em São Paulo. “Estética é muito importante na minha área, já havia usado aparelho convencional antes, mas quando conheci o aparelho lingual, fiquei realmente impressionada, tanto pela rapidez e eficácia do tratamento, como pelo fato dele não ser visto nos ângulos comuns. Existe também a vantagem dele não influenciar na dicção, o que pra mim é de suma importância. Qualquer pessoa que olhe pra você não percebe a existência de um aparelho, já que ele é muito discreto e não interfere em nada na fala. Outra característica é que não atrapalha na hora de comer. É fácil, também, para se fazer a higienização. Para quem procura eficácia aliada a uma boa estética, eu o recomendo!” A ortodontia lingual é indicada para quaisquer casos, desde os de baixa complexidade até os mais extremos. Com o avanço tecnológico, os braquetes são pequenos o suficien-

Giovana Oliveira, atriz

te para não incomodar a língua e não interferire na mordida, além de poderem ser usados nas arcadas superior e inferior da boca. De passagem comprada para o 5° Congresso Mundial de Ortodontia Lingual, que acontecerá em julho, na cidade de Paris, na França, dr. Ney Tavares destaca a necessidade de estar sempre acompanhando de perto o desenvolvimento da técnica e sua evolução, afim de propiciar cada vez mais um tratamento de excelência para seus pacientes. Cia Oral Av. Olinto Meira, 1029 Barro Vermelho Fones: 84 3223-4800 / 9606-0007 www.ciaoral.com.br

“O aparelho não atrapalha na hora da fala. Muitos âncoras de TV utilizam a ortodontia lingual e têm excelentes resultados” Ney Tavares, ortodontista

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urologia

Por Taciana Chiquetti

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Homens na sala de espera O diagnóstico precoce é essencial para a cura de qualquer doença. Apesar disso, muitos homens continuam adiando a ida ao médico

Não são somente as mulheres - cansadas de recomendar - que reclamam de seus companheiros por eles se esquivarem de frequentar os consultórios médicos. Os próprios “doutores” também comungam da opinião de que eles não se importam tanto com a saúde quanto elas. Os homens, especialmente de faixa etária de 20 a 60 anos, não costumam realizar exames e consultas de rotina, o que, em algumas situações, poderiam favorecer um diagnóstico precoce, com possibilidade de reversão da doença ou, pelo menos, causar o mínimo de sequelas. “Essa resistência termina repercutindo em sofrimento físico e emocional para o paciente e sua família. Os motivos alegados por eles para justificar a baixa procura pelo atendimento são a dificuldades de coincidir o horário, já que, muitas vezes, o horário do atendimento coincide com o horário do expediente e historicamente o homem é tido como provedor da família”, explica o urologista Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva, que atende em uma clínica localizada no Tirol. Associada culturalmente à fragilidade, a doença vai de encontro com a ideia de invulnerabilidade, alimentada por muitos homens, o que acaba por contribuir para que eles cuidem menos de si mesmos e se exponham mais às situações de risco. “Especificamente na área da Urologia, existe um grande desconhecimento, por parte dos pacientes, em relação ao exame de toque retal para avaliação prostática. O paciente chega com muitas dúvidas ao consultório”, conta. Aqueles que conseguem vencer a resistência buscam a ajuda


“Especificamente na área da Urologia, existe um grande desconhecimento, por parte dos pacientes, em relação ao exame de toque retal” Rodrigo Paiva, urologista

21 médica predominantemente na fase idosa, momento da vida em que as doenças naturalmente aparecem e também em que eles estão aposentados e dispõem de mais tempo para cuidarem da saúde. Algumas das doenças urológicas mais comuns nos homens são as relacionadas à próstata, como o câncer de próstata e a hiperplasia benigna de próstata (crescimento benigno deste órgão). Também merecem destaque, atualmente, o DAEM (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino), que seria a “menopausa” do homem, e a disfunção erétil. “Na avaliação prostática de pacientes com mais de 40 a 45 anos, a consulta começa com uma boa conversa, cujo objetivo é registrar as queixas dos pacientes, ao longo do atendimento faz-se necessário a dosagem sanguínea do PSA e o exame de toque retal que pode indicar a presença de algum nódulo que deva ser submetido a uma biópsia para diagnóstico de um câncer de próstata”, orienta Rodrigo. Unanimidade entre os especialistas, a recomendação para não esperar sintomas para consultar um médico é

mais atual e válida do que nunca, já que diversas doenças urológicas podem ser detectadas de maneira precoce, permitindo que os tratamentos possam ser mais simples, menos agressivos aos pacientes e com uma expectativa de sucesso maior. “O objetivo principal é a cura, mas, hoje em dia, existe uma preocupação muito grande em minimizar as complicações que o próprio tratamento possa gerar no paciente, sempre tentando manter a sua qualidade de vida”, frisa. Vale salientar que, ao contrário de outras áreas da saúde, na Urologia são poucas as doenças evitáveis, mas tendo um conhecimento prévio do que está acontecendo com seu corpo, os danos podem ser bem menores tanto para o paciente quanto para sua família.

Rua Ceará Mirim, 264 - Tirol Natal/RN Tel: 84 3201.1001

ESTATÍSTICA No ano de 2012, no Brasil, cerca de 60.180 homens tiveram o diagnóstico de câncer de próstata e, no ano de 2010, ocorreram 12.778 mortes por câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo mais comum no mundo, perdendo apenas do câncer de pele. O tumor aparece mais com a idade avançada, por isso, é considerado um câncer da “terceira idade”, já que cerca de três quartos dos casos no planeta ocorre a partir dos 65 anos. Já o câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. No Brasil, o tumor no pênis representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem e é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.


alimentação

Por Taciana Chiquetti

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Comida de passarinho Levando-se em conta os benefícios, todos deveríamos comer sementes todos os dias. Confira nossas dicas para escolher e potencializar ainda mais os seus efeitos no organismo


As chamadas “comidas de passarinho” também podem ser saudáveis nas mesas dos humanos. É o que garante a nutricionista funcional Yasmin Nagashima. Além de serem compostas por vitaminas e minerais, as sementes também contribuem com fibras para o trânsito intestinal. “Quanto mais tempo as fezes ficam no intestino, mais a mucosa se lesiona, o que, em casos mais graves, pode causar até mesmo câncer”, explica. As pessoas precisam, em média, de 25 a 30 gramas de fibra por dia. Em uma barrinha de cereal, por exemplo, há apenas de 2 a 3 gramas, muito aquém do necessário. Algumas das sementes mais importantes são as de gergelim, linhaça, girassol, jerimum e chia, sendo que a melhor forma de consumi-las é in natura, mastigando-as bem, já que quanto mais se tritura as sementes, mais elas perdem suas propriedades nutricionais. Mesmo assim, em nome da praticidade, é possível, segundo Yasmin, levar as sementes trituradas para adicioná-las às refeições fora de casa ou ainda, na forma tradicional,

utilizá-las como os lanches entre as refeições. “É preciso criar o hábito de inseri-las no cardápio de todos os dias, assim como ‘arroz e feijão’ já fazem parte da alimentação diária”, explica, salientando que variar os tipos de sementes é fundamental para que se obtenha novos nutrientes constantemente, além de evitar a monotonia alimentar. “Incluindo as sementes na minha alimentação, sinto uma melhora muito grande no funcionamento do intestino, porque preciso de um suporte de fibras. Também noto melhoras em relação ao envelhecimento e à imunidade”, conta a médica Lúcia Lopes, que consome sementes há 20 anos, sempre diversificando o cardápio. Gergelim, linhaça e jerimum já faziam parte de sua dieta há bastante tempo e, recentemente, ela acrescentou chia, amaranto e quinoa, seguindo as orientações da nutricionista. Há ainda outras dicas para a “dieta do passarinho”. Preparar o arroz adicionando sementes, a exemplo do já industrializado “arroz 7 grãos”, é uma delas. Colocar as sementes nas saladas, tanto de verduras e legumes

“É preciso criar o hábito de inserilas no cardápio de todos os dias, assim como ‘arroz e feijão’ já fazem parte da alimentação diária” Yasmin Nagashima, nutricionista

SEMENTES MAIS CONSUMIDAS E FORMA DE CONSUMO SEMENTE Gergelim

COMPOSIÇÃO Lignanas, ômega-6

Linhaça

Lignanas, ômega-3, vitamina E

Girassol

Complexo B, vitamina E

Jerimum

Rica em minerais, complexo B, ação vermífuga , vitamina E Lignanas, ômega-3,

Chia

FORMa DE CONSUMO Semente: tostada em saladas, arroz e frutas. Óleo: salada / Semente: (necessita ir ao calor) usar no arroz ou triturada com frutas. Semente: tostada como aperitivos, em saladas, arroz e frutas. Semente: tostada como aperitivos, arroz, triturada com frutas. Semente: frutas, saladas. Rica em aminoácidos

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quetária; em ômega-3, que contribui para a manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, é anti-inflamatório e melhora resposta imune; além de vitamina E, que tem poder antioxidante; complexo B, que ajuda no metabolismo energético; e fibras insolúveis, excelente regulador intestinal. Pesquisas mundiais comprovam, por exemplo, a ação de sementes no combate ao colesterol e na prevenção de problemas cardiovasculares.

“Incluindo as sementes na minha alimentação, sinto uma melhora muito grande no funcionamento do intestino” Lúcia Lopes, médica

Potencializando as sementes Um detalhe importante nas maneiras de se consumir sementes é que, na fase de gérmen, elas possuem muito mais nutrientes do que a semente ‘adormecida’ e muito mais até mesmo do que a própria planta e frutos que ela irá gerar. Mais benefícios nutritivos e energéticos. Para se ter uma ideia, a semente de trigo, que praticamente contém pouquíssima vitamina C, quando germinada passa a ter 600% a mais dessa vitamina. Outro benefício é que as sementes neste estado são muito mais digeríveis do que o grão normal. Em dietas vegetarianas, as proteínas dos germinados substituem as proteínas animais. Para conseguir a germinação, é preciso ser persistente. Dependendo

da semente, da época do ano e do lugar onde forem compradas, elas podem demorar mais ou menos tempo para germinar. Pode acontecer também, com facilidade, de mofar as sementes. Recomenda-se, para evitar isso, que não se enxágue muitas vezes no dia e deixe-as em um local com luz solar, porém não diretamente ao sol. Sementes de trigo germinadas

Ramón Vasconcelos

quanto de frutas, pode facilitar o consumo, assim como introduzi-las em massas, sucos e vitaminas. Cada semente tem suas propriedades funcionais específicas. Mas, de modo geral, são ricas em compostos bioativos (compostos fenólicos, ácidos graxos e polissacarídeos), que atuam no estresse oxidativo e na inflamação; em compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes; em lignanas, que diminuem a agregação pla-


Como germinar sementes 1. Escolha as sementes removendo as que estejam danificadas. Coloque de uma a três colheres de sopa de sementes num vidro e cubra com água limpa; 2. Deixe de molho por uma noite (8 horas); 3. Cubra o vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico. Virta o vidro e despeje a água. Enxágüe bem sob a torneira; 4. Coloque o vidro inclinado e emborcado num escorredor em lugar sombreado e fresco; 5. Enxágue pela manhã e à noite. As sementes de cereais germinam em 2 a 3 dias, os feijões e as lentilhas demoram de 5 a 6 dias. Nessa altura, podem ser consumidos. Para tal produção, as para evitar a proliferação de fungos e bactérias. É importante consumir a semente germinada em 24 horas para aproveitar o máximo de suas propriedades nutricionais.

mivcomunicacao.com.br

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Exercícios sobre rodas

fitness

Por Juliana Garcia

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Parece brincadeira de criança, mas patinar é um ótimo exercício. Se você já fez isso na infância, vai ter vontade de reviver essa experiência depois de ler essa reportagem

Um dos maiores benefícios da patinação é, sem dúvida, a diversão. O sorriso estampado no rosto é frequente, mesmo em quem ainda está aprendendo a se equilibrar sobre as rodinhas. Heloisa Medeiros, 32 anos, patinava quando era criança. Comprou um patins para o filho Gabriel, de 4 anos, e depois de acompanhá-lo algumas vezes, decidiu aderir ao esporte para colocar o corpo em movimento e se divertir com o filho. No primeiro dia que colocou os patins, precisou de ajuda pra tudo. Era difícil manter o equilíbrio sobre as rodinhas. “O medo de cair paralisa a gente. Mas, com a ajuda dos amigos, aos poucos fui me soltando e logo já estava deslizando as rodinhas sozinha, como fazia na infância”, relembra ela com orgulho. “Quando a gente é criança, não tem medo de cair ou pagar mico. Por isso é mais fácil aprender a patinar. Mas é igual a andar de bicicleta, você não esquece nunca. É só começar a treinar, que logo, logo consegue manter o equilíbrio de antes”, explica o empresário Homerson Barreto, de 27 anos, que voltou a andar de patins durante uma temporada que morou em São Paulo. “Eu ia para o Parque do Ibirapuera, ficava vendo as pessoas andando de patins e logo me empolguei para comprar os meu. Quando voltei a morar em Natal, reencontrei amigos que patinavam comigo na adolescência e

hoje pelo menos uma noite por semana é dedicada a isso. O que mais gosto é a sensação de liberdade, o vento no rosto. Cansa bastante, mas depois de uma hora eu me sinto renovado”, diz. Homerson e Heloísa fazem parte de um grupo que patina todas as terças e quintas à noite, no Alphaville, na rota do sol. O gerente de marketing Carlos Silva, 28 anos, é um dos maiores incentivadores e fica feliz ao ver o grupo crescendo. “Tem dias que você encontra mais de 30 pessoas patinando aqui com a gente. O grupo é aberto e qualquer um pode vir participar. A gente ajuda quem está aprendendo e comemora a evolução de cada pessoa”, relata Carlos, mais conhecido como “Chaveiro”. Ele é um dos mais experientes e, além de patinar nas ruas, também arrisca algumas manobras radicais nas pistas de skate, habilidade conquistada na adolescência. Outra bem habilidosa do grupo é a canadense Emily Rowel, 20 anos, que cresceu jogando roque nas ruas. “A patinação faz parte do nosso DNA. Patinar, pra mim, é tão natural como correr. Pra quem está começando, a dica é não ter medo de cair. As quedas são inevitáveis, mas se você estiver protegido, não vai se machucar. Vai rir dos seus tombos”, aconselha a canadense que também está aproveitando a patinação para fazer novos amigos, durante a sua temporada no Brasil.


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“O medo de cair paralisa a gente. Mas, com a ajuda de amigos, aos poucos fui me soltando e logo já estava deslizando as rodinhas sozinha, como fazia na infância” Heloisa Medeiros, universitária


Dicas para iniciantes

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Se você está começando agora, atenção à postura. Iniciantes nos patins tendem a colocar o centro de gravidade para trás. O correto é deixar os joelhos levemente flexionados, projetar o quadril para trás e o tronco para a frente. Se sentir que vai cair, dobre os joelhos e coloque as mãos na frente do rosto para protegê-lo. O uso de equipamentos de segurança é obrigatório (capacete, joelheira e cotoveleira). “Esses cuidados com a segurança permitem que a pessoa se solte mais. Ela se sente protegida e o medo de cair e se machucar é bem menor”, orienta Carlos Silva.

Grupo juntos para mais uma noite de patinação do Alphaville

“Esses cuidados com a segurança permitem que a pessoa se solte mais. Ela se sente protegida e o medo de cair e se machucar é bem menor” Carlos Silva, gerente de marketing

BENEFÍCIOS 1. Melhora do condicionamento cardiorrespiratório, como na corrida, por exemplo, sem o impacto da corrida, ou seja, com baixo impacto (desde que não haja saltos). 2. Aumento da resistência muscular. 3. Fortalecimento dos ossos, músculos, tendões e ligamentos. 4. Melhora da flexibilidade e mobilidade articular. 5. Desenvolvimento da agilidade, da velocidade, do equilíbrio, da capacidade de reação e da coordenação. 6. Ajuda na definição muscular, principalmente das coxas, pernas, bumbum, abdome e costas. 7. Queima muitas calorias. Esta queima calórica é relativa, dependendo do metabolismo de cada um, do peso corporal, do tempo e intensidade da atividade, mas você pode chegar a queimar até 800 calorias em 1 hora de patinação, dependendo do percurso e itens mencionados acima. 8. Sensação de bem estar e de juventude.



inf창ncia 30

Por Taciana Chiquetti


Liberdade para ser humano Independente do sexo da criança, respeito é a principal palavra para uma educação de qualidade Mesmo quando o sexo do bebê ainda não é conhecido, já bate aquela sensação de “grande responsabilidade” para os pais: um novo ser está por vir, que dependerá deles por um bom tempo e se inspirará neles pelo resto da vida. Depois que se sabe se é menino ou menina, resta a dúvida: como conduzir a educação de um ou de outro? Existem particularidades ou ambos devem ser tratados de forma semelhante? Quem começou a ler esta reportagem esperando uma receita, pode se frustrar. Especialistas da educação dizem que a palavra-chave é “respeito”, mas o caminho que deve ser percorrido para uma educação respeitosa é particular, varia de família para família. Baseia-se na representação cultural do gênero, que nada tem a ver com orientação sexual, e começa muito antes de se ter o filho. São valores culturais adquiridos ao longo das gerações e que mostram como os gêneros feminino e masculino “devem” se comportar para determinado grupo. “Muitas vezes, a forma de os pais se relacionarem com essas características vai influenciar a forma como a criança interpreta as coisas ao seu redor e se relaciona com seu am-

biente. Tudo o que fazemos tem como referência os nossos pais, então, como eles orientam e interagem interfere na visão de mundo da criança”, informa o psicólogo escolar Fred de Souza. A bióloga Tirzah Petta, 33 anos, é mãe de um menino (Benício, de 2 anos) e de uma menina (Bia, de 5 meses). Ela já vivenciou a educação dos diferentes gêneros como filha e agora como mãe. Seus pais tiveram dois casais de filhos e ela tem um casal. “Quando criança, eu sentia a diferença no tratamento, especialmente por parte de minha mãe, que me cobrava mais os cuidados com a casa, por exemplo. Já meu pai, dava um tratamento mais igual. Porém, nas brincadeiras estávamos sempre juntos. Eram brincadeiras como tica, vídeo-game, correr, etc”, relata, considerando sua educação muito satisfatória e sua relação familiar aberta e feliz.

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O tipo de brincadeira permitida ou não pode ser justamente o ponto de partida do principal erro dos pais, na diferenciação da educação entre meninos e meninas. As características masculinas estão mais relacionadas com a força, objetividade, prática, ausência de sentimentos e as femininas com afeto, sensibilidade, acolhimento, fragilidade. Mas isso não é regra, já que as pessoas são únicas e, portanto, distintas. “Tais características, mesmo trocadas, podem favorecer a criança. Talvez o segredo seja observá-la, compreender seu contexto e suas

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particularidades. Respeito é a principal palavra para uma educação de qualidade”, orienta o psicólogo. Ele destaca ainda que a educação deve acontecer de forma natural, lidando mais com as demandas que aparecem do que buscando-as. Quem educa precisa ajudar a criança – independentemente do sexo - a identificar sentimentos, ansiedades e medos que nem sempre os pequenos conseguem definir. Esses, na maioria das vezes, podem se manifestar em forma de ciúme, mágoa, indiferença, irritabilidade, dificuldades de aprendizado e bullying. Além disso, estabelecer limites para nortear o comportamento da criança é fundamental para que ela se sinta segura e comece a desenvolver a noção do que pode ou não fazer. Ensinar disciplina, valores morais e tratar com amor e afetividade são dicas unissex, essenciais à formação do ser humano em crescimento. Segundo Fred, o maior medo dos pais é que seu filho ou filha venha a se tornar homossexual justamen-

“Tudo o que fazemos tem como referência os nossos pais, então, como eles orientam e interagem, interfere na visão de mundo da criança” Fred de Souza, psicólogo

te por causa das críticas sociais que ela poderá vivenciar a partir desta orientação sexual. “Muitas vezes, os meninos, principalmente, acabam absorvendo a ideia de serem homossexuais, porque tiveram uma intervenção inadequada. Já uma menina considerada ‘masculina” não sofre tantas repreensões quanto um menino ‘afeminado’, que gosta de brincar de bonecas. Tudo o que a criança faz tem uma razão para ocorrer. É preciso compreender o que está por trás do que ela reproduz”, diz. Comumente, os meninos não podem reagir passivamente ou chorarem diante de uma agressão na escola, por exemplo, e escutam em casa: “Se apanhar na escola, apanhará duas vezes quando chegar em casa”. Diante deste estímulo, eles terão dificuldades, no futuro, de expor seus sentimentos ou de reagir de maneira menos agressiva diante das demandas da vida. Por outro lado, a cobrança por ser mulher, de muitas responsabilidades e de se enquadrar em padrões, especialmente de beleza, também incomoda as meninas. “As mulheres são obrigadas a ser mulher, dona de casa


“Vou educar para que eles sejam do bem, tenham a cabeça no lugar, tomem as melhores decisões. Eu e meu marido temos o mesmo pensamento em relação a isso. Nunca vamos dizer a nossos filhos ‘isso é de menino ou isso é de menina” Tirzah Petta, bióloga

e profissional. A liberdade só nos trouxe mais trabalho”, opina Tirzah, entendendo o fato como uma consequência da atual sociedade. Agora na condição de educar, a bióloga e seu marido publicitário Thiago Lajus, pretendem mostrar para a duplinha Benício e Bia que existem diferenças sociais, mas existe liberdade também para eles se tornarem o que quiserem. Eles poderão brincar do que acharem melhor, sem repreensões preconceituosas. “Vou educar para que eles sejam do bem, tenham a cabeça no lugar, tomem as melhores decisões. Eu e meu marido temos o mesmo pensamento em relação a isso. Nunca vamos dizer a nossos filhos ‘isso é de menino ou isso é de menina”, assegura. O casal Iara Pinheiro de Albuquerque e Erich Rodrigues também comunga da mesma opinião e adota um comportamento harmônico. Os dois são sinônimos de sintonia quando o assunto é a preferência dos filhos. Pais de Sofia, de 8 anos, e de Pedro, de 7 anos, eles consideram que as crianças estão em uma fase de escolhas que devem ser consideradas naturais e vistas sem preconceito. “Não temos que forçar nada. Acho que devemos que oferecer opções e verificar as afinidades. Coloquei, por exemplo, minha filha no balé, mas quando percebi que ela não se interessava mais, não hesitei em retirá-la”, conta Iara. Sofia atualmente tem manifestado preferência pelo teatro e pela música, especialmente pela bateria, instrumento escolhido por ela. Já Pedro ainda permanece no judô, há quatro anos, e toca guitarra. O psicólogo Fred concorda com os pais e finaliza com

mais um conselho importante para quem cria garotos e garotas. “Nem sempre o que os pais consideram o melhor é o melhor para aquela criança. É preciso parar de julgar, projetar, condenar e defender nossos filhos”. Prestar atenção à individualidade do ser que foi trazido ao mundo por seu intermédio pode garantir a sensação de dever cumprido quando os pequenos se tornarem adultos.

ERROS MAIS COMUNS 1 - Considerar nossos filhos – meninos e/ou meninas – emocionalmente adultos; 2 - Não valorizar a importância do exercício de definição de limites – sim e não – na educação de meninos e meninas; 3 - Não perceber que a criança cresceu e tem os pais como referencial (esteja atento às responsabilidades que vão além do “colocar dinheiro em casa”, “dar presentes aos seus filhos” e “pagar as contas”); 4 - Brigas e dificuldades interparentais existem em todas as casas e lares. As diferenças estão nas maneiras como serão resolvidas entre os adultos. Fonte: Livro “Educando Meninas” e “Educando Meninos”, de James Dobson

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entrevista Fotos: Lissandra Rebelo

Carol Morais

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Por Taciana Chiquetti

Já imaginou ir pra cozinha e fazer o seu próprio detox? Segundo ela mesma, a nutricionista Carol Morais, que ganhou expressão nacional, “trocou o jaleco pelo avental”, fechou o consultório e foi para a cozinha quando decidiu que queria ensinar as pessoas a cozinhar exatamente como elas devem comer. Ela viaja pelo Brasil levando a mensagem da alimentação saudável com o programa Detox Delivery Gourmet e as oficinas de culinária, que primam pela riqueza nutricional, pelo sabor e também pela aparência apetitosa. Formada pela Universidade Federal de Goiás, é especialista em Fitoterapia e Nutrição Esportiva Funcional, fez curso de culinária na escola Recipease de Jamie Oliver, em Brighton, Inglaterra, e foi personal diet. Carol Morais é uma nutricionista apaixonada por sua profissão e “adepta da filosofia de que comida, antes de ser fonte de nutrientes, é fonte de prazer e redenção”.

Viver Bem em revista - Como foi sua decisão de partir para a prática da cozinha, além das orientações como nutricionista? Carol morais - Chegou um momento no qual, fazendo os dois trabalhos, a prática na casa das pessoas me trazia mais resultados do que o consultório, que acaba ficando apenas na teoria. Troquei o jaleco pelo avental, fechei o consultório e fui para a cozinha, quando decidi: quero ensinar as pessoas a cozinhar exatamente como elas devem comer. VBr - O que é a dieta Detox? Cm – A dieta Detox tem, por princípio, estimular e auxiliar na eliminação das toxinas presentes no nosso corpo, por meio de alimentos, fitoterápicos e suplementos. VBr - Quais os principais problemas que as toxinas podem acarretar para o corpo? Cm – Infelizmente, estamos sobrecarregando o nosso “sistema” por estarmos entrando em contato com tipos de “substâncias” para as quais o nosso metabolismo não está preparado. Além de alguns produtos alimentícios (como adoçantes, corantes, aditivos, agrotóxicos, proteínas alimentares não digeríveis), acrescente também os produtos que entramos em contato como cremes, perfumes,

desodorantes, além da própria poluição. Tudo isso não é eliminado naturalmente pelo organismo, que os reconhece como toxinas. Essas toxinas, em alguns casos, podem desencadear problemas como enxaqueca e até disfunções hormonais, por exemplo. VBr - Como funciona o programa Detox Delivery Gourmet e as oficinas de culinária? Cm – O Detox Delivery Gourmet Carol Morais é um programa no qual estou com o cliente, durante cinco dias, acompanhando todas as refeições. O cardápio, na verdade, faz parte de uma dieta planejada com suplementação específica, aliada a diversas outras estratégias de mudança no estilo de vida. Estão incluídas, na programação, atividade física, respirações, fitoterapia, entre outras, para auxiliar na eliminação de toxinas. Já a oficina é uma oportunidade de vivenciar um pedacinho da #DetoxDeliveryGourmet. A experiência dura, em média, três horas, já que fazemos tudo com calma e a ideia é relaxar, aproveitar ao máximo a experiência que envolve, além dos pratos, os sentidos do ato de comer. Todos os pratos prezam pela utilização de ingredientes frescos e orgânicos, ou seja, nada de farinhas brancas, lácteos ou açúcar. Oferecemos ainda opções temáticas ou por módulos, customizadas de acordo com o gosto (literalmente) do cliente.

“Troquei o jaleco pelo avental, fechei o consultório e fui para a cozinha quando decidi: quero ensinar as pessoas a cozinhar exatamente como elas devem comer”

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“Investir em qualidade dos ingredientes é sempre uma ótima, temperinhos naturais e amor de verdade, não aquele que faz de conta que vem no saquinho, porque é pura toxina”

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VBr - Como tem sido a aceitação do público? Cm – Os clientes que já acompanhei obtiveram muitos benefícios com o programa de detox, além do emagrecimento, melhora dos sintomas de hipersensibilidade e mais energia, vitalidade e bem estar, uma mudança no estilo de vida, a partir desse momento.

balho e, a cada dia, me encanto mais com o poder e a capacidade deles na saúde de todos nós. Fica parecendo que o estilo de vida só pode oscilar entre dois extremos, seja “health” ou seja “trash”. Não dá para encontrar um caminho (do meio) no qual ambos coexistam na medida da nossa necessidade e possibilidade?

VBr - Quais são as principais dúvidas das pessoas com relação à própria alimentação?

VBr - De maneira geral, elas estão dispostas a mudar hábitos? Quais as resistências comuns por parte delas? Como é possível dar o primeiro passo?

Cm – As principais dúvidas das pessoas giram em torno dos benefícios dos alimentos. E hoje são tantas informações que as pessoas já não sabem mais o que é saudável ou não. Confesso que começa a me incomodar essa neurose coletiva em busca do alimento pra cabelo, unha, barriga chapada. E olha que os alimentos são a minha principal ferramenta de tra-

Cm – Estão sim, até porque existe um processo, uma conversa até o Detox acontecer. Logo, só faz quem está realmente a fim. Não costumo encontrar resistência. O que existe é mais uma ansiedade com relação a como serão os cinco dias: se passarão fome, se a comida é gostosa... Surpresa que sempre acontece: não se passa fome e, sim, tudo é delicioso. O primeiro passo,

como para tudo na vida, começa em querer... Daí a conseguir é caminhar... VBr - Qual a dica para se alimentar adequadamente sem abrir mão de uma comida gostosa? Cm – Entre cursos, estudos, atendimento em consultório, convivência e observação da relação causal entre alimentos, nutrientes e saúde, cada vez mais baseio a minha conduta no seguinte conselho: coma comida. Preferir alimentos aos produtos alimentícios já é uma mudança significativa na qualidade de vida. Surpreendentemente (ou não), a própria ciência vem demonstrando o quanto o efeito do alimento é mais eficaz (e menos arriscado) que o do nutriente isolado. Investir em qualidade dos ingredientes é sempre uma ótima, temperinhos naturais e amor de verdade, não aquele de faz de conta que vem no saquinho, porque é pura toxina (rs).


VBR - Qual é o alimento mais subestimado e o mais superestimado em sua opinião? CM – Os alimentos estão subestimados enquanto os produtos alimentícios “enriquecidos” com mil e uma coisas (assim como os suplementos) estão superestimados. Também sempre existirá o tal “alimento da moda”, que está se tornando, como as cores da estação, uma mania de consumo. Bobagem. Voltemos ao simples, arroz, feijão, verdurinhas, frutas, castanhas... VBR - Existem “vilões” e “mocinhos” na alimentação ou o segredo é a “medida”? CM – Existem ambos e não dizem respeito aos alimentos e sim à pessoa, o que pode ser remédio para alguém

pode ser um veneno para o outro. E também em diferentes fases da vida. Nesse sentido, se conhecer e se cuidar é fundamental. Bom para você não é o que a revista fala, é o que você sente no corpo. Ninguém conhece seu corpo melhor que você. Afinal, estão juntos do começo ao fim. Profissionais sempre ajudam, mas a caminhada do autoconhecimento - também em alimentação - é solitária na observação. VBR - Quais os vícios alimentares e os mitos mais comuns hoje em dia? CM – Acho que os principais, e piores, são aqueles que acabaram se incorporando no dia a dia, como os refrigerantes. Hoje, em muitos casos, substituem a água, por exemplo. Um suicídio a conta gotas, plantando doenças dia após dia silenciosamente.

VBR - Viver bem, em relação à dieta alimentar, é... ? CM – Comer comida! VBR - Quais são seus planos profissionais para 2013? Há alguma novidade prevista? CM – Viajar o Brasil trocando experiências com gente boa, escrever um livrinho reunindo minhas receitas e dicas. Mala de alegrias para ir e voltar... Hehehe VBR - Poderia dar uma receita de algo rápido e saudável que deveríamos inserir em nossa alimentação diária? CM – Tem várias receitas em meu blog: www.falecomanutricionista. com.br. Fiquem à vontade!

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comportamento

Por Taciana Chiquetti

De olho na grama do vizinho

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O uso exagerado das redes sociais desperta a inveja e angústia nos conectados

“Deus me proteja da sua inveja Deus me defenda da sua macumba Deus me salve da sua praga Deus me ajude da sua raiva Deus me imunize do seu veneno... ...Deus me perdoe por querer Que Deus me livre e guarde de você (...)” A canção “Reza”, composta por Rita Lee e Roberto de Carvalho, parece uma trilha sonora sob medida para descrever um novo fenômeno psicossocial nos dias de hoje. As redes sociais, famosas por favorecerem as relações interpessoais, também têm seus efeitos colaterais. Se, por um lado, aproximam e reduzem as limitações geográficas, aliviando a saudade; por outro, detonam sentimentos não tão nobres assim. Já existem, até mesmo, pesquisas que revelam o quanto pode ser angustiante a rotina de quem faz uso constante do Facebook, Instagram, Twitter e outras ferramentas desta natureza. A cena de duas pessoas em um local público, frente a frente, conversando por mensagens de texto se torna comum, fazendo crer

que a tecnologia está aproximando os ausentes e distanciando os presentes. Um estudo realizado pelo Departamento de Ciência Comportamental da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, batizado de “They Are Happier and Having Better Lives than I Am: The Impact of Using Facebook on Perceptions of Others’ Lives” (que pode ser traduzido como “Eles são mais felizes que eu e têm uma vida melhor: o impacto do uso do Facebook na percepção de outras vidas”), apontou que os internautas que passam mais tempo no Facebook tendem a ser mais tristes do que os outros, uma vez que, ao verem fotos de passeios, viagens, compras, etc, de outros usuários da rede social, entram em contato com o sentimento de inveja que os faz classificar a vida do próximo como mais interessante. Os pesquisadores Hui-Tzu Grace Chou e Nicholas Edge entrevistaram, no ano passado, 425 estudantes, que admitiram achar suas vidas menos interessantes se comparadas ao que seus amigos de Facebook costumam postar. É exatamente aquela história de que “a grama do vizinho é sempre mais verde”.


Sinal de alerta Tanto postar incessantemente fatos, até mesmo corriqueiros, nos espaços virtuais quanto consultar, a todo momento, essas redes podem se tornar um vício. Principalmente porque, hoje em dia, as pessoas estão muito mais voltadas ao externo do que aos seus próprios interiores. Sem buscar o autoconhecimento ou sem, no mínimo, entrar em contato com seus sentimentos, não é possível descobrir seu lugar no mundo e, consequentemente, a exigência perante a vida fica muito maior do que deveria ser. É o que acredita o psicólogo Cásio Barreto. “A ideia de aproximar pessoas é muito positiva, porque somos seres sociais e precisamos estar conectados. Precisamos da referência do outro. Mas as redes sociais trazem à tona a crise de ansiedade que a atual sociedade vivencia. As pessoas precisam fazer parte de um grupo tido como ‘vencedor’ e quando entendem que não participam deste grupo, sofrem. Vivemos uma crise também de valores, em que o gozo imediato é o foco. É a geração ‘fast food’. Já o prazer verdadeiro requer construção”, observa, informando ainda que vem se tornando cada vez mais comum

“Não fico angustiada com o Facebook alheio, porque sei que só postamos coisas positivas” Zhamara Mettuza, jornalista

recorrer à psicoterapia para se livrar do vício de estar sempre na internet. No entanto, ficar afastado dessa realidade virtual pode não ser tão simples assim. A jornalista Zhamara Mettuza (36), por exemplo, adora estar conectada, mas também precisa permanecer assim. Seu trabalho a obriga a estar por dentro do que está acontecendo no mundo e com as pessoas e contextos em seu entorno. Ela já provou os dois lados da moeda – ser invejada e ser viciada nos posts. “Quando coloco fotos de balada, as pessoas acham que eu vivo de festa, mas isso não é verdade”, exemplifica sobre o voyerismo virtual. “Acho que sou viciada sim, mas em um nível aceitável.

“No começo, a gente se empolga e passa muito tempo conectada, mas depois isso passa. A relação virtual pode sim se tornar real” Glória Melo, empresária

Admito que não gosto, por exemplo, de ficar em um ambiente sem wi-fi, mas consigo aproveitar uma mesa de bar sem consultar tanto o smartphone. Não fico angustiada com o Facebook alheio, porque sei que só postamos coisas positivas”, relata consciente. Já a veterana em redes sociais Glória Melo (58) é do tempo da internet discada, em que a moda era IRC e ICQ, na década de 90. Ela, que vê mais benefícios do que prejuízos quando analisa sua participação no mundo virtual, usa a rede para ampliar seus relacionamentos e, por causa dos amigos construídos virtualmente, em diversas localidades - como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro - já viajou quase todo o Brasil para visitá-los. “Tenho muitos amigos há anos, que conquistei pela internet. No começo, a gente se empolga e passa muito tempo conectada, mas depois isso passa. A relação virtual pode sim se tornar real”, analisa ela, que já chegou a passar oito horas conversando com um amigo de São Paulo. Hoje em dia, mantém os contatos e já ingressou nas redes do momento, atualizando constantemente seus espaços no Facebook e Instagram.

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O caminho da liberdade

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Os comportamentos competitivos, implícitos em nossa cultura, em uma ideologia de competência são, sem dúvida, fonte de sofrimento e demasiadamente exaltados nas atualizações das redes sociais: o mais baladeiro, o que mais viaja, o mais sarado, o que mais come em locais bacanas, sem falar no status de relacionamento amoroso (solteiro, casado, em relacionamento sério). Competir faz sofrer porque resume os indivíduos em “perdedores e ganhadores”, excluindo o relativismo inexorável aos seres humanos. Afinal, todos têm histórias diferentes, reagem de forma distinta ao que vivem. São únicos, desde o conceito mais biológico ao mais social. Invejar, querer o que o outro tem, é negar a nossa maior riqueza: ser quem a gente é. A meta de qualquer pessoa deve ser superar a si mesmo. Para quem não consegue sequer deixar o smartphone no silencioso, vale conhecer o que dizia Sigmund Freud, o criador da Psicanálise. “Não existe crescimento sem frustração”. Por isso, se ater às demandas do mundo, especialmente às que dizem res-

peito às outras pessoas, é mais confortável do que se deparar com a sua própria realidade interna, assumindo defeitos e imperfeições. “Talvez se preocupar com a vida do outro nas redes sociais seja um caminho para não ver o que está acontecendo conosco. É mais difícil trabalhar a singularidade. Então, criar um mundo ilusório passa a ser mais interessante para preencher nossos vazios. Mas precisamos ter consciência de que somos seres de ausência. Nunca iremos encontrar todos os nossos pedaços”, diz Cásio. Diante disso, a velha receita de rir de si mesmo pode ser o melhor caminho para aliviar as angústias, além, é claro, de seguir o conselho socrático “conhece-te a ti mesmo”. “Precisamos aprender a lidar com a realidade e também aprender a ser feliz, apesar de qualquer coisa. Apesar de...”, frisa o psicólogo. Preencher os espaços com ocupações mais diversificadas e saudáveis é um passo importante para se desconectar. Buscar viver o real de verdade, intensamente, talvez facilite o uso mais inteligente da internet. Compartilhar faz bem, assim como

NÚMEROS • No Brasil temos 67 milhões de pessoas no Facebook. • No Rio Grande do Norte são 900 mil pessoas. • Em Natal temos 488 mil perfis criados (226 mil - homens e 261 mil - mulheres). • 282 mil pessoas com mais de 18 anos, solteiras ou que não especificaram o status do relacionamento ( 149 mil - mulheres e 133 mil - homens). Fonte: Ferramenta de anúncios do Facebook. (Via Inove Marketing)

estabelecer novos amigos, falar com quem está do outro lado do mundo. As redes sociais são muito proveitosas quando não utilizadas como “cortina de fumaça” para as nossas dificuldades psíquicas. Vale a reflexão...

“Precisamos aprender a lidar com a realidade e também aprender a ser feliz, apesar de qualquer coisa” Cásio Barreto, psicólogo



saúde

Por Taciana Chiquetti

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O prazer de dormir Durante o sono o organismo libera hormônios imprescindíveis para a saúde do corpo. Se você enfrenta problemas nessa área não espere para buscar ajuda profissional Dormir, para muitos, é mais que uma necessidade fisiológica, é fonte de prazer. Mas para outros tantos – número em constante ascendência – o descanso noturno é um problema. Os novos hábitos contemporâneos contribuem muito para que os distúrbios do sono se tornem cada vez mais comuns. A demanda é crescente no consultório do otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Pedro Guilherme Cavalcanti. Perda da produtividade por dificuldade de concentração, cansaço contínuo, falhas de memória, hiper-

tensão arterial, síndrome metabólica, alterações de humor, problemas psicológicos e neurológicos e até mesmo acidentes automobilísticos são apenas algumas das inúmeras consequências associadas às doenças do sono, que são diversas e afetam diversos sistemas do organismo, inclusive o respiratório. O ronco associado à apneia do sono é um desses diagnósticos constantes, assim como a insônia. Menos comuns, mas existentes, são o sonambulismo e os distúrbios neurológicos do sono (parassonias neuroló-

gicas). No ronco, a pessoa passa a ter um estreitamento na garganta - por diversos fatores, como obesidade, sedentarismo, posição de dormir, etc – e quando o ar passa, provoca ruído. Quando há a obstrução total da passagem do ar, ocorre a apneia. “Desta forma, uma noite mal dormida pode provocar irritabilidade, dificuldade de concentração e, em adultos, até mesmo pressão alta. Em crianças, esse problema pode interferir no crescimento”, explica o médico, informando que cerca de 21% dos homens e 9% das mulheres roncam.


“Quando a insônia acontece, precisamos investigar os hábitos de vida do paciente, assim como sua situação emocional” Pedro Cavalcanti, otorrinolaringologista

Investigando o sono O primeiro passo para se definir o tratamento do ronco associado à apneia é a polissonografia - exame que identifica como está sendo o sono, quantas apneias ocorrem e outras informações qualitativas. Associado ao exame clínico, o exame do sono revela a causa dos distúrbios e inicia-se o tratamento, que, segundo o especialista, pode ser uma cirurgia, o uso de equipamentos (como moldes dentários e CPAP – aparelhos para terapia do sono) ou apenas a “higiene do sono” – que é recomendada para se melhorar outros casos também. A famosa e tão experimentada in-

sônia - nem que seja uma vez na vida, em momentos de ansiedade - lidera as queixas dos pacientes de dr. Pedro. Quando a dificuldade de dormir ou a facilidade em acordar no meio da noite ou muito cedo, antes que o processo do sono se complete, persiste é hora de buscar ajuda. “A qualidade do sono das pessoas tem piorado bastante. Quando a insônia acontece, precisamos investigar os hábitos de vida do paciente, assim como sua situação emocional”, conta. Para vencer a insônia, o tratamento quase sempre se baseia na higiene do sono associada aos medicamentos.

O paciente precisa dormir na clínica para realizar a polissonografia

Higiene do sono Já dr. Pedro defende que a tecnologia (uso de smartphones, computadores, tablets) pode ser uma grande vilã para a qualidade do sono, porque tira a concentração (assim como a televisão) e infringe uma das recomendações para uma boa higiene do sono, que inclui ainda: evitar utilizar o ambiente do quarto para outras atividades que não seja dormir, como estudar e trabalhar, por exemplo; ter um ambiente sem ruídos e de temperatura e iluminação adequadas (pouca luz e não muito frio nem calor); dormir na posição lateral, ter horários regulares para dormir e despertar; ir para a cama somente na hora de dormir; não fazer uso de álcool ou café, determinados chás e refrigerantes próximo ao horário de dormir; não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica; jantar moderadamente em horário regular e adequado; não levar problemas para a cama; realizar atividades repousantes e relaxantes preparatórias para o sono; não fazer exercícios físicos antes de dormir e ser ativo física e mentalmente. Com essas medidas, é possível conseguir um repouso de qualidade. A soneca, no meio do dia, também é indicada. Mas deve ser por um curto período – de, no mínimo, 30 a, no máximo, 60 minutos, por dia. “Vivemos em uma realidade de muitas atividades, de absorver muitas informações. Por tudo isso, deveríamos estar dormindo mais, no entanto, dormimos menos”, resume o especialista.

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“Não me considero insone. Eu só acho dormir cedo um desperdício” quanto tempo?

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A necessidade diária de sono é individual. Cada pessoa precisa de determinado número de horas diárias de sono para se sentir bem. A necessidade varia nos seguintes grupos: CRIaNÇaS: Necessitam de cerca de 14 a 16 horas por dia. Além das horas de sono durante a noite, realizam alguns cochilos durante o dia. aDOLESCENTES: Necessitam de cerca de 9 horas de sono por noite. O sono é muito importante nesta fase da vida, pois é durante o sono que ocorre a liberação do hormônio do crescimento.

Insones na rede Sem condições de vencê-la, um grupo de twitteiros de Natal resolveu juntar-se à insônia. Na rede social, os insones se unem na hashtag #clubedainsonia para ocupar a lacuna que a sonolência ainda não conseguiu e discutem vários assuntos. São jornalistas, empresários, pessoas que trabalham à noite ou que simplesmente não gostam de dormir cedo. Como a jornalista Simone Silva: “não me considero insone. Eu só acho dormir cedo um desperdício. Daí, há um ano, resolvi criar o clube e cada vez mais pessoas começaram a participar. A gente conversa, opina sobre diversos EM REVISTA

temas e já conseguimos até mesmo identificar uma pesquisa que diz que os insones são mais criativos”, relata. Segundo publicação na revista Wired, há pesquisas que afirmam que nosso cérebro produz as melhores ideias quando somos privados de sono ou estamos sob o efeito de álcool. Estudo realizado na Universidade de Albion, em Michigan, testou 400 universitários durante a resolução de suas tarefas de álgebra, pela manhã e à noite. Aqueles que responderam às questões após a privação de horas de sono tiveram sua performance aumentada em 50%.

aDULTOS: Para a grande maioria dos adultos 7 a 8 horas de sono por dia são suficientes. Entretanto, existem aqueles que se satisfazem com seis ou menos horas bem como os que precisam dormir dez ou mais horas por dia para se sentir bem. GESTaNTES: No primeiro trimestre e, às vezes, durante toda a gestação, a necessidade de sono pode ser bem maior que o usual. IDOSOS: Costumam dormir menos durante a noite, tendo o sono fragmentado e com elevado número de despertares. Apresentam sonolência durante o dia e realizam cochilos diurnos compensatórios.

Fonte: www.disturbiosdosono.net

Simone Silva, jornalista



meio ambiente

Poupando para todos

Salão de beleza potiguar é referência no país nos quesitos sustentabilidade e preservação ambiental

46 Por Taciana Chiquetti

Para ficar bonita, a maioria das mulheres faz qualquer negócio. Quem já ouviu esta máxima sabe que elas – e cada vez mais eles também - topam ousar com um cabelo mais moderno, uma cor diferente de esmalte ou uma depilação mais sensual e não poupam esforços para conseguir novos resultados. Poupar: palavra importante no contexto de um dos mais tradicionais salões de beleza e estética de Natal, o TG Chic, localizado no Tirol. O objetivo da empresária empreendedora Fabiana Gondim não é economizar simplesmente para que seu negócio prospere, mas organizar os recursos de forma que todos se beneficiem com as ações e de maneira que eles sejam sustentáveis. Em uma cultura de desperdício como é o caso da brasileira, em que o país perde o equivalente a 39 mil toneladas de alimentos (item de primeira necessidade), não é difícil imaginar o que pode estar sendo negli-

genciado nos salões de beleza, em um contexto considerado supérfluo. No entanto, Fabiana quis figurar em números mais interessantes, relacionados à viabilidade econômica, justiça social e responsabilidade ambiental. “Em salão, a única coisa que não se deve economizar é a atenção com o cliente”. A frase disponível na

parede do estabelecimento vem sendo o lema da empresa, desde 2002, depois que Fabiana recebeu um “não” de um consultor do ISO (Organização Internacional para Padronização) porque não havia uma padronização em seus procedimentos. O “não” foi a motivação que ela precisava para começar a transformação em seu negócio.

Por Eugênio Bezerra


Hair Size A partir de então, ela apostou na criatividade e fez do TG Chic um case de sucesso em todos os sentidos, com uma gestão muito mais profissional. A ousadia positiva lhe rendeu ver o seu exemplo empresarial na Rio+20, uma das maiores conferências já realizadas pelas Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável. A conferência, que aconteceu entre os dias 13 e 22 de junho do ano passado, reuniu líderes mundiais com milhares de participantes do setor privado, ONGs e outras organizações para, em conjunto, discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável e formular soluções que possam ajudar a reduzir a pobreza, promover maior igualdade social e assegurar a segurança ambiental para um planeta que experimenta um intenso crescimento populacional. “Cataloguei todo resíduo gerado, fiz um inventário do tipo destes resíduos e comecei a pensar na forma de descartá-los, que até então era inadequada, apesar de inconsciente”, conta. Foi assim que nasceu o Hair Size, método criado pela empresária que analisa detalhadamente o cabelo da cliente para determinar a quantidade de produto que será utilizada. O processo adota duas réguas especiais, tabelas de rendimento e balança de precisão. A primeira régua segue a padronização que já existe no setor e identifica se o cabelo é curto, médio, longo ou extra-longo. Já a segunda régua mede o volume. Com essas informações associadas, o profissional consulta a tabela e continua o procedimento sabendo a quantidade de produto necessária para cada caso. Sem desperdícios, reduzidos em cerca de 60%.

Bom para o meio ambiente, que sofre menos agressões; para a empresa, que amplia sua margem de lucro; para os funcionários, que tem sua saúde preservada; e para o cliente, que tem seus cabelos poupados. Boas ideias devem ser multiplicadas e assim aconteceu. Atualmente, o método de Fabiana já está presente em mais de 50 salões do Rio Grande do Norte, quatro na Paraíba e dois em São Paulo. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) subsidia o projeto, que já consta no

“Estou em um local de trabalho que se importa com o planeta, com os funcionários e com os cabelos das clientes” Dell Marques, cabeleireiro

portfólio do órgão, para estimular o pequeno empresário do ramo a adotar as mesmas práticas. “Como participei do projeto desde o início, minha educação profissional já foi com este foco. Então, é muito bom saber que, com o crescimento do consumo, estou em um local de trabalho que se importa com o planeta, com os funcionários e com os cabelos das clientes”, destaca o cabeleireiro Dell Marques, que atua no TG Chic há oito anos, sobre a biossegurança praticada em seu ambiente profissional.

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Atitudes sustentáveis

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O TG Chic também faz a sua lição de casa de sustentabilidade com o aquecimento solar, sensores de presença para os ambientes, manutenção “religiosa” nos secadores para economizar energia elétrica, não utilização de produtos com aerosol, redução na quantidade de água usada, disponibilização de embalagens biodegradáveis para os produtos comercializados, redução de resíduos e rejeito, utilização de garrafas para beber água, evitando o uso indiscriminado de copos descartáveis, coleta de resíduo de serviço de saúde (lixo hospitalar) e a coleta seletiva. “Antes, produzíamos o equivalente a 30 estátuas do Cristo Redentor em resíduos. Com este novo conceito, essa quantidade foi reduzida para dez. Vale salientar que não adianta apenas gerar menos resíduos, é necessário saber também onde e como descartá-los”, explica. Visualmente, os clientes também são preservados dos estímulos ao

consumo exagerado: os tradicionais painéis e quadros de cabelos lisos e brilhantes foram substituídos por telas abstratas e de paisagens. Menos poluição visual também. Outro detalhe faz a diferença: no TG Chic, os clientes têm acesso a uma linha de produtos orgânicos – pouco vista em

“Vale salientar que não adianta apenas gerar menos resíduos, é necessário saber também onde e como descartá-los” Fabiana Gondim, empresária

outros estabelecimentos do mesmo segmento. O salão doa os resíduos para cooperativas, contrata auxiliares de cabeleireiros treinados em projetos sociais, como o Giradança, e paga seus impostos devidamente: a contribuição da empresa para a justiça social de seu contexto. “A sustentabilidade é muito ampla. Não é possível praticá-la olhando somente para nosso umbigo. Meu planejamento estratégico é ambiental. Tem que ser bom para todos”, aconselha Fabiana. Ela fez dos 5 R’s da Sustentabilidade sua receita de sucesso: Repensando sempre, Rejeitando adequadamente, Reciclando tudo que é possível, Reutilizando o máximo e Reduzindo desperdícios. TG Chic Rua Dr. João Chaves, 977 - Tirol. Natal/RN. Fone: 84 3222.6828 www.tgchic.com.br @tgchic



equilíbrio

Divã para eles 50

Por Taciana Chiquetti

O autoconhecimento torna qualquer pessoa mais forte e equilibrada e os homens estão despertando para a importância da psicoterapia nesse processo

O divã, com suas curvas e seu aconchego, parece ser um móvel “feminino”. E, de fato, por muito tempo, desde quando o precursor da psicanálise, Sigmund Freud, começou a estudar a mente humana, as mulheres eram maioria em seus experimentos. E continuou assim com o passar dos anos. Mais fáceis para expressar suas emoções, elas saem na dianteira quando o assunto é autoconhecimento. No entanto, as mesmas curvas do famoso mobiliário também são delineadoras de uma nova tendência: cada vez mais homens procuram por psicoterapia, independentemente das técnicas adotadas pelos profissionais do universo psi – com ou sem um divã propriamente dito. Em Natal, de acordo com o psicólogo clínico e psicoterapeuta Jorge Bilro, o número de homens que frequentam seu consultório está em 50%. Metade homens, metade mu-

lheres, fenômeno que não ocorria quando ele começou a atuar, há 30 anos, quando eles representavam apenas 5% da clientela. A porcentagem, segundo Jorge, vem em uma progressão ascendente, não somente em seu contexto, mas no consultório de seus colegas, na capital potiguar. Sucesso na sétima arte, a obra “Divã”, da escritora gaúcha Martha Medeiros, também brilhou na telinha. Do outro lado da tela, muitos gostariam de ter a mesma coragem da personagem Mercedes, vivida pela atriz Lília Cabral: de se entregar, mudar paradigmas, se aprofundar em si mesmos, se jogar no divã sem se preocupar com o que os outros vão pensar ou com suas próprias regras internas. Mercedes fala pelas pessoas comuns, sofre suas angústias, realiza seus desejos... Muitos gostariam de parafraseá-la, ao conversar com seu psicanalista, “não é mesmo, Lopes?”.


Terapia por quê? Para os homens, que culturalmente são condicionados a reprimir suas emoções, conter as lágrimas e não ser passivos, é mais difícil e angustiante – do que para elas - lidar com sentimentos, frustrações, relações interpessoais e afetivas. Por isso, as angústias mais comuns nos consultórios estão relacionadas aos relacionamentos afetivos e sexuais. “Eles estão mais inseguros do que elas. Apresentam mais ciúme, medo de serem traídos e de serem abandonados. Isso ocorre porque as mulheres estão mais seguras. Antes, elas se davam por satisfeitas por serem casadas. Atualmente, as mulheres querem mais: ser bem tratadas, ter prazer no sexo. Estão muito mais exigentes”, relata o psicólogo. Foi o que aconteceu com o empresário José Carlos (identificado nesta reportagem por um nome fictício), que passou pelo processo ininterruptamente por dois anos e, no ano passado, retornou ao divã, motivado por questões afetivas. Para ele, resolver problemas dessa natureza foi apenas o start para começar a trilhar, sem preconceito, o caminho do autoconhecimento. “Fui percebendo como os homens são ignorantes nesse assunto de conhecer a si mesmos, principalmente por não buscarem informação, não buscarem um profissional e uma técnica que os auxiliem em suas angústias”, avalia. Com o tempo, José Carlos foi rompendo a barreira da dificuldade de expressão e, hoje, considera a terapia “necessária para todos nós”. “Funciona como um espelho em que um técnico (o nosso psicólogo) nos guia pelos caminhos que vão nos ajudar a descobrir a nós mesmos. Hoje, sou muito aberto a falar”, observa. Além

do psicológico, equilibrar os aspectos espiritual e físico também o ajudou a ter uma vida mais plena e feliz, administrando suas frustrações e seguindo em frente. Outras demandas recebidas no consultório para serem trabalhadas pela técnica da análise bioenergética, adotada por Jorge Bilro, são as dificuldades dos homens em encontrar uma parceira ou em assumir sua homossexualidade. Os empecilhos vividos por eles para simplesmente amar são muitos. “Muitos não conseguem se fixar em uma mulher, entrando definitivamente em uma relação, porque não se sentem seguros. Estar com várias ao mesmo tempo pode ser uma defesa inconsciente para se proteger de diversos medos, por exemplo, o de ser traído, que é muito comum”, explica. No caso dos homossexuais, os relatos da terapia giram em torno do autoengano de viver de aparências. “Mas esses casos são mais raros de procurar o analista, uma vez que quem tem essa angústia não quer falar a respeito dela. Muitas vezes, acabam se deprimindo”, diz. No fundo, bem lá no fundo mesmo, quando as pessoas estão em silêncio, com o cabelo despenteado e uma roupa confortável, diante do travesseiro, o que elas querem é ser ouvidas, colocar para fora seus sentimentos, nem que seja entre quatro paredes, para um ouvinte desconhecido, que tem a si mesmo para oferecer. Um “Lopes”. Alguém que as convide a se despir de julgamentos nem que seja por um momento. Às vezes, as próprias mulheres dos pacientes os incentivam e os levam para a terapia, na esperança de encorajá-los a trabalhar suas questões internas.

“As mulheres estão mais seguras. Antes, elas se davam por satisfeitas por serem casadas. Atualmente, as mulheres querem mais: ser bem tratadas, ter prazer no sexo. Estão muito mais exigentes” Jorge Bilro, psicólogo

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Os julgamentos - impostos não somente pelo meio, mas por eles mesmos - os impedem de procurar e frequentar, sem preconceito, um “Lopes” e, no divã, extravasar segredos, vê-los serem amortecidos pelo poder da palavra entre os limites de uma sala. Na falta de um “Lopes” oficial, os julgamentos facultam algumas alternativas para abrir o coração: quem acaba fazendo esse papel, na maioria das vezes, são os melhores amigos ou familiares – dispostos, improvisadamente, a ouvir e a falar o que precisa ser ouvido. Mas a personagem Mercedes nos mostra que um papel não substitui o outro, ambos se completam na complexidade das necessidades humanas. Ambos se completam quando o assunto é ser mais de nós mesmos. O ser humano está em constante aprendizado. Viver nunca foi fácil e nunca será. Porém, mais complicado é administrar as ilusões de vida.

“Os homens são ignorantes nesse assunto de conhecer a si mesmos, principalmente por não buscarem informação, não buscarem um profissional e uma técnica que os auxiliem em suas angústias” Jorge Bilro, psicólogo

BIOENERGÉTICA Trabalhar o corpo, a mente e a energia é uma abordagem interessante para o público masculino porque permite exercícios para eles expressarem emoções e desbloquearem as tensões. O trabalho corporal, de resgate dos movimentos infantis reprimidos, ajuda os pacientes a conseguir um feito simples e corriqueiro para uma mulher, por exemplo, que é chorar. Muitos não fazem isso há anos. Repressão que pode ter consequências inclusive físicas. “Podemos adoecer, se não expressarmos nossos sentimentos. As doenças mais comuns, desta natureza, são herpes, problemas de pele, gastrite, dor na coluna e enxaqueca. O corpo é o depositário de todas as tensões e emoções não trabalhadas”, alerta Bilro.


Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba de adquirir sua nova plataforma cirúrgica, a mais moderna do Norte-Nordeste, para correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ela é composta pelo alegretto de última geração para correção de ametropias e do laser de femtossegundo que é usado para execução do flap, o que torna a cirurgia totalmente realizada por laser e aumenta a sua precisão.


maturidade 54 Por Eugenio Bezerra

Senhores de um novo tempo Cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos é receita para se viver mais e melhor


O galo canta atrasado para o empresário Jussier Trindade, de 70 anos. Às 5 da manhã ele já está de pé numa rotina que impressionaria qualquer um, até mesmo pessoas mais jovens. Pratica atividade física quase que diariamente, intercalando a musculação com exercícios aeróbicos, sem contar a pelada do basquete que reúne amigos e parentes pelo menos duas vezes na semana na quadra que ele construiu dentro de casa. “Eu sempre pratiquei esportes e o basquete é uma paixão que trago dos tempos de escola”, explica. A rotina inclui ainda muito trabalho, cuidando das empresas da família, e momentos de lazer com filhos e netos. Quem observa a disposição de Jussier para a vida já pode imaginar que ele tem planos para o futuro. O empresário planeja chegar aos 90 anos e dá a sua receita. “Eu me cuido. Faço check-up de 6 em 6 meses. Não fumo, como peixe quase todos os dias, não como carne vermelha, mas se me convidarem para um churrasco não farei desfeita de sair sem comer um pouco”, brinca Jussier. Observando as fotos de quando

“Procuro não ficar triste. Mas a atividade física me ajuda. Se estou chateada, vou malhar e já volto diferente” Tânia Dalsanto, dona de casa

tinha 15 anos, a dona de casa Tânia Dalsanto, hoje com 69 anos, continua com o mesmo olhar de quem ainda tem muito a viver e uma beleza ainda maior. Ela é daquelas mulheres que chamam a atenção pela alegria contagiante. “Procuro não ficar triste. Mas a atividade física me ajuda. Se estou chateada, vou malhar e já volto diferente”, explica Tânia que começou a praticar exercícios ainda criança. Com 6 anos já fazia ballet. Hoje, Tânia está matriculada numa academia, onde 3 vezes na semana pratica exercícios de musculação e aeróbicos. Ela também não descuida da alimentação. Só come carnes brancas e prefere alimentos integrais. Não fuma. Dorme cedo e tem muitos amigos. “Gosto de encontrar as pessoas, ir à igreja. Tenho um grupo de amigas do tempo da escola e nos encontramos com frequência para jogar conversa fora”, contou Tânia. Jussier e Tânia têm mais uma característica comum, os dois são disciplinados com horários bem estabelecidos e claros para as atividades. Jussier foi militar e Tânia está casada há 50 anos com um militar.

“Há tempo pra tudo, desde que você se organize e estabeleça metas” Jussier Santos, empresário

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Os dois acreditam que a disciplina ajude a manter a qualidade de vida. “Há tempo pra tudo, desde que você se organize e estabeleça metas”, ponderou Jussier. Tanto Tânia quanto Jussier já estão próximos de atingir a expectativa de vida que, no Brasil, chegou a 73 anos. Ambos acreditam que viverão

mais e encaram a morte como algo inevitável. Por isso preferem aproveitar os dias de aposentadoria com uma rotina de atividades que lhe preencham o dia de forma produtiva. “Não me imagino sentada ou deitada sem fazer nada, gosto de viver. Minha mãe morreu com 93 anos”, conta Tânia.

Envelhecer com saúde

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Para a ciência, todos nós estamos fadados a envelhecer e morrer. O nascimento é o início desse processo irreversível. As incontáveis reações químicas e divisões celulares que se dão ao longo da vida são etapas que levam à senilidade das células e do organismo. Recentemente, descobriu-se que o envelhecimento, ao contrário do que se acreditava, não é produto de uma única variável, mas de uma equação complexa. Nela se incluem fatores tão diferentes quanto os genes, a alimentação e a quantidade de exposição ao sol ao longo da vida. Sabe-se, também, que o peso de cada um dos fatores para o ritmo com que um organismo perde o viço não segue um único padrão – ele muda de uma pessoa para outra. Para a geriatra Luana Macedo, formada pela USP-SP, a receita para se viver mais e bem é simples e começa com os cuidados com alimentação e a prática de exercícios físicos desde

sempre. “Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, a pessoa é considerada idosa aos 60 anos e a partir daí tem que procurar um geriatra para fazer o acompanhamento”, orienta a médica e alerta: “Não existe pílula mágica da juventude ou rejuvenescedora. É preciso prevenir as doenças com exames e acompanhamento médico adequado a cada idade”. Descobriu-se, não faz muito tempo, que apenas 35% da longevidade conquistada por uma pessoa se deve à herança genética. Mais determinantes que os genes para prolongar a vida são os hábitos. Abandonar as 5 000 substâncias tóxicas que cada baforada de cigarro leva ao organismo pode fazer com que se viva cinco anos a mais. Praticar atividades físicas regularmente estende o tempo de vida em até três anos. O mesmo vale para quem segue uma dieta balanceada. Um trabalho realizado por pesquisadores japoneses avaliou dados de quase 90 000 pessoas,

“Não existe pílula mágica da juventude ou rejuvenescedora. É preciso prevenir as doenças com exames e acompanhamento médico adequado a cada idade” Luana Macedo, geriatra

entre homens e mulheres, e mostrou que aqueles com melhor condicionamento físico sofriam menos infartos, derrames e outros males do gênero. No estudo japonês, os pacientes que registraram níveis de consumo de oxigênio mais altos viveram mais. A geriatra Luana Macedo recomenda que a prática de atividade física seja uma constante na vida das pessoas e para os idosos, o treino deve conter atividades de musculação e exercícios aeróbicos como caminhar ou correr, além de um treino específico para melhorar o equilíbrio e flexibilidade. “Não há restrições desde que a atividade seja feita com acompanhamento médico”, orienta.


O que diz a ciência A expectativa de vida continua aumentando e, se as previsões do cientista Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar seu aniversário de 150 anos já nasceu. Biomédico gerontologista e cientista-chefe de uma fundação dedicada a pesquisas da longevidade, Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão todas as ferramentas necessárias para “curar” o envelhecimento - extirpando as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente. “Eu diria que temos uma chance de 50 por cento de colocar o envelhecimento sob aquilo que eu chamaria de nível decisivo de controle médico dentro de mais ou menos 25 anos”, disse Aubrey Grey durante uma pa-

lestra no Britain’s Royal Institution, uma academia britânica de ciências. Não se sabe exatamente como a expectativa de vida vai se comportar no futuro, mas a tendência é clara. Atualmente, ela cresce aproximadamente três meses por ano e especialistas preveem que haverá um milhão de pessoas centenárias no mundo até 2030. Só no Japão já existem mais de 44 mil centenários e a pessoa mais longeva já registrada no mundo foi até os 122 anos. Pelo ritmo atual de desenvolvimento da medicina do metabolismo, não seria espantoso que, no decorrer do século XXI, a sobrevivência humana com saúde fosse acrescida de mais sessenta anos - o que levaria a idade

média para bem mais de 100 anos. No mundo todo, a faixa da população que vem crescendo mais é a dos idosos, sobretudo aqueles com mais de 100 anos. No ano de 2050, eles deverão formar um grupo 20 vezes maior que o de centenários do ano 2000 e o número de idosos que conseguem viver sem a ajuda de outras pessoas tende a crescer. Nos Estados Unidos, existem cerca de 50 mil pessoas com mais de 100 anos de idade. Um dentre cada sete milhões de indivíduos vive até os 110 anos ou mais - e existe até uma palavra especial para designar esses anciãos: super centenários. Não há dúvidas de que Tânia e Jussier são candidatos ao título de super centenários. Alguém duvida?

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Impressionante como tem gente negativa no mundo!!! O pior é que isso contamina, se você não sair de perto, você acaba ficando sem energia . Outro dia, numa discussão com um amigo sobre as suas atitudes em relação ao trabalho, à vida, aos relacionamentos, à falta de dinheiro, fui tentar animá-lo com algumas sugestões mais positivas diante das coisas. E o que ouvi foi: “ lá vem você com essa filosofia barata!” Na verdade, pode até ser filosofia barata ou conversa de vendedor ou neurolinguística, mas que funciona, funciona. Quem está acostumado a usar aqueles velhos bordões é que sabe do que eu estou falando: “Só não tem jeito pra morte”, “Pra tudo tem um jeito”, “Quem quer faz. Quem não quer, dá desculpa”. Quando você acredita de verdade, isso tudo funciona muito bem. Minha avó já dizia: “Minha filha, palavra é força”. Bem, cada um acredita naquilo que escolhe, e mais ainda, cada um leva a vida do jeito que quer. E os resultados que se tem dependem disso. Então, lá vai mais uma frase de efeito: Você recebe o que você emana! Pura verdade. Trabalho com vendas e se eu não for positiva e tiver fé e otimismo, quem vai comprar meu produto? Acredito que assim é a nossa vida, se não passarmos a energia, alegria, abundância, prosperidade, quem vai acreditar no que falamos? Sei não, posso não, consigo não, dá certo não... A carga de um NÃO no final da frase já fez com que nada se torne realmente possível de acontecer. E se no pensamento, que é onde tudo começa, as coisas não acontecem, como elas podem se materializar? Prefiro concordar com Erasmo Carlos nessa linda canção: “Fé na vida, fé no homem, fé no que vira. Nós podemos muito, nós podemos mais!” Na dúvida, prefiro confiar e ter sempre fé e acreditar sempre em dias melhores! E eles vêm, com certeza.

Ramón Vasconcelos

coisas da vida 58

Filosofia barata, nada!

Patrícia Guedeville Publicitária e diretora comercial do Viver Bem patricia@guiaviverbem.com.br



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