Revista Histórica do Natal - Edição 2023

REVISTA HISTÓRICA

DO NATAL HISTÓRIA E CULTURA PASSO A PASSO EDIÇÃO 2023/2024

CAMINHADA HISTÓRICA AVANÇA A PASSOS LARGOS CASA DA MEMÓRIA GUARDA PASSADO DO RN PRAÇAS QUE CONTAM A HISTÓRIA DA CIDADE A PRESERVAÇÃO COMO RESPONSABILIDADE DE TODOS

O patrimônio É NOSSO

Sumário

8 A guardiã 12 Vamos a la plaza 22 Muito mais que uma caminhada 26 Responsabilidade de todos 29 A redução do Nordeste

Editorial

Os caminhos da cidade A palavra “debutante” é bastante conhecida. Ela é usada para designar a jovem que completa 15 anos de idade. Pois saiba você: a nossa Caminhada Histórica de Natal, que começou despretensiosa, para lançar um novo olhar sobre a cidade, é a debutante de 2023. A iniciativa completa 15 anos, mas ϐ lavra de origem francesa, não se trata mais de uma estreante. Já temos muita história para contar.

A caminhada, com a ideia de resgatar a memória e a cultura potiguar, promove um verdadeiro passeio pela história de Natal e, por isso mesmo, foi acolhida desde o início como parte das comemorações do Natal em Natal. Hoje, ela já consta no calendário de eventos da cidade e, a cada ano, conquista a adesão de mais natalenses e turistas.

O caminho percorrido pela Caminhada Histórica, no sentido real, mudou ao longo desses anos, mas sempre contemplou vias, praças e imóveis que ajudam a contar a história da nossa capital. O caminho percorri × ϐ gurado, por sua vez, esse foi sempre linear e ascendente. A caminhada começou tími-

da, mas foi ganhando corpo e protagonismo e é ela a grande estrela do Festival Histórico de Natal.

Foi também ao longo desses 15 anos que ϐ Ǥ × caminhada, com o incremento de roteiros, e para além do evento, na forma de concur Ǥ ϐ ǡ ï ǡ ­Ù ±rias jornalísticas sobre a história de Natal passaram a contar com premiações espeÀϐ Ǥ ǡ setores criativos em favor da memória da cidade. Os legados também se tornaram substanciais por força do documentário e desta publicação.

Nas páginas a seguir, portanto, o que temos é uma celebração em forma de revista. Não apenas dos 15 anos da Caminhada Histórica, como também dos parceiros que À Ǥ lebração da história e da cultura de Natal, ï Ǥ ­ dade: esses que nos movem e nos inspiram.

Boa leitura!

Jarbas Fernandes Filho

EXPEDIENTE Direção Geral Jarbas Fernandes Filho Historiador Alexandre Rocha

Redação e edição Quero Prosa Diagramação César Augusto

Ilustração da capa Luiz Miguel Ribeiro ϐ ϐ @festivalhistorico

História

A guardiã PODE ENTRAR, A CASA (DA MEMÓRIA) É SUA

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

Por Redação

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onhecido como a “Casa da Memória”, × ϐ Rio Grande do Norte (IHGRN) tem, pela primeira vez em mais de cem anos de funcionamento, uma presidente mulher. É a advogada e membro Joventina Simões Oliveira, que eleita para o triênio 2022-2025, propôs e está concretizando o ϐ ǡ

ǡ ï ǡ ϐ passado por meio da mais antiga instituição cultural em solo potiguar. “Nossa diretoria assumiu o compromisso de buscar a história onde ela estiver”, garante ela.

Joventina destaca que a edição de livros tem sido um dos caminhos percorridos pela gestão: já são oito títulos lançados

Joventina Simões Oliveira: a primeira mulher a presidir o Instituto Histórico do RN 8

Revista Histórica do Natal

FOTO: OCTÁVIO SANTIAGO

FOTO: OCTÁVIO SANTIAGO

A arquitetura neoclássica da fachada e a Coluna Capitolina são marcas da sua sede

desde que tomou posse e outros estão por vir. Entre eles, a reedição de Responsabilidade Civil do Estado, de Amaro Cavalcanti.

A obra, bastante atual, foi editada com a colaboração da Esmarn, a Escola de Magistratura do RN. O grande jurista potiguar João Chaves, cuja envergadura do seu trabalho no campo do direito penitenciário poucos potiguares conhecem, também terá obra reeditada pelo instituto.

Outra iniciativa que veio se somar à proposta da presidente foi a criação das comissões com a participação de especialistas, reunidos em grupos temáticos de estudo que se debruçam sobre a pauta dos pontos em destaque na história e cultura norte-rio-grandenses.

Coronelismo e cangaço, judiciário, mulheres pioneiras, Segunda Guerra e aviação, participação da Igreja na história

À ǡ ï ǡ ­ ± históricos, por exemplo, ilustram os temas dos primeiros trabalhos das comissões, que são compostas por sócios do instituto e tem, como colaboradores, convidados de notório saber.

“Temos muita coisa para fazer e giramos com criatividade, pois não temos renda nenhuma e tudo o que fazemos é de forma gratuita”, explica a gestora. É que a renda do IHGRN provém da anuidade dos sócios, da venda de livros que são ou editados pelo instituto ou fruto de doações e também de recursos provenientes de emendas parlamentares. Para os interessados em se associar, há vagas abertas: dos 200 sócios que comporta, a entidade conta no momento com 198.

Os projetos Quinta Cultural e Sábado Cultural são outra vertente do trabalho para dinamizar as atividades e estreitar laRevista Histórica do Natal

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ços. Mas Joventina e sua equipe também sabem que a conquista de mais colaboradores é imprescindível (e muito bem-vinda) para fazer avançar todos os projetos.

“Prometemos contar com mais geógrafos, porque o instituto é histórico e geo ϐ ² × ǡ ϐ dzǡ sidente. Atualmente, o IHGRN já conta com 10 geógrafos em seu quadro.

As datas históricas celebradas no calendário do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Arquivo Nacional também são

replicadas no RN. “Nós temos realizado aqui todos os eventos determinados por esses dois importantes órgãos e seguimos buscan dzǡ ϐ ǡ siasma ao falar sobre os feitos da instituição.

“O grande papel do instituto é resgatar a história, a memória e apresentar a geo ϐ Ǥ ± tamos trabalhando, porque é a partir dela que conhecemos nossas origens”, destaca a presidente do IHGRN, a primeira da instituição secular, que cuida do passado, mas não deixa de pensar o futuro.

FOTOS: ACERVO IHGRN

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O IHGRN Com 121 anos de existência, o IHGRN é a mais antiga entidade cultural do Rio Grande do Norte, fundada em Natal, no dia 29 de março de 1902. Abriga uma coleção museológica, documental e bi ϐ × tura do Estado.

Mantém, no seu casarão à Rua da Conceição, na Cidade Alta, com vista para a praça André de Albuquerque, um acervo de biblioteca com cerca de 120 mil títulos, arquivo e museu, composto de esculturas, ade ­ ǡ ǡ ǡ ǡ ϐ ǡ documentos e livros amealhados ao longo da sua história e fruto de doações.

Entre livros raros, jornais antigos, documentos que abrangem o período colonial, ± ï ǡ À ǡ por exemplo, a pia batismal da Igreja Matriz, a escrivaninha de Pedro Velho e outras preciosidades que ajudam contar a história do RN.

Revista Histórica do Natal

IHGRN Rua da Conceição, 622/623 - Cidade Alta • Natal-RN (84) 3232-9728 • Instagram: @ihgdorn

TIAGO FOTOS: OCTÁVIO SAN

Patrimônio

Vamos a la plaza COM A PALAVRA, AS CONTADORAS DA HISTÓRIA Por Redação

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ϐ ǡ tiva, brincadeiras e palco para manifestações das mais diversas, as praças são verdadeiros espaços de convivência. Se nas pequenas cidades representam muitas vezes o principal ponto de encontro, nas grandes, por sua vez, podem ser escape ï Ǥ Localizadas dentro de um raio de um quilômetro aproximadamente, as praças do centro histórico de Natal se adaptaram às transformações da cidade e guardam em si, capítulos da história.

A praça Padre João Maria, fundada no terreno por trás da Igreja Matriz, por exemplo, nasceu com o nome de Praça da Matriz e era ponto obrigatório de passagem das antigas procissões. Já se chamou Praça da Alegria ϐ ± ͳͻͲͷǡ atual denominação em homenagem ao San ǡ ϐ ± em romarias e para quem até hoje acendem velas em busca de proteção, alívio e agradecimento pelas preces atendidas.

Num passado mais recente, o seu entorno contava com o Banco do Nordeste (BNB), que se mudou para o bairro de Petrópolis,

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A devoção ainda presente ao Padre João Maria

Praças André de Albuquerque e das Mães, respectivamente: cenários históricos de Natal

mas por muitos anos suas instalações funcionaram na praça. Nesse mesmo local, antes do BNB, existia outro prédio que abri ï Ǥ ϐÀ “21 de março” também está no entorno da praça Padre João Maria, um dos primeiros e raros condomínios da Cidade Alta, que já sediou a Loja Maçônica de mesmo nome.

As mudanças vêm com o tempo e nem ±ϐ Ǥ do entorno são parte do passado. Com o esvaziamento do centro da cidade, a praça perdeu também algumas lojas, que não sobreviveram às crises recentes e à pandemia, além da feira de artesanato, que foi minguando até não existir mais. O seu solo, porém, segue acolhendo o sagrado e o profano, pois o mesmo local onde se manifesta fé ao Padre João Maria recebe foliões em cortejos de prévias carnavalescas ou folias sazonais. ʹͲͲ ǡ ϐ a Praça 7 de Setembro, ladeada por imponentes prédios: as sedes da Prefeitura de Natal, da Assembleia Legislativa do Estado, do Palácio da Cultura e do prédio que hoje funciona como anexo do Tribunal de Jus-

tiça, mas que até recentemente, sediava o próprio TJRN. Corriqueiramente, a praça é cenário para ­Ù ï ǡ utilizam o espaço para unirem vozes pela reivindicação de direitos e, no carnaval, se transforma num dos polos mais animados da folia, sediando no domingo de momo o tradicional Baile das Quengas.

A Praça das Mães está defronte ao prédio histórico que já foi sede do Legislativo do RN e, até 2015, era a sede da seccional potiguar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Bem próxima também a um dos prédios do SESC. Segundo registros, foi inaugurada no dia 8 de maio de 1960, Dia das Mães, na gestão do então prefeito José Pinto Freire. Com a forma de um triângulo, é ladeada pela avenida Câmara Cascudo (antes Junqueira Ayres) e pela rua Padre João Manuel.

Por lá, no início do século XX, estiveram centenas de potiguares que foram prestigiar, em 14 de julho de 1906, a abertura da sessão do Congresso Legislativo Estadual pelo governador Tavares de Lyra, inaugurando, naquele dia, a sede da ALRN. Muitas Revista Histórica do Natal

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ϐ contaram com intensa participação popular no local.

O Monumento às Mães, formado por um painel de azulejo e ferro fundido, que se tornou símbolo maior da praça, é de autoria do artista plástico Dorian Gray. A obra foi patrocinada pela prefeitura e inaugurada pelo governador Dinarte Mariz.

A Praça André de Albuquerque também ϐ Natal. Além de ser o marco zero, está na convergência de importantes prédios históricos, como a antiga catedral, ou Matriz, o Instituto × ϐ ȋ Ȍ próxima ao Palácio da Cultura, que por muitos anos foi sede do Governo do Estado.

A praça foi assim batizada em homenagem a André de Albuquerque Maranhão, que lutou ao lado dos republicanos na Revolução Pernambucana. É conhecida popularmente como Praça Vermelha, devido ao martírio que sofreu o corpo de André de Albuquerque, morto na prisão e levado para lá. Já passou por tantas intervenções que ϐ ao longo dos anos.

Na Ribeira, a Praça Augusto Severo também tem muita história para contar. Ela já abrigou os mais luxuosos hotéis de Natal como o Internacional, Hotel dos Leões e o Avenida. Nenhum deles existe mais. Também era lá que funcionava, em seus tempos de glória, o cinema Politeama, que já foi considerado o melhor cinema da cidade.

Hoje, seus vizinhos ilustres são o Teatro Alberto Maranhão (TAM) e o Palacete Coronel Juvino Barreto, onde atualmente funciona o Colégio Salesiano São José. Por isso mesmo, também é denominada como 14

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O Monumento à Independência embeleza a Praça Sete de Setembro

Largo Dom Bosco ou Largo do Teatro. Seu nome é uma homenagem a Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, importante político, inventor e aviador potiguar.

A Praça José da Penha, por sua vez, próxima à paróquia do Bom Jesus das Dores, já foi chamada de Praça Bom Jesus e Praça Leão XIII e por muitos anos, serviu como ponto de encontro para a “alta sociedade”.

O aterro e nivelamento foram obras do governo Tavares de Lyra (1904-1908), assim como a inauguração do teatro, a conclusão das obras de ajardinamento da vizinha Augusto Severo e o calçamento da Avenida Rio Branco, uma das principais de Natal.

Além das bençãos de Bom Jesus das Dores, a Praça José da Penha tem no seu entorno o antigo Grande Hotel, que hoje abriga ­ ǡ ϐÀ Bila, prédio comercial e residencial que representa uma preciosidade da cidade.

MONUMENTOS HISTÓRICOS

1. Praça André de Albuquerque 2. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação 3. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos 4. Praça Padre João Maria 5. Instituto Histórico e Geográfico 6. Memorial Câmara Cascudo 7. Rua da Conceição 8. Antigo Armazém Real da Capitania 9. Sobradinho 10. Palácio Potengi 11. Praça 7 de Setembro 12. Assembleia Legislativa 13. Antigo Tribunal de Justiça 14. Palácio Felipe Camarão 15. Largo da Junqueira 16. Casa da Estudante 17. Igreja Presbiteriana de Natal 18. Antigo Atheneu 19. Relógio do SESC 20. Antiga OAB 21. Praça das Mães 22. Capitania das Artes 23. Solar João Galvão 24. Solar Bela Vista 25. Travessa PAX 26. Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo 27. Departamento Estadual de Imprensa 28. Estação Ribeira 29. Colégio Salesiano São José 30. Praça Augusto Severo 31. Museu Djalma Maranhão 32. Antigo Cine Polytheama 33. Antiga Junta Comercial 34. Antiga Escola Doméstica 35. Antigo Grupo Escolar Augusto Severo 36. Teatro Alberto Maranhão

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Celebração

Muito mais que uma caminhada NATAL APRESENTADA EM VERSO, PROSA E FOTOGRAFIA Por Redação

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o começo de tudo era a Caminhada Histórica de Natal, com a sua proposta de lançar um novo olhar sobre a cidade. Esse verdadeiro passeio pela história, que acontece há 15 anos dentro das comemorações do Natal em Natal, já faz parte do calendário de eventos e vem, a cada ano, conquistando mais natalenses e turistas.

A caminhada, com a ideia de resgatar a memória e a cultura potiguar, foi, sem saber, o ponto de partida do que viria a se tornar o Festival Histórico, que é atualmente a maior plataforma de projetos culturais do RN e que chega ao seu debute em 2023.

“O Festival Histórico de Natal recebe esse nome para mostrar a amplitude do evento, que não se ï ǡ À que movimenta vários setores e que mantém viva a história da nossa cidade. Continua sendo nosso objetivo estimular a população a conhecer suas raízes e promover a nossa cultura”, explica Jarbas Filho, idealizador do evento.

A Caminhada Histórica, que segue parte da programação, está cada vez mais focada em seu objetivo de fazer com que as pessoas conheçam a própria história, valorizem a cultura de Natal e, aprofundando conhecimentos, aprendam a amá-la cada vez mais. Foi a partir dela também que surgiram os concursos que já viraram tradição do Festival, além desta revista.

Revista Histórica do Natal

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Natal se prepara para ver a Caminhada Histórica passar

Iniciativa originou concursos respeitados, com inspiração que vem das ruas

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ϐ ± Ǥ ta-se do segundo evento mais antigo na programação, criado alguns anos após a primeira caminhada e que está na sua sexta edição, com a proposta de valorizar registros que eternizem a alma da cidade.

O concurso das mais belas fotos históri ± ϐ dores e acontece tradicionalmente durante a caminhada. Inclusive só são admitidas fotos feitas ao longo do percurso, como forma de incentivar a participação.

Caminhar, fotografar... e, por que não, enaltecer o canto dessa cidade? Foi aí que os organizadores do Festival idealizaram então ï Dz Ȃ tas de encanto e cultura”, celebrando a es ² ï Ǥ agora à sua quinta edição e já rendeu belas composições, verdadeiras odes à Natal na voz de grandes intérpretes potiguares.

Também em sua quinta edição, o concurso de redação nasceu com o propósito de despertar, nos alunos dos ensinos fundamental e médio, o interesse pela história, cultura e Ǥ ï e privadas de Natal participam do concurso, cuja dissertação este ano versou sobre o tema “Vida e obra de Augusto Severo”.

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Já o prêmio de jornalismo “Natal sem Igual”, o caçula do Festival, está em sua segunda edição, e é promovido com o objetivo de estimular e valorizar a produção de ï À Ø histórico, arquitetônico e cultural de Natal.

Com o tema “Os caminhos da cidade”, este ano, o prêmio pretende mais uma vez ­ ϐ ϐ sobre a valorização e a conservação da memória e do patrimônio da cidade, dessa vez ï À avenidas, ruas, becos e vielas que ajudam a contar a sua história.

De caminhada a concursos de fotograϐ ǡ ï ǡ ­ ǡ vem, literalmente, percorrendo um belo percurso até aqui. É Natal vista, retratada e cantada em verso e prosa. Nem sempre sob o seu melhor ângulo, visto que a iniciativa, por aproximar, também lança luz sobre as marcas do tempo e as cicatrizes que a falta de zelo provoca no patrimônio cultural e histórico e, consequentemente, na memória de Ǥ ǡ ϐ ǡ qual a temos, aquela que chega aos seus 423 anos no embalo da conhecida canção: com as dores e as delícias de ser o que é.

Preservação

Responsabilidade de todos UMA NOVA PERSPECTIVA PARA O PATRIMÔNIO Por Redação

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

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momento atual se mostra propício à construção de uma perspectiva alargada da noção de patrimônio, abrangendo escalas mais amplas, de modo a considerá-lo em suas complexidades, tratando o tema com justiça e equidade social. É o que defende o arquiteto e urbanista José Clewton do Nascimento, atual superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional do Rio Grande do Norte (Iphan-RN).

Doutor em arquitetura e urbanismo pela ȋ Ȍǡ foi arquiteto da Divisão Técnica da superintendência no Ceará de 2006 a 2011 e é professor do Departamento de Arquitetura da Ǥ ʹͲͳʹǡ ± é um dos seus coordenadores.

Nesta entrevista, ele conta sobre os de ϐ × ǡ ± do tombamento, outras formas de acautelamento e preservação, tais como inventários, registros, vigilância, desapropriação e valoração. Formas que guardam cada uma a sua importância e devem ser utilizadas ­ ­ ϐ bens patrimoniais.

Revista Histórica do Natal

José Clewton do Nascimento é doutor em arquitetura e urbanismo pela UFBA

Quais os principais desafios para preservar o patrimônio da cidade? É importante ressaltar, citando a Constituição de 1988, que o parágrafo 1º do artigo 216 diz que a promoção e a proteção do Ø ï co, com a colaboração da comunidade. Nes ǡ ϐ Ȃ Ȃ ção consiste em considerar a perspectiva de que a preservação do nosso patrimônio

Preservação

Responsabilidade de todos

cultural passa pela concretização de uma gestão compartilhada, em que todos os segmentos da sociedade têm direitos e deveres sobre a questão, em seus lugares e escalas de atuação.

empreendidas, que contribuem sobremaneira na promoção, divulgação e proteção de nosso patrimônio cultural.

Quais os cuidados que devem ser considerados para se empreender dentro da área de um perímetro tombado? Ø ǡ À e Paisagístico do município de Natal, mais conhecido como Centro Histórico de Natal, FOTO: CÍCERO é um conjunto urbano inscrito no Livro do OLIVEIRA Tombo Histórico e no Livro do Tombo Ar × ǡ ϐ À ǡ ano de 2010. Nesse conjunto, incidem valores históricos e paisagísticos, que são iden ϐ ­ Ǥ esses valores que devem ser preservados, e cujas propostas de intervenção devem levar

Como a sociedade pode ajudar? É fundamental a compreensão de que a sociedade é ator importante nesse processo, tanto em ações de garantia dos seus direitos quanto de cumprimento dos seus Por Redação deveres. Em termos práticos, por exemplo, é importante seguir os procedimentos com atual se mostra propício relaçãomomento às autorizações para intervenções, à construção de uma perspectiva amparados nas portarias que regem esses alargada da noção de patrimônio, processos. Por outro lado, é importante abrangendo escalas mais amplas, de sociemodo ressaltar a contribuição dada pela adade considerá-lo complexidades, traem geral,em no suas âmbito de microações já tando o tema com justiça e equidade social. É o que defende o arquiteto e urbanista José Clewton do Nascimento, atual superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional do Rio Grande do Norte (Iphan-RN).

Doutor em arquitetura e urbanismo pela ȋ Ȍǡ foi arquiteto da Divisão Técnica da superinJosé Clewton do Nascimento é doutor tendência no Ceará de 2006 a 2011 e é proem arquitetura e urbanismo pela UFBA fessor do Departamento de Arquitetura da Ǥ ʹͲͳʹǡ ± Quais os principais desafios para preseré um dos seus coordenadores. var o patrimônio da cidade?

Nesta entrevista, ele conta sobre os deÉ importante ressaltar, citando a Consti ϐ × ǡ ± tuição de 1988, que o parágrafo 1º do artido tombamento, outras formas de acaute- go 216 diz que a promoção e a proteção do lamento e preservação, tais como inventá- Ø ï rios, registros, vigilância, desapropriação e co, com a colaboração da comunidade. Nesvaloração. Formas que guardam cada uma ǡ ϐ a sua importância e devem ser utilizadas Ȃ Ȃ ­ ­ ϐ ção consiste em considerar a perspectiva Sedepatrimoniais. do Iphan funciona em antigo casarão que pertenceu Aranha do nosso patrimônio bens de que aà família preservação

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA O PATRIMÔNIO

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cultural passa pela concretização de uma gestão compartilhada, em que todos os segmentos da sociedade têm direitos e deveres sobre a questão, em seus lugares e escalas de atuação.

empreendidas, que contribuem sobremaneira na promoção, divulgação e proteção de nosso patrimônio cultural.

em consideração nos projetos apresentados, seguindo as orientações determinadas notadamente na portaria 420/2010. Devo salientar que o Iphan-RN é composto por ± ϐ suas competências, disponível para orientar propostas de arquitetos, engenheiros e da sociedade em geral, o que contribui bastante nesse processo de proteção e preservação do nosso patrimônio.

senvolvimento das ações relacionadas aos recentes editais do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), do edital de Educação Patrimonial e do PAC Seleções, todos do ano de 2023. É também intenção construir e realizar atividades que tenham como objetivo possibilitar uma maior aproximação da instituição com a sociedade civil em geral.

FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

Quais os cuidados que devem ser considerados para se empreender dentro da área de um perímetro tombado?

Como a sociedade pode ajudar? Ø ǡ À É fundamental a compreensão de que a sociedade é ator importante nesse pro- e Paisagístico do município de Natal, mais cesso, tanto em ações de garantia dos seus conhecido como Centro Histórico de Natal, direitos quanto de cumprimento dos seus é um conjunto urbano inscrito no Livro do deveres. Em termos práticos, por exemplo, Tombo Histórico e no Livro do Tombo Aré importante seguir os procedimentos com × ǡ ϐ À ǡ relação às autorizações para intervenções, ano de 2010. Nesse conjunto, incidem valoamparados nas portarias que regem esses res históricos e paisagísticos, que são idenprocessos. Por outro lado, é importante ϐ ­ Ǥ “A preservação passa pela concretização de uma gestão defende essescompartilhada”, valores que devem serClewton preservados, e ressaltar a contribuição dada pela sociedade em geral, no âmbito de microações já cujas propostas de intervenção devem levar

Quais os projetos em curso?

Estamos atualmente nos debruçando sobre a elaboração da Portaria da Normatização do Centro Histórico de Natal. Em 2024, serão desenvolvidas atividades relacionadas à articulação e à mobilização dos agentes para pactuação de pontos a serem considerados para a conclusão da referida portaria. Em paralelo, serão realizados os acompanhamentos necessários para o de-

Existe alguma parceria com entidades da iniciativa pública ou privada para a preservação do patrimônio? É um aspecto importante a ser levantado e a ser tomado como meta, visto que as par ï Ȁ podem favorecer na empreitada do reconhecimento, valorização e preservação de nosso patrimônio, em Natal e em todo o RN. Nesse sentido, é fundamental a construção de pactuações com todos os agentes deste processo.

Sede do Iphan funciona em antigo casarão que pertenceu à família Aranha

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Artigo

A redução do Nordeste Por Octávio Santiago Artigo publicado originalmente pela Revista Gama

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FOTO: CÍCERO OLIVEIRA

FRASES QUE PARECEM INOCENTE, MAS EXPRESSAM XENOFOBIA

maginar um Sudeste no qual paulistas com um tom maior de incredulidade, na variaçãocompartilhada”, igualmente costumaz “Nem parece passa ² pela

ï ² gestão “A preservação concretização de uma defende Clewton ϐÀ ϐ que é nordestino”.

A saber: o povo do Nordeste não tem com o mesmo sotaque parece um exercício cara. Isso das é invento, com camadas ϐÀ - uma senvolvimento ações relacionadas aose em consideração nos Ǥ ± ǡ projetos apresentade estereotipação, que teve como mo segue recorrente em relação ao camadas recentes editais do Programa Nacional do dos,similar seguindo as orientações determinadas reforço de partida escritos jornalísticos da Nordeste, manifestado em frases aparentenotadamente na portaria 420/2010. Devo Patrimônio Imaterial (PNPI), do edital de de Patrimonial 1920, a exemplo Impressões mente inocentes e até elogiosas, mas que Educação e dodas PAC Seleções, salientar que o Iphan-RN é composto por década do Nordeste, publicadas pelo Estado de S. demandam uma urgente ultrapassagem. ± ϐ todos do ano de 2023. É também intenção logoe após o recorte espacial ser baEssa homogeneização a qual para o Nordeste construir realizar atividades que tenham suas competências, disponível orien- Paulo como tal.

“O homem geralmente

Ȃ como objetivo possibilitar umaé maior aprotar propostas de arquitetos, engenheiros e tizado pequeno e descarnado, com tendência gando nove estados e quase 60 milhões de da sociedade em geral, o que contribui bas- ximação da instituição com a sociedade ci-à Ȃǡ À

vil em ȋǥȌǤ geral. tante nesse processo de proteção e preser- ϐ ­ lher, raramente atraente, envelhece precoapenas desconhecimento ou desinteresse vação do nosso patrimônio. ǡ ȋǥȌ parceria com entidades ȋǥȌ por essa porção de Brasil, mas suas raízes Existe alguma da pitude aos 40 anos”, é o que consta em um têm origens mais perversas.

A redução da iniciativa pública ou privada para a preserQuais os projetos em curso? dos artigos. região e das pessoas que nela habitam diado patrimônio?

Estamos atualmente nos debruçando vação O eco do pensamento que loga com a depreciação da mão de obra miÉ um aspecto importante aeugenista ser levantado sobre a elaboração da Portaria da Normapolíticas branqueamento da grante do século 20, ede serve o puro e a ser tomado comodemeta, visto que as partizaçãodo doinício Centro Histórico Natal.

Em orientou brasileira àquela Ȁ altura pode ser suco xenofobia e racismo.atividades rela- população ï 2024,de serão desenvolvidas nessas primeiras impressões, com A manifestação desse podem favorecer na empreitada do reconhecionadas à articulação e àpreconceito mobilizaçãosecudos ouvido decretação do mestiço nordestino como lar aindapara acontece em bom som, àa luz do acimento, valorização e preservação de nosso agentes pactuação de pontos serem da evolução não dia, e encontrapara na inofensiva “Ah, você inimigo patrimônio, em Natal enacional. em todo Mas o RN.seNesse considerados a conclusão damas referida justamente a miscigenação inerente ao não tem cara de nordestino” das suas é fundamental a construção de pacportaria.

Em paralelo, serão uma realizados os ésentido, todos ­ ǡ formas mais ordinárias, em todos os sentituaçõesȂ com os agentes deste processo. acompanhamentos necessários para o de- dos que a palavra admite. Podendo ocorrer Ǧ Ȃ

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Artigo

A redução do Nordeste

diversa? Os muitos milhões de nordestinos À ϐÀ que não se reconhecem em estereótipos. Muito menos em apenas um. ï ǡ ï Ǥ modo de falar do povo do Nordeste também não admite graça nem homogeneização. Quem é de Recife não fala como o pessoal de Salvador, que não fala como a turma de Fortaleza, o que faz com que qualquer comentário sobre o “sotaque nordestino” seja inapropriado. PriPor Octávio Santiago ǡ Ȃ Artigo publicado originalmente pela Revista Gama Ȃ ǡ com algum sotaque, inclusive você que me lê agora, e não há hierarquia entre as variações maginar um Sudeste no qual paulistas de como o português é entoado pelo Brasil. com um tom maior de incredulidade, na va ï ² é doriação igualmente costumaz “Nem parece “Eu conheço ² o fulano, que também ϐÀ Você

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Nordeste. sabe quem é?”. Eis aqui outraque é nordestino”. com o mesmo sotaque parece um exercício queridinha entre os preconceituosos de boa- A saber: o povo do Nordeste não tem ϐÀ Ǥ ± ǡ -fé, sem intenção de rimar.

Não é porque umauma cara. Isso é invento, com camadas e mo similar em relação pessoa é desegue Natalrecorrente que ela conhece todosaoquecamadas de estereotipação, que teve como Nordeste, aparente-temreforço de partida escritos jornalísticos da moram nomanifestado sul da Bahiaem ou frases um sergipano mente inocentes e até elogiosas, que década de 1920, a exemplo das Impressões obrigação de saber os nomes dos mas moradores demandam urgenteEsse ultrapassagem. das ilhas douma Maranhão. questionamentodo Nordeste, publicadas pelo Estado de S. Essa a qualpara o Nordeste puxa dehomogeneização novo o reducionismo o diálogo,Paulo logo após o recorte espacial ser ba Ȃ com a adição de um caráter exótico que não étizado como tal. “O homem é geralmente gando noveeestados e quase 60 milhões de pequeno e descarnado, com tendência à bem-vindo que acessa diretamente a pasta Ȃǡ À

da cisão entre o “nós”, quem não é do Nordes-ϐ ­ ȋǥȌǤ apenas desconhecimento te, e “eles”, os nordestinos. ou desinteresse lher, raramente atraente, envelhece preco ǡ ȋǥȌ ȋǥȌ porVale essaum porção de aqui Brasil, masessa suasdicotomia raízes adendo sobre têm origens mais perversas.

A redução da pitude aos 40 anos”, é o que consta em um Norte-Sul que atravessa a história do Brasil, região e das diasobretudo nopessoas períodoque em nela que ohabitam Nordeste pas-dos artigos. loga a depreciação da mãoHavia de obra mi-dis- O eco do pensamento eugenista que sou acom existir com esse nome. uma grante do início dopelo século 20, ecom serve o puro orientou políticas de branqueamento da puta nada velada poder, o confronto suco xenofobia e racismo. bem de aquecido entre as elites ascendentes dopopulação brasileira àquela altura pode ser A manifestação desse preconceito Sudeste e as nordestinas que estavamsecuem de-ouvido nessas primeiras impressões, com lar ainda acontece em bom som, à luz do a decretação do mestiço nordestino como dia, e encontra na inofensiva “Ah, mas você inimigo da evolução nacional. Mas se não não tem cara de nordestino” uma das suas é justamente a miscigenação inerente ao formas mais ordinárias, em todos os senti- Ȃ ­ ǡ dos que a palavra admite. Podendo ocorrer Ǧ Ȃ

FRASES QUE PARECEM INOCENTE, MAS EXPRESSAM XENOFOBIA

ILUSTRAÇÃO: FREEPIK

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clínio, que viram o seu prestígio político ­ï Ǥ urbano versus o rural, o moderno versus o arcaico, a prosperidade versus a seca. ± ϐ para encolhê-lo politicamente.

Outra leva de frases com panos e panos passados pelo “deixa disso” é a que contempla termos como “paraíbas” e “paus-de-arara”. Essas expressões nasceram justamente no contexto cruel de depreciação dos trabalhadores nordestinos, que persistiu nas décadas seguintes do século 20, e que se associa, em alguma medida, à depreciação da mão de obra preta. Aliás, prática que persiste até hoje. Reproduzi-las, portanto, diz mais sobre quem fala do que sobre os próprios nordestinos.

O uso perigoso de conjunções e locuções como “embora” e “apesar de” para expressar “elogios” completa o pacote básico de declarações que exigem um F5: “Apesar de você ser ǡ ²ǥdzǤ Ǩ Ǥ ϐ mar que uma característica elogiosa de uma pessoa é inesperada em razão do seu lugar de origem é maldizer todos os seus conterrâneos.

Como se pode achar que o insulto a fami ± ϐ ± ǫ Esses elogios ofensivos ocorrem com fre ² Ȃ ­ Ȃǡ com comentários sobre inteligência e disposição para a labuta. Creia: exatamente

o que as impressões publicadas nos anos 1920 apresentavam ao país: uma gente “fatalista” e “indolente”, que “vive de farinha e rapadura” e “vegeta por contemplação”, “com o espírito sempre voltado para o seu pequenino mundo desolador”.

O pensamento decolonial que norteia a revisão da história e de (maus) costumes revela a cada dia como muito do que imaginamos ser não passa de construções interesseiras e, por isso mesmo, equivocadas. Conhecê-las liberta para necessárias atualizações, com as quais será possível, ǡ ϐ mitada onde o nordestino foi colocado na cabeça do brasileiro. É que esse povo do Nordeste é grande e plural demais para caber num espaço tão pequeno.

• Octávio Santiago é jornalista e pesquisador da origem do preconceito contra o povo do Nordeste

ILUSTRAÇÃO: ISABELA DURÃO

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Dicas

NOTAS

CULTURAIS MEMORIAL Falta pouco para o Solar Tavares de Lira ser reaberto na Avenida Câmara Cascudo, na Cidade Alta, agora como a nova sede do Memorial do Legislativo Potiguar. O prédio foi adquirido pela Assembleia Legislativa do Estado e as obras de ­ ϐ Ǥ A exposição permanente sobre o legislativo estadual foi modernizada com recursos tecnológicos.

Mais informações no memorial.al.rn.leg.br

ï Ǥ protesto e otimismo, o bairro com maior patrimônio arquitetônico de Natal e que ajuda a contar a história da cidade foi a inspiração para “Riba Ribeira”, interpretada pela cantora potiguar Ana Tomaz. A ï À taformas de áudio, como Spotify, Apple Music, Deezer, Amazon Music e Tidal.

Busque por “Riba Ribeira” no Spotify

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FOTO: MIGUEL SAMPAIO

MÚSICA

COLEÇÃO A editora Escribas deu início às comemorações dos seus 20 anos e lançou a coleção “Quero Prosa”, com 10 dos seus livros de prosa mais populares. A coleção inclui romances e coletâneas de contos e crônicas lançados entre os anos de 1986 e 2021, de autores Ǥ ϐ fases e estilos da literatura feita no RN. Disponível no loja.escribaseditora.com.br

INVENTÁRIO ± ǡ serviços e as iniciativas culturais remanescentes da Ribeira foi transformada em uma publicação do tipo catálogo pelo Sebrae-RN. “Enquanto eu existir” é uma iniciativa do jornalista Octávio Santiago e pode ser adquirida gratuitamente em três pontos de distribuição: no ateliê de Flávio Freitas, no espaço cultural Rosas na Cartola e no antiquário Ribeira Antiga.

Retirada gratuita nos pontos de distribuição

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FOTO: REPRODUÇÃO / INSTAGRAM

SAMBA O samba voltou a ser ouvido com frequência no Largo da Rua Chile.

O espaço cultural e gastronômico Rosas na Cartola ainda experimenta dias e horários de funcionamento, mas o encontro aos domingos, a partir das 15h, com o melhor do gênero musical mais famoso do Brasil, já é uma nova tradição. Há cardápios para café, boteco e bistrô, inclusive com opções veganas.

Programação no @rosasnacartolaespaco

MODERNISMO O livro da jornalista, escritora e pesquisadora Rejane Cardoso sobre a obra de Erasmo Xavier teve boa recepção da crí ï Ǥ Dz Erasmo Xavier” apresenta o legado desse artista visual potiguar que é considerado um dos grandes nomes do modernismo. ϐ prêmio Jabuti, na categoria “Arte”.

FOTO: BEBETO TORRES

Disponível na Lojinha do IHGRN

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FOTO: RAWPIXEL

AUDIOVISUAL

FOTO: GOOGLE MAPS

Apesar das reclamações quanto aos prazos apertados e ao excesso de burocracia, os editais da Lei Paulo Gustavo vão ser responsáveis pela injeção de quase R$ 70 milhões em produtos culturais no Rio Grande do Norte em 2024. A maior parte dos recursos será destinada a produções audiovisuais, incluindo séries, animações e longas-metragens.

REOCUPAÇÃO A Prefeitura Municipal de Natal iniciou um processo de reocupação da Ribeira com a instalação de pelo menos seis secretarias e órgãos municipais. A ideia é aumentar a circulação de pessoas no bairro com parte da estrutura do Poder Executivo, abrindo caminho para outras ações e iniciativas. O prédio onde funcionou o Ministério da Economia, na Avenida Duque de Caxias, foi o primeiro a ser reocupado.

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