Jornal Vivacidade Ed.200 fevereiro 2023

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“De acordo com dados oficiais, mas ainda provisórios, verificou-se entre janeiro e novembro de 2022 uma diminuição de 12,5 % na criminalidade geral no distrito do Porto, quando em comparação com o período homólogo de 2019. A criminalidade grave desceu 6,6% no mesmo período. Em Gondomar nesse período houve menos 631 ocorrências”.

24 e 25

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José Ângelo Pinto

Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT

Estimados Leitores,

Por todo o país assistem-se a concursos para a realização de empreitadas, principalmente ao abrigo do PRR, que ficam vazios; ou seja, ninguém concorre.

Ao longo dos últimos 20 anos, especialmente desde 2007, esvaziamos o país de bons construtores civis a todos os níveis. A emigração, a falta de competitividade nacional quando se fala de pagamento de salários, a necessidade que as grandes construtoras tiveram de fazer negócios noutros países levou a que tenhamos pouca oferta especializada e competente e a uma enorme falta de mão de obra para as empresas que têm essa oferta.

Por outro lado, houve uma grande quantidade de obras em que os critérios de fiscalização e verificação foram aligeirados, por necessidades que até se compreendem, o que leva a que hoje exista uma incapacidade de apertar esses critérios, por razões históricas que muitos donos de obra promoveram.

Ou seja, temos pouca oferta e falta de qualidade; em função da procura por base em custo baixo que é sempre o principal critério em obras de construção civil e pelo qual, muitas vezes, são unicamente as obras são avaliadas.

Do lado da procura temos um mundo de obras para serem realizadas. A definição do PRR para a melhoria dos parques habitacionais, para a melhoria do apoio social, para a reconstrução da capacidade dos centros de saúde e para a melhoria das escolas é necessária e faz sentido.

Mas o desequilíbrio claro que temos hoje em Portugal entre a oferta e a procura pode prejudicar seriamente os promotores, que vão aos concursos, que vêm verbas atribuídas, que se comprometem a realizar obra, que recebem adiantamentos e depois ficam com concursos vazios sem ninguém que execute o trabalho técnico complexo que é preciso fazer. Planos de projeto com 2 e 3 anos estão completamente desajustados em termos de preços e condições e quem se apresenta ao PRR com base em estudos com algum tempo corre sérios riscos de ter de aumentar exponencialmente os preços para conseguir ter quem faça a obra.

E se a inflação no cabaz de compras ao consumidor pode estar em 7,8% (INE) no cabaz da construção civil de habitação nova (INE), em Dezembro de 2022 os preços subiram 11,5% em termos homólogos.

O que significa que o PRR, para vir a funcionar, vai ter que reforçar as verbas dos projetos já aprovados e contratualizados, pois é a única forma das contribuições privadas poderem ser equilibradas e justas.■

SUMÁRIO:

Breves

Página 4

Sociedade

Página 6 a 34

Entrevista

Página 22 e 23

Destaque

Página 24 e 25

Especial Lampreia

Página 29 a 34

Cultura

Página 35

Desporto

Página 37 a 40

Empresas e Negócios

Página 41 a 44

Opinião

Página 46 e 47

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POSITIVO

Após dois anos de pandemia, as colectividades voltaram a celebrar o carnaval.

NEGATIVO

Noite de véspera de Carnaval marcada por incêndios a seis carros em Rio Tinto e Baguim do Monte

Viva Saúde Paulo Amado*

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO

COMO VAI ESTE PORTUGAL ?

O que tem haver a Economia com Saúde? Tudo meus caros leitores. Situação económica do País reflete-se com a qualidade de saúde da população, bem como na qualidade de saúde física e psíquica dos nossos utentes. Não posso deixar se transpor um sentimento de tristeza, em que Portugal, atravessando um momento de especial estabilidade política, se viva uma perfeita instabilidade económica e social. Todos sentimos que falta motivação aos nossos governantes, ou os mesmos não tem capacidades, nem “arte” para motivar o país nem sequer eles próprios... Não está aqui presente se se trata de um partido A ou B, mais esquerda ou direita, trata-se sim de uma catrefada de acontecimentos políticos de um total desgoverno e anarquia de responsabilidade. Parece que já não existem quadros para ocupar cargos governamentais, pelo menos, pessoas dignas de ocuparem essas “vagas” e assim algumas secretarias tal como a agricultura e outros ou se nomeiam primos e amigos ou ficam esses lugares por ocupar.

Nunca o país esteve tão centralizado, onde tudo que acontece, será sempre em Lisboa. Graças a deus um dos meus filhos, quis o destino, para ser alguém na vida, que fosse viver e trabalhar para Lisboa, senão como advogado sem “cunhas” politicas ou outras, não conseguiria evoluir. Somos mesmo um povo sem destino, sem motivação e mesmo sem alegria, não fosse o Fado a canção nacional, onde tudo que é desgraça acontece... Não podemos continuar agarrados a questões “caseiras” onde o dinheiro que se vai gastar no palco para receber o Papa em Lisboa fosse o assunto mais importante das noticias, numa guerra de forças politicas perfeitamente absurdas.

Assim vai este Portugal. Não interessa se sou deste ou daquele, não encaro a politica como o futebol, se nasci Portista como nasci na cidade do Porto, ninguém nasce direita ou esquerda, mas sim, nascemos com cérebro que deve ser culto e instruído, critico e fundamentalmente vivo e com opinião.

Em todos os partidos temos bons quadros e maus, há que escolher os melhores e de uma vez por todas deixarem de ser os primos e os que tem o mesmo partido.

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Acho que aprendemos a lição, nem com uma maioria partidária na assembleia temos estabilidade e desenvolvimento. Apesar do Sr. Costa, dizer “é assim, habituem-se” como ser pensante, amante do meu país Sr. Costa, recuso-me a ser um “carneiro”. Compreendo bem o Presidente da República, não querer antecipar eleições, mas infelizmente as coisas não estão a correr bem. Nem sequer falo nos conflitos sociais que se arrastam, como os professores, pessoal da saúde (todos), forças de segurança, etc. Falta coragem politica, estadistas, personalidades verdadeiramente empenhadas e motivadas. Deixem abrir a sociedade aos bons sem que sejam necessariamente de ser de Lisboa, primos e tios, o com o mesmo cartão partidário. Abram-se para a Vida. Sr. Presidente por vezes queremos continuar a sonhar que tudo vai bem, mas realmente não vai.

Felizmente nem tudo vai mal, por exemplo o poder autárquico, demonstra, pelo menos no nosso Concelho, pujança, ideias ( boas e menos boas – mas decide-se) com obras, evolução, criação, pena tenho que no mesmo partido ao mais alto nível se passe o contrário. Até ai temos alguma esperança, como o nosso Ministro da Saúde, Dr Manuel Pizarro, homem do norte, que é a nossa esperança.

Talvez se o nosso Portugal não fosse tão centralizado em Lisboa, as coisas fossem diferentes, não o digo como nortenho, mas como descentralizador e fundamentalmente como português.

POR FAVOR ABRAM AS VOSSA MENTES... PARA A VIDA.

Até breve, estimados leitores… ■

FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Francisca Rodrigues | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 (chamada para número movél nacional) | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/ vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 (chamada para número móvel nacional) | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Francisca Rodrigues, Frederico Amaral, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves, Sofia Pinto e Tiago Vieira. | Paginação e Impressão: LUSO IBÉRIA Avenida da República, Nº 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914605117 (chamada para número móvel nacional) | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 2 EDITORIAL
EDIÇÃO 23 MARÇO
PRÓXIMA

O Jornal Vivacidade agradece a todos os leitores que nos acompanham nesta viagem ao longo destes anos..

Hoje comemoramos a nossa edição número 200

A todos vós o nosso muito obrigado

COLÉGIO PAULO VI GANHOU MEDALHA DE OURO NA MAIOR COMPETIÇÃO DE GINÁSTICA ACROBÁTICA DO PAÍS

BAGUIM DO MONTE PROMOVEU O CARNAVAL

A Academia de Ginástica Paulo VI (AGPVI) participou , a 11 de fevereiro, no “VII Toneca Acro Cup”, a maior competição de ginástica acrobática do país, organizada pelo Ginásio Clube de Tomar, no Pavilhão Municipal da Cidade de Tomar.

Nesta prova, participaram 7 atletas do Escalão Sénior Base da AGPVI. Nesta competição a equipa subiu ao pódio 4 vezes. O Par Misto Sénior, constituído pelos atletas Catarina Ye e João Martins, obtiveram o 1º lugar na categoria de Pares Mistos Séniores e receberam ainda o prémio de melhor nota de execução da prova do escalão Sénior. O Grupo Feminino Sénior, constituído pelas atletas Laura Oliveira, Sofia Souza e Teresa Ribeiro, alcançaram o 3º lugar, na competição. A estes atletas junta-se ainda mais um Par Misto Sénior, constituído pelos atletas Rita Carvalhais e Rafael Ribeiro, que alcançaram o 4º lugar de classificação.■

GRUPO CORAL KYRIOS MARCOU O 35º ANIVERSÁRIO

A freguesia de Baguim do Monte realizou o desfile de carnaval, na Avenida Doutor Jorge Sampaio, a 17 de Fevereiro, e contou com a presença de cerca de 700 crianças de todos os Jardins de Infância e 1º Ciclo da freguesia. ■

ANTIGOS TANQUES DE BRANZELO JÁ ESTÃO REQUALIFICADOS

A União de Freguesias de Melres e Medas para preservar o património público dos antigos tanques de Branzelo transformou-os em espaços de lazer para que os fregueses continuem a usufruir destes marcos de históricos. ■

TOYOTA RIO TINTO MARCA DIA DOS NAMORADOS

COM INICIATIVA ROMÂNTICA

A Toyota Rio Tinto ofereceu aos seus clientes, para marcar o dia dos namorados, um cartão romântico. Esta iniciativa tinha como propósito mostrar que o carro é o par romântico do condutor. ■

O Grupo Coral Kyrios assinalou o seu 35.º aniversário, a 11 de Fevereiro, em festa a fazerem o que de melhor sabem fazer, cantar.

A comemoração contou com um informal jantar-convívio, onde marcaram presença, como é habitual, representantes associativos e autárquicos.

“Nascemos com um propósito: animar a eucaristia das 19h00 ao sábado. E, durante estes 35 anos, a nossa missão tem sido cumprida”, destacou Goretti Gomes presidente do Kyrios e agradeceu a todos “coralistas e músicos e em especial um agradecimento por fazerem parte desta grande família. E pela união e empenho de cada um”. ■

CARNAVAL DE SÃO SINFRÓNIO REGRESSOU A MELRES E MEDAS

APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS PARA O ORÇAMENTO

PARTICIPATIVO DE RIO TINTO A DECORRER

Até dia 28 de fevereiro, está a decorrer a fase de apresentação das propostas, por parte da população, para Orçamento Participativo de Rio Tinto. Os cidadãos podem candidatar-se aos 10 mil euros disponíveis para o financiamento deste projeto de cidadania participativa e, poderem ver o seu projeto, caso seja vencedor na fase da votação, a ser financiado e implementado no território pela Junta de Freguesia de Rio Tinto. ■

FANZERENSE REALIZA O SONHO DE LANÇAR UM LIVRO

A União de Freguesias de Melres e Medas promoveram o Carnaval de São Sinfrónio, a 19 e 21 de Fevereiro. O programa ficou marcado pelo desfile seguido do concurso de máscaras, a 19 de Fevereiro. Já no dia de carnaval foi possível assistir a música ao vivo com Ricardo Teles, houve a entrega de prémios do concurso de máscaras, o transporte de São Sinfrónio para a Câmara-ardente e por fim terminou com o cortejo e enterro do São Sinfrónio. ■

António Ferreira Castro, Fanzerense, ex-funcionário da Câmara Municipal de Gondomar, realizou o sonho de lançar o seu primeiro livro, a 18 de Fevereiro. A temática da obra é a viagem à juventude da guerra colonial em Moçambique até ao presente. A apresentação do livro realizou-se no Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 4 BREVES

AEG1- um agrupamento de projeto, com projetos e para projetos

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PLANO DE INOVAÇÃO IR + ALÉM

3.º ciclo empenhado no processo eleitoral para o Parlamento dos Jovens

O tema do Parlamento dos Jovens é “Saúde mental nos jovens: Que desafios? Que respostas?”. Este projeto é organizado pela Assembleia da República, em colaboração com outras entidades, com o objetivo de promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo debate de temas de atualidade. Culmina com a realização de uma Sessão Nacional na AR, contando com a participação de Deputados da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, órgão parlamentar responsável pela orientação do programa.

Na ESG, no EB, apresentaram-se a eleições 4 listas (J, G, M e C), formadas por alunos do 7.º ano, que fizeram campanha eleitoral entre 24 e 27 de janeiro. Para divulgar as suas propostas, afixaram cartazes pela escola, foram às salas de aula esclarecer os alunos e utilizaram as redes sociais. Verificou-se um grande envolvimento das várias listas neste projeto.

O ato eleitoral realizou-se a 30 de janeiro, na Biblioteca da ESG. Votaram 89% dos leitores. No dia 3, realizou-se uma Sessão Escolar para se aprovar o Projeto de Recomendação da escola e serem eleitos os representantes à Sessão Distrital. Esta realizar-se-á a 20 e 21 de março, no Fórum Cultural de Ermesinde. A ESG será representada pelas deputadas Inês Andrade (7.º3 - lista J) e Rita Miranda (7.º2lista G). Aleksandra Ishchenko (7.º2 - lista G) estará como suplente.

A Saúde Mental nos jovens é fundamental na nossa sociedade, por isso é necessário promover a literacia, contrariar o estigma que lhe está associado, intervir no meio escolar para promover a saúde mental, estilos de vida saudáveis e capacitar os jovens para escolhas comportamentais saudáveis. Assim, as medidas propostas pelos alunos para a Sessão Distrital são as seguintes: aumentar o número de psicólogos nas escolas; criar um clube de teatro para dinamizarem atividades; criar uma linha telefónica de apoio e um site que promova a socialização e o bem-estar dos jovens.

Este projeto é excecional para o desenvolvimento da disciplina de +CTE, pois promove o debate e estimula as capacidades de expressão e argumentação na defesa das propostas. Além disso, permite aos alunos desenvolverem confiança em si próprios, motivação para aprender, es-

pírito de iniciativa e tomada de decisões fundamentadas, aprendendo a integrar pensamento, emoção e comportamento, para uma autonomia crescente.

Pedro Rocha, coordenador do Parlamento dos Jovens

AEG1 continua a marcar presença no Campeonato Nacional das Profissões

Continuamos a reforçar a implementação de práticas inovadoras baseadas em métodos de aprendizagem a partir de projetos que permitem cruzar transversalmente as várias áreas científicas. Acreditamos que a promoção de uma aprendizagem criativa fomenta o desenvolvimento das competências STEAM, levando à participação ativa em projetos / concursos de abrangência interna, local, nacional e internacional.

Para participar no Campeonato Nacional das Profissões da SkillsPortugal, é feita uma prova de pré-seleção na entidade de origem. A ESG preparou todo o material exigido pela organização do SkillsPortugal Portimão 2023 e foi realizada a prova, ao mesmo tempo que era monitorizada, por videovigilância, pelo presidente de júri.

O professor responsável pela avaliação, Eugénio Cardoso, enviou toda a documentação solicitada e o aluno foi selecionado para a prova nacional.

A fase seguinte é o Campeonato Europeu e o melhor competirá com os melhores técnicos de eletricidade, eletrónica e domótica do mundo.

Forte aposta do AEG1 no desporto

Um Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores pode desempenhar diversas funções:

.Utilizar técnicas de instalação de equipamentos e sistemas de eletrónica, automação e computadores;

.Organizar o trabalho a fim de efetuar a instalação, manutenção e/ou reparação de equipamentos e sistemas de eletrónica, sistemas de automação e computadores e instalações de telecomunicações em edifícios;

.Analisar desenhos esquemáticos de equipamentos em edifícios instruções técnicas e manuais de fabricante, para proceder à sua instalação, manutenção e/ou reparação;

.Instalar componentes internos e externos de computadores, executando a instalação de hardware e de periféricos. Queres ser Técnico de Eletrónica, Automação e Computadores? Visita-nos! Esperamos por ti!

A turma 11 do 11.º do Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos conseguiu que as cinco propostas apresentadas fossem selecionadas para a 2.ª fase do concurso (entre 295 propostas de várias escolas). Esta é a fase de desenvolvimento dos sites que irão à final. Os alunos são acompanhados pelos professores Joana Marques e David Freitas.

Esta iniciativa da DECOJovem conta com a parceria do .PT e tem como objetivo promover o desenvolvimento de competências digitais, incentivando os jovens a criar sites com conteúdos digitais nas suas áreas de interesse para uma cidadania + ativa e + inclusiva.

DIAS ABERTOS

23, 24 de fevereiro

AQUI, CONSTRUO O MEU FUTURO!

Para além de criarmos condições aos nossos alunos atletas de alta competição para que possam conciliar a prática desportiva com as atividades letivas, temos, também, uma forte aposta em diversas modalidades do Desporto Escolar: Ténis de Mesa, Ténis de Campo, Atletismo, Voleibol e Badminton.

No dia 18 de fevereiro, várias equipas de voleibol, Juvenis Femininos, deslocaram-se à ESG para a II Jornada de Desporto Escolar. A nossa equipa, sob a orientação do professor Manuel Carvalho, teve, uma vez mais, uma prestação de que muito nos orgulhamos.

VAMOS, DIANA!

Chamo-me Diana, tenho 14 anos e sou atleta de alto rendimento na modalidade de ténis. Com 11 anos, representei Portugal no Campeonato Europeu, fui n.º 1 a nível nacional e consegui a 162.ª posição a nível internacional.

«A minha participação nesta prova proporcionou-me um dia diferente: de esforço, de concentração e de dedicação. Depois de 7 h a executar a prova de pré-seleção na ESG e ver, por um lado, todo o esforço reverter numa instalação elétrica capaz de satisfazer os requisitos propostos e, por outro, concluir os objetivos traçados no início do dia foi espetacular, gratificante e importante para o meu crescimento pessoal e profissional. Saber que estou a competir com os futuros melhores técnicos de domótica de Portugal é motivador e desafiante.

Para sermos competitivos e conseguirmos um trabalho nesta área, é fundamental estarmos ao lado dos melhores».

Estou a frequentar o 10.º ano, no curso de Ciências e Tecnologias na ESG. Conciliar as aulas com o desporto é um desafio diário, porque passo imensas semanas fora a representar Portugal. Só no primeiro período, participei em 6 torneios internacionais, o que implicou estar 6 semanas fora. Para além disso, também participo nas competições nacionais.

Treino na Ala de Nun’Álvares de Gondomar, que fica muito próxima da ESGessa proximidade foi uma das razões que me levou a matricular-me nesta escola.

Ser atleta de alto rendimento e ter bom aproveitamento escolar não é nada fácil. Requer muita disciplina. Mas vale a pena! Diana Fernandes

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 6 SOCIEDADE
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MUSEUS DE GONDOMAR integram Rede Nacional de Turismo Industrial

O Município de Gondomar assinou um protocolo que coloca o Museu Municipal da Filigrana de Gondomar e o Museu Mineiro de S. Pedro da Cova na Rede de Turismo Industrial do Porto e Norte. A cerimónia decorreu na Oliva Creative Factory ,em São João da Madeira, e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Marco Martins, e da Vereadora do Turismo, Sandra Almeida.

Marco Martins enalteceu a importância do momento para o turismo do concelho: “Os dois museus de Gondomar passam a constar na rede são mais um passo para enaltecer a importância da atividade industrial do concelho, tanto a que existiu no passado ligado às minas, como a que continua a ter com a ourivesaria e em particular a Filigrana”. O autarca acredita que “o turismo industrial continuará a crescer e Gondomar estará na linha da frente”. A discussão sobre as perspectivas futuras do turismo industrial foi o mote para a assinatura do acordo de alargamento da rede, numa cerimónia que decorreu no âmbito do congresso promovido pela European Route Industrial Heritage (ERIH). A iniciativa de dois dias é dedicada à cultura e património industrial. Entre as principais temáticas estão os novos perfis de públicos do turismo industrial, os circuitos de visita no património industrial e a musealização da indústria.

SOBRE O MUSEU MUNICIPAL DA FILIGRANA DE GONDOMAR

O Museu Municipal da Filigrana de Gondomar, inaugurado no dia 20 de maio de 2022, contou até agora com mais de 3 mil visitantes. Integrado na Rota da Filigrana, o município de Gondomar tem promovi-

do a divulgação desta arte secular, com o objetivo de preservar as memórias e o processo produtivo original e, ao mesmo tempo, contribuir para a rentabilidade económica da filigrana. Desde a inauguração do Museu, a exposição tem sido valorizada e enriquecida com novos elemen-

tos, contando com cerca de 60 peças.

SOBRE O MUSEU MINEIRO DE SÃO PEDRO DA COVA

Criado em 1989, numa das antigas Casas da Malta, o Museu Mineiro de São Pedro

da Cova tem como missão a valorização, divulgação e dinamização do património geológico e mineiro da freguesia do mesmo nome. O equipamento foi recentemente alvo de obras de reabilitação, e reabriu ao público, a 17 de dezembro, com um espaço mais tecnológico e interativo. ■

MERCADONA doou um total de 1.900 toneladas de bens

de primeira necessidade

A Mercadona, empresa de supermercados, doou 1.900 toneladas de bens de primeira necessidade em 2022, a mais de 70 entidades de cariz social, entre as quais Bancos Alimentares, IPSS e ONG com as quais colabora em Portugal nas localidades onde está presente.

Das 1.900 toneladas de bens de primeira necessidade doadas ao longo de todo ano, 1.100 toneladas foram entregues a 29 entidades locais no distrito do Porto. Entre elas estão as cantinas sociais com as quais a Mercadona colabora diariamente a partir de cada uma das suas lojas, bem como outras entidades como o Banco Alimentar e a AMI.

Ao longo do ano, os “Chefes” (clientes) também colaboraram em diferentes iniciativas solidárias entre as quais se destacam as campanhas do Banco Alimentar Contra a Fome, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Banco Solidário Animal

organizada pela Animalife.

No Natal, e como parte da sua política

de ação social, a Mercadona fez ainda uma doação especial de 50 toneladas de bens ali-

mentares a diversas entidades nos distritos onde tem lojas. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 8 SOCIEDADE

A LITERACIA AMBIENTAL é o principal objetivo

dos Clubes de Ciência Viva das Escolas da Bela Vista e Santa Bárbara

O Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara, em Fânzeres, promove inúmeras iniciativas em prol do ambiente com o Clube de Ciência Viva. O agrupamento tem dois clubes um sediado na Escola EB1 da Bela Vista e na Escola Básica de Santa Bárbara.

A criação dos Clubes de Ciência Viva, em ambas as escolas, é para permitir à comunidade escolar experiências que têm a ver com o conhecimento cientifico e tecnológico ambiental, essencialmente. Ambas as escolas têm projetos que se articulam e se complementam mutuamente.

Os Clubes englobam alguns projetos, o professor Jorge Nunes, docente de Ciências na Escola Básica de Santa Bárbara, explicou ao VivaCidade cada um deles. Neste momento estão em vigor dois concursos. Um deles prima a proteção dos oceanos, “Um (a)mar sem fim”, trata-se do terceiro concurso de literatura e artes plásticas, em que os alunos terão que realizar, caso escolham a literatura, poemas, fábulas, contos, textos narrativos, que falem desta temática, caso escolham as artes promover a criação artística com pintura, escultura ou desenho. O outro projeto, ainda a vigorar, é o segundo concurso de quadros e esculturas naturais, denominado “Biodiversidade com Arte”. O propósito é que os alunos desenvolvam o gosto pelas artes e melhorar a sua literacia ambiental. Os trabalhos terão de ser realizados tendo por base a biodiversidade local, seja em esculturas pintura ou desenho com materiais recolhidos na natureza.

“Neste momento a biblioteca da Escola Santa Bárbara tem uma exposição relacionada com os Charcos e a Biodiversidade em que os alunos vêm cá com os professores e através das novas tecnologias, neste caso os

telemóveis, conseguem ter uma aula interativa sobre os Charcos, tornando mais dinâmica a aprendizagem e sobretudo facilita a assimilação da mensagem”, explica Jorge Nunes.

Além destes projetos, os Clubes também montam um laboratório para que os membros possam fazer atividades experimentais. Como exemplo disto “ quando fizeram a atividade que consistia em retirar os plásticos da praia do Cabo do Mundo, no inicio do ano, o laboratório foi essencial para conseguirmos detetar de onde viriam os plásticos encontrados porque ao contrário do que é pensado o lixo que encontramos na praia nem sempre é depositado lá, pode muitas vezes ser oriundo até de Gondomar”, sublinha o professor de Ciências.

“O comportamento dos alunos tem sido diferente desde que abordamos estas temáticas nas escolas. Por isso também vamos adaptando os projetos. Estamos, também, a estudar agora as espécies invasoras com o projeto “invasoras.pt” e as borboletas noturnas, “traças: fadas ou bruxas?”, refere.

Nestas iniciativas as espécies invasoras

analisadas são as que existem em torno da escola desde as mimosas às plumas, que destroem os habitats da biodiversidade normal desse território. “As mimosas são australianas e nós trouxemo-las para cá porque achávamos bonitas sendo que são as únicas que dão flor no inverno, contudo são prejudiciais à nossa biodiversidade que não sobrevive ao lado destas plantas e não é pela sua beleza. Já no que toca ás plumas além do facto de se espalharem com facilidade, só com o vento as sementes são levadas para os diversos locais, nenhum animal consegue ingeri-las devido ao facto de terem uma folha cortante”, reforça o professor e acrescenta que “nós enquanto cidadãos não temos noção do quanto isto pode ser prejudicial para a nossa fauna e flora, e os alunos acabam por levar estas informações para casa e alertar os familiares para estas problemáticas”.

No que toca à investigação das traças os alunos vão de noite, uma vez por mês para a escola, criam armadilhas luminosas para as atrair e à posteriori estudam as traças para

ver qual é a sua espécie, e assim contribuem para o seu estudo e tentam perceber se estão ou não em vias de extinção.

Por último, e dos outros inúmeros projetos , o BioBlitz que permite aos jovens estudar a biodiversidade local em torno da escola através de fotografias capturadas pelo seu telemóvel. “Todas as iniciativas que realizamos temos como propósito relacionar com as novas tecnologias que são o dia de amanhã destes estudantes”, conta ao VivaCidade.

Estas atividades, essencialmente os concursos, resultaram num projeto inovador que foi a edição de dois livros em que os trabalhos dos alunos estão lá representados. Já foram lançadas duas edições, em que a segunda tem como tema a descoberta do jardim da escola, sendo que com a pandemia as crianças não podiam sair de casa. “Os alunos aderem bem a estas atividades e sentem que os trabalhos que realizam são valorizados, gostava de agradecer a todos os que participaram esta iniciativa inovadora e única”, finaliza o professor Jorge Nunes. ■

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Uma história que começou por ser escrita a carvão e que felizmente se enviesou e fez de Serafim Gesta e a sua irmã serem a primeira geração da sua família escapar ao destino dos Intertícios do subsolo das Minas de São Pedro da Cova. "Mazola", como é conhecido e se conhece a ele mesmo, ganhou a alcunha desde os tempos em que era craque da bola de trapos. Tornou-se Mazola como Valentino Mazzola, jogador do Grande Torino nos anos 40. Desde a escola das minas, em Vila Verde, que ganhou paixão pelas letras. Embora que como criança/adulto, tenha passado desde os dez anos de idade de ofício em ofício até à tropa. Foi aí que incubou a velha paixão das letras... Além do diário que escrevia no comboio a destino do seu serviço militar, assumiu também a função de escriturário. Como o próprio Mazola o disse: "...foi como um pássaro a deixar a gaiola."

Além do seu ganha pão como delegado de propaganda médica inicia por sua conta e risco a marcar a sua importância na história social de Gondomar. Acumula desde então documentos em pilhas e caixas... Todo um acervo que se tornou precioso para o seu percurso. Começou por escrever em jornais, a criar jornais (A Voz Padroense 1961; O Diálogo1975) e quase trinta títulos, na sua maioria a temática da qual é guardião - Os operários e as minas de São Pedro da Cova. Poeta, escritor, historiador, colecionador, Serafim Mazola completou a 24 de Janeiro de 2023, 87 anos. Seriam precisas mil páginas para escrever todas as aventuras e feitos deste filho de São Pedro da Cova que esperamos continuar a acompanhar por mais tempo.

É possível encontrar as suas obras escritas pela internet e Museu Mineiro de São Pedro Cova.■

CONFRARIA apresenta XII capítulo

O mês de Fevereiro começou com as festas em homenagem a São Brás, que decorreram durante o fim de semana de 3 a 5 de Fevereiro, contudo as celebrações começaram mais cedo, a 29 de Janeiro com a apresentação do XII Grande capítulo da Confraria Gastronómica dos Rojões e das Papas de Sarrabulho à moda de Baguim do Monte.

O evento começou pela manhã com o hastear da bandeira junto à Junta de Freguesia de Baguim do Monte acompanhada com a Fanfarra de Vilar de Andorinho. De seguida, desfilaram as cerca de 39 confrarias presentes neste evento até à Igreja Matriz de Baguim do Monte. Na chegada à igreja procedeu-se à entronização dos novos confrades e confreiras, em cerimónia orientada pela Mestre de Cerimónias, Deolinda Pinto e presidida pela Vice Guardiã-Mor Margarida Almeida e Chanceler Mor Paulo Araújo, acompanhados pelo Secretário da Chancelaria, José Ricardo Alves, a seguir designados: Ana Luísa Gomes, Filipe Madureira, António Vieira, Vitor Moreira, Sandra Lourenço, Egidio Abreu, Cristina Moreira, Sérgio Cardoso e José Rodrigues.

O almoço, com perto de 300 pessoas, foi servido na mega tenda montada no Largo de São Brás, alugada pela Confraria para tal efeito onde foram apreciados os Rojões e Papas de Sarrabulho confeccionados à Moda de Ba-

No dia 3 de Fevereiro, durante a manhã, enquanto decorriam as provas dos rojões e das papas de sarrabulho, foi inaugurado um painel com 840 azulejos. Este moral representa uma fotografia da Igreja de Baguim do Monte há 50 anos.

Este painel foi inaugurado pelo presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Francisco Laranjeira. ■

guim do Monte. Esta iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta de Freguesia de Baguim do Monte.

Um dos momentos altos deste almoço foi a entrega das insígnias de Confrade de Honra ao Sr. Jose Gadelho de Castro, fundador da casa de leitão assado “O Zé Pacheco”.

A 3 de Fevereiro começaram as celebrações em honra do Santo que cura as maleitas da garganta com o concurso gastronómico dos rojões e papas de sarrabulho à moda de Baguim do Monte, em que o jurado com uma prova cega teve de eleger o melhor prato servido seja de Rojões ou de Papas de Sarrabulho. Durante a tarde teve lugar a procissão em honra de São Brás e as ruas estavam repletas de pessoas, desde as crianças aos idosos.

No dia 4 de Fevereiro foi possível assistir à atuação dos dois conjuntos BailaSom e Paulo Joel. No domingo, 5 de Fevereiro foi eleito o vencedor dos Rojões e das Papas de Sarrabulho. Em primeiro lugar nos rojões ficou o Restaurante o Cardeal, seguido do Art’Rocha e com a medalha de bronze o Kim Kim. Nas papas de Sarrabulho o primeiro lugar foi entregue à Casa Madureira, em segundo ficou a churrasqueira de Baguim e por fim o Snack Bar Bem me Quer. O prémio combinado (soma dos pontos obtidos em cada um dos painéis) foi atribuído ao Restaurante Cardeal. ■

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JUNTA DE BAGUIM presenteia fregueses com painel de 840 azulejos

CENTRAL ÚNICA EM GONDOMAR reduzirá tempo de socorro

A Central Municipal de Socorro vai ser inaugurada no inicio do mês de Março, que funcionará no edifício do GoldPark, em S.Cosme, integrada no centro municipal de operações de socorro. Neste local chegarão todas as ocorrências do concelho e serão geridos todos os meios.

Este serviço vai englobar os Bombeiros, a Proteção Civil e a Policia Municipal, que terá como propósito final a

ligação com todas as freguesias de Gondomar e centralizar tudo o que é socorro naquele local. A expectativa é que com esta organização se poupe três a quatro minutos em cada socorro.

Na prática, os centralistas (telefonistas) que até aqui estavam nos diferentes quartéis de bombeiros, passam a ir trabalhar para o Goldpark, integrando uma escala composta por elementos das cin-

MOINHOS DE JANCIDO estão a ser alvo de reflorestação

co corporações. A eles juntam-se a Polícia Municipal e a Proteção Civil. “Isto foi um pedido realizado há muitos anos pelos comandantes dos bombeiros, que tinha como objetivo racionalizar meios, em vez de se ter uma operadora em cada corpo de bombeiros ter apenas dois. Acabamos por economizar nos meios humanos sendo que não serão necessárias 5 pessoas para

um posto, mas apenas duas”, explicou o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins.

Esta central única teve um investimento de cerca de 500 mil euros, além do investimento realizado pelo Município Gondomarense de mais 37% no que toca a apoios aos bombeiros. “Foi o maior aumento de sempre”, reforçou o presidente. ■

SÉRIE INTERNACIONAL gravada em Gondomar

Elementos dos Moinhos de Jancido, acompanhados de outros voluntários

A reflorestação de cerca de dez hectares da área ardida na zona dos Moinhos de Jancido começou 16 de Fevereiro, em Foz do Sousa, em Gondomar. O objetivo é a plantação de cinco mil árvores e arbustos típicos da área florestal até março.

A iniciativa junta a Câmara Municipal de Gondomar, agrupamentos de escolas, grupos empresariais e comunidades locais, que serão organizados em grupos de voluntários, de forma a contribuírem para a reconversão florestal de uma área que foi devastada por

um incêndio nos últimos dias de agosto de 2022. No total, foram atingidos 60 hectares. Estas ações decorrem no âmbito do projeto “Futuro - 100.000 árvores” da Área Metropolitana do Porto, que pretende “a criação de um bosque de floresta nativa em áreas ardidas, com a plantação de espécies menos suscetíveis ao fogo e promotoras de biodiversidade. As espécies que serão plantadas são as Bétulas, aceres, lódãos, castanheiro, medronheiro, azevinho e jasmineiro do monte.■

Gondomar foi um dos cenários escolhidos para a gravação da segunda temporada da série internacional “Operação Maré Negra”. A produção, exibida na RTP e na plataforma de streaming Amazon Prime Video, estreou no passado dia 10 de fevereiro.

A Vereadora do Turismo, do Município de Gondomar, Sandra Almeida, marcou presença em representação do Município na antestreia do primeiro episódio da nova temporada, que decorreu no cineteatro do Capitólio, em Lisboa.

As filmagens decorreram em locais emble-

máticos do concelho. A centenária Companhia Industrial de Fundição, uma referência na produção de ferro fundido, e a Boca do Lobo, empresa conhecida pela cedência de mobiliário para o filme “50 Sombras de Grey”, foram algumas das visitas da equipa de produção.

A filigrana de Gondomar volta a ganhar destaque no mundo audiovisual. Nesta série é possível ver as personagens Gemma (interpretada por Nerea Barros) e juíza Andrade (interpretada por Patricia Vico) exibirem peças certificadas. ■

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Atriz da série “Operação Maré Negra” com o coração de Filigrana ao peito

INAUGURADA HORTA COMUNITÁRIA em São Pedro da Cova

A Horta Comunitária da Urbanização Municipal do Bairro Mineiro, em São Pedro da Cova foi inaugurada a 17 de Fevereiro. É constituída por 22 talhões de, aproximadamente, 25 metros quadrados, disponíveis para a prática de agri-

cultura biológica e compostagem.

As candidaturas estão abertas a qualquer cidadão maior de 18 anos (à data da inscrição), privilegiando-se a população da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. Os agricultores têm

responsabilidades de manutenção da horta, a aplicação dos princípios de agricultura biológica e ainda a frequência obrigatória numa formação de nove horas. Para submeter a sua inscrição, pode entrar em contacto através do número

224662650.

O projeto Horta à Porta, liderado pela LIPOR, visa contribuir para a redução da produção de resíduos, em especial da matéria orgânica, e a reconversão dos solos urbanos. O objetivo é promover a qualidade de vida das populações, através da produção alimentar em modo biológico e da criação de hábitos de cooperação e partilha.■

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(Rede fixa Nacional) (Rede fixa Nacional) (Rede fixa Nacional)

ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA DE GONDOMAR pretende criar uma “Casa Pousio”

A Associação Mutualista de Gondomar (AMUT) funciona como uma espécie de seguro de saúde para os trabalhadores da Câmara e respetivos familiares, que se queiram tornar associados. Contudo é possível aderir às iniciativas da AMUT mesmo não sendo funcionário do Município.

A nível de serviços esta Associação contempla a AMUT caminhando, saúde e sabedoria. “ A AMUT caminhando é o nosso ex-libris, consiste em tirar as pessoas de casa, levá-las a conhecer outros locais e ter contacto com novas realidades”, explica Sandra Antunes, assessora técnica mutualista da saúde e comunicação, e acrescenta que “os custos são metade do valor que é praticado no mercado e é aberto ao público em geral”.

A formação é a vertente mais procurada e destina-se a pessoas empregadas ou desempregadas até 1 ano. Não tem qualquer custo para os formandos. No caso dos empregados recebem subsidio de alimentação já os desempregados além do subsidio de alimentação, recebem o transporte e a bolsa de formação, financiado por fundos comunitários.

A AMUT tem como principal propósito, nos próximos anos, trabalhar a saúde mental. “Adquirimos uma casa ao lado dos bombeiros para tratar destas questões mentais associadas ao burnout ou depres-

são, porque cada vez mais vemos pessoas com estas condicionantes e as respostas que temos são insuficientes ”, refere Nuno Oliveira, o diretor de serviços e gestor de formação.

A “Casa Pousio”, como se irá denominar a nova instituição de apoio à saúde mental, terá além dos programas normais, como psicólogos ou psiquiatras, soluções alternativas como o contacto com a natureza para incentivar os pacientes a terem outras perspectivas da realida-

de que estão a viver naquele momento. “Estamos a tentar estabelecer uma parceria com o ministério da saúde, para que estas pessoas sejam encaminhadas para este projeto alternativo mas sobretudo integrativo, e, assim, todos poderão ter acesso a este programa”, sublinha Nuno Oliveira.

A AMUT saúde, no passado dia 11 de Fevereiro, celebrou o sétimo aniversário. Esta clinica integrativa que engloba tanto as valências convencionais, como a nutri-

ção, fisioterapia, psicologia, medicina geral e familiar, terapia da fala, e as não convencionais onde se insere a acupunctura, osteopatia e recentemente a naturopatia (área que se dedica à nutrição, onde é feita uma análise que envolve a alimentação e a natureza).

“Acima de tudo somos uma clinica que prima pela prevenção e não pelo tratamento, ou seja, que as pessoas venham cá para prevenir a doença antes de ela se tornar real”, explica Nuno Oliveira. ■

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(rede móvel nacional)

FUNCIONALIDADE OTIMIZA RELAÇÃO COM OS CLIENTES ÁGUAS DE GONDOMAR aposta

no chat online como

A Águas de Gondomar oferece aos clientes um conjunto de ferramentas de apoio e atendimento ao cliente, no sentido de reforçar e facilitar a proximidade entre os clientes e a empresa. A disponibilização de meios digitais, para garantir uma efetiva e rápida resposta às solicitações do dia-a-dia, tem-se revelado uma aposta positiva, uma vez que muitos são os gondomarenses que já recorrem ao chat online para resolver questões relacionadas com faturação ou solicitação de meios alternativos de pagamento, por exemplo, sem que para isso tenham de dirigir-se às instalações da AdG.

Disponível em www.aguasdegondomar.pt, o chat online é uma ferramenta digital gratuita que funciona em tempo real, contando para o efeito com uma equipa de colaboradores da empresa - não se trata de bots - que analisam no momento as situações apresentadas e respondem de forma rápida e personalizada às respostas ali apresentadas. A conversa é totalmente personalizada e garante um acompanhamento próximo, razão pela qual se apresenta como uma das formas eficazes de

ferramenta

entrar em contacto com a AdG.

Ao aceder ao site da AdG, o cliente encontra no canto inferior direito uma janela de conversação, que funciona entre as 8h30 e as 17h30, em dias úteis, e que pro-

de apoio ao cliente

cura otimizar a relação entre a empresa e o seu universo de clientes.

O chat online tem vindo a complementar e diversificar os serviços de apoio ao cliente já disponíveis – o portal online e a

linha telefónica - e tem contribuído de forma decisiva para acrescentar mais valor ao serviço pós-venda, com um formato mais moderno e que responde às atuais exigências digitais dos clientes. ■

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(Redefixanacional)

CARDEAL é o grande vencedor do concurso gastronómico

O Restaurante Cardeal obteve o primeiro prémio no concurso dos melhores rojões à moda de Baguim do Monte, assim como o prémio combinado. O Vivacidade foi falar com os proprietários, que desde Agosto estão a gerir o restaurante, e a chefe de cozinha, para saber qual é o segredo para serem os vencedores dos melhores rojões.

Satisfeita com esta distinção?

Numa escala de um a dez, dez. Nós pegamos no restaurante em plena pandemia e foi a primeira vez que ganhamos este prémio e é motivo de orgulho.

O que traz este prémio para o restaurante?

É o conhecimento do Cardeal, embora já seja um restaurante conhecido aqui na freguesia agora com isto a procura é maior. As pessoas geralmente têm em mente que o restaurante “O Cardeal” é um restaurante caro e ao saberem que tem os melhores rojões já começaram a procurar e a desmitificar muito o fator de preço. O que acaba por nos dar um grande reconhecimento.

Relativamente a preços, confirma que realmente é um restaurante caro ou é um mito?

Pessoalmente, acho que aqui em Baguim do Monte, não há nenhum restaurante que se possa comparar ao Cardeal. Penso que é um mito porque a qualidade paga-se. Não

considero que seja um restaurante caro, está dentro da média nacional.

É vossa percepção que o preço que praticam é ajustado à qualidade que apresentam?Para nós é mais importante ter qualidade do que reduzir o preço em 1 ou 2 euros. Até porque trabalhamos sempre com as melhores matérias primas, que há no mercado. Desde as bases, ao óleo, ao azeite, às carnes, ao queijo. Nós preferimos cuidar do cliente e primar por ter os melhores ingredientes e as melhores matérias primas. Se o produto é bom o resultado final é extraordinário, independentemente do custo, seja mais 1 ou 2 euros.

Qual é o tipo cliente que querem atingir?

Todo aquele cliente que valorize e aprecie qualidade.

Para desmistificar, esta questão do preço, quanto é que custa em média um almoço?

Oito euros e meio, só a refeição, com bebida, sobremesa e café fica em média 15 euros.

Vieram para aqui e o restaurante já tinha a fasquia muito alta, foi difícil manter essa fasquia?

Há sempre espaço para crescer. A fasquia era elevada não posso dizer que não. Já havia um nome muito grande por trás, no entanto passo a passo nós fomos conquistan-

do o nosso espaço, fomos-nos adaptando, fomos criando o nosso mercado, dando o nosso toque pessoal. Hoje olho para trás e digo que foi difícil mas conseguimos.

Qual é o vosso principal objetivo?

Para mim, o restaurante cardeal tem que ser um restaurante de nome a nível nacional que venham pessoas de Lisboa, por exemplo, como já aconteceu pessoas a virem do Algarve à nossa procura. ..Queremos que as pessoas pensem num restaurante para vir a Gondomar almoçar ou jantar e pensem automaticamente no “Cardeal”. É para isso que trabalhamos.

Além dos proprietários do restaurante falamos com a chefe de cozinha, Carina Oliveira responsável pela confecção dos rojões que foram alvo do prémio no Concurso Gastronómico de Baguim do Monte.

Qual é o segredo para este prato que ganhou o prémio no concurso gastronómico?

Este prato é um prato que é moroso a confecionar porque tem vários passos e vários elementos que o compõem. Com uma boa carne de porco como a que nós usamos, a barriga e o cachaço, um bom tempero e seguindo a receita tradicional da confraria é o segredo. O sangue, as tripas, o redenho, que demora bastante tempo até ficar no ponto, as castanhas e os grelos, adicionado recentemente para dar mais ênfase ao prato que é por si só bastante pesado e os grelos cortam

Quanto tempo é que demora a fazer este prato?

Entre duas e três horas.

Qual foi a sensação de ter ganho o prémio?

Foi um enorme orgulho. Faço parte do melhoramento da receita se não tivesse ganho algum destaque ia ficar muito triste, porque isto é uma receita fácil, é preciso seguir todos os passos, não é um prato difícil de confecionar embora seja demorado.

A paixão com que confeciona os seus pratos é fator decisivo no produto final?

É fundamental. Se você estiver contrariado a fazer alguma coisa aquilo não vai correr bem. É como na comida. Comida é conforto, é amor.

Há algum prato que gostaria de ser reconhecida por fazer?

Não tenho assim nenhum, ainda não tivemos tempo aqui neste restaurante para conseguir implementar um prato desses. Sinto que faço muito bem assados. O cabrito é o meu prato assinatura. Quero melhorá-lo e quero tornar isso diferente aqui no Cardeal. Quero que as pessoas procurem pelo Cardeal pelas nossas especialidades e pelo bem que sabemos fazer. ■

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VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 21 (rede fixa nacional) Rua d. João de Castro 587 4435 674 Baguim do monte TL. 224807025 // TM. 918421974 AQUI NÃO SE TIRA SÓ A CARTA AQUI APRENDE-SE

SÓNIA TAVARES “A MÚSICA ERA O

PELO MENOS ERA O

Com quase 46 anos de vida, imaginar-te-ias a fazer outra coisa e a viver doutra profissão que não a música?

Neste momento não, porque passados tantos anos da minha vida na música acabei por não saber nem aprender a fazer algo mais. (risos) Às vezes penso nisso e concluo que tenho mesmo de continuar na música. Aliás, é o meu sonho desde a adolescência, que a vivi com a música. Não dentro da música. Se ela não tivesse surgido em mim, provavelmente estaria algures a contar macacos ou, então, no Egito a escavar múmias. A música era o meu destino, pelo menos era o que queria para mim!

“The Gift” lançaram recentemente o álbum “Coral”. O que tem de melhor e diferente que os anteriores?

De álbum para álbum achamos que este é o melhor. Mantêm-se as mesmas pessoas que começaram “The Gift” em 1994 e as mesmas ambições. Musicalmente somos os “The Gift” de 2023: assim como nós amadurecemos, as nossas canções também. E a grande diferença é que desta vez trabalhámos com orquestras de cordas, violinos, e gravámos com um grupo coral de fora, com 90 pessoas. Agora, na versão portuguesa, andam connosco umas 20 pessoas nas atuações que temos ao vivo. Têm feito a ponte entre a eletrónica e a clássica e eu canto, maioritariamente, canções em português. Essa é outra grande diferença. Nós temos outros dez discos, todos eles cantados em inglês. Temos músicas muito pontuais em português, conhecidas do grande público - tais como “Fácil de entender” e “A Primavera” -, mas eram apenas uma por álbum.

E foram as que mais ficaram no ouvido das pessoas. Não foi com essa intenção que produzimos este disco quase todo em português, mas foi mesmo para explorar aquilo que tanto nos honra, que é a nossa língua, a nossa personalidade, as nossas tradições culturais. Daí termos gravado com os Pauliteiros de Miranda e com os Gaiteiros de Lisboa. Tentámos ir às nossas raízes musicais.

E também fomos resgatar algo daquelas bandas dos anos 80 que nós adorávamos, como o GNR, os Heróis do Mar, a Sétima Legião e por aí fora. Portanto, é tudo diferente, mas somos os mesmos. (risos)

Nele cantas temas relacionados com o tempo, o lamento, a negritude... Achas que nós, de modo geral, vivemos mal com o tempo, lamentamo-nos muito e andamos, por vezes, na escuridão?

Acho que o tempo é nosso amigo para

muitas coisas, mas é nosso inimigo quando nos leva as pessoas de que gostamos, com quem estamos habituados a viver e conviver, a sentar à mesa. E é essa parte de ficarmos sem o amor dessas pessoas que retratamos no nosso disco. Não foi a passagem do tempo, por a vida ser passageira, pela qual quisemos ir, mas o lado da saudade que essas partidas nos deixa. É, realmente, um disco um pouco melancólico, mas nós também não sabemos escrever canções muito alegres. (risos)

Mas achas que se enquadra na nossa sociedade, por ser muito lamuriosa e de algumas sombras?

A minha música é de lamento e eu também sou uma portuguesa que se lamenta. Vejamos que a melancolia e o lamento andam, há centenas de anos, de mãos dadas e com o fado no coração. E o fado é complica-

do de gerir nas nossas vidas. (risos)

Uma das tuas escuridões, entretanto revelada, é a depressão profunda em que vives: lidas já bem falar nela? De que modo a vais enfrentando e combatendo?

Eu não tenho problema algum em falar da minha saúde e das minhas doenças, inclusive da depressão provavelmente ligada à minha fibriomalgia. E quando falo disso não penso: “agora vou dizer isto; ou agora não dizer”. Não! O que me perguntam eu digo. Ainda ninguém me tinha perguntado e o Goucha perguntou, no seu programa, e eu respondi. Mas prefiro que me identifiquem pelas minhas canções e não pelas minhas doenças.

Além da medicação, da terapia e da música, que te vão ajudando, que ou-

tros escapes te consolam quando tens dores, ou te sentes mais ansiosa e em baixo?

Gosto particularmente de ficar em casa, contrariamente àquilo que os médicos recomendam. E é uma chatice! Porque a ideia é sair, é apanhar sol, viver um pouco aquilo que a profissão não nos deixa viver, contemplar o que é belo e isso tudo de bom. Mas a minha terapia é trabalhar. É o trabalho que ocupa a minha mente mais negra e que me ajuda. Infelizmente, há pessoas que ficam inaptas para a vida e não conseguem trabalhar. Tive psicóloga e psiquitra, terapia e medicação - devido à fibriomalgia -, e fui combatendo. Já não posso meter baixa, por isso tenho de trabalhar. Mesmo quando tenho dores no coração.

Queres deixar alguns conselhos sobre este assunto importante? Até para

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 22 CULTURA ENTREVISTA
MEU
Sónia Tavares deseja apresentar o novo álbum - Coral - dos “The Gift”, em Gondomar.
DR

MEU DESTINO, O QUE QUERIA PARA MIM!”

habitualmente nunca me recordo de nada. Mas, curiosamente, esse concerto sim.

Passados 16 anos tens previsto regressar? Desejarias atuar, novamente, em Gondomar?

Para já ainda não temos nada marcado para Gondomar. Mas se nos convidarem nós vamos. Fica o repto, pois também gostaríamos de apresentar aí o nosso novo álbum. Como em todos os teatros, auditórios e grandes praças que desejem receber-nos.

Enquanto jurada do concurso televisivo “A Máscara” tiveste de reconhecer vozes, timbres, expressões, etc. Costumas ter algum critério ou estratégia específica para errares o mínimo possível?

Isso já é passado, não se mantém. Até porque não sou qualificada para dizer a alguém como canta. Se alguém canta bem ou mal e isso a faz extremamente feliz, quem sou eu para lhe dizer: “não cantes”. Já superei isso, já tenho uma certa idade. Se as pessoas têm prazer a fazê-lo, e se têm o sonho em serem artistas, que o façam! Por isso, não quero ter essas responsabilidades enquanto jurada. Sinceramente não bate comigo ter que avaliar alguém e afirmar-lhe que tem de arranjar outra profissão. Ninguém é qualificado para o fazer. Uma coisa é aconselhar a melhorar aqui ou acoli, mas apenas isso.

Que balanço fazes do vosso projeto “Red by The Gift”?

Trata-se uma aplicação, que se encontra na “app store” ou noutra rede digital de busca, criada no início da pandemia. Ali se encontra a nossa história, histórias que ninguém nunca ouviu, a nossa discografia, entrevistas minhas que dei aos Media e que fiz a pessoas que admiramos e outros registos com curiosidades, que gravamos semanalmente.

apoiar quem passa pela depressão e não saber o que fazer, como resolvê-la...

Eu aconselho, a quem está a passar por isto, a procurar ajuda junto ao médico de família. Pois lamentavelmente não chega o que o Serviço Nacional de Saúde nos possibilita na comparticipação de quatro consultas psiquiátricas por ano. Quando se deve ter, pelo menos, uma por mês. E com esse especialista há que delinear um plano de futuro. A ideia é ter isso controlado. Há também quem opte por medicina alternativa. Eu prefiro a medicina do Hipócrates, mas isso sou eu, mas qualquer tratamento que venha a aliviar e a trazer mais felicidade à pessoa doente é sempre bem-vindo.

O álbum “Coral” trata de instintos. Segues, normalmente, os teus instintos e impulsos? Como reages e o que sentes quando assim não é?

Eu sou, efetivamente - e sempre fui -,

uma pessoa muito impulsiva. Reajo muito ao estímulo. Às vezes acabo por dizer coisas que não queria e depois arrependo-me, mesmo em direto. E depois comento para comigo: “bolas, lá fui eu dizer aquilo de que não havia necessidade nenhuma”. Mas pronto, é a minha espontaneidade, é o que me carateriza. Acaba por menos conviente, por vezes, mas eu tento viver com isso. (risos)

Gostas de recorrer à tua memória e exercitá-la?

Não gosto nem recorro a ela, porque não tenho tempo. Tenho de trabalhar. E trabalho de manhã à noite. Nós - como músicos - somos a nossa própria editora, a própria promotora, portanto nós fazemos tudo, como os nossos videoclips. Logo a nossa vida é muito complicada de gerir. Mas tudo isso é o meu

escape para transmitir a minha arte.

Testando, então, a tua memória, desafio-te a irmos até 2007, em que atuaste ao vivo em Gondomar. O que te recordas desse concerto? O que te marcou de especial?

Foi numa praça e lembro-me perfeitamente, mesmo tendo sido há 16 anos, por alguns motivos. Um, é que havia uma loja mística: lá eu comprei uma bruxinha muito linda - ou alguém me ofereceu - e esqueci-me dela no camarim. Nunca mais a vi, mas vale-me a lembradura (risos). Outro motivo para me recordar foi o facto do Major Valentim Loureiro subir ao palco e pegar em mim ao colo (risos). Ofereceu-me um colar com coração de ouro em filigrana, que eu ainda hoje guardo e, por vezes, uso! Poucas vezes, porque tenho medo de estragar. Recordo-me bem de tudo isso, e do local em si, e eu

Dessas entrevistas que orientaste qual aquela que te encheu mais as medidas?

Porquê?

Lembro-me que entrevistei, e gostei muito, algumas figuras tais como: César Mourão, Joana Marques, Chefe Filipa Gomes, Carolina Loureiro, João Manzarra e colegas músicos. De todas, a que me chamou mais à atenção é e será sempre o meu querido Herman José. É o meu ídolo desde pequenina. Por isso, estar com ele - mesmo calada - é sempre um prazer!

Por último, que mensagem final e positiva podes deixar aos nossos leitores?

Oiçam o “Coral”! Não tem de ser na nossa plataforma, pode ser no ‘Spotify’, nem precisam de comprar o disco. Saboreiem este álbum, percebam a nossa intenção e que em 2023 continuamos a ser “The Gift”. E juntem-se a nós próximo de casa, porque nós vamos andar por aí.■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 23 ENTREVISTA
DR

JOSÉ LUÍS CARNEIRO: “Todos os indicadores é um dos países mais

Nascido em Baião em 1971, José Luís Carneiro é licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada do Porto. Na literatura escolhe dois livros, Morte em Veneza de Thomas Mann e A Cidade e as Serra, de Eça de Queiroz. No cinema a escolha vai para o filme Invictus e na música escolhe o concerto de Mark Knopfler no Royal Albert Hall.

Não passa sem falar com a mulher e os filhos e nas férias opta pela sua terra natal ou pelo Algarve. À mesa a tradição fala mais alto e elege o Anho Assado com Arroz de Forno como prato favorito. Adepto de desporto, tem três clubes no coração, o F. C Foz, AD. de Baião e “o Benfica do meu tempo. Do tempo do Nene”.

Em 2005 foi eleito Presidente da Câmara de Baião, até 2015, ano em que tomou posse como Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas do XXI Governo Constitucional. Em março de 2022, tomou posse como Ministro da Administração Interna do XXIII Governo Constitucional.

Responsável por uma das pastas mais exigentes do Governo, José Luís Carneiro esteve à conversa com o VivaCidade sobre as áreas que tutela.

Tem em mãos uma das pastas mais desafiantes em qualquer Governo, a Administração Interna é uma área demasiado exigente?

É efetivamente uma pasta exigente, mas sobretudo desafiante e estimulante. Esta área de governação tem elevado relevo para a sociedade, para o funcionamento do Estado de Direito e para a defesa dos direitos constitucionais dos cidadãos. É muito transversal, já que abarca as forças de segurança, as dimensões da proteção civil, da segurança rodoviária, da administração eleitoral e a da segurança das fronteiras portuguesas e europeias.

O objetivo que pretendemos alcançar é sempre o de garantir a tranquilidade social e uma vida segura aos cidadãos. Dificuldades haverá sempre, mas é com responsabilidade e determinação que encaramos a missão de implementar as políticas públicas nestas áreas vitais.

Posso citar, entre outras prioridades, a conclusão do processo de reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a implementação da Estratégia Integrada de Segurança Urbana, a melhoria das condições salariais, de trabalho e sociais dos profissionais da GNR e da PSP, o que já está contemplado, por exemplo, no Orçamento de Estado para 2023.

Pretendemos também reformar o Sistema de Proteção Civil, nomeadamente apostar na criação de novas equipas de bombeiros profissionais, que constituem uma via

para a profissionalização, sem desvalorizar a dimensão do voluntariado.

Falando de exigência. As Jornadas Mundiais da Juventude será, porventura, o maior evento de sempre organizado em Portugal, tendo em conta o número de participantes. As forças de socorro e segurança nacionais estão prontas para este desafio?

Trata-se, de facto, de um evento de grande escala. As nossas forças de segurança e de proteção civil estão a desenvolver os planos de segurança no quadro das suas responsabilidades e em consonância com a coordenação geral do evento.

Toda a operação no âmbito da segurança será coordenada pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna e estou confiante que irá decorrer com todo o sucesso.

A Jornada Mundial da Juventude vai trazer a Portugal muitos cidadãos de todo o Mundo e é mais um desafio para a PSP, mas também para a GNR, o SEF e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Exigirá um esforço redobrado, mas confio plenamente nas capacidades de todos os envolvidos.

O verão é uma época sempre temida pelos portugueses devido ao risco de incêndio. Como está a ser preparada a época para o verão 2023?

O quadro dos incêndios rurais tem vindo a agravar-se, fruto das alterações climáticas. Existe hoje a consciência muito aguda de que este é um problema que pode afetar todo o território europeu e não apenas os países do sul e do Mediterrâneo. A Europa conheceu no ano passado mais 60% de incêndios e mais 69% de área ardida. Isto mostra bem o nível de risco e de ameaças com que estamos confrontados e que exigem da parte de todos os poderes públicos, nacionais, regionais e locais, um forte espírito e compromisso de cooperação em relação a estes desafios coletivos. A Comissão Europeia já assumiu que nenhum país europeu pode, por si só, fazer frente a este desafio.

Por isso, lançámos um trabalho em duas importantes frentes.

No plano europeu, em setembro de 2022, estivemos com os serviços congéneres europeus e com os Ministros do Interior Europeus para participar na definição de três importantes prioridades. Por um lado, o reforço de meios, na medida em que é necessário reforçar os meios aéreos, os meios terrestres e os meios humanos; por outro lado, a antecipação da disponibilização de recursos financeiros para o reforço desses meios, não podendo a Europa esperar por 2027, 2028 e 2029, que era o prazo previsto inicialmente; e, em terceiro lugar, o pré posicionamento de meios que tem em vista

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VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 DESTAQUE

indicadores continuam a demonstrar que Portugal mais seguros do mundo”

garantir níveis de eficácia ainda mais elevados no ataque inicial. Portugal está disponível para acolher meios europeus nesse pré-posicionamento, no quadro do diálogo com Espanha.

Temos trabalhado também no plano nacional. O nosso sistema nacional de proteção civil deu provas que estão evidentes e que são, aliás, reconhecidas no plano europeu: em 90% dos incêndios, nós somos capazes de debelar os incêndios até aos 90 minutos. E em 83% dos incêndios a área ardida foi até 1 hectare.

Por via do reforço dos meios e do aumento da eficiência do nosso sistema, conseguiremos evitar que os pequenos incêndios se transformem em grandes e complexos incêndios.

Mas é evidente que é necessário encontrar as causas, determinar as condições para garantir que esses 10% dos incêndios, que se tornam incêndios complexos e de grande dimensão, possam ser debelados em tempos mais curtos. E para esse objetivo é muito importante fortalecer os dispositivos territoriais para garantirmos o pré-posicionamento de meios, tendo em vista garantir uma primeira resposta musculada e mais célere às ignições.

O que tem sido feito nesse sentido?

A par com o reforço de meios, temos apostado no reforço da profissionalização dos Corpos de Bombeiros, por via das Equipas de Intervenção Permanente. Esta aposta concretiza-se através da parceria entre o Governo, as Câmaras Municipais e as Associações Humanitárias de Bombeiros, que já permitiu assinar protocolos para criar mais Equipas de Intervenção Permanente de bombeiros, cuja especialização inclui valências para atuação nas variadas missões da proteção civil e não só de combate aos fogos.

O nosso sistema de proteção civil está agora, também, organizado nos patamares nacional, regional, sub-regional e municipal. Demos em 2023 o passo de criação dos 24 comandos sub-regionais, que é proveniente de uma reforma iniciada em 2019.

Foi igualmente possível lançar com sucesso um concurso internacional para a rede do SIRESP, encontrando-se adjudicados os diferentes lotes. Neste domínio concreto aguardamos apenas pelos vistos do Tribunal de Contas, sendo que o sistema continua a funcionar com total operacionalidade.

Vale a pena igualmente referir o reforço de meios que se tem operado no nosso sistema de proteção civil.

Este ano passámos de 29,7 milhões de euros de financiamento permanente aos Corpos de Bombeiros para 31,7 milhões de euros, o que significa um aumento 6,7% em relação a 2022.

Entre 2018 e 2023 existiu um aumento

conjugado de 21,2% neste parâmetro. Temos ainda previstos 52,7 milhões de euros para o DECIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais).

Vai haver algum investimento nesta área no âmbito do PRR?

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, vão ser adquiridos mais 81 veículos de combate a incêndios rurais - 59 Veículos Florestais de Combate a Incêndios e de 22 Veículos-Tanque Táticos Florestais.

Será feita a utilização, também via PRR, de 6 milhões de euros para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual e de 1 milhão de euros para formar 3.300 agentes de proteção civil, através da Escola Nacional de Bombeiros.

Será transferido para o Fundo Social do Bombeiro o correspondente a 3% do valor do financiamento permanente das Associações Humanitárias de Bombeiros. A Liga dos Bombeiros Portugueses irá receber um financiamento público superior a meio milhão de euros.

O apoio financeiro à Escola Nacional de Bombeiros (ENB), no valor de 3 milhões de euros, será efetivado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Há, ainda, que ter em conta os recursos destinados à operação dos meios aéreos pela Força Aérea Portuguesa.

Acrescem, também, os 78,6 milhões de euros da Guarda Nacional Republicana destinados ao Plano Nacional de Gestão de Fo-

gos Rurais.

São valores que ilustram bem o apoio deste Governo aos bombeiros e a prioridade dada à prevenção e ao combate aos incêndios rurais.

Destaco uma última medida. Inscrevemos um aumento salarial de 52 euros para os bombeiros integrados nas Equipas de Intervenção Permanente, que auferiam 757 euros e passam a receber 809 euros.

Em 2022 a criminalidade regressou aos níveis de 2019 após dois anos com números muito reduzidos como efeito da pandemia. Apesar dos números acredita que podemos continuar a afirmar que Portugal é um país seguro?

Todos os indicadores continuam a demonstrar que Portugal é um dos países mais seguros do mundo, conforme é comprovado por vários estudos internacionais.

Os indicadores que temos até agora mostram que mantemos níveis de criminalidade geral e violenta equivalentes aos de 2019. Alguns indicadores apontam para um aumento da intensidade da violência juvenil e grupal, fruto também dos efeitos da pandemia na saúde mental.

Estes indicadores levaram-nos a criar a Comissão de Análise Integrada da Delinquência Juvenil e da Criminalidade Violenta para estudar este fenómeno em profundidade e para podermos desenvolver políticas públicas coerentes de resposta a este problema. Participaram neste trabalho de análise e proposta de políticas públicas várias

áreas governativas – a Administração Interna, a Saúde, Educação, Justiça e Juventude e Desporto, que está sob a tutela da Ministra dos Assuntos Parlamentares.

Apresentamos em janeiro algumas recomendações intercalares neste âmbito e estamos também a elaborar a Estratégia Integrada de Segurança Urbana, atendendo às novas dinâmicas dos espaços urbanos, e que traz abordagens de atuação neste domínio.

Gondomar integra a Área Metropolitana do Porto, região afetada por criminalidade ligada à presença de gangs e tráfico de droga. São problemas que o preocupam?

De acordo com dados oficiais, mas ainda provisórios, verificou-se entre janeiro e novembro de 2022 uma diminuição de 12,5 % na criminalidade geral no distrito do Porto, quando em comparação com o mesmo período de 2019. A criminalidade grave desceu 6,6% no mesmo período.

Em Gondomar nesse período houve menos 631 ocorrências.

Toda a criminalidade é preocupante e merece a nossa melhor atenção. Reitero que a intervenção policial por si só e as forças de segurança não vão solucionar estruturalmente problemas desta natureza como sejam a criminalidade ou o tráfico de droga. Existe uma metodologia de cooperação entre entidades e órgãos de polícia criminal. Designam-se equipas mistas de prevenção da criminalidade. Em 2022 tive oportunidade de participar em duas reuniões desta natureza, no distrito do Porto, também com a presença da Ministra da Justiça e da Secretária de Estado da Administração Interna. Participaram todas as forças e serviços de segurança e nestes encontros procurámos avaliar os sinais relativos às ameaças e riscos e definir prioridades de intervenção operacional.

Como mencionou anteriormente, na sua última visita a Gondomar, a proteção civil e os bombeiros têm funções diferentes e causas humanitárias diferentes, sendo que o Centro Municipal de Socorro pretende unir estas entidades num só espaço, acha que pode ser uma vantagem na prestação de auxílio?

A Central Única, que junta cinco corporações de bombeiros, Polícia Municipal e a Proteção Civil, e que reunirá cerca de 490 profissionais, visa aumentar a eficácia na resposta e reduzir o tempo de chegada dos meios de socorro ao cidadão. São entidades com funções diferentes, mas que articuladas podem funcionar de maneira ainda mas eficaz.

É importante que os territórios contemplem a proteção civil como um eixo primordial da sua atividade. Porque quanto mais eficaz for o patamar local da proteção civil, melhor será o sistema no seu todo. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 25 DESTAQUE
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PARÓQUIA DE RIO TINTO tem novo padre

Vítor Ramos é o novo pároco da Igreja de São Cristóvão de Rio Tinto. Tomou posse no passado dia 5 de Fevereiro e o VivaCidade foi ao seu encontro falar sobre os novos desafios de estar à frente da paróquia de Rio Tinto.

Quem é o padre Vítor?

O Padre Vítor é um jovem sacerdote ordenado há seis anos e meio, natural concelho da Maia, que reside desde criança em Vilar do Pinheiro, Vila do Conde, e que sempre quis ser padre. Licenciei-me em direito canónico, fui pároco no concelho da Maia, em Nogueira da Maia Silva Escura, trabalhei nos serviços centrais da diocese, fui reitor do Santuário do Monte da Virgem e agora estou aqui a assumir a paróquia de São Cristóvão de Rio Tinto. Um grande desafio, sendo que é uma das maiores paróquias da nossa diocese do Porto e de Portugal.

Anteriormente mencionou que “sempre quis ser padre”. A vocação sempre esteve aí?

Sim. Nas memórias mais remotas naquelas brincadeiras de escola sempre quis ser padre e na adolescência fui acompanhado pelo seminário. E acabei por ser ordenado a padre em 2016.

Há alguém que tenha como referência nesta sua passagem, ainda que curta, mas que o tenha influenciado de forma decisiva para chegar onde está hoje?

Os párocos com quem vivi em Vila do Conde. Foram figuras determinantes e modelos inspiradores para seguir o sacerdócio.

O que pretende trazer para a paróquia de Rio Tinto?

Nós somos chamados e isto é uma linguagem muito de igreja, mas como disse Jesus “nós fomos chamados a ser sal da terra, a luz do mundo” e ser fermento nesta grande massa tão rica, tão complexa, tão diversificada que é a cidade de Rio Tinto. A Paróquia de Rio Tinto tem muita vida e o pároco é chamado a ser esse maestro dessa grande orquestra que é a paróquia, mas, também, é aclamado para ser uma figura inspiradora, que possa ser um congregador da nossa comunidade de Rio Tinto de todas as forças vivas que nela vivem e trabalham.

A freguesia de Rio Tinto e, como sabe teve aqui o padre Vidinha durante muitos anos e depois teve num curto espaço de tempo, o padre Avelino Jorge. Tendo em conta a importância que o padre Vidinha teve na paróquia questiono se quer seguir o legado que ele deixou ou então pelo contrário faz questão de colocar a sua marca nesta freguesia? Como é que vai conseguir gerir estas duas situações?

O facto de a paróquia ter tido padres que estiveram no sacerdócio mais de quarenta anos diz bem certamente dos sacerdotes que serviram esta paróquia. Contudo diz ainda mais sobre o povo que acarinha e que se liga diretamente ao seu padre. Sem sombra de dúvida que a paróquia tem uma grande marca dele fruto de tantos anos de presença aqui, mas não quero seguir ninguém porque

certamente também ele também não quis seguir ninguém, mas procurarei servir o melhor à paróquia de Rio Tinto e a marca positiva que ele deixou essa sempre vai continuar como uma marca muito positiva.

Rio Tinto é uma freguesia eminentemente urbana, há diferenças quando se chega a uma freguesia mais urbana depois de se gerir uma mais mais rural. Como é que se trata esta diferença de freguesias?

As diferenças são muito grandes. Esta freguesia é uma terra de braços abertos e têm sido esses braços abertos que eu tenho sentido até antes de chegar cá, a 5 de Fevereiro, com dezenas de mensagens de felicitações e boas vindas. É diferente de um contexto mais rural em que as comunidades são mais pequenas em que os vínculos de comunidade são muito fortes, as pessoas conhecem-se e a dimensão também ajuda nesse conhecimento. A nossa freguesia de Rio Tinto tem já uma escala e essa relação de proximidade também se perde é verdade e, também, aí a presença e a ação da paróquia e do pároco é consequentemente diferente.

Temos daqui a cinco meses a maior festa da cidade: São Bento das Pedras é uma festa que só por si já arrasta milhares de pessoas, este ano vai propor à comissão organizadora alguma ideia nova ?

Não, estou cá para ver aquilo que será feito este ano e certamente muito bem dinamizado pela nossa comissão com o apoio também das entidades da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal, que eu sei que muito apoiam a nossa romaria e depois certamente para o ano já tendo uma primeira experiência do São Bento e de São Cristóvão aí sim certamente poder melhorar, porque só estamos aqui para melhorar.

Relativamente a esta situação dos abusos sexuais na igreja católica qual é a sua opinião?

A igreja vive uma hora difícil, mas uma hora de purificação. A igreja tem enfrentado esta questão já há algum tempo, a conferência episcopal teve a coragem de criar esta comissão independente para o estudo dos abusos. Acho que a igreja está na linha da frente a enfrentar esta questão. É uma situação difícil e dolorosa. Os testemunho das vítimas merecem o nosso maior respeito e temos que continuar em busca da verdade e principalmente prevenir estas situações. Também acho que a igreja com isto deu também um sinal à sociedade civil, pois este fenómeno não é algo só da igreja é transversal à sociedade civil. E, portanto, a igreja com esta comissão deu um sinal para que também outros possam trilhar o mesmo caminho. Sem moralismos fáceis sem julgamentos repentinos, mas que possamos também aqui construir uma sociedade melhor mais atenta e mais cuidadora dos mais pequenos e dos mais frágeis.

Portugal vai organizar daqui a seis meses este grande evento que são Jornadas Mundiais da Juventude, que relevância terá para o nosso concelho?

A organização das Jornadas Mundiais da Juventude vai exigir de todas as paróquias das maiores à mais pequenina alguma mobilização. No caso da nossa própria de Rio Tinto como a cidade do Porto receberá muitos jovens. Tudo isto obedece a uma orgânica estabelecida e criteriosa para que este acolhimento se faça nas devidas condições em estreita cooperação com as entidades públicas que estão a apoiar muito este evento. Penso que as entidades públicas acolheram bem a iniciativa das Jornadas Mundiais da Juventude porque é também a imagem de Portugal no mundo que nos projeta. Foi assim noutros países e nós não poderíamos fazer de outra maneira.

Estou a olhar para si atentamente e reparo que está a abordar esta situação com um entusiasmo grande, está de alguma forma envolvido nestas jornadas? Tem alguma presença especial?

Estou agora a inteirar-me do dinamismo aqui na paróquia de Rio Tinto em relação às jornadas. Nunca participei em nenhuma jornada mundial da juventude, mas esse entusiasmo que viu no meu rosto é o que eu vejo no rosto dos nossos jovens que estão a trabalhar para isso, semana após semana, com as suas angariações de fundos, participando em várias atividades e iniciativas preparatórias das jornadas com este horizonte de grande proximidade.

Só para terminar quer deixar alguma mensagem enquanto novo pároco da Freguesia de Rio Tinto?

Os rio tintenses podem contar com um pároco sempre disponível. Tentarei ser o melhor pároco possível. Estarei sempre disponível para que os de fora saibam que o pároco contribuirá para que Rio Tinto seja uma cidade melhor, uma comunidade melhor. ■

Gonçalo Lixa Médico Veterinário

Clínica Veterinária do Taralhão

O QUE É SER MÉDICO VETERINÁRIO?

Inspirado por um brilhante livro, escrito por um Médico Veterinário e professor meu – Paulo Martins da Costa (Muitas Espécies, Uma Só Medicina Veterinária, 2022), igualmente brilhante, aproveito este pequeno espaço que me é concedido mensalmente, para ser mais um a ajudar na divulgação da nossa profissão e do nosso propósito. É essencial que todos saibam o que somos, para que todos saibam o que esperar, e o que exigir/ não exigir de nós. Um Médico Veterinário é o profissional que previne, diagnostica e trata as doenças dos animais, mas não só! Atua ainda como um agente de saúde pública, através da prevenção da transmissão de agentes zoonóticos aos humanos e certificando a segurança dos alimentos que consumimos, entre outros.

Muitos de nós tomamos por garantido que o que compramos no supermercado não representa nenhum perigo alimentar, esquecendo (muitas vezes) a complexa cadeia de acontecimentos que ocorreu até ao alimento nos cair nas mãos. Todas essas fases – “do prado ao prato” – exigem um controlo higio sanitário rigoroso para garantir a segurança, e nenhum outro profissional tem as mesmas competências técnicas para desempenhar este papel com o rigor e a visão holística sobre o animal e todo o seu contexto, como o Médico Veterinário. No caso dos animais de companhia, a evolução tem sido exponencial, sempre no sentido da medicina baseada em evidência e da definição de protocolos, que nos permitem errar cada vez menos. O desafio estará sempre em não deixar que a especialização crescente desumanize o profissional, cuja competência técnica deve crescer proporcionalmente à sua capacidade de manter digna a relação entre um animal e o seu tutor.

O conceito de dignidade e a noção do papel do animal na sociedade é algo fundamental para nós, e a nossa bússola na tomada da maior parte das decisões diárias.

Existem 8 universidades a formar Médicos Veterinários em Portugal (4 privadas e 4 públicas), e nos 6 anos de curso, todos temos formação sobre todos estes aspetos. O mundo da especialização vem depois, seja pela via académica (Doutoramento), pela especialização em colégios europeus de especialidade (em programas de Residência), entre outros.

Ainda que a especialização seja inevitável, pois ninguém é excelente em tudo e a exigência social/ técnica só vai crescer, saibamos apreciar a multivalência de um profissional como o Médico Veterinário. Só com ele (connosco) continuaremos a tomar boas decisões relativas às cadeias de abastecimento, garantindo que o animal não é um número mas um ser que sofre, e que precisa de nós, como nós precisamos dele. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 28 SOCIEDADE

SABORES DA LAMPREIA de regresso a Gondomar em março

O Município de Gondomar, durante o mês de março de 2023, promove o 31º Festival da Lampreia. Sendo o Rio Douro parte integrante do concelho, na sua extensão de 37km, é consequentemente influência na gastronomia local, essencialmente no Sável e na Lampreia, caracterizadas por serem especialidades Gondomarenses.

O 31º Festival da Lampreia, um dos mais antigos festivais gastronómicos em Portugal, pretende valorizar o peixe de água doce, do rio Douro, e a herança gastronómica de gerações de cozinheiros locais que apuraram estes sabores do rio, contribuindo para a afirmação nacional de Gondomar como “Terra do Sável e da Lampreia”.

É neste período que os mais exigentes apreciadores de Lampreia rumam a Gondomar para se deliciarem com os pratos mais tradicionais, onde escondem os mais bem guardados segredos familiares, mas também com pratos inovadores que revelam criatividade dos cozinheiros locais.

A presente edição fica marcada pelas restrições impostas à captura e venda de sável, através da Portaria nº 296, de 15 de dezembro de 2022. Agindo em conformidade para a salvaguarda da espécie, o Município de Gondomar não irá incluir o sável nesta edição do evento.

Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, afirma que “nesta edição, apesar das restrições à pesca de sável, pretendemos recuperar junto dos apreciadores de lampreia a reputação enquanto destino gastronómico de qualidade, dando destaque aos restaurantes locais”.

O evento continua a ter destaque e visibilidade externa no que a estes pratos diz respeito. Este ano o principal embaixador deste certame é Fernando Rocha, conterrâneo Gondomarense a par do Chefe Hélio Loureiro que serão as caras deste Festival que dará a conhecer os sabores do rio ao mundo.

Além destes rostos conhecidos do público, a gastronomia e em especial o Festival da Lampreia terá ainda um lugar de destaque na participação do Município de Gondomar na Bolsa de Turismo de Lisboa que se realiza de 1 a 5 de março na FIL, Parque das Nações. Neste âmbito será realizado um showcooking de Lampreia no dia 2 de março dinamizado pelo Chefe Hélio Loureiro que brindará todos os presentes com uma degustação do produto mais emblemático de Gondomar.

Para a vereadora do Turismo, Sandra Almeida, este certame é crucial para o concelho gondomarense porque “além de preservar e valorizar a gastronomia como identidade cultural, afirma a gastronomia como uma fonte de atração turística de qualidade e distinta” e reforça que este festival é um “dos pilares da promoção turística do concelho, procurando reforçar o posicio-

namento de Gondomar enquanto destino gastronómico”.

Esta edição tem uma novidade, todos os visitantes que se deslocarem aos restaurantes aderentes do Festival da Lampreia serão presenteados com Vouchers-Oferta que dão acesso a entradas gratuitas e guiadas ao Museu Municipal da Filigrana de Gondomar, ao Museu Mineiro de S. Pedro da Cova bem como a visita a dois produtores locais de vinho verde.

As quintas “Gundimarus” e “Encosta da Murteira” aceitaram o repto do Município para abrirem os seus espaços ao público,

partilhando os segredos da sua produção e dando a conhecer a qualidade e tradição das produções locais. Os visitantes terão a oportunidade de realizar um passeio pelas vinhas seguindo-se uma prova de vinho e de produtos regionais.

“Assim, no dia 25 de março de 2023 (sábado), pelas 15h00, será possível visitar a Quinta “Gundimarus” com a visita às suas vinhas em Aguiar e no dia seguinte, 26 de março de 2023 (Domingo) igualmente pelas 15h00 a “Quinta Encosta da Murteira”, em Foz do Sousa. Para visitar terá que marcar previamente até ao dia 23 de março através do nº 932 006 341 ou via email turismo@

cm-gondomar.pt", finalizada a vereadora.

Concurso Gastronómico

Durante cada edição do Festival da Lampreia, a restauração do concelho é convidada a participar no concurso gastronómico com vista a eleger o(s) restaurante(s) com a melhor confecção de Lampreia em Gondomar. O júri vai ser composto pelo prestigiado Chefe Hélio Loureiro, pelo Chefe Tony Salgado e pelo crítico gastronómico José Augusto Moreira, que estarão em itinerância pelos 17 restaurantes aderentes entre os fins-de-semana de 18 e 19; 25 e 26 de março de 2023. ■

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SITUAÇÃO EM QUE SE ENCONTRA a

pesca da Lampreia

Com a pesca interdita do Sável e o Festival a resumir-se só à Lampreia como estará a pesca deste peixe do rio? O VivaCidade foi falar com o pescador Miguel, que detém os seus barcos na praia da Lomba, para saber se teremos um ano rico de Lampreia neste certame, em que ela será a rainha. “A lampreia está escassa”, confessa o pes cador, “já fiz 6 marés e ainda não trouxe nenhuma para casa, mas de forma geral to dos os pescadores se queixam do mesmo”. A Lampreia neste momento está a ser ven dida num valor estimado de 150 euros o prato, e se continuar assim o preço poderá vir a aumentar . O pescador aponta como principal problema o “pato subterrâneo que desce ao rio e come as ovadas e as lam preias bebés, impedindo que estas sejam pescadas”. A esperança é que o número de lampreias aumente e “que se consiga pes car alguma, de forma a conseguir garantir aos peixeiros e aos respetivos restaurantes, principalmente aos que fazem parte deste festival, lampreia suficiente, para que todos os gondomarenses e os que nos visitam con sigam deliciar-se com esta especialidade tão nossa”.■

é reconhecido pela boa lampreia que se faz aqui”

OChefe Hélio Loureiro, um dos rostos de marca deste Festival da Lampreia esteve à conversa com o VivaCidade e mostrou quais as suas expectativas para este Certame Gondomarense.

“As expectativas são elevadas, para que seja a continuação daquilo que temos provado nos últimos anos. Porque nós temos vindo a reparar que há um certo cuidado quando se fala da lampreia não só na confecção e na forma como é servida, mas também pela sua qualidade”, explica o Chefe.

O saber servir esta iguaria é também um dos fatores que apresenta como cruciais neste prato. “O facto de ter que ser servida num prato bem quente para que não arrefeça, não é uma questão de pormenor, pelo contrário é algo que pode ser decisivo, assim como o arroz e as tostas que terão estar no ponto”.

“A lampreia vem só numa determinada altura do ano e por isso nós devemos valorizá-la. Para tal temos de ter algum requinte e cuidado na forma de servir e é assim que nós conseguimos conquistar novos públicos e sobretudo colocar este prato na rota de gastrónomos para que as pessoas venham conhecer a lampreia em Gondomar e perceberem que aqui também a servem bem”.

A fasquia está alta para o Chefe que nos explica que a avaliação de uma boa lampreia começa sempre pela pontuação máxima depois é que vai diminuindo de acordo com os critérios que fiquem em falta. “São cem pontos e nós vamos retirando pontos conforme aquilo os os pequenos deslizes que se possa cometer, por exemplo os pratos não estiverem bem quentes e se a lampreia estiver salgada ou estiver pouco tempo dada, se o vinho não for de boa qualidade e vamos retirando pontos. E, assim, vamos de encontro à pontuação final.

Contudo o que difere este concurso gastronómico dos restantes é que além de ser dada uma pontuação, também é dada uma justificação para o porquê daquela pontuação e quais os erros é que foram detetados na sua confecção, um género de critica construtiva. “Não é julgar por julgar, é um julgamento com conhecimento, modéstia à parte, de muitos anos e sobretudo por ser um apaixonado por lampreias”, realça.

Hélio Loureiro menciona que Gondomar é reconhecido por existir uma grande qualidade no que diz respeito à lampreia que é servida e que esse trabalho tem sido feito ao longo dos consecutivos festivais dedicados a esta iguaria, e “desta forma o concelho é valorizado pelo que de melhor se sabe fazer aqui”, remata. ■

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Primeiro é preciso conhecer a técnica, quando se vai visitar alguns artistas como Picasso a Barcelona, encontramos que ele começa por pintar muito bem, tudo muito clássico, até que um dia consegue de um traço fazer uma pomba e é isso que de facto é o rasgo do artista. A lampreia é igual, ou seja nós temos que conhecer pri meiro a técnica. A técnica é limpá-la bem, ter os cuidados todos de higienização da lampreia ao máximo. E depois usar dois produtos essenciais que é uma boa lampreia e um bom vinho. A partir daí os condimentos são ao gosto das pessoas, mas há coisas que são essenciais na lampreia, o cravinho que é fundamental para o aroma, para a valorização do gosto da lampreia. A pimenta preta e o gengibre também são muito importantes por causa de uma uma questão acética. Estes são de facto os ingredientes, diria que são bases para uma boa lampreia e que lhe dão o sabor. Há muitas receitas de lampreia que não levam isto, mas que serão também apeteciveis de provar. ■

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GOVERNO PROCURA NO PRR A SUA TÁBUA DE SALVAÇÃIO

1 – Após um ano de governação dominado pelos escândalos, polémicas e demissões de vários membros do executivo, António Costa saltou para a rua, e pôs praticamente todo o seu núcleo duro a percorrer o país, anunciando os milagres que aí vêm pendurados no PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, o tal saco de dinheiro que Bruxelas nos ofereceu. A mensagem é simples: vamos modernizar tudo num abrir e fechar de olhos!

É claro que, como diz o povo, “quando a esmola é grande o pobre desconfia”. E é isto mesmo que está a acontecer na sociedade em geral, e em praticamente todos os setores da atividade económica. Com tanta propaganda ao mesmo tempo, saída da boca de tudo quanto é governante ou “apparatchik” do poder, todos torcem o nariz, e aguardam para ver os tais milagres que hão de trazer-nos um oásis verdejante e florido, onde corre leite e mel.

2 – O pior é que tanta desconfiança não sai apenas da boca do cidadão comum, do comentador mais independente ou abrasivo, da oposição mais aguerrida, ou das instituições mais calejadas em promessas não cumpridas. Este manto diáfano de dúvidas é abençoado pela voz crítica do Presidente da República, que prometeu aos portugueses vigiar, cêntimo a cêntimo, os gastos e projetos do dito plano de recuperação.

E quando Marcelo salta também ele para o terreno, para ver e ouvir a alma do povo, normalmente as promessas têm outro sabor. É certo que todos enaltecem a inteligência do Presidente, e não ignoram o seu estilo, onde frequentemente relevam os truques de linguagem, ou, no dizer do povão, as pequenas sacanices com destinatário identificável. Mas ainda assim, as suas mensagens têm sempre efeito e muito raramente são impensadas.

3 – Se dúvidas houvesse sobre a desconfiança coletiva relativamente aos méritos da gestão de António Costa, nesta nova versão de “senhor absoluto”, basta que olhemos para a onda de greves, paralisações e protestos nas áreas mais sensíveis da sociedade portuguesa: professores e demais profissionais da educação; médicos, enfermeiros e técnicos de saúde; magistrados, tribunais e outros agentes da justiça; transportes urbanos e ferroviários; agentes de segurança e proteção civil, etc.

Este será o ano de todas as provas de fogo para o Governo de António Costa. Foi Marcelo quem lhe definiu o calendário. E não haverá espaço para mais tolerâncias: ou os resultados da governação são visíveis e sentidos pelos portugueses, ou o tabuleiro do xadrez político pode virar-se. O julgamento, ainda que indireto, será já na primavera do próximo ano, com as eleições europeias. Ou Costa convence, ou terá um cartão vermelho à sua espera… ■

FESTIVAL AMOR (IM)PERFEITO foi um êxito

O Festival Amor (im)Perfeito decorreu no fim de semana de 10 a 12 de Fevereiro, no Auditório Municipal de Gondomar, e contou com o concerto de Carolina de Deus, Rita Rosa e Bárbara Tinoco. Os bilhetes esgotaram num ápice, este festival que pretendia celebrar o amor.

“O balanço que fazemos deste evento é muito positivo, assim que abrimos a bilheteira esgotou”, referiu Luis Araújo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, acrescentando que “o público era muito jovem e não é comum aderir a este tipo de eventos, principalmente quando se realizam em equipamentos públicos”.

O público era diversificado vinham do Algarve para o Porto, foi um evento que moveu várias pessoas de todo o país. Tendo em conta a adesão prevê-se que numa próxima edição do festival possa realizar-se na Sala D’Ouro, do Pavilhão Multiusos de Gondomar. “Comprovou-se que esta sala é pequena para este tipo de eventos, dá para cerca de 250 pessoas, e nós tínhamos cerca de 400 para entrar”, explicou.

Este espetáculo foi diferenciador, no último dia, da “Bárbara Tinoco ela percebeu perfeitamente o conceito do festival porque interagiu com o público, fez perguntas, foi mesmo a ideia de amor imperfeito e foi interessante”, confessou o vereador.

Foi o único espetáculo dedicado ao dia dos namorados, não havia em mais nenhum local do norte do país. “O cartaz teve um enorme impacto, isto foi uma aposta ganha e queremos repetir”. ■

MÁRIO JORGE OLIVEIRA foi reeleito a presidente do CCD

No passado dia 7 de Fevereiro, os Novos Órgãos sociais do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores de Gondomar (CCD) tomaram posse, no Pavilhão Multiusos de Gondomar, em que Mário Jorge Oliveira foi reeleito presidente, para o quadriénio de 2023 a 2026.

Mário Jorge Oliveira apontou como principal objetivo reforçar os recursos humanos, não só devido à aposentação de alguns colaboradores no setor dos bares como também ao apoio noutros. “É preciso o apoio da Camara Municipal pois assim conseguiríamos agilizar os recursos financeiros para outras iniciativas”, afirma. Além deste propósito, pretende a nível desportivo criar novas atividades.

O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, revela que “a Câmara Municipal tem apoiado e pretende continuar a apoiar o CCD nas horas boas e más” e acrescenta que a fase seguinte é melhorar as infra-estruturas de forma a que todos os “trabalhadores da câmara estejam no mesmo local e se criem condições de trabalho, porque a Câmara de Gondomar, neste momento, está em 12ª posição nas maiores do país”.

Os associados do CCD e os seus familiares já têm marcado um novo passeio pelo concelho de Coimbra seguido de um almoço numa quinta em Penacova, os valores variam entre os associados e os seus familiares.

Na cerimónia de tomada de posse marcaram presença diversas entidades relevantes do Concelho de Gondomar como o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, a presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Sofia Martins, o presidente da União de Freguesias de Medas e Melres, José Paiva, as Águas de Gondomar, Jaime Martins, o Centro de Emprego de Gondomar, Eduardo Serrão, os Bombeiros, Comandante Fernando Tavares, Associação das Colectividades, presidente Manuel Pinto, Escola Infanta Dona Mafalda, Laureano Valente, ACIG, vice-presidente David Santos e da AMUT, presidente Ângela Pereira. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 35 CULTURA

Já por diversas vezes tive oportunidade de escrever, nestas páginas, sobre o papel que as Freguesias têm no seu território, especialmente em Gondomar, em momentos de mudança, tal como, atribuição de novas competências.

Mas, em muitas das vezes, falamos sobre isto sem fazermos uma análise profunda sobre o que é uma Freguesia e sobre qual o papel que a mesma deve ter nos seus territórios. Um debate profundo que vai muito além da simples discussão de mais uma ou outra competência. Um debate e um pensamento mais abstrato sobre o papel que estas entidades territoriais têm atualmente e qual deverá ser o seu papel no futuro.

Antes de qualquer análise, julgo que seja importante referir que, falarmos de Freguesias, é o mesmo que estarmos a falar de Coesão Territorial. Imaginar a não existência destas entidades num país cada vez mais desigual, com um interior cada vez mais “abandonado” ou desertificado, onde a existência das Freguesias acaba por ser a nossa única garantia da existência do Estado junto das populações. E não podemos pensar, que garantimos esta presença apenas com a existência de Municípios, pois sabemos bem que, além de não garantirem a proximidade, são muitas das vezes entidades afastadas dos mais recônditos territórios do interior. Muitos dos nossos Municípios têm áreas territoriais de muitas centenas de quilómetros quadrados e caraterizados pela existência de pequenos centros populacionais que além de serem a sede do Município, acabam por ser a característica principal desse mesmo território, estando bastante afastados do restante. Pegando então neste cenário, e considerando que com a digitalização dos procedimentos administrativos e a diminuição da necessidade da existência de espaços físicos de diversos serviços públicos, tais como Finanças, Segurança Social, entre outros, dos quais, por exemplo, o fecho dos postos dos CTT, dos Bancos e Multibancos, provocou o sentimento de abandono por parte de muitas populações, tiveram que ser as Juntas de Freguesia a garantir este tipo de serviços e a assumirem, nas suas instalações, a existência de serviço postal e noutros casos, de caixas de multibanco. Este último caso é, uma das maiores necessidades, que começam a ser um problema por diversos locais, estando neste momento a ANAFRE, a tentar ultimar um protocolo com uma entidade bancária que consiga garantir a existência de, pelo menos, uma caixa multibanco em cada Freguesia, que assim o deseje. O aumento de competência, neste processo de descentralização que está em curso, é outra mostra da importância da existência das Freguesias e o seu papel fundamental que irão ter no futuro, provavelmente ainda muito maior do que aquele que tiveram no passado.

E esta é a discussão que devemos ter a nível da gestão do território: qual o papel que queremos ter para estas entidades, ou se queremos ou não tê-las próximas dos cidadãos e prestando serviços e mantendo a ligação dos territórios ao poder do Estado.

E neste sentido, termino como comecei. Falar de Freguesias é falar de coesão territorial e de gestão administrativa do território. Diminuir serviços e diminuir capacidade de resposta e de intervenção às Juntas de Freguesia é agravar a desertificação, agravar o sentimento de abandono que muitas populações já sentem hoje, por esse Portugal desigual que temos.

Sempre que há um problema, no mais urbano local do país ou no mais longínquo e desertificado território, está lá presente uma Junta de Freguesia e um Autarca de Freguesia, e esta é sem dúvida a grande importância de mais e melhores Freguesias. ■

Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália

JÁ AFASTO OS BRAÇOS PARA LER… ISSO É PRESBIOPIA?

Já deu por si a afastar uma folha de papel para conseguir ler? Não consegue ver as letras pequenas dos rótulos ou das bulas dos medicamentos? Os seus braços já não são suficientemente compridos para poder ler o jornal?

Esta dificuldade é normal e resulta da evolução das estruturas oculares – Presbiopia. Costumo dizer aos meus pacientes que é como ter cabelos brancos ou rugas... A boa notícia é que a presbiopia não é uma doença, corresponde a um processo natural de envelhecimento que atinge todas as pessoas a partir dos 40/45 anos. A má notícia é que não há como evitar a presbiopia e tende a agravar-se até cerca dos 60/65 anos, altura em que pode estabilizar.

Além da dificuldade em ler, sintoma que se agrava quando se tenta ler com pouca luz e ao final do dia, pode ocorrer fadiga ocular, lacrimejo, ardor e mesmo dores de cabeça, sobretudo se a profissão exigir muita leitura. Manchas na visão de perto e visão turva momentaneamente quando existe transição entre a visão de perto e de longe, também são sintomas frequentes.

Para lermos ou fazer algo ao perto (a uma distância de cerca de 40 cm) precisamos de ter uma capacidade de acomodação de cerca de 3 dioptrias. Quando começamos a perder essa capacidade de acomodar, vamos ter a imagem desfocada ao perto. Isto acontece porque o cristalino fica maior e menos flexível, os músculos ciliares, por mais que se contraiam, não conseguem torna-lo tão curvo de forma a aumentar o “zoom” e a imagem não se forma na retina, mas atrás desta e a visão ao perto está diminuída.

Chegou a hora de usar consultar o seu especialista da visão. Habitualmente o problema corrige-se com a utilização de óculos. Para muitos será a primeira vez.

Existem vários tipos de lentes correctoras da Presbiopia, como as lentes simples de leitura ou lentes de meia-distância, as lentes progressivas ou também lentes de contacto multifocais. Para o aconselhar sobre as lentes mais adequadas às suas necessidades e expectativas, o especialista terá de conhecer as suas actividades, quer profissionais, quer de lazer.

Se acha que está a passar pelo processo da presbiopia consulte um optometrista ou oftalmologista de forma promover o diagnóstico e tratamento adequados para o seu caso. ■

VIVA SAÚDE

HOSPITAL FERNANDO PESSOA

NOVOS HORIZONTES NA SAÚDE

08h30 Surdez, demência e inteligência artificial Guilherme Carvalho (ORL)

08h45 Miopia: crise evolutiva perante aceleração tecnológica?

Sandra Guimarães (Oftalmologia)

09h00 Novas tecnologias e as doenças crónicas cardiovasculares Luís Martins (Cardiologia)

09h15 ADITGameS: Tecnologias e Games em Saúde Carla Fernandes (Enfermagem)

09h30 Lung hub 2.0

João Cordeiro da Costa (Pneumologia)

09h45 Desafios da Medicina Genómica para o Século XXI Rúben Fernandes (CECLIN)

10h00 Discussão

MODERADORES: João Moreira Pinto | Joana Teixeira

10h30 Coffee break | Posters

OBESIDADE: A OUTRA PANDEMIA DO SÉCULO XXI

11h00 Abordagem alimentar/nutricional do doente obeso

Cristina Teixeira (Nutrição)

11h15 Terapêutica Farmacológica no tratamento de obesidade: onde estamos?

Rita Bettencourt Silva (Endocrinologia)

11h30 Unidade de Obesidade do Hospital Fernando Pessoa: resultados do 1º ano

John Preto (Cirurgia)

11h45 A cirurgia robótica na abordagem cirúrgica de obesidade

Carlos Vaz (Cirurgia)

12h00 Discussão

MODERADORES: André Pinho | Paula Freitas |

Cristina Pontes

12h30 Almoço

14h00 SESSÃO ESPECIAL

Digitalização da Saúde e Inteligência Artificial Henrique Martins

MEDICINA DE ALTA PERFORMANCE

E REABILITAÇÃO

14h30 Novas tecnologias na reabilitação de alta performance

Inês Dias (Fisioterapia)

14h45 Cirurgia da Anca: Cuidados de Saúde baseados em Valor

Jorge Cruz de Melo (Ortopedia)

15h00 Fisioterapia Remota - Um novo normal?

Carlos Neves (Sword Health)

15h15 Ombro doloroso do atleta

Manuel Gutierres (Ortopedia)

15h30 Discussão

MODERADORES: Hugo Lopes | José Manuel Teixeira

16h00 Coffee break | Posters

NOVAS ABORDAGENS E NOVOS

DESAFIOS EM SAÚDE MENTAL

16h30 Tão mais próximos e tão mais sós: ameaças e oportunidades

Isabel Lourinho (Psicologia)

16h45 Ferramentas Digitais ao Serviço da Saúde Mental

Filipe Pinto (Knokcare)

17h00 Psiquiatria de Intervenção

Nuno Rodrigues Silva (Psiquiatria)

17h15 Big Data em Psiquiatria

Manuel Gonçalves-Pinho (Psiquiatria)

17h30 Discussão

MODERADORES: Nuno Rodrigues Silva

|

Carla Fonte

18h00 SESSÃO DE ENCERRAMENTO

18h30 ENTREGA DE PRÉMIOS

WORKSHOPS

Sociedade Portuguesa de Cirurgia Pediátrica

João Moreira Pinto

Grupo da Parede Abdominal

Hospital

Fernando Pessoa

Eva Barbosa

Dentária/Maxlo-facial

Fernando Magro

Infiltrações ecoguiadas Fisiatria

Hospital Fernando Pessoa

Tomás Stuve | Hugo Lopes

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 36 OPINIÃO (rede fixa nacional) (rede fixa nacional) (rede móvel nacional)
PAPEL DAS FREGUESIAS NO FUTURO DE PORTUGAL E… DOS PORTUGUESES Nuno Fonseca
O

PISCINAS DE RIO TINTO vão ser inauguradas em Março com novas acessibilidades

No próximo dia 1 de Março, serão inauguradas as piscinas de Rio Tinto, após reabilitação total do edifício. As piscinas estiveram encerradas devido à pandemia e acabou por ser um bom motivo para a renovação das instalações.

A reabilitação das piscinas incluem os balneários, que passaram para o rés-do-chão, as acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida, caixilharia, coberturas e a total remodelação do ginásio. “A piscina está completamente renovada, a intervenção foi feita a fundo”, refere o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins.

A nível de valências as piscinas mantêm a mesma dimensão que tinha outrora, sen-

do a maior do concelho.

“A empreitada demorou mais tempo que o esperado devido a percalços como fissuras no tanque que tivemos que recuperar, assim como o sistema hidráulico que também foi todo substituído. Era uma obra em que deveríamos ter gasto 472 mil euros e acabamos por gastar 740 mil”, explicou o presidente da Câmara.

Recorde-se que a primeira intervenção foi em Março após o lançamento do concurso em 2020. As piscinas estavam prontas em Fevereiro do ano passado, mas devido às fissuras e às questões hidráulicas foi adiada a sua inauguração para dia 1 de Março, do ano corrente. ■

RIO TINTO recebeu Corrida de Carnaval 2023

A Corrida de Carnaval 2023 realizou-se, a 19 de Fevereiro, em Rio Tinto, que teve inicio pelas 10h00 da manhã em frente ao Estádio do Sport Clube de Rio Tinto. Esta prova contou com cerca de 200 participantes seja a correr, 10km, ou a caminhar 5km.

Os primeiros lugares foram atribuídos, na prova feminina, a Ângela Martins, na prova masculina, a Patrício Costa, que foram os mais rápidos a correr os 10 km.

Ângela Martins habituada a correr maratonas e meias-maratonas “não contava vencer, porque sempre foi algo difícil quando se falava nos 10km, foi um orgulho ter conseguido, neste constante sobe e desce”.

Já Patricio Costa, que costuma ficar nos segundos e terceiros lugares destas provas, revela que “é uma sensação única por ser a

primeira vez, costumo treinar 80 a 90 km por semana e quero continuar nestas provas para melhorar o meu tempo na corrida”

Além dos prémios por participarem na corrida houve também a distribuição de prémios de melhor mascara para os que se

aventuraram a correr mascarados, as vencedoras foi o grupo que tinha levado “parte das tendas de praia vestidas”. ■

EVENTO NACIONAL DE BASQUETEBOL realizou-se no Pavilhão Multiusos de Gondomar

O Pavilhão Multiusos de Gondomar voltou a ser palco, a 18 e 19 de Fevereiro, de um evento de basquetebol nacional. Das 21 Associações de Basquetebol no país apenas 6 não marcaram presença neste evento. Esta iniciativa foi organizada pelo Clube 5Basket.

“O balanço que fazemos é extremamente

positivo, conseguimos melhorar os pontos que estavam em falha nas edições anteriores, como a questão dos pequenos almoços, o trabalho da organização estava muito mais definido e cada grupo tinha uma função, e acho que resultou muito bem esta dinâmica”, confessa

Eurico Brandão, presidente do Clube 5Basket.

Nestes dois dias de torneios constantes realizaram-se 105 jogos. A presença da Federação de Basquetebol acompanhada pelo presidente do Comité de Mini-Basket, marcou este evento.”É a primeira vez que o pre-

sidente da federação está cá e enche-nos de orgulho ver as dimensões que esta iniciativa está a começar a ter, para o ano queremos mais e melhor”, reforça Eurico Brandão. O torneio do próximo ano será , também, realizado no Pavilhão Multiusos de Gondomar. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 37 DESPORTO

MEDAS vai receber a segunda edição do Trail das Flores

Após a primeira edição do Trail das Flores, este ano vai haver uma segunda, a 14 de Maio, em Medas, Gondomar, em que o propósito da organização é “voltar a surpreender os participantes”.

“Esta prova voltará a ter três vertentes, um trail mais longo que ronda os 21 km, um mais curto com cerca de 11 km e uma caminhada,

que poderá ser acompanhada pelo seu animal de estimação, uma cãominhada”, refere João Pedro Sousa, membro da organização. Os percursos serão diferentes da edição anterior e cada um tem um custo associado. A caminhada tem o valor de 8, 50 euros, o trail mais curto são 10,50, já o mais longo tem um custo associado de 13,50. “O valor

da inscrição já inclui o kit de participação e uma sande de porco no espeto no final. A inscrição pode ser feita no site do trail das flores ou através das redes sociais, Facebook e Instagram”, explica.

Para quem vai participar pela primeira vez a organização aconselha a que leve calçado ajustado à prova, se façam acompa-

nhar de água, apesar de ao longo da prova a própria organização fornecer.

“A expectativa da organização é elevada para esta segunda edição do evento e esperamos que o feedback seja melhor que o do ano passado, para podermos melhorar e trazer mais novidades nas próximas edições”, remata João Pedro Sousa. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 38 DESPORTO

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VÍTOR PEREIRA foi 15 vezes campeão nacional de veteranos em ténis

A idade não é impedimento quando se trata de jogar ténis e a prova disso é o fanzerense Vítor Pereira que começou neste desporto aos 35 anos de idade e já foi campeão nacional 15 vezes. O Vivacidade esteve à conversa com o tenista para saber a sua história.

Como começou a prática do ténis?

Desde miúdo fui sempre uma pessoa muito ligada ao desporto. Comecei com 11 anos no atletismo. Havia competições entre os liceus e foi nesse âmbito que comecei. Entretanto os olheiros do FC Porto disseram que tinha jeito para o atletismo e eu fui. Depois com a faculdade e da forma que era gerido, após o 25 de abril, acabei por desistir. Entretanto depois do curso, de casar e quando tive filhos como tinha de levar o meu filho ao basquetebol tive que arranjar um entretenimento para não estar ali duas horas à espera que ele acabasse o treino e foi aí que apareceu o ténis. Enquanto o meu filho treinava Basket eu ia para o ténis. E começou, assim, aos 38 anos o ténis.

Porquê o ténis?

Primeiro porque só são precisos dois para jogar enquanto que num outro desporto precisamos de 5 ou de 10 e há sempre um ou outro que não pode e origina-se sempre uma confusão porque não se pode jogar. No ténis não, basta só arranjar outro e foi assim que comecei. Este desporto também é muito engraçado, porque dois indivíduos que jogam mal é sempre um diversão muito forte, e é importante, mas dois que jogam bem também o é, portanto como fui evoluindo no nível fui jogando com parceiros diferentes e evolui.

Como começou a ingressar nas competições?

É o bichinho de competir que nos faz querer ir mais além. Faço a primeira competição no ténis no escalão dos 35.

O ténis diferencia-se dos outros desportos porque as pessoas podem jogar até muito tarde. Portanto nas competições de ténis além dos escalões normais até aos séniores há também os veteranos com escalões de 5 em 5 anos, até aos 80. Não há limite para competir nesta modalidade, há campeonatos nacionais para mais de 80 tanto a nível nacional como mundial. Tanto que no nosso campeonato nacional temos jogadores de 75 anos e no mundial há mesmo com 80. Eu há dois anos fui ao mundial, representar Portugal, vi pessoas de 80 anos a jogar e ainda tinha uma plateia com cerca de 200 pessoas a assistir, de tão divertido que é.

Como é que funciona para ir às competições?

Há competições todas as semanas, se for ao site da federação portuguesa de ténis vê que nós podemos fazer competições todos os fins de semana, basta se inscrever. Neste momento há uma aplicação onde nós nos inscrevemos. Depois cada

torneio tem a sua pontuação e depois a melhor pontuação é o que conta para a classificação, quanto melhor o torneio melhor a classificação. Há níveis e depois enquadramo-nos onde queremos estar.

Como é que conseguiu evoluir nesta modalidade?

Evolui porque sempre pratiquei desporto. Comecei aos 38 anos e hoje tenho 66. Ganhei 15 campeonatos nacionais individuais nos diferentes escalões. Nunca ganhei nos 35, apesar de ter sido número 1. O facto de ter tido disciplina desportiva e de ter algumas regras fez com que conseguisse evoluir, não descorando os três factores, que para mim são fundamentais, a família, a atividade profissional e um hobbie, o meu é o desporto, neste caso o ténis. Além do próprio desporto temos também o convívio que é muito importante. Sinto, também, que a prática desportiva faz com que eu consiga aliviar do stress do dia a dia e mesmo que tenha um problema faz com que me sinta melhor em relação a ele.

O Vítor já treinou em Gondomar e à posteriori foi dirigente e presidente do Clube de Ténis do Porto, questiono o motivo de ter saído de Gondomar?

Eu sai de Gondomar para evoluir, porque já não tinha jogadores para jogar comigo e acabei por ir para o Clube de Ténis do Porto, em Damião de Góis. Fui campeão por Gondomar mas depois fui representar o Clube de Ténis do Porto.

Qual é o seu tipo de jogo, isto é, podemos dividir a forma de jogar ténis em dois, uma delas é a técnica ou a força, correto? Qual é a sua táctica?

Sinto que sou o Nadal do Ténis, pelo menos é como me revejo, eu não tenho uma técnica porque comecei a jogar aos 38 anos, como é óbvio uso mais a força, porque nasci sem técnica e não pratico desde criança. Há um período para se aprender tudo e eu passei esse período.

Qual é o seu estilo de campo? Terra batida ou piso rápido?

Primeiramente gostaria de explicar a diferença entre os campos que é visível no que toca ao movimento que se tem no jogo, no piso rápido o pé pára e começa a desgastar o joelho enquanto na terra batida os pés deslizam e é mais fácil de jogar. Normalmente é melhor a terra batida, por causa dos joelhos. Quando faço os campeonatos em Vale do Lobo eu saio sempre de lá de “gatas”, porque é piso rápido. A grande questão é que quando é terra batida é preciso muita manutenção e é preciso saber fazer. Cada vez menos há mão de obra para isso. Por isso quando fazem campos novos fazem em piso rápido. Agora no clube de ténis nós temos um piso rápido que jogamos e já não nos cansamos porque colocamos umas camadas de borracha que permite que se joguemos e não haja tanto desgaste.

A nível de campeonatos em quantos é que foi campeão?

Tenho 15 campeonatos em que fui campeão nacional. Depois em pares fui campeão quatro vezes e em pares mistos fui duas. Nós também temos torneios por equipas. A nível internacional, gostava muito de jogar os campeonatos mundiais, só joguei uma vez por equipas, há dois anos, que ficamos em sexto lugar, a representar Portugal. Porque normalmente estes campeonatos são caros e são sempre antes dos individuais. Este ano gostava de ir ao campeonato mundial e individual.

Como se encontra o ténis em Portugal?

Apesar de sermos poucos, acho que a Federação que está neste momento à frente do ténis em Portugal está a fazer um bom trabalho. Para os mais jovens praticarem ténis têm de ter muita capacidade de sofrimento e hoje já não há disso, porque se formos a ver os grandes atletas não são os ditos “meninos da mamã” são os que já sofreram muito. Para ser bom em qualquer coisa tem de se investir, seja no que for. Hoje em dia, não há afinco, não há o pensamento de se ser alguém. E isto tem que começar logo na escola.

Transpondo agora para o concelho de Gondomar, não acha que deveriam existir mais campos de ténis, para que as pessoas pudessem treinar?

Aqui em Gondomar há 5 campos de ténis. Existe o campo nas freiras que tem dois campos e é gratuito e na Ala que é um clube e tem de se pagar para ir treinar e é claramente insuficiente por isso é que as pessoas, como eu, vão treinar para o Porto porque há mais disponibilidade e mais campos.

Acho que se tem feito uma promoção muito forte no ténis, mas para ser campeão têm de ser pessoas que devem ter ajuda dos pais, porque é um desporto caro por si só, e ter disponibilidade física e mental para aguentar o ténis. Quem tiver isto consegue evoluir neste desporto. Sem trabalho nada feito, mas não é só no ténis é em tudo. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 40 DESPORTO

NATALINO SOUSA: “A nossa comida distingue-se pelo toque familiar que damos ao prato”

O Restaurante Clube dos Caçadores, em Foz de Sousa, gerido por Natalino Sousa localiza-se no Clube de Caçadores do Porto. É conhecido por ser especialista em cozinhar o Sável e a Lampreia e tendo em conta o Festival da Lampreia que se avizinha, o VivaCidade esteve à conversa com o gerente.

Como é que surgiu esta ideia de gerir o restaurante “Clube dos Caçadores”?

Em 2017, fui convidado pela direção. Estava noutro restaurante, que era muito próximo deste, “o Dubai”, e como a gerência anterior queria dinamizar e abrir o espaço ao público em geral, pois estava circunscrito aos sócios do clube, convidaram-me para vir para cá e aceitei, até hoje.

O processo de atração de clientes a este espaço como é que foi?

Como já trabalhava noutro restaurante, as pessoas já me conheciam, já tinham ido lá provar os meus pratos e acabei por trazer alguns dos clientes de lá para aqui. Além disso, houve uma prova a nível europeu em que circularam cerca de 500 pessoas neste espaço e isso foi fundamental para que conhecessem o restaurante. A visibilidade aumentou, para não falar no passa a palavra que foi crucial.

A nível de gestão o restaurante faz parte do clube?

Se houver provas federadas, o restaurante tem de fechar ao público, foi uma norma imposta pela própria federação, porque eles colocam seguranças na cancela e não consegue entrar ninguém a não ser os próprios atiradores e acompanhantes. Mas agora como o tiro aos pombos está proibido, isso já não acontece.

Os clientes fazem a distinção entre o restaurante e o clube ou acabam sempre por interligar?

As pessoas distinguem sim, já conseguimos criar um leque de clientes só porque gostam da nossa comida. O clube não tem nada a ver e até lhe digo que clientes do clube temos poucos. Eles vêm atirar e vão embora. Os nossos clientes vêm cá de propósito pela comida.

Há algum prato especifico que caracterize este restaurante?

Nós temos dois pratos que as pessoas vêm cá de propósito só por isso. É o naco laminado, que a carne é comprada no Uruguai, é uma carne diferente e não há aqui à venda em lado nenhum. Até quem gosta de carne bem passada é uma carne que não fica nem seca nem dura. A nível de peixe temos uma especialidade que são os filetes de polvo com arroz de gambas. Ao sábado, em especifico, os nossos clientes vêm cá de propósito comer o ar-

roz de pato, que é um ex-libris deste restaurante.

Como é que as pessoas têm conhecimento que um prato em especifico vai ser servido aqui no restaurante?

Estes pratos, que mencionei como o naco laminado ou as filetes de polvo, temos sempre disponíveis, quer ao almoço ou ao jantar. É só pedir, temos sempre esses produtos aqui.

Já ganhou o prémio do Sável e da Lampreia, já mencionou que há outros pratos que os clientes vêm cá de propósito só para os comer, qual é o segredo?

O segredo é o toque familiar que damos à comida. Falo por mim, comecei neste ramo porque eu gostava de comer (risos) e não gostava de comer sempre as receitas que vinham nos livros queria sempre colocar um toque especial na minha comida e acho que é isso que difere.

Termos ganho o prémio do Sável e da Lampreia também mostrou que esta iguaria é uma das nossas especialidades. Estamos na altura delas e queremos dar a conhecer aos nossos antigos e novos clientes onde se pode comer a melhor lampreia, já que este

ano não podemos confeccionar o Sável. Já fomos até convidados pela RTP para confeccionarmos a lampreia em direto é porque é de facto uma imagem de marca e é diferente a que fazemos aqui.

É pela comida, essencialmente, que as pessoas devem vir ao seu restaurante e não a outro?

Sem dúvida, para não falar do espaço onde está localizado. Temos bom estacionamento, um local amplo para as crianças brincarem, o salão em que colocamos a lareira quando está frio, acho que o requinte da nossa decoração também pode ser bastante atrativo.

A nível de serviços o que as pessoas podem encontrar? Fazem batizados, casamentos ou até refeições diárias, por exemplo?

Sim, temos as três componentes no nosso restaurante, queremos atrair todo o tipo de público. Quero realçar que na celebração dos batizados e casamentos o nosso serviço de mesa não é o típico que estão habituados nas quintas, é um serviço familiar. Colocamos o cabrito ou o assado, o que o cliente quiser, em cima da mesa e as pes-

soas estão como se estivessem em casa, porque achamos que ter um funcionário a questionar constantemente se quer mais ou não torna-se massacrante para o cliente. A nível de diárias temos de terça a sexta-feira e tem um custo de cerca de 8,50 euros.

Qual é o horário do restaurante? Há algum evento comum específico que queira realçar?

Está encerrado ao domingo à hora de jantar, porque normalmente temos aqueles convívios à hora de almoço e as pessoas não querem ir embora, então optamos por encerrar ao jantar. E à segunda feira também estamos fechados. À sexta-feira à noite e ao sábado à noite temos sempre música ao vivo, para os que gostam de dar um “pezinho” de dança após o jantar.

Há alguém a quem queira agradecer?

Gostaria de agradecer a todos os cozinheiros que trabalharam connosco e ao cozinheiro que vai voltar a estar connosco, o senhor José. Ao senhor António por estar sempre connosco. À minha esposa por me apoiar em tudo, estar do meu lado e como é óbvio pelo toque especial que ela dá a alguns pratos. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 41 EMPRESAS E NEGÓCIOS

OPTICÁLIA: a ótica que prima pelo

A Opticália, liderada por Cidália Ferreira, é uma cadeia de lojas de ótica de excelência que primam pela venda de serviços e produtos premium com o propósito de satisfazer os clientes de forma exímia e diferenciada. O VivaCidade esteve à conversa com Cidália Ferreira para perceber o segredo do sucesso e projetos futuros que possam marcar pela diferença.

Para que os leitores a conheçam melhor, quem é Cidália Ferreira?

É uma mulher nascida em Rebordosa, Paredes, que se dedica de alma e coração à ótica em Portugal. Uma empreendedora que gosta de desafios tanto a nivel profissional como pessoal, que vive para sonhos e essencialmente para as emoções.

Como surgiu a vocação para a ótica? Entrei no curso de optometria, na Universidade do Minho, e a partir daí comecei a trabalhar na ótica como funcionária, no Porto. Passado 2 anos e meio decidi que queria abrir a minha primeira loja que fez, a 17 de Fevereiro, 26 anos.

Em cada uma das suas lojas o que é que os clientes podem encontrar, além da venda de óculos?

Temos retinógrafo para descartar os diabetes. Fazemos análises ao fundo do olho para ver a evolução da degeneração das artérias e das veias da retina, como prevenção e possível encaminhamento. Também, descartamos o glaucoma, que é um problema gravíssimo de cegueira. Realizamos o rastreio às cataratas e detetamos todos os problemas oculares e se necessário encaminhamos para o oftamologista. Além do serviço normal de refração que é ver o erro refectivo das pessoas e graduar.

O bem estar do cliente é o factor primordial na decisão da compra dos óculos?

Sempre. O bem estar do paciente é o mais

importante para que a pessoa fique satisfeita e volte sempre. Temos uma preocupação enorme com a qualidade, não vendemos nenhum produto abaixo do limiar de segurança em termos de visão do paciente. Não é o lucro pelo lucro, é o serviço, nós damos um serviço premium aos nossos clientes.

No processo de compra de óculos se houver algum cliente que tenha incapacidade económica para efetuar o pagamento, há algum financiamento ou apoio?

Analisamos e vemos a melhor solução para a pessoa ter acesso aos óculos e os possa pagar. Analisamos caso a caso e tentamos ajudar da melhor forma, pois o principal propósito é que todos tenham acesso a esse serviço que é crucial. Estou aqui para fazer parte da solução e não do problema.

O uso excessivo das novas tecnologias, como os telemóveis, os computadores, prejudica a médio/longo prazo a visão dos pacientes mais novos?

Sim, os jovens deveriam proteger-se com lentes para filtrar os raios nocivos de tudo o que são ecrãs, ou seja usar o filtro que previna a passagem da luz azul. Os ecrãs e os telemóveis provocam o síndrome do olho seco, que apesar de parecer banal é um problema que se deve prevenir, não faz com que desapareça, mas que a longo prazo não tenha efeitos nefastos na visão. Outro problema que tem origem na utilização excessiva das novas tecnologias e também num trabalho que exija visão de perto é o aparecimento da miopia. A tendência é que os problemas de visão aumentem consecutivamente. Até porque as crianças têm acesso a estas tecnologias desde idades precoces.

O problema de mão de obra qualificada é um problema que se debate nas suas lojas?

Sim. Estou sempre a formar gente. Efetivamente o mercado cresce, porém as formações e as universidades não acompanham. A nossa dificuldade é que além da pouca oferta também não há muita formação, porque

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 42 EMPRESAS E NEGÓCIOS

seu bem estar

desde Bolonha reduziu a formação para o mercado de trabalho. Tínhamos 5 anos, passaram para 3, e, ainda por cima, não há estágio integrado, eu formo-as mas à posteriori vêem busca-las. O mercado absorve porque lhes fica mais barato, como é obvio. Agora já comecei a contratar pessoas de fora, do brasil, por exemplo, as pessoas são boas. Tenho tido bons resultados.

O que é que distingue a Opticália das outras lojas?

Cada um tem a sua filosofia e, como filosofia de vida, não comento o trabalho dos meus colegas. Não comparo, nem vejo o que os outros fazem, o que interessa realmente é o cliente. Tenho plena confiança no que é feito

O céu é o limite. Tenho muitos projetos. Pretendo abrir mais lojas neste ramo. Como gosto de viajar, turismo e conviver quero ter um projeto em que faça tudo o que goste e seja “recompensado” financeiramente. Quero criar sítios em que as pessoas possam ir com o mesmo glamour, onde se possa misturar a gastronomia com as paisagens um género de um tudo incluido sem limites. Normalmente, nos hotéis há horários limite para se almoçar ou tomar o pequeno almoço e quando se vai de férias não é suposto termos horários, vamos de férias para desfrutar, sem horários. Quero criar aquele conceito de forma a ser perfeito. Claro que tem um custo, mas o pagamento que será feito não será pelo serviço mas sim pelas emoções e os momentos únicos que vão vivenciar, porque as férias são isso mesmo, os momentos que partilhamos uns com os outros e não o local que vamos em especifico, isso é apenas um complemento. A sensação que terão é exatamente a mesma que eu quero que os meus pacientes da ótica tenham quando saem da minha loja é de “uau”, que seja uma experiência diferente. Eu quero tudo o que seja diferenciador, porque para coisas

Há algum projeto ou sonho que tenha

Há sim. A partir de 2025, eu gostaria de fazer um lar de idosos para mim e para os

meus amigos, um género de uma “aldeia tribal controlada” (risos). Acho que o que se faz atualmente com os idosos é violentissimo, era incapaz de pegar num familiar próximo, colocar um saco com roupa e “depositá-lo” num lar, sem referências. Para que isso não aconteça comigo e com outros eu já tenho estruturada a construção desse lar, um género de resort, toda a gente quer ir para um resort. Ou seja, teria uma parte central com as casinhas à volta, um terreno, para que possam estar entretidas e plantar as suas coisas e partilhar com o resto da comunidade também. Tudo aquilo que for necessário como apoio médico, por exemplo, não faltará.

Todas as pessoas vão poder ter acesso a isso?

Podem. O factor custo é sempre trabalhado. Aquilo será uma comunidade. O factor custo não é primordial neste meu projeto, o que é importante é o espirito de comunidade e as emoções que serão partilhadas entre os residentes daquele espaço. É uma fundação sem fins lucrativos.

É a sua missão?

Se calhar sim. Eu ando a angariar e a criar projetos de forma a ter rentabilidade para criar esse espaço e que o repliquem, assim seremos uma comunidade feliz em fim de vida.

Há alguma mensagem que queira deixar aos gondomarenses?

Eu gosto muito de Gondomar. Nas nossas lojas, em Gondomar, oferecemos um serviço de optometria gratuito sem marcação e sem compromisso, diariamente. Temos o cuidado de ter pessoas altamente formadas, que estão cá há muitos anos, com muita experiência. Temos as melhores marcas do mundo à venda, o que encontram na Opticália de Gondomar, encontram no Dubai ou em Nova Iorque. Os fornecedores do Dubai são os nossos, portanto a qualidade é a melhor que pode encontrar. ■

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CATEDRAL DAS SANDES já abriu

O restaurante Catedral das Sandes - Cabeças foi inaugurado a 21 de Fevereiro, na Rua das Herdades nº25, Ermesinde. À data da inauguração os visitantes tiveram direito à oferta de uma sande de porco e de leitão com uma bebida à escolha. Na inauguração estiveram presentes várias personalidades de Gondomar, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins e vários presidentes de Junta. ■

ESTIVEMOS À CONVERSA COM ALGUNS DOS CLIENTES QUE FIZERAM QUESTÃO DE MARCAR PRESENÇA NESTA INAUGURAÇÃO:

Adriano Gonçalves e Carlos Bernardes: É a primeira vez que vimos a este restaurante. Estamos a gostar das sandes, da simpatia e do ambiente. As sandes são excelentes.

José Paiva: Já conhecia o Cabeças. A decoração está incrível mesmo. A sande de porco no espeto é ótima. Yara Silva: É a primeira vez que venho a um restaurante como este e está maravilhoso. Recomendo a toda a gente.

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 44 EMPRESAS E NEGÓCIOS

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia trinta e um de janeiro de dois mil e vinte e três, lavrada a folhas 117 do Livro 49-M, deste Cartório, ANTÓNIO DA SILVA CUNHA e mulher MARIA ROSA OLIVEIRA MATOS DA SILVA CUNHA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, respetivamente, da freguesia de Jovim e da freguesia de Foz do Sousa, ambas do concelho de Gondomar, residentes na Rua do Liboso, Caixa Postal 151, na União das freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, concelho de Gondomar, contribuintes 156681102 e 158158075, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, denominado “Sorte do Liboso”, sito na Rua do Liboso, na extinta freguesia de Jovim, atualmente União das freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, concelho de Gondomar, composto por mato e pinhal, com a área de seis mil duzentos e noventa e dois metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Jerónimo dos Santos Cardoso, do sul com Rolando Miguel Cardoso Castro Neves, Rosa Fátima de Castro Martins das Neves Silva e António Fernando da Silva Oliveira, do nascente com Rua do Liboso e do poente com Rosa da Silva Castro, omisso quer na matriz rústica quer na matriz urbana, desconhecendo-se a proveniência do mesmo, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar.

Que este prédio adveio à posse dos justificantes, por compra verbal a Davide Sousa Matos e mulher Maria Martins das Neves, casados no regime da comunhão geral, residentes que foram no lugar das Quintas, Foz do Sousa, em Gondomar, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta, transmissão esta meramente verbal, inexistindo portanto qualquer título formal que a possa comprovar.

Que, desde essa data, têm os primeiros outorgantes possuído o dito prédio com aquela configuração geométrica, em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida no desbaste e corte das árvores, na recolha dos seus frutos, na sua limpeza e em todos os demais atos materiais de conservação e fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública, não tendo ocorrido, desde o início da sua posse, qualquer alteração à configuração do identificado prédio.

Que atendendo às enunciadas características de tal posse, que dura à mais de vinte anos, facultou-lhes a aquisição, por usucapião do referido prédio, que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de inscrição matricial em nome de António da Silva Cunha, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma.

Que, desta forma, justificam a aquisição do aludido imóvel por usucapião. _________________________________________________

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. _________________________

Cartório Notarial em Santa Maria da Feira da Licenciada Paula Cristina Dias de Sá, sito à Rua São Nicolau, n.º 50, na União das freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo, concelho de Santa Maria da Feira, aos 31 de janeiro de 2023.

Registo n.º 2 Fatura/Recibo n.º 2021005/171

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VivaCidade, 23 fevereiro 2023 (rede fixa nacional) (rede móvel nacional) (rede fixa nacional)

Joana Resende

PS

Faz agora um ano que deflagrou o conflito bélico, pela invasão russa da Ucrânia, que causou uma crise energética grave, e consequentemente, inflação.

Em menos de três anos, a Europa debatia-se com uma terceira contração económica, o que desencadeou um profundo sentimento de pessimismo entre consumidores e investidores.

Mas um ano depois, e aquilo que a nossa comunicação social não gosta de dar relevância, é que “as boas

Maribel Fernandes

PSD

Nos termos do Estatuto da Oposição, uma das sugestões/contributos do PPD/PSD para as Grandes Opções Plano 2023, seria na prossecução do objetivo da descarbonização de Gondomar, concluir a linha do Metro da estação de Cabanas, Fânzeres, até ao centro de Gondomar - S. Cosme, sabendo que este investimento significaria menos de metade do que outras opções divulgadas e de concretização mais rápida.

Nesta matéria, o PSD reiterou e de uma forma coerente, intervenções passadas recordando que este encargo poderia ter sido

Pedro Carvalho

CDS-PP

A saga das empreitadas ruinosas e desastrosas continua em Gondomar! É verdade! Parece um filme de terror. Especialmente para os moradores que são directamente afectados por obras sem qualquer tipo de planeamento, sem qualquer tipo de estudos prévios que antecipe problemas, sem qualquer tipo de fio condutor e orientador daquilo que se pretende refazer, reformular ou reabilitar.

Desta vez o azar bateu à porta de dezenas de moradores da Estrada D. Miguel, em Fânzeres e São Pedro da Cova. Na verdade, qualquer Gondomarense que passe na Estrada D. Miguel, no senti-

Paulo Silva

PORTUGAL CRESCE MAIS QUE A ZONA EURO

notícias superaram claramente as más notícias” (Oliver Rakau, economista chefe da Oxford Economics).

A economia da Zona Euro está claramente fora de uma recessão técnica, e a Comissão Europeia veio rever em alta as suas estimativas de crescimento económico para os países da moeda única.

A equipa da multinacional Goldman Sachs salienta três motivos preponderantes para este volte-face: um comportamento altamente resiliente do setor industrial europeu, a queda dos preços do gás, e a reabertura da economia chinesa após meses de confinamento.

Um início do ano quente para inverno, associado a um forte armazenamento subterrâneo e chegadas consistentes de gás natural liquefeito às costas europeias, ajudaram na independência do consumo de gás em relação à Rússia.

evitado, já que em 31 de julho de 2003, o Conselho de Ministros através da Resolução nº 38 aprovou a realização da linha do Metro Antas - Gondomar, em via dupla, com valor aproximado de 194 Milhões de Euros, incumbindo a Metro do Porto, S.A., de apresentar o modelo de financiamento, bem como o respetivo enquadramento jurídico e lançamento do empreendimento.

Este projeto englobava a criação de uma Avenida incluindo todas as infraestruturas inerentes, que faria a ligação entre a Avenida Dr. Mário Soares e a Rua Novais da Cunha e ainda a construção de equipamentos de lazer e desportivos na parte inferior do viaduto de Ramalde, entretanto empreendidos pela Câmara Municipal de Gondomar.

Posteriormente àquela aprovação e por oposição irresponsável dos, à data, presidentes de

No que diz respeito às empresas, e mais concretamente ao desemprego, permanece estável e abaixo dos 7%, indicando que o cenário de despedimentos de milhares de trabalhadores para contrabalançar com as despesas (principalmente as energéticas), não se concretizou.

Sendo a China a segunda maior economia do mundo, havendo um crescimento consistente da economia chinesa nos próximos anos, terá obviamente um impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

E as boas notícias para Portugal, as que a comunicação social teima em não dar relevância, são que a EU prevê que o PIB português cresça 1%, acima da Zona Euro. Bruxelas também está mais otimista ainda para

junta das freguesias de Rio Tinto (agora o presidente da câmara) e de Baguim do Monte, verificou-se o abandono do projeto, levando a que a linha do Metro terminasse em Fânzeres e não na feira de Gondomar (S. Cosme), conforme previa a Resolução do Conselho de Ministros, repita-se, aprovada há cerca de 20 anos. Agora, passados praticamente 11 anos após a inauguração do Metro para Gondomar, surge em reunião de Câmara, a proposta de aquisição de parcelas de terreno para a realização da ligação entre a Av. Mário Soares e a Rua Novais da Cunha, uma ligação rodoviária que já poderia existir desde 2011 e cujo investimento, incluindo as expropriações, seria assumido pela Administração Central. Um custo que, agora, muito por responsabilidade do PS, acarreta encargos extraordinários aos Gondomarenses. Face a esta irresponsabilidade por parte dos

a inflação. Aliás, a estimativa que Bruxelas apresenta agora é superior à apresentada nas previsões de Outono, quando esperava que a economia portuguesa crescesse apenas 0,7%.

Realço que Portugal cresce acima da moeda única, e também da UE, que Bruxelas prevê que avance 0,8% este ano, e a Comissão Europeia antecipa que a economia portuguesa comece a ganhar ritmo no segundo trimestre de 2023, e que acelere a partir daí, atingindo uma taxa de crescimento anual de 1,8% já em 2024. Pese embora o conflito bélico da Ucrânia seja uma realidade triste, devemos também olhar para otimismo que normalmente não nos mostram com o fervor com que nos mostram as desgraças e o infortúnio, em prol das audiências e não da verdade jornalística. ■

autarcas de então do PS e que se reflete atualmente, os Gondomarenses continuam sem metro até ao centro de Gondomar - S. Cosme, assistindo a mais um momento de mediatismo circense do Presidente da Câmara, que durante a visita do Ministro do Ambiente e da Ação climática ao Porto na apresentação do novo veiculo da frota do metro do porto, manifesta na estação de metro da Trindade,…”Viemos conhecer os novos veículos da Metro do Porto! Em breve teremos novidades para Gondomar!”.

A notícia que todos os Gondomarenses esperam, é o lançamento do concurso para expansão da linha de metro até ao Centro de Gondomar e não promessas soltas, de um parco vendedor de sonhos, que de forma leviana e irresponsável vai lesando o erário publico em aquisições desnecessárias. ■

AS OBRAS NA ESTRADA D. MIGUEL O “FADÁRIO” DOS MORADORES!

do Baguim do Monte em direcção a São Cosme/ Jovim, ao percorrer esta estrada que atravessa o Concelho de Gondomar, facilmente vai perceber o fadário das dezenas de Fanzerenses e de Sampedrenses.

Os erros que se estão a cometer nesta empreitada da Estrada D. Miguel, são exactamente os mesmos erros que se cometeram nas obras da Avenida da Conduta, e nas obras da Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa: passeios demasiado largos, faixas de rodagem demasiado curtas para que duas viaturas ligeiras consigam cruzar-se sem qualquer tipo de sobressalto, e eliminação do estacionamento.

Ou seja, o Executivo Municipal do Partido Socialista (PS) não aprendeu rigorosamente com os erros do passado, continua a não ouvir as reclamações mais do que legitimas da população, tal como aconteceu em Valbom, e continua a prosseguir a sua politica de empreitadas verdadeiramente

ruinosas do ponto de vista financeiro e operacional: obras que não trazem beneficio nenhum para os moradores, bem pelo contrário. Obras que só prejudicam os moradores e os empresários que necessitam de utilizar estas estradas municipais diariamente.

Até mesmo os Agentes de Protecção Civil são afectados com este tipo de empreitadas sem nenhum planeamento. Basta ver o que aconteceu em Valbom. As viaturas dos Bombeiros não conseguem passar para prestar o socorro à população! E será o que vai acontecer com estas obras da Estrada D. Miguel, se não forem corrigidas e alteradas atempadamente antes da sua conclusão. Esperemos que desta vez, o Executivo Municipal do PS, tenha bom senso e dê ouvidos às preocupações dos Fanzerenses e dos Sampedrenses que vivem neste local, ou dos que diariamente necessitam de transitar nesta via para se deslocarem para

o seu trabalho.

Imaginem se avariar um autocarro ou um camião nesta zona da Estrada D. Miguel. Como é que as viaturas dos Bombeiros vão conseguir prosseguir a sua marcha, sem percalços, sem atrasos, e prestar o socorro a quem necessita? Toda a gente sabe que em situações criticas de saúde em estados graves, todos os segundos podem fazer a diferença entre a vida e a morte, ou fazer a diferença entre deixar lesões para toda a vida, ou não.

Espero que o Executivo Municipal e o Partido Socialista tenham bom senso, e que tenham a capacidade de ouvir os moradores e os empresários da Estrada D. Miguel, e que no final ambas as partes, saiam satisfeitas com estas obras.

O que se exige por parte dos decisores políticos do nosso Concelho é que haja ponderação, moderação e capacidade de dialogar com a população e os empresários! ■

Todos os anos, particularmente nos anos eleitorais, assistimos às pomposas cerimónias de entrega dos apoios às coletividades, um cenário que em Gondomar já teve contornos do mais parolo e retrógrado caciquismo.Tais iniciativas, que não são um fenómeno exclusivo do município de Gondomar, deveriam merecer uma reflexão política e pública porque elas refletem uma conceção errada do apoio do

estado ao movimento associativo. Então vejamos. Diz a Constituição da República Portuguesa que cabe ao Estado assegurar um conjunto de direitos a todos os cidadãos no plano desportivo, cultural, social, etc. É verdade que esse mesmo Estado, central e local, tem construído alguns equipamentos que permitem assegurar alguns desses direitos, mas também é verdade que esses equipamentos não só são insuficientes,  como o mesmo Estado não é capaz de dinamizar e promover a prática desportiva, de assegurar a criação e a fruição culturais, de garantir os direitos sociais das populações. Por isso, as questões que se devem colocar são:

como poderiam centenas de jovens de Gondomar ter acesso à prática desportiva sem os clubes e associações? Como poderiam milhares de gondomarenses ter aprendido a ler uma pauta de música sem a existência de bandas filarmónicas? Ou como poderiam conhecer a etnografia, o folclore ou a música coral sem os grupos locais que dinamizam tais atividades? Ou como seriam asseguradas a ocupação de tempos livres, o funcionamento de creches, atl’s, centros de dia, lares, etc, sem as instituições locais?

Então, de facto, não é o município que está a fazer ‘um favor’ às associações quando lhes atribui um subsídio ou quando apoia a cons-

trução ou melhoria de um equipamento. Não são as coletividades que têm de agradecer esse apoio. Não, nada disso. Quem está a financiar o município e o Estado central são as coletividades, a substitui-los numa função constitucional que lhes cabe.

Parece um pormenor isto que acabamos de escrever, mas é a compreensão destas competências e funções que nos permitiria ter um outro debate público, uma outra postura do município perante as coletividades, de respeito, de apoios públicos que resultassem de uma maior exigência, em que as notícias de “milhares atribuídos” fosse substituído por “acordos que garantem direitos”. ■

VIVACIDADE | FEVEREIRO 2023 46
VOZES
MUNICIPAL
OPINIÃO:
DA ASSEMBLEIA
E O METRO EM GONDOMAR!? ... NEM VÊ-LO…
CDU E SE AMANHÃ FECHASSEM TODAS AS ASSOCIAÇÕES?

OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

PELA HABITAÇÃO, PARTE 2

Se no mês passado, falei de especulação imobiliária e algumas medidas para a habitação, o governo lança um pacote de medidas que supostamente ajudarão a combater o flagelo que ocorre neste momento no nosso país.

Se algumas das medidas apresentadas já existiam e não resolveram o problema da habitação, continua a não existir uma política de arrendamento que o proteja e lhe dê estabilidade.

Não são asseguradas com estas medidas, políticas que combatam de forma estruturada o problema da especulação imobiliária. A realidade é que estrangeiros com grande poder económico vão continuar a comprar casas em Portugal e a vendê-las a preços exorbitantes contribuindo para a especulação e o preço do arrendamento irá continuar a subir como tem sido a grande tendência nos últimos anos, sem

que os salários dos portugueses reflitam esta subida excessiva.

O problema destas medidas apresentadas é que na prática não mudarão em nada os preços das casas ou as rendas e o financiamento à especulação imobiliária irá continuar até a bolha rebentar tal como aconteceu noutros países há alguns anos.

É isto que queremos no nosso país? Enquanto

GONDOMAR É MAIS QUE UM DORMITÓRIO OU UMA ENORME CAMARATA

Tanto se bateu no peito e tantas alvíssaras se pediram quando o Grupo Pestana, resolveuconstruirumlindíssimohotel emGondomar.

Em 2022, aqui ao lado o Porto foi considerado o melhor destino de cidade do mundo nos”WorldTravel Awards” Gondomar, terra rica em história, com lindas paisagens, que nos permite vislumbrar toda amarginal do rio Douro, com gastronomia de se lhe tirar o chapéu fazia e faz todo o sentidocapitalizar e potencializar esta benesse de ter umacidade vizinha tão premiada e tãoprocuradacomoéoPortoeaproveitartambém paradinamizarmaisonossoturismo.

QuantosdoshóspedesqueficamnohotelemGondomarvisitamonossoConcelho??

Temos ferramentas únicas, como já disse, uma costa banhada pelo lindo Rio Douro, mas nonossoentendermuitosubaproveitada.

Devia-se requalificar as praias fluviais, as praias da Lomba e de Melres já são bons exemplos,mas temos Zebreiros, Marecos, Gramido e Ribeira D´Abade à espera de intervenções, terminaropolis, tornarazonaaindamaisatrativa.

Certamente ia ser uma mais-valia para o nosso Concelho, que faria que nem todos os táxis ouTVDE´S saíssem do nosso concelho em direção ao Porto, mas que também fizessem o trajecto-

PROBLEMA DA HABITAÇÃO

Num governo que revela cada vez mais uma fadiga ideológica, ou nada se faz, ou então, como se costuma dizer em bom português “vai tudo a eito”.

Assim sendo, e após ter passado anos a recusar propostas dos diversos partidos da oposição, fomos esta semana brindados pelo executivo com um pacote de medidas que consegue atentar contra princípios institucionais e, ainda assim, deixar várias pontas soltas.

Muito há a falar, mas gostaria de realçar três pontos em concreto.

Em primeiro lugar o fim dos vistos gold, algo que o PAN por diversas vezes fez questão de defender. Além de não se vislumbrar um sentido prático, para lá de inflacionar ainda mais o preço das habitações, é algo que ideologicamente nos parece imoral, condicionar a atribuição de um passaporte português, tendo unicamente como pressuposto a capacidade financeira do requerente.

Em relação ao apoio para os seis primeiros escalões de IRS, este parece-nos altamente

GONDOMAR DE FICÇÃO

Há momentos em que se torna difícil distinguir a realidade da ficção. A realidade política do nosso concelho é um desses casos. Ficamos recentemente a saber que a camara de Gondomar “investiu” cerca de 150.000 euros para promover o nosso concelho em séries de televisão. É difícil crer que um concelho que mal consegue aproveitar o seu potencial turístico, seja um exemplo a promover. Só mesmo pagando para tentar convencer. Normalmente, antes de se promover um produto ou serviço, devemos garantir que ele existe, funciona e é apetecível. Ao invés de A

redutor e exclui uma vez mais a classe média.  Numa altura em que a subida das taxas de juro do crédito à habitação não dão sinais de recuar e muitas famílias de classe média passam dificuldades, o governo demonstra uma vez mais, uma clara insensibilidade para com os milhões de portugueses que se encontram nos escalões intermédios.

Por fim, no que à habitação diz respeito, consideramos pertinente falar na questão do alojamento local.

O governo, sem qualquer tipo de critério, opta por atribuir uma sentença de morte a este sector de atividade e exclui a atribuição de novas licenças.

Ora, se esta medida faz sentido em locais como a zona histórica dos concelhos vizinhos de Porto e Gaia, onde a pressão urbanística é enorme e onde não tem havido proteção às famílias que lá residiam à gerações, na nossa opinião este bloqueio de novos licenciamentos prejudica concelhos como o nosso.

Aqui, pego em concreto no caso da nossa frente ribeirinha. Por algum motivo, tem sido uma

inverso, não só para trazer turistas para dormir, mas para se divertirem, para conhecerem,paraalmoçaroujantar.

Assim como certamente pessoas de outros concelhos ede todo o país, visitariam com maisregularidadeGondomar.

Vem aí o Verão, é necessária uma agenda cultural que chame e cativepessoas, noitestemáticas,GondomarnãopodeapenasserrefémdaNoiteBranca.

Como diz José Malhoa, é necessário bailarico de Verão, estivemos 2 anos sem sorrir devido aumapandemia.

Dinamizar, queremos um Gondomar evoluído,

isto, mais pessoas ficam sem as suas casas e um teto para dormir começa a ser um luxo em Portugal.■

preocupação deveria ser a requalificação de vários espaços do concelho; ambicionar potenciar os rios de Gondomar, com ênfase para a margem do rio Douro, que, para além de ser uma das maiores em comprimento, é das mais belas e agradáveis para a prática de desportos aquáticos; criar as condições para a atracção de investimento hoteleiro, especialmente no alto concelho, que continua por descobrir aos olhos de muita gente, inclusive o actual executivo; agilizar o investimento imobiliário, seja ele de habitação, comercial ou industrial. Numa altura em que o mercado imobiliário em con-

área esquecida pelo atual executivo camarário e, além do passadiço até Gramido, pouco mais tem sido feito. Em contraciclo com a lógica, há cada vez mais casas devolutas, as ruas estão cada vez em pior estado e o investimento em alojamento local, desde que controlado, poderia funcionar como uma forma de estimular a economia local e trazer mais pessoas para esta área, compensando assim o aparente abandono do atual executivo.

O PAN Gondomar irá propor junto dos restantes partidos com assento na Assembleia Municipal, a criação de um Grupo de Trabalho de Acompanhamento da Habitação, para avaliar o impacto destas medidas no nosso concelho e estudar alternativas mais benéficas para os gondomarenses.

Pela causa animal, a concelhia do PAN Gondomar organizou no passado dia 11/03 um evento sobre proteção animal. No evento participaram várias associações que diariamente lutam para compensar o que o estado não faz e é sempre proveitoso aprender com quem se dedica a

simpático, acolhedor, apaixonante e nãoapenasumGondomarsisudoecinzento, umenormedormitórioouumaenormecamarata.

Com a recente e excelente notícia que Gondomar vai ter um curso privado de Medicina, com ainjeção de sangue novo e jovem , é mais um motivo e uma razão para elevar o nosso Concelho,queparecequevivenummarasmoenumatristezaprofunda. ■

fazer o bem e a contribuir de forma positiva para o nosso concelho.

Pela parte negativa, gostaria de destacar a ausência de entidades oficiais no evento, apesar de todos terem sido convidados com antecedência.

Celebrou-se no passado dia 02/03, um ano sobre a entrada em vigor da Lei de Bases do Clima, que permitiu definir o quadro de governação da política climática, assim como definir novos standards de proteção ambiental para áreas como os transportes, a energia e a cadeia agroalimentar.

É este o efeito PAN e é por um mundo melhor que continuamos a lutar diariamente. ■

celhos vizinhos se encontra bastante pressionado, e com a dimensão de área não utilizada do nosso município, Gondomar está a deixar passar uma oportunidade única ao não conseguir atrair investimento.

Em suma, para tudo isto, o poder autárquico não tem de fazer muito, apenas aquilo que a Iniciativa Liberal sempre defendeu: garantir as condições mínimas, como o saneamento e vias de comunicação adequadas, e sair da frente daqueles que querem e podem efectivamente promover o nosso concelho, com redução de burocracia, prazos de licenciamento e carga

fiscal.

Até lá, se quisermos ver Gondomar como um concelho atraente para o turismo e investimento, só mesmo na televisão. ■

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Santos BE
Sara
Pontes
Nuno
CHEGA
Couto PAN João Resende Figueiredo IL
Ricardo

INSCRIÇÕES: https://he.ufp.pt/cat/publicacoes/congresso-medicina

O Congresso de Medicina surge por ocasião da celebração dos 10 anos de atividade do Hospital Fernando Pessoa e será um encontro científico, de temática multidisciplinar, com os olhos postos no futuro, sob o tema “Digitalização da Saúde e Inteligência Artificial”.

PARCERIAS DO CONGRESSO:

10.03.2023

INSCRIÇÃO GRATUITA

COLABORADORES E PARCEIROS FUNDAÇÃO FERNANDO PESSOA

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