Viva! outubro 2013

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P IN TO DA COSTA

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opinião. “Se precisam de ti e se é do Porto que tu gostas, acho que deves ir”, aconselhou-o. A partir daí, ficou decidido: Jorge Nuno Pinto da Costa iria avançar com a candidatura à presidência do clube. O diálogo com a mãe acabou, assim, por marcar um momento de viragem na vida do portuense, sendo um dos episódios recordados no livro “31 anos de presidência, 31 decisões”, que deverá ser lançado ainda este ano.

FC Porto

O MUNDO DE OLHOS POSTOS NO FC PORTO

da Feira, aos Passarinhos da Ribeira, no Porto, e a vários sítios onde o apoio era fantástico”. Convicto de que Neca Couto, um próspero industrial de papel, seria o candidato à presidência, Pinto da Costa participou até na elaboração do programa da lista, mas, na altura da definição dos cargos, o industrial viria a confrontá-lo com a realidade. “Ainda não percebeu que o único candidato que nós queremos é o senhor?”, questionou-o. “E eu disse para não contarem comigo porque o meu compromisso era para diretor de futebol e não para presidente. Só que aquilo

caiu como uma bomba e nós já tínhamos o apoio de imensa gente”, salientou o dirigente. Sem saber ao certo qual a decisão a tomar, Pinto da Costa viria a encontrar a resposta numa visita à sua mãe, que morava em Cedofeita. Apesar de não ser habitual falar com o filho sobre futebol, Maria Elisa Bessa de Lima Amorim Pinto perguntou-lhe, entusiasmada, se sempre ia para o FC Porto, depois de ter lido as últimas notícias no “O Comércio do Porto”. Incrédulo com o forte incentivo da mãe, confessou que não sabia ao certo o que fazer, pedindo-lhe

O primeiro campeonato festejado por Pinto da Costa ao comando dos azuis e brancos foi em 1955-56, com o treinador Yustrich. “Foi um sofrimento porque tínhamos de vencer o último jogo, com a Académica, e, a 20 minutos do fim, estava 0-0. Nessa altura houve um penálti e os jogadores estavam todos a ver quem marcava”, contou, revelando que, no momento em que viu a convicção de Hernâni a pegar na bola, teve a certeza de que “era impossível ele falhar”. Marcou “e foi uma festa tremenda”. “O FC Porto já não ganhava um campeonato há 19 anos e, por isso, a celebração foi fantástica no estádio das Antas”, afirmou. E é com o mesmo orgulho e com todas as recordações bem gravadas no coração que o portuense relembra aquele que terá sido o título “mais importante” conquistado pelos “dragões” – o de 1987, em Viena, na Áustria, quando o clube se sagrou, pela primeira vez, Campeão Europeu. REVISTA VIVA, OUTUBRO 2013


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