Revista acic 39

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ACIC 69 ANOS capítulo 01 - A história

1944: movimento empresarial

cria a Associação Comercial

de Cresciúma Ana Sofia Schuster | CRICIÚMA

Junho de 1944. Criciúma acompanhava o final da segunda Guerra Mundial. Ao longo dos anos de conflito era da região que saia a produção de parte do carvão usado nos fornos da Companhia Siderúrgica Nacional. Dos fornos da CSN toneladas de aço abasteciam o mundo em guerra. Em Criciúma, parte do carvão tinha como origem a Companhia Brasileira Carbonífera de Araranguá. E Criciúma vivia este momento de forma intensa. Recebia investimentos estruturantes como a chegada do Banco da Indústria e Comércio de Santa Catarina, em 1938, e da Agência da Coletoria Federal, em 1940, a Comarca de Criciúma, em 1943, conforme registrou Mário Beloli, no livro Rubens Costa – Caminhando com a história criciumense. Em 1947 e 1943 a cidade ganharia mais dois bancos, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional do Comércio. Em 16 de outubro de 1940 a cidade havia ganhado um marco na sua história, chamado Grupo Escolar Professor Lapagesse, que teria a missão de ensinar as novas e futuras gerações da cidade, um marco definitivo para que Criciúma se consolidasse como a mais importante cidade do Sul de Santa Catarina. Em 1936, o município inaugurava o Hospital São José. É da década de 1940 também a inauguração do Cine Rovaris, ponto de encontro dos jovens e famílias de Criciúma. No dia 18 de junho de 1944 o Cine Rovaris, no entanto, não tinha uma agenda social comum, o encontro era entre

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Liderança Empresarial

empresários locais. O propósito era criar uma associação comercial. Criciúma seguia uma tendência nacional, de criar entidades que fortalecessem o comércio. Conforme registro histórico da CACB, Confederação das Associações Empresariais do Brasil, as primeiras entidades surgiram ainda no Brasil colonial. “Em 1811, enquanto a Bahia ainda se reerguia da crise gerada pela saída da capital da Colônia para o Rio de Janeiro, 48 anos antes, o Governador desta Capitania, D. Marcos de Noronha e Barro, oitavo Conde dos Arcos, recebia a autorização para construir a sede da Praça do Comércio e em 1816 a entregava pronta. Nasceu assim a Associação Comercial da Bahia.”, destaca o site da CACB. No ano de 1912 o Rio de Janeiro sediava um encontro de associações comerciais, que se proliferavam pelo Brasil. A Associação Comercial de Criciúma seguia estes moldes, reunindo os comerciantes e lideranças políticas da época. No dia 18 de junho pessoas assinaram uma ata de fundação, a qual consta o nome do empresário Rubens Costa. Com apenas 18 anos na época, Costa iniciava sua vida profissional e conta que assinou a ata por acaso. Ainda que seu futuro fosse selado pelo sucesso de seus empreendimentos, naquele momento a veia empresarial ainda não estava revelada. Mas Rubens Costa estava naquele momento histórico para Criciúma e hoje é o único sócio fundador ainda vivo.


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