Vilas Magazine | Ed 231 | Abril de 2018 | 32 mil exemplares

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eventos são realizados com o máximo de exposição sonora: “somente alugamos área externa”, diz o anúncio. Uma outra é alugada por R$ 5 mil de sexta a domingo, já com “seis camas de casal e dez de solteiro”. A lista da Salva inclui ainda duas casas mais simples na rua Praia de Tambaú, usadas apenas para festas de fim de semana ou feriados e que rotineiramente abusam da lei, incomodando a vizinhança residencial. LIMITE VALE DIA E NOITE Ao contrário do que muita gente pensa, não há horário nem local permitido para exceder 70 dB de som em Lauro de

Freitas – o limite para os Corredores de Atividades Diversificadas (CAD), popularmente conhecidas como área comercial. O limite é ainda menor depois das 19h e em área residencial, na orla ou no Parque Ecológico. Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA), o parque já recebeu espetáculos musicais que, por natureza, excedem em muito o limite legal para emissão de sons, que é de 55 dB(A) até 19h e 50 dB(A) depois disso. Na mesma entrevista em que prometeu pedir ajuda à polícia para combater a poluição sonora, a prefeita Moema Gramacho defendeu que os espetáculos realizados no Parque

Questão de princípio orienta bares no Rio de Janeiro

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o Rio de Janeiro, bares tradicionais instalados em área residencial não só cumprem as normas da lei carioca do silêncio, mas se preocupam em promover uma política de boa vizinhança. O tema foi abordado em reportagem de Paula Lacerda para “O Globo”. Um deles, localizado embaixo de um prédio residencial, chegou ao extremo de microfonar instrumentos do som ao vivo que oferece aos clientes, que escolhem se querem ou não ouvir, por meio de fone de ouvido. Outros simplesmente encerram no horário correto para não incomodar. “Isso não é nem política, é questão de princípio” — disse o proprietário

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Esq.: Alexandre Marques, secretário de Meio Ambiente, em reunião com moradores: providenciando espaço para armazenar equi­pamentos de som que serão apreendidos. Acima, Thiago Oliveira, diretor de Fiscalização da secretaria de Meio Ambiente: prazo de 90 dias para providenciarem isolamento acústico, como manda a lei

Ecológico não incomodam os moradores do entorno – que reclamam do barulho. Em área residencial e turística, descrição que abrange todo o bairro de Vilas do Atlântico, Ipitanga e Buraquinho, o limite é de 60 dB durante o dia e 55 dB à noite. Mesmo em área comercial, caso das avenidas Praia de Itapoan e Luiz Tarquínio, há limites: 70 dB até 19h e 60 dB depois desse horário e até 7h.

à reportagem. Educar os clientes é outro caminho. No Bar Caverna, em Botafogo, placas penduradas na varanda lembram o respeito aos “amados vizinhos”, pedem que o público “converse na moral”. “Além disso, os funcionários da casa são instruídos a falar com os clientes caso a conversa fique alta demais, um toldo foi instalado sobre a varanda externa para abafar um pouco o barulho e há restrições para acessar esta área” – detalha a reportagem. Em Lauro de Freitas, estabelecimentos que queiram oferecer música, ao vivo ou não, têm que instalar isolamento acústico e comprovar a instalação mediante laudo técnico. Mas mesmo diante de pedidos da vizinhança para que observem a lei, seguem perturbando o sossego alheio como se não houvesse lei, nem amanhã.


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