Quinta-feira, 04 de outubro de 2018
Eleições 2018
Folha de P. Alegre
Arte: Victor Eduardo Siviero
Funções do governador
1
Faz direção superior da administração estadual e nomeação secretários e altos dirigentes das empresas estatais. Propõe, aprova ou veta leis, e baixa decretos e regulamentos. com ministros e presi2 Negociar dente da república o recebimento de verbas para o estado. Precisa prestar contas para a assembleia e apresentar aos deputados o plano de governo. as políticas públicas 3 Implementar e os programas estaduais em áreas como saúde e educação. Para isso, conta com o auxílio dos secretários estaduais, nomeados pelo governador.
administrar órgãos im4 Precisa portantes, como a Polícia Militar, a Polícia Civil, as prisões, os hospitais estaduais, os laboratórios e o sistema de transporte (trem e metrô). ou sancionar a criação 5 Recusar de leis estaduais. O governador
não decide sozinho a criação de lei, mas tem a decisão final sobre ela.
Ficha Técnica Você conhece os quatro candidatos que estão a frente das pesquisas eleitorais? Se ainda existe alguma dúvida em relação a quem escolher para governador do Rio Grande do Sul, confira a ficha técnica dos candidatos. Páginas 2 e 3.
Eleição pelo Brasil
Da esquerda para direita de cima para baixo: Jair Soares (PDS), Pedro Simon (PMDB), Alceu Collares (PDT), Antônio Britto (PMDB), José Ivo Sartori (MDB), Olívio Dutra (PT), Germano Rigotto (PMDB), Yeda Crusius (PSDB) e Tarso Genro (PT).
O que esperar das eleições?
Sartori em busca do inédito: um governador nunca foi reeleito
Rio Grande do Sul é a exceção entre os estados do Brasil. Foram 18 governadores eleitos por voto direto
O primeiro turno das eleições começa no próximo domingo (7). Fique atento em cinco etapas fundamentais para garantir o que é necessário para você exercer o seu direito ao voto em 2018. Páginas 8.
Folha de P. Alegre
Moro abre delação em que Palocci relata Bolsonaro vai a 31%, e Haddad está com propina ao PT 21%, aponta Ibope
Não fique com dúvidas Não sabe quais documentos levar? Não sabe onde vai votar? Qual a ordem da votação no domingo? O que pode ou não pode? Essas dúvidas são normais para quem vai votar. Saiba como garantir o seu direito ao voto. Página 4w.
O que não esquecer no dia da votação?
Há 50 anos
out.1968 O STF negou nesta quarta-feira (2) o pedido de habeas corpus do deputado Oscar Pedroso Horta (MDB-SP) em favor do ex-presidente Jânio Quadros. O colegiado entendeu que a suspensão dos direitos políticos de Quadros por dez anos está amparada pelos atos institucionais e complementares em vigência.
O juiz Sergio Moro levantou na última segunda (1º), a seis dias da eleição, o sigilo de parte do acordo de delação premiada de Antonio Palocci. O ex-ministro de Lula relata caixa 2 nas campanhas petistas de Dilma Rousseff em 2010 e 2014, com até o quádruplo do declarado, e corrupção na Petrobras. Segundo Palocci, a campanha de 2010 custou R$ 600 milhões, contra R$ 153 milhões da prestação de contas, e a de 2014, R$ 800 milhões, ante R$ 350 milhões declarados ao TSE. O ex-ministro fala de arrecadação com a venda de emendas legislativas e medidas.
Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Contudo, mais uma vez a democracia foi atingida e a população não pode escolher seus representantes por votação direta. Em 1964 iniciou a Ditadura Militar Brasileira (19641985). No período, os governadores eram eleitos por representantes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Todos eram do partido de sustentação do regime, a Aliança Renovadora Nacional. A redemocratização voltou em 1982, quando foram convocadas eleições diretas para governador pela primeira vez na ditadura militar. Desde lá, os gaúchos nunca reelegeram um candidato ou representante do mesmo partido. Foram 9 governadores, e cinco partidos diferentes. A tendência para 2018, se as pesquisas forem confirmadas, é outra renovação para o cargo.
Quatro dos principais candidatos à presidência falam em ajustar a lei trabalhista aprovada no passado. Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) querem revogar o texto. Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (REDE) facem críticas pontuais. Apenas Jair Bolsonaro (PSL) não planeja alterações. O capitão reformado do Exército votou a favor da reforma no ano passado, enquanto deputado federal eleito.
O Rio Grande do Sul mantém uma tradição histórica de polarização na política que remonta aos tempos de império e tem como símbolos mais distintos os chamados “chimangos” e os “maragatos”, grupos antagônicos durante a Revolução Federalista de 1893. Este ano, ainda que haja oito candidatos ao governo gaúcho nas eleições de 2018, dos mais diversos partidos, a divisão ainda ocorre, só que rebatizada de “progressista” e “Conservadores”. Aliado a esse contexto, o povo gaúcho, historicamente, não costuma reeleger governadores. Muito pelo contrário: o eleitor sempre prefere candidatos de oposição. Os primeiros governadores do Rio Grande do Sul eram chamados de “Presidentes da província”. Eles eram nomeados pelo Imperador do Brasil. Após a proclamação da república brasileira, em 15 de novembro de 1889, os
Deputados Estaduais, Federais e Senadores: além de governadores e presidentes, esses outros três cargos serão votados no domingo. Páginas 2 e 3.
governantes passaram a ser escolhidos pelo voto direto, exceto em períodos específicos. A data marcou o início da Velha República (1889-1930) no Brasil. Liderado por Júlio de Castilhos, o primeiro governador eleito por votação direta, e por Borges de Medeiros, o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) dominou o governo gaúcho. Em função da Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas, ex-governador do RS, assumiu a presidência da república, os estados passaram a receber interventores federais. A exceção ficou por conta de José Antônio Flores da Cunha, interventor que foi eleito por voto direto em 1934. Ao final da Era Vargas (1930-1945), a redemocratização voltou e, junto dela, as eleições diretas. Dessa vez, o eleitorado gaúcho não reelegeu candidatos do mesmo partido, mas bipolarizou a concorrência. O poder alternou entre o
Presidenciáveis planejam mudar reforma trabalhista
Empresas fazem campanha por voto consciente A menos de uma semana da eleição, grandes empresas decidiram abordar o tema diretamente. A campanha da rede Burger King, que estreou no intervalo do debate dos presidenciáveis na noite de domingo (30), ganhou a internet ao desafiar pessoas que votam em branco e nulo a questionar a atitude. Na mesma linha, General Motors e Votorantim adotaram o voto consciente como “plataforma” no período pré-eleitoral.
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) subiu de 27% para 31% em pesquisa Ibope. Fernando Haddad (PT) se manteve com 21%, em segundo lugar. A margem de erro é de dois pontos.No cenário de segundo turno, Bolsonaro e Haddad empatam com 42%. A rejeição ao deputado se manteve estável (44%), e a ao ex-prefeito de São Paulo teve avanço de 27% para 38%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Na sequência aparece Ciro Gomes (PDT), com 11%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 4%.