Viajar Magazine - Março 2019 - Edição Especial BTL

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Regiões

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VIAJAR 2019 / MARÇO

PAULA CABAÇO,

secretária Regional de Turismo e Cultura da Madeira

Alemanha, Inglaterra e Portugal no top três dos mercados para o arquipélago

EMBORA AS DORMIDAS NA MADEIRA TENHA CAÍDO 1% EM 2018, VERDADE É QUE QUASE TODOS OS INDICADORES CONSEGUIRAM ACOMPANHAR OS VALORES DE 2017, O MELHOR ANO DE SEMPRE PARA O TURISMO DO ARQUIPÉLAGO. PAULA CABAÇO MOSTRA-SE CONFIANTE EM RELAÇÃO AO FUTURO. Por Sílvia Guimarães

VIAJAR - A Madeira foi eleita, pela quarta vez consecutiva, o “Melhor Destino Insular do Mundo” nos World Travel Awards. Acredita que distinções como estas influenciam os turistas na hora de escolherem o seu destino de férias? Paula Cabaço - Acredito que estas distinções reforçam a nossa notoriedade no mercado, ao mesmo tempo que servem de incentivo a todos os que, direta e indiretamente, contribuem para afirmar a diferença, a qualidade e a identidade do destino. No fundo, estes e os muitos outros galardões que a Madeira e o Porto Santo têm vindo a arrecadar, nomeadamente na área da hotelaria, reforçam a confiança e a motivação para darmos continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, ao mesmo tempo que aumentam a nossa responsabilidade para corresponder e superar as expetativas que depositam em nós. Na medida em que reforçam a nossa visibilidade, obviamente que estes prémios influenciam o conhecimento da nossa oferta e a consequente escolha. V - Todos sabemos que o mercado britânico é o principal mercado turístico da Madeira. Já estão a sentir os efeitos do Brexit? PC - O mercado britânico – a par do alemão

– são mercados estratégicos para o nosso destino, quer em termos do número de hóspedes quer de dormidas, pelo que é natural que os efeitos associados ao Brexit, nomeadamente a desvalorização da libra, se façam sentir na Madeira, à semelhança de outros destinos portugueses como o Algarve. V - Que ações estão a ser feitas para tentar fazer frente a esta realidade? PC - Estamos a desenvolver, de forma concertada e em conjunto com os vários parceiros do setor, diversas iniciativas que envolvem a promoção do nosso destino, concretamente ao nível do digital mas, também, do ponto de vista das campanhas em co-branding e da maior dinamização das ações de relações públicas, naquele mercado. Importa referir que, precisamente para fazer face aos eventuais efeitos do Brexit, o Orçamento da Associação de Promoção da Madeira (APM) foi reforçado com mais 700 mil euros em 2018 e, neste ano de 2019, mais 1 milhão de euros será transferido, pelo Governo Regional, para a APM.

DORMIDAS QUEBRAM 1% V - Quantos turistas visitaram o arquipélago em 2018? O que é que isso representa em relação ao ano transato? E quais as perspetivas para este ano? PC - Em 2018, entraram na Madeira mais de 1 milhão e 600 mil turistas, o que representou uma quebra inferior a 1% no número de dormidas, face a 2017, aquele que foi o melhor ano de sempre para o setor. Mesmo arrancando o ano de 2018 com uma quebra de 140 mil lugares de avião, em função da falência de três companhias aéreas provenientes dos mercados inglês e alemão (lugares que, em menos de um ano, praticamente se recuperaram), e conscientes da recuperação de outros destinos concorrenciais, mantivemos a procura, num resultado que, neste enquadramento, nos parece bastante satisfatório. Resultado que deriva do esforço conjunto do setor público e privado e da boa articulação que vem sendo mantida mas, também, do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela ANA, em parceria com o Governo


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