formação
2017 - 2021
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo | Centro Universitário Moura Larceda - Ribeirão Preto - SP.
2014 - 2016
Ensino Médio e Técnico | ETEC Prof. Alcídio de Souza Prado - Orlândia - SP.
idiomas
português
inglês
espanhol
pedro augusto verdun
+ 55 (16) 99387-1977 verdunpa@gmail.com
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Rua João Ramalho, 1375, Perdizes, São Paulo - SP
ensino e pesquisa
2021
Monitoria voluntária | Centro Universitário Moura Lacerda Estética e História das Artes III - Orientador: Prof. Me. Rafael Goffinet de Almeida; Período: Agosto a Dezembro.
2018
Iniciação Científica | Centro Universitário Moura Lacerda. “Orlândia em dez décadas: uma relação cidade-homem” Orientador: Prof. Me. César Augusto Elias

estágios
2020 - 2022
Studio Apoema | @studioapoema | Colaborador do estúdio que transita entre arquitetura da paisagem, arquitetura de interio res, residencial, design, produções teóricas e competições em concursos de projeto dentro e fora do Brasil. Ribeirão PretoSP.
2018 - 2019
Museu Plínio Travassos dos Santos | @restauro_mhpt | Estagi ário no museu tombado pelo CONDEPHAAT com o objetivo de produzir levantamento gráfico, textual, imagético e patológico para futuras intervenções.*
*Este trabalho rendeu uma premiação “menção honrosa” na categoria “IV - Docentes, orientadores e discentes: estudos, planos e projetos para a preservação cultural no campo da Arquitetura e Urbanismo” de boas práticas de preservação do patrimônio cultural. Concedido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).
cursos
2021
Princípios básicos para proje tos de estrutura de madeira | Carpinteria
2020
Arquitetura japonesa: tradi ção, modernidade e contem poraneidade | Escola da Ci dade.
2019
Pós produção para Pho toshop HUB Prática Criativa.
eventos científicos
2021
MOLA - Mostra de Arquitetura e Urbanismo | Centro Universitá rio Moura Lacerda.
2020
XII Jornada Científica | Escola da Cidade.
2019
IV DIÁLOGOS - encontro científico | Centro Universitário Moura Lacerda.
extensões
2022
Participação Concurso Praça Bicentenário - Macapá-AP
Participação Concurso Casa Quilombola CAU-GO
2020
Participação Concurso {CURA} - Museu da Democracia
softwares
Photoshop
2019
Bauhaus 100 anos | Membro organização e projeto expográfico para evento que celebrou o centenário do legado de Bauhaus | Ribeirão Preto - SP | Centro Universitário Moura Lacerda.
Institucionalização e realização do 1° passeio arquitetônico “Percurso em Orlândia”, realizado na cidade de mesmo nome com o objetivo de evidenciar e visitar alguns imóveis de grande contribuição para a arquitetura nacional. Obras de Angelo Buc ci, Eduardo de Almeida, Manuel Garcia, Jorge Wilheim dentre outros.
publicações
2021
Revista Vitória Régia | Membro da equipe do projeto editorial e gráfico para a produção da primeira edição da revista “Vitória Régia”, da @ongvitoriaregia para projeto “Negociando múlti plos riscos: saúde, segurança e bem estar entre as profissionais do sexo em tempos de Covid-19”, financiado pelo Instituto Elizabeth Blackwell, Universidade de Bristol - Reino Unido.

CASA QUILOMBOLA
Participação no concurso Casa Quilombola CAU-GO com Studio Apoema.
“Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples. Não é preciso muito para ser muito” - Lina bo Bardi.
O trabalho consiste na elaboração de um projeto de ha bitação de interesse social, para comunidade quilombola do grupo Kalunga, no interior de Goiás. A proposta surge a partir de um desejo de entendimento da paisagem como vestígio vivo de um povo específico e como a possibilidade de dar seguimento à história que os quilombolas vêm escrevendo dia após dia.
A partir da leitura das habitações locais, pensou-se na possibilidade da planta da casa trazer como referência os “me taesquemas”, do artista carioca Hélio Oiticica, onde vê-se uma estruturação bem definida que permite o desvio das formas sem que se perca a harmonia do todo. Assim, a habitação pode ser pensada como uma “meta-casa”.
Croqui inicial.
Corte esquemático.
O projeto conta com uma cobertura que inverte seu sen tido em relação ao “arquétipo de casa”. Esse gesto transforma o lugar, onde o espaço deixa de ser um esconderijo (devido tentativa de apagamento deste povo) para celebrar a possibi lidade do encontro gratuito e efetivar a reafirmação da própria identidade kalunga.

O raciocínio construtivo se dá a partir de um grid, que gera dois blocos paralelos, para a enfim divisão espacial por meio de quatro tipologias diferentes de vedação vertical. Há vá rias possibilidades de ocupação na casa devido ao modo como a mesma é desenhada.

Modulação possível.



Planta baixa tipo.




Isométrica raciocínio de montagem.


CADEIRA CAVALETE



Projeto de cadeira para a disciplina Projeto do Objeto I com Victória Borsani Sampaio
Na busca de entender a postura como a posição do corpo no espaço, junto da tentativa de desenhar um objeto para a disciplina, pensamos uma cadeira que falasse de um Brasil mais telúrico que atlântico. A Cadeira Cavalete é a possibilida de de se aterrar quando em seu uso, inspirado nas posturas dos povos caipiras do norte do estado de São Paulo (região onde está locada a universidade).
A lateral da cadeira reforça seu caráter de estética lân guida, e é uma única peça que está desde acima do encosto até depois do apoio dos pés. São necessárias somente cinco peças para a constituição total da cadeira. Todos os encontros são em encaixes japoneses “rabo de andorinha”, não necessi tando cola ou ferros de fixação. A cadeira foi pensada em com pensado naval, com a finalidade de produção em série e da produção de um par de cadeiras com uma única chapa, porém pode ser fabricada em madeira maciça, caso necessário.





Render quadra society.

PRAÇA DO BICENTENÁRIO
Participação Concurso Praça Bicentenário Macapá-AP | com Studio Apoema.

“Movo-me numa paisagem onde revolução e amor fazem discursos desconcertantes”.René Char.
UMA PRAÇA NO MEIO DO MUNDO. Assim se inicia o pensamento para o projeto de uma praça na periferia da capital do Amapá. Aqui não só há a carga poética e física de se encontrar “no meio do mundo“, como quanto função de prança onde o espaço aglutina para si as pessoas.
UMA PRAÇA PARA TODO O MUNDO.
O lote em que se encontra o projeto foi destinado pela prefeitura de Macapá como área verde, porém estava sendo utilizada como área de descarte indevido de lixo e paralelamente ao uso de futebol amador dos moradores das proximidaes. A ideia de interveção foi manter o futebol como evento natural mas expandir as possibilidades de programa na praça.
Croqui sobre tempo e espaço.
No desejo de revelar várias camadas que constituem Macapá, abrir espaço para especu lar sobre o aleatório e entendendo que o espaço não é uma folha em branco, pensou-se um eixo estruturador no decorrer de todo o lote que quebra a ortogonalidade do entorno urbano e cria no vos vazios para possibilidades de dispersão (função de praça). Os usos e programas sugeridos pelos organizadores do concurso se dispersam a partir do eixo principal.
Na construção civil usa-se a água para tirar os níveis e seguir com a obra. Na praça não foi diferente o modo de pensar os níveis no decorrer da topografia. Aqui os corpos de água não só desenham os níveis do espaço urbano como indicam, a partir da gravidade, a mudança topográfica que acontece no decorrer do terreno.

Situação do lote atualmente.

Pensar uma praça que se insere dentro do bioma amazônico é compreender que a implantação no novo projeto se faz dentro de um sistema complexo e muito sofisticado. As es pécies vegetais, materiais de construção da praça, foram pen sadas a partir de dois momentos de destaque no decorrer do ano: meses de chuva e meses de seca. Devido a presença de uma Área de Preservação Am biental (APA) nas zonas limítrofes à Praça do Bicentenário, a escolha das espécies vegetais também foram pautadas segundo demandas e necessidades que dizem respeito ao diálogo e conservação das espécies pré-existentes, regeneração de áre as desmatadas, fácil manutenção a longo prazo e constituição de uma nova galeria arbórea na zona norte de Macapá.



Diagramas revelando o raciocínio do partido do projeto.

O traçado e a demarcação das áreas verdes dentro da praça foram pensados de modo a valorizar os serviços ecos sistêmicos locais. Aqui o projeto compete ao clima, à condição única do sol nesta latitude, à regulação e captação das águas de chuva, ao aumento significativo da qualidade do ar e à integração com a biodiversidade local. Assim o projeto requalifica, referencia e integra a paisagem intra urbana. Portanto a praça se torna um organismo articulador ecológico: a praça é um re duto verde que se projeta em várias escalas, desde a íntima até a territorial.







































TRABALHO FINAL DE CURSO
“Não, nunca fui moderna. E acontece o seguinte: quan do estranho uma pintura é aí que é pintura. E quando estranho a palavra é aí que alcança o sentido. E quando estranho a vida aí é que começa a vida.” - Clarice Lispector.
O trabalho final de graduação “Manifestações humanas na paisagem: três operações e meia em Orlândia” consistiu na tentativa de entendimento e registros de conceitos relacionados àquilo que pode ser compreendido como “Paisagem”. O ponto de partidade para a discussão foi uma infraestrutura utilitarista e monumental conhecida como “pontilhão”: uma ponte de linha férrea localizada em Orlândia, no nordeste do estado de São Paulo.
A partir do contato com esta infraestrutura, surgiu o de sejo de pensar suas relações e o que ela significava para a cidade, da mesma forma daquilo que a cidade poderia signifcar para a linha férrea, e como tudo isso se eclode na paisagem. Mergulhando em referências nas artes, arquitetura, música, fotografia e perambulando na própria cidade de Orlândia como tabuleiro de leitura, desdobram-se questionamentos acerca de tópicos como: Construção; Fisionomia; Fenomenologia; Socie dade; Geografia; Arte; Cidade; Mundo (dentre outros);


Croqui sobre a condição da cidade ser um belvedere de si mesma.
Fotografia do pontilhão de Orlândia.
Os resultados do trabalho foram transformados em co lagens híbridas (analógicas e digitais) que tentaram registrar aquilo que captado tanto na leitura teórica quando nas andan ças pela cidade. São três oper-ações e meia que performam espacialmente na cidade, variando em escala-forma-localização, auxiliando em uma possivel cristalização das questões discutidas no decorrer do processo e na compreensão-percep ção da paisagem orlandina.
A primeira operação é um convite a “cegar a vista“. Essa operação se dá através da vontade de, num dado momento do objeto, a visão pudesse ser obstruída para ativar os outros sentidos do corpo e que de certa forma houvesse a possibilidade factual de evidenciar o gesto ver-não ver-rever como forma de apreensão da paisagem.
A aproximação se dá com a pintura “Os amantes” de Magritte, onde os sujeitos, mesmo de olhos vendados, expressam sentimento. O objeto tinha a necessidade de ser simples e através do seu desenho, passasse despercebido aos olhos daqueles que circulam com pressa pela cidade, reforçando a ideia de cegueira e de não-ver. Porém uma grande “torre” de concretro com uma fenda aponta o zênite e conquista ainda mais contraste pelo fato do objeto estar implantado numa grande clareira urbana.

A operação “Projetar a vista” foi pensada tal qual uma câmara escura (antecessora da câmera fotográfica). O objeto é monolítico, monumental e se implanta em um dos grandes va zios urbanos da cidade, reforçando assim a ideia de contraste entre horizontal-vertical e fazendo com que ele de certa forma “incomode” o olhar (pensado assim propositalmente). Ele fala do arquétipo “quadra” pois se ocupa na periferia da quadra, abrindo o centro para o vazio, para dois vazios. Ele é dividido entre dois centros e os espaços de circulação.

Um dos centros é a câmara escura de fato e o outro é aberto sem cobertura. Por ser uma câmara escura simples ela somente projeta uma vista invertida da cidade, mas principalmente do pontilhão noutro lado do vale, conformando assim parte do circuito de percepção da paisagem da cidade, pois da operação 01, “Cegar a vista”, é possível ver esta operação. E do lugar onde os homens-urbanos se encontram agora, é possível ver o pontilhão.
Colagem segunda operação.
Talvez a mais inusitada dentre as três operações, em “Apontar a vista” o objeto está implantado fora da cidade, em meio a canaviais. Ele é um objeto linear, cujas condicionantes de pensamento foram elaboradas a partir do próprio pontilhão. Ele tem 628,90 metros, tal qual o comprimento do pontilhão e sua implantação se dá a partir de uma ligação em linha do pon tilhão com o porto de Santos-SP.
A implantação reforça a ideia de apontamento pois é para a cidade de Santos que o objeto aponta, como que di zendo (apontando o dedo) para o fim da linha férrea da FE PASA. Nesta operação se conclui o percurso e a performance dos objetos, pois da operação “Cegar a vista” e possível ver a operação “Projetar a vista”, que por sua vez projeta vista para o pontilhão

“Duvidar da vista” é a operação que finaliza e conclui o percurso proposto a fim de cristalizar os conceitos apresentados e discutidos no decorrer do processo de constituição do trabalho. Seus objetivos se alinham em relação às outras operações porém se sucede de outra forma. A meia operação é um texto em si. Um texto que fala de uma possibilidade de evento na cidade, aos moldes dos dada ístas. Um convite para uma estranha chuva de fogos de artifí cios durante o dia num dia de semana sem data comemorativa: a mescla do infraordinário com o extraordinário. O pavil é aceso porém não há chuva de fogos, como em um gozo interrompido. As pessoas começam a duvidar e se efetiva a meia operação, pois a dúvida pode ser uma ótima forma de indagar sobre a paisagem.
Para mais detalhes sobre o trabalho final de curso, acessar:
issuu.com/verdunpa
Capa do trabalho final de curso.
