Teorias Feministas

TEORIAS FEMINISTAS Pesquisa Educacional

Valéria Rosa Poubell

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO Pesquisa Educacional

Teorias Feministas março de 2021

As pesquisas acadêmicas exigem que explicitemos os pressupostos teoricoepistemológicos e assumamos os aspectos político-ideológicos inerentes às nossas escolhas.

• Ao longo da história mundial, comumente, estes aspectos vem sendo negligenciados, por vezes recusados, sob uma pretensão de neutralidade e objetividade tão ideológica quanto qualquer outra.

NARVAZ E KOLLER, 2006

As/Os

teoristas feministas movimentos sociais pacifistas,

antirracistas

têm ousado questionar e denunciar:

o esforço das elites brancas, masculinas e burguesas • evitar a responsabilidade sobre

as motivações e sobre as antiimperialistas,

consequências dos saberes produzidos por suas pesquisas.

entre outros.

As teorias e as práticas feministas assumidas nas pesquisas na academia, na pesquisa, e também na militância, dado o caráter ativista intrínseco, nos remetem à ética das abordagens críticas.

(Guba & Lincoln, 1994. In:NARVAZ E KOLLER, 2006).

Demandando outros modos de pensar, de fazer pesquisa e teorizar, as teorias feministas partem de epistemologias e metodologias diferenciadas para leitura da realidade sociopolítica.

(Eichler, 1988; Harding, 1986, 1987, 1991; Keller, 1985, 1996; Neves & Nogueira, 2005; Wilkinson, 1986, 1998. In: NARVAZ E KOLLER, 2006)

As/Os cientistas feministas, pesquisadoras/es, professoras/es, militantes de movimentos sociais, feministas, estão comprometidas/os com a "construção de lugares outros, não centralizados, de saber e poder“.

(Schmidt, 2004, p. 21. In: NARVAZ E KOLLER, 2006).

Marxista marxistacrítica

Correntes epistêmicopolíticofilosófica

socialista feminismo liberal

radical

Entre outras.

TEÓRICAS/OS FEMINISTAS

JUSTIÇA SOCIAL

FIM

patriarcalismo

sexismo

opressão

exploração sexista

etc

TEORIAS FEMINISTAS

Conjunto da sociedade

HUMANIDADE IGUALDADE

LIBERDADE

Justiça social entre homens, mulheres e crianças.

Simone de Beauvoir (1908-1986) considerada "papisa do feminismo“. Seu livro "O Segundo Sexo”, publicado em 1949, criou bases para o feminismo que conhecemos hoje. Incluindo a questão de gênero nas teorias feministas, a autora denuncia as formas de opressão masculina, o patriarcado, a inferiorização da mulher e os casamentos arranjados.

Sua obra foi considerada “atentado ao pudor”.

Suas ideias basearam as reivindicações feministas dos anos 1960.

Katherine Johnson (1918-2020) - Física, cientista espacial e matemática, contribuiu para o desenvolvimento da aeronáutica estadunidense e para a exploração espacial do País. Trabalhou na NASA em tempos de segregação (1950).

Ultrapassando barreiras do racismo, Katherine ficou conhecida pela precisão de seus cálculos na navegação astronômica informatizada. Foram décadas de liderança técnica na NASA. Entre suas conquistas estão o voo da Apollo 11, primeiro a pousar na Lua e os planos iniciais para a missão a Marte.

Bertha Lutz (1894-1976) – Importante na luta pelo direito ao voto feminino no Brasil, aprovado em 1932, Bióloga e educadora brasileira, nascida em 1894 (SP).

Participou do comitê elaborador da Constituição, em 1934, que garantiu às mulheres a igualdade de direitos políticos.

Foi deputada e lutou por outros direitos femininos no trabalho, entre eles a licença de três meses para gestante.

Leila Diniz (1945-1972) – atriz, defensora do amor livre e do prazer sexual feminino.

Símbolo da revolução feminina no Brasil dos anos 60 e 70, quebrando o tabu ao aparecer de biquíni e grávida na praia.

Suas declarações ao jornal “O Fluminense” chocaram a sociedade da época: “Transo de manhã, de tarde e de noite” e “Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo”. Logo depois, foi instaurado o Decreto Leila Diniz, uma censura prévia à imprensa.

Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/04/24/conheca-15-mulheresfeministas-que-marcaram-a-historia.htm?cmpid=copiaecola. Acessado em 13/02/2021

Rose Marie Muraro (1930-2014) intelectual brasileira, escritora e tradutora, que lutou pela igualdade de direitos para as mulheres. Patrona do Feminismo Brasileiro aos 75 anos (2005). Autora da obra “A Sexualidade da Mulher Brasileira”.

2014, aos 83 anos feministas-quemarcaram-ahistoria.htm?cmpid=copiaecola

Angela Davis (1944) – feminista contemporânea, reivindica humanidade, igualdade e liberdade não só para o povo negro, mas para todas as parcelas oprimidas da sociedade. Autora do clássico Mulheres, Raça e Classe, a ativista defende que o racismo encoraja a violência sexual. Expõe que na escravidão, os patrões viam os corpos das mulheres negras como propriedade e se achavam no direito de fazer o que quisessem com eles

Lélia Gonzalez (1935-1994) - Intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga brasileira, pioneira nos estudos sobre Cultura Negra no Brasil e co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, do Movimento Negro Unificado e do Olodum.

Gloria Jean Watkins - (1952) – Pseudônimo adotado em homenagem a sua ancestral, bell hooks é autora, professora, teórica feminista, artista e ativista social estadunidense. Adota a letra minúscula em seu nome para dar enfoque ao conteúdo da sua escrita e não à sua pessoa.

Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2018/04/24/conheca-15-mulheresfeministas-que-marcaram-a-historia.htm?cmpid=copiaecola. Acessado em 13/02/2021

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOOKS, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Trad. Bhuvi Livanio. _ 14ª ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.

___________. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla.

– 2ª ed. – São Paulo: Editora WMF Mrtins Fontes, 2017.

NEVES, Sofia. Investigação feminista qualitativa e histórias de vida: a libertação das vozes pelas narrativas biográficas. In: MAGALHÃES, Maria José (ed.), Lima Cruz, Angélica (ed.), Nunes, Rosa (ed.) (2012). Pelo fio se vai à meada: percursos de investigação através de histórias de vida. Lisboa: Ela por Ela. PAIVA, Mirian Santos. Teoria feminista: o desafio de tornar-se um paradigma. In: Revista Brasileira de Enfermagem v. 50, n. 4, p. 5 1 7-524, out./dez 1997.

PARADIS, Clarice Goulart. A tradução do pensamento de Angela Davis para o Brasil: por uma história das origens interseccionais do feminismo. CADERNO PAGU, n. 58, ano 2020. Disponível em: file:///C:/Users/valer/Documents/A-Mestrado%20VRP%20UFRJ20202022/ME%20UFRJ%20Pesquisa/Pensamento%20Angela%20Davis%20noBrasil%%20%20Resenha%20Clarisse%20Goulart%20Paradis.pdf. Acessado em 13/02/2021.

PRODUÇÃO Valéria Rosa Poubell Março/ 2021