scientia_09_v2

Page 28

188

renal; paciente que vai receber altas doses de drogas ototóxicas e/ou por tempo prolongado (mais de 14 dias); paciente com perda auditiva neurossensorial ou disfunsão vestibular prévias, principalmente se for resultante de drogas ototóxicas; extremos de idade (neonatos e maiores de 65 anos); paciente recebendo combinação de drogas ototóxicas, especialmente aminoglicosídeos e diuréticos de alça; paciente que apresentar sintomas auditivos ou vestibulares no uso de drogas ototóxicas; paciente com mal estado geral, desnutrição; recém-nascido de alto risco: baixo peso, septicemia, meningite, hiperbilirrubinemia, hipotensão, permanência em incubadora, apnéia, desequilíbrio hidroeletrolítico, insuficiência real; paciente com combinação de droga com ruído; e paciente com tendência familiar. Dentre as drogas ototóxicas, indubitavelmente os aminoglicosídeos são os mais largamente utilizados devido à sua alta eficácia antimicrobiana e baixo custo. Recentemente vários estudos vêm sendo desenvolvidos visando encontrar mecanismos de proteção da orelha interna contra estes agentes lesivos, mostrando resultados promissores e vislumbrando um caminho na direção da solução deste grave problema (MAUDONNET, 2005). Os testes audiológicos destes pacientes, idealmente, devem ser realizados uma vez antes da administração da droga e, a partir de então, semanalmente ou cada 15 dias até 3 meses após o término do tratamento. Os testes de emissões otoacústicas e timpanometria entram como complementação desta avaliação auditiva. Diante do exposto, este estudo apresenta os resultados ototóxicos do uso de amicacina em pacientes infectados por micobactéria em hospitais da Grande Vitória, estado do Espírito Santo, após atos cirúrgicos. Esses pacientes foram monitorados audiologicamente após o uso da primeira dosagem da droga, através de audiometria, timpanometria e pesquisa de reflexos acústicos, EOAT e EOADP. Desta forma, pôde-se determinar a ocorrência ou não de ototoxidade e avaliar possíveis alterações na fisiologia do ouvido interno e ainda detectar precocemente toxidade coclear. 2 OBJETIVOS Verificar a prevalência de comprometimento auditivo em adultos que foram infectados com a micobactéria e usaram amicacina no tratamento, Scientia: Rev. Cent. Univ. Vila Velha, Vila Velha (ES), v. 9, n. 2, p. 185-195, jul./dez. 2008


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.