Relatório síntese ObipNOVA 2004 a 2013

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PERCURSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL Licenciados, Mestres e Doutores da UNL

Relatório Síntese Diplomados de 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e de 2012/13

Coordenação: Miguel Chaves (FCSH) Mariana Gaio Alves (FCT) Autoria: Mariana Gaio Alves Miguel Chaves César Morais Fevereiro de 2016


SUMÁRIO EXECUTIVO: 1. Os dados do presente relatório decorrem das inquirições ao percurso de inserção profissional dos diplomados da Universidade Nova de Lisboa (UNL) nos anos letivos de 2012/13, 2011/12, 2010/2011, 2009/10, 2008/09 e em 2004/05. As amostras constituídas têm por base margens de erro reduzidas (principalmente no caso dos licenciados e mestres), permitindo-nos assim depositar uma confiança considerável na fiabilidade dos dados (Cf. Quadro 1 no final do relatório). 2. Em consonância com as tendências nacionais e internacionais, a análise revela que a situação dos graduados da UNL no mercado de trabalho se tem deteriorado ao longo dos anos, verificando-se um aumento da percentagem de “desempregados” e “inativos” entre os diplomados dos três ciclos de estudo. Porém, na última coorte inquirida (ano letivo de 2012/13) torna-se notória uma melhoria da situação, visível no crescimento da percentagem de empregados e na diminuição dos desempregados em todos os ciclos de estudo. 3. Apesar do agravamento da situação perante a atividade, os valores indiciam que a situação continua a ser ligeiramente mais favorável entre os diplomados da UNL (licenciados, mestres e doutores) do que no cômputo nacional. Se procurarmos comparar as “taxas de desemprego” registadas entre os diplomados da UNL na faixa etária 25 – 34 anos (onde se insere 55% desta população) com a observada entre os diplomados portugueses nesse mesmo grupo etário, tomando por referência o segundo trimestre de 2015, verificamos que a taxa de desemprego era de 8,4% na UNL, ao passo que, a nível nacional, tangia os 11,4%. O cotejo é também favorável à UNL se o confronto se situasse na faixa etária inferior aos 24 anos, categoria onde se inscreviam 26,7% dos nossos inquiridos. De facto, nesse intervalo de idades o desemprego de diplomados em Portugal ascendia a 24,5% enquanto na UNL se situava na casa dos 23,6%. 4. No que respeita às remunerações líquidas mensais, a análise deixa transparecer que se verifica uma redução nos últimos anos. Bastará para tal observar que os montantes auferidos pelas coortes mais recentes são, em qualquer dos ciclos, inferiores aos obtidos pela coorte de 2008/09. A redução é especialmente notória entre licenciados, pois, além de ser mais intensa do que nos dois níveis de formação mais avançados, reforça-se ano após ano, situação que não é tão evidente junto dos mestres e doutores. 5. Na coorte mais recente também se detecta uma deterioração dos níveis de adequação do emprego tanto ao nível de escolaridade (ajustamento vertical) quanto à


área de formação (ajustamento horizontal). Ainda assim, entre os que estão empregados,

os

níveis

de

ajustamento

continuam

extremamente

elevados,

especialmente entre mestres e doutores. 6. No que respeita ao estatuto jurídico da entidade empregadora, a análise evolutiva evidencia uma redução significativa da percentagem de diplomados vinculados a organismos da administração pública no caso de qualquer um dos três ciclos de estudos. Para os licenciados, os principais empregadores são, em qualquer dos anos, as empresas privadas, que, nas duas últimas coortes inquiridas, passam também a liderar o emprego junto dos mestres. Apenas no caso dos doutores os organismos da administração pública continuam a imperar, embora em evidente recuo. 7. Sem qualquer alteração significativa do seu peso relativo ao longo dos anos, é observável uma clara supremacia dos diplomados que trabalham por “conta de outrem” face ao número daqueles que declaram trabalhar por “conta própria”. 8. Relativamente aos setores de atividade, e se compararmos os vários ciclos, verificamos que é entre os licenciados que se destaca uma maior dispersão do emprego por setores, tendência que se mantém ao longo das coortes. Apesar disso, impera uma supremacia do setor dos “serviços prestados às empresas”, que se mantém inalterável no primeiro posto, e também do setor “educação” que tem registado um declínio. Sublinhese ainda uma tendência paulatina, mas constante, para o reforço de “comércio, restaurantes e hotéis” e, na coorte mais recente, o recuo dos “serviços artísticos e culturais”. Para os mestres, o setor dos “serviços prestados às empresas” alcança também lugar de destaque, ombreando, nesse caso, com o setor da “saúde e ação social”. A tendência evolutiva mais nítida entre os que concluiram o mestrado vai para a perda da importância relativa do setor da “educação”. Entre os doutores, o setor “educação” acompanha a tendência de quebra que se regista nos ciclos anteriores, mas continua claramente a hegemonizar o cenário do emprego. 9. A análise evolutiva revela que a opção de dar continuidade aos estudos académicos se tornou particularmente frequente entre os licenciados, após a implementação das alterações curriculares associadas ao processo de Bolonha. Em cada uma das coortes mais recentes observa-se que mais de metade dos licenciados continuou os estudos académicos um ano após a graduação, enquanto essa opção havia sido tomada por apenas 1/6 dos licenciados que terminaram em 2004/05. Entre os mestres, o grupo dos que optaram por continuar os estudos um ano após a graduação é mais reduzido e tem vindo


a diminuir progressivamente desde a primeira coorte inquirida. Inversamente, no caso dos doutores, o peso do grupo daqueles que prosseguiram atividades académicas em pósdoutoramento aumentou nos anos mais próximos, constatando-se que, na última coorte, abrangia cerca de 1/4 dos doutorados. 10. Os dados relativos à inclinação dos diplomados da UNL para escolherem o mesmo curso e o mesmo estabelecimento de ensino são, em qualquer dos anos, muito elevados, além de se registarem alterações pouco expressivas quando os analisamos evolutivamente. De facto, entre licenciados, mestres e doutores regista-se uma clara maioria que afirma que voltaria a escolher o mesmo curso. Uma maioria ainda mais alargada voltaria a escolher o mesmo estabelecimento de ensino. 11. Por fim, quanto à relação dos diplomados com a emigração, observa-se que o número daqueles que são emigrantes somado ao número dos que “já têm planos para emigrar” ou que “consideram essa possibilidade muito provável” ascende a cerca de 30% do total em qualquer dos ciclos, ultrapassando esse valor entre os licenciados. Se considerarmos apenas os diplomados que declararam já ser emigrantes, o valor mais elevado regista-se entre os doutorados.


1. Qual a “situação perante a atividade” dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? A classificação dos graduados como “empregados”, “desempregados” ou “inativos” cumpre os critérios adotados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A aplicação dos critérios oficiais principia com a questão “[Em determinado momento] Trabalhou pelo menos uma hora?”, a qual, desde logo, permite e obriga a segmentar os indivíduos em “empregados” e “não-empregados”, consoante a resposta seja positiva ou negativa. Os “nãoempregados” são depois classificados como “desempregados” se procurarem “ativamente” emprego, e como “inativos” se afirmarem “não desenvolver diligências ativas nesse sentido”. Este procedimento levanta particulares dificuldades no caso dos “bolseiros”. A maior parte destes responde afirmativamente à primeira questão, sendo pois classificada como “empregada”; uma minoria responde negativamente, sendo depois classificada como “desempregada” ou “inativa”. A contabilização do número total de bolseiros no cômputo global dos diplomados encontra-se vertida nos gráficos 5 a 7. Gráfico 1- Situação perante a atividade - Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

100 69

45,4

41,3 40,2 39,6

41 35,8 33,4 34,9

33 32,1

18,6 19,2 16,4 14,1 15,2 11,4 11,7 8,5 10,5 10,2 6,4 6,7 5,4

80

2012/13

60

2011/12 2010/11

40 20 0

Empregados

Estagiários (remunerados)

Desempregados

2009/10 2008/09 2004/05

Inactivos

Licenciados: Um ano após a sua graduação, 35,8% dos licenciados em 2012/13 estão “empregados”; 10,5% desenvolvem “estágios remunerados”; 14,1% são “desempregados”; e 39,6% encontram-se em situação de “inatividade”. Cotejando-se o conjunto de anos letivos em análise, verifica-se que nas duas coortes mais recentes se interrompe a tendência para o progressivo decréscimo do “emprego” e crescimento do “desemprego” que se registava entre as coortes mais recuadas. Por seu turno, as situações de “inatividade”, depois de registarem um período de maior crescimento entre as quatro coortes mais recuadas, perdem alguma da sua expressão nas duas coortes


mais recentes. Note-se ainda que, nas duas coortes mais recentes, também se regista um aumento significativo da porção de “estágios remunerados”. Como se poderá constatar no gráfico seguinte, a maior parte dos licenciados em 2012/13 “inativos” ou “desempregados” continua a estudar (respetivamente 79,4% e 52,4%). Assim como também existe uma percentagem assinalável de estudantes entre os que estão “empregados” ou realizam “estágios remunerados” (respetivamente 37,1% e 38,9%). Com efeito, mais de 56% dos licenciados em 2012/13 optaram por prolongar os seus estudos académicos independentemente da sua situação profissional, tendo a esmagadora maioria destes optado pela realização de um mestrado. Gráfico 2- Percentagem de Estudantes entre os licenciados de 2012/13

100 20,6 61,1

62,9

80

47,6

Não Estudantes 60 Estudantes 79,4

37,1

38,9

Empregados

Estagiários (remunerados)

52,4

40 20 0

Desempregados

Inactivos

Gráfico 3- Situação perante a atividade - Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13 91,8 81,2 80,3 73 69,8 70,6

0 Empregados

15,4 14,3 15,1 8 5,3 Estagiários (remunerados)

5,6 1,4 3,3

8,7 9,38,4

Desempregados

6,8 7,5 6 5,76,6 5,9

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

2012/13 2011/12 2010/11 2009/10 2008/09 2004/05

Inactivos

Mestres: No caso dos mestres em 2012/13, também um ano após a sua graduação, 70,6% estão “empregados”; 15,1% encontram-se a realizar “estágios remunerados”; a percentagem de “desempregados” situa-se em 8,4%; e a de “inativos” em 5,9%.


Em termos comparativos, na coorte mais recente de mestres destaca-se uma ligeira recuperação na percentagem de “empregados” e de “estágios remunerados”. Como consequência, na coorte mais recente verifica-se um decréscimo da percentagem de “desempregados” que contraria o constante crescimento desta situação ao longo dos anos letivos anteriores. A porção de mestres “inativos” alterna entre períodos de crescimento e de retração, porém, mantêm-se em torno dos 6%. As situações de “inatividade” entre os mestres são maioritariamente motivadas pela continuação de estudos, na maior parte dos casos, a realização de um doutoramento. Gráfico 4- Situação perante a atividade - Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13 96,2

100

94,2 89,3 92,3 82 85

80 60

2012/13 2011/12 2010/11

40

0

0 Empregados

3,1 0 0 0

Estagiários (remunerados)

9,8 3,1 5 3,8 2,9 2,4 Desempregados

0

8,2 8,3 2,94,6 6,9

20

2009/10 2008/09 2004/05

0 Inactivos

Doutores: Entre os doutorados em 2012/13, 85% encontram-se “empregados”; 3,1% realizam um “estágio remunerado”; o “desemprego” corresponde a uma percentagem de 5%; e as situações de “inatividade” assumem uma parcela de 6,9%. Face a anos letivos anteriores, em 2012/13 destaca-se a recuperação nos níveis de empregabilidade dos doutorados. Com efeito, o peso conjunto dos doutorados “empregados” e em “estágio remunerado” volta a abeirar-se dos 90%, depois de ter recuado até 82% em 2011/12. Este aumento resulta no recuo das situações de “desemprego” e de “inatividade”, contrariando assim o seu crescimento verificado entre as coortes mais recuadas de doutorados.


Gráfico 5- Proporção de bolseiros de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento - Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

89,9

92,8

88,1

95,6

95,1

89,2

4,4

4,9

10,8

10,1

7,2

11,9

2004/05

2008/09

2009/10

2010/11

2011/12

2012/13

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Não Bolseiros Bolseiros

Licenciados: Um ano após a sua graduação, 11,9% dos licenciados em 2012/13 possuem uma bolsa de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento. A porção de bolseiros entre licenciados, ainda que com algumas oscilações, tem vindo a crescer ao longo dos anos, atingindo o seu ponto mais elevado na coorte mais recente.

Gráfico 6- Proporção de bolseiros de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento - Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

91,8

8,2 2004/05

89,1

86,1

90,1

90,8

91,5

10,9

13,9

9,9

9,2

8,5

2008/09

2009/10

2010/11

2011/12

2012/13

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Não Bolseiros Bolseiros

Mestres: A parcela de mestres em 2012/13 com uma bolsa de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento cifra-se em 8,5% um ano após a graduação. Em termos comparativos, verifica-se um crescimento do número de bolseiros entre os anos letivos de 2004/05 e 2009/10, ao invés, nas três coortes mais recentes parece emergir uma tendência para o decréscimo de mestres bolseiros.


Gráfico 7- Proporção de bolseiros de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento - Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

63,1

76,2

67,7

67,2

75,6

90,4

36,9

23,8

32,3

32,8

2010/11

2011/12

9,6 2004/05

2008/09

2009/10

24,4

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Não Bolseiros Bolseiros

2012/13

Doutores: As bolsas de investigação, mestrado, doutoramento ou pós-doutoramento são bastante mais frequentes entre doutores do que entre licenciados ou mestres. Em 2012/13 a parcela de doutorados bolseiros um ano após a graduação atinge os 24,4%, o que representa uma diminuição face aos três anos letivos anteriores nos quais cerca de um terço dos doutorados possuía uma bolsa.

2. Quais as “taxas de emprego” e “desemprego” (calculadas segundo os critérios do INE) e qual o número de inscritos em centros de emprego para procurar um emprego, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 8- Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego - Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

100

88,1

80 56,8 52,7

60

43,5 46,3 40,1

5,8 Taxa Emprego

31,7 22,4 27,423,4 15,2

Taxa Desemprego

40

2012/13 2011/12 2010/11 2009/10

20 9,610,19,510,3 3,9 7,5 0 Inscrito em Centro de Emprego

2008/09 2004/05

Licenciados: A “taxa de emprego” entre licenciados cifra-se em 46,3%. A “taxa de desemprego” atinge os 23,4%, ainda que a percentagem de “inscritos em centros de emprego para procurar um emprego” não ultrapasse os 10,3%.


Note-se que a “taxa de emprego”, depois de decrescer consistentemente entre as quatro coortes mais recuadas, regista uma inflexão ascendente nas duas coortes mais recentes. Ao invés, o agravamento exponencial da “taxa de desemprego” que se verificou entre 2004/05 e 2010/11 é interrompido nas coortes de 2011/12 e 2012/13. A percentagem de licenciados inscritos em centros de emprego com o objetivo de encontrarem um (primeiro ou novo) emprego revela alguma estabilidade ao longo do tempo, não obstante as oscilações registadas na “taxa de desemprego”.

Gráfico 9- Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego - Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

91,8

100

89,188,4 85,6 85,7 84,1

80 60

2012/13 2011/12 2010/11

40

1,5 Taxa Emprego

3,6

9,9 8,9 6 9,2

Taxa Desemprego

2

4,2

10,913,812,5 8

20 0

2009/10 2008/09 2004/05

Inscrito em Centro de Emprego

Mestres: No caso dos mestres, a “taxa de emprego” eleva-se a 85,7%, enquanto a “taxa de desemprego” se cifra em 8,9%. A percentagem de mestres “inscritos em centros de emprego para procurar um emprego” é de 12,5%. Depois de uma diminuição progressiva ao longo das coortes mais recuadas, a “taxa de emprego” para os mestres aumenta pela primeira vez em 2012/13. Por outro lado, é também entre os mestres de 2012/13 que se regista um primeiro decréscimo, ainda que ligeiro, na “taxa de desemprego” que aumentava consistentemente desde a coorte mais recuada. A porção de mestres inscritos em centros de emprego com o intuito de encontrarem um emprego, segue de perto a evolução dos níveis de desemprego, ou seja, depois de aumentar de forma sistemática entre 2004/05 e 2011/12, recua ligeiramente na coorte mais recente.


Gráfico 10- Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego - Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

96,2

94,2 92,3 89,3 88,1 82

100 80 60 40

2012/13 2011/12 2010/11 2009/10

3,8 Taxa Emprego

10,7 5,4 3,2 3 2,6

0

4,66,53,7 0 0,9

20 0

2008/09 2004/05

Taxa Desemprego Inscrito em Centro de Emprego

Doutores: A “taxa de emprego” entre os doutorados em 2012/13 cifra-se em 88,1%, a “taxa de desemprego” atinge os 5,4% e a parcela de inscritos em “centros de emprego para procurar emprego” queda-se em 3,7%. Depois de uma queda significativa na “taxa de emprego” entre os doutorados no ano letivo de 2011/12, em 2012/13 esta taxa enceta uma clara recuperação. Como consequência, na coorte mais recente de doutores verifica-se um decréscimo assinalável da “taxa de desemprego” face à coorte anterior. A parcela de doutorados inscritos em centros de emprego reflete a evolução da taxa de desemprego, uma vez que também diminui de forma considerável entre as duas últimas coortes.

3. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e o nível de instrução dos licenciados, mestres e doutores da UNL, que se encontram empregados, um ano após a conclusão do grau? Para a aferição do grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional e o nível de instrução dos diplomados assume-se o critério do EUROSTAT, no qual se considera que os indivíduos classificados nos grupos profissionais 1, 2 e 3 (“Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos”; “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas” e os “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”) se encontram numa posição profissional adequada ao nível de instrução alcançado1.

1

As três primeiras categorias da International Standard Classification of Occupations (ISCO), que integra a Classificação Portuguesa das Profissões de 2010 (CPP/2010), são reconhecidas como aquelas que “include posts to be typically occupied by tertiary education graduates”. Cf: Eurostat (2009), Bologna Process in Higher


Gráfico 11- Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2004/05

79,2

20,8

2008/09

77,2

22,8

2009/10

82,5

17,5

2010/11

71,3

28,7

2011/12

72,5

2012/13

100

27,5

74,3

25,7

Adequado

Inadequado

Licenciados: A adequação entre a atividade profissional dos licenciados e o seu nível de instrução é de 74,3% em 2012/13. Verifica-se assim que este grau de adequação aumenta face aos licenciados das duas coortes anteriores, ainda que se coloque aquém do registado nas três coortes mais recuadas.

Gráfico 12- Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2004/05

99,2

0,8

2008/09 2009/10

97,5 97,3

2010/11

94,9

2,5 2,7 5,1

2011/12 2012/13

94,9

5,1

93,5

Adequado

6,5

Inadequado

Mestres: A adequação entre as atividades profissionais dos mestres e o seu nível de instrução é extremamente elevada, verificando-se em 93,5% das situações no ano letivo de 20121/12. Ainda que este grau de adequação seja elevado em todas as coortes, revela diminuir de forma ligeira mas constante ao longo do tempo.

Education in Europe. Key Indicators on the Social Dimension and Mobility, Luxemburgo: Office for the Official Publications of the European Communities, pp. 131-137.


Gráfico 13- Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2004/05

98

2

2008/09 2010/11

100 100 100

0 0 0

2011/12

100

0

2012/13

98,6

1,4

2009/10

Adequado

Inadequado

Doutores: A adequação da atividade profissional ao nível de estudos entre doutorados abeira-se dos 100% em todas as coortes em análise. Na coorte mais recente atinge um dos seus valores mais reduzidos ao cifrar-se em 98,6%.

4. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e a área científica de formação dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? O grau de adequação/inadequação da atividade profissional à área científica de formação foi obtido a partir de uma avaliação realizada pelos próprios inquiridos, utilizando uma escala de 10 dígitos. No âmbito dos parâmetros fixados, 1 ponto significava que a atividade profissional se encontrava “Totalmente desadequada à área de formação” e 10 pontos que se afigurava “Totalmente adequada”. Considerou-se que uma avaliação igual ou superior a 6 traduzia um nível de adequação positivo. Gráfico 14- Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2004/05

77,3

22,7

2008/09

67

33

2009/10

82 64,2

18

2010/11

35,8

2011/12

61

39

2012/13

61,2

38,8 Adequado

Inadequado

100


Licenciados: Através deste exercício avaliativo, podemos verificar que 61,2% dos licenciados em 2012/13 declararam uma adequação positiva entre a sua profissão e a área científica de formação. Este valor, muito semelhante ao obtido em 2011/12, reforça a tendência para uma redução progressiva na parcela de licenciados que considera a sua ocupação profissional ajustada à área científica de formação. Gráfico 15- Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2004/05

65,4

34,6

2008/09

77,2

22,8

2009/10

81

19

2010/11

84,7

100

15,3

2011/12

80,3

19,7

2012/13

79,8

20,2

Adequado

Inadequado

Mestres: A proclamação de uma adequação positiva entre profissão e área científica cifra-se em 79,8% no caso dos mestres em 2012/13. Este valor é o mais reduzido desde o ano letivo de 2009/10, o que denota uma quebra sistemática nos níveis de adequação entre o emprego e a área de formação dos mestres. . Gráfico 16- Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2004/05

81,6

18,4

2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

87,9 82,7

12,1 17,3 15,9

84,1 93

7

81,5 Adequado

100

18,5 Inadequado

Doutores: No caso dos doutores em 2012/13, a perceção de adequação positiva entre atividade profissional e área de formação científica atinge os 81,5% - o nível mais reduzido entre todas as coortes em análise. Com efeito, depois de um acréscimo significativo deste valor em 2011/12, na coorte mais recente retoma-se a tendência para o decréscimo do ajustamento entre ocupação profissional dos doutores e a sua área científica de formação.


5. Quais os níveis de remuneração líquida dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 17- Remuneração média líquida – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

100

200

300

400

2004/05

939

2008/09

895 921 812

2009/10 2010/11 2011/12

500

600

700

800

900

1000

777

2012/13

802 Remuneração média líquida (€)

Licenciados: A remuneração mensal líquida dos licenciados em 2012/13 cifra-se, em média, nos €802. Este valor representa um aumento face ao registado no ano letivo anterior, mas, mesmo assim, é o mais reduzido entre as restantes coortes. Comparando a coorte mais recente com a mais recuada verifica-se que os salários auferidos pelos licenciados baixaram, nominalmente, cerca de 15%. Gráfico 18- Remuneração média líquida – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500

2004/05

1394

2008/09 2009/10

1246 1192

2010/11

1257

2011/12 2012/13

1179 1081 Remuneração média líquida (€)

Mestres: O rendimento médio líquido dos mestres em 2012/13 não ultrapassa os €1081, ou seja, o mais reduzido entre todas as coortes inquiridas. Ainda que com oscilações, verifica-se uma tendência para um progressivo decréscimo do salário mensal dos mestres que, entre a coorte mais recuada e a mais recente, reduz cerca de 22%.


Gráfico 19- Remuneração média líquida – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

200

400

600

800

2004/05

1883

2008/09 2009/10

1764 1716

2010/11

1643

2011/12

1745

2012/13

1712

1000

1200

1400

1600

1800

2000

Remuneração média líquida (€)

Doutores: A remuneração média mensal líquida dos doutores em 2012/13 atinge os €1712. Tal como sucede entre licenciados e mestres, os vencimentos salariais dos doutorados revelam-se mais elevados na coorte mais recuada, porém, a perda de valor até à coorte mais recente não se assume constante nem oscila de forma tão notória. Com efeito, entre os anos letivos de 2004/05 e de 2012/13, a remuneração média dos doutores diminuiu menos de 10%.

6. Qual o estatuto jurídico da entidade empregadora dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 20- Natureza Jurídica da entidade empregadora – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

100 69,8

70,2 73,9 64,1 65

77,3

80 60 26,6 26,7 21,9 20,2 6,8 7,5 8,4 5,57,3 7

Empresa privada em geral

Empresa pública ou mista

40 15,6 12,5 1,4

Organismo da administração pública

1,8 1 2,1 2,7 3,2

2012/13 2011/12 2010/11 2009/10

20

2008/09

0

2004/05

ONG/IPSS

Licenciados: Os licenciados “empregados” da coorte de 2012/13 exercem maioritariamente a sua atividade no “setor privado” (77,3%) e cerca de 20% encontram-se empregados em “Organismos da administração pública” (12,5%) ou em “Empresas públicas ou mistas” (7%). A importância das ONG agregada à das IPPS não ultrapassa os 3,2%.


Do ponto de vista comparativo, constata-se que o peso do emprego nas “empresas privadas”, ainda que revele algumas oscilações, assume-se claramente como maioritário em qualquer das coortes, observando-se inclusive o seu reforço ao longo do tempo. Gráfico 21- Natureza Jurídica da entidade empregadora – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

100 90 80 70

64,7 52,3 48 47

54,9

60

51,9

30,1 8,8 7,9 9,4 3,8 6,9 7,6 Empresa privada em geral

50

41,543,2 38,5 34,3

40

Empresa pública ou mista

2012/13 2011/12 2010/11

40

2009/10

30

2008/09

20

2004/05

1,4 10 1,8 1,5 1,31,7 1,2 0 Organismo da administração pública

ONG/IPSS

Mestres: Verifica-se um ascendente do “setor privado” no emprego dos mestres do ano letivo 2012/13 (54,9%) face ao “setor público” (43,7%) – seja em “Organismos da administração pública” (34,3%) ou em “Empresas públicas ou mistas” (9,4%). O emprego em ONG/IPSS não vai além de 1,4%. Em termos evolutivos, destaque-se o assinalável aumento da importância relativa das empresas privadas e o recuo progressivo do emprego em instituições públicas. Gráfico 22- Natureza Jurídica da entidade empregadora – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

100 87,8 85,3 83,5 76,3 74,5 71,3

80 60

2012/13 2011/12 2010/11

40 18,4 18,4 13,9 16,3 10,213,3 Empresa privada em geral

20 2

3,1 6,6 1,32,50,9

Empresa pública ou mista

0 Organismo da administração pública

0

4,4 6,13,7 0

ONG/IPSS

2009/10 2008/09 2004/05

0


Doutores: Ao invés dos restantes ciclos, no caso dos doutores o “setor público” acolhe a maioria dos empregados. Este setor absorve cerca de 78% destes graduados (71,3% em “Organismos da administração pública” e 6,6% em “Empresas públicas ou mistas”), cabendo ao “setor privado” pouco mais de 18% do emprego. As ONG ou IPSS acolhem uma parcela de doutorados que, em 2012/13, se queda por 3,7%. Importa ainda notar que, apesar do predomínio de doutorados empregados no “setor público”, o peso deste setor tem vindo a diminuir de forma constante ao longo dos anos

7. Qual a situação dos licenciados, mestres e doutores da UNL na sua profissão, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 23- Situação na Profissão – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

2004/05

9,4

90,6

2008/09

10,1

89,9

2009/10 2010/11

6,7

7,3

2012/13

10,3

80

90

100

93,3 94,1

5,9

2011/12

70

92,7 89,7 Trabalhador por conta própria

Trabalhador por conta de outrem

Licenciados: Constata-se uma clara supremacia dos licenciados que trabalham “por conta de outrem”, face aos que declaram trabalhar “por conta própria”. O valor global dos primeiros atinge os 89,7% em 2012/13. As flutuações registadas ao longo dos anos são pouco significativas, ainda que se verifique um ligeiro aumento do trabalho por conta própria nas duas coortes mais recentes.


Gráfico 24- Situação na Profissão – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

2004/05

7,4

92,6

2008/09

4,9

95,1

2009/10

4

96

2010/11 3,5

60

70

80

90

100

96,5

2011/12

5,7

94,3

2012/13

4,7

95,3 Trabalhador por conta própria

Trabalhador por conta de outrem

Mestres: O peso relativo dos “trabalhadores por conta de outrem” ascende, no caso dos mestres, a 95,3%. Este cenário é, em grande medida, idêntico em todas as coortes.

Gráfico 25- Situação na Profissão – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

2004/05 2

98

2008/09 2,7

97,3

2009/10 2,1

97,9

2010/11

6,7

93,3

2011/12

4

96

2012/13

7,1

92,9 Trabalhador por conta própria

60

70

80

90

100

Trabalhador por conta de outrem

Doutores: O peso dos trabalhadores “por conta de outrem” é também aqui esmagador, fixando-se em 92,9% na coorte mais recente. Tal como sucede entre licenciados, regista-se um ligeiro aumento do trabalho por conta própria entre os doutorados dos três anos letivos mais recentes.


8. Quais os setores de atividade em que os licenciados, mestres e doutores da UNL exercem a sua profissão, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 26- Setor de atividade da entidade empregadora – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

2012/13

2011/12

2010/11 28,1

27,7

2009/10

2008/09

2004/05 30

29,5

24,4 21,9 21,5

25 20,8

20

18,5 17

16,4 15,6

16,4 16,5 14,4

11,9 11,5 11,6 10,9 9,7 9,5 8,4 8,18 8,2 8,28,2 7,4 7,8 8,1

11,9 10

5 2,9

Ns/Nr

2,3 1,5 2 1,10,6 0,7 1,1 1,1 1,4 0,2 0,5 0 0 0,2 1 0 0 Serviços artísticos e culturais

Justiça

Educação

Serviços prestados às empresas

Bancos e Seguros

Comércio, Restaurantes e Hotéis

Saúde e Acção Social

4,2 4,4 4,6 3,4 2,8 2,72,5 2,5 2,12,6 2,3 2,3 1,11,1

3,7

Transportes e comunicações

Indústrias transformadoras, elect., água, gás e construção

Agricultura, pesca e indústrias extractivas

1,2 1 0,8 0,4 0,6 0,5

3 2,5 2

Organismos Internacionais e outras instituições extraterritório

5,5 4

10

Defesa Nacional

6,2

9,4 9,3 7,5 7,2 6,1 6,5 6,7

Administração pública, central e local

12,4

15

0

Licenciados: Os licenciados em 2011/12 encontram-se, em termos gerais, concentrados em torno de três setores de atividade que congregam, no seu conjunto, cerca de dois terços do total (62,3%): os “Serviços prestados às empresas” (29,5%); a “Educação (16,4%); e o “Comércio, restaurantes e hotéis” (16,4%). Face aos anos letivos anteriores, na coorte mais recente destaca-se a quebra na importância do setor dos “Serviços artísticos e culturais” e, ao invés, o crescimento do setor do “Comércio, restaurantes e hotéis”. Interessa porém sublinhar que as alterações encontradas entre períodos podem estar relacionadas, em grande medida, com a diminuição ou total desaparecimento de algumas áreas de formação entre os licenciados, em virtude da institucionalização dos “mestrados integrados”.


Gráfico 27- Setor de atividade da entidade empregadora – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

2012/13

2011/12

2010/11

2009/10

2008/09

2004/05 60

53,8

50

40

30

26,6 26,3

20,9

21,2 19,6 18,5 16,3

Ns/Nr

Organismos Internacionais e outras instituições extraterritório

Defesa Nacional

Saúde e Acção Social

Educação

Serviços prestados às empresas

Bancos e Seguros

Serviços artísticos e culturais

8,4 8,5 5,6 6,2 4,5 4,4 5,4 4,4 54,7 3,9 2,7 1,6 2,42,2 1,4 0,4 2,7 0,9 1,3 0,8 0,9 1,8 1,7 0,4 0,2 0,3 0,9 0,4 0,80,7 0 00 00

5,9 4,6 4,8 3,8 4,1 4,85,54,4 3,3 2,9 2,6 3,2 2,8 1,5 0,8 2,3 0,8 Comércio, Restaurantes e Hotéis

Indústrias transformadoras, elect., água, gás e construção

Agricultura, pesca e indústrias extractivas

3,8 1 1,5 0,7 0,5 0,2 0,5

10,8

6,1

Transportes e comunicações

7,4

11,5

Administração pública, central e local

11,9 11,1 11,4

20

17

Justiça

15,6

22,8 22 21,6 20 19,7 18,3 17,9

10

0

Mestres: Ainda que nenhum setor de atividade se assuma como predominante, encontramos três que agregam cerca de 60% dos mestres: “Saúde e ação social” (22%), os “Serviços prestados às empresas” (20,9%); e o setor educativo (17%). Note-se ainda que as “Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e construção” representam também uma importante parcela do emprego entre os mestres (11,1%). Em termos evolutivos, destaca-se o declínio acentuado da “Educação” e, de forma menos enfática e com oscilações, o reforço da importância dos setores dos “Serviços prestados às empresas” e da “Saúde e Ação Social” ao longo dos anos.


Gráfico 28- Setor de atividade da entidade empregadora – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

2012/13

2011/12

2010/11

2009/10

2008/09

2004/05 100 90

86,7 81,3

77,3

80

76,7 71,571

70 60 50 40 30 20 7,1

Ns/Nr

Defesa Nacional

Transportes e comunicações

Serviços artísticos e culturais

Administração pública, central e local

Justiça

6,2 6,3 5,7 57 5 4,1 4 2,1 3,1 4,24 1,4 2,11,42 4,2 0,7 2,74,2 2,1 0 0 0 0 0,8 0 1,31 01 0 00 0 0 00 00 0 Saúde e Acção Social

Educação

Serviços prestados às empresas

Bancos e Seguros

Comércio, Restaurantes e Hotéis

Indústrias transformadoras, electricidade, água, gás e…

Agricultura, pesca e indústrias extractivas

8,1 4,24 3 5,3 2,1 4,2 1,4 3,33 1 0 1 0 0 2,1 0,7 1,7 1 0 00 00 0 0 00 01

10 0

Doutores: É absolutamente notória a proeminência do setor da “Educação” no emprego dos doutorados. Em 2012/13 o setor “educativo” acolhe 77,3% destes diplomados e nenhum dos restantes setores de atividade ultrapassa a fasquia percentual dos dois dígitos. Em termos evolutivos, devemos destacar que o setor da “Educação”, ainda que com oscilações, se afirma dominante em todas as coortes de doutorados.


9. Os licenciados, mestres e doutores da UNL continuavam os seus estudos, um ano após a conclusão do grau (consideram-se aqui pós-graduações, licenciaturas, mestrados, doutoramentos ou pós‐doutoramentos)? Gráfico 29- Continuação de estudos académicos - Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

16

2004/05

70

80

90

100

84

2008/09

35,8

64,2 52,2

2009/10

47,8 40,6

59,4

2010/11 2011/12

53,3

46,7

56,2

2012/13

43,8 Sim

Não

Licenciados: Mais de 56% dos licenciados em 2012/13 está inscrito numa formação académica um ano depois de terminar o seu curso. Com efeito, desde o ano letivo de 2008/09, a primeira coorte inquirida após a implementação das alterações curriculares associadas ao processo de Bolonha, verifica-se que a parcela dos que optaram por dar continuidade aos estudos académicos é maioritária. Gráfico 30- Continuação de estudos académicos - Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0 2004/05

10 15

2008/09 2009/10

20

30

40

50

60

80

90

100

85 80

20 14,1

70

85,9

2010/11

10,5

89,5

2011/12

9,1

90,9

2012/13

8,6

91,4 Sim Não

Mestres: Apenas 8,6% dos mestres em 2012/13 prosseguem estudos académicos um ano após terminarem o mestrado. Em termos evolutivos, regista-se um decréscimo sistemático no número de mestres que, um ano após a sua graduação, já iniciou uma nova formação académica.


Gráfico 31- Continuação de estudos académicos - Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0 2004/05

2008/09

10

20

1,9

30

40

50

60

80

90

100

98,1

77,4

22,6

2009/10

14,6

85,4

2010/11

16,9

83,1

2011/12 2012/13

70

27

73

18,1

81,9 Sim

Não

Doutores: O grupo de doutorados em 2012/13 que prossegue atividades académicas, a maioria através de um pós-doutoramento, assume um peso de 18,1%. Desde o ano letivo de 2008/09 que a parcela de doutorados que optam por continuar os seus estudos assume valores significativos, ainda que se registem oscilações ao longo dos anos.

10. No momento em que foram inquiridos, os licenciados, mestres e doutores da UNL voltariam a escolher o mesmo curso? E voltariam a escolher o mesmo estabelecimento de ensino? Os dados que a seguir se apresentam funcionam como um indicador indireto da avaliação que os graduados produzem, tanto acerca do curso como do estabelecimento de ensino em que se formaram. Foram obtidos questionando-se os indivíduos se, no momento da inquirição, voltariam a escolher o mesmo curso e estabelecimento de ensino. Importa contudo alertar para o facto de o indicador conhecer importantes limites, pois se a resposta afirmativa traduz um balanço positivo, a resposta negativa não expressa necessariamente uma apreciação desfavorável – poderá apenas significar que outros cursos ou estabelecimentos nacionais ou estrangeiros são preferidos sem que isso signifique a retratação da escolha efetivamente realizada. Acresce ainda que os resultados obtidos para cada uma das coortes de graduados não devem ser diretamente confrontados, uma vez que, como foi referido, o instante em que estas questões foram colocadas varia face ao momento da graduação (cerca de dois anos e meio em 2012/13, 2011/12 e 2010/11, dois anos em 2009/10, um ano em 2008/09 e cinco anos em 2004/05), não se sabendo em que moldes, ou com que intensidade, a avaliação emitida pelos diplomados é afetada pela extensão do afastamento temporal entre o momento de conclusão do grau e aquele em que estas questões foram colocadas.


Gráfico 32- Escolheriam o mesmo curso – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

20

40

2004/05

60

80

100

69 Sim 81,5 79,5

2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

79,5 79,2 77,6

Gráfico 33- Escolheriam o mesmo curso – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

20

40

60

80

100

80

2004/05

Sim 2008/09 2009/10

87,4 85

2010/11

83,2

2011/12

83,4

2012/13

85,2

Gráfico 34- Escolheriam o mesmo curso – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0 2004/05

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

92 Sim

2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13

90,5 84,5 86,2 91 90,6

A relação dos diplomados com os estudos académicos em que se graduaram na UNL aparenta ser, de um modo geral, bastante positiva nas várias coortes, revelando-se tanto mais favorável quanto mais elevado o grau académico concluído. Entre licenciados, a percentagem que declara, no momento da inquirição, que voltaria a escolher o mesmo curso ronda os 79% e entre mestres eleva-se até perto de 85%. Note-se que, quer entre licenciados, quer entre mestres, a parcela que escolheria novamente o mesmo curso é mais reduzida no ano letivo de 2004/05. No caso dos doutorados, a porção dos que afirmam que voltariam a escolher o mesmo curso oscila entre os 84% e 92%.


Gráfico 35- Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Licenciados 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

88

2004/05

Sim 2008/09 2009/10

87,9 88,8

2010/11

88,1

2011/12

90,3

2012/13

88,8

Gráfico 36- Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Mestres 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

94,6

2004/05

Sim 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12

91,3 90,8 91,7 90,7 91,8

2012/13

Gráfico 37- Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Doutores 2004/05, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2011/12 e 2012/13

0 2004/05

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

84,6 Sim

2008/09 2009/10

92,9 92,2

2010/11

93,1

2011/12

91,8

2012/13

91,3

A relação dos diplomados com o estabelecimento de ensino parece, de um modo geral, ser ainda mais positiva. Em qualquer uma das coortes, o grupo daqueles que escolheriam de novo o mesmo estabelecimento de ensino é igual ou superior a 88% no caso dos licenciados, eleva-se a mais de 90% nos mestres e ronda os 92% entre doutores. Os resultados não variam significativamente entre as várias unidades orgânicas, constituindo indício de que os níveis de satisfação dos diplomados com a frequência académica em qualquer das unidades orgânicas são elevados.


11. No momento em que foram inquiridos, como se posicionam os licenciados, mestres e doutores da UNL face à possibilidade de emigrar? A recolha de dados acerca desta temática principiou apenas na inquirição à coorte de 2011/12, pelo que não se dispõe de informações do mesmo género para as coortes anteriores. Por outro lado, dada a dificuldade em inquirir os graduados a residir no estrangeiro, maioritariamente por caducidade dos contactos de telemóvel, torna-se possível que o número de “emigrantes efetivos” que consta nos gráficos seguintes se encontre subrepresentado.

Gráfico 38- Relação com a hipótese de emigrar – Licenciados 2011/12 e 2012/13 0

2011/12

2012/13

10

17,3

20,5

20

30

40

50

60

40,5

38,5

70

80

26,8

22,6

90

14

16

100

1,4

2,4

Não considerou a hipótese de emigrar Só considerou a hipótese de emigrar de forma vaga Têm a hipotese de emigrar como provável Já tem planos para emigrar nos próximos 5 anos Já é emigrante

Licenciados: Cerca de dois anos e meio depois da graduação, verifica-se que a maior parte dos licenciados em 2012/13 nunca considerou a hipótese de emigrar (20,5%) ou só a considerou de forma vaga (38,5%). A parcela que considera essa hipótese como provável ascende a 22,6% e 16% declaram já possuir planos para emigrar. Verifica-se ainda que cerca de 2,4% destes licenciados já é emigrante. Em termos evolutivos, destaca-se o aumento, entre as duas últimas inquirições da proporção de emigrantes e daqueles que já têm planos para emigrar.


Gráfico 39- Relação com a hipótese de emigrar – Mestres 2011/12 e 2012/13 0

20

40

60

80

100

2011/12

24,8

45,1

19,9

8 2,2

2012/13

24,6

46,9

17,6

7,4 3,5

Não considerou a hipótese de emigrar Só considerou a hipótese de emigrar de forma vaga Têm a hipotese de emigrar como provável Já tem planos para emigrar nos próximos 5 anos Já é emigrante

Mestres: Volvidos cerca de dois anos e meio sobre a graduação dos mestres de 2012/13, a esmagadora maioria declara que nunca colocou a hipótese de emigrar (24,6%) ou que só a considerou de forma vaga (46,9%). Mais de 17% entendem esta opção como provável, 7,4% já têm planos para emigrar e 3,5% já são emigrantes. Em comparação com a coorte anterior de mestres, verifica-se uma diminuição da parcela que considera provável vir a emigrar ou que já tem planos para o fazer, enquanto se verifica um aumento da porção que declara já ser emigrante. Gráfico 40- Relação com a hipótese de emigrar – Doutores 2011/12 e 2012/13 0 2011/12 2012/13

20 27

40

60 41,8

38,5

80 14,8

41,4

100 6,6 15

9,8 0,6 4,5

Não considerou a hipótese de emigrar Só considerou a hipótese de emigrar de forma vaga Têm a hipotese de emigrar como provável Já tem planos para emigrar nos próximos 5 anos Já é emigrante

Doutores: Cerca de dois anos após a graduação, mais de 38% dos doutores em 2012/13 nunca considerou a hipótese de emigrar e 41,4% só colocou essa hipótese de forma vaga. Regista-se ainda que 15% declaram que será provável emigrarem, embora apenas 0,6% afirmem já ter planos para o fazer. O grupo de doutorados que já é emigrante atinge um peso de 4,5%. Note-se que, face à coorte anterior, verifica-se um aumento substancial do grupo que não contempla a hipótese de emigrar, assim como uma diminuição do peso daqueles que já são emigrantes.


Quadro 1 – Universo, amostra, erro amostral e taxa de resposta por ciclo de ensino e unidade orgânica para os graduados UNL em 2012/13 Ciclo de Estudos

1º Ciclo

Universo

Amostra

Tx. resposta (% )

Erro amostral (% )*

FCSH

UO

596

382

64,1

3,0

FCT

336

246

73,2

3,2

FD

79

61

77,2

6,0

Nova IMS

68

47

69,1

7,9

Nova SBE

405

291

71,9

3,0

1484

1027

69,2

1,7

ENSP

37

28

75,7

9,1

FCM

241

187

77,6

3,4

FCSH

442

275

62,2

3,6

FCT

653

452

69,2

2,6

FD

50

37

74,0

8,2

IHMT

30

19

63,3

13,6

Nova IMS

73

34

46,6

12,3

Total 1º Ciclo

2º Ciclo

Nova SBE Total 2º Ciclo ENSP

3º Ciclo

294

168

57,1

4,9

1820

1200

65,9

1,7

3

2

66,7

40,0

FCM

8

7

87,5

13,1

FCSH

107

78

72,9

5,8

FCT

69

44

63,8

8,9

FD

2

2

100,0

0,0

IHMT

6

3

50,0

40,0

ITQB

36

22

61,1

13,0

Nova IMS

2

2

100,0

0,0

Nova SBE

5

0

0,0

100,0

238

160

67,2

4,4

Total 3º Ciclo * Calculado para um intervalo de confiança de 95%.


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