Portugese UniNewsletter

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NESTA EDIÇÃO

Destaque de Liderança Entrevista com Ghassan Aouad, reitor da Universidade de Abu Dhabi

Perspectivas Acadêmicas

Dra. Khouloud Salameh - IA, computação quântica e muito mais

Perfil Institucional Universidade de Wollongong, Dubai

Tópicos Especiais A ascensão dos Intercâmbios Virtuais e por que eles vieram para ficar

Tendências As tendências em Tecnologia Educacional para se observar em 2025

Editorial:

Bem-vindos à UniNewsletter: nota da Editora-chefe

Laura Vasquez Bass

Tópicos Especiais:

A ascensão dos Intercâmbios Virtuais e por que eles vieram para ficar. Equipe Editorial

Perspectivas acadêmicas:

Moldando os inovadores de amanhã: IA, computação quântica e muito mais

Dra. Khouloud Salameh

Destaque de Liderança:

Entrevista com o reitor da Universidade de Abu Dhabi (ADU)

Professor Ghassan Aouad

Foco Regional:

Inovação Tecnológica na Educação Superior Global Equipe Editorial

Universidade de Wollongong, Dubai

Tendências:

As tendências em Tecnologia Educacional para se observar em 2025

Equipe Editorial

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Pronto para ver como as universidades estão transformando a educação global? Mergulhe na revolução dos intercâmbios virtuais!

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Bem-vindos à UniNewsletter

Laura Vasquez Bass
NOTA DA EDITORA-CHEFE

Editora-chefe

Está curioso(a) para saber como as barreiras linguísticas afetam o ensino superior? Descubra como a UniNewsletter está transformando o acesso à informação educacional e promovendo conexões genuínas entre estudantes e instituições. Continue lendo para saber mais!

LAURA VASQUEZ BASS

Nota da Editora-chefe

CCom quase 30 anos de experiência como profissional de marketing e estrategista em recrutamento de estudantes para diversas instituições internacionais, nosso fundador, Sr. Mohammed Hettini, há muito reconheceu algumas das barreiras mais impermeáveis à acessibilidade, inclusão e disseminação de informações no ensino superior. Durante inúmeras visitas, eventos e exposições internacionais, ele percebeu que, sem a ajuda de um tradutor, a interação com o público teria sido impossível. Isso o levou a questionar quantas oportunidades de conexões autênticas e troca de conhecimentos foram perdidas devido à falta de infraestrutura para apoiar a diversidade linguística e, portanto, a compreensão recíproca. No entanto, desta preocupação aparentemente perpétua, nasceu a ideia de uma plataforma que permitisse às pessoas acessar informações e aprender em suas línguas nativas,

UniNewsletter:
Superando barreiras linguísticas no ensino superior, promovendo conexões e capacitando estudantes em todo o mundo

garantindo assim um melhor engajamento e compreensão: a UniNewsletter.

É com grande satisfação que lhe damos as boas-vindas à edição inaugural de nossa revista, que vem sendo preparada há muitos anos. Nossa missão na UniNewsletter é criar uma plataforma onde estudantes de diversas regiões possam navegar facilmente e encontrar informações sobre universidades, programas de bolsas de estudo e tendências atuais do ensino superior – tudo isso em seus idiomas nativos. Ao eliminar o problema das barreiras linguísticas, pretendemos promover ligações claras entre alunos e instituições, capacitando os estudantes a tomarem decisões informadas sobre o seu futuro letivo.

Além disso, como comprovam os muitos anos de campanhas e eventos de recrutamento de estudantes internacionais conduzidos pelo Sr. Mohammed, um dos imperativos para o sucesso futuro das universidades é aumentar a sua visibilidade aos olhos de um público global. Ao apresentar as realizações e ofertas das instituições em vários idiomas, ajudamos as universidades a desenvolver a notoriedade da sua marca e a atrair um grupo diversificado de estudantes internacionais. Esta abordagem não beneficia apenas os estudantes, mas também auxilia na sustentabilidade do setor de ensino superior ao promover uma

mistura representativa de vozes globais.

Em cada edição da UniNewsletter, os leitores podem esperar uma ampla gama de tópicos relevantes tanto para estudantes como para instituições de ensino superior. Uma de nossas principais características é nosso foco regional. Cada edição incluirá uma seção dedicada aos cenários educacionais únicos de regiões como MENA (Oriente Médio e Norte da África), CEI, Sul da Ásia, África, América Latina e muito mais. Através destes destaques regionais, apresentaremos abordagens inovadoras para o ensino superior e forneceremos uma plataforma para que as vozes locais sejam ouvidas. Essa abordagem não apenas enriquece

nosso conteúdo, como também garante que atendamos às necessidades e interesses específicos de nossos diversos leitores.

Além da cobertura regional, a UniNewsletter apresentará destaques de liderança, onde conversaremos com figuras proeminentes do ensino superior sobre suas perspectivas sobre políticas educacionais e outros temas pertinentes, como inovação tecnológica –abordada nesta primeira edição. Essas entrevistas fornecerão aos leitores insights valiosos de influenciadores e especialistas em diversas áreas, oferecendo uma compreensão mais profunda dos desafios e oportunidades que o ensino superior enfrenta hoje.

Além disso, apresentaremos artigos sobre (mas não limitados a): tendências no ensino superior; personalidades acadêmicas e da indústria que discutirão pesquisas, programas acadêmicos, empregabilidade estudantil e muito mais; tópicos especiais; programas acadêmicos e oportunidades de bolsas de estudo. Nosso objetivo é fornecer insights e informações valiosas que ajudem os alunos a tomarem decisões informadas e a se manterem atualizados sobre as novidades no ensino superior. Por meio da nossa abordagem multilíngue, pretendemos tornar esta informação acessível e envolvente para todos. A UniNewsletter é mais do que apenas uma publicação; é uma iniciativa orientada para uma missão, nascida de um desejo genuíno de tornar o ensino superior mais relevante e inclusivo. Estamos empenhados em servir vocês, nossos leitores, preenchendo a lacuna de comunicação no ensino superior e capacitando estudantes e instituições por meio do nosso trabalho. Convidamos você a fazer parte do impacto transformador que a UniNewsletter pretende alcançar.

Definido por Robert O'Dowd (professor de Inglês como Língua Estrangeira e Linguística Aplicada na Universidade de León, Espanha) como “estudantes de diferentes origens culturais trabalhando juntos em redes online”, o Intercâmbio Virtual tem sido parte integrante dos programas de ensino de línguas estrangeiras por décadas. O Departamento de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade de Miami, EUA, por exemplo, desenvolveu em 2011 seu próprio Programa de Imersão Virtual, por meio do qual os alunos conversam por videoconferência com alunos de instituições internacionais em seu idioma alvo (português, espanhol, francês, árabe, chinês, alemão, hebraico, italiano e japonês). No entanto, a forma dos Intercâmbios Virtuais e a sua proeminência nas Instituições de Ensino Superior (IES) foram alteradas de maneira irreversível desde o início da pandemia da COVID-19 em 2020.

A ascensão dos programas de Intercâmbio Virtual

e por que eles estão aqui para ficar

Equipe Editorial

Por questão de necessidade, para tentar proporcionar aos alunos uma experiência de aprendizagem comparável ao ensino presencial, diversos programas virtuais – incluindo intercâmbios e aulas coministradas por educadores internacionais – foram adotados em universidades em todo o mundo. No entanto, elas parecem ter levado em consideração a crítica de Dowd de que “o Intercâmbio Virtual não é uma ‘ferramenta de emergência’ a ser considerada apenas em tempos de pandemia e de restrições a viagens internacionais”. Pelo contrário; os programas de IV estão se expandindo em nível mundial e tudo indica que vieram para ficar.

Por que o Intercâmbio Virtual ainda é tão popular em um cenário educacional pós-pandemia?

O Intercâmbio Virtual não é uma

“ferramenta de emergência” a ser considerada apenas em épocas de pandemia e de restrições a internacionaisviagens

Mesmo após o fim dos lockdowns impostos pela COVID-19 e a retomada das aulas presenciais, os campi universitários ficaram surrealmente silenciosos, sem a habitual energia e animação normalmente associadas a espaços onde jovens aprendem e socializam. Demorou algum tempo até que a vida no campus voltasse ao “normal”. Quando isso aconteceu, houve um impulso para que as pessoas compensassem o tempo perdido, participando ao máximo de aulas presenciais e imersivas, socialização e intercâmbio cultural. No entanto, embora os IVs tenham sido implementados como uma medida temporária, seus benefícios tornaram-se tão palpáveis que muitas instituições continuaram a oferecer – e até mesmo a criar – estes programas. Yoav Wachsman, professor da Coastal Carolina University, EUA, destaca que os IVs têm vários benefícios tanto para as universidades quanto para os estudantes, como “baixo custo, maior capacidade, mais flexibilidade e ausência de restrições de vistos”. Os IVs são particularmente lucrativos para as

universidades, já que não dependem de espaço físico e há menos limites às matrículas dos estudantes.

Além disso, uma das maiores barreiras à participação dos estudantes em programas de intercâmbio internacional é a desigualdade econômica. Infelizmente, muitos estudantes não conseguem participar de programas de intercâmbio presenciais devido à condição financeira, ou a outras limitações para viajar –por exemplo a dependência das famílias em relação aos estudantes. Isso sem mencionar as rigorosas restrições de visto que os impedem de viajar, mesmo quando não há barreiras financeiras. A demografia dos estudantes excluídos destas experiências de intercâmbio representa um problema para uma maior diversidade e inclusão na educação. Em 2022, a UNESCO publicou o relatório “Mentes em movimento: oportunidades e desafios para a mobilidade estudantil virtual em um mundo pós-pandemia”, onde descreve que a mobilidade estudantil virtual – em oposição ao tradicional cruzamento de fronteiras internacionais para acessar diferentes experiências educacionais – tem o potencial de democratizar a educação. O programa Erasmus+ e o Corpo Europeu de Solidariedade criaram uma estratégia de diversidade e inclusão para 2021-2027, tendo como prioridade tornar seus programas acessíveis a todos, incluindo indivíduos com menos oportunidades devido a barreiras sociais, econômicas, culturais, geográficas ou até mesmo relacionadas à saúde.

O que indica que os programas de IV vieram para ficar?

Além dos aspectos democratizantes e de outros benefícios dos IVs, a concepção e execução de programas de alta qualidade está se tornando cada vez mais fácil para as universidades. A Iniciativa Stevens, criada em 2014 para promover e obter financiamento para organizações administrarem programas de IV entre jovens dos EUA, Norte de África e Oriente Médio, lançou desde então a Academia de Intercâmbio Virtual para

Os avanços tecnológicos e as iniciativas de treinamento global estão tornando os Intercâmbios Virtuais um componente duradouro

treinar educadores sobre como iniciar seus próprios programas de intercâmbio. A Academia visa “mobilizar líderes de educação e intercâmbio para impulsionar a adoção do intercâmbio virtual em suas comunidades e redes locais”. Em 2022, a Academia treinou mais de 80 líderes educacionais de 19 países e territórios, incluindo indivíduos do Norte, Leste e Oeste da África, dos Emirados Árabes e da América do Sul. No final, os graduados podem obter benefícios exclusivos de financiamento e mentoria. Da mesma forma, a UNICollaboration oferece treinamento em IV orientado para o mercado europeu. Tanto a amplitude quanto o sucesso destes treinamentos sugerem que o investimento em IV está crescendo em escala global.

Além disso, os avanços tecnológicos estão transformando drasticamente as experiências de IV

Os programas de Intercâmbio Virtual oferecem baixo custo e maior flexibilidade para as universidades

do passado, que dependiam quase que exclusivamente de software básico de videoconferência. O desenvolvimento da tecnologia educacional está tornando as experiências de IV mais próximas aos intercâmbios presenciais tradicionais, aumentando assim a sua popularidade. As tecnologias de Realidade Virtual, em especial, criam ambientes totalmente imersivos, que permitem aos alunos colaborar e aprender com os seus colegas internacionais em salas de aula virtuais e interativas. Essas colaborações estudantis também são aprimoradas pela quantidade cada vez maior de recursos de empresas como Zoom e Coursera. O Zoom agora oferece recursos como ‘Exibição Imersiva’, que simula um ambiente de sala de aula, e oferece tradução de idiomas em tempo realalém de recursos interativos como enquetes, questionários e “levantamento de mão” virtual. O Coursera também oferece serviços de tradução, além

de recursos colaborativos, como sistemas aprimorados de revisão por pares que permitem que estudantes de diferentes países trabalhem juntos nas tarefas.

Concluindo, no nosso cenário de ensino superior cada vez mais globalizado, o IV promete equalizar o acesso a experiências de aprendizagem (que antes teriam excluído grandes parcelas de estudantes), ao mesmo tempo em que proporciona às universidades uma forma de se envolverem no intercâmbio intercultural de conhecimentos com um baixo custo. O que resta saber – dada a forma como os programas de IV estão cada vez mais estruturados em torno de novas tecnologias – é como a “exclusão digital” pode ser reduzida ao longo do tempo e como expandir ainda mais estas oportunidades.

Moldando os Inovadores de Amanhã

IA, Computação Quântica e muito mais

Imagine um ambiente educacional onde a tecnologia transforma o aprendizado. Na AURAK, promovemos a educação com IA, robótica e computação quântica, preparando os líderes de amanhã. Junte-se a nós nesta revolução educacional!

Como professora associada e presidente do Departamento de Ciência da Computação e Engenharia da Universidade Americana de Ras Al Khaimah (AURAK), meu objetivo tem sido equipar os alunos com as habilidades necessárias não apenas para que se adaptem ao cenário tecnológico em rápida evolução, mas também para que sejam os inovadores que impulsionam essa mudança. Aproveitando a minha experiência em ciência da computação, especialmente em ecossistemas digitais e representação de dados, meu foco profissional tem sido a integração da tecnologia avançada na pesquisa e no ensino.

É muito legal que sistemas de aprendizagem personalizados baseados em IA consigam se adaptar às necessidades específicas de cada aluno

Eu acredito que a tecnologia não deve apenas melhorar os métodos educacionais tradicionais, mas também revolucionar a experiência de aprendizagem como um todo. Vejo a tecnologia como uma força motriz para a criação de um ambiente educacional mais interativo e eficaz. Isto é conseguido através da integração de novas tecnologias nas operações do nosso departamento, nos ambientes de sala de aula e nos projetos de pesquisa individuais.

Aqui na AURAK, uma das principais formas pelas quais integramos tecnologia é com o uso eficaz de instalações laboratoriais inovadoras. Por exemplo, nosso laboratório de IA de última geração conta com clusters de computação de alto desempenho, estações de trabalho com IA, kits de robótica e dispositivos inteligentes. Esses recursos permitem que alunos e professores se envolvam no aprendizado prático e conduzam pesquisas inovadoras.

Muitas tecnologias revolucionaram nossa oferta de cursos na AURAK, resultando em experiências de aprendizagem mais personalizadas e adaptáveis. Por exemplo, a aprendizagem adaptativa é facilitada por ferramentas de IA, que oferecem aos

Dr. Khouloud Salameh

Professora Associada e Presidente do Departamento de Ciência da Computação e Engenharia da Universidade Americana de Ras Al Khaimah (AURAK)

Eu acredito que a tecnologia não deve apenas melhorar os métodos educacionais tradicionais, mas revolucionar a experiência de aprendizagem como um todo

alunos recursos personalizados e feedback com base no seu progresso individual. Além disso, nosso foco no estabelecimento de cooperações com a indústria nos permitiu oferecer aos nossos alunos a oportunidade de trabalhar em projetos do mundo real. Um projeto notável com o município de RAK envolveu estudantes que utilizaram inteligência artificial para prever padrões de consumo de energia em edifícios. Além disso, nossa capacidade de treinar modelos sofisticados de aprendizado de máquina e processar grandes conjuntos de dados foi substancialmente aprimorada pelo investimento da AURAK no sistema de computação de alto desempenho DGX A100. Esse sistema não apenas melhorou a qualidade de nossos projetos de pesquisa, mas também proporcionou aos alunos uma experiência prática inestimável trabalhando com ferramentas padrão do setor, como o treinamento de modelos de deep learning com grandes conjuntos de dados em nossos cursos avançados.

Na AURAK, estou muito animada com o que o futuro reserva para a computação quântica, tecnologia de blockchain e ferramentas de aprendizagem personalizadas alimentadas por IA. A computação quântica pode nos ajudar a solucionar problemas que antes considerávamos impossíveis de resolver, e isso pode levar a novos e importantes estudos. Além disso, a tecnologia da Blockchain pode nos ajudar a acompanhar nossos registros acadêmicos de forma segura e aberta. Isso facilitará a administração e tornará nossos títulos mais confiáveis. É muito legal que os sistemas de aprendizagem personalizados baseados em IA possam se adaptar às necessidades específicas de cada aluno. Isso torna o aprendizado mais divertido e eficaz. Estas melhorias estão prestes a mudar a forma como ensinamos, o que manterá a AURAK na vanguarda da inovação no ensino superior.

Inovação Tecnológica no Ensino Superior Global

Equipe Editorial

Explore

o futuro da educação com a UniNewsletter Em nossa primeira edição, descubra como as universidades em todo o mundo estão transformando o aprendizado com tecnologia de ponta. Leia sobre as inovações na região do MENA, na África Oriental, no subcontinente indiano e muito mais. Inspire-se e junte-se à revolução educacional!

Um dos principais objetivos da UniNewsletter é servir como uma plataforma para a troca de notícias, conhecimento e diálogo entre um público global engajado. Temos orgulho em destacar e compartilhar as diversas contribuições para o conhecimento, inovação e liderança de instituições em todo o mundo. Esta edição inaugural da UniNewsletter, “Inovação Tecnológica no Ensino Superior Global”, leva o título deste artigo que destaca o trabalho de instituições da região do MENA, da África Oriental, do Subcontinente Indiano, da CEI e da América Latina para desenvolver e incorporar tecnologias que estão mudando o cenário do ensino superior. Esperamos sinceramente que os nossos leitores, motivados por estas breves visões gerais, sejam inspirados a estabelecer conexões com parceiros globais motivados

pelas mesmas atividades intelectuais e causas para a inovação revolucionária.

Criando os Campi Inteligentes do Amanhã: Estudos de caso da região do MENA (Oriente Médio e Norte da África)

As universidades da região do MENA (Oriente Médio e Norte da África) estão investindo em peso para tornar os seus campi tão ambientalmente sustentáveis, seguros e simplificados quanto possível – incluindo a priorização de serviços que ofereçam maior apoio e conveniência aos alunos. A Universidade de Khalifa, nos Emirados Árabes, e a Universidade da Jordânia, na Jordânia, desenvolveram aplicações móveis de assistência ao campus, por exemplo, que

UniNewsletter destaca as inovações globais que transformam a educação superior e promove conexões internacionais
Matéria de capa
As

universidades

latinoamericanas estão investindo em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e no empreendedorismo para impulsionar a futura inovação tecnológica

utilizam tecnologia inteligente para tornar a vida no campus o mais conveniente possível. O aplicativo da Universidade de Khalifa fornece aos alunos acesso instantâneo a informações sobre horários, eventos e recursos acadêmicos, e o aplicativo da Universidade da Jordânia integra informações relacionadas à inscrição em cursos, acesso à biblioteca e navegação no campus. Muitas universidades na região do MENA, incluindo a Universidade dos Emirados Árabes Unidos (EAEU) e a Universidade do Qatar (QU), aproveitaram as tecnologias da internet das coisas (IoT) para criar ambientes de aprendizagem conectados e responsivos. As salas de aula contam com quadros inteligentes e displays interativos, que melhoram o ambiente de aprendizagem e facilitam o envolvimento e a colaboração dos alunos em tempo real. Além disso, a Universidade Americana de Beirute (AUB), no Líbano, investiu em tecnologias de Realidade Virtual e Realidade Aumentada para criar espaços de aprendizagem

imersivos, permitindo que os alunos participem de laboratórios virtuais e simulações interativas. É evidente que as universidades da região do MENA estão demonstrando um profundo compromisso em permanecer na vanguarda dos avanços nas tecnologias de campi inteligentes.

Ecossistemas de aprendizagem colaborativa: universidades da África Oriental e tecnologia em toda a região

A forma como as universidades da África Oriental estão usando as tecnologias em prol da colaboração e do apoio às suas comunidades é verdadeiramente notável. A Universidade de Ruanda, em Ruanda, por exemplo, desenvolveu uma plataforma digital de educação em saúde que integra telemedicina e cursos on-line para estudantes de medicina;

além de auxiliarem no desenvolvimento profissional contínuo, também atendem às necessidades de saúde da região e melhoram os resultados de saúde pública. Além disso, a Universidade de Nairobi, no Quénia, desenvolveu uma plataforma de envolvimento comunitário que utiliza tecnologia móvel para ligar os estudantes às comunidades locais para projetos de envolvimento cívico. Tanto a Universidade Makerere, em Uganda, quanto a Universidade Strathmore, no Quénia, investiram – de diferentes formas– em tecnologias que visam garantir o futuro das pesquisas e do empreendedorismo nas suas regiões. A Universidade de Makerere estabeleceu um centro de inovação que utiliza a IA e a análise de dados para colaborações de pesquisa interdisciplinares entre estudantes, professores e especialistas do setor. Com isso, visam criar soluções para desafios regionais,

promovendo ao mesmo tempo uma cultura de pesquisa e desenvolvimento. Enquanto isso, a Universidade de Strathmore criou uma plataforma virtual de incubação de empresas que oferece orientação online, oportunidades de financiamento e networking para aspirantes a empreendedores. A plataforma ajuda os jovens no desenvolvimento das suas ideias de negócio e os conecta a investidores que podem ajudar a impulsionar o desenvolvimento econômico na região. Por último, a Universidade de Adis Abeba, na Etiópia, utiliza salas de aula digitais alimentadas por energia solar para garantir o acesso a recursos educativos em áreas remotas que enfrentam cortes de energia frequentes. Embora com abordagens diversas, as universidades da África Oriental demonstram um compromisso em proteger o futuro de suas comunidades.

Soluções tecnológicas para desafios ambientais regionais únicos no Subcontinente Indiano

Criar estratégias e enfrentar desafios ambientais locais recorrentes utilizando inovações tecnológi cas fazem parte dos objetivos das universidades no subcontinente indiano. Respondendo aos frequentes desastres naturais que ocorrem na região, a Universidade BRAC, em Bangladesh, oferece programas especializados em gestão de desastres. Os programas utilizam tecnologias de simulação e mapeamento com sistema de infor mação geográfica (GIS) para fornecer aos alunos habilidades práticas para gerenciar e mitigar desastres. A Universidade de Ciências de Gestão de Lahore (LUMS), no Paquistão, está ajudando os agricultores locais por meio do aumento da produtividade agrícola e promoção de práticas agrícolas sustentáveis para garantir o futuro da indústria. A LUMS introduziu programas de “agritech” que aproveitam tecnologias de agricultura de precisão – incluindo drones e sensores de solo – para melhorar o rendimento das colheitas. O Instituto Indiano de Tecnologia (IIT) em Madras, na Índia, está cuidando da escassez de água nas zonas rurais; seus sistemas avançados de gestão de água personalizados, que são alimentados por IoT e IA, fornecem soluções hídricas sustentáveis . O foco da Univer sidade de Dhaka, em Bangladesh, tem sido o estabelecimento de programas de energia reno vável. Em uma tentativa de promover a adoção de energia limpa e reduzir a utilização de com bustíveis fósseis nas comunidades locais, a Universidade de Dhaka inovou em soluções de energia solar e eólica que são especificamente adaptadas para implantação local. Ao lidar inicialmente com as necessidades primordiais das comunidades que as rodeiam, as universidades do subcontinente indiano estão preparadas para se destacarem no fornecimento de soluções altamente adaptadas aos desafios nacionais e globais.

A exclusão digital e a reforma política nos países da CEI

A exclusão digital, ou o acesso desigual às tecnologias digitais, como a Internet e o treinamento em literacia digital, é uma preocupação global. Utilizando tecnologia e políticas de reforma, as instituições da região da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) têm feito esforços para mitigar a exclusão digital na sua região. A Universidade Estatal de Tbilisi, na Geórgia, está trabalhando com parceiros do governo e da indústria para defender políticas de inclusão digital que promovam a equidade digital, apoiem os avanços tecnológicos na educação e garantam que todos os estudantes tenham acesso a recursos digitais. Da mesma forma, a Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia (NUST) MISiS, da Rússia, lidera esforços para integrar tecnologias digitais no currículo, com apoio de reformas políticas que exigem a literacia digital e a utilização de tecnologia na educação. Estas reformas garantem que os alunos estejam equipados com competências digitais essenciais, promovem a utilização de métodos de ensino inovadores e impulsionam mudanças sistêmicas

nas políticas educativas em toda a região. A Universidade Nazarbayev, no Cazaquistão, está investindo em sua infraestrutura digital, fornecendo acesso à Internet de alta velocidade, instalações de TI modernas e um sistema de gestão de aprendizagem (LMS) baseado na nuvem. Seu objetivo é melhorar a conectividade e a infraestrutura, permitindo a aprendizagem remota, facilitando o acesso a recursos digitais e apoiando métodos de ensino inovadores. Através do desenvolvimento de uma plataforma educativa online robusta, a MSU Online, a Universidade Estatal Lomonosov de Moscovo, na Rússia, está reduzindo as barreiras geográficas, fornecendo educação de alta qualidade e recursos digitais a alunos que de outra forma não teriam acesso. No geral, os esforços das universidades da região da CEI para democratizar o acesso à tecnologia constituem um investimento extremamente importante no futuro da sua população e da região como um todo.

Investindo em futuros tecnológicos: Promovendo educação, empreendedorismo e inovação nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) na América Latina

Uma maneira de as universidades da América Latina garantirem o futuro da inovação tecnológica é investindo em programas para

equipar a próxima geração com as ferramentas necessárias para serem pioneiras nas inovações de amanhã. Tanto a Universidade do Chile, no Chile, quanto a Universidade Estadual de Campi nas (UNICAMP), no Brasil, investiram recursos para reforçar a educação nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) em suas instituições. A Universidade do Chile lançou uma iniciativa em colaboração com empresas de tecnologia para proporcionar aos estudantes experiência prática em áreas como robótica, codificação e engenharia. Espera-se que a inicia tiva promova uma cultura de inovação contínua e adaptação às tecnologias emergentes, sendo que os graduados provavelmente impulsionarão os avanços tecnológicos e o empreendedorismo no futuro e contribuirão para o crescimento econômico. Da mesma forma, o centro de educação STEM da UNICAMP oferece workshops, seminários e programas de orientação para fomentar o interesse e as habilidades dos alunos em ciência e tecnologia. Tanto a Universidade del Rosario, na Colômbia, quanto a Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, estão investindo para nutrir o empreendedorismo necessário para impulsionar o sucesso tecnológico. A Universidad del Rosario criou o “Centro de Inovação e Empreendedorismo”, que fornece às startups estudantis orientação, financiamento e acesso a instalações de última geração. O centro espera facilitar o crescimento de futuras startups inova doras. Além disso, a USP desenvolveu o hub de inovação “Cubo Itaú” em parceria com o Banco Itaú para fomentar o empreendedorismo e fornecer recursos para startups lideradas por estudantes. Os esforços destas instituições latino-americanas são contribuições de vital importância para preencher a lacuna de com petências e proporcionar aos futuros inovadores as competências empresariais/ empreendedo ras necessárias para lançar os produtos tecnológicos do futuro.

As universidades latino-americanas estão investindo em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e no empreendedorismo para impulsionar a futura inovação tecnológica

Entrevista com o reitor

Professor Ghassan, primeiramente gostaríamos de agradecê-lo por sua entrevista nesta edição inaugural da UniNewsletter. O senhor poderia, por favor, descrever para nossos leitores sua experiência em pesquisa e liderança e como isso o levou à sua posição atual como reitor da Universidade de Abu Dhabi?

“ “

No centro da minha filosofia de liderança está um profundo respeito pelo poder transformador do conhecimento, do pensamento crítico e da curiosidade intelectual.

Obrigado pela oportunidade de compartilhar um pouco sobre minha experiência e jornada até minha função atual como reitor da Universidade de Abu Dhabi (ADU). Minha experiência em pesquisa e liderança abrange mais de três décadas, durante as quais me dediquei ao avanço no campo da gestão e engenharia civil e à promoção de soluções inovadoras para desafios globais. Minha carreira inclui vários cargos acadêmicos e de liderança no Reino Unido, Professor Ghassan Aouad Canciller, Universidad de Abu Dhabi (ADU)

Emirados Árabes, Kuwait e Bahrein. Tive a felicidade de alcançar diversas conquistas, como a supervisão com sucesso de 24 estudantes de doutorado; autoria de 3 livros de pesquisa importantes; gerando mais de £ 10 milhões em financiamento de pesquisa; publicação de 92 artigos; e divulgação da minha pesquisa em mais de 40 países.

Minha jornada educacional começou na Universidade Árabe de Beirute, no Líbano – meu país natal –onde concluí meu bacharelado em Engenharia Civil. A partir daí, obtive meu mestrado em Construção e, em seguida, meu doutorado em Gestão de Construção e TI pela Universidade de Loughborough, no Reino Unido; minha tese é intitulada “Sistemas Integrados de Planejamento para a Indústria da Construção”. Bem mais tarde, em 2016, a Universidade de Loughborough também me concedeu um Doutorado Honorário em Tecnologia. Depois de trabalhar durante muitos anos no Reino Unido, decidi ampliar o alcance geográfico da minha liderança acadêmica e assumir cargos nos Emirados Árabes, Kuwait e Bahrein, respectivamente.

Em janeiro de 2023, tive a honra de me tornar reitor da ADU, trabalhando com um presidente visionário, Dr. Ali Aldhaheri. Fui atraído pelo compromisso da ADU com a excelência, pela sua visão ambiciosa para o futuro do ensino superior e pela sua localização estratégica no Médio Oriente, Ásia e Europa. Estou realmente entusiasmado em trazer a minha experiência global e abordagem colaborativa para esta nova função, e espero trabalhar com a comunidade da ADU para concretizar as nossas aspirações compartilhadas para a universidade e o seu impacto na região e além.

Esta edição da UniNewsletter tem como foco a forma como a tecnologia está mudando o ensino superior globalmente, desde a experiência em sala de aula até a administração e segurança. O senhor já expressou anteriormente suas preocupações sobre como a tecnologia pode impactar negativamente a saúde devido ao tempo excessivo de tela, falta de mobilidade, etc. Como acha que as tecnologias de sala de

aula atuais e emergentes, como aplicativos de aprendizagem e tutores de IA, podem ser adotadas sem concorrer para os problemas de saúde que o senhor destacou?

Obrigado por esta pergunta perspicaz. Sempre expressei preocupação com os impactos negativos que o uso excessivo da tecnologia pode ter na saúde física e mental. No entanto, também reconheço os benefícios significativos que as tecnologias na sala de aula podem oferecer para os alunos em termos de melhoria da experiência educativa e resultados de aprendizagem. Acredito que, quando implementadas de forma ponderada e estratégica, tecnologias como aplicativos de aprendizagem, tutores de IA e outras ferramentas digitais podem tornar o conteúdo educativo mais envolvente, personalizado e acessível.

Para adotar estas tecnologias na sala de aula e, ao mesmo tempo, mitigar potenciais riscos para a saúde, o equilíbrio e os procedimentos proativos de salvaguarda são fundamentais. Por exemplo, intervalos regulares para que os alunos possam ficar de pé, alongar-se e praticar atividades físicas longe das telas devem pontuar o processo de aprendizagem. Acredito que é possível que as instituições aproveitem o poder da inovação e, ao mesmo tempo, tenham cautela.

Como alguém com vasta experiência como professor, o que o senhor acha das tecnologias emergentes de IA que têm o potencial de agilizar os procedimentos administrativos dos professores, como a geração de relatórios de progresso, a previsão de notas, etc.?

Acredito que é possível que as instituições aproveitem o poder da inovação e, ao mesmo tempo, tenham cautela “ “

Os defensores das tecnologias entendem que estas ferramentas são métodos valiosos para evitar o esgotamento dos professores; ao passo que os críticos alegam que estas ferramentas prejudicam a “sintonia” necessariamente intensa que os professores devem ter com os seus alunos para educa-los de forma eficaz.

Você levantou um assunto importante. Por um lado, vejo a importância de se aproveitar a IA para automatizar certos processos demorados. Isto poderia, de fato, ajudar a aliviar alguns dos encargos administrativos que contribuem para o esgotamento dos professores, permitindo que os educadores concentrem seu tempo e energia nos aspectos fundamentais do ensino e no engajamento dos alunos. No entanto, também partilho das preocupações expressas pelos críticos da IA. A compreensão profunda das necessidades e estilos de aprendizagem únicos de cada um é essencial para uma instrução eficaz e um apoio significativo ao aluno. Existe um receio válido de que a dependência excessiva de insights gerados pela IA possa diminuir a capacidade do professor de manter essa ligação vital e pessoal com os seus alunos. A minha opinião é que os professores devem estar atentos à forma como integrar de maneira responsável estas tecnologias emergentes de IA no sistema educacional. A chave é garantir que estas ferramentas sejam concebidas e implementadas de uma forma que

aumente e melhore o papel do instrutor, em vez de substituir completamente o elemento humano. Ao encontrar o equilíbrio certo e manter o toque humano, podemos aproveitar a eficiência e os conhecimentos oferecidos pelas tecnologias de IA, enquanto preservamos a magia da ligação professor-aluno que é tão essencial para uma educação de qualidade. Este é o caminho delicado que devemos percorrer para concretizar todo o potencial destas ferramentas de uma forma que capacite os nossos dedicados educadores, em vez de substituí-los.

Quanto à sua experiência de ensino e mentoria, como o senhor caracterizaria a Geração Z como uma geração de alunos?

Como educador com vasta experiência abrangendo múltiplas gerações de alunos, tive o privilégio de observar a evolução das características e preferências de aprendizagem de cada geração e, mais recentemente, da Geração Z. A Geração Z cresceu imersa em um mundo de tecnologia digital, mídias sociais e informações on-line. Eles são altamente adeptos da navegação no cenário digital e esperam que as experiências de aprendizagem sejam baseadas em tecnologia, interativas e estruturadas em torno da interação entre pares. Além disso, a Geração Z é a geração com maior diversidade racial e étnica da história, tem um forte sentido de justiça

social e espera que os ambientes de aprendizagem sejam inclusivos, equitativos e reflitam diversas perspectivas. Tendo passado pela pandemia da COVID-19 nos anos iniciais da sua educação, muitos estudantes da Geração Z também lidam com níveis elevados de ansiedade, depressão e isolamento social devido às perturbações que a pandemia teve nas suas vidas acadêmicas, sociais e pessoais. Acredito que possamos aprender com esta geração. Temos diante de nós uma oportunidade crucial de lançar as bases para um futuro onde a saúde mental seja priorizada e apoiada ao longo de todo o percurso educativo. Acredito que, ao respondermos às necessidades e preferências únicas dos alunos da Geração Z, podemos criar ambientes educativos que não só os envolvam e inspirem, mas também os capacitem para se tornarem os líderes inovadores e socialmente conscientes de amanhã.

Seus escritos públicos, como suas postagens no LinkedIn, podem ser descritos não apenas como muito atenciosos, mas também de natureza filosófica. O senhor poderia nos descrever sua filosofia de liderança e as principais qualidades que considera essenciais para um bom líder?

Pensei muito nas qualidades e princípios que acredito serem essenciais para uma liderança eficaz e impactante. No centro da minha filosofia de liderança está um profundo respeito pelo poder transformador do conhecimento, do pensamento crítico e da curiosidade intelectual. Acredito firmemente que os líderes mais eficazes são aqueles que cultivam um ambiente de aprendizagem ao longo da vida, onde os indivíduos são capacitados para explorar, questionar e desafiar o status quo. Algumas das qualidades que considero essenciais para uma boa liderança incluem visão e previsão, empatia e inteligência emocional, adaptabilidade e resiliência, uma mentalidade colaborativa e – talvez o mais importante – integri-

Eu busco inspirar e capacitar aqueles ao meu redor para abraçarem o mesmo espírito de curiosidade intelectual, liderança ética e resolução colaborativa de problemas “

dade ética. A minha própria jornada como educador tem sido guiada por estes princípios, e eu busco inspirar e capacitar aqueles que me rodeiam para abraçarem o mesmo espírito de curiosidade intelectual, liderança ética e resolução colaborativa de problemas.

Professor Ghassan, muito obrigado por conversar com a UniNewsletter. Para encerrar, refletindo sobre sua carreira inspiradora, que esperanças o senhor tem para a próxima geração de estudantes, educadores e líderes?

Obrigado pela nossa conversa de hoje. Ao olhar para o futuro, sinto-me preenchido por um profundo sentimento de otimismo e entusiasmo. A minha maior esperança é que os indivíduos que moldarão o mundo de amanhã estejam empenhados na aprendizagem ao longo da vida e tenham uma profunda apreciação pelo poder e privilégio do conhecimento. Espero que a próxima geração de educadores seja inspirada a cultivar ambientes de aprendizagem que promovam o pensamento crítico, a criatividade e a tomada de decisões éticas. Acredito realmente que os educadores podem inspirar os seus alunos a se tornarem agentes de mudança positiva, prontos para enfrentar os desafios complexos do século XXI. E, quanto aos futuros líderes, a minha esperança é que sejam guiados por uma bússola moral firmemente enraizada em princípios de integridade, responsabilidade social e uma dedicação inabalável ao serviço do bem maior. Estou ansioso para testemunhar o impacto transformador dos indivíduos extraordinários que carregarão a tocha do progresso e da inovação nas próximas décadas.

As tendências em Tecnologia Educacional para se observar em 2025

Equipe Editorial

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a despesa global com a educação deverá atingir os 10 trilhões de dólares até 2030. A Tecnologia Educacional (Edtech) será responsável por uma boa parte dessa despesa, especialmente à luz das mudanças pós-pandemia nas expectativas dos estudantes e dos avanços tecnológicos que estão a mudando a forma como os alunos aprendem. Como afirma Garrett, CEO da Sora Schools, uma instituição online privada sediada nos EUA: “As mudanças sociais que se desenrolam diante de nós, alimentadas pela inovação tecnológica e pelas nossas necessidades em evolução, tornam necessário reimaginar o paradigma educacional concebido para uma era industrial passada”. A maior conclusão a se tirar do “pivô global” para o ensino remoto estimulado pela pandemia em 2020 foi que os métodos e tecnologias tradicionais de ensino, como os Sistemas de Gestão de Aprendizagem (LMS), estão desatualizados e aquém das expectativas dos estudantes da atualidade – principalmente a Geração Z – que valorizam plataformas de aprendizagem individualizadas e centradas no usuário. Junto com as mudanças nas exigências educacionais dos estudantes, veio o advento de tecnologias como a IA, que já demonstra um impacto palpável no ensino e na aprendizagem, na pesquisa e na administração no ensino superior. Em 2024, estima-se que só o mercado mundial de IA valha 2,1 bilhões de dólares, revela um relatório do market.us. Com a abertura tão dramática do cenário e da topografia da Edtech nos últimos anos, este artigo descreve quais inovações adicionais devemos esperar para 2025.

Também fundada em 2014, a Riiid, líder sul-coreana em tecnologia educacional, é especializada em soluções de aprendizagem personalizadas baseadas em IA. O principal produto da Riiid, Santa, oferece planos de estudo sob medida e feedback em tempo real adaptado aos estilos e ritmos de aprendizagem individuais para alunos que se preparam para fazer o exame de proficiência em inglês TOEIC, entre outros. O tutor de IA prevê o desempenho e fornece conteúdo personalizado para otimizar os resultados. Em parceria com universidades de todo o mundo e investindo pesadamente em Pesquisa e Desenvolvimento, a Riiid promete que “o crescimento nunca terá fim”.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada

Embora a Realidade Virtual (RV) já exista há décadas, com grande popularidade na indústria de jogos, por exemplo, seu potencial para utilização no ensino superior nunca foi tão relevante como é agora com o aumento do aprendizado virtual em nível nacional e internacional. A Realidade Aumentada (RA), que integra elementos digitais a um cenário do mundo real, e a Realidade Virtual, que cria um ambiente totalmente simulado, deverão atingir um valor de mercado global de 38 bilhões de dólares até 2029, de acordo com a MarketsandMarkets. A tecnologia RV/RA já está se tornando a norma em muitas salas de aula e assim deve permanecer; ela está revolucionando áreas como a formação médica, permitindo, por exemplo, que os alunos explorem virtualmente o corpo humano e realizem cirurgias simuladas antes mesmo de tocar um paciente. Dada a ascensão e popularidade dos programas de intercâmbio virtual, a RV/RA também se tornará uma ferramenta indispensável para conectar estudantes de todo o mundo. Por exemplo, a Universidade de Zhejiang, na China, e a Universidade de Harvard, nos EUA, formaram uma parceria no Projeto Gizé (Giza Project), aproveitando a RV para permitir que estudantes de ambas as instituições estudem de forma colaborativa a arqueologia egípcia antiga. Através de salas de aula equipadas com RV, os alunos da Universidade de

Nesta era de educação cada vez mais globalizada, em que a mobilidade internacional de alunos e professores é maior do que nunca, tanto a portabilidade como a autenticidade das credenciais e registros acadêmicos são uma grande fonte de preocupação. São inúmeros os casos de fraude documental com o objetivo de se obter acesso a instituições internacionais, assim como é frustrante a demora que muitas vezes acompanha os métodos tradicionais de verificação dos dados. A tecnologia blockchain oferece uma abordagem revolucionária para esses problemas,

gerenciando e protegendo credenciais e registros acadêmicos por meio de registros descentralizados e à prova de falsificação. As universidades podem criar registros digitais na blockchain, garantindo verificação instantânea, segura e imutável de diplomas e certificados, o que aumenta a segurança, transparência e eficiência na gestão de credenciais.

Um estudo que examinou o uso da blockchain no cenário do ensino superior dos Emirados Árabes concluiu que a incorporação de blockchain tem sido notavel-

A Blockchain garante verificação segura, instantânea e imutável das credenciais acadêmicas “

mente bem-sucedida: “Com um passaporte de pós-graduação on-line vitalício e os melhores serviços de educação para estudantes, graduados e ex-alunos, a universidade nos Emirados Árabes alcançou maior satisfação e melhores serviços”, afirmam os redatores.

A partir de 2025, as inovações da blockchain provavelmente incluirão maior interoperabilidade entre diferentes sistemas, integração com IA para análises aprimoradas e adoção mais ampla por órgãos de certificação profissionais, criando um padrão unificado e global para credenciais acadêmicas e profissionais.

Pesquisa Colaborativa e Aprendizagem por meio da Computação em Nuvem

Para muitos, a computação em nuvem tornou-se tão onipresente na vida moderna que mal percebemos o uso desses serviços; nossos dispositivos móveis fazem backup constantemente no iCloud ou no Google Drive, dando-nos a tranquilidade de saber que nossos preciosos dados estão seguros. A computação em nuvem, que descreve a utilização de redes de servidores remotos para armazenar, gerir e processar dados, já está revolucionando também o ensino superior.

Na Universidade de Oxford, no Reino Unido, a Oxford Nanopore Technologies utiliza computação em nuvem para gerenciar e analisar enormes quantidades de dados genômicos em tempo real, auxiliando nas pesquisas de ponta em genética e biologia molecular. A Universidade de Tsinghua, na China, emprega plataformas baseadas em nuvem como o Alibaba Cloud para oferecer cursos on-line, permitindo um ambiente de aprendizagem flexível e escalável para os alunos.

No futuro, podemos esperar a padronização das plataformas em nuvem, o que melhorará a interoperabilidade entre diferentes sistemas e facilitará uma colaboração mais simplificada entre instituições e pesquisadores em todo o mundo. Além disso, as plataformas em nuvem incorporarão cada vez mais a IA, o que melhorará a análise das pesquisas e permitirá que os sistemas de aprendizagem baseados na

nuvem criem trilhas de aprendizagem personalizadas para os alunos.

Campus inteligente e gerenciamento de recursos com a Internet das Coisas (IoT)

A melhoria da experiência estudantil e a sustentabilidade são duas das considerações mais importantes para as Instituições de Ensino Superior (IES) atualmente. Decorrente da procura por sistemas operacionais mais inteligentes e eficientes, a Internet das Coisas (IoT) fornece dados em tempo real através de dispositivos interligados e permite um controle preciso sobre a utilização de energia, gestão de instalações e sistemas de segurança. A IoT melhora assim a sustentabilidade e a experiência do aluno. Esta tecnologia permite que as universidades otimizem as ope-

rações, reduzam custos e criem um ambiente mais seguro e mais responsivo, aumentando, em última análise, a sustentabilidade das universidades para todos.

A IoT está sendo usada atualmente pela Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah (KAUST), na Arábia Saudita, por exemplo, para monitoramento ambiental e gerenciamento de energia em todo o campus. Até 2025 a KAUST planeja

desenvolver plataformas de pesquisa colaborativa baseadas em IoT que ligarão pesquisadores de todo o mundo, permitindo o compartilhamento de dados e a colaboração em projetos científicos. Em termos de iniciativas de aprendizagem individualizadas, a Universidade Nacional de Singapura (NUS) pretende desenvolver, até 2025, plataformas de análise de aprendizagem habilita-

das para IoT que rastreiem o envolvimento e o desempenho dos alunos em tempo real, permitindo aos educadores adaptar suas estratégias de ensino. No geral, 2025 promete ser um ano verdadeiramente inovador e fascinante em todos os aspectos da vida no campus.

Educação global Oportunidades mundiais

Desbloqueie seu potencial na Universidade de Wollongong em Dubai. Como a primeira universidade australiana internacional nos Emirados Árabes, oferecemos programas de alto nível e instalações de ponta. Descubra o que torna excepcional nosso campus diversificado e inovador.

A Universidade de Wollongong, em Dubai, foi fundada em 1993 e se tornou a primeira universidade australiana internacional nos Emirados Árabes. Agora fazemos parte de uma marca global, cujos complexos universitários estão localizados não só em Dubai, mas também na Austrália, Hong Kong e Malásia.

Após 27 anos de operação bem-sucedida, nossa universidade oferece agora diplomas reconhecidos internacionalmente com os seguintes credenciamentos: Tertiary Education Quality and Standards Authority (TEQSA) – a agência internacional australiana para gestão de qualidade e regulamentação de padrões de ensino superior; Commission for Accreditation of

the UAE Ministry of Education (CAA) e UAE Human Development Authority (KHDA).

O currículo e as práticas de ensino da Universidade de Wollongong Dubai estão totalmente alinhados com os da Universidade de Wollongong na Austrália, classificada entre 1% das melhores universidades do mundo (de acordo com o QS World University Rankings 2022). Nossa instituição oferece mais de 40 programas, incluindo graduação e pós-graduação, e cobre 10 setores da indústria, como engenharia, negócios, tecnologia da informação e informática, educação, enfermagem, comunicação e mídia. Os diplomas da universidade são oficialmente reconhecidos pelas principais

UOW Dubai: primeira universidade australiana nos Emirados Árabes, parte de uma marca de educação global

A Universidade de Wollongong em Dubai é a melhor universidade australiana nos Emirados Árabes – e possui atualmente mais de 3.500 alunos de 108 nacionalidades, bem como uma comunidade global de 152.000 ex-alunos

organizações profissionais, incluindo a Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB), Chartered Institute of Personnel and Development (CIPD), Association of Chartered Certified Accountants (ACCA), Chartered Accountants of Australia (CPA), Human Resources Institute of Australia (AHRI), Chartered Institute of Marketing (CIM), Chartered Institute of Management Accountants, Chartered Institute of Purchasing and Supply (CIPS), European Foundation for Quality Management (EFQM) e Australian Computer Society (ACS). A equipe da Universidade de Wollongong Dubai é formada por uma comunidade de acadêmicos altamente qualificados. Nosso corpo docente de doutorado é líder

reconhecido em suas áreas de especialização e colabora produtivamente com colegas e com a indústria em todo o mundo, atuando em pesquisas em mais de 100 campos científicos e aplicados.

Estamos extremamente orgulhosos de que muitos de nossos alunos tenham obtido sucesso em todo o mundo e tenham feito contribuições significativas para diversas indústrias e áreas profissionais em empresas líderes, incluindo Microsoft, GE, IBM, Deloitte, Fedex, 3M, Adidas, Amazon, Emirates, Etisalat, ADCB e Pepsico.

A Universidade de Wollongong em Dubai oferece aos alunos internacionais a oportunidade de transferência entre os campi da universidade em diferentes países para garantir um ensino superior abrangente e holístico. Todos os diplomas são concedidos na Austrália.

Em 2020, inauguramos o novo campus da Universidade de Wollongong em Dubai, o chamado “edifício do futuro” - um edifício construído especialmente para esta finalidade e com um tamanho impressionante, com mais de 20.000 m², localizado na área do Knowledge Park (Parque do Conhecimento)

no Emirado de Dubai. Sua tecnologia de ponta, arquitetura moderna e uma combinação de espaços de aprendizagem tradicionais e inovadores não só atendem plenamente às necessidades dos estudantes, mas também facilitam o trabalho de pesquisa do corpo docente.

A Universidade de Wollongong em Dubai é a melhor universidade australiana nos Emirados Árabes e possui atualmente mais de 3.500 estudantes de 108 nacionalidades, bem como uma comunidade global de 152.000 ex-alunos.

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