15ª Edição da Revista Dialogue, uma publicação da Uni-ANHANGUERA

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2018 • ANO 4 • EDIÇÃO 15

100 SACAS DE SOJA POR HECTARE

ALUNOS DA AGRONOMIA FAZEM PROJETO PRÁTICO DE EXTENSÃO

EJA

INTERVENÇÃO URBANA

COLÉGIO ANHANGUERA

UM APRENDIZADO QUE PARTE DA REALIDADE

DIREITO E ARQUITETURA DESENVOLVEM PROJETO JUNTOS

EM COMBATE AO BULLYING REVISTADIALOGUE | 1


S U M Á R I O

PNÃ GERAL Envie sua opinião no e-mail: marley.costa@anhanguera.edu.br EDIÇÕES ONLINE: www.anhanguera.edu.br/revista-dialogue

Progresso Tenho visto algumas edições da Revista Dialogue e observo que o interesse por cursos na área de Ciências Biológicas é grande e a Uni-Anhanguera tem ampliado as opções, inclusive com o novo curso de Engenharia. A minha curiosidade é saber se existe uma programação para abertura de Odontologia.

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André Luiz Marquez protetico10@yahoo.com.br

ESTAÇÃO METEOROLÓGICA ALUNO DESENVOLVE EQUIPAMENTO PARA AUXILIAR NA AGRICULTURA

Pós-Graduação Estou desde março aguardando as inscrições para a pós em Direito Civil. Terá mesmo uma turma para este ano? Camila Paiva camilinha1993@gmail.com

Parceria

BULLYING

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BRINCADEIRA QUE NÃO É LEGAL

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Fiz o curso de Agronomia no Uni-Anhanguera e depois do estágio fui contratada pela empresa, mas hoje tenho novos horizontes e quero voltar a estudar, fazer primeiro uma pós-graduação em Produção Vegetal ou Fitotecnia e depois mestrado e doutorado e, quem sabe se não retorno à Uni-Anhanguera como professora. Sinto falta do ambiente familiar que a instituição me proporcionou. Auriana Carneiro auriana_agro@hotmail.com

Capela Vi a última revista e fiquei impressionada com o design arrojado da capela vencedora do concurso e gostaria muito de saber se ela só será usada para eventos da instituição ou do público em geral. E já tem data prevista para a construção?. Catarina Baiceres catitabaiceres@hotmail.com

REVISTA DIALOGUE Estimado André Luiz, o Centro Universitário de Goiás tem trabalhado com garra para se transformar em universidade e é nossa intenção ter todos os cursos. O que já está em tramitação no MEC é o de Medicina.

PICHAÇÃO X GRAFITE OS CONTRA-USOS DOS ESPAÇOS PÚBLICOS NO CEBNTRO DA CIDADE

Camila, por questão de agenda dos professores, estaremos abrindo as inscrições nos próximos trinta dias. Auriana, seria um prazer enorme tê-la de volta em um curso de Pós-Graduação na nossa Instituição. Infelizmente não temos ainda os de sua preferência. E acredite em seus sonhos!

Expediente

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

FICHA TÉCNICA

PROF. DR. JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA REITOR

PROF. MS. KLEBER BRANQUINHO ADORNO PRÓ-REITOR DE CULTURA E ESPORTES

PROF. MS. VALDIR MENDONÇA ALVES PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO E EXTENSÃO

DIALOGUE (2018 – ANO 4 – EDIÇÃO 15): VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO INTERNA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS – UNI-ANHANGUERA

PROF. MS. LUIZ FELIPE CÂNDIDO DE OLIVEIRA VICE-REITOR

PROFª MS. MAYRA CAIADO PARANHOS PRÓ-REITORA DE ENSINO A DISTÂNCIA

PROF. ESP. RONILDA MOREIRA DA PAZ SECRETÁRIA GERAL

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: VINÍCIUS ALVES | 99900-3494

PROFª DRª. MARIA JOSÉ DEL PELOSO PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

CONSELHO EDITORIAL ANA AMÉLIA UMBELINO DOS SANTOS, CLÁUDIO BOSCO, CLAUDOMILSON FERNANDES BRAGA, MARIA EMÍLIA CARVALHO DE ARAÚJO E MURILO LUIZ FERREIRA.

PROF. MS. DANILO NOGUEIRA MAGALHÃES PRÓ-REITOR DE ECONOMIA E FINANÇAS PROF. MS. GERALDO LUCCAS PRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO E MKT

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PROF. PEDRO AUGUSTO CÂNDIDO DE OLIVEIRA PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO

JORNALISTA RESPONSÁVEL: MARLEY COSTA LEITE – DRT 217/JP FOTOGRAFIA: MARLEY COSTA LEITE TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES DISTRIBUIÇÃO: GRATUITA CONTATO: marley.costa@anhanguera.edu.br | 62 . 3246-1312 ENDEREÇO: AV. JOÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA, Nº 115, CIDADE JARDIM - GOIÂNIA-GO - CEP: 74423-115 TELEFONE: 62 . 3246-1404/1437 - FAX: 62 . 3246-1444


Dialogue com o Reitor

A DIFÍCIL ARTE DE SER

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PROF. DR. JOVENY SEBASTIÃO CÂNDIDO DE OLIVEIRA é graduado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, especialista em Direito Processual Civil pela UFG, mestre em Direito Agrário pela UFG e doutor em Direito do Estado pela USP. É Oficial da Reserva do Exército na arma Cavalaria e Reitor do Centro Universitário de Goiás - Uni-Anhanguera

m tempos de desequilíbrio comportamental da sociedade, o impacto das interações entre pais e filhos não é muito diferente do que ocorre entre professores e alunos. Assim como pais e juízes, o professor precisa treinar a própria inteligência, a fim de transmitir valores e estruturar uma convivência capaz de formar uma pessoa correta. Quando se trata de ensino fundamental as estratégias de pais e professores são bem parecidas, mas quando se trata da interação de seres humanos adultos, aquilo que não foi alicerçado nas fases anteriores, pode explodir como problemas e dificuldades de convivência. Meu foco hoje é o professor. Minha experiência como educador e formador de pessoas mostrou-me muito cedo que ser professor implica introjetar humildade profunda para me aceitar como eterno aprendiz. O aluno – jovem adulto – provoca emoções camufladas. Muitas vezes serve de espelho para dificuldades que tentamos superar, desafia nossa paciência, testa nosso conhecimento. E nós, professores, quanto mais jovens (ou imaturos) somos, mais tropeçamos nas questões simples do cotidiano acadêmico. Há que se ter vigilância constante para não projetar no aluno o que é limite individual do professor. A autonomia que é dada a ele em sala de aula parece ilimitada, mas não é. A postura diferenciada pode ameaçar pessoas que não estão bem resolvidas – professor ou aluno – que sistematicamente tentarão diminuir todas as realizações que o outro conquistou. Se não podem destruir, há quem tente, pelo menos, colocar o outro no mesmo patamar de mediocridade que eles. Para o professor é importante lembrar que aluno é ser humano. Se o aluno precisa entender sua condição de aprendiz, não pode, por outro lado, ver desequilibrar quem deveria ser seu espelho. Portanto, é ao professor que cabe a maior parte da responsabilidade. Do ponto de vista objetivo, as próprias instituições têm regulamentos para serem seguidos, que, por sua vez, não podem ferir princípios e direitos constitucionais. A educação deve formar homens conscientes de sua realidade, atuantes, autônomos e não apenas cheios de ciência. O saber deve vir guarnecido da consciência e do juízo que melhore o estado de imperfeição humana. E todo professor deveria se imbuir destes conceitos.Todos nós – professores, pais, juízes – somos constantemente surpreendidos pelas mesmas lições, apenas em páginas diferentes. De tudo, posso garantir que enquanto uma lição não for apreendida, ela se repetirá REVISTADIALOGUE | 3


MUTIRÃO

DCE REALIZA MUTIRÃO SOLIDÁRIO EM ARAGOIÂNIA

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Diretório Central de Estudantes do Uni-Anhanguera realizou Mutirão Solidário em parceria com a Prefeitura de Aragoiânia, que selecionou mais de 100 famílias para receberem a cesta básica. O evento, um conjunto de ações voluntárias, aconteceu na Praça da Matriz e contou com a participação de vários cursos do Uni-Anhanguera, cada um oferecendo conhecimentos da área em atendimentos.

Assim, o Curso de Direito deu atendimento jurídico, mediação e conciliação; Engenharia Civil mostrou os benefícios do aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis; Agronomia deu consultorias sobre a formação de hortas urbanas, viveiros, jardins e noções de fitopatologia; O curso de Pedagogia ficou responsável por oficinas de coordenação motora, contação de histórias, desenho, elaboração de currículos e tira-dúvidas sobre o curso; o curso

de Publicidade e propaganda tirou dúvidas sobre fotos e vídeos; os cursos de Farmácia e Enfermagem mostraram a necessidade de hábitos saudáveis de vida, alimentação, higiene e cuidados com doenças sexualmente transmissíveis; Arquitetura e Urbanismo expôs trabalhos sobre eficiência energética; a Atlética Euforia cuidou da preparação e distribuição do hamburgão e a Atlética Alquimia cuidou da distribuição das cestas, algodão doce, animação. Teve até aula de yoga.

PROJETO MEMÓRIA

PASSADO E PRESENTE: REGISTROS PARA O FUTURO

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professora Ieda Rubens Costa promoveu uma exposição histórica com alguns tópicos que compõe seu trabalho de resgate da memória do curso de Direito. O projeto conta com a colaboração de alunos do Direito, Arquitetura, Publicidade e Propaganda. Terminada a fase de pesquisa histórica, coleta de informações e análises de documentos, a professora passa para a fase de redação e construção da linha do tempo que será colocada no hall em frente à Biblioteca. O trabalho de manutenção da memória pode ainda ter outros desdobramentos no futuro, mas 4 | REVISTADIALOGUE

não tem o objetivo de ser um trabalho acadêmico. A professora Ieda, de alguma forma, se apropria do tempo para criar uma narrativa e dar existência à memória. É um trabalho que não se acaba, enquanto o curso existir no Uni-Anhanguera, novos componentes vão surgindo. Isso é preservar a memória, explica a professora Ieda, é manter a instituição sempre viva em um processo dinâmico de resgate.


MEDIAÇÃO

SOLUÇÕES A PARTIR DA

PRÁTICA DO DIÁLOGO

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pró-reitoria de Pós-Graduação recebeu o mediador internacional Juan Carlos Vezzulla para uma palestra sobre o tema Mediação Familiar com ênfase em empresas familiares. O reitor, professor Joveny Cândido de Oliveira abriu o evento e abordou o tema dos poderes do Estado, da Constituição e da posição do Estado Moderno que busca a participação do povo e que, entre essas funções, ao chegar à mediação é uma atitude de delegar o poder de solução de conflitos a uma instituição que não é estatal. A fala do professor Joveny foi bastante elogiada pelo palestrante. A palestra do mediador Juan Carlos Vezzulla, contou com a participação da professora Márcia Monteiro Rosa e foi bem didática. Começando com os fundamentos históricos a partir da Revolução Industrial, para se chegar ao ponto que se tem hoje de buscar uma mediação mais humanizada. De acordo com Vezzulla, a complexidade do ser humano exige que o mediador dedique muitas horas de trabalho para chegar à solução do conflito e o mediador,

acima de tudo, tem que ter consciência do papel que exerce. Basicamente a argumentação girou em torno da construção do mediador e da forma que ele precisa trabalhar no sentido de resgatar as pessoas dentro da situação apresentada. “Quando se tratam de vidas, pessoas, é necessário entender a responsabilidade de uma atuação que não pode julgar, que não tem uma relação de autoridade, não tem o objetivo de culminar com um acordo ou se enquadrar em parâmetros judiciais. É um

exercício de compreensão dos dois lados e só pode funcionar quando existe boa-fé.”, disse. Enfim, o diálogo é fundamental para que o trabalho seja realizado de forma satisfatória. É como em um divórcio, o casamento acaba, mas a família não acaba com o divórcio, e é a partir dali, de como a família vai viver depois do divórcio, que se ocupa a mediação. A mesma coisa que vale para a família, vale para a empresa familiar, não há motivo para manter a dicotomia entre pessoa física e jurídica: “o que trabalhamos é a pessoa”, conclui. REVISTADIALOGUE | 5


EJA

A

universidade desempenha papel fundamental para refletir e compreender a educação em contexto mais amplo e reconhecer que é no desempenho de sua função triádica de ensino, pesquisa e extensão que ela se realiza e se encontra na comunidade em que está inserida. Como resultado do empenho da pró-Reitoria de Graduação e Extensão, pró-Reitoria de EaD, Coordenação de Planejamento Pedagógico e do curso de Pedagogia, o programa de Educação de Jovens e Adultos, desativado por cinco anos, volta como mais um Projeto de Responsabilidade Social. Todas as fases de implantação do projeto foram discutidas no sentido de se elaborar um plano pedagógico que partisse da realidade do aluno. “A Andragogia é uma especialização da pedagogia voltada para a alfabetização de adultos”, explica a professora Estela Mares Stival, da Coordenação de Planejamento Pedagógico. De acordo com ela,

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o adulto é mais resistente à aprendizagem que a criança e, portanto, aprende só aquilo que faz sentido para ele, daí a importância de se trabalhar a partir da realidade de cada um, o que exige que o professor tenha um tratamento diferenciado para cada aluno. Coube à coordenação do Curso de Pedagogia elaborar a parte da metodologia de alfabetização e oficinas. O curso é ministrado, segundo informações da professora Diane Marcy Marinho, três vezes por semana, das 14h às 17h pelo período que vai de março a junho. Primeiramente os alunos tem aula de alfabetização com a professora Maria Beatriz e depois vão para as oficinas de Informática com o professor Vitor Sávio, Cultura e Arte com a professora Vanessa Pavan, e Cidadania. Nestas oficinas trabalham com alunos do projeto de Extensão de vários cursos, como Direito, em que eles verão sobre o Estatuto do Idoso, Farmácia e Agronomia para conhecer mais sobre medicamentos e plantas medicinais, entre outros. Mas é a professora Maria Beatriz França que passa a maior parte do tempo com eles, arquiteta, pedagoga, engenheira do trabalho, mestranda em tecnologia industrial e autora de dois livros. Sua experiência com a sala de aula começou quando ela tinha 15 anos dando aulas particulares e ajudando professores nas aulas. “Na época eu achava que faria o curso de Artes Plásticas, gostava de desenhar, de enfeitar os cadernos, mas fiz o curso de arquitetura e durante todo o curso eu dei aulas de matemática. Pedagogia nunca me passou pela cabeça”. Foi como professora do curso de arquitetura que ela percebeu que precisava de uma metodologia mais eficaz para os alu-

nos que, com o fim das provas específicas, estavam preparados para decorar fórmulas, mas sem saber se para marcar cinco centímetros, começava do zero ou do um. Foi quando se encantou com a Teoria do Espaço Educativo. Era sua estrutura básica de arquiteta, dialogando com a pedagogia, ou seja, o plano pedagógico tem que dialogar e combinar com o espaço físico e todo esse conjunto tem que fazer sentido para o aprendizado. A aula acontece dentro e fora da sala de aula, no ambiente que aluno vive em sua comunidade e o espaço que ele ocupa na família, no trabalho e nas outras atividades. A professora Bia não faz distinção de níveis de dificuldade entre crianças, adolescentes, adultos ou idosos. A criança está em construção e, portanto, com mais vontade de conhecer o mundo e aprender sobre ele. O adolescente já exige uma abordagem mais estratégica, com metodologia e muito diálogo e convencimento. “Temos sempre que mesclar o que deu certo para que não se perca a referência, já o adulto/ idoso chega pronto, construído, com valores e histórias, mas com todos, o que mais se exige é paciência e saber ouvir, respeitar o tempo de despertar de cada um. Em suas aulas o que a professora menos pede é silêncio: “muitas vezes a pessoa entende melhor quando o colega lhe explica com a linguagem do dia a dia deles, então, se ele aprende com a linguagem do colega, é bom que conversem”, conclui. REVISTADIALOGUE | 7


veterinária

Por: Prof.ª Dr.ª Josefa Moreira do Nascimento Rocha

USP, por volta do ano de 1920, priorizaram o combate às doenças de natureza epidêmica – como a sífilis, atuavam com princípios filantrópicos e executavam atividades que se sobressaiam às ações do Estado. A partir da segunda metade do século passado, acadêmicos, professores e técnicos com interesses comuns à prática dos conceitos em saúde e doença, principalmente com o intuito de se aprofundar aos temas abordados, às vezes de forma insatisfatória pelos currículos acadêmicos, encontraram no fundamento das ligas, o espaço de natureza extracurricular capaz de possibilitar a articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão promovendo o vínculo entre professores, estudantes e a comunidade. Expandindo ainda, a diversificação de cenários ideais para a aprendizagem extramuros. As ligas caracterizam-se atualmente, pelo princípio da indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, com caráter extracurricular e complementar, se manifestando tanto na natureza teórica, quanto prática, através de aulas, seminários, análises de casos, discussão de texto e realização de eventos científicos. No Uni-Anhanguera, esta modalidade de organização sócio-educativa-cultural ainda se encontra em fase de disseminação, para

LIGAS ACADÊMICAS

UM PARADIGMA NO PROCESSO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A

s Ligas se caracterizam por um tipo de organização social de conotação histórica pela qual os grupos se formavam a fim de obter os melhores resultados perante metas muito específicas. Há de se relembrar que as Ligas de Delos e do Peloponeso, as primeiras da história, datadas aproximadamente do primeiro século antes de cristo, foram as formas mais eficientes de organização estratégica do exército grego, para a defesa de seu povo. As necessidades sociais se transformaram, mas os fundamentos das ligas permaneceram como importante ferramenta de contribuição para o sucesso de uma comunidade. Surgiram, portanto as ligas esportivas – para a obtenção de recursos aos atletas; as ligas dos camponeses – a fim de garantir o direito à posse de suas terras; e finalmente, as ligas acadêmicas. Estas por sua vez, implantadas basicamente por elites intelectuais associadas à faculdade de medicina da 8 | REVISTADIALOGUE

a qual, os acadêmicos do curso de Medicina Veterinária têm marcado o seu pioneirismo. Já são duas ligas acadêmicas em fase de estruturação – a Liga Acadêmica de Anatomia de Grandes e Pequenos Porte (LAAGP) e a Liga de Redação Científica “Laika” (LARCL), as quais já elaboraram os seus estatutos e iniciam seus primeiros trabalhos marcando presença junto às atividades de campo ou até mesmo, nos eventos já tradicionalmente institucionalizados, como o Projeto Social: Mutirão Solidário, coordenado pelo DCE. Em síntese, trata-se de uma liderança que objetiva as atividades didática, científica, cultural e social, cujas aulas não tem finalidade corretiva, mas sim participativa, e cujos resultados se expandem progressivamente através da implantação de um número cada vez maior de projetos de iniciação científica que resultam em produções que enfatizam não só a educação e a pesquisa, mas principalmente a promoção á saúde das populações. Outrossim, por considerar que as inciativas devam ser tomadas a fim de atender às próprias expectativas, a Liga Acadêmica promove a emancipação do aluno, dando-lhe autonomia para gerenciar suas próprias rotinas e acatando responsabilidades que irão lhe conferir, com o passar do tempo, tanto a habilidade para identificar situações conflitantes, quanto a competência para definir as melhores estratégias de ação e a atitude positiva perante os desafios que a profissão estará lhe impondo por natureza das pressões sociais.


veterinária

Por: Prof.ª Dr.ª Josefa Moreira do Nascimento Rocha

AS ATIVIDADES PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM EM

e adulto as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta para despertar o interesse dos estudantes em aprender, tendo em vista que a maioria trabalha em um turno e estuda no outro, e chegando, na maioria das vezes, cansados na sala de aula, demonstra que a aula expositiva, na qual o professor explica oralmente e utiliza o quadro, às vezes soa desanimadora para estes acadêmicos, mesmo tendo eles a certeza da sua importância no processo de aprendizagem. Nos laboratórios do Uni-Anhanguera, os estudantes desenvolvem seus protocolos individualmente, por meio de orientação dirigida por docentes qualificados por excelência, utilizando equipamentos e ambientes projetados com todos os rigores das normas de biossegurança tanto individual quanto coletiva e as aulas são programadas com frequência semanal, atendendo aos cronogramas pré-estabelecidos nos planos de ensino, cujos resultados são mensurados tanto através do relatórios, quanto nos cadernos de atividades práticas ou nas avaliações aplicadas perante cada rotina laboratorial. É notável o quanto as aulas no ambiente de laboratório podem despertar curiosidade e, consequentemente, o interesse do estudante, visto que o uso deste ambiente é muito positivo ao permitir experiências que estão situadas em um contexto histórico-tecnológico, relacionadas com a aprendizado de conteúdos que transformam o conhecimento empírico em argumentos comprovadamente testados que resultam em ideias solidamente adquiridas.

MEDICINA VETERINÁRIA

A

s construções de metodologias aplicáveis ao ensino superior são laboriosas e nem sempre perfeitamente exequíveis. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) trouxeram profundas mudanças para a educação superior no Brasil, instigando o espírito científico, impondo o pensamento reflexivo, procurando desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive associando ao desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional. O Uni-Anhanguera implantou neste início de ano, a 1ª Turma do Curso de Medicina Veterinária, com os principais objetivos de preparar profissionais com sólida formação nas diferentes áreas do conhecimento, aptos à inserção em setores profissionais e à participação no desenvolvimento da sociedade, além de promover o intercâmbio com outras instituições educacionais, científicas e culturais, tanto nacionais quanto estrangeiras. Neste pressuposto, as metodologias aplicadas neste centro universitário ressaltam o elevado nível de responsabilidade social, considerando e procurando atender às necessidades da sociedade por meio da

aplicação dos avanços tecnológicos e estabelecendo parcerias com organizações empresariais do ramo agropecuário. Para a consolidação deste propósito, faz parte da metodologia deste curso, promover frequentemente, a aproximação entre os acadêmicos e o seu futuro campo de trabalho. Tal aproximação se faz através do intercâmbio com empresas e propriedades da área do agronegócio que possam contribuir neste processo da formação profissional e ainda, pela atuação rotineira junto aos laboratórios criteriosamente organizados com a finalidade de construir a aprendizagem baseada na ação perante os desafios impostos pela interpretação do comportamento biológico do animal. Nos primeiros períodos, o processo de formação do Médico Veterinário exige um embasamento geral no conhecimento sobre a composição e organização do corpo de diferentes espécies de animais e este aprendizado se torna exaustivo quando os conteúdos são dependentes exclusivamente da leitura ou audição das explanações ofertadas por cada professor. Observa-se que para o público jovem

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DIREITO

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O

s mestres Débora de Abreu Moreira dos Santos Martins e Guilherme Martins e a especialista Renata Guilardi de Oliveira Castro coordenam um projeto de extensão com a finalidade de levar aos alunos de escolas públicas, noções básicas da Constituição. O Projeto Noções de Direito Constitucional na Educação de Crianças e Adolescentes “procura por meio de palestras promover o diálogo entre prática, realidade e doutrina e, principalmente, explicar aos alunos do Ensino Fundamental e Médio como é a estruturação do Estado e dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e como atuam, lem1 0 | REVISTADIALOGUE

brando sempre que são dois poderes políticos e um judiciário”, explica a professora Débora Martins. O projeto tem data para terminar no fim de junho deste ano, e tem surpreendido os professores pelo interesse que tem despertado nos alunos, “muitos se interessam e fazem perguntas bastante inteligentes”, comenta o professor Guilherme, que também dá a cada aluno uma cópia da Constituição Federal e completa: “ter acesso a Constituição Federal confere status aos alunos do projeto e se torna algo extraordinário”. A ideia do projeto partiu da provocação de alunos da disciplina de Direito Consti-

tucional, que chegaram a encaminhar ao Congresso um Projeto de Lei que tornava obrigatório o ensino da Constituição para alunos do fundamental e ensino médio. O projeto de lei foi barrado na Comissão de Constituição e Justiça, por não ter apoio nas diretrizes do MEC. Como não conseguiram a lei, a ideia passou a existir como projeto de Extensão e é desenvolvido com a ajuda do Curso de Pedagogia. O objetivo final é coletar dados para a elaboração de um artigo acadêmico. Até o momento quatro escolas já foram visitadas: Pedro Gomes, Coração de Jesus, Goiani Prates (por duas vezes) e Jaime Câmara.


Sistema Prisional

PARTE II

O CONDENADO PODE SER FORÇADO A TRABALHAR? O professor mestre Lélis Dias Parreira abriu, na edição passada, a discussão sobre o tema do trabalho forçado para os apenados. Nesta edição ele conclui a reflexão

A

Jurisprudência tem se manifestado, reiteradamente que nem de longe forçar o preso a trabalhar seja inconstitucional – não se confundindo com “trabalho forçado”. Inclusive “menores infratores”, que não se sujeitam à pena de prisão, mas que podem ter sua liberdade privada, muitas vezes “internados” em verdadeiras “prisões” e semelhantes às masmorras medievais, também estão obrigados ao trabalho interno ou externo, ex vi, “(STJ - HC: 33371 RJ 2004/0011203-2, Relator: Ministro JORGE SCARTEZZINI) (...) A medida sócio-educativa de prestação de serviços à comunidade, aplicada pelo magistrado local, nem de longe se confunde com o trabalho forçado, pena esta que a legislação brasileira desconhece. - Consoante salientou a representante ministerial, a pretensão defensiva improcede, porquanto, "a medida estatutária possui natureza diversa, não podendo ser considerada pena e, a dois, devido à finalidade protetiva da norma, que não visa infundir temor ao infante, mas sim criar uma forma de orientá-lo no sentido de adotar posturas condizentes com aquelas esperadas pela sociedade." - Ordem denegada3. A Convenção Americana de Direitos Humanos – CADH – em anexo ao Decreto 678/92 art. 6º, 3 frisa que “Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo: a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoas reclusas em cumprimento de sentença (...).” Igualmente, estabelece a ONU4 , por meio de Resolução no 1º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Tratamento de Delinquentes, realizado em Genebra, em 1955, e aprovadas pelo Conselho Econômico e Social da mesma entidade através da sua resolução 663 C I (XXIV), de 31 de julho de 1957, aditada pela resolução 2076 (LXII) de 13 de maio de 1977 no seu art. 71, item 2, também estabelece a obrigatoriedade do trabalho pelo apenado: “(...) 2) Todos os reclusos condenados devem trabalhar, em conformidade com as suas aptidões física e mental, de acordo com determinação do médico.” Referidas Resoluções foram recepcionadas no Brasil ao teor do que dispõe a CF/88 art. 5º § “(...) 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”. Portanto, resta clara a constitucionalidade do trabalho obrigatório do preso em cumprimento de pena. Forçar o apenado a trabalhar não se confunde com “trabalho forçado”. Este sim é vedado pela Constituição Federal de 1988. Exigir que o preso trabalhe tem inúmeras vantagens, dente as quais: contribui com a sua harmônica reintegração social; no ressarcimento ao Estado com seus gastos carcerários; evita seu arregimentamento por associações ou organizações criminosas; lhe favorece ao corpo e, à alma e vai ao encontro da sua dignidade, enquanto pessoa humana.

3. (STJ - HC: 33371 RJ 2004/0011203-2, Relator: Ministro JORGE SCARTEZZINI, Data de Julgamento: 03/06/2004, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJ 02.08.2004 p. 451). 4. Resolução conhecida como “Regras mínimas de tratamento aos presos” da Organização das Nações Unidas - ONU.

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PERFIL

QUANDO O TEMPO É POSTO

E

le tem um canto cativo no Uni-Anhanguera e, não raro, desperta a curiosidade dos alunos que circulam por ali. Sempre caladinho e, às vezes, com o olhar perdido. O boné vermelho é quase uma marca registrada. O prof. Osório José da Silva tem 34 anos de Uni-Anhanguera. Entrou como professor convidado para lecionar Português para todos os cursos. Mas foi professor particular e deu aulas no Carlos Chagas, Pré-Médico e Delta. De pouca conversa ele se justifica: “professor de português fala pouco, ele tem que pensar, para falar de forma correta. Só em sala de aula mesmo que ele rasga o verbo”. Mesmo conversando pouco o professor Osório exala simpatia, ri com os olhos. Solteiro (graças a Deus), fez da universidade a extensão de sua casa. “Gosto de ficar aqui, tenho muitos colegas que gostam de mim, são carinhosos e cuidadosos comigo.A Simone, por exemplo, sempre me traz um agradinho diet porque sabe que sou diabético”. O prof. Osório saiu da sala de aula há menos de dois anos, quando começou a apresentar problemas de visão, e isso teve um impacto muito grande em sua vida, “sou professor porque gosto, nada substitui o contato humano e quando é com jovens, é uma verdadeira renovação”. E continua: “gosto de dar aulas para todos, mas sou roceiro, e acho que por isso tenho uma identificação muito grande com as turmas de agronomia. E tenho preferência por alunos custosos, são mais interessantes”. Embora oPortuguês tenha sido a porta de entrada, o professor Osório também se graduou em Direito e deu aulas de Ética. Não fez o curso no Uni-Anhanguera. “Não tinha o curso matutino, não queria ser aluno de colega e procurei outra instituição. Não adiantou nada. Fui ser aluno de um ex-aluno meu aqui da IES. O Professor Marcos José, por sinal, excelente professor”, comenta rindo. O prof. Osório é graduado em Letras Vernáculas e Direito e tem especialização em Metodologia do Ensino Superior, Educação e Valores Humanos, Direito Civil e Direito Processual Civil. Foi professor de muita gente importante que passou pelo Uni-Anhanguera, mas só fala mesmo que foi professor do vice-reitor, Luiz Felipe, e do pró- Reitor de Administração, Pedro Augusto. Foi revisor da dissertação de mestrado e da tese de doutorado do reitor, prof. Joveny, e isso o enche de orgulho, principalmente quando lembra que já foi elogiado em público pelo reitor. Atualmente é revisor no Núcleo de Ensino à Distância.

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EAD

APLICATIVO DE LIBRAS

ENTRA EM FASE DE TESTES

A

pró-Reitoria de EaD apresentou recentemente o aplicativo de Libras para ajudar o atendimento de surdos na instituição. Inicialmente o aluno Sabelê Barbosa trabalhou em um projeto bem ambicioso: um software para converter a língua portuguesa em libras, mas que envolvia a criação de imagens, animação, registro de movimentos para serem transcritos e muita pesquisa. Trocando em miúdos, a meta dele era chegar a um ponto em que a pessoa fizesse os movimentos de libra e o programa o traduzisse para o português (Dialogue Ed. Nº 07). Com a formatura do aluno o projeto voltou ao início, mas mais maduro, ao se conscientizar que, pelo menos por enquanto, não seria possível ter um decodificador para a linguagem dos sinais. Os alunos Jean Pierre Souza e Lucas Meneses dos Santos assumiram o projeto, sob a coordenação do Prof. José Ricardo Cosme Lerias Ribeiro e da professora de Libras, Ariane Carneiro, além da participação da professora Maria Eurípedes Souza Dias, uma vez que o software, depois de comple-

to, atenderá também o deficiente visual. Na fase inicial foi feita uma extensa pesquisa para saber quais as principais perguntas e dúvidas eram feitas no atendimento e para isso contaram com todo tipo de ajuda, inclusive dos novos programas da secretaria on-line. Reunidas as principais perguntas o trabalho cuidou da elaboração das respostas que terão a opção de ser escrita em português ou com a animação fazendo os sinais. O aplicativo será instalado do totem de entrada e encaminhará visitantes, calouros e veteranos. Mesmo que não tenha especificamente a pergunta, terá uma bem próxima. A aluna Thainá Costa Macedo foi chamada para testar o programa e gostou. Segundo disse, o software é de extrema importância e poderá evitar muito estresse por falta de comunicação. Para Thainá, não é apenas o surdo que fica nervoso por não se fazer entender, mas a pessoa que atende também passa por um processo de

estresse. Sugeriu apenas que o bonequinho da animação fosse mais lento. O aplicativo permitirá, entre outras funções, a emissão de boletos, o acesso a todo o sistema no portal e o acervo da Biblioteca. A linguagem de Libras, não é universal, cada país tem seus sinais e, mesmo a brasileira, tem diferenças regionais, daí a necessidade de adequação. Em princípio, mesmo que o surdo saiba ler, ele não tem as mesmas compreensões das palavras como a pessoa que ouve, e esse é um fator complicador, pois exige muita empatia para entrar no mundo silencioso dos surdos. REVISTADIALOGUE | 13


Projeto de Pesquisa

o i n o m i r t a p o d o a c a i r p Apro

r g s o l pe O GRAFITE D S IA E ID S A N ESADO IM INSISTE S S A MEU RAP VEM P A D IN A S A ALIZADO M TE E CONSISTE QUE É MARGIN R O F M E V E U Q TE S RUAS LEMA QUE EXIS B O EXPRESSÃO DA R P S O R P S RIAS IDEIA EM MANDAR VÁ ra o contra-uso do foco está voltado pa ito re Di de s do prolunos dos curso ico, isto é, a inversão bl pú ço pa es o banism mpleta: “Não e Arquitetura e Ur anteriormente e co o ad jet de to proje paço público está trabalham em um e Centro morto, o es ist ex san Tr As não pesquisa que aborda à transformações, se to jei su e pr m se m criados, m nos Espaços Públi ra os fins que fora pa formações da Paisage o ad us é ia: r Central em Goiân usos”. No Setor cos Pioneiros no Seto agentes dão novos s tro ou a , er nd ra melhor ente ição de degradação Pichação x Grafite. Pa ntral é clara a cond Ce aion lac re istênratuja, mais insalubridade e da ex de , ial pichação é aquela ga on m tri pa ravenção e cial, e a pesquisa tem nte de ações de cont da com a exclusão so ca ar m cia o sã o uso regular % dos pichadores evidenciado que 70 e, que coexistem com im cr de a um e . O grafite segu dos jovens da classe baixa moradores locais e s do tira ar -n ra É uma cont ntro em linha mais artística. que frequentam o ce . of pr o ca pli ex sticas”, ra urbava nas questões plá busca de infraestrutu la pe do an or ut do e to nsolidada. Ivan Grande, arquite na e comercial já co , que to oje pr do s re do ta entre UNB, um dos orien O trabalho visa, essoras of pr s da ão aç or lab pecíficos, também tem a co muitos objetivos es el qu Ra e es ar ana So ricamente mestras Márcia Sant compreender histo ju o lad o o, lad tro r ou formação Ramos de Castro. Po o processo de trans seno nã s, bo am e qu ar ntral, a rídico, “é bom lembr onômica do Setor Ce ec ra nt co es im esentam cr e corredo autorizados, repr partir da década de 70 ár M ª of pr a rte ”, adve so com o o patrimônio público lacionar esse proces o be ce re te afi gr o o, ad paisagem cia. Quando autoriz de transformação da proeu nd re já to oje pr O a idennome muralismo. ificada, e seguem: ed na ca áfi gr to posição fo sociais dução de vídeo e ex tificação dos agentes na a or ag o nd tra ra, en ento das Semana de Arquitetu envolvidos, mapeam s. ico êm ad ac os tig ar uação, vefase de produção de principais áreas de at que o da ain ica pl ex an O professor Iv

A

AL OG 14 | RE VIS TA DI

UE

s incentivo, analise do rificação das ações de área e, ao final da pesusos e contra-usos da s material científico na quisa, produção de planejamento urbano áreas de urbanismo, s de artigos acadêmico e direito, em forma alrevista científica de para publicação em balho inclui pesquisa cance nacional. O tra ental e de campo, a fim bibliográfica, docum a o a mudança na esfer de compreender com u tor Central contribui pública e social do Se o pública. para sua atual condiçã


s o r i e t i f a r O ESQUEMA R A T N E M E L P M CLUIR E CO M CADA TEMA E ENFIM PRA CON , S O IL T S E , S E AS COR NAS FORMAS, N Á PROBLEMA H O Ã N , O Ã M IR PODE MEU TERNO POEMA E M U É CHÁ PRETO) A U R E P GRAFITEIROS, DO ARTE D (TRECHO DO HIP HO


Agronomia

PROJETO 100 SC/HA DE SOJA O professor Renato Carrer Filho é um entusiasta da extensão e pesquisa, doutor em Fitopatologia e concluindo mais um pós-doutorado, só neste começo de ano já teve um artigo publicado no PlantDisease Jornal, revista com Qualis A1, tem mais um trabalho aceito e três submetidos. O trabalho publicado em inglês – Detecção de Pantoea Agglomerans em Acoplamento de Arma de Germoplasma (Oryza Sativa) no Brasil – inclusive, foi feito em co-autoria com a bióloga Rejane Ribeiro de Souza, egressa do Uni-Anhanguera. Não é à toa que vem passando esse entusiasmo para seus alunos e conseguiu colocar em prática com alunos do 5º e 6º período de Agronomia, um projeto que vinha amadurecendo há algum tempo: trabalhar a terra de forma que aumentasse a produtividade da lavoura de soja. A meta é chegar a produzir 100 sacas de soja por hectare, essa meta é que dá nome ao Projeto 100 sc/ha de soja. O projeto começou com a parceria dos produtores Irmãos Agrícolas (Lincoln e Leonaldo Valeriano), um deles pai de aluno,

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que cederam 16 hectares para o projeto, e mais três empresas que forneceram insumos (Ubyfol, Laboratórios Farroupilha e Nidera Sementes). As visitas técnicas – 11 no total – foram feitas todas em finais de semana e nas férias, porque o projeto não estava vinculado à universidade. Neste ano o professor conseguiu, por iniciativa da nova coordenadora do curso, professora Luciana Bittencourt, vincular o projeto de extensão ao Uni-Anhanguera e, posteriormente, pode até se transformar em projeto de pesquisa, gerando artigos acadêmicos. Como projeto de extensão os alunos passam a ter contadas horas complementares exigidas pela grade curricular. Para o prof. Carrer ao projeto é importante em vários setores, inclusive por despertar o gosto pela agricultura ao colocar a mão na terra e desenvolver segurança e autoestima a partir do convívio, união e amizade que cresce entre eles. “Um aluno que passa por esse tipo de prática sai da universidade mais bem preparado para enfrentar o mercado de trabalho. Ele tem segurança naquilo que vai propor e fazer”, comenta.


O Projeto Basicamente, de acordo com o professor Carrer, nessa primeira tentativa foram introduzidas pequenas alterações no manejo com objetivos de melhorar o ambiente do solo, o que significa melhor fertilidade microbiota; melhorar o manejo de nutrição foliar (aplicação de micronutrientes na parte aérea) e melhorar a parte fitossanitária. Com isso, a média do produtor que girava em torno de 65 a 70 sacos subiu para 74. De acordo com o Conab a média brasileira para a safra 2017/2018 é de 53 sc/há. Os alunos participaram de tudo, desde o reconhecimento do solo até à colheita. A área tinha sido anteriormente cultivada com sorgo e eles começaram com a colheita do sorgo e aproveitamento da palha, fizeram coleta de amostra para análise de solo antes de começarem o plantio. Também fizeram o tratamento das sementes, com aplicações de produtos químicos e naturais para proteger as sementes e pequenas mudas contra patógenos do solo. Enfim, “eles fizeram de tudo, semearam, monitoraram, identificaram pragas e doenças, regularam máquinas, manejaram tratores e colheitadeiras”.

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arquitetura O MECANISMO NA CONSTRUÇÃO CIVIL escrito por: Prof. Thiago Moreira Rocha

Arquiteto e Urbanista, Especialista em Gestão e Gerenciamento de Projetos em Arquitetura e Engenharia, Professor dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia do Uni-ANHANGUERA.

“Nunca na história desse país” tem-se falado tanto sobre o mecanismo no aparelho público brasileiro, onde, ‘entre mortos e feridos’, todos, envolvidos ou não diretamente, tentam de alguma forma entitular quem é mais ou menos culpado em todo esse sistema de corrupção. Você já parou para pensar que processos semelhantes a este estão enraizados em vários segmentos de trabalho, no Brasil, no Mundo, e que você pode também fazer parte desse sistema? No segmento da construção civil, por exemplo, uma prática antiética, mas, ao mesmo tempo muito comum é o comissionamento de profissionais por indicação de serviços e/ou especificação de produtos. Onde, nesse mecanismo, existe um cliente, o provedor do capital, o qual contrata um profissional da construção civil, tal qual por vezes recebe comissionamento de empresas de produtos específicos ou prestadores de serviços pelo simples fator indicador e/ou especificador. Esse mesmo profissional, em outro momento, ou fase do próprio mecanismo, agora torna-se o próprio provedor de capital, aspirante à participação de circuitos da construção civil, na tentativa de alcançar novos mercados de trabalho, de maior acesso financeiro, antes inatingíveis. O cliente inicial, por vezes ‘leigo’ de todo o processo, vê esse profissional nestes circuitos e acredita que o mesmo está lá por mérito, por reconhecimento do seu trabalho. 1 8 | REVISTADIALOGUE

Será? Quem somos nós para julgar o mérito de um ou do outro, mas o que posso te afirmar é que, grande parte destes participantes estão lá porque pagam por isso, porque dão retorno ao sistema, porque dão lucro. Nós, envolvidos direta ou indiretamente, não nos atentamos que ora um é posto como provedor de capital, ora outro como atravessador ou receptador desse provento e vice-versa. Os que realmente lucram com todo esse sistema estão muito acima de todos peões dessa pirâmide que já quebrou. E sabe o que é pior? Não podemos nos eximir da culpa por simplesmente fazer parte da base disso tudo. O que nós precisamos, não só na construção civil, mas em vários nichos da nossa sociedade, não é só de ética profissional, até porque receber comissionamento por especificação e/ou indicação já é entendido pelo conselho de entidades de base como antiético; mas também de avanço moral da nossa sociedade. Todos precisamos entender que o avanço moral que nossa sociedade tanto precisa vai muito além de pensamentos e ideologias de “esquerda” ou “direita” e que “eu” e “você” cambaleamos o tempo todo entre julgamentos do que éeticamente e moralmente certo ou errado. Que profissional você pretende ser quando crescer?


. CIVIL g TCC ENProG f.º Ms.º Renato Derin Por:

PROJETO DA L I V I C A I R A H N E ENG A N E U Q A T S E D É A N A I O G A S N IMPRE

O

s o de Curso das aluna trabalho de Conclusã llen Souza Campos eSue Ana Célia Rodrigues of. sob orientação da Pr Esther Oliveira Alves, sorim Romacheli foi de Mestra Regina de Am não e um pe iana devido à inovaç taque na imprensa go ia. urbanização em Goiân sar diferente sobre a bana trouprópria evolução ur Diversos fatores da oblemas que e, sem dúvida, são pr xeram complicações es em desenetrópoles e as cidad afetam as grandes m situação m nossa capital a Co . do ra ele ac to en volvim a contam e região metropolitan ia iân Go . te en fer di é não . Boa parte das ilhões de habitantes m 2 a rc ce m co je ho de trabalho ou ssui relação direta cidades vizinhas po xo. o que aumenta o flu estudo com Goiânia, tráfego tões de viabilizar um es qu as o, iss a se aJunt as de rápião de ruas e avenid iaç cr a m co s, do to para o, faz-se isso mentadores. Contud do acesso e vias ali mo o escoantos importantes, co esquecendo-se de po , assim, A inundação urbana a. uv ch da s ua ág s mento da as. é um desses problem mente nesse s desdobrou-se justa A pesquisa das aluna undações nas r o problema das in ponto: como ameniza zer uma nova s? A proposta foi tra avenidas goianiense viais por enagem das águas plu dr a iar xil au ra pa técnica s à boca de infiltração associado de s ço po de o us do meio cidade. ntrais de avenidas da ce os eir nt ca s no o lob uma análise m protótipos e teve O projeto contou co de Goiânia, s principais avenidas detalhada em uma da osta poprovaram uma resp m co s do lta su re Os a T-63. sada pelas gia discutida e anali olo cn te da o us no sitiva na. Segundo a da inundação urba lem ob pr o ra pa s na alu zados no prou-se nos testes reali a pesquisa: “Constato drenagem como um sistema de tótipo que o funciona à conclu. Portanto, chegaram z.” ca efi a rm fo de urbana rgem nesse poço de infiltração su o e tro fil o e qu de são para minimisolução sustentável contexto como uma undação urbana. zar o problema da in

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INOVAÇÃO

EQUIPAMENTO DESENVOLVIDO POR ALUNO PODE SER ÚTIL À

AGRICULTURA DE PRECISÃO

O

aluno Juliano Perotto, famoso pelas suas pesquisas na área de robótica, se dedica a mais um projeto. De forma simples, ele está inovando o que se conhece como Estação Meteorológica, que passa a ser um equipamento de automação, supervisão e controle, capaz de gerar relatórios impressos e ainda, enviá-los para o sistema supervisório que armazena as informações em um banco de dados permanente. Esses dados facilitam as tomadas de decisões quando aplicados à agricultura de precisão, por exemplo. O assunto é bastante técnico e o professor orientador dele, Murilo Parreira Leal, é quem dá as explicações” “Os cursos de engenharia elétrica e da computação da UNI-Anhanguera estão sempre procurando se aprimorar tanto na teoria quanto na prática. Em busca da capacitação específica dos alunos em“Sistemas Supervisórios”, procuramos alternativas de baixo custo ao invés dos programas tradicionais (ELIPSE, IN TOUCH, etc.) utilizados em outras IES. Encontramos o programa SCADABR, que é “open source”, livre, gratuito e de ótima qualidade gráfica. Faltava, entretanto, um maior conhecimento e habilidade para utilizá-lo corretamente. No início de 2017, tivemos a oportunidade de fazer um curso SCADABR em Brasília (normalmente ocorrem em São Paulo). Passamos a integrar um grupo entusiasta desse programa, constantemente em contato via whatsapp e internet para troca de informações. Mostrando essas idéias a pessoas mais interessadas, o aluno Juliano Perotto imediatamente percebeu as possibilidades 2 2 | REVISTADIALOGUE

técnicas do SCADABR. Rapidamente dominou a instalação e parametrização do mesmo. No grupo whatsapp citado, passou a trocar idéias com desenvolvedores aqui mesmo de Goiás. Um desses desenvolvedores estava com um projeto de um sistema supervisório para plantações de uvas (parreiras). O acompanhamento meteorológico e controle da irrigação neste tipo de plantação permite o aumento de 30% na produtividade. O projeto em questão estava enfrentando alguns obstáculos na parte do hardware utilizado. Juliano trouxe a central meteorológica para a Anhanguera, desenvolveu um protótipo microprocessado (arduíno) para coletar as informações: 1. Umidade 2. Pressão atmosférica 3. Temperatura 4. Luminosidade 5. Altitude local 6. Altitude real 7. Índice pluviométrico 8. Direção do Vento 9. Velocidade do Vento 10. Ponto de Orvalho


O Não bastando ter desenvolvido esse hardware, desejou transformá-lo num pequeno CLP (Controlador Lógico Programável) com protocolo de comunicação aberto. Apenas os melhores CLPs utilizam esse tipo de protocolo, por permitir o desenvolvimento de sistemas supervisórios sem vínculo comercial com o fabricante do hardware. Foi escolhido o excelente protocolo MODBUS. O projeto estava assim concluído, porém Juliano desenvolveu um outro sistema supervisório (diferente do que estava pronto e não era nossa propriedade) utilizando o SCADABR. A Uni-Anhanguera, portanto, permitiu o desenvolvimentoda tecnologia completa (hardware e software) de um sistema supervisório meteorológico para plantações. Ainda não satisfeitos, estamos agora buscando alternativas de comunicação via rádio e celular (GPRS) para facilitar a transmissão dos dados da central meteorológica com o sistema supervisório (os cabos utilizados não suportam mais do que cerca de 1200 m). Testes iniciais apontam a possibilidade de comunicação acima de 20 km, ideal para grandes plantações. Elaboramos um projeto de pesquisa na Uni-Anhanguera para desenvolver um protótipo de hardware e software semelhante, para ser instalado nas áreas de pesquisa do curso de Agronomia. Servirá também para o registro intelectual do projeto do Juliano Perotto. REVISTADIALOGUE | 23


ADMINISTRAÇÃO

SE É BAYER, É BOM

E

le tem um jeito tímido, mas é simpático e agradável no trato com as pessoas, características de seu perfil que justificam sua história de vida. De origem simples, Lucas de Souza Santos – 6º período de Administração de Empresas – aproveitou a época em que foi menor aprendiz na PUC-GO para fazer o curso de inglês. Depois foi trabalhar como auxiliar de vendas na Ferrobrás e entendeu que se quisesse mudar de vida teria que estudar e fazer um curso universitário. Escolheu Administração de Empresas por sentir que esse curso poderia alavancar sua carreira na empresa. E acertou em cheio. Foi promovido três vezes depois que começou a estudar. Passou para auxiliar de RH, para Consultor de Vendas e depois Analista de RH. Este último cargo não chegou a exercer porque já estava aprovado na seleção para estagiário da Bayer. Compensa deixar um emprego, com carteira assinada e benefícios trabalhistas para ser estagiário? A resposta do Lucas foi sim, não apenas pela experiência e oportunidade de colocar em prática aquilo que está estudando, mas financeiramente também. A Bayer tem uma política que o período de estágio é o mesmo do treinamento, e é muito difícil algum estagiário não ser efetivado depois de formado. Entrar para a empresa não é fácil. Lucas enfrentou 61 mil inscritos (sessenta e um mil, para não deixar dúvidas) e o processo seletivo durou seis meses. Foram provas de português, matemática, informática, raciocínio lógico, inglês (escrito e oral). Peneirados, sobraram 20 candidatos para disputar quatro vagas, passaram por dinâmicas para terem seus perfis analisados e foram escolhidos os quatro que mais se adequavam às vagas disponíveis. “Passar nessa seleção muda a vida da gente, melhora a autoestima e proporciona segurança, valores que a gente carrega em todos os setores da vida”. No Uni-Anhanguera Lucas procura se dedicar ao máximo, gosta de estar em turma em que há concorrentes estudiosos e inteligentes para as primeiras colocações, pois o desafio o faz se dedicar ainda mais. Acha o curso de Administração de Empresas excelente em todos os sentidos, bons professores, grade curricular ampla, e fornece um leque de opções na hora de buscar um emprego no mercado. “Mas assim que terminar o curso quero fazer uma especialização e depois mestrado e doutorado”, conclui.

Entrar para a empresa não é fácil. Lucas enfrentou 61 mil inscritos e o processo seletivo durou seis meses.

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RESITRAT CONQUISTA PRÊMIO CREA DE MEIO-AMBIENTE

ALDEIA ANHANGUERA

H

á 16 anos o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia Goiás premia iniciativas que se destacam pela excelência de sua contribuição com o meio ambiente. Neste ano, na categoria Elementos Naturais, a empresa Resitrat, uma das incubadas da Aldeia Anhanguera, foi a detentora do prêmio, o que gerou uma visita do presidente do Crea às instalações do Uni-Anhanguera. Recepcionado pelas professoras Maria do Socorro Silva e Ana Cândida Franco, a visita teve a participação de coordenadores de curso e do pró-reitor de Graduação e Extensão, professor Valdir Mendonça Alves. O professor Danillo Cunha, sócio da empresa, fez a apresentação de sua empresa, destacando que a gestão ambiental só é atrativa para o mercado quando vem acompanhada de inovação tecnológica. A Resitrat é o resultado de uma ideia que foi amadurecida por 12 anos, durante o tempo em que atuaram no mercado. Trata-se do desenvolvimento de sistemas compactos para tratar água e efluentes com custo acessível para pequenos e médios empreendimentos. Trabalhando atualmente para algumas indústrias (chopp, tinta, cosméticos, cachaça) a Resitrat conseguiu, em 2017, reaproveitar 130 milhões de litros de água, suficiente para

abastecer, por um dia, uma cidade de um milhão de habitantes . O projeto finalista no Prêmio CREA de Meio Ambiente – Tratamento de Chorume por estações compactas – foi resultado dos testes pilotos aplicados no aterro sanitário de Aparecida de Goiânia, que teve 98% da água reaproveitada. O presidente do CREA, Francisco Almeida, partindo do princípio que todos “somos parte do desenvolvimento sustentável”, falou da importância em reconhecer os trabalhos que nascem dentro das universidades, que o caminho do Brasil está na habilidade de linkar a educação com a empresa, e que o forte do prêmio era a divulgação da empresa com o aval do CREA. O professor Valdir falou da formação e qualidade da primeira turma de formandos em Engenharia Civil, que colou grau em fevereiro, e das importantes parcerias entre a universidade, empresas, autarquias e entidades de classe na formação dos alunos do Uni-Anhanguera. REVISTADIALOGUE | 25


BULLYING N

COMPORTAMENTO

COLÉGIO ANHANGUERA INTENSIFICA COMBATE AO BULLYING

A

sociedade impõe determinados padrões para sua sobrevivência harmônica e, não há dúvida que viver dentro das fronteiras é bem mais cômodo. Também não há dúvida que os padrões são convencionados a partir da média, deixando para além dos limites todas as pessoas consideradas fora dos padrões, e, nesta categoria especial estão os desajustados, os que não conseguem compreender a estrutura e os que percebem seus bastidores – as lutas pelo poder, mascaradas com nomenclaturas e desculpas para se fazerem socialmente corretas. Tanto o deficiente mental quanto o inteligente demais, o gordo demais e o magro demais, o albino e o negro, os nerds e os piores alunos, e assim por

diante, compõem a massa de marginalizados. E isso acontece desde que o mundo é mundo e o homem descobriu que não podia viver isoladamente. Mas não é porque isso acontece que deve ser incentivado ou tolerado. O Colégio Anhanguera vem intensificando suas ações, no sentido de conscientizar seus alunos, sobre o impacto e prejuízos emocionais que o bullying pode causar nas pessoas que são vítimas dele, – por meio de palestras, trabalhos em salas de aula e até uma grande feira cultural sobre o tema. Para a feira foram organizados grupos entre 10 e 20 alunos para estudarem o tema e fazerem uma apresentação para colegas e banca julgadora. E o resultado foi extremamente surpreendente, pela profundidade com que o tema foi abordado, com histórias fictícias e reais, em forma de teatro, jograis, exercícios motivacionais, depoimentos sofridos, produção de vídeos, exibição de Datashow e muitos cartazes. Interessante observar o “mea cul-

BULLYING NÃO 2 6 | REVISTADIALOGUE


NÃO É LEGAL

pa”. Se existem pessoas que sofrem bullying é porque tem quem faz o bullying. Poucos admitem, mas os que admitem são unânimes em afirmar que quase nunca tem o objetivo de ofender, mas de ser engraçados. Mas só alguns percebem quando pisam na bola e pedem desculpas às suas vítimas. Mulheres e homossexuais estão entre os mais perseguidos e o cyber bullying (bullying virtual) é o mais frequente. Vitória Eliza Mesquita, do 3º ano, comenta que desde que o colégio intensificou as atividades de conscientização o bullying tem diminuído e por isso considera importante a feira cultural. “Muita coisa que a gente achava engraçada, hoje não acha mais. Sabemos que pode ferir a outra pessoa”. Felipe Barbosa e Vitória Danielly, ambos do 1º ano, concordam que as vivências em sala de aula contribuem muito e que “só aprendemos quando sentimos na pele a dor do outro. Tiago Robles, 14 anos, tem o cabelo rastafári, diz que gosta de ser diferentão

e não sofre bullying, nem pela cor, nem pelo cabelo, “mas sofri quando era gordo. Meu segredo é não importar e procurar ser amigo de todo mundo”. O mesmo não acontece com Jaqueline Freitas Souza, muito mimosa, cabelos cacheados e sem alisamento, ganhou o apelido de Abacaxi. Ela também procura levar tudo na esportiva, mas há muito tempo diz ter tomado a decisão de ser ela mesma, não gostaria de se mostrar como não é. “O importante é ser, aprender a conviver com as diferenças e entender que não podemos julgá-las por isso”. Aline Ferreira, tem 17 anos, mede 1,80 m, bonita, mesmo assim não escapa do bullying e ganhou o apelido de Gigante. Considera o bullying um “tema necessário nas escolas, em que tudo é motivo para zoeira”. Para falar a verdade, nem professor escapa. O prof. Barros Antônio Guimarães

Dutra, gosta de usa usar turbante árabe e quando chega na sala de aula ouve logo “chegou o terrorista”, oportunidade que ele considera de ouro para falar de xenofobia e preconceito religioso. Os grupos foram bem didáticos mostrando conceitos, as características de quem sofre e pratica bullying, a necessidade de acompanhamento psicológico, dicas para o professor aprender a combater o bullying nas salas de aula, enfim, o que fazer antes que a situação se transforme em tragédia.

É BRINCADEIRA REVISTADIALOGUE | 27


Leitura Interdisciplinar

A VIDA NÃO É JUSTA

A JUDICIALIZAÇÃO DO AFETO É UM VÍCIO DE MÃO DUPLA

A

aula de leitura interdisciplinar da profª. Maria Emília Vieira sempre começa com uma música para preparar o ambiente e os alunos para a introdução do tema, além de ser um exercício de outras linguagens. O livro escolhido neste semestre para o Curso de Direito, A Vida Não é Justa, de Andréa Pachá, é um livro que fala de finais e recomeços, então a música escolhida foi a do Ivan Lins, Começar de Novo. O livro foi escolhido a partir de conversas nos corredores, de problemáticas que atingem, de certa forma, a todos nós. O curso de Direito abre um leque de possibilidades, mas aquele que for trabalhar com a área de família, ou mesmo na vida pessoal, muitas vezes terá que enfrentar situações de conflitos e separações. A autora do livro atuou como juíza na vara de família e viu desfilar à sua frente, inúmeros casos de desenlace, em todos eles, mesmo tentando se isolar, era quase impossível não se sensibilizar diante dos dramas e dos sentimentos que acompanham as histórias dos casais. Amores que se acabam, ciúmes, traições, inveja, culpa, frustração, raiva, desprezo. A matéria prima do livro aborda esses sentimentos e as situações objetivas – investigação de paternidade, guarda dos filhos, divisão do patrimônio – que levam duas pessoas a se separarem. O livro é ficção e não conta histórias reais, mas reproduz situações padrões que se repetem e que as tornam reais em algum momento.Estão presentes, o machista, o poderoso, o apaixonado, o submisso, o ciumento, o interesseiro, entre outros. O livro é dividido em três partes e é possível observar que há um intervalo de tempo em que as mudanças ocorridas na sociedade são marcantes, uma espécie de atualização das tragédias. Comparando sua atividade profissional com a de um psicanalista, ela observou: “Num processo de terapia, a pessoa leva anos para se expor. Mas diante de um juiz, que ela nunca viu na vida, é capaz de despejar tudo.” E assim, em seu livro, Andréa Pachá conduz por essa viagem em torno de estados d’alma em situação-limite.

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BIBLIOTECA

Prof. Esp. Cláudio Bosco Professor Especialista do Curso de Publicidade e Propaganda, responsável pelos Estúdios de Fotografia, Rádio e TV, e colaborador da biblioteca do Uni-Anhanguera.

O funcionário da biblioteca do Uni-Anhanguera, Célio Perpétuo dos Santos apresenta o resultado de um dos livros restaurados e no detalhe podemos ver como a obra chegou

Mãos que restauram

o acervo da Biblioteca do Uni-Anhanguera

E

les ficam ali na estante, um ao lado do outro, sofrendo a ação do tempo e o grande número de manuseio. Estamos falando dos livros e periódicos, que,além de serem consultados na própria biblioteca do Uni-Anhanguera, também saem por empréstimo. Nessas idas e vindas, numa consulta e outra, passando pelas mãos de muitos usuários, as obras acabamsofrendo danos dos mais variados. É aí que entra o trabalho de restauração. Antes, é necessário ressaltar que o trabalho de reparo e restauração só deveria ser realizado em último caso. O ideal é que seus usuários tenham sempre cuidadoao manusear os livros e peri-

ódicos. Jamais escrever em suas páginas, não comere beber sobre os livros, não dobrar as páginas e, se observar qualquer problema que ocorra com a obra, como por exemplo, folhas e capas que se soltaram, deve informar imediatamente ao bibliotecário, para que seja encaminhado direto para o setor de restauração. Atualmente, o setor de restauração da biblioteca do Uni-Anhanguera conta com as mãos habilidosas do funcionário Célio Perpétuo dos Santos. Mas antes, é necessário destacar o trabalho do funcionário Renner Silva Martins, que cuidou desse processo de restauração por cerca de quatro anos.O Célio (foto) apresentao resultado de um dos livros

SERVIÇO

O ALUNO MATRICULADO NA UNI-ANHANGUERA PODE RETIRAR POR EMPRÉSTIMO TRÊS LIVROS POR ATÉ SETE DIAS, PODENDO RENOVÁ-LOS OU FAZER A RESERVA DE ALGUM TÍTULO PELO PORTAL.

BIBLIOTECÁRIA RESPONSÁVEL: Lilia Pereira da Silva

PERIÓDICOS: 131 títulos

ACERVO: 42.213 títulos

ESTUDO INDIVIDUAL: 24 lugares (1º andar) 42 lugares (2º andar)

EXEMPLARES: 82.404

restaurados como se fosse um troféu. Após a análise de como será a restauração de cada obra, o trabalho começa a ser realizado sempre de máscara e luvas para a maior segurança, tantodo restaurador, como dá própria obra que está sendo restaurada. Na foto acima podemos ver também como a obra chegou no setor de restauração e entender a alegria do Célio em poder devolver esse livro as estantes da biblioteca do Uni-Anhanguera. Portanto, vamos abraçar e cuidar com muito carinho, daquele que está sempre ao seu lado, te ajudando a superar e vencer cada etapa em sua estadia no Uni-Anhanguera, o livro. Até a próxima!

ESTUDO EM GRUPO:

6 salas TERMINAIS DE PESQUISA: Sala com 17 computadores TERMINAIS DE ACESSO AO ACERVO: 5 computadores

LOCAL: A biblioteca está localizada no bloco B (1º e 2º andar) HORÁRIO DE ATENDIMENTO: 7:30 às 21:50 (segunda a sexta) 7:30 às 11:30 (sábados)

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PROGRAME-SE A FEMATEC ESTÁ CHEGANDO Os cursos de Engenharia Civil e de Gestão Ambiental estarão realizando no dia 23/05 (quarta) a FEMATEC - Feira de Engenharia, Meio Ambiente e Tecnologia, o evento foi idealizado pela coordenação dos cursos supracitados e contará com a participação dos alunos, que atuarão como elaboradores, executores e expositores dos projetos descritos abaixo, garantindo a interdisciplinaridade entre os conteúdos ministrados em sala e a interação entre os discentes e docentes.

O objetivo é que os alunos desenvolvam e/ou apresentem novas técnicas e conceitos de engenharia e meio ambiente que promovam a sustentabilidade e o compromisso de um ambiente adequado, e ainda aproximem das relações sociais por meio de apoio a grupos em situação de risco, promovendo ainda a uma educação ampla e holística em relação à sua responsabilidade com a sociedade

O evento é subdividido em oito eventos simultâneos, com mostras em focos diversos na área de engenharia e meio ambiente sendo: II MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Os alunos dos cursos de Engenharia Civil e Gestão Ambiental exporão no hall dos blocos banners relacionados ao seu projeto de pesquisa e/ou artigo científico elaborado junto aos seus orientadores nas disciplinas de Trabalho Final de Curso I (para a Engenharia Civil) e Projeto Final de Curso (para a Gestão Ambiental);

IV MOSTRA DE OFICINAS, PROTÓTIPOS E PROJETOS ACADÊMICOS Os alunos dos cursos de Engenharia Civil e Gestão Ambiental desenvolverão junto aos seus professores, trabalhos práticos com a produção de maquetes ou protótipos, voltados para a área de tecnologia e meio ambiente, para exposição na feira.

III CAMPEONATO DE PONTE DE MACARRÃO Alunos do curso de Engenharia Civil participarão de um campeonato da ponte de macarrão com maior capacidade de carga. As regras deste campeonato são objetos do edital em anexo.

II CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE RAÇÃO PARA CÃES E GATOS Alunos do curso promoverão a arrecadação de ração e/ ou materiais de limpeza para cães e gatos para doação a entidades filantrópicas, como parte da formação da responsabilidade social.

IV MOSTRA DE TECNOLOGIAS EM ENGENHARIA E SUSTENTABILIDADE Os alunos e/ou professores dos cursos de Engenharia Civil e Gestão Ambiental convidarão empresas de prestação de serviço ou produtos para exporem na feira as técnicas mais avançadas voltadas para engenharia e meio ambiente. Nesta oportunidade os alunos estreitarão laços com o mercado, além de conhecer as tecnologias de ponta que auxiliarão no exercício de sua profissão.

I GINCANA DE MATEMÁTICA, FÍSICA E QUÍMICA Os alunos participarão de jogos e oficinas de matemática, física e química com ações proativas e participativas.

I CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO DE AGASALHOS E ROUPAS Alunos do curso promoverão a arrecadação de agasalhos para doação a comunidade carente, como parte da formação da responsabilidade social.

I MOSTRA DE SEGURANÇA DO TRABALHO Apresentação de RAPEL com os equipamentos de proteção em altura.

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